Diário da República, 1º série
―O que é o Direito?‖ – Existem centenas de respostas a esta
questão., devido a todas as tentativas de definição de Direito
serem incompletas. Para subsistirem, as sociedades humanas
necessitam de regras que definam o que cada um deve ou
não fazer. A ideia de sociedade implica a de ordem e esta a
de regra. Por isso, a relação entre Direito e sociedade é
insolúvel.
Artigo 22º
Tutela graciosa e contenciosa
O Direito é um fenómeno humano e social, criado pelo e
para o Homem para regular as suas relações interpessoais.
Regulando, assim, a convivência social, o Direito tem como
fim atribuir a cada um o que é seu, ou seja, alcançar a
Justiça. A Justiça surge, assim, como principal finalidade do
Direito (embora não seja a única e por vezes seja sacrificada
em nome de outros valores, como os da segurança): o
Direito não existe sem Justiça, ou sem a tentativa de
alcançar a Justiça.
Artigo 23º
Consulta entre estados membros da União Europeia
A forma de vida em sociedade é uma forma de vida
necessária por natureza ao Homem, essencial à constituição
da humanidade do Homem. Esta tendência natural do
Homem em viver em sociedade tem várias causas. a
necessidade vital e psicológica, necessidade de segurança,
necessidade económica, necessidade política para isso tende
em agrupar-se em comunidades, comunidade familiar,
comunidade local, comunidade estadual nas quais a
autoridade social, a qual tem um poder directivo estabelece
regras (poder normativo ) tomam decisões (poder decisório),
e aplicam sanções (poder sancionatório) a quem
desobedecer.
O surgimento do Direito em sociedade é, pois, antes de tudo,
uma questão de coesão social, de segurança jurídica e de
garantia de direitos.
Em sentido objectivo pode dizer-se que o Direito consiste no
conjunto das regras de conduta social aplicáveis aos
indivíduos em cada sociedade humana.
Em sentido subjectivo (ou direito subjectivo), encontra-se o
direito individual de cada um. (ex.: direito à vida, à
integridade física, à liberdade, à propriedade, direito de
voto).
O direito apresenta um carácter sistemático, tem diversos
fins e apresenta um caracter obrigatório.
Em suma o direito pode definir-se como sistema de regras
de conduta social, obrigatórias para todos os membros de
uma certa comunidade, a fim de garantir no seu seio a
Justiça, a Segurança e os Direitos Humanos, sob a ameaça
das sanções estabelecidas para quem violar tais regras.
CAPITULO III
Articulação com outros regimes
Artigo 24º
Os fins do direito
Os fins do direito são a Justiça, a Segurança e protecção dos
Direitos Humanos.
A Justiça constitui, a principal finalidade do Direito: o
Direito não existe sem Justiça, ou sem a tentativa de
alcançar a Justiça. A Justiça é anterior e superior ao Direito,
devendo orientar a criação do Direito, permitindo aos
cidadãos criticá-las e, eventualmente, desobedecê-las: as
leis, as decisões administrativas.
Artigo 25º
Comercio Europeu de licença de emissão de gases com
efeito de estufa
As sentenças devem ser justas, sob pena de poderem ser
postas em causa através de determinados meios que o
próprio Direito reconhece, cria e regula.
Nº 164 – 26 de Agosto de 2008 5975
A justiça não é o único fim do Direito: com ela é preciso
combinar os imperativos de Segurança: a segurança
internacional, segurança pública interna, a segurança
individual, a segurança económico-social, e a segurança
jurídica
Artigo 26º
Utilização dos recursos hídricos
A Justiça e a Segurança não causa problemas: a justa
punição de um homicida com uma adequada pena de prisão
é, ao mesmo tempo, um ato de justiça e uma garantia de
segurança. Mas, por vezes, elas entram em conflito. ex.: a
prisão preventiva de um suspeito da prática de um crime,
imposta por razões de segurança (impedir a continuação da
actividade criminosa, impedir a fuga do suspeito, ou impedir
a destruição da prova ainda não recolhida pela polícia), pode
vir a revelar-se injusta se o arguido for, no final do
julgamento, absolvido em tribunal
A protecção dos direitos humanos também pode conflituar
com a segurança, (como aconteceu, nos EUA e no mundo,
na sequência dos atentados terroristas de 11 de Setembro de
2001), imediatamente os governantes propõem, os
parlamentos aprovam e as opiniões públicas aceitam
algumas restrições às liberdades individuais para garantir
maiores condições de segurança.
Artigo 27º
Apresentação de documentos
A divisão do direito nacional: a summa divisio Direito
Público e Direito Privado
Direito Público e Direito Privado assentam em princípios
fundamentais diferentes, que influenciam a interpretação e a
aplicação das suas normas. Ate a ―escolha‖ do tribunais esta
dependente desta divisão. Contudo, ainda hoje não existe
consenso quanto ao critério de distinção que serve de base a
esta summa divisio, revelando-se os critérios existentes
imperfeitos, insuficientes.
A fronteira entre Direito Público e Privado é difusa, sendo
nalguns casos difícil determinar se uma norma se enquadra
no âmbito do Direito Público ou Privado, havendo ramos do
Direito que ficam na fronteira entre ambos.
São de Direito Público as normas que visam a
tutela/proteção de interesses públicos (Ex.: a norma que
proíbe que alguém se aproprie de um bem alheio não cuida
apenas do interesse da vítima, mas, do interesse social,
sendo, por isso, de Direito Público/Penal).
Artigo 28º
Relatório único
E de Direito Privado as normas que visam a tutela/proteção
de interesses privados.
(Ex contrato de compra e venda entre particulares é regulado
pelas normas do direito privado).
Em outros termos: se o interesse considerado é um interesse
público, do Estado ou de um ente público menor, é de
qualificar como de Direito Público;
Artigo 29º
Validação de informação a apresentar pelos operadores
Se o interesse considerado é um interesse privado, de
indivíduos ou entidades particulares, é de qualificar a norma
como de Direito Privado.
Apesar do critério de intresse ser correcto, não serve todos
os casos, existem exemplos de normas de Direito Público
que visam a proteção de interesses privados e vice-versa.
Um outro critério é o critério dos sujeitos: assim, são
normas de Direito Público as que regulam relações jurídicas
em que ambos os sujeitos, ou pelo menos um deles, são
sujeitos públicos e de Direito Privado as normas em que
ambos os sujeitos da relação jurídica são sujeitos privados.
Artigo 30º
Diário da República, 1º série
Taxas
Finalmente, o critério da qualidade dos sujeitos sendo que o
Direito Público é o sistema de normas jurídicas que, tendo
em vista a prossecução de um interesse colectivo, conferem
para esse efeito a um dos sujeitos da relação jurídica poderes
de autoridade sobre o outro.
E Direito Privado é o sistema de normas jurídicas que,
visando regular a vida privada das pessoas, não conferem a
nenhuma delas poderes de autoridade sobre as outras,
mesmo quando pretendem proteger um interesse público
considerado relevante.
A fórmula que parece mais adequada a estabelecer a
distinção entre Direito Público e Direito Privado é a da
combinação do critério do interesse e o critério da qualidade
dos sujeitos.
Artigo 31º
Fiscalização e regime sancionatório
Em que consiste RLA .De que forma concretiza o principio
da prevenção?
A licença ambiental é uma autorização necessária que uma
entidade pública/privada terá que possuir antes de iniciar
qualquer atividade de caracter poluente ou perigosa para o
meio ambiente . Em caracterização do principio de
prevenção o RLA atua de duas formas , a curto e longo
prazo. A curto prazo o
Artigo 32º
Classificação das contra – ordenações
RLA emite a licença prévia ambiental onde fixa as
condições iniciais do projeto e as condicionantes. Contudo
existe a possibilidade a longo prazo de alterar as condições
iniciais da exploração da atividade pelas entidades
competentes introduzindo novos deveres . Esta situação
acontece sempre que o meio ambiente exija ou se verifique a
introdução no mercado de tecnologias mais avançadas e
melhores do ponto de vista de protecção ambiental
―MTD‖(artigo 2º RLA)
De que forma se encontra caracterizado na lei o principio da
participação consagrado no art. 66 º nº2 da CRP? (para o
que devem socorrer-se do regime jurídico da informação
ambiental , do RJAIA e do RLA)
O principio da participação está consagrado no art 66 º, nº2
da CRP na medida em que o estado está responsabilizado
pela criação de meios e medidas (desde o controlo da
poluição e os seus efeitos nocivos, desenvolvimento de
parques e reservas naturais e até mesmo um ensinamento
para um melhor aproveitamento dos recursos naturais, isto
como exemplo) que asseguram um desenvolvimento
sustentável, através de organismos próprios e com a
participação e envolvimento da população e,
consequentemente com os diferentes organismos que
compõem a própria unidade do Estado, dado que todos têm
dever de cuidar e preservar o meio ambiente. Para tal, o
cidadão comum deve estar devidamente informado, para
isso foi criada uma lei de acesso à informação ambiental
(LAIA) onde são enunciadas as formas como devem ser
presente aos cidadãos os organismos responsáveis pela
divulgação da informação ambiental , tal como auxiliar o
público desse direito .
Artigo 33º
Sanções acessórias e apreensão calcular
É através da criação destas leis /artigos que é possível a
participação ativa do publico nos procedimentos de
avaliação de impacto ambiental e licenciamento ambiental.
Nestes dois procedimentos a participação publica encontra-
se presente nos artigos 14º e 15º do RJAIA e artigo 15º do
RLA.
Aí constam os deveres das autoridades responsáveis assim
como os prazos de consulta pública e posteriormente o
registo da opinião de cada participante.
Nº 164 – 26 de Agosto de 2008 5975
O relatório de consulta publica é um elemento que poderá
ajudar na fase decisória.
Artigo 34º
Comercio Europeu de licença de emissão de gases com
efeito de estufa
Quais são as fases do procedimento RJAIA?
O procedimento de RJAIA inicia-se com a apresentação
do estudo de impacto ambiental pelo proponente á Entidade
licenciadora ou competente para a autorização (art. 12 ; nº1 )
RJAIA.
Artigo 35º
Regime transitório
No lugar de entregar o EIA completo, segundo o art. 11, o
proponente pode apresentar preliminarmente uma proposta
de definição do âmbito do EIA.
De seguida a entidade licenciadora encaminha o EIA e toda
a documentação relevante para a AIA art. 13º, nº1 RJAIA.
Após receber toda a documentação a autoridade AIA,
nomeia a comissão de avaliação a qual fará a apreciação
técnica do EIA (art.3, nº3) RJAIA. Esta comissão deverá no
prazo máximo de 30 dias a contam da sua receção deverá
dar a sua decisão relativamente á conformidade do EIA (art.
13º, nº 4 RJAIA).
Caso exista desconformidade no EIA, esta terá que ser
fundamentada e assim termina o procedimento AIA (art. 13º
, nº 8 RJAIA). Dada a conformidade de EIA , este é
enviado para a entidade coordenadora e apoio técnico (APA
ou CCDR conforme o tipo de projeto) dando-se assim o
inicio e consulta pública: O periodo de consulta
publicamente é fixado pela autoridade de AIA e segundo o
art.14º,nº2 este varia conforme o tipo de projecto.
Artigo 35º
Normal revogatória
O publico interessado é então titular do direito de
participação art 14º nº3 RJAIA. Aqui o manifesto será
registado em ata (art. 15º , RJAIA ) , num relatório de
consulta publica (artº 16º RJAIA ) e na própria DIA (art.
17º-1c) Após o termo de consulta publica o envio do
relatório de consulta publica a AIA tem o prazo de 15 dias
para o envio do relatório de consulta publica ao presidente
da comissão de avaliação (art. 14 º ,-5).
Por fim temos a fase decisória que está dividida em 3
momentos . No 1º momento a comissão de avaliação tem o
prazo de 25 dias a contar da recepção do relatório de
consulta publica para emitir o parecer final do
procedimento de AIA á cautoridade de DIA (art. 16º -1).
No 2º momento a autoridade AIA deve remeter a proposta
DIA (art16º -2 )ao ministro responsável pela área do
Ambiente (MAMAOT), no prazo previsto no art.16º n 1 .
No 3º momento o ministro responsável deve no prazo de
15 dias a contar da data de receção da proposta da
autoridade AIA proferir a DIA final(art 18º 1 ) .
Finalmente a DIA é notificada de imediato quer ao
proponente quer á entidade licenciadora.
Artigo 36º
Em que consiste a AIA? De que forma concretiza o
princípio da prevenção?
Antes de tudo pode-se dizer que a AIA se trata de um
estudo, de um procedimento decisório, ou seja, uma
sequência juridicamente ordenada de atos e formalidades
tendentes à preparação da prática de um ato administrativo.
O procedimento surge como um método decisório comum a
todas as formas de atuação administrativa (sejam eles atos,
contratos, regulamentos, atuações técnicas ou materiais)
Diário da República, 1º série
devendo ser organizado quanto maior o nº de sujeitos ou
mais complexa for a matéria em causa. Só assim será
possível apurar e avaliar, de forma completa, a totalidade
dos interesses envolvidos, públicos e privados, assim como
ponderar a diversidade de soluções possíveis.
Sendo que os recursos naturais não podem ser agredidos ou
usados para além de certos limites (princípio do
aproveitamento racional de recursos, artigo 66º, nº2, b) da
CRP), já que esses danos podem ser irreversíveis, a AIA tem
um papel importante, pois este procedimento destina-se a
verificar as consequências ecológicas de um determinado
projeto (avaliando as vantagens e desvantagens para o meio
ambiente a curto, médio e longo prazo).
Este é um procedimento avaliativo que visa concretizar o
princípio da prevenção (artgs 66º, nº 2 da CRP e artg 3º, a)
da LBA). Os objetivos deste procedimento estão descritos
no artigo 4º do RJAIA, que diz essencialmente, que antes de
colocar em prática qualquer projeto, devem ser avaliados os
possíveis danos sobre o meio ambiente, tal como, admitindo
a impossibilidade de evitar a totalidade dos danos, deve-se
pensar antecipadamente quais as medidas a pôr em prática
para minimizar ou compensar tais impactes negativos.
O mesmo artigo, na sua alínea c) fala que deve ser garantida
a participação pública e a consulta dos interessados na
formação de uma decisão (artg 14º e 15º RJAIA, explicar),
de forma a haver um consenso de ambas as partes
permitindo chegar também a uma decisão justa.
Artigo 37º
Comercio Europeu de licença de emissão de gases com
efeito de estufa
Os princípios do Direito do Ambiente, são de facto muito
importantes para esta matéria pois conduzem a um
desenvolvimento sustentável, criando um equilíbrio entre o
desenvolvimento económico e a preservação do meio
ambiente de forma a evitar um desenfreado crescimento
económico que provoque a degradação da natureza
(principio do equilíbrio art.3º, b) LBA).
Artigo 38º
Comercio Europeu de licença de emissão de gases com
efeito de estufa
O primeiro princípio do Direito do Ambiente são os
princípios gerais da atividade administrativa que se
encontram nos artgs 266º, 267º e 268º da CRP. Estes podem
ser diferenciados em princípios gerais da atividade
administrativa, onde se destacam a nível ambiental o
principio da igualdade, da proporcionalidade, justiça, da
participação dos interessados (artg 267º, nº5 da CRP) e o
principio do direito à informação procedimental; a outra
parte são os princípios orientadores da organização
administrativa, onde se destacam o princípio da
desburocratização, da aproximação dos serviços públicos
das populações, da descentralização e da desconcentração.
Quanto aos dois primeiros princípios, toda a atividade
administrativa deve funcionar de modo igualitário face a
todas as situações com que se depara não podendo assim
existir entre diversas situações idênticas resultados
completamente dispares, por conseguinte, o aspecto do
ambiente não é exceção a este princípio no qual a atividade
administrativa se rege, quanto à proporcionalidade, aludindo
ao conceito deste princípio, tanto como a decisão e as
medidas aplicadas não devem ser desproporcionais ao caso,
assim a administração não poderá ir além nem ficar aquém
quanto à resposta do facto em concreto.
Quanto ao princípio da justiça, aqui é permitido à
administração invalidar actos que não caibam nas
determinadas condicionantes jurídicas da sua atividade,
apesar de se considerar tal feito uma afronta aos valores
elementares da ordem jurídica.
Artigo 39º
Regiões autónomas
Nº 164 – 26 de Agosto de 2008 5975
Relativamente à imparcialidade e boa fé, dois princípios
fulcrais em que a própria administração terá de tomar as
suas decisões com base de critérios próprios e que não sejam
modificáveis em função de outros elementos e que impedem
comportamentos desleais e incorretos no relacionamento
entre a administração e particulares.
Entre os princípios fundamentais do ambiente, pode-se
destacar o princípio da prevenção (art.66º, d) CRP) e art.3º,
a)LBA), sendo este talvez o mais importante, pois o seu
objetivo é antecipar e evitar lesões no meio ambiente,
corrigindo situações potencialmente perigosas ou
minimizando qualquer dano que possa colocar em causa a
estabilidade ecológica e a sua capacidade de regeneração.
Outro princípio é o do desenvolvimento sustentável. Este
implica a preservação da qualidade do ambiente possuindo
por critério e limite a possibilidade de utilização duradoura
pelo Homem, que permita a auto-regeneração ou, pelo
menos, a máxima delação possível da sua exaustão.
A sustentabilidade do desenvolvimento pode ser analisada
segundo 2 perspectivas, a perspectiva sincrónica e a
perspectiva diacrónica. Na sincrónica, ou seja, quando uma
aplicação é considerada no tempo atual, este princípio
Artigo 40º
Pedido de exclusão
traduz a ideia de justiça espacial; já a diacrónica considera
uma aplicação ao longo do tempo, ou seja, é um princípio de
justiça intergeracional, isto é, de responsabilidade das
gerações actuais em relação às gerações futuras.
Outro dos princípios é o do aproveitamento racional dos
recursos (art. 66º d) CRP). Este principio chama à atenção
para a fragilidade, escassez e finitude dos bens ambientais,
intercedendo para uma gestão racional dos recursos naturais
tentando encontrar um equilíbrio entre a necessidade de
continuar a utilizar o recurso e a necessidade da sua
prevenção.
Artigo 41º
Obrigações do operador
Quando os princípios anteriores cujo principal objetivo
principal é a prevenção falham e os danos no meio ambiente
acontecem surgem os princípios do poluidor pagador e o da
responsabilização por dano ecológico. Estes princípios
ditam que os poluidores devem responsabilizar-se pelos seus
atos. No caso do princípio do poluidor pagador (art.66º h)
CRP) e art.3º a) LBA) o poluidor é obrigado a corrigir ou a
recuperar o ambiente, suportando os encargos e custos e daí
resultam.
O princípio da responsabilização por dano ecológico, está
consagrado no art.3º, h) LBA, no art. 48º nº1, LBA e no art.
52º nº3, CRP, visa recompor/reconstruir a situação tal como
estaria se nunca tivesse ocorrido qualquer dano ecológico.
Artigo 42º
Que fontes do Direito conhece? De que forma se
relacionam?
A expressão ―fontes do Direito‖ é factos, expressões, raízes
de onde provêm as normas jurídicas. As fontes do Direito
são as seguintes: constituição, de onde provêm os princípios
fundamentais do Direito; Os princípios gerais do Direito,
onde estes t~em que respeitar os princípios fundamentais do
Direito (constituição); As Leis, onde existe três tipos de
legislação: as leis (emanadas pela Assembleia da
Republica), os decretos de lei (emanados pelo Governo) e os
decretos legislativos regionais (emanados pelas Assembleias
Legislativas Regionais – Regiões Autónomas); os
Costumes, sendo uma fonte não voluntária do Direito pois
nasce no meio da sociedade mas não tem uma força jurídica;
a Doutrina, onde os teóricos do Direito reflectem sobre
determinados assuntos do Direito, podendo ou não, ser
levado a cabo pelos juristas; a Jurisprudência, que é a ordem
dos tribunais. Não é necessariamente uma fonte do Direito,
mas existem normas que os tribunais ditam que têm que ser
levadas a cabo pelos juristas.
Diário da República, 1º série
Artigo 42º
Surgimento do Direito
De que forma explica o surgimento do Direito do Ambiente?
Caracterize este ramo do Direito, explicando os desafios que
o mesmo coloca para o Direito.
O Direito do Ambiente é um Direito jovem que surgiu pelo
piores motivos: as pessoas tiveram consciência sobre o fim
dos recursos naturais (mau aproveitamento durante a
Revolução Industrial), e a fragilidade do meio ambiente
devido a acidentes com petroleiros, seguido da crise do
petróleo, por exemplo. Então, por estas razões, surge em
1968, o ―Clube de Roma‖ que publicou documentos a
alertar sobre os problemas do crescimento da população, da
poluição, da industrialização e do esgotamento dos recursos
naturais, que punham em causa o meio ambiente. O que
levou á Conferência de Estocolmo (1972). Na década de 70
surgem os chamados Partidos Verdes ou Ecologistas, que
eram muito radicais, violentos e extremistas.
Na Europa as primeiras referências ao ambiente surgem em
1986, mas já actuavam há mais de 10 anos. Mas a
Constituição da República Portuguesa inclui matéria
ambiental desde o inicio (1976).
Artigo 42º
Continuação
O ambiente aparece como problema, porque a Alemanha
começou a ser ―Amiga do Ambiente‖, com isto alterou-se a
economia, o que levou a que outras comunidades se
tornassem ―Amigas do Ambiente‖. Tudo por razões
económicas, ou seja, para os produtos custarem mais ou
menos o mesmo em todo o lado, evitando, assim, barreiras
verdes.
O ambiente é algo sem fronteiras, um problema aqui pode
afectar o outro lado do Mundo (Ex: Chernobil). O ambiente
implica diálogo entre países/ sociedades distintas, e entre
gerações de agora e do futuro (longinquas), mas o Homem,
por muito bem intencionado que seja, nunca irá substituir o
seu bem-estar, pelo daqueles que nunca vai conhecer. Existe
muita dificuldade política na tomada de decisões em matéria
ambiental, pois não sabem as consequências futuras da sua
decisão.
Artigo 44º
Desafios
Por isto, é que o Direito do Ambiente tem muitos desafios/
problemas: os juristas têm de trabalhar com os cientistas (o
Direito do Ambiente envolve várias Ciências), existem
dicionários para cientistas e juristas falarem a mesma língua,
a ciência e a tecnologia avançam muito rápido, consoante
isto, os diplomas em matéria ambiental estão sempre a ser
alterados, o que leva muito tempo e dinheiro, e, por fim, o
ambiente exige rapidez aos juristas. Por causa disto, o
Direito do Ambiente baseia-se em Principíos, não existe
Código do Ambiente, mas sim Diplomas.
Artigo 44º
Fontes do Direito do Ambiente
Que fontes do Direito do Ambiente conhece? De que forma
se relacionam?
O Direito do Ambiente baseia-se em várias fontes, que se
organizam por planos: planos constitucionais, plano
Europeu, plano Internacional, entre outros.
As fontes do Direito do Ambiente são: Direito Internacional,
onde visa regular as condutas da gestão de bens comuns
(publico e privados); Direito Europeu, que ocorreu na
Cimeira em Paris, de Outubro de 1972 onde se
manifestaram questões ambientais pelos Chefes de Estado e
Governo; Direito Interno, Direito Constitucional e a
legislação ordinária.
Nº 164 – 26 de Agosto de 2008 5975
Artigo 45º
Diferença entre Direito Internacional e Direito da União
Europeia:
O Direito Internacional do Ambiente é ―Soft Law‖, é Direito
leve. São recomendações, conselhos, sem força vinculativa.
Quem não cumprir não será sancionado. É o caso da matéria
ambiental, e também da Declaração Universal dos Direitos
do Homem. Não há vontade política de cumprir isto, por
isso o tribunal não actua. O Direito da UE do Ambiente é
tudo menos recomendações, é ―Hard Law‖, é um Direito
duro. Sanciona, e há tribunal e instrumentos para garantir o
cumprimento das Directivas do Tratado da União Europeia
(TUE) ou do Tratado sobre o Funcionamento da União
Europeia (TFUE). Inclusive, um cidadão pode queixar-se ao
Tribunal de Justiça da UE, de um Estado não ter cumprido
uma Directiva do TUE ou do TFUE. O Estado Português já
foi condenado, por motivos ambientais, como Resíduos e
Comboios (CP), pelo Tribunal de Justiça da UE, visto que é
dever de um Estado garantir a protecção ambiental.
A matéria ambiental é transversal ao nível da União, pois
está presente em todas as políticas. Por exemplo, existem
taxas fiscais por causa da poluição.
Artigo 46º
Explicar o conteúdo de um artigo (Exemplo: Artigo 66º
da CRP):
O artigo 66º numa primeira parte diz que ―Todos têm o
direito a um ambiente de vida humana, sadio e
ecologicamente equilibrado e o dever de o defender.‖ (os
direitos); numa segunda parte refere-se aos deveres face ao
ambiente. Baseando-me no artigo 52º da CRP, que incide
sobre a acção popular, consigo explicar o artigo 66º do
seguinte modo: o direito que cada um de nós tem para actuar
ao nível da protecção do ambiente, e de participar na
avaliação do impacte ambiental, para isto podemos pedir
informações ás autoridades e ás Câmaras, e se recusarem
podemos apresentar queixa; o dever de não fazer mal ao
ambiente, e adoptar determinadas medidas para não
prejudicar o ambiente, ou seja, agir alterando
comportamentos. Quem não respeitar será sancionado
(imposição da UE, e não Internacional ou Nacional).
O Ambiente é de todos e para todos, não nos podemos
apropriar de uma parte e fazer dela o que queremos.
.
4 — Uma vez emitido o título pela ARH, o mesmo
é remetido à APA para efeitos de ser anexado à licença
ambiental, não podendo a referida licença ser emitida sem
aquele título.
5 — Os títulos de utilização de recursos hídricos, não
obstante serem anexados à licença ambiental, mantêm -se
em vigor, como títulos autónomos e independentes da
referida licença, regendo -se pelas normas constantes do
Decreto -Lei n.º 226 -A/2007, de 31 de Maio, e da Lei da
Água, aprovada pela Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro.
6 — O disposto nos números anteriores em relação
às ARH é igualmente aplicável às entidades públicas ou
privadas nas quais seja delegada, nos termos previstos na
Lei da Água, aprovada pela Lei n.º 58/2005, de 29 de
Dezembro, a competência para a fiscalização e
licenciamento
da utilização dos recursos hídricos.
CAPÍTULO IV
Apresentação de documentos ou informações e taxas
Artigo 27.º
Apresentação de documentos
1 — O formulário PCIP, bem como os outros documentos
exigidos no âmbito do presente decreto -lei, são
apresentados pelo operador em suporte informático e por
meios electrónicos, com excepção das peças desenhadas,
as quais são apresentadas em suporte papel.
2 — Os documentos a que se refere o número anterior