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- Histórico
Juiz era boca da lei: interpretação meramente literal. Portanto, a motivação judicial era restrita
e fechada.
Divisão estanque entre direito público e privado não tem importância, já que todas as normas
jurídicas devem estar em conformidade com as disposições constitucionais.
Princípio do CC de 2002
I- Socialidade
Interpretar institutos do Direito Civil à luz das suas funções sociais.
Ex: Função social da propriedade privada: buscar delimitar o direito de
propriedade.
Já estava consagrada na Constituição Federal e No Estatuto da Cidade.
Função social do contrato: art. 421: mitigação da autonomia privada.
Função social da posse? Sim. Não está prevista de forma expressa, mas se
partirmos do pressuposto de que a socialidade é princípio diretor do Código Civil e
de que a usucapião consagra prazos de prescrição aquisitiva menores quando a
posse se destina à moradia e ao trabalho, tem-se que a função social resta
consagrada pelo ordenamento jurídico.
Função social é cláusula geral. No âmbito dos contratos não visa inibir a autonomia
privada. Significa nortear e limitar a autonomia das partes e não rechaçá-la por
completo. Quebra de paradigma em relação ao Código de 1916.
Função social interna do contrato: repercussão dos efeitos da interpretação no
âmbito das partes contratantes. Ex: É abusiva a cláusula contratual do plano de
saúde que limita o tempo de internação do contratante.
Função social externa do contrato: consiste nos efeitos que o contrato produz
sobre terceiros. Ex: Súmula 308 STJ.
II- Eticidade
Passa a priorizar valores éticos em detrimento da linguagem literal do
ordenamento jurídico. Juiz passa a ter espaço maior para realizar interpretação.
Art. 167, §2º: efeitos do contrato simulado. Simulação é hipótese de nulidade do
negócio jurídico que não pode prejudicar terceiros de boa-fé.
III- Operabilidade
Simplificação na aplicação dos institutos do direito civil. Ex: cláusulas gerais: torna
o ordenamento jurídico mais poroso. Possibilitam a oxigenação do ordenamento
jurídico. Permitir que o intérprete possa, a partir do caso concreto e do contexto
em que está inserido, construir a norma jurídica aplicável.