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A CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO CIVIL E A FUNCIONALIZAÇÃO DA


PROPRIEDADE

Mariana de Jesus Santos, Raminne Moreira Oliveira, Nara Maria dos Santos Silva, Cassiane
Souza Nascimento, Lorrane Santos Andrade, Joana Alves Santos, Eduarda Oliveira de Morais
Portela

Emily Kaís Souza de Oliveira Nepomuceno – Faculdade Anhanguera

RESUMO

Este resumo expandido tem como finalidade mostrar de forma clara ao leitor sobre a
constitucionalização do direito civil e a funcionalização da propriedade. Busca analisar o
vínculo entre a Constituição Federal e o Código Civil e a principal função social na propriedade.
Sendo utilizado como recursos: artigos e trabalhos acadêmicos.

Palavras-chave: Constitucionalização. Direito Civil. Propriedade.

1 INTRODUÇÃO

É apresentado neste resumo a importância da constitucionalização do direito civil que


foi o reposicionamento do Código Civil, no ordenamento jurídico. A partir do momento que a
Constituição Federal de 1988 foi criada, ela se tornou uma lei suprema que estava no topo da
hierarquia jurídica, sendo assim, o código deveria ser adequado a constituição de 88.
Apresentado também a funcionalização da propriedade onde se encontra no Artigo 5º da CF/88
no incisivo XXIII, onde diz que a função social está integrando o conceito jurídico, impondo
limites, como princípio de ordem econômica e o quão importante ela é importante e suas
funcionalidades, mas não é descritivo, havendo outros artigos falando sobre, mas que muda
diacordo com o tipo de propriedade. Este trabalho foi desenvolvido especialmente para a
Terceira Semana do Conhecimento da Faculdade Anhanguera de Itabuna, em 2022. A principal
metodologia deste resumo é a pesquisa bibliográfica, sendo feita coletas de dois diferentes
autores para a confirmação da tese apresentada sobre a constitucionalização do direito civil e a
pesquisa documental, utilizando-se de sites e artigos.
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2 A CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO CIVIL

A Constituição é uma lei suprema desde sua criação, sua supremacia está no topo da cadeia do
ordenamento jurídico, sendo assim, não pode ser questionada por outros ramos do direito, como
vinha sendo o Direito Civil. O código civil foi criado em 1975, portanto, antes da Constituição,
o que significa dizer que ele já nasceu em desalinho com a realidade social do país e com a
nossa carta magna, necessitando assim de uma modificação em sua estrutura. Nesse sentido, a
partir da última década do século XX iniciou a chamada constitucionalização do direito civil,
visando melhor adequação do direito civil aos princípios da Constituição.

Na atualidade, se entende que o direito civil não se trata mais de um direito autônomo, pois ele
passou a ser interpretado a partir da constituição, ou seja, o fundamento jurídico básico tem que
ser extraído da constituição, caso contrário ele não poderá continuar em vigor, por esse motivo,
quando encontrado contrariedade com o texto constitucional sofre alterações, garantindo assim,
a dignidade da pessoa humana a todos, protegendo-os inclusive de arbitrariedades e opressões
dos particulares.

(Fiuza; Marques,2006) apresenta o seguinte conceito acerca desse fenômeno:

Por constitucionalização do Direito Civil deve-se entender que as normas de Direito Civil têm
que ser lidas à luz dos princípios e valores consagrados na constituição. A bem da verdade, não
só as normas de Direito Civil devem receber leitura constitucionalizada, mas todas as normas
do ordenamento jurídico sejam elas de Direito Privado, sejam de Direito Público.
Com a constitucionalização do Direito civil, tem inúmeras vantagens, tais como, elevar os
direitos fundamentais da pessoa, a dignidade da pessoa humana passa a ocupar um primeiro
plano.

(Tepedino,2004) confirma:

Trata-se, em uma palavra, de estabelecer novos parâmetros para a definição de ordem pública,
relendo o Direito Civil à luz da Constituição, de maneira a privilegiar, insista-se ainda uma vez,
os valores não-patrimoniais e, em particular, a dignidade da pessoa humana, o desenvolvimento
de sua personalidade, os direitos sociais e a justiça distributiva, para cujo atendimento deve se
voltar a iniciativa econômica privada e as situações jurídicas patrimoniais.
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Outrossim, é a observância dos direitos fundamentais que assegura o respeito à dignidade da


pessoa humana, de forma que tal proteção se estende além da relação Estado-indivíduo,
atingindo também as relações de direito privado. Tal observância é necessária se o que se deseja
é a realização da dignidade da pessoa humana enquanto valor soberano, no plano fático. Assim,
cumpre expor o quanto a constitucionalização do direito civil beneficia a proteção desses
direitos, tão importante ao respeito à dignidade da pessoa humana.

3 A FUNCIONALIZAÇÃO DA PROPRIEDADE

O Artigo 5º da Constituição Federal da 1988, logo após a garantia da propriedade no incisivo


XXIII diz que “a propriedade atenderá a sua função social”, que equivale na utilização da
propriedade em acordo com os objetivos sociais de uma determinada localidade. O incisivo
estabelece apenas que a propriedade deve atender a sua função social, mas não descreve
critérios para que isto ocorra, esses critérios estão descritos em outros trechos da Constituição
e diferem cada tipo de propriedade.

A função social impõe limites ao direito de propriedade, para garantir que a execução deste
direito não prejudique a todos. Portanto uma propriedade rural ou urbana não deve apenas
atender aos interesses de seu proprietário, mas também ao interesse da sociedade em que
pertence. Sendo assim a propriedade urbana está em anuência com sua função social quando
respeita os critérios estabelecidos por cada município, por seu lado, a propriedade rural é
descrita no Artigo 186, que estabelece os critérios para este cumprimento.

Ainda na Constituição, a função social aparece como princípio de ordem econômica, com
objetivo de garantir a justiça social e a existência digna de todos.
No Brasil a distribuição de terras é exageradamente desigual, portanto, a função social visa
evitar essa desigualdade, no entendimento de que não é benéfico ter uma propriedade sem
nenhuma utilidade.

O direito deve sempre estar em equilíbrio, não admitindo a estreita divisão entre o público e o
privado. A divisão de propriedades, era por conquistas, caráter privado e absoluto, como os
nobres, uma forma de recompensa e quando adquiridas tinha função administrativa e judiciaria.
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Atualmente a um interesse de conflitos entre encontrar um denominador em comum para


funcionalização particulares e a coletividades.

A função-social integra o conceito jurídico positivo de propriedade, uma forma de ser


cumprida, a finalidade dá interação entre o trabalho e os meios econômicos, ou seja, não tendo
uma doutrina de uniformidade como objeto. Mas sim, uma relação entre ser o proprietário e o
não- proprietário, em que irão entrar em um acordo com limites legais para ambos.

4 CONCLUSÃO

Desde então, conclui-se que a lei suprema não pode ser questionada por outros ramos
do direito, como vinha sendo o Direito Civil. Entende-se que o direito civil não se trata mais de
um direito autônomo, ou seja, passou a ser o fundamento básico que tem que ser extraído da
constituição.
O direito civil sofreu algumas alterações, essa alteração foi feita pela CF/88 para assim
trazer a garantia da dignidade da pessoa humana, com o intuito de proteção podendo assegurar
os direitos, a dignidade humana, os direitos sociais e os direitos fundamentais passam a ocupar
o primeiro plano dentro das vantagens da constitucionalização.
Para simplificação, a constitucionalização do direito civil é a imposição de uma leitura
dos institutos de direito civil conforme a Constituição Federal. A norma não deixou de ser de
direito privado, mas se tornou o direito privado com interpretação com base na constituição.
A propriedade atende a função social de uma certa localidade, apesar que no art 5° no
incisivo XXIII da CF, não se descreve os critérios para que isso ocorra, acharemos esses outros
critérios em diferentes trechos da constituição. A função social é usada como critério para que
o direito não prejudique a sociedade e que não só os anseios e desejos do proprietário sejam
atendidos. Também visando a questão econômica da área para se obter justiça social e
existência de todos, evitando desigualdades de terras.
Observando- se a não divisão do direito publico ou privado, buscando o fluxo certo para
a funcionalização da propriedade tanto do indivíduo quanto o do coletivo, sem que haja um
interesse de conflitos.
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REFERÊNCIAS

CERA, Denise Cristina. No que consiste a chamada constitucionalização do direito


civil, Rede de Ensino Luiz Flavio Gomes, 2010.Disponível em:
https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2526086/no-que-consiste-a-chamada-
constitucionalizacao-do-direito-civil-denise-cristina-mantovani-cera . Acesso em: 24.out.2022

COSTA, Álisson. A Constitucionalização do Direito Civil: um enfoque

principiológico e comparativo em âmbito constitucional com o ordenamento civil em suas

esferas principais,2018, Pesquisa realizada na disciplina Direito Civil IV, Graduação

(Direito), Faculdade Mineira de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Minas

Gerais,2018.

FIUZA, Cézar; MARQUES, Emanuel Adilson. Constitucionalização do direito das

obrigações. Revista brasileira de direito constitucional, São Paulo, v. 4, n. 8, p. 87-108,

jul./dez. 2006. Disponível em: http://bdjur.stj.jus.br/dspace/handle/2011/26600. Acesso em:

23.out. 2022.

FILHO,Odilon. A função social da posse e da propriedade nos direitos reais. Mestrado

(Direito), UFRGS. Disponível em: 7fsdaposse.pdf (direito.mppr.mp.br)

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