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Mariana de Jesus Santos, Raminne Moreira Oliveira, Nara Maria dos Santos Silva, Cassiane
Souza Nascimento, Lorrane Santos Andrade, Joana Alves Santos, Eduarda Oliveira de Morais
Portela
RESUMO
Este resumo expandido tem como finalidade mostrar de forma clara ao leitor sobre a
constitucionalização do direito civil e a funcionalização da propriedade. Busca analisar o
vínculo entre a Constituição Federal e o Código Civil e a principal função social na propriedade.
Sendo utilizado como recursos: artigos e trabalhos acadêmicos.
1 INTRODUÇÃO
A Constituição é uma lei suprema desde sua criação, sua supremacia está no topo da cadeia do
ordenamento jurídico, sendo assim, não pode ser questionada por outros ramos do direito, como
vinha sendo o Direito Civil. O código civil foi criado em 1975, portanto, antes da Constituição,
o que significa dizer que ele já nasceu em desalinho com a realidade social do país e com a
nossa carta magna, necessitando assim de uma modificação em sua estrutura. Nesse sentido, a
partir da última década do século XX iniciou a chamada constitucionalização do direito civil,
visando melhor adequação do direito civil aos princípios da Constituição.
Na atualidade, se entende que o direito civil não se trata mais de um direito autônomo, pois ele
passou a ser interpretado a partir da constituição, ou seja, o fundamento jurídico básico tem que
ser extraído da constituição, caso contrário ele não poderá continuar em vigor, por esse motivo,
quando encontrado contrariedade com o texto constitucional sofre alterações, garantindo assim,
a dignidade da pessoa humana a todos, protegendo-os inclusive de arbitrariedades e opressões
dos particulares.
Por constitucionalização do Direito Civil deve-se entender que as normas de Direito Civil têm
que ser lidas à luz dos princípios e valores consagrados na constituição. A bem da verdade, não
só as normas de Direito Civil devem receber leitura constitucionalizada, mas todas as normas
do ordenamento jurídico sejam elas de Direito Privado, sejam de Direito Público.
Com a constitucionalização do Direito civil, tem inúmeras vantagens, tais como, elevar os
direitos fundamentais da pessoa, a dignidade da pessoa humana passa a ocupar um primeiro
plano.
(Tepedino,2004) confirma:
Trata-se, em uma palavra, de estabelecer novos parâmetros para a definição de ordem pública,
relendo o Direito Civil à luz da Constituição, de maneira a privilegiar, insista-se ainda uma vez,
os valores não-patrimoniais e, em particular, a dignidade da pessoa humana, o desenvolvimento
de sua personalidade, os direitos sociais e a justiça distributiva, para cujo atendimento deve se
voltar a iniciativa econômica privada e as situações jurídicas patrimoniais.
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3 A FUNCIONALIZAÇÃO DA PROPRIEDADE
A função social impõe limites ao direito de propriedade, para garantir que a execução deste
direito não prejudique a todos. Portanto uma propriedade rural ou urbana não deve apenas
atender aos interesses de seu proprietário, mas também ao interesse da sociedade em que
pertence. Sendo assim a propriedade urbana está em anuência com sua função social quando
respeita os critérios estabelecidos por cada município, por seu lado, a propriedade rural é
descrita no Artigo 186, que estabelece os critérios para este cumprimento.
Ainda na Constituição, a função social aparece como princípio de ordem econômica, com
objetivo de garantir a justiça social e a existência digna de todos.
No Brasil a distribuição de terras é exageradamente desigual, portanto, a função social visa
evitar essa desigualdade, no entendimento de que não é benéfico ter uma propriedade sem
nenhuma utilidade.
O direito deve sempre estar em equilíbrio, não admitindo a estreita divisão entre o público e o
privado. A divisão de propriedades, era por conquistas, caráter privado e absoluto, como os
nobres, uma forma de recompensa e quando adquiridas tinha função administrativa e judiciaria.
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4 CONCLUSÃO
Desde então, conclui-se que a lei suprema não pode ser questionada por outros ramos
do direito, como vinha sendo o Direito Civil. Entende-se que o direito civil não se trata mais de
um direito autônomo, ou seja, passou a ser o fundamento básico que tem que ser extraído da
constituição.
O direito civil sofreu algumas alterações, essa alteração foi feita pela CF/88 para assim
trazer a garantia da dignidade da pessoa humana, com o intuito de proteção podendo assegurar
os direitos, a dignidade humana, os direitos sociais e os direitos fundamentais passam a ocupar
o primeiro plano dentro das vantagens da constitucionalização.
Para simplificação, a constitucionalização do direito civil é a imposição de uma leitura
dos institutos de direito civil conforme a Constituição Federal. A norma não deixou de ser de
direito privado, mas se tornou o direito privado com interpretação com base na constituição.
A propriedade atende a função social de uma certa localidade, apesar que no art 5° no
incisivo XXIII da CF, não se descreve os critérios para que isso ocorra, acharemos esses outros
critérios em diferentes trechos da constituição. A função social é usada como critério para que
o direito não prejudique a sociedade e que não só os anseios e desejos do proprietário sejam
atendidos. Também visando a questão econômica da área para se obter justiça social e
existência de todos, evitando desigualdades de terras.
Observando- se a não divisão do direito publico ou privado, buscando o fluxo certo para
a funcionalização da propriedade tanto do indivíduo quanto o do coletivo, sem que haja um
interesse de conflitos.
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REFERÊNCIAS
Gerais,2018.
23.out. 2022.