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Isto é, por mais que o código civil continue senso o centro da leitura
e interpretação das relações particulares, isso não a faz superior à
Constituição, esta é a lei suprema vigente e toda a interpretação deve ser feita
sob observância a ela.
De acordo José Camacho Santos, tudo isso implica em uma nova
forma de leitura do código civil, que agora passa a ser relevante, também, a
consideração dos princípios constitucionais para se encontrar uma solução
mais justa e ao mesmo tempo garantir a preservação do Estado democrático
de direito.
Portanto, cabe dizer que com o advento do Estado Democrático de
Direito, o Estado passou a versar e agir de maneira mais social, visando um
equilíbrio social. Isso consequentemente implicou na intervenção da
constituição no direito civil, no intuito de garantir que aqueles princípios
constitucionais também sejam aplicados às relações particulares.
A constitucionalização do Direito Civil renova a ideia que se tem
deste e do Direito Privado, além de trazer vantagens imensas ao cidadão. O
fato de a dignidade da pessoa humana ser elevada é importantíssimo, pois,
representa uma proteção dos cidadãos. Além disso, a constitucionalização do
direito civil, aproximou o direito público do privado, trazendo características
gerais e cidadãs ao âmbito privado que possuía uma grande margem de
liberdade discricionariedade, gerando, em alguns casos injustiças causadas
pela atuação de má-fé.