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CONSTITUCIONALISMO
ESCOLAS DA INTERPRETAÇÃO
A Escola da Exegese trata-se de um movimento originado na França, durante o século XIX,
a qual basicamente, afirmava que a lei positiva já exauria as possibilidades de soluções
para as eventuais demandas da vida social.
o Neste movimento havia uma extrema valorização do Código, com a ideia de que não
necessitaria de modificação, já que as leis teriam sido criadas de forma correta e
completa.
o O insucesso do referido movimento se deu no início do século XIX, com a Revolução
Industrial, onde claramente se identificou um desajuste entre as leis positivadas e as
novas demandas sociais/políticas advindas naquele momento.
Nas palavras de Gilmar Mendes, “no neoconstitucionalismo, a Constituição se caracteriza
pela absorção de valores morais e políticos, sobretudo em um sistema de direitos
fundamentais autoaplicáveis. Tudo isso sem prejuízo de se continuar a afirmar a ideia de
que o poder deriva do povo, que se manifesta ordinariamente por seus representantes.”
Dworkin trabalha a diferenciação entre regras e princípios, apesar de entender que ambos
se assemelhavam. Para ele, a norma da espécie regra tem um modo de aplicação próprio
que a diferencia, qualitativamente, da norma da espécie princípio. Aplica-se a regra
segundo o modo do tudo ou nada; de maneira, portanto, disjuntiva.
o Ensina Dworkin que os princípios, de seu lado, não desencadeiam automaticamente
as consequências jurídicas previstas no texto normativo pela só ocorrência da
situação de fato que o texto descreve. Os princípios têm uma dimensão que as regras
não possuem: a dimensão do peso.
o Com esta nova concepção, o magistrado, nas suas decisões, pode e deve
fundamentar-se não somente em regras pré-estabelecidas, mas também em princípios
que agora estão sintetizados na Constituição. Essa nova forma de aplicar o direito
baseia-se na TEORIA DA INTEGRIDADE, de Ronald Dworkin, fazendo uma crítica ao
positivismo e traz exatamente o espirito do neoconstitucionalismo.
Hans Kelsen é um autor de grande importância para os países que adotaram o sistema
romamo-germânico (civil law), sendo que sua principal proposta estava inserida na Teoria
Pura do Direito, onde se almejava desenvolver uma Teoria Geral do Direito que pudesse
servir para explicar todo e qualquer ordenamento jurídico de qualquer país, em qualquer
tempo.
o dentro da hermenêutica constitucional, Kelsen pregava que não haveria um método
para definir ou avaliar as interpretações sobre uma norma a não ser a própria
validade. Se tal interpretação for considerada válida, então, ela pode ser aplicada. O
ato de escolher qual dentre as múltiplas interpretações é discricionário e, por isso, só
cabe à consciência do aplicador do direito a escolha.
o Luís Roberto Barroso destaca que o positivismo jurídico possuía como características
principais: 1) a aproximação quase plena entre Direito e norma; 2) a afirmação da
estatalidade do Direito; 3) a inexistência de lacunas que não possam ser supridas a
partir de elementos do próprio sistema; 4) o formalismo.
o O positivismo jurídico teve seu ápice nas primeiras décadas do século XX, e
decadência associada à derrota do fascismo na Itália e Nazismo na Alemanha.
A teoria de Luhmann pauta-se nos termos “sistemas sociais" e “comunicação",
compreendendo tais institutos como elementos próprios das ciências naturais e das
ciências biológicas.
o Para Luhmann, o elemento básico de reprodução no sistema social é o processo de
comunicação. Os sistemas sociais são entendidos como sistemas comunicativos.
Somente a comunicação "é uma operação puramente social porque pressupõe o
envolvimento de vários sistemas psíquicos sem que se possa atribuí-la
exclusivamente a um ou outro destes sistemas: não pode haver comunicação
individual". Dessa forma, não é o ser humano quem comunica, mas o sistema social,
daí a ideia de uma comunicação e de uma "sociedade sem seres humanos".
o "a comunicação não morre quando alguém morre e não nasce quando alguém nasce,
ela perpassa a existência de qualquer um". Enquanto "o sistema social existe e se
reproduz como sistema de comunicação [...] os sistemas psíquicos, as consciências,
reproduzem os pensamentos".
O pós-positivismo é a designação provisória e genérica de um ideário difuso, no qual se
incluem algumas ideias de justiça além da lei e de igualdade material mínima, advindas da
teoria crítica, ao lado da teoria dos direitos fundamentais e da redefinição das relações
entre valores, princípios e regras, aspectos da nova hermenêutica.
o Neste contexto, surgem as ideias de Alexy. Segundo Gilmar Mendes, Alexy entende
que princípios e normas configuram as pontas extremas do conjunto das normas, mas
são diferentes — e a distinção é tão importante que Alexy a designa como “a chave
para a solução de problemas centrais da dogmática dos direitos fundamentais".
o Toda norma, diz ele, é um princípio ou uma regra, e ambas categorias se diferenciam
qualitativamente. Os princípios, na sua visão “são normas que ordenam que algo seja
realizado na maior medida, dentro das possibilidades jurídicas e reais existentes". Os
princípios são comandos de otimização.
o As regras, por sua vez, determinam algo. “Se uma regra é válida, então há de se fazer
exatamente o que ela exige, sem mais nem menos". Desse modo, enquanto um
princípio pode ser cumprido em maior ou menor escala, as regras somente podem ser
cumpridas ou não.
DEfesa da paz;
COoperação entre os povos para o progresso da humanidade;
REpúdio ao terrorismo e ao racismo;
AUTO determinação dos povos;
Prevalência dos direitos humanos;
Igualdade entre os Estados;
Solução pacífica dos conflitos;
Concessão de asilo político;
Independência nacional;
NÃO intervenção
“DECORE AUTO PISCINÃO”
S- SEGURANÇA
E- EDUCAÇÃO
M- MORADIA
P- PREVIDÊNCIA social
T- TRABALHO
T- TRANSPORTE
GERAÇÕES DE DIREITOS
1 ª Dimensão direitos civis e políticos
2 ª Dimensão direitos sociais, econômicos e culturais
3 ª Dimensão direitos de solidariedade ou de fraternidade
4 ª Dimensão direito à democracia, à informação e ao pluralismo (atenção: Bobbio e Paulo
Bonavides)
5 ª Dimensão direito à identidade individual, ao patrimônio genérico e à proteção contra o
abuso das técnicas de clonagem e à paz
6 ª Dimensão direito a água potável (ONU)
ESPÉCIES DE RETROATIVIDADE
Máxima = atinge direitos adquiridos, o ato jurídico perfeito e também a coisa julgada.
Média = atinge os fatos/prestações PENDENTES, de negócios celebrados no passado.
Mínima = atinge as prestações/efeitos FUTUROS, de negócios celebrados no passado.
Efeitos da eficácia mínima:
o Efeito Paralisante = não recepção de normas contrárias.
o Efeito Impeditivo = inconstitucionalidade das normas supervenientes contrárias
Símbolos-BAHIAS
Bandeira
HIno
Armas
Selo
INICIATIVA POPULAR:
Vai para a Câmara dos Deputados: deve haver 1% do eleitorado nacional, dividido em 5
estados e 0,3% dos eleitores de cada estado
Município: 5% do eleitorado
Estado: lei disporá sobre
STF: se o indivíduo perde a condição de brasileiro como nato, volta como nato/se perde como
naturalizado, volta como naturalizado.
DIREITOS POLÍTICOS
São formas de exercício da soberania popular o direito de sufrágio ativo (direto de votar) e o
passivo (direito de ser votado), a iniciativa popular, a ação popular e a organização e
participação em partidos políticos.
São aqueles que garantem a participação do povo no processo de condução da vida política
nacional.
ACESSO À JUSTIÇA
A partir de 1950, com os estudos de Mauro Cappelletti e Bryant Garth, surgiu a visão/fase
instrumentalista do processo, de modo que todos os países deveriam instituir meios de acesso
à justiça, com a ideia de 3 ondas renovatórias:
o 1ª onda renovatória: tutela do hipossuficiente : o pobre passou a ter vez no
processo. De nada adiantaria o processo ser visto como meio de acesso à justiça se o
hipossuficiente não tivesse como utilizá-lo como instrumento. A partir daí, surgem as
noções de justiça gratuita, Defensoria Pública, juizados de pequenas causas etc...;
o 2ª onda renovatória (intrinsecamente atrelada ao Direito Processual Coletivo) à
tutela dos direitos metaindividuais: proteção dos direitos da coletividade;
o 3ª onda renovatória: processo civil deve possuir meios concretos que possam dar a
certeza de produção de resultados, com vistas a tutelar o direito material (ex.: penhora
e poder geral de cautela do juiz);
OBS: alguns autores afirmam que o processo civil brasileiro chegou a uma quarta fase –
cooperativista. Para Fernando Gajardoni, não há que se falar em uma nova fase, tendo em
vista que o cooperativismo nada mais é do que um instrumentalismo com a garantia do
contraditório.
CUIDADO!
Concurso para Procurador do Estado: participação obrigatória da OAB em todas as fases
Concurso para Advocacia-Geral da União: a Constituição não menciona a participação da
OAB
LEI ORGÂNICA de município = "DDD" (dois turnos, dez dias, dois terços)
Quanto ao conteúdo
Constituição material: possui conteúdo apenas constitucional
Constituição formal: além da matéria constitucional, possui outros assuntos. Não importa
o conteúdo, mas sim a forma como foi aprovada
Quanto à forma
Constituição escrita: documento formal, solene. Todas as constituições brasileiras foram
escritas.
Constituição não escrita: costumeira ou histórica, sem um documento formal solene,
embora possa ter documentos escritos esparsos
Quanto ao modo de elaboração
Dogmática: fruto de um trabalho legislativo específico. Reflete os dogmas de um
momento específico da história. Todas as constituições brasileiras foram dogmáticas.
Histórica: fruto de lenta evolução histórica.
Quanto à origem
Promulgada: democrática ou popular, feita pelos representantes do povo
Outorgada ou carta constitucional: impostas ao povo pelo governante
Cesarista: plebiscitária ou bonapartista, é feita pelo governante e submetida a apreciação
do povo por referendo
Pactuada: contratual ou dualista, é fruto do acordo entre duas forças políticas do país.
Quanto à extensão
Sintética: é breve, sucinta, trata apenas dos temas principais.
Analítica: prolixa, ampla, extensa, volumosa, ampla, inchada, larga, entra em detalhes de
certas instituições.
Quanto à ideologia
Ortodoxa ou monista: fixa uma única ideologia estatal
Eclética ou compromissória: permite a combinação de ideologias diversas
Quanto à rigidez ou estabilidade
Imutável, permanente, granítica ou intocável: não pode ser alterada
Rígida: possui processo de alteração mais rigoroso
Flexível: possui o mesmo processo de alteração que o destinado às outras leis. Países de
constituição flexível não possuem controle de constitucionalidade
Transitoriamente flexível: é flexível por um período e depois se torna rígida
Semirrígida ou semiflexível: parte dela é rígida e parte é flexível
Fixa ou silenciosa: nada prevê sobre sua mudança formal, sendo passível de alteração
apenas pelo constituinte originário
Super rígida: é a rígida que possui um núcleo imutável
Quanto à função (J. J. Canotilho)
Garantia, negativa ou abstencionista: limita-se a fixar direitos e garantias fundamentais.
É uma carta declaratória de direitos.
Dirigente ou programática: confere atenção especial à implementação de programas
pelo Estado, ou seja, é aquela que traça diretrizes que devem nortear a ação estatal,
prevendo, para isso, as chamadas normas programáticas
Quanto à sistematização
Unitária, codificada, reduzida ou orgânica: formada por um único documento
Variada ou legal ou inorgânica ou esparsa: formada por mais de um documento,
inclusive tratados internacionais. A CF/88 nasce como unitária, mas vem passando por um
processo de descodificação.
Quanto ao sistema
Principiológica: possui mais princípios do que regras. Para Bonavides, a CF/88 se
enquadra aqui
Preceitual: possui mais regras do que princípios
Quanto à origem de sua decretação
Heterônoma ou heteroconstituição: feita em um país para vigorar em outro
Autônoma ou homoconstituição ou autoconstituição: feita em um país para nele
vigorar
Classificação de Raul Machado Horta
Constituição expansiva: além de ampliar temas já tratados, trata de novos temas
Constituição plástica: permite sua ampliação por meio de leis infraconstitucionais
(segundo a lei, nos termos da lei, etc)
Quanto ao conteúdo ideológico (André Ramos Tavares)
Liberal: possui apenas direitos individuais ou de 1ª dimensão. Estado tem o dever principal
de não fazer
Social: Além dos direitos individuais, prevê também os sociais ou de 2ª dimensão. Estado
tem o dever principal de fazer
Outros critérios
Constituição em branco: é aquela que não veicula limitações explícitas ao poder de
reforma, que fará as suas próprias regras de atuação. O poder de reforma é muito amplo.
Constituição simbólica: A constitucionalização simbólica é um fenômeno caracterizado
pelo fato de que na atividade legiferante há o predomínio da função simbólica (funções
ideológicas, morais e culturais) sobre a função jurídico-instrumental (força
normativa). É um fenômeno que aponta para a existência de um déficit de concretização
das normas constitucionais, resultado justamente da maior importância dada ao
simbolismo do que à efetivação da norma. Possui elevado número de normas
programáticas e dispositivos de alto grau de abstração. Pretende fortalecer a confiança do
cidadão no governo por meio da legislação álibi, sem efetividade, adiando a solução dos
conflitos sociais por meio de compromissos dilatórios.
Constituição dúctil ou suave: de Gustavo Zagrebelsky, compreende o texto da
Constituição como não acabado nem findo, mas como um conjunto de materiais de
construção a partir dos quais a política constitucional viabiliza a realização de princípios e
valores da vida comunitária de uma sociedade plural. Não define ou impõe uma forma de
vida, mas assegura condições possível para o exercício dos mais variados projetos de
vida. Reflete o pluralismo ideológico, moral, político e econômico existente na sociedade.
Constituição unitextual ou orgânica: rechaça a ideia de existência de bloco de
constitucionalidade, visto que a constituição seria disposta em uma estrutura documental
única.
Constituição subconstitucional: admite a constitucionalização de temas excessivos e de
interesses momentâneos. Esse excesso de temas forma a constituição subconstitucional,
que são normas que, mesmo elevadas formalmente ao patamar constitucional, não o são,
porque são limitadas em seus objetivos.
Constituição processual, instrumental ou formal: instrumento de governo definidor de
competências, regulador de processos e estabelecedor de limites à ação política. É
instrumento pelo qual se eliminar conflitos sociais.
Constituição chapa branca: O intuito principal é tutelar interesses e privilégios
tradicionalmente reconhecidos aos integrantes do setor público. Busca assegurar posições
de poder a corporações e organizações estatais ou paraestatais. Apesar da retórica de
direitos sociais, o núcleo duro preserva interesses do setor público. Visão estatal com
centralidade no Executivo, em detrimento da democracia e dos direitos individuais.
Constituição ubíqua: Onipresença das normas e valores constitucionais no ordenamento
jurídico. Parte-se da constatação de que os conflitos forenses e a doutrina jurídica foram
impregnados pelo direito constitucional. Essa “panconstitucionalização” deve-se ao caráter
detalhista da Constituição, que incorporou uma infinidade de valores substanciais,
princípios abstratos e normas concretas em seu programa normativo.
Constituição liberal patrimonialista: Objetiva preponderantemente garantir os direitos
individuais, preservando fortes garantias ao direito de propriedade e procurando limitar a
intervenção estatal na economia
Constituição principiológica e judicialista: leitura da CF/88 com base nas seguintes
características: importância crucial dos direitos fundamentais, centralidade dos princípios
constitucionais e importância do poder judiciário, que se torna protagonista da CF.
Transconstitucionalismo: fenômeno pelo qual diversas ordens jurídicas de um mesmo
Estado ou de Estados diferentes se entrelaçam para resolver problemas constitucionais.
Constituição.com ou crowdsourcing: aquela cujo projeto conta a opinião maciça dos
usuários da internet, que, por meio de sites de relacionamentos, externam seu pensamento
a respeito dos temas a serem constitucionalizados. Foi a Islândia que, pioneiramente, no
ano de 2011, fez uma ‘constituição.com’
SUBPRINCÍPIOS DO ACESSO À JUSTIÇA
Acessibilidade: significa a existência de sujeitos de direito, capazes de estar em juízo,
sem obstáculos de qualquer natureza, utilizando adequadamente o instrumental jurídico, e
possibilitando a efetivação de direitos individuais e coletivos.
Operosidade: a seu turno, significa que todos os envolvidos na atividade jurisdicional
devem atuar de forma a obter o máximo de sua produção, para que se atinja o efetivo
acesso à justiça
Utilidade: o processo deve assegurar ao vencedor tudo aquilo que ele tem direito a
receber, da forma mais rápida e proveitosa, garantindo-se, contudo, o menor sacrifício
para o vencido.
Proporcionalidade: que se traduz pela escolha a ser feita pelo julgador quando existem
dois interesses em conflito. Deve ele se orientar por privilegiar aquele mais valioso, ou
seja, o que satisfaz um maior número de pessoas. Outro método atinente a
proporcionalidade, é aplicar aquele direito que menos restringe o outro direito conflitante,
assim como no método hermenêutico constitucional
CNJ
RELATORIO ESTATISTICO = SEMESTRAL
RELATORIO PROVIDENCIAS = ANUAL
*O art. 57, § 4º, da CF, não é norma de reprodução obrigatória por parte dos Estados. É
inconstitucional a reeleição em número ilimitado, para mandatos consecutivos, dos membros
das mesas diretoras das assembleias legislativas para os mesmos cargos que ocupa, sendo-
lhes permitida uma única recondução. Desse modo, as CEs podem prever a reeleição de
membros das mesas diretoras das ALs para mandados consecutivos (ao contrário do
CN, que possui vedação na CF), mas essa recondução é limitada a uma única vez. O
poder de auto-organização decorrente da autonomia dos entes federativos não é
ilimitado, em razão dos princípios republicano e democrático, que exigem a alternância
de poder e a temporariedade desse tipo de mandato – Informativo 1.031, STF, 2021.
Crime de responsabilidade:
1º Denúncia (PGR) ou Requerimento (Cidadão)
2º CD fará juízo de admissibilidade (Art. 86 e Art. 51, I)
- Admite: 2/3
- Rejeita: Arquiva
3º SF Juízo de admissibilidade:
Antes da ADPF 378: não fará juízo de admissibilidade, pois fica vinculado à CD (Art. 86, §1, II)
Após a ADPF 378: fará novo juízo de admissibilidade, pois não fica vinculado à CD
(atualmente é o que vale)
- Admite: Maioria simples
- Rejeita: Arquiva
4º Instauração do processo (Art. 52 §único, primeira parte)
- Presidido pelo Pres. STF
- Limita-se à condenação
5º Conclusão do processo (Art. 86, §2)
- 180 dias: PR ficará afastado de suas funções
- Após 180 dias: cessará o afastamento sem prejuízo do processo
6º Decisão do Senado (Por resolução e voto nominal/aberto) (Art. 52, §único, segunda parte)
- Condena: 2/3 = (Perda do cargo + Inabilitação por 8 anos + outras sanções)
- Absolve.
MANDADO DE SEGURANÇA
SEGURAAA PEAO
PARTIDO POLITICO
ENTIDADE DE CLASSE
ASSOCIAÇÃO - CONSTITUIDA HÁ PELO MENOS 1 ANO
ORGANIZAÇÃO SINDICAL
ENTENDIMENTOS
Lei de iniciativa parlamentar que prevê instalação de câmeras de segurança em escolas
públicas é constitucional. Decisão do STF.
Não invade a competência privativa do chefe do Poder Executivo lei que, embora crie
despesa para os cofres municipais, não trate da estrutura ou da atribuição de órgãos do
município nem do regime jurídico de servidores públicos.
É constitucional lei municipal que que proíba eventos patrocinados por empresas de álcool
e cigarros ou propaganda de cigarros e bebidas em imóveis municipais (versa sobre a
disposição de bens públicos municiais)
SÚMULA VINCULANTE 46: a definição dos crimes de responsabilidade e o
estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são da competência
legislativa privativa da União
Os Municípios detêm competência para legislar sobre assuntos de interesse local, ainda
que, de modo reflexo, tratem de direito comercial ou do consumidor
SÃO INCONSTITUCIONAIS
o por versarem sobre transito e transporte (competência privativa da união), leis
estaduais sobre: uso de cinto de segurança, embriaguez ao volante, obrigatoriedade
de uso do farol, multa de transito, barreiras eletrônicas para aferir velocidade de
veículos
o por versarem sobre telecomunicações (competência privativa da união) , leis estaduais
sobre bloqueio de sinal telefônico em presídios
o por versarem sobre títulos de capitalização (competência privativa da união): leis
estaduais sobre comercialização e publicidade de títulos de capitalização
o por versarem sobre normas gerais de licitação (competência privativa da união): leis
estaduais que exijam apresentação de certidão negativa de violação aos direitos do
consumidor pelos interessados em participar de licitações estaduais; sobre critérios de
habilitação e requisitos de licitação
o por versarem sobre direito civil (competência privativa da união): sobre cobrança de
estacionamento em shopping
o dispositivos de CE que exija que o Superintendente da Polícia Civil seja um delegado
de polícia integrante da classe final da carreira. Chefe da Polícia Civil tem que ser
um Delegado de carreira, mas não se pode limitar aos que integram a última
classe.
SÃO CONSTITUCIONAIS LEIS ESTADUAIS:
o Sobre apreensão e desemplacamento de veículos de transporte irregulares (poder de
policia estadual)
o que autoriza a utilização policial de veículos apreendidos e não identificados
o que disponha sobre acessibilidade em transportes públicos (é direito das pessoas com
deficiência, matéria de competência concorrente)
o que disponha sobre a obrigatoriedade de entrega ao usuário por escrito, de
comprovante fundamentado com informações pertinentes a eventual negativa, parcial
ou total, de cobertura de procedimento medico, cirúrgico ou diagnóstico (versa sobre
proteção ao consumidor, competência concorrente)
CONSELHO DA REPÚBLICA - “PRONUNCIA”
TERRAS INDÍGENAS
INdíos = as terras são INalienáveis, INdisponíveis, IMprescritíveis (os direitos sobre elas)
As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua POSSE permanente (não
propriedade, ao contrário do que ocorre com quilombolas), cabendo-lhes o usufruto exclusivo das
riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes.
Aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra
das riquezas minerais em terras indígenas só pode ser efetivado com autorização do Congresso,
ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da
lavra, na forma da lei.
É vedada a remoção de populações, salvo, ad referendum do Congresso, em caso de
catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do País,
após deliberação do Congresso, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que
cesse o risco.
São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que tenham por objeto a
ocupação, o domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a exploração das
riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressalvado relevante interesse
público da União, segundo o que dispuser lei complementar, não gerando a nulidade e a extinção
direito a indenização ou a ações contra a União, salvo, na forma da lei, quanto às benfeitorias
derivadas da ocupação de boa fé.
DESDE A DIPLOMAÇÃO:
DESDE A POSSE
Patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, "a"
Ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades referidas no inciso I,
"a"
Ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.
SEr proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato
com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
1824: Const. Imperial; Liberal e conservadora; vigorou por 67 anos; semirrígida; prolixa; estado
confessional (religião católica oficial); estado unitário; poder quadripartite
(exec/legis/jud/moderador); governo monárquico hereditário; judiciário não fazia controle de
constitucionalidade; o guardião da const. era o legislativo; direitos fundamentais: abolidas penas
cruéis, naturalização tácita, sufrágio restrito, eleições indiretas e os 02 únicos direitos sociais
consagrados foram o socorro público e a instrução primária.
1891: Const. da Rep. dos Estados Unidos do Brasil; foi a 1ª const. republicana; baseada na
razão; influência dos EUA: presidencialismo, república, forma federativa de estado, controle
difuso de constit.; conciliava liberalismo republicano e moderado; afastou privilégios; não
consagrou religião oficial (estado laico); só reconhecia o casamento civil; federalismo dualista;
poder tripartite (exec/legis/jud); direitos fundamentais: abolidas penas de galés, de banimento
judicial e de morte, HC, naturalização tácita, extinção de sufrágio censitário (mas mulheres ainda
não votavam).
1934: Era Vargas; governo provisório (em 1933, após derrota da revolução constitucional de
1932, em SP foi eleita Assembleia Const. para redigir nova constituição); a constituição então foi
promulgada; previu a criação da Justiça Eleitoral; foram introduzidos o voto secreto e
feminino e leis trabalhistas que previam jornada de 8h/d, repouso semanal e férias remuneradas.
1937: Como o mandato de Vargas terminaria em 1938, para permanecer no poder, ele deu um
golpe de estado, tornando-se ditador - a justificativa era de proteger a sociedade dos
comunistas; a constituição foi imposta/outorgada; teve inspiração fascista; intervenção do estado
na economia; abolidos os partidos políticos; abolida a liberdade de imprensa; ditadura fascista.
PARTIDOS POLITICOS
Livre criação, fusão, incorporação e extinção, resguardados a soberania nacional, o regime
democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana
Características
o Caráter nacional;
o Não pode receber recursos de entidade ou governo estrangeiros ou se subordinar a
estes
o prestação de contas à Justiça Eleitoral;
o funcionamento parlamentar de acordo com a lei
Após adquirirem personalidade jurídica registrarão seus estatutos no TSE.
Têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na
forma da lei
É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar
EXECUTIVO
- LEGITIMADOS:
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembleia Legislativa ou a Mesa da Câmara Legislativa do
Distrito Federal;
V - o Governador de Estado ou o Governador do Distrito Federal;
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; **
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.**
3 autoridades, 3 mesas, 3 entidades – ATENÇÃO: mesa do CN não é legitimada
Em vermelho: são legitimados especiais, precisam demonstrar pertinência temática. Os
demais são universais.
** precisam de advogado
- Cabimento:
- PROCESSAMENTO
- MEDIDA CAUTELAR
- Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação direta será concedida por
decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal, observado o disposto no art. 22, após
a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado,
que deverão pronunciar-se no prazo de 5 dias.
- O relator, julgando indispensável, ouvirá o AGU e o PGR, no prazo de 3 dias.
- No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral
- Excepcional urgência, o Tribunal poderá deferir a medida cautelar sem a audiência
dos órgãos ou das autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado.
- Concedida a liminar, será publicada no DO em 10 dias
- A MEDIDA CAUTELAR, dotada de EFICÁCIA CONTRA TODOS, será concedida com
EFEITO EX NUNC, salvo se o Tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa.
- A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso
existente (EFEITO REPRISTINATÓRIO), salvo expressa manifestação em sentido
contrário.
- No caso de efeito repristinatório indesejado, ou seja, quando a lei revogada também
for eivada do vício de inconstitucionalidade, faz-se necessária a formulação de pedidos
sucessivos de declaração de inconstitucionalidade, tanto do diploma ab-rogatório quanto das
normas por ele revogadas. Caso a norma anterior não seja impugnada, a ADI não será
conhecida.
- Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matéria e de
seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação
das informações, no prazo de 10 dias, e a manifestação do AGU e do PGR, sucessivamente,
no prazo de 5 dias, submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de
julgar definitivamente a ação (diminui prazos em 1/3 do tramite regular e faz um tramite
abreviado)
Decreto autônomo pode ser objeto de ADI
Decreto regulamentar não pode.
Em síntese, são requisitos para que uma norma possa ser objeto de ADI:
o ter sido editada na vigência da atual Constituição;
o ser dotada de abstração, generalidade ou normatividade;
o possuir natureza autônoma (não meramente regulamentar)
o estar em vigor.
É possível a decretação, de ofício, da modulação dos efeitos da decisão proferida em ADI
A ADIN é meio processual inadequado para o controle de decreto regulamentar de lei
estadual. Seria possível a propositura de ADI se fosse um decreto autônomo. Mas sendo
um decreto que apenas regulamenta a lei, não é hipótese de cabimento de ADI.
O Estado-membro não possui legitimidade para recorrer contra decisões proferidas em
sede de controle concentrado de constitucionalidade, ainda que a ADI tenha sido ajuizada
pelo respectivo Governador. A legitimidade para recorrer, nestes casos, é do próprio
Governador
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO – ADO
- MEDIDA CAUTELAR:
- DECISÃO:
- Legitimados: os mesmos
- Petição inicial deve indicar a existência de controvérsia judicial relevante sobre a
aplicação do dispositivo
- Processamento: o mesmo
- Decorrido prazo informações, PGR se manifesta em 15 dias.
- Não há previsão de manifestação do AGU.
- Só para leis federais
- MEDIDA CAUTELAR:
- EFICÁCIA DA DECISÃO
- INCONSTITUCIONALIDADE CIRCUNSTANCIAL
- INCONSTITUCIONALIDADE PROGRESSIVA
- Objeto:
- Legitimados:
Mesmos ADI
- Liminar:
DECISÕES DO STF
Declaração de inconstitucionalidade sem pronúncia de nulidade : geralmente aplicada
em casos de omissão parcial, em que o legislador elabora uma lei insuficiente. Nesse caso,
o STF declara que a lei é inconstitucional, mas, para não agravar a situação (o que
ocorreria se a lei fosse simplesmente descartada), deixa de pronunciar a nulidade,
mantendo-a no ordenamento, geralmente com um prazo determinado, até que outra norma
seja elaborada.
Declaração de constitucionalidade com apelo ao
legislador (lei ainda constitucional):
nesse caso, a lei é declarada constitucional, mas o tribunal adverte que ela está em trânsito
para a inconstitucionalidade, que ela se tornará inconstitucional em breve, por conta de
mudanças da sociedade.
Sentença normativa substitutiva: O tribunal declara a inconstitucionalidade de uma
norma na parte em que contém uma prescrição em vez de outra ou profere uma decisão
que implica em substituição de uma disciplina contida no preceito constitucional.
Já as sentenças aditivas são aquelas que se caracterizam por buscarem alcançar
situações possivelmente postas de lado pelo legislador ordinário, de modo que alargam a
incidência de uma disposição legislativa. Temos aqui uma verdadeira ação legislativa do
Tribunal
Nas sentenças transitivas, também conhecidas como transacionais, busca-se uma
relativização do binômio constitucional/inconstitucional, negociando-se com a supremacia
da Constituição.
o Essa técnica no Brasil foi reconhecida pela Lei 9.868/99, que regulamentou os
procedimentos de ADI e ADC, em seu artigo 27; como também pela Lei 9.882/99,
regulamentadora do procedimento da ADPF, em seu artigo 11. Tanto em um quanto
no outro dispositivo que, por sinal, possuem textos praticamente idênticos, possibilita-
se declarar a inconstitucionalidade da norma, mas mantê-la por algum tempo ainda
no ordenamento jurídico gerando efeitos, seja por razões de excepcional interesse
social ou para salvaguardar a segurança jurídica. Foi a positivação no Brasil da
modalidade de sentença de inconstitucionalidade com ablação diferida.
SENTENÇAS TRANSITIVAS
Enquanto as sentenças normativas criam normas jurídicas, as transitivas implicam na
possibilidade de uma relativa transação com a supremacia da Constituição, ou seja, são
decisões transitórias proferidas no controle de constitucionalidade. Podem ser espécies:
o A sentença sem efeito ablativo é a declaração de inconstitucionalidade sem
pronúncia de nulidade. Ou seja, apesar de entender a norma inconstitucional, o Poder
Judiciário não declara a sua nulidade. O fundamento da sentença é que extirpar a
norma constitucional do ordenamento jurídico o tornaria ainda mais inconstitucional.
Exemplo - Todos sabem que o salário mínimo é insuficiente para atender os direitos
constitucionalmente assegurados aos cidadãos. No entanto, declarar que a norma é
inconstitucional por uma omissão dos poderes públicos tornaria o ordenamento ainda
mais constitucional. Cai naquela ideia que pior que garantir pouco é não garantir
nada...
o Sentenças com ablação diferida são aquelas decisões de declaração de
inconstitucionalidade com modulação de efeitos. Tal regra, inclusive, é prevista no
nosso ordenamento jurídico, conforme o art. 27 da Lei 9.868/99, podendo a nulidade
ser ponderada em razões de segurança jurídica ou excepcional interesse social.
o As sentenças de apelo são aquelas que declaração que a norma num estado de
inconstitucionalidade progressiva, embora ainda seja constitucional. Trata-se de um
"apelo" ao legislador para que altere a legislação vigente, afastando a
inconstitucionalidade do ordenamento jurídico
o As sentenças de aviso são aquelas que o Poder Judiciário explicita uma mudança
futura na jurisprudência do tribunal, chamada de "progressive overruling", ou quebra
de precedente para o futuro. A especialidade desta sentença é que o novo
entendimento não terá validade para o caso sub judice.
SENTENÇAS INTERMEDIÁRIAS
O tema está relacionado às chamadas SENTENÇAS INTERMEDIÁRIAS, cuja
expressão "compreende uma diversidade de tipologia de decisões utilizadas pelos
Tribunais Constitucionais e/ou Cortes Constitucionais em sede de controle de
constitucionalidade, com o objetivo de relativizar o padrão binário do
direito (constitucionalidade/inconstitucionalidade)".
As sentenças intermediárias estão alocadas nas chamadas situações constitucionais
imperfeitas, que são justamente aquelas situações que medeiam a zona da
constitucionalidade plena e a zona da inconstitucionalidade absoluta.
As sentenças intermediárias possuem dois grandes grupos: Sentenças
normativas e sentenças transacionais.
As normativas levam à criação de uma norma geral (abstrata) e vinculante, que, por sua
vez, são subdividas em outros grupos: i) sentenças interpretativas ou de interpretação
conforme a Constituição; ii) sentenças aditivas; iii) sentenças aditivas de princípio e iv)
sentenças substitutivas.
No que concerne às sentenças interpretativas, temos que, como o sentido de uma
norma não é unívoco, mas sim "plúrimo", tais sentenças buscam determinar ou fixar uma
determinada interpretação (em virtude da mesma ser compatível com a Constituição)
afastando outras e mantendo, com isso, a norma no ordenamento (interpretação
conforme a Constituição) ou mesmo buscam excluir uma determinada interpretação em
virtude de sua inconstitucionalidade (declaração de inconstitucionalidade parcial sem
redução do texto). (FERNANDES, Bernardo. Curso de Direito Constitucional. 9a. ed.
Salvador: Juspodivm. 2017, p. 1.579)
Tendo isso em mente, uma parcela da doutrina sustenta que as decisões interpretativas
se dividiriam em (a) sentenças interpretativas de rechaço e (b) sentenças
interpretativas de aceitação.
As sentenças interpretativas de RECHAÇO ou de REJEIÇÃO seriam aquelas em
que, diante de um dispositivo que comporta duas ou mais interpretações (norma
plurissignificativa), sendo uma conforme e a(s) outra(s) contrária(s) à Constituição, a
Corte rechaça a(s) interpretação(ões) contrária(s), adotando apenas àquela
conforme à Constituição. Com efeito, deixa-se de declarar a inconstitucionalidade da
norma, que sobrevive, porém, agora, com sentido unívoco ou, ao menos, menos denso
em possibilidades interpretativas.
As sentenças interpretativas de ACEITAÇÃO ou de ACOLHIMENTO, por sua vez, são
aquelas que acarretam a anulação de decisões de órgãos de jurisdição inferior, em
razão destes terem se utilizado de interpretações contrárias àquela que a Corte
Constitucional julga afinada à Constituição. Nesse caso, a interpretação tida como
conforme a Constituição, oriunda da exegese da Corte Constitucional, é imposta à
aceitação dos Tribunais subalternos, que, contra ela não poderão arvorar-se, mesmo
que a norma interpretada comporte outra interpretação razoável e, em tese, compatível
com o texto constitucional.
ASSOCIAÇOES
Em regra, precisam de autorização expressa de seus membros para atuar em seu nome
em juízo
Contudo, em MS e MI coletivos atuam como substitutos processuais, não necessitando
dessa autorização
Não têm legitimidade para controle de constitucionalidade
COMPOSIÇÃO DO CNMP
14 membros (ATENÇÃO! CNJ são 15!) nomeados pelo Presidente, depois de aprovada a
escolha pela MAIORIA ABSOLUTA do Senado, para um mandato de dois anos, admitida
uma recondução, sendo: (43222 – número de vereador em eleição!)
o Procurador-Geral da República, que o preside;
o 4 membros do Ministério Público da União, assegurada a representação de cada
carreira; (por que 4? Pq são 4 os ramos do MPU: MPF, MPDFT, MPT e MPM).
o 3 membros do Ministério Público dos Estados; (MPE tem menos membros do que
MPF)
o 2 juízes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ
o 2 advogados, indicados pelo Conselho Federal OAB;
o 2 cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara
dos e outro pelo Senado
o O Conselho escolherá, em VOTAÇÃO SECRETA, 1 Corregedor nacional, dentre os
membros do Ministério Público que o integram, VEDADA A RECONDUÇÃO.
o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil oficiará junto ao
Conselho. (mas não o integra!)
RECURSO ORDINÁRIO
STF STJ
a) o habeas corpus, o mandado de a) os habeas corpus decididos em ÚNICA
segurança, o habeas data e o mandado de OU ÚLTIMA INSTÂNCIA pelos Tribunais
injunção decididos em ÚNICA INSTÂNCIA Regionais Federais ou pelos tribunais dos
pelos Tribunais Superiores, se denegatória a Estados, do Distrito Federal e Territórios,
decisão;(TODOS OS REMÉDIOS DA CF!) quando a decisão for denegatória; (SÓ HC!)
b) o crime político (competência originária é b) os mandados de segurança decididos
do juiz federal de primeiro grau, com ROC ao em ÚNICA INSTÂNCIA pelos Tribunais
STF); Regionais Federais ou pelos tribunais dos
Estados, do Distrito Federal e Territórios,
quando denegatória a decisão; (PERCEBA
QUE HC PODE SER ÚNICA OU ÚLTIMA –
QUADRO ACIMA – MAS MS SÓ SE FOR
ÚNICA) – HC tem mais opções!
HC
STF STJ
PACIENTE: COATOR:
COATOR OU O PACIENTE:
PARENTESCOS
MANDADO DE SEGURANÇA:
Caráter residual: quando não couber HC/HD
Contra ato: de autoridade ou particular investido em função pública
Prazo: decadencial de 120 dias
Ampara Direito Líquido e Certo: demonstrado de plano
Prova exclusivamente documental
Não cabe dilação probatória
Não cabe MS:
o decisão judicial ou adm. da qual caiba recurso com efeito suspensivo
o decisão com trânsito em julgado
o Lei em tese
o contrato de gestão comercial da Caixa Econômica Federal
Cabe novo MS quando o primeiro foi julgado? Sim, dentro do prazo decadencial + MS
anterior extinto SEM resolução do mérito.
Não cabe liminar: ATENÇÃO – STF DECLAROU INCONSTITUCIONAL EM JUNHO/2021
O ARTIGO QUE TRATAVA DAS HIPÓTESES, BEM COMO O QUE PREVIA A
NECESSIDADE DE OITIVA DO REPRESENTANTE DA PJ DE DIREITO PÚBLICO EM 72
HORAS NO CASO DE MS COLETIVO - compensação de crédito tributário, entrega de
bens e mercadorias do exterior, reclassificação no serviço público quanto a concessão,
extensão ou aumento de vantagens
Em regra, não é cabível Mandado de Segurança quando se tratar de ato contra qual caiba
Recurso Administrativo com Efeito Suspensivo, independentemente de caução, por
expressa previsão legal.
o Os atos da Administração, em processo licitatório, que determinem a Habilitação ou
Inabilitação do licitante, bem como dos atos que resultem em Julgamento das
Propostas, cabem Recurso Administrativo COM efeito suspensivo, o que inviabilizaria
a impetração do MS
o Entretanto, caso tenha havido OMISSAO DE AUTORIDADE, será cabível o Mandado
de Segurança, ainda que seja cabível, na espécie, recurso com efeito suspensivo.
Súmula 429 - A existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não
impede o uso do mandado de segurança contra omissão da autoridade.
SÚMULAS MP
SÚMULA 625 STF – Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de mandado
de segurança. Observação: Controvérsia sobre matéria de fato impede concessão de MS.
Súmula 632 STF - É constitucional lei que fixa o prazo de decadência para a impetração de
mandado de segurança.
Súmula 330 STF - O Supremo Tribunal Federal não é competente para conhecer de mandado
de segurança contra atos dos Tribunais de Justiça dos Estados.
Súmula 624 STF - Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer originariamente de
mandado de segurança contra atos de outros tribunais.
SÚMULA 272 STF - Não se admite como ordinário recurso extraordinário de decisão
denegatória de mandado de segurança.
Súmula 623 STF - Não gera por si só a competência originária do Supremo Tribunal Federal
para conhecer do mandado de segurança com base no art. 102, I, n, da Constituição, dirigir-se
o pedido contra deliberação administrativa do tribunal de origem, da qual haja participado a
maioria ou a totalidade de seus membros.
Súmula 333 STJ - Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida
por sociedade de economia mista ou empresa pública.
SÚMULA 630 STF - A entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança ainda
quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria.
Súmula 213 STJ - O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do
direito à compensação tributária.
Súmula 604 STJ - O mandado de segurança não se presta para atribuir efeito suspensivo a
recurso criminal interposto pelo Ministério Público.
Súmula 376 STJ - Compete a turma recursal processar e julgar o mandado de segurança
contra ato de juizado especial.
SÚMULA 304 STJ - Decisão denegatória de mandado de segurança, não fazendo coisa
julgada contra o impetrante, não impede o uso da ação própria.
SÚMULA 430 STF - Pedido de reconsideração na via administrativa não interrompe o prazo
para o mandado de segurança.
CONTROLE INTERNO
Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno
Finalidade de:
o Avaliar o cumprimento das metas previstas no PPA, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos da União;
o Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da
gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração
federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
o Controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da União;
o Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
Súmula 642 do STF: Não cabe ADIN de lei do DF derivada da sua competência legislativa
municipal.
GRATUITOS
1. DIREITO DE PETIÇÃO E DE OBTER CERTIDÃO: isento ("independe") do pagamento de
taxas;
2. AÇÃO POPULAR: isenta de custas e ônus da sucumbência, salvo comprovada má-fé;
3. HC e HD: gratuitos;
4. ATOS NECESSÁRIOS AO EXERCÍCIO DA CIDADANIA: gratuitos, na forma da lei;
5. REGISTRO DE NASCIMENTO E CERTIDÃO DE ÓBITO: gratuitos aos reconhecidamente
pobres;
6. ASSISTÊNCIA JURÍDICA E INTEGRAL PELO ESTADO: gratuita a quem comprove
insuficiência de recursos.
7. CASAMENTO: O casamento é civil e gratuita a sua celebração
INTERVENÇÃO
A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
o manter a integridade nacional;
o repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
o pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
o garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
Nesse caso, dependerá de solicitação do Legislativo ou do Executivo coacto ou
impedido, ou de requisição do STF, se a coação for exercida contra o Poder
Judiciário;
o reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos,
salvo motivo de força maior;
deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas na Constituição,
dentro dos prazos estabelecidos em lei;
o prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
é dispensada a apreciação pelo Congresso, pois o decreto limitar-se-á a
suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao
restabelecimento da normalidade.
o Assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais – são os sensíveis
(dependerá de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do
Procurador-Geral da República) - É dispensada a apreciação pelo Congresso, pois o
decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida
bastar ao restabelecimento da normalidade.
forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
direitos da pessoa humana;
autonomia municipal;
prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais,
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em
Território, exceto quando:
o deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida
fundada;
o não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
o não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;
o TJ der provimento a representação para assegurar a observância de princípios
indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de
decisão judicial.
É dispensada a apreciação pela Assembléia Legislativa, o decreto limitar-se-á a
suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao
restabelecimento da normalidade.
A decretação da intervenção dependerá:
o no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do STF, do
STJ ou do TSE;
o de provimento, pelo STF de representação do PGR no caso de recusa à execução de
lei federal (PGR vai atuar apresentando representação no caso de descumprimento
dos princípios constitucionais sensíveis e de recusa à execução de lei federal – ADI
interventiva)
O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de
execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do
Congresso ou da Assembléia Legislativa do Estado, no prazo de 24 horas.
Se não estiver funcionando o Congresso ou a Assembléia Legislativa, far-se-á convocação
extraordinária, no mesmo prazo de 24 horas.
Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes
voltarão, salvo impedimento legal.
Para garantir a execução de lei federal e ofensas aos princípios sensíveis, o PGR deverá
representar junto ao STF. Dado provimento, o Presidente terá até 15 dias para expedir o
decreto interventivo.
Se a ordem ou decisão judiciária desobedecida for de origem da (...), então a decretação
da intervenção dependerá de requisição do (...): Justiça Eleitoral --> TSE. Justiça Comum
(matéria Legal) ou do próprio STJ --> STJ. Justiça Comum (matéria Constitucional), do
Trabalho, Militar ou do próprio STF --> STF.
QUADRO-RESUMO (RESP 1344771/PR):
De quem é a competência para julgar ações propostas contra instituição PRIVADA
de ensino SUPERIOR?
o Se a ação proposta for mandado de segurança - Justiça Federal
o Ação (diferente do MS) discutindo questões privadas relacionadas ao contrato de
prestação de serviços firmado entre a instituição de ensino e o aluno (exs:
inadimplemento de mensalidade, cobrança de taxas etc.) - Justiça Estadual
o Ação (diferente do MS) discutindo registro de diploma perante o órgão público
competente ou o credenciamento da entidade perante o Ministério da Educação (obs:
neste caso, a União deverá figurar na lide). Justiça Federal
DEFESA
Ouvida do Conselho da República e o do Conselho de Defesa Nacional
Para preservar ou restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública
ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou
atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.
O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração,
especificará as áreas a serem abrangidas e as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as
seguintes:
o restrições aos direitos de reunião, ainda que exercida no seio das associações; ao
sigilo de correspondência; sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
o ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade
pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes.
O tempo de duração do estado de defesa não será superior a 30 dias, podendo ser
prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua
decretação.
Na vigência do estado de defesa:
o a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida, será por
este comunicada imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal,
facultado ao preso requerer exame de corpo de delito à autoridade policial;
o a comunicação será acompanhada de declaração, pela autoridade, do estado físico e
mental do detido no momento de sua autuação;
o a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a 10 dias, salvo
quando autorizada pelo Judiciário;
o é vedada a incomunicabilidade do preso.
O Presidente, dentro de 24 horas, submeterá o ato de decretação com a respectiva
justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por MAIORIA ABSOLUTA.
Congresso Nacional em recesso: convocação extraordinária em 5 dias.
o apreciará o decreto dentro de 10 dias contados de seu recebimento, devendo
continuar funcionando enquanto vigorar o estado de defesa.
Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de defesa.
ESTADO DE SÍTIO
O presidente SOLICITA ao congresso a autorização para decretar o estado de sítio
Hipótese:
o Comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a
ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa;
Não poderá ser decretado por mais de 30 dias, nem prorrogado, de cada vez, por
prazo superior (cabem sucessivas prorrogações de 30 dias)
o Declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.
poderá ser decretado por todo o tempo que perdurar a guerra ou a agressão
armada estrangeira.
Congresso Nacional decide por MAIORIA ABSOLUTA.
O decreto do estado de sítio indicará sua duração, as normas necessárias à sua execução
e as garantias constitucionais que ficarão suspensas
o depois de publicado, o Presidente designará o executor das medidas específicas e as
áreas abrangidas.
Solicitada autorização para decretar o estado de sítio durante o recesso, o Presidente do
Senado, de imediato, convocará extraordinariamente o Congresso para se reunir dentro
de 5 dias
O Congresso permanecerá em funcionamento até o término das medidas coercitivas.
Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento na comoção grave de
repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida
tomada durante o estado de defesa, só poderão ser tomadas contra as pessoas as
seguintes medidas:
o obrigação de permanência em localidade determinada (exclusivamente aqui);
o detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns;
o restrições relativas à inviolabilidade da correspondência (no de defesa é
restrição ao sigilo – menos amplo), ao sigilo das comunicações (no de defesa é
restrição ao sigilo de comunicações telegráficas e telefônicas, apenas – menos
amplo), à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e
televisão, na forma da lei;
Não se inclui nas restrições a difusão de pronunciamentos de parlamentares
efetuados em suas Casas Legislativas, desde que liberada pela respectiva Mesa.
o suspensão da liberdade de reunião (no de defesa é só restrição);
o busca e apreensão em domicílio (exclusivamente aqui);
o intervenção nas empresas de serviços públicos (no de defesa só há ocupação
temporária);
o requisição de bens (no de defesa só há ocupação temporária).
OBS:
A mesa do congresso, ouvidos os líderes partidários, designará Comissão composta de 5
membros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas referentes ao estado de
defesa e ao de sítio.
Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão os seus efeitos, sem prejuízo
da responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores ou agentes.
As medidas aplicadas na vigência do estado de defesa e de sitio, após o seu término,
serão relatadas pelo Presidente, em mensagem ao Congresso, com especificação e
justificação das providências adotadas, com relação nominal dos atingidos e indicação das
restrições aplicadas.
ORDEM ECONÔMICA
POLÍTICA URBANA
- COMPETE À UNIÃO desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária,
o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização
em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor REAL, resgatáveis no
prazo de até 20 anos, a partir do 2° ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
- o município PODE DESAPROPRIAR IMÓVEL RURAL, DESDE QUE NÃO SEJA
PARA FINS DE REFORMA AGRÁRIA.
- as benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em DINHEIRO.
- O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de reforma
agrária, autoriza a União a propor a ação de desapropriação.
- são isentas de IMPOSTOS as transferências de imóveis desapropriados para fins de
reforma agrária.
- São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária:
I - a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu
proprietário não possua outra (ainda que improdutiva);
II - a propriedade produtiva (ainda que não seja pequena ou média)
JURISPRUDÊNCIA DESAPROPRIAÇÃO
ORDEM SOCIAL
A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a
justiça sociais
SEGURIDADE SOCIAL
objetivos:
o universalidade da cobertura e do atendimento;
o uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
o seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
o irredutibilidade do valor dos benefícios;
o equidade na forma de participação no custeio;
o diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis
específicas para cada área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde,
previdência e assistência social, preservado o caráter contributivo da previdência
social;
o caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão
quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos
aposentados e do Governo nos colegiados.
será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei,
mediante recursos provenientes dos orçamentos dos entes, e das seguintes contribuições
sociais:
o do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei:
a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a
qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo
empregatício;
a receita ou o faturamento;
o lucro;
o do trabalhador e dos demais segurados, podendo ser adotadas alíquotas progressivas
de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre
aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral;
o sobre a receita de concursos de prognósticos.
o do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade
social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos
órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as
metas e prioridades estabelecidas na LDO, assegurada a cada área a gestão de seus
recursos.
A pessoa jurídica em débito com a seguridade social, como estabelecido em lei, não
poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos
fiscais ou creditícios.
Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou
estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
As contribuições sociais só poderão ser exigidas após decorridos 90 dias da data da
publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando a
anualidade
o As contribuições poderão ter alíquotas diferenciadas em razão da atividade
econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do porte da empresa ou da
condição estrutural do mercado de trabalho, sendo também autorizada a adoção de
bases de cálculo diferenciadas apenas no caso das contribuições sobre o faturamento
e lucro
o São vedados a moratória e o parcelamento em prazo superior a 60 meses e, na forma
de lei complementar, a remissão e a anistia das contribuições sociais do empregador
(apenas as sobre a folha) e do empregado
o A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições
incidentes sobre as importações e sobre a receita/faturamento serão não cumulativas
São isentas de contribuição para a seguridade as entidades beneficentes de
assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, e seus
respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem
empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de
uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios
nos termos da lei.
O segurado somente terá reconhecida como tempo de contribuição ao RGPS a
competência cuja contribuição seja igual ou superior à contribuição mínima mensal exigida
para sua categoria, assegurado o agrupamento de contribuições.
SAÚDE
Competências do SUS:
o controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde
e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos,
hemoderivados e outros insumos;
o executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, e as de saúde do
trabalhador;
o ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
o participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
o incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a
inovação;
o fiscalizar e inspecionar alimentos (inclusive com o controle de seu teor nutricional),
bebidas e águas para consumo humano;
o participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de
substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
o colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
ASSISTÊNCIA SOCIAL
- DIRETRIZES
I - descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as
normas gerais à esfera federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas às
esferas estadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social;
II - participação da população, por meio de organizações representativas, na
formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis.
- É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a programa de apoio à
inclusão e promoção social até 0,5% de sua receita tributária líquida, vedada a aplicação
desses recursos no pagamento de:
I - despesas com pessoal e encargos sociais;
II - serviço da dívida;
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos
investimentos ou ações apoiados.
EDUCAÇÃO
CULTURA
DESPORTO
COMUNICAÇÃO
MEIO AMBIENTE
SEGURANÇA PUBLICA
É dever do Estado, direito e responsabilidade de todos.
Exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
patrimônio,
Órgãos: polícia federal; polícia rodoviária federal; polícia ferroviária federal; polícias civis;
polícias militares; corpos de bombeiros militares e polícias penais.
A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela
União e estruturado em carreira, destina-se a:
o apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de
bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e
empresas públicas
o infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija
repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;
o prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o
contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros
órgãos públicos nas respectivas áreas de competência;
o exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;
o exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.
A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e
estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das
rodovias federais.
o As polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, ressalvada a
competência da União: funções de polícia judiciária e a apuração de infrações
penais, exceto as militares.
Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos
corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução
de atividades de defesa civil.
Às polícias penais: cabe a segurança dos estabelecimentos penais.
As polícias militares, corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército
e as polícias civis subordinam-se aos Governadores dos Estados, do DF e dos Territórios.
Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens,
serviços e instalações, conforme dispuser a lei.
A remuneração dos servidores policiais será fixada na forma do subsídio.
A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas:
o Compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras
atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana
eficiente; e
o Compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos
respectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados
em Carreira, na forma da lei.
Normas gerais sobre as policias civis = UNIAO
A apuração de infrações penais contra a ordem política e social é atribuição da PF.
Incumbe à PC as funções de polícia judiciária e apuração de infrações penais, exceto
militares (art.144, §4).
PRECATÓRIOS ORDEM
Ordem de pagamento dos precatórios:
1) Pequeno valor
2) Alimentícia (dos preferenciais)
3) Alimentícia (dos demais)
4) Ordem cronológica
SIGILO BANCÁRIO
É possível que o Fisco requisite das instituições financeiras informações bancárias sobre
os contribuintes sem intervenção do Poder Judiciário (FISCO ESTADUAL, MUNICIPAL E
FEDERAL – o estadual e municipal precisam editar suas próprias leis a respeito do tema)
CPI também não precisa de decisão do judiciário (federal e estadual – CPI municipal não
pode, porque CPI tem poderes próprios de autoridade judicial, e M não tem poder
judiciário)
É possível o compartilhamento, sem autorização judicial, dos relatórios de inteligência
financeira da UIF e do procedimento fiscalizatório da Receita Federal com a Polícia e o
Ministério Público
A quebra de sigilo bancário e fiscal fundada em relatório do COAF não é ilegal
CPI
REQUISITOS DA APOSENTADORIA:
o 65 anos de idade, se homem, e 62 anos de idade, se mulher, observado tempo
mínimo de contribuição;
O requisito de idade será reduzido em 5 anos, para o professor que comprove
tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no
ensino fundamental e médio fixado em lei complementar.
o 60 anos de idade, se homem, e 55 anos de idade, se mulher, para os trabalhadores
rurais e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes
incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal.
Para fins de aposentadoria, será assegurada a contagem recíproca do tempo de
contribuição entre o RGPS e os RPPSs, e dos RPPSs entre si, observada a compensação
financeira, de acordo com os critérios estabelecidos em lei.
O tempo de serviço militar exercido e o tempo de contribuição ao RGPS ou a RPPS terão
contagem recíproca para fins de inativação militar ou aposentadoria, e a compensação
financeira será devida entre as receitas de contribuição referentes aos militares e as
receitas de contribuição aos demais regimes.
Lei complementar poderá disciplinar a cobertura de benefícios não programados, inclusive
os decorrentes de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo RGPS e
pelo setor privado.
Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para
efeito de contribuição previdenciária e consequente repercussão em benefícios
Lei instituirá sistema especial de inclusão previdenciária, com alíquotas diferenciadas, para
atender aos trabalhadores de baixa renda, inclusive os que se encontram em situação de
informalidade, e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho
doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda.
o A aposentadoria concedida nessas condições terá valor de 1 salário-mínimo.
É vedada a contagem de tempo de contribuição fictício para efeito de concessão dos
benefícios previdenciários e de contagem recíproca.
O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma
autônoma em relação ao regime geral, será facultativo, baseado na constituição de
reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar.
o A lei complementar assegurará ao participante de planos de benefícios de entidades
de previdência privada o pleno acesso às informações relativas à gestão de seus
respectivos planos.
As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos
estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não
integram o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios
concedidos, não integram a remuneração dos participantes, nos termos da lei.
É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades
de economia mista e outras entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador,
situação na qual, em hipótese alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do
segurado.
REGRAS PRUDENCIAIS
As regras prudenciais de um país com relação ao seu sistema financeiro visam, por um
lado, a manutenção da estabilidade e de confiança no sistema financeiro nacional (ou seja, a
solvabilidade e solidez financeira das instituições), e, por outro lado, a proteção dos utilizadores
(depositantes, investidores e aplicadores de recursos) contra perdas/prejuízos resultantes de
uma má gestão, fraudes e falências dos fornecedores de serviços financeiros.
Podemos dividir essas regras em dois grandes grupos: a) os que influenciam as
condições de acesso ao mercado, com o intuito de evitar que nele atuem entidades ou pessoas
de reputação duvidosa ou que não disponham de solidez financeira e patrimonial adequada às
operações que se propõem executar e; b) os que visam, em última análise, o controle dos
riscos subjacentes às atividades financeiras envolvidas.