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Constitucional.................................................................. 1
Administrativo.................................................................. 36
Penal................................................................................. 74
Processo Penal.................................................................. 111
Direitos Humanos............................................................. 154
Criminologia...................................................................... 192
Legislação Penal Especial.................................................. 206
Medicina Legal.................................................................. 242
Civil................................................................................... 256
Informática........................................................................ 274
3/11/23
DIREITO CONSTITUCIONAL
DELTA
CONSTITUCIONALISMO
Constitucionalismo Antigo
→ Período: entre a Antiguidade Clássica e o final do século XVIII.
→ Quais foram as experiências constitucionais que se destacaram? As do Estado Hebreu,
da Grécia, de Roma e da Inglaterra.
→ Características principais: constituição baseada em costumes e em precedentes
judiciais.
Constitucionalismo Clássico/Liberal/Moderno
→ Período: entre as revoluções liberais do final do século XVIII e a promulgação das
constituições pós guerra, após a segunda metade do século XX.
→ Características principais: surgem as noções de constituição escrita, formal, rígida e de
supremacia constitucional.
→ Surgimento de 2 modelos de constituição: liberais e sociais.
Liberais Sociais
São marcos: a Constituição dos Estados Esse novo modelo de constituição tem 2
Unidos da América (1787) e a Constituição (dois) paradigmas importantes. As
da França (1791). constituições Mexicana (1917) e a de
Weimar (Alemanha – 1919) são marcos
Nasce com forte viés liberal, consagrando a históricos. Essas constituições começam a
liberdade, a proteção à propriedade privada, consagrar um novo grupo de direitos em seu
a proteção aos direitos individuais e a texto, os chamados direitos de segunda
exigência de que o Estado se abstenha de geração - “ESC” - econômico, social e
intervir na esfera privada. cultural.
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Constitucionalismo Contemporâneo/Neoconstitucionalismo/Estado Democrático de Direito
→ Quando surgiu? Após 2ª Guerra Mundial. Os terríveis acontecimentos despertaram uma
consciência coletiva para a necessidade de proteção da pessoa humana.
→ Principais características:
a) Força normativa da Constituição: reconhecimento em definitivo de que a Constituição
é uma norma jurídica e deve ser respeitada.
b) Materialização da constituição: o texto constitucional absorve valores morais e políticos
(como consequência, a torna prolixa).
c) Centralidade da Constituição: desse preceito decorrem outros 3, quais sejam, normas
de outros ramos do direito passam a ter roupagem constitucional (o texto constitucional
não tem mais apenas matérias tradicionais do direito constitucional, mas também
normas sobre direito tributário, previdenciário, etc), as leis infraconstitucionais devem
ser interpretadas conforme à constituição, os direitos fundamentais possuem eficácia
horizontal (não apenas oponíveis nas relações do Estado com os particulares, mas entre
os particulares também).
d) Fortalecimento do Poder Judiciário: aqui, ganha enfoque a judicialização das relações
políticas e sociais, isto é, questões que antes eram adstritas ao poder executivo e
legislativo, agora são levadas ao judiciário, que é chamado a decidir.
MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO
JÁ CAIU (VUNESP 2022) A decisão do Supremo Tribunal Federal, prolatada na ADPF no 54,
que autoriza a realização voluntária do aborto de feto anencefálico teve como um dos seus
expressos fundamentos a intepretação constitucional sem redução de texto. (CORRETA)
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Na interpretação declarativa especificadora, parte-se do princípio de
Interpretação que o significado da norma está contido literalmente em seu
declarativa enunciado. Nessa abordagem, a letra da lei é considerada em
especificadora consonância com a intenção do legislador ou o propósito da lei, e cabe
ao intérprete simplesmente identificar essa coincidência.
PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO
JÁ CAIU (VUNESP 2018) Em recente julgamento nos autos da ADPF no 132, o Supremo
Tribunal Federal, diante da possibilidade de duas ou mais interpretações razoáveis sobre o
art. 1.723 do Código Civil, que trata sobre a união estável entre homem e mulher, reconheceu
a união homoafetiva como família. Nesse caso, é correto afirmar que a técnica de
interpretação utilizada foi a da interpretação conforme. (CORRETA)
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APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
ATENÇÃO: A avaliação da extensão das normas programáticas cabe ao Executivo, posto que
submetidas ao princípio da reserva do possível.
DIREITOS FUNDAMENTAIS
DIREITO DE GREVE
Iniciativa privada Norma de eficácia contida: direito de greve pode ser exercido,
mas a lei pode definir parâmetros para que o direito seja
exercido.
Servidores públicos Norma de eficácia limitada: depende de uma lei que regulamente
esse direito (ainda não foi editada).
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O grau de eficácia de uma norma constitucional é aferido quando ela entra em vigor, ou seja,
após a Vacatio Legis ou Vacatio Constitutionis, a norma é totalmente dotada de eficácia.
SENTIDOS DE CONSTITUIÇÃO
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Constitucionalismo Contemporâneo. organização e funcionamento do Estado.
Exemplo: CFRB 88. Exemplo: Constituição do EUA.
PODER CONSTITUINTE
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Entretanto, ATENÇÃO: em provas objetivas, tem prevalecido que o poder constituinte originário
não está sujeito a nenhuma limitação.
JÁ CAIU (VUNESP 20218) Nos termos da jurisprudência firmada pelo Supremo Tribunal
Federal, pode-se afirmar que a eficácia das regras jurídicas produzidas pelo poder
constituinte (redundante mente chamado de “originário”) não está sujeita a nenhuma
limitação normativa, seja de ordem material, seja formal. (CORRETA)
JÁ CAIU (VUNESP 2018) A Constituição Federal estabelece em seu art. 5° que “não haverá
prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável
de obrigação alimentícia e a do depositário infiel” (Inciso LXVII). Todavia, o Supremo Tribunal
Federal (STF) decidiu que a prisão do depositário infiel não se sustentaria em virtude de
disposições de direito internacional. Essa decisão do STF foi proferida com base na mutação
constitucional. (CORRETA)
Obs.: referida decisão do STF não poderia ter sido proferida com base na interpretação
conforme à Constituição (nem com nem sem redução de texto) por se tratar de uma técnica
aplicável somente para a interpretação de normas infraconstitucionais polissêmicas
(plurissignificativas).
JÁ CAIU (VUNESP 2018) O Supremo Tribunal Federal pacificou o entendimento de que, “para
efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado,
o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2o da Lei no 8.072, de 25 de
julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos
objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo
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fundamentado, a realização de exame criminológico.” Para chegar a essa decisão, o STF
utilizou-se da interpretação denominada mutação constitucional. (CORRETA)
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
MANDADO DE SEGURANÇA
→ Objetivo: proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas
data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública
ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
→ Não admite dilação probatória.
Legitimidade ativa:
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Legitimidade passiva: autoridade coatora
Súmula nº 629, STF: “A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe
em favor dos associados independe da autorização destes.”
Súmula nº 630, STF: “A entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança ainda
quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria.”
Súmula nº 376, STJ: “Compete à turma recursal processar e julgar o mandado de segurança
contra ato de juizado especial.”
HABEAS CORPUS
Legitimidade:
Pessoa jurídica PODE impetrar HC em Pessoa jurídica NÃO PODE ser paciente de
favor de pessoa física. HC.
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Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado
NÃO contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior,
CABE indefere a liminar. EXCEÇÃO: teratologia, flagrante ilegalidade ou abuso de poder;
HC Em regra, contra decisão transitada em julgado. EXCEÇÃO: ilegalidade flagrante.
É cabível HC Coletivo.
Contra instauração de IP ou indiciamento, sem que haja justa causa para estes atos
CABE (HC trancativo).
HC Contra a autorização judicial de quebra de sigilos – bancário, fiscal, telefônico, etc;
Para questionar a imposição de medidas cautelares diversas da prisão.
ATENÇÃO: É impossível descrever aqui todas as hipóteses de cabimento ou não cabimento de HC, em
razão do curto tempo até a prova e por ser inútil vocês gastarem tempo decorando. Sempre tenha
em mente o seguinte: a finalidade do HC é proteger a liberdade de locomoção, portanto, não será
cabível quando ela não estiver ameaçada, nem mesmo de forma reflexa.
Por isso é que não cabe HC contra decisão que condena a pena de multa, processo de infração em
que pena pecuniária é a única cominada, quando já extinta a pena privativa de liberdade, quando o
crime é o do art. 28 da Lei de Drogas, etc.
“Mas por qual razão cabe em se tratando de cautelares diversas da prisão? Porque o descumprimento
delas pode acarretar a decretação da prisão preventiva. Nesse caso, existe SIM risco (ainda que
reflexo) à liberdade de locomoção.
MANDADO DE INJUNÇÃO
Legitimidade ativa:
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CORRENTE NÃO CONCRETISTA CORRENTE CONCRETISTA
O Poder Judiciário, ao julgar procedente o O Poder Judiciário, ao julgar procedente o
mandado de Injunção, deverá apenas mandado de injunção e reconhecer que
comunicar o Poder, órgão, entidade ou existe a omissão do Poder Público, deverá
autoridade que está sendo omisso. editar a norma que está faltando ou
Princípio da separação dos poderes. determinar que seja aplicada, ao caso
Esta é a posição clássica do STF que concreto, uma já existente para outras
perdurou até 2007. situações análogas.
TEORIA DA ENCAMPAÇÃO
A teoria da encampação do Mandado de Segurança é utilizada para correção de um vício na
petição inicial, no que tange à definição da autoridade coatora, e devem estar previstos os 3
requisitos cumulativos:
1) Vínculo hierárquico entre a autoridade informante da ordem e a autoridade coatora;
2) inexistência de modificação na competência para julgá-los;
3) manifestação a respeito do mérito nas informações prestadas.
HABEAS DATA
Apesar de o Habeas Data ter uma natureza de ação personalíssima, em caso de morte do
detentor do direito é cabível a sucessão dos herdeiros ou cônjuge.
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CABE Para que se obtenha dados do contribuinte constantes nos sistemas de
órgãos fazendários. (STF)
Para que se tenha acesso a autos de processos administrativos. (STF)
NÃO CABE Para obtenção de certidão pública. (STJ)
Para a obtenção de acesso aos critérios utilizados em correção de prova
discursiva aplicada em concursos públicos. (STJ)
JÁ CAIU (VUNESP 2023) Na hipótese de o cidadão não ser atendido no exercício do direito de
petição, o remédio constitucional cabível é o habeas data. (INCORRETO)
NACIONALIDADE
Ministro do STF
Presidente e Vice-Presidente
Cargos privativos de Presidente da Câmara
brasileiro NATO Presidente do Senado
Carreira Diplomática
Oficial das Forças Armadas
Ministro do Estado de Defesa
DIREITOS SOCIAIS
Art. 6º Parágrafo único. Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social terá direito a
uma renda básica familiar, garantida pelo poder público em programa permanente de
transferência de renda, cujas normas e requisitos de acesso serão determinados em lei,
observada a legislação fiscal e orçamentária. (EC 90 DE 2021)
Súmula Vinculante 4: O salário-mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo
de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial,
salvo nos casos previstos na CF.
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→ Acordo de horas trabalhadas: é mediante acordo coletivo, não é entre empregado e
empregador.
→ Reclamações trabalhistas: 2 anos de prescrição, para entrar com ação. PORÉM, ele
somente poderá reclamar os últimos 5 anos que esteve na empresa.
DIREITOS POLÍTICOS
Alistamento eleitoral:
A suspensão de direitos políticos prevista no art. 15, III, da CF, aplica-se tanto para condenados
a penas privativas de liberdade como também a penas restritivas de direitos (STF).
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§ 6º Os Deputados Federais, os Deputados Estaduais, os Deputados Distritais e os Vereadores
que se desligarem do partido pelo qual tenham sido eleitos perderão o mandato, SALVO nos
casos de anuência do partido ou de outras hipóteses de justa causa estabelecidas em lei, não
computada, em qualquer caso, a migração de partido para fins de distribuição de recursos do
fundo partidário ou de outros fundos públicos e de acesso gratuito ao rádio e à televisão.
ATENÇÃO: a perda do mandato por infidelidade partidária não se aplica aos cargos
majoritários. Os cargos mencionados pelo dispositivo acima se submetem ao sistema
proporcional.
§ 7º Os partidos políticos devem aplicar no MÍNIMO 5% (cinco por cento) dos recursos do
fundo partidário na criação e na manutenção de programas de promoção e difusão da
participação política das mulheres, de acordo com os interesses intrapartidários.
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
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naturais, proteção do meio ambiente e
controle da poluição.
ATENÇÃO! VUNESP já cobrou esses incisos invertidos, colocou como sendo competência
privativa como concorrente e vice e versa!
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial
e do trabalho.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora.
XI - procedimentos em matéria processual.
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem,
observados os princípios desta Constituição.
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas,
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios
limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de
interesse comum.
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Art. 29. O Município reger-se-á por LEI ORGÂNICA, votada em 2 TURNOS, com o interstício
mínimo de 10 DIAS, e aprovada por 2/3 dos membros da Câmara Municipal, que a
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do
respectivo Estado e os seguintes preceitos (...)
§ 1º A Câmara Municipal não gastará mais de 70% de sua receita com folha de pagamento,
incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores.
Obs.: De fato, a Câmara de Vereadores pode ir a juízo para demandar seus direitos
institucionais, mas não possui personalidade jurídica e sim personalidade judiciária. Nesse
sentido é a Súmula 545, STJ: A Câmara de Vereadores não possui personalidade jurídica, mas
apenas personalidade judiciária, de modo que só pode demandar em juízo para defender os
seus direitos institucionais, entendidos esses como sendo os relacionados ao funcionamento,
autonomia e independência do órgão.
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Instituir REGIÕES METROPOLITANAS, AGLOMERAÇÕES URBANAS
ESTADOS e MICRORREGIÕES (mediante Lei Complementar).
MUNICÍPIOS Criar, organizar e suprimir DISTRITOS.
É constitucional lei municipal que proíbe a soltura de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos.
(STF)
É inconstitucional lei estadual que prevê a modalidade de venda direta de arma de fogo aos
membros de seus órgãos de segurança pública. (STF)
É inconstitucional lei estadual que concede porte de arma de fogo a agentes penitenciários sem
observar os requisitos fixados pelo Estatuto do Desarmamento. (STF)
É inconstitucional lei estadual que proíbe os órgãos ambientais e a polícia militar de destruírem
e inutilizarem bens particulares apreendidos em operações de fiscalização ambiental. (STF)
É constitucional lei estadual que proíbe, no âmbito de seu território, a fabricação, a venda e a
comercialização de armas de brinquedo que simulam armas de fogo reais. (STF)
No exercício de sua competência constitucional para suplementar as normas gerais fixadas pela
União sobre matéria atinente à segurança pública, os estados podem editar normas específicas
quanto ao porte de arma de fogo, desde que mais restritivas. (STF)
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Lei estadual não pode conceder porte de arma para Procuradores do Estado. (STF)
É inconstitucional lei estadual que legitime ocupações em solo urbano de área de preservação
permanente (APP) fora das situações previstas em normas gerais editadas pela União. (STF)
É inconstitucional lei estadual que preveja que os serviços privados de educação são obrigados
a conceder, a seus clientes preexistentes, os mesmos benefícios de promoções posteriormente
realizadas. (STF)
É inconstitucional lei estadual que veda o corte do fornecimento de água e luz, em determinados
dias, pelas empresas concessionárias, por falta de pagamento. (STF)
É inconstitucional norma estadual que restringe o conceito de pessoas com deficiência (PcD) e
contraria as regras gerais sobre o tema previstas no Estatuto da Pessoa com Deficiência. (STF)
É inconstitucional lei estadual que determina que os hospitais façam a coleta compulsória do
material genético de mães e recém nascidos na sala de parto e o subsequente armazenamento
para o fim de evitar a troca de bebês. (STF)
É constitucional lei estadual, mesmo que de origem parlamentar, que cria Bolsa Aluguel para
famílias em situação de risco ou atingida por catástrofes, não havendo problema que o salário
mínimo seja o parâmetro para a concessão do benefício. (STF)
Lei estadual não pode proibir que os prestadores de serviço público de abastecimento de água
e de esgotamento sanitário inscrevam os usuários inadimplentes no SPC/Serasa. (STF)
É constitucional lei estadual que concede aos professores das redes públicas estadual e
municipais de ensino o benefício da meia-entrada nos estabelecimentos de lazer e
entretenimento. (STF)
Lei estadual não pode prever paridade e integralidade para os policiais civis nem conceder a eles
adicional de final de carreira para que recebam aposentadoria em classe superior ao que
estavam na ativa. (STF)
Lei estadual não pode estabelecer normas de proteção aos consumidores filiados às associações
de socorro mútuo. (STF)
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É constitucional lei municipal que, ao regulamentar apenas o seu interesse local, sem criar novas
figuras ou institutos de licitação ou contratação, estabelece diretrizes gerais para a prorrogação
e relicitação dos contratos de parceria entre o município e a iniciativa privada. (STF)
É inconstitucional lei do Distrito Federal que trate sobre a estrutura e o regime jurídico da Polícia
Civil do Distrito Federal (a competência para isso é da União). (STF)
Súmula n. 703, STF: A extinção do mandato do prefeito não impede a instauração de processo
pela prática dos crimes previstos no art. 1º do Dl. 201/67.
É inconstitucional lei estadual que preveja que os serviços privados de educação são obrigados
a conceder, a seus clientes preexistentes, os mesmos benefícios de promoções posteriormente
realizadas. (STF)
É inconstitucional lei estadual que obriga planos de saúde a atenderem os clientes com Covid-
19 mesmo que eles estejam no período de carência contratual. (STF)
É inconstitucional lei estadual que estabeleça prazo máximo para que os planos de saúde
autorizem solicitações de exames e procedimentos cirúrgicos. (STF)
É inconstitucional lei municipal que preveja que o Poder Executivo poderá conceder autorização
para que sejam explorados serviços de radiodifusão no Município. (STF)
É constitucional norma estadual que determine que as prestadoras de serviço telefônico são
obrigadas a fornecer, sob pena de multa, os dados pessoais dos usuários de terminais utilizados
para passar trotes aos serviços de emergência. (STF)
É constitucional lei estadual que transforma o cargo de datiloscopista da Polícia Civil em perito
datiloscopista. (STF)
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É constitucional lei municipal que disponha sobre a obrigatoriedade de instalação de
hidrômetros individuais em edifícios e condomínios. (STF)
Viola a CF/88 lei municipal que proíbe o transporte de animais vivos no Município. (STF)
Parecer técnico elaborado pelo Tribunal de Contas tem natureza meramente opinativa,
competindo exclusivamente à Câmara de Vereadores o julgamento das contas anuais do chefe
do Poder Executivo local, sendo incabível o julgamento ficto das contas por decurso de prazo.
(STF)
Vale ressaltar, no entanto, que os Municípios podem legislar sobre medidas que propiciem
segurança, conforto e rapidez aos usuários de serviços bancários (STF ARE 691591 AgR/RS,
julgado em 18/12/2012). Exs: tempo máximo de espera na fila (“Lei das Filas”), instalação de
banheiros e bebedouros nas agências, colocação de cadeiras de espera para idosos,
disponibilização de cadeiras de rodas, medidas para segurança dos clientes etc.
Fonte: Dizer o Direito
Súmula Vinculante nº 49: “Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a
instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.”
INTERVENÇÃO
ATENÇÃO: a União não intervém em Municípios, a não ser que estejam em Territórios.
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a) suspender o pagamento da dívida fundada - O Tribunal de Justiça der provimento a
por mais de dois anos consecutivos, salvo representação para assegurar a observância
motivo de força maior; de princípios indicados na Constituição
b) deixar de entregar aos Municípios receitas Estadual, ou para prover a execução de lei, de
tributárias fixadas nesta Constituição, dentro ordem ou de decisão judicial.
dos prazos estabelecidos em lei;
-Prover a execução de lei federal, ordem ou
decisão judicial;
-Assegurar a observância princípios
constitucionais sensíveis.
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Intervenção Estadual Espontânea Intervenção Estadual Provocada
Município que não paga dívida fundada por Descumprimento da lei estadual;
2 anos consecutivos; Descumprimento de ordem judicial;
Não presta contas devidas; Descumprimento de princípios da
Não aplica receita em saúde e educação. Constituição Estadual.
Sobre o procedimento:
→ Espontânea começa com o decreto do Governador, passando pelo controle da
Assembleia Legislativa em 24h.
→ Provocada: Procurador Geral de Justiça do respectivo estado deve entrar com uma
ação no Tribunal de Justiça local, denunciando o descumprimento. Se o TJ concordar
com o pedido, ele deverá expedir uma requisição ao Governador, que é obrigado a
decretar a intervenção. Porém, nunca haverá um controle da Assembleia Legislativa,
uma vez que o procedimento sempre envolve uma requisição do judiciário.
Súmula 637 STF: Não cabe recurso extraordinário contra acórdão de tribunal de justiça que
defere pedido de intervenção estadual em município.
*isso ocorre porque a intervenção tem natureza política e não cabe controle jurisdicional.
Súmula 614, STF: Somente o Procurador-Geral da Justiça tem legitimidade para propor ação
direta interventiva por inconstitucionalidade de Lei Municipal.
A Constituição Estadual não pode disciplinar sobre intervenção estadual de forma diferente das
regras previstas na Constituição Federal. (STF)
A Constituição Estadual não pode disciplinar sobre intervenção estadual de forma diferente das
regras previstas na Constituição Federal. (STF)
PODER LEGISLATIVO
CONTAS DO PRESIDENTE
TCU Aprecia e elabora parecer prévio, em 60 dias a contar do recebimento.
CN Julga anualmente.
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Câmara Procede à tomada de contas se não apresentada ao CN em 60 dias após a
abertura da sessão legislativa.
Governador não pode ser obrigado a depor em CPI instaurada no Congresso Nacional (STF)
IMUNIDADES PARLAMENTARES
MATERIAL São invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e
votos.
Em relação à prisão: Desde a expedição do diploma, não poderão ser presos,
salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos
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dentro de 24 horas à Casa respectiva para que, pelo voto da maioria de seus
FORMAL membros, resolva sobre a prisão.
JÁ CAIU (VUNESP 2023) A perda do mandato eletivo de vereador nos casos de condenação
criminal transitada em julgado não é automática, porque a regra de suspensão dos direitos
políticos prevista no art. 15, III, da CF, não é autoaplicável. (INCORRETO)
Obs.: A perda do mandato eletivo de vereador nos casos de condenação criminal transitada
em julgado é automática, porque a regra de suspensão dos direitos políticos prevista no art.
15, III, da CF, é autoaplicável.
Quando inicia o foro por prerrogativa Após a DIPLOMAÇÃO (não é após a posse!).
dos Congressistas?
Quais os requisitos para que o foro por Crime deve ser cometido após a diplomação + ter
prerrogativa incida? relação com o desempenho das funções.
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Investigações criminais envolvendo Deputados Federais e Senadores no cenário atual:
É permitida apenas uma reeleição ou recondução sucessiva ao mesmo cargo da Mesa Diretora,
mantida a composição das mesas das Assembleias Legislativas eleitas antes da data de
publicação da ata de julgamento da ADI 6524/DF (7.1.2021). (STF)
Assim como ocorre com os Parlamentares federais, é vedado o pagamento de valor a mais a
Deputados Estaduais pelo fato de terem sido convocados para sessão extraordinária. (STF)
A prorrogação do foro por prerrogativa de função só ocorre se houve reeleição, não se aplicando
em caso de eleição para um novo mandato após o agente ter ficado sem ocupar função pública.
(STF)
Intervalo entre dois mandatos afasta foro por prerrogativa de função de prefeito em relação à
fato praticado no período anterior. Na hipótese em que o delito seja praticado em um mandato
e o réu seja reeleito para o mesmo cargo, a continuidade do foro por prerrogativa de função
restringe-se às hipóteses em que os diferentes mandatos sejam exercidos em ordem sequencial
e ininterrupta. (STF)
Deputado Estadual pode receber ajuda de custo, não havendo afronta ao regime de subsídio. É
constitucional norma estadual que estabeleça o pagamento a parlamentar — no início e no final
de cada sessão legislativa — de ajuda de custo correspondente ao valor do próprio subsídio
mensal. (STF)
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Deputados e Senadores não poderão:
PROCESSO LEGISLATIVO
PRINCÍPIO DA IRREPETIBILIDADE
Se rejeitada, pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa?
EC NÃO
LO/LC SIM, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das
Casas do Congresso Nacional.
MP NÃO
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O poder de veto previsto no art. 66, § 1º, da Constituição não pode ser exercido após o decurso
do prazo constitucional de 15 dias. (STF)
A Constituição estadual só pode exigir lei complementar para tratar das matérias que a
Constituição Federal também exigiu lei complementar. (STF)
É inconstitucional norma de Constituição estadual que preveja quórum diverso de 3/5 dos
membros do Poder Legislativo para aprovação de emendas constitucionais. (STF)
MEDIDA PROVISÓRIA
60 DIAS (prorrogável Tempo em que a MP deve ser convertida em lei, ou perderá eficácia.
por +60): (esse prazo é contado da publicação da MP e fica suspenso durante
o período de recesso do CN).
45 DIAS Se não for apreciada em até 45 dias, entra em regime de urgência e
tranca a pauta.
ATENÇÃO: O trancamento da pauta por conta de MPs não votadas no prazo de 45 dias só alcança
projetos de lei que versem sobre temas passíveis de serem tratados por MP, sendo assim, não
atingem projeto de lei complementar. (Esses 45 dias não se aplicam aos projetos de código e
nem correm durante os períodos de recesso).
Pressupostos Devem estar presentes para que a MP seja editada. A definição disso é, em
da regra, um juízo político, feito pelo PR e controlado pelo CN. O judiciário
RELEVÂNCIA somente poderá analisar se houver notório abuso/flagrante ilegalidade.
e da
URGÊNCIA
→ MP não pode tratar sobre uma porrada de assuntos (direito penal, processo penal,
processo civil, nacionalidade, direitos políticos....), mas a MP pode sim tratar sobre
direito civil! (Isso é sempre questionado em prova)
ATENÇÃO: É possível a edição de medidas provisórias pelo governador (desde que haja
previsão na CE), e pelo prefeito (desde que haja previsão na Lei Orgânica).
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Não apreciação o CN não se manifesta (prazo de 60+60) e ela perde sua
eficácia.
Possíveis Rejeição expressa.
desfechos Aprovação sem CN aprova e ela é promulgada pela Mesa do CN.
alteração
Aprovação com O CN pode suprimir ou adicionar emendas, desde que
alteração tenha pertinência com o texto originário. Do contrário, isso
será contrabando legislativo, o que é vedado.
PODER JUDICIÁRIO
Presidente da República;
Vice-Presidente;
STF julga nos crimes Membros do Congresso Nacional;
comuns Seus próprios Ministros; e
Procurador-Geral da República.
Ministros de Estado;
STF julga nos crimes Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica;
comuns e de Tribunais Superiores;
responsabilidade Tribunal de Contas da União; e
Chefes de missão diplomática de caráter permanente.
Presidente da República;
Vice-Presidente;
Membros do Congresso Nacional;
Seus próprios Ministros;
Procurador-Geral da República;
STF julga HC quando for Ministros de Estado;
paciente Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica;
Tribunais Superiores;
Tribunal de Contas da União; e
Chefes de missão diplomática de caráter permanente.
Presidente da República;
Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal;
STF julga MS ou HD Tribunal de Contas da União;
contra atos Procurador-Geral da República; e
Próprio Supremo Tribunal Federal.
STF julga HC quando o Tribunal Superior
coator for
STF julga HC quando o Autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos
coator ou paciente for diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal.
Se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única
instância.
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STF julga conflito de STJ x quaisquer tribunais;
competência entre Tribunal Superior x Tribunal Superior;
Tribunais Superiores x qualquer outro tribunal.
Presidente da República;
STF julga MI quando a Presidente do Congresso Nacional;
atribuição para a Presidente da Câmara dos Deputados;
edição da norma for do Presidente do Senado Federal;
Mesas de uma dessas Casas;
Tribunal de Contas da União;
Um dos Tribunais Superiores; ou
Próprio Supremo Tribunal Federal.
ROC STF HC, HD, MS e MI decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se
denegatória a decisão.
Crime político.
ROC STJ HC decididos em única ou última instância pelos TRF’s ou TJ’s, se denegatória a
decisão.
MS decididos em única instância pelos TRFs ou TJ’s. se denegatória a decisão.
29
Tribunais Regionais do Trabalho;
Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios;
Ministério Público da União que oficiem perante tribunais.
STJ julga conflito de Quaisquer tribunais;
competências entre Tribunal x juízes a ele não vinculados;
Juízes vinculados a tribunais diversos.
STJ julga MI Quando a atribuição da norma regulamentador for órgão, entidade
ou autoridade federal, da administração direta ou indireta.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Para ser considerada entidade de classe de âmbito nacional e, assim, ter legitimidade para
propor ações de controle abstrato de constitucionalidade, é necessário que a entidade possua
associados em pelo menos 9 Estados-membros. (STF)
Súmula 614, STF - Somente o Procurador-Geral da Justiça tem legitimidade para propor ação
direta interventiva por inconstitucionalidade de Lei Municipal.
Súmula vinculante 10 STF: Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão
fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei
ou ato normativo do Poder Público, afasta a sua incidência no todo ou em parte.
30
Súmula 642, STF : Não cabe ação direta de inconstitucionalidade de lei do Distrito Federal
derivada da sua competência legislativa municipal.
Súmula 347, STF O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a
constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público.
Art. 97. SOMENTE pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do
respectivo órgão especial PODERÃO OS TRIBUNAIS declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo do Poder Público.
→ ADC tem como objeto lei ou ato normativo federal (apenas). Enquanto a ADI pode ter
como objeto lei ou ato normativo federal ou estadual.
→ Somente a ADC tem como requisito a demonstração de controvérsia judicial relevante.
→ Não cabe ADI no TJ contra lei ou ato normativo municipal que viole a Lei Orgânica do
Município.
→ Lei municipal pode ser objeto de ADPF perante o STF.
→ Tribunal de Justiça pode julgar ADI contra lei municipal tendo como parâmetro a
Constituição Federal, desde que seja uma norma de reprodução obrigatória.
→ Não é possível desistir da ação proposta e nem mesmo de eventual medida cautelar
proposta no curso da ação.
→ Em se tratando de ADPF, tanto a arguição autônoma quanto a incidental podem ter por
objeto qualquer ato do Poder Público, inclusive anteriores à Constituição,
administrativos e jurisdicionais.
→ A ADPF e a ADI são fungíveis entre si. Assim, o STF reconhece ser possível a conversão
da ADPF em ADI quando imprópria a primeira, e vice-versa. No entanto, essa
fungibilidade não será possível quando a parte autora incorrer em erro grosseiro.
A decisão do Relator que admite ou inadmite o ingresso do amicus curiae é irrecorrível. (STF)
31
É cabível o ajuizamento de ADPF contra interpretação judicial de que possa resultar lesão a
preceito fundamental. (STF)
Lei estadual que modifique os limites geográficos de Município pode ser objeto de ADI. (STF)
O amicus curiae não tem legitimidade para propor ação direta; logo, também não possui
legitimidade para pleitear medida cautelar. (STF)
Pessoa física não pode ser amicus curiae em ação de controle concentrado de
constitucionalidade. (STF)
Exige-se quórum de maioria absoluta dos membros do STF para modular os efeitos de decisão
proferida em julgamento de recurso extraordinário no caso em que não tenha havido declaração
de inconstitucionalidade. (STF)
Se for editada MP revogando lei que está sendo questionada por meio de ADI, esta ação poderá
ser julgada enquanto a MP não for votada (enquanto a MP não for votada, não há perda do
objeto). (STF)
JÁ CAIU (VUNESP 2023) A alteração da realidade fática não é capaz de tornar inconstitucional
norma que, em princípio, considerava-se como constitucional. (INCORRETO)
32
ORDEM SOCIAL
É um assunto de alta incidência, mas fica restrito a cobrança de lei seca, por isso destaca-se
alguns artigos relevantes:
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos
Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à
previdência e à assistência social.
JÁ CAIU (VUNESP 2022) Assinale a alternativa correta sobre a seguridade social, a saúde e a
previdência social. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de
iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade e é garantida apenas para a população carente.
(INCORRETO)
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta,
nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos
órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas
e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão
de seus recursos.
§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou
estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
JÁ CAIU (VUNESP 2023) A respeito da Ordem Social, assinale a alternativa que está de acordo
com o disposto na Constituição Federal. Em caráter excepcional os serviços da seguridade
social poderão ser criados sem a correspondente fonte de custeio total. (INCORRETO)
EDUCAÇÃO:
JÁ CAIU (VUNESP 2023) Sobre a ordem social na Constituição de 1988, assinale a alternativa
correta: O ensino será ministrado com o intuito de garantir o direito à educação e à
aprendizagem ao longo da vida. (CORRETO)
33
Obs.: Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: IX - garantia do
direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida.
JÁ CAIU (VUNESP 2023) A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 211, define que “a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração
seus sistemas de ensino”. De acordo com o inciso 2º do referido artigo, os municípios atuarão:
prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. (CORRETO)
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal
e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos,
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.
UNIÃO ESTADOS/DF/MUNICÍPIOS
18% 25%
Art. 219. O mercado interno integra o patrimônio nacional e será incentivado de modo a
viabilizar o desenvolvimento cultural e sócio-econômico, o bem-estar da população e a
autonomia tecnológica do País, nos termos de lei federal.
34
repercussão nacional ou ocorrência de
fato que comprovem a ineficácia: 30 + 30
dias.
Estado de guerra: enquanto durar a
guerra.
Em relação a consulta ao conselho da república e ao conselho de defesa nacional, devem ser
ouvidos, porém não vinculam o Presidente, é apenas opinativo. Presidente decreta tanta o
estado de sítio, quanto o de defesa.
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22/11/23
DIREITO ADMINISTRATIVO
DELTA
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO
ÓRGÃOS PÚBLICOS
→ Não possuem personalidade jurídica própria.
→ Regidos pela estrita legalidade (lei cria e lei extingue. Lei de iniciativa do chefe do
Executivo).
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DESCENTRALIZAÇÃO:
AUTARQUIAS
FUNDAÇÃO PÚBLICA
37
→ Estatais que prestam serviços públicos em regime de monopólio:
historicamente, o STF tem permitido que possuam as mesmas prerrogativas da
Fazenda Pública.
→ Bens: privados, SALVO se estiverem afetados à prestação de sérvio público, caso
em que serão considerados bens públicos.
→ Não cabe MS contra ato de dirigente de estatal se for ato de gestão.
→ Empresa pública: capital 100% público.
→ Sociedade de economia mista: poder público detém a maioria do capital votante.
→ A estatal, independentemente do seu objeto, estará sujeita ao controle do
Tribunal de Contas, desde que a medida não implique em interferência na gestão
da empresa.
→ Não é correto dizer que não devem licitar! Seguem ditames de lei própria quanto
à licitação.
→ Devem obediência ao teto constitucional no que tange à remuneração? Apenas
se receberem $ público.
→ É desnecessária, em regra, lei específica para inclusão de sociedade de economia
mista ou de empresa pública em programa de desestatização.
→ Não precisa de autorização legislativa para alienar controle acionário de
subsidiária.
→ A CF veda expressamente que as empresas públicas e as sociedades de economia
mista gozem de privilégios fiscais não extensivos às empresas do setor privado.
AGÊNCIAS REGULADORAS
38
ATENÇÃO: NÃO CONFUNDA COM AGÊNCIA EXECUTIVA (autarquia ou fundação
pública que celebrou um contrato de gestão com a administração e que possui um
plano de reestruturação).
CONSÓRCIOS PÚBLICOS
39
ATENÇÃO: NÃO PODE haver consorcio entre a União e o Município diretamente (se o
Estado a que pertence àquele Município não está participando) e nem entre Estado e
um Município de outro Estado não participante.
CONVÊNIOS:
40
→ A revogação da lei 8.666/93 se dará em 30/12/2023 (o prazo foi prorrogado, em
tese seria até abril de 2023).
→ Até a revogação, a Administração poderá optar entre a legislação anterior ou
pelo novo regramento, não sendo possível a combinação das leis.
→ Existe a previsão da criação do Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP)
para divulgação centralizada e obrigatória dos atos exigidos por lei.
→ As licitações serão realizadas PREFERENCIALMENTE sob a forma eletrônica,
admitida a utilização da forma presencial, desde que motivada, devendo a sessão
pública ser registrada em ata e gravada em áudio e vídeo.
→ O valor não é mais fator para definir qual modalidade será adotada, mas sim a
natureza do objeto.
41
10 dias úteis para serviços.
ATENÇÃO: não prevê limitação de valor para a aquisição de
quaisquer bens e serviços comuns.
Licitação para contratação de obras, serviços e compras em que a
Administração Pública realiza diálogos com licitantes previamente
selecionados mediante critérios objetivos, com o intuito de
desenvolver uma ou mais alternativas capazes de atender às suas
DIÁLOGO necessidades, devendo os licitantes apresentar proposta final
COMPETITIVO após o encerramento dos diálogos.
A modalidade diálogo competitivo é restrita a contratações em
que a Administração:
a) vise a contratar objeto que envolva as seguintes condições:
inovação tecnológica ou técnica; impossibilidade de o
órgão ou entidade ter sua necessidade satisfeita sem a
adaptação de soluções disponíveis no mercado; e
impossibilidade de as especificações técnicas serem
definidas com precisão suficiente pela Administração;
b) verifique a necessidade de definir e identificar os meios e
as alternativas que possam satisfazer suas necessidades,
com destaque para os seguintes aspectos: a solução
técnica mais adequada; os requisitos técnicos aptos a
concretizar a solução já definida; a estrutura jurídica ou
financeira do contrato.
Prazos são especiais: 25 dias úteis para manifestação de interesse
e 60 dias úteis para as propostas.
42
CONTRATAÇÃO É licitada com elementos de anteprojeto e prevê o
INTEGRADA desenvolvimento do projeto básico e executivo pelo
contratado.
CONTRATAÇÃO É licitada com projeto básico, com posterior desenvolvimento
SEMI-INTEGRADA do projeto executivo pelo contratado.
EMPREITADA POR ocorre quando se contrata execução de obra ou prestação de
PREÇO GLOBAL serviço por preço certo e total.
Obs.: Para a venda de bens imóveis, será concedido direito de preferência ao licitante
que, submetendo-se a todas as regras do edital, comprove a ocupação do imóvel objeto
da licitação.
43
Rol taxativo. Rol taxativo.
Natureza discricionária. Natureza vinculada
Objetos diversos. Objeto é a alienação de
bens.
III - para contratação que mantenha todas as condições definidas em edital de licitação
realizada há menos de 1 (um) ano, quando se verificar que naquela licitação:
(LICITAÇÃO DESERTA E LICITAÇÃO FRACASSADA)
44
VIII - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência
de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a
continuidade dos serviços públicos ou a segurança de pessoas, obras, serviços,
equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para aquisição dos
bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as
parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 1 (um)
ano, contado da data de ocorrência da emergência ou da calamidade, VEDADAS a
prorrogação dos respectivos contratos e a recontratação de empresa já contratada com
base no disposto neste inciso;
INEXIGIBILIDADE:
- credenciamento
PROCEDIMENTOS - pré-qualificação
AUXILIARES - procedimento de manifestação de interesse
- sistema de registro de preços
- registro cadastral
45
Hipóteses em que Dispensa de licitação em razão de valor.
o instrumento do Compras com entrega imediata e integral dos bens adquiridos
contrato não é e dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive quanto
obrigatório a assistência técnica, independentemente de seu valor.
NULIDADE REVOGAÇÃO
Ao pronunciar a NULIDADE, a autoridade O motivo determinante para a
indicará expressamente os atos com REVOGAÇÃO do processo licitatório
vícios insanáveis, tornando sem efeito deverá ser resultante de fato
todos os subsequentes que deles superveniente devidamente
dependam, e dará ensejo à apuração de comprovado.
responsabilidade de quem lhes tenha
dado causa.
Situação hipotética que pode aparecer na sua prova objetiva: o licitante vencedor,
convocado para a celebração do ajuste, não comparece no prazo estipulado para
tanto. O que será feito?
CONTRATOS
46
desse percentual para até 10% (dez por cento), desde que justificada mediante
análise da complexidade técnica e dos riscos envolvidos.
→ Nos casos de contratos que impliquem a entrega de bens pela Administração,
dos quais o contratado ficará depositário, o valor desses bens deverá ser
acrescido ao valor da garantia.
47
Art. 138. A extinção do contrato poderá ser:
I - determinada por ato unilateral e escrito da Administração, exceto no caso de
descumprimento decorrente de sua própria conduta;
II - consensual, por acordo entre as partes, por conciliação, por mediação ou por comitê
de resolução de disputas, desde que haja interesse da Administração;
III - determinada por decisão arbitral, em decorrência de cláusula compromissória ou
compromisso arbitral, ou por decisão judicial.
§ 1º A extinção determinada por ato unilateral da Administração e a extinção
consensual deverão ser precedidas de autorização escrita e fundamentada da
autoridade competente e reduzidas a termo no respectivo processo.
JÁ CAIU: Em casos justificados, pode haver, ainda que sem termo aditivo, a execução
de prestações determinadas pela administração pública distintas das originalmente
contratadas. (CORRETO)
Art. 132, caput, Lei 14.133/21 - "A formalização do termo aditivo é condição para a
execução, pelo contratado, das prestações determinadas pela Administração no curso
da execução do contrato, salvo nos casos de justificada necessidade de antecipação de
seus efeitos, hipótese em que a formalização deverá ocorrer no prazo máximo de 1
(um) mês."
Declaração de inidoneidade:
→ Não gera a automática extinção do contrato.
→ De acordo com a jurisprudência pacífica do STJ, gera efeitos ex nunc, ou seja,
prospectivos. Assim, tal sanção afeta futuros contratos, mas não os vigentes ou
passados.
→ Cabe à administração decidir se rescinde ou não o contrato.
ATENÇÃO: Na nova lei, constatada irregularidade, a medida imediata a ser tomada não
é a automática anulação do contrato.
Primeiro, é necessário verificar a possibilidade de saneamento e se a invalidação é
medida de interesse público, uma vez que, mesmo irregular, o contrato poderá ser
continuado se sua anulação e consequente paralização da prestação do serviço não
48
forem medidas de interesse público, considerando, por exemplo, os riscos sociais,
ambientais e a segurança da população local.
- Advertência
Sanções previstas - Multa
pela lei - Impedimento de licitar e contratar.
- Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar.
49
Poderá ocorrer sempre que utilizada com abuso do
DESCONSIDERAÇÃO DA direito para facilitar, encobrir ou dissimular a prática dos
PERSONALIDADE atos ilícitos previstos nesta Lei ou para provocar confusão
JURÍDICA patrimonial, e, nesse caso, todos os efeitos das sanções
aplicadas à pessoa jurídica serão estendidos aos seus
administradores e sócios com poderes de administração,
a pessoa jurídica sucessora ou a empresa do mesmo ramo
com relação de coligação ou controle, de fato ou de
direito, com o sancionado, observados, em todos os
casos, o contraditório, a ampla defesa e a
obrigatoriedade de análise jurídica prévia.
ATOS ADMINISTRATIVOS
REQUISITOS ATRIBUTOS
Competência Presunção de legalidade
Finalidade Autoexecutoriedade
50
Forma Tipicidade
Motivo Imperatividade
Objeto
REVOGAÇÃO ANULAÇÃO
Invalidação por razões de conveniência Extinção do ato que viola a lei vigente ao
ou oportunidade da Administração. tempo de sua prática ou então quando
há vícios nos elementos de formação dos
Possui efeitos ex nunc. atos.
Podem ser revogados os atos Qualquer ato pode ser anulado e deve
discricionários, legais (se for ilegal será ser assegurado contraditório e ampla
anulado) e que gere efeitos (atos defesa quando puder interferir na esfera
exauridos não podem ser revogados). de direitos de particulares.
JÁ CAIU VUNESP: nem todo ato inválido é um ato ilícito, existem atos com
irregularidade irrelevante, que não apresentam vício jurídico, e atos com
irregularidade suprível. (CORRETO)
É inconstitucional lei estadual que estabeleça prazo decadencial de 10 (dez) anos para
anulação de atos administrativos reputados inválidos pela Administração Pública
estadual. (STF)
Súmula 473-STF: A administração pode anular os seus próprios atos, quando eivados de
vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
51
CADUCIDADE CONTRAPOSIÇÃO
O ato administrativo é invalidado em A extinção do ato administrativo decorre
face de uma norma jurídica posterior da edição de novo ato que produz efeito
que traz como consequência expressa ou contraposto.
tácita a impossibilidade de manutenção
do ato até então válido.
SANATÓRIA
Convalidação:
→ Objetiva confirmar o ato originário, no todo ou em parte, com efeitos
retroativos.
→ Pode recair sobre atos já exauridos (porque tem efeitos retroativos).
→ Só cabe em atos anuláveis, com defeitos sanáveis. Como vícios na forma, na
competência (quando não for exclusiva) e no objeto, quando plúrimo.
Confirmação:
→ o ato é mantido no ordenamento jurídico pela administração por razões de
segurança jurídica. Confirma-se o ato sem expurgar o vício.
PODERES
O abuso de poder se subdivide em:
Excesso A autoridade pública atua fora dos limites de sua competência - VÍCIO
de Poder: DE COMPETÊNCIA.
Desvio de O agente público visa interesses individuais OU a autoridade busca o
Poder interesse público, mas NÃO respeita a finalidade da lei para determinado
ato - VÍCIO NA FINALIDADE.
ATENCÃO AQUI! Muitos candidatos erraram essa questão pensando que se tratava do
poder regulamentar, e não poder de polícia.
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Poder de polícia em sentido amplo Poder de polícia em sentido estrito
IMPROBIDADE
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ENRIQUECIMENTO LESÃO AO ERÁRIO VIOLAÇÃO PRINCÍPIOS
ILÍCITO
- Perda da função pública - Perda da função pública. - Pagamento multa civil
- Multa civil equivalente - Multa civil equivalente até 24X o valor da
ao valor do acréscimo ao valor do dano. remuneração do agente.
patrimonial - Suspensão direitos - Proibição de contratar
- Suspensão dos direitos políticos até 12 anos. com o poder público etc.:
políticos por até 14 anos - Proibição de contratar não superior a 4 anos.
- Proibição de contratar com o poder público etc.:
com o poder público etc.: não superior a 12 anos.
não superior a 14 anos.
54
Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário a conduta
dolosa ou culposa que enseje perda patrimonial de entidade administrativa.
(INCORRETO). Só dolosa!
INDISPONIBILIDADE DE BENS
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→ É VEDADA a decretação de indisponibilidade da quantia de até 40 (quarenta)
salários mínimos depositados em caderneta de poupança, em outras aplicações
financeiras ou em conta corrente.
→ É VEDADA a decretação de indisponibilidade do bem de família do réu, SALVO
se comprovado que o imóvel seja fruto de vantagem patrimonial indevida.
→ Onde será proposta a ação? No foro do local onde ocorrer o dano ou da PJ
prejudicada. A propositura da ação irá prevenir o juízo.
→ Pode recair sobre bens de terceiros? Apenas quando comprovado a efetiva
concorrência para os atos de improbidade.
→ Pode recair sobre pessoa jurídica? Apenas de houver instauração de incidente
de desconsideração de personalidade.
Interrupção da prescrição:
56
→ Publicação de decisão ou acórdão do Superior Tribunal de Justiça que confirma
acórdão condenatório ou que reforma acórdão de improcedência;
→ Publicação de decisão ou acórdão do Supremo Tribunal Federal que confirma
acórdão condenatório ou que reforma acórdão de improcedência.
Competência para julgar ação de improbidade proposta por Município contra ex-
prefeito que não prestou contas de convênio federal. Nas ações de ressarcimento ao
erário e improbidade administrativa ajuizadas em face de eventuais irregularidades
praticadas na utilização ou prestação de contas de valores decorrentes de convênio
federal, o simples fato de as verbas estarem sujeitas à prestação de contas perante o
Tribunal de Contas da União, por si só, não justifica a competência da Justiça Federal.
(STJ)
Súmula 208-STJ: Compete à Justiça Federal processar e julgar prefeito municipal por
desvio de verba sujeita a prestação de contas perante órgão federal
Súmula 209-STJ: Compete à justiça estadual processar e julgar prefeito por desvio de
verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal.
JURISPRUDÊNCIA
• Inconstitucionalidade da restrição da legitimidade para ajuizamento da ação e
para a realização de acordo. Desse modo, fica restabelecida a existência de
legitimidade ativa concorrente e disjuntiva entre o Ministério Público e as pessoas
jurídicas interessadas para a propositura da ação por ato de improbidade
administrativa e para a celebração de acordos de não persecução civil. (STF)
• Não deve existir obrigatoriedade de defesa judicial do agente público que
cometeu ato de improbidade por parte da Advocacia Pública, pois a sua
predestinação constitucional, enquanto função essencial à Justiça, identifica-se
com a representação judicial e extrajudicial dos entes públicos. Contudo, permite-
57
se essa atuação em caráter extraordinário e desde que norma local assim
disponha. (STF)
• A norma benéfica da Lei 14.230/2021 — revogação da modalidade culposa do ato
de improbidade administrativa —, é IRRETROATIVA, em virtude do artigo 5º,
inciso XXXVI, da Constituição Federal, não tendo incidência em relação à eficácia
da coisa julgada; nem tampouco durante o processo de execução das penas e seus
incidentes; (STF)
• A nova Lei 14.230/2021 aplica-se aos atos de improbidade administrativa culposos
praticados na vigência do texto anterior da lei, porém sem condenação transitada
em julgado, em virtude da revogação expressa do texto anterior; devendo o juízo
competente analisar eventual dolo por parte do agente; (STF)
• O novo regime prescricional previsto na Lei 14.230/2021 é IRRETROATIVO,
aplicando-se os novos marcos temporais a partir da publicação da lei. (STF)
• A contratação de servidores públicos temporários sem concurso público, mas
baseada em legislação local, não configura a improbidade administrativa prevista
no art. 11 da Lei nº 8.429/92, por estar ausente o elemento subjetivo (dolo),
necessário para a configuração do ato de improbidade violador dos princípios da
administração pública. (STJ)
• É viável o prosseguimento de ação de improbidade administrativa exclusivamente
contra particular quando há pretensão de responsabilizar agentes públicos pelos
mesmos fatos em outra demanda conexa (STJ)
• Mesmo que o juiz reconheça a prescrição das penas pela prática do ato de
improbidade, a ação poderá continuar para analisar o pedido de ressarcimento ao
erário, não sendo necessária uma ação autônoma apenas para discutir isso (STJ)
58
vedado o bloqueio do débito total em relação a cada um dos coobrigados, tendo
em vista a proibição do excesso na cautela.
• O agente político eleito tem legitimidade ativa para ajuizar pedido de suspensão
com o objetivo de sustar efeitos de decisão que o afastou cautelarmente do cargo
para apuração de atos de improbidade administrativa.
BENS PÚBLICOS
Se subdividem em:
Bens de uso comum do Bens de uso especial Dominicais (aqueles que não
povo ex: rios (ex: um edifício onde se encontram afetados a
funciona a sede de uma nenhuma finalidade. ex:
secretaria terreno abandonado)
Tanto a afetação quanto a desafetação de bens públicos podem ser expressas (formais)
ou tácitas (materiais), e quando formais devem respeitar o princípio da simetria e a
hierarquia dos atos jurídicos.
ATENÇÃO: não é possível a desafetação pelo não uso do bem, ainda que prolongado
59
Obs.: existem 2 informações erradas na assertiva:
1. A autorização legislativa destina-se aos bens imóveis e deve ser específica, e
não genérica;
2. Não se aplica a inexigibilidade de licitação à alienação de bens públicos, mas,
sim, pode ser aplicável a dispensa
Súmula 617 do STJ: "A ocupação indevida de bem público configura mera detenção, de
natureza precária, insuscetível de retenção ou indenização por acessões e benfeitorias."
Limitação administrativa:
→ Intervenções impostas por atos normativos de caráter geral, os quais impõe
obrigações positivas ou negativas para proprietários indeterminado.
→ Pode incidir sobre móveis, imóveis, serviços, atividades.
→ Em regra, não gera direito à indenização.
Se, quando o proprietário adquiriu o imóvel, já havia a restrição administrativa ele não
poderá pedir indenização, salvo se se tratar de negócio jurídico gratuito ou se for
vulnerável econômico. (STJ)
Servidão administrativa:
→ Autoriza o poder público a utilizar propriedade privada para a execução de
serviços públicos. Só incide sobre imóveis.
60
→ É um direito real sobre coisa alheia – haverá o serviente (bem privado) e o
dominante (administração pública).
→ Na servidão, a administração pública não toma a propriedade, apenas a utiliza
em conjunto com o particular, independentemente de autorização deste.
Requisição administrativa:
→ Existira em caso de perigo público iminente.
→ Incide sobre bens móveis, imóveis, serviços, etc.
→ A indenização será posterior e se houver dano.
→ Não pode recair sobre bens públicos de outro ente federativo em uma situação
de normalidade institucional (é possível em caso de estado de defesa ou estado
de sítio).
Ocupação temporária:
→ Forma de intervenção pela qual o Poder Público usa transitoriamente imóveis
privados, como meio de apoio à execução de obras e serviços públicos.
Tombamento:
→ Proteger o patrimônio histórico e cultural. É instituído por processo
administrativo. É uma restrição parcial da propriedade, o poder público
condiciona o uso. Pode recair sobre bens móveis e imóveis, mas não pode recair
sobre bens incorpóreos.
→ Obs: bem público pode ser tombado e não existe necessidade de respeito a
hierarquia federativa. Ex: município pode tombar bem do Estado.
→ Tombamento gera indenização? Apenas se trouxer encargos ao proprietário.
→ Tombamento não pode impedir o uso da propriedade pelo particular.
Desapropriação:
→ Intervenção supressiva (única forma de intervenção do Estado na propriedade
que gera a perda da propriedade).
→ É sempre indenizável.
→ A hierarquia federativa deve ser observada. O Município não pode desapropriar
um bem da União, por exemplo.
→ Não se confunde com confisco (confisco se fundamenta na pratica de uma
atividade criminosa pelo proprietário e não há indenização).
→ Bem público não pode ser usucapido, mas pode sofrer desapropriação, devendo
ser respeitada a hierarquia federativa.
→ É possível a desistência da desapropriação pela Administração Pública, a
qualquer tempo, mesmo após o trânsito em julgado, desde que ainda não tenha
havido o pagamento integral do preço e o imóvel possa ser devolvido sem
alteração substancial que impeça que seja utilizado como antes.
→ Desapropriação indireta é o apossamento de bem de particular pelo poder
público sem a correta observância dos requisitos da declaração e indenização
prévia.
61
DELEGADO – PCSP 2022 - VUNESP: De acordo com o Superior Tribunal de Justiça, o
prazo prescricional aplicável à desapropriação indireta, na hipótese em que poder
público tenha realizado obras no local ou atribuído natureza de utilidade pública ou
de interesse social ao imóvel, é de 10 ANOS. (CORRETO).
O que a pessoa pode fazer caso tenha sofrido uma desapropriação indireta?
62
Há violação aos limites das matérias que podem ser discutidas em ação de
desapropriação direta quando se admite o debate - e até mesmo indenização - de área
diferente da verdadeiramente expropriada, ainda que vizinha. (STJ)
SERVIÇOS PÚBLICOS
CONCESSÃO PERMISSÃO
DELEGADO – 2022 – PCSP - VUNESP: O Contrato administrativo que tem por objetivo
consentir o uso de bem público, de forma privativa, por terceiro, com fundamento no
interesse público, é considerado como de concessão. CORRETO.
Em regra, serviço público não pode ser interrompido. Quais são as exceções?
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→ Sobre pessoa jurídica de direito público que estiver prestando serviço
indispensável à população.
→ Sobre outro imóvel do usuário (só pode recair sobre o imóvel que originou o
débito).
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JÁ CAIU: O edital de licitação para a concessão de serviço público precedida de
execução de obra pública deverá prever prazo determinado de duração do contrato,
de até trinta e cinco anos, para que o investimento da concessionária seja
remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra. (ERRADO)
Não existe prazo máximo ou mínimo para concessão de serviço precedida de obra
pública. A lei menciona apenas prazo determinado.
DELEGADO – PCSP 2018 - VUNESP: um dos mitigadores dos riscos fiscais decorrentes
de PPPs se encontra na previsão de que a abertura da licitação esteja condicionada à
estimativa do fluxo de recursos públicos suficientes para o cumprimento, durante a
vigência do contrato e por exercício financeiro, das obrigações contraídas pela
Administração Pública. (CORRETO)
RESPONSABILIDADE CIVIL
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→ O Estado poderá demandar o agente público em ação regressiva caso tenha
havido dolo ou culpa por parte dele (teoria da dupla garantia).
JURISPRUDÊNCIA
• O hospital que deixa de fornecer o mínimo serviço de segurança, contribuindo de
forma determinante e específica para homicídio praticado em suas dependências,
responde objetivamente pela conduta omissiva. (STJ)
• Reconhecida a responsabilidade estatal por acidente com evento morte em
rodovia, é devida a indenização por danos materiais aos filhos menores e ao
cônjuge do de cujus. (STJ)
• Em regra, o Estado responde de forma objetiva pelos danos causados a
profissional de imprensa ferido, por policiais, durante cobertura jornalística de
manifestação pública. (STF)
• Súmula 647-STJ: São imprescritíveis as ações indenizatórias por danos morais e
materiais decorrentes de atos de perseguição política com violação de direitos
fundamentais ocorridos durante o regime militar.
• Em regra, o Estado não tem responsabilidade civil por atos praticados por presos
foragidos; exceção: quando demonstrado nexo causal direto. (STF)
• Aplica-se igualmente ao estado o que previsto no art. 927, parágrafo único, do
Código Civil, relativo à responsabilidade civil objetiva por atividade naturalmente
perigosa, irrelevante o fato de a conduta ser comissiva ou omissiva. (STJ)
• Para que o Município seja responsável por acidente em loja de fogos de artifício,
é necessário comprovar que ele violou dever jurídico específico de agir (concedeu
licença sem as cautelas legais ou tinha conhecimento de irregularidades que
estavam sendo praticadas pelo particular). (STF)
AGENTES PÚBLICOS
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Função de Pessoa que praticou o ato está irregular-mente investida no cargo,
fato ou emprego ou função, mas a sua situação tem aparência de legalidade.
agente Ocorre quando, por exemplo, um servidor está suspenso do cargo, ou
putativo exerce função depois de vencido o prazo de sua contratação, ou
continua em exercício após a idade-limite para aposentadoria
compulsória.
Uma pessoa se faz passar por agente público, sem que, de qualquer
Usurpação modo, seja investido em cargo, emprego ou função pública. Nesse caso
de função o infrator se faz passar por agente sem ter essa qualidade.
JURISPRUDÊNCIA
• A lacuna em Lei Complementar Estadual acerca da possibilidade de suspender
processo de concessão de aposentadoria enquanto tramita processo
administrativo disciplinar deve ser suprida com a aplicação subsidiária da Lei nº
8.112/90. (STJ)
• É válido decreto estadual que impõe aos servidores públicos o dever de entregar,
anualmente, declaração de bens e valores que compõem o seu patrimônio
privado. (STJ)
• É inconstitucional remunerar servidor público, mesmo que exerça jornada de
trabalho reduzida, em patamar inferior a um salário mínimo. (STF)
• As regras do Estatuto da Advocacia que tratam sobre relação de emprego, salário,
jornada de trabalho e honorários se aplicam aos advogados de empresas estatais
que atuam no mercado em regime concorrencial. (STF)
• Presente a redação original do art. 87, § 2º, da Lei nº 8.112/90, bem como a dicção
do art. 7º da Lei nº 9.527/97, o servidor federal inativo, sob pena de
enriquecimento ilícito da Administração e independentemente de prévio
requerimento administrativo, faz jus à conversão em pecúnia de licença-prêmio
por ele não fruída durante sua atividade funcional, nem contada em dobro para a
aposentadoria, revelando-se prescindível, a tal desiderato, a comprovação de que
a licença-prêmio não foi gozada por necessidade do serviço. (STF)
• Não é compatível com a CF a norma que permita a convocação temporária de
profissionais, sem vínculo com a administração pública, para funções de
magistério na educação básica e superior do estado nos casos de vacância de
cargo efetivo. (STF)
• Valores recebidos por servidores públicos por força de decisão judicial precária,
posteriormente reformada, devem ser restituídos ao erário. (STJ)
• Para a aposentadoria voluntária de servidor público, o prazo mínimo de cinco anos
no cargo em que se der a aposentadoria refere-se ao cargo efetivo ocupado pelo
servidor e não à classe na carreira alcançada mediante promoção. (STF)
• Servidor público que havia sido demitido e que foi reintegrado, terá direito ao
recebimento retroativo dos vencimentos, férias indenizadas e auxílio-
alimentação. Por outro lado, não terá direito ao retroativo de auxílio-transporte
e adicional de insalubridade. (STJ)
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• Está em desconformidade com a Constituição Federal a previsão contida na Lei
Orgânica do Distrito Federal que autoriza que cada Poder defina, por norma
interna, as hipóteses pelas quais a divulgação de ato, programa, obra ou serviço
públicos não constituirá promoção pessoal. Essa delegação conferida viola o § 1º
do art. 37 da CF/88, que não admite flexibilização por norma infraconstitucional
ou regulamentar. (STF)
• Se a suposta ilegalidade surgiu somente após a homologação do concurso e após
o encerramento do prazo de validade do certame, essas datas não poderão ser
consideradas como termo inicial do prazo decadencial do mandado de segurança.
(STJ)
• Mandado de segurança não serve para questionar o parecer da comissão
examinadora de heteroidentificação, que não aceitou a autodeclaração de cotista
em concurso. (STJ)
• Administração reclassificou o candidato para dentro do número de vagas;
posteriormente esse ato foi anulado; persiste o direito subjetivo à nomeação.
(STJ)
• A entrada em vigor de nova legislação, em momento posterior ao edital do
certame e à homologação do concurso, não pode ter aplicabilidade ao concurso
público já realizado e homologado, seja para prejudicar, seja para beneficiar o
candidato, em face da isonomia entre os participantes, só podendo a novel
legislação ser aplicada aos concursos abertos após a sua vigência. (STJ)
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Súmula vinculante 5 - A falta de defesa técnica por advogado no processo
administrativo disciplinar não ofende a Constituição.
Súmula 611 STJ: Desde que devidamente motivada e com amparo em investigação ou
sindicância, é permitida a instauração de processo administrativo disciplinar com base
em denúncia anônima, em face do poder-dever de autotutela imposto à administração.
Sendo anuladas provas produzidas no processo criminal, estas deverão ser excluídas do
processo administrativo disciplinar, mas isso não contamina a legalidade da utilização
de provas produzidas de forma independente pela comissão disciplinar de PAD. (STJ)
A mesma autoridade que ofereceu denúncia criminal contra o suspeito pode atuar como
julgadora no processo administrativo que apura o mesmo fato. (STJ)
NÃO CONFUNDA: em ação penal, o juiz não pode condenar o réu à perda da
aposentadoria com base no art. 92 inc. I do CP.
Ainda que condenado por crime praticado durante o período de atividade, o servidor
público não pode ter a sua aposentadoria cassada com fundamento no art. 92, I, do
CP, mesmo que a sua aposentadoria tenha ocorrido no curso da ação penal.
Os efeitos de condenação criminal previstos no art. 92, I, do CP, embora possam
repercutir na esfera das relações extrapenais, são efeitos penais, na medida em que
decorrem de lei penal. Sendo assim, pela natureza constrangedora desses efeitos
(que acarretam restrição ou perda de direitos), eles somente podem ser declarados
nas hipóteses restritas do dispositivo mencionado, o que implica afirmar que o rol do
art. 92 do CP é taxativo, sendo vedada a interpretação extensiva ou analógica para
estendê-los em desfavor do réu, sob pena de afronta ao princípio da legalidade.
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Em regra, é obrigatória a divulgação em sítios oficiais da rede mundial de computadores.
Exceção: Municípios com população de até 10.000 (dez mil) habitantes ficam
dispensados da divulgação obrigatória na internet.
Prazos:
10 DIAS: para interpor recurso contra a decisão no caso de indeferimento de acesso a
informações.
20 DIAS: se não houver possibilidade de o órgão solicitado dispor dos dados
imediatamente.
Definições importantes:
Informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e
transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato.
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Primariedade: qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo de
detalhamento possível, sem modificações.
ACORDO DE LENIÊNCIA:
Requisitos:
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→ 30 dias para defesa.
• A gravidade da infração.
• A vantagem auferida ou pretendida pelo infrator.
• A consumação ou não da infração.
• O grau de lesão ou perigo de lesão.
• O efeito negativo produzido pela infração.
• A situação econômica do infrator.
• A cooperação da pessoa jurídica para a apuração das infrações.
• A existência de mecanismos e procedimentos internos de integridade (...)
• O valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica com o órgão ou entidade
pública lesados.
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→ A decisão do processo, nas esferas administrativa, controladora ou judicial,
poderá impor COMPENSAÇÃO por benefícios indevidos ou prejuízos anormais
ou injustos resultantes do processo ou da conduta dos envolvidos.
→ Para prevenir ou regular a compensação, poderá ser celebrado compromisso
processual entre os envolvidos.
→ O agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões
técnicas em caso de DOLO ou ERRO GROSSEIRO.
→ Em qualquer órgão ou Poder, a edição de atos normativos por autoridade
administrativa, salvo os de mera organização interna, poderá ser precedida de
CONSULTA PÚBLICA para manifestação de interessados, preferencialmente por
meio eletrônico, a qual será considerada na decisão.
→ As autoridades públicas devem atuar para aumentar a segurança jurídica na
aplicação das normas, inclusive por meio de regulamentos, súmulas
administrativas e respostas a consultas.
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23/11/23
DIREITO PENAL
DELTA
PARTE GERAL
REDUÇÕES:
AUMENTOS:
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Concurso continuado específico Até o triplo
PPE reincidência 1/3
ATENÇÃO Sobre o crime continuado: Esta ficção jurídica só vale para a aplicação da
pena (será considerado como um único crime). Para todas as demais situações
(prescrição, representação), será considerado cada um dos crimes de modo isolado
MODELO CLÁSSICO
MODELO FINALISTA
-Fato típico: Teoria finalista da ação (dolo e culpa migram da culpabilidade para o
fato típico. O dolo deixa de ser normativo e passa a ser natural abarcando apenas
consciência e vontade).
-Antijuridicidade: Elementos subjetivos (necessidade de o agente ter consciência de
que age amparado em alguma excludente de ilicitude).
-Culpabilidade: Teoria normativa pura da culpabilidade. Imputabilidade, potencial
consciência da licitude, exigibilidade de conduta diversa.
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CRIMES OMISSIVOS
Explicando...
Não existe no Código Penal o tipo penal do crime de homicídio praticado por omissão
imprópria, correto? Correto.
Então... como fazemos para que o crime de homicídio praticado por omissão
imprópria seja punido?
Nos socorremos de uma norma de extensão.
Exemplificando: quando o promotor denuncia alguém que cometeu um homicídio por
omissão imprópria, coloca na denúncia o art. 121 combinado com o art. 13 § 2º,
ambos do CP.
(...) quando se imputa a alguém crime comissivo por omissão (art. 13, § 2º, b, do CP),
é necessário que se demonstre o nexo normativo entre a conduta omissiva e o
resultado normativo, porque só se tem por constituída a relação de causalidade se,
baseado em elementos empíricos, for possível concluir, com alto grau de
probabilidade, que o resultado não ocorreria se a ação devida fosse efetivamente
realizada. (STJ)
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ATENÇÃO: O mero parentesco não torna um irmão responsável pelo outro. Pelo caso
concreto o irmão pode ou não se amoldar à figura do garantidor.
O que é erro de tipo acidental? Erro que recai sobre os elementos secundários do crime.
Os principais são:
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A) Petrônio cometeu crime de dano na modalidade tentada, com agravante da
embriaguez.
B) o fato é típico, mas não ilícito.
C) o fato é atípico.
D) Petrônio cometeu crime de dano consumado, uma vez que o erro sobre a pessoa
não o isenta de pena.
E) Petrônio cometeu crime de dano qualificado, tendo em vista o motivo egoístico.
GABARITO: C
ATENÇÃO:
Infelizmente, algumas bancas (até o presente momento, a Cespe e a AOCP fizeram
isso) tem cobrado em questão objetiva um posicionamento MUITO PECULIAR do STJ.
Portanto, atenção redobrada aqui:
Aberratio ictus com resultado duplo:
STJ: Dolo na prática de homicídio se estende ao crime contra segunda vítima atingida
por erro na execução.
“[…] Retrata os presentes autos a parte final do art. 73 do CP, quando, além da vítima
originalmente visada, terceira pessoa é também atingida, incidindo a regra do
concurso formal de crimes. Nesses casos, o elemento subjetivo da primeira conduta,
o dolo, projeta-se também à segunda, não intencional, ainda que o erro de pontaria
decorra de negligência, imprudência ou imperícia do agente.
Nesse sentido, esta Corte possui orientação de que “A norma prevista no art. 73 do
Código Penal afasta a possibilidade de se reconhecer a ocorrência de crime culposo
quando decorrente de erro na execução na prática de crime doloso”.
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O que são descriminantes putativas? São excludentes de ilicitude erroneamente
imaginadas. Qual a consequência jurídica? Depende da teoria da culpabilidade adotada:
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• Agressão injusta.
• Agressão atual ou iminente.
• Proteção de direito próprio ou de outrem.
• Uso moderado dos meios necessários.
• Conhecimento da situação de fato justificante.
ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER LEGAL (art. 23, III, 1ª parte)
O indivíduo age em estrito cumprimento de um dever legal, ou seja, a lei obriga o
agente a atuar.
Trata-se da realização de um fato típico por força do desempenho de uma obrigação
imposta por lei. O dever legal que fundamenta essa descriminante decorre da lei em
sentido amplo. Em outras palavras, a conduta do agente estará abarcada por qualquer
diploma normativo, com algum grau de abstração.
Ex.: decreto, regulamento, portaria etc.
EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO (art. 23, III, parte final)
Trata-se de condutas que são facultadas ao cidadão comum, desde que de forma
regular. São condutas autorizadas pela lei, como é o caso da prisão em flagrante por
particular.
Ex.: Se o particular prende uma pessoa que acabou de cometer crime, ainda que o
indivíduo esteja privando o agente da sua liberdade, estará ele agindo no exercício
regular de um direito. E, portanto, não há crime.
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Tentativa Vermelha ou Cruenta. Acerta o alvo.
Tentativa Perfeita, Acabada, Crime Esgota todos os meios.
Falho.
Tentativa Imperfeita ou Inacabada. Não utiliza todos os meios.
Tentativa Abandonada ou Qualificada. Desistência Voluntária e
Arrependimento Eficaz.
Tentativa Inidônea ou Quase Crime. Crime Impossível.
ATENÇÃO: Dolo geral não se confunde com dolo genérico (nomenclatura oriunda do
sistema clássico de delito), que se referia à vontade de praticar uma conduta típica,
sem nenhuma finalidade específica.
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NÃO CONFUNDA! Para o STJ...
Momento início atos executórios Teoria objetivo-formal
Momento consumação do crime Teoria da amotio ou apprehensio
Culposos
Quais crimes não Contravenções penais
admitem tentativa? Habituais
Omissivos próprios
Unissubsistentes
Preterdolosos
Permanentes
De atentado/empreendimento*
NEXO DE CAUSALIDADE
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A causa efetiva (superveniente) é considerada um evento
Que por si só imprevisível, que não se encontra na mesma linha de desdobramento
produziu o causal da causa concorrente.
resultado: Aplica-se a teoria da causalidade adequada (art. 13, § 1º).
As concausas rompem o nexo causal.
O agente só responde pelos atos praticados.
O agente desferiu disparos de arma de fogo na vítima. A vítima foi socorrida, entretanto:
CONCURSO DE PESSOAS
Quanto ao concurso de pessoas, o Código Penal adota, como regra, a teoria unitária ou
monista e, excepcionalmente, a teoria pluralista.
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executores, existência de uma condicionante, uma pressão
interna, que aumenta a probabilidade da ordem ser cumprida.
ATENÇÃO: A reincidência específica tratada no art. 44, § 3º, do Código Penal somente
se aplica quando forem idênticos, e não apenas de mesma espécie, os crimes praticados.
(STJ)
CONCURSO DE CRIMES
Súmula 497, STJ: Quando se tratar de crime continuado a prescrição regula-se pela pena
imposta na sentença, não se computando o acréscimo decorrente da continuação.
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Roubo perpetrado contra diversas vítimas em um único evento, Concurso formal
estando comprovados os desígnios autônomos do autor. IMPRÓPRIO
Roubo praticado no interior de ônibus sendo que o sujeito rouba Crime único
apenas o dinheiro que estava com o cobrador.
LIVRAMENTO CONDICIONAL
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
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Esse rol é exemplificativo, já que são admitidas pela legislação causas ali não contidas,
como, por exemplo, o cumprimento da suspensão condicional do processo.
É um benefício É um benefício
individual, que coletivo, que
depende do independe de
pedido do pedido de algum
interessado. interessado.
Para a concessão de indulto, deve ser considerada a pena originalmente imposta, não
sendo levada em conta, portanto, a pena remanescente em decorrência de
comutações anteriores. (STJ)
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á
perempta a ação penal:
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo
durante 30 dias seguidos;
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer
em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias,
qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36;
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer
ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de
condenação nas alegações finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar
sucessor.
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PRESCRIÇÃO DECADÊNCIA
Perda da pretensão punitiva e executória Perda do direito de representação ou
Aplica-se a todos os crimes, salvo os queixa.
crimes imprescritíveis. Aplica-se a crimes de ação privada ou
Pode ocorrer antes ou depois do trânsito pública condicionada à representação.
em julgado. Só pode ocorrer antes da ação penal.
Espécies de PPP’s
Enquanto não transitar Prescrição em Abstrato (pena em abstrato).
em julgado a sentença
Prescrição -conta-se da publicação da
Após o trânsito em Retroativa sentença condenatória para trás;
julgado (pena em -pressupõe trânsito em julgado para a
da sentença (art. 110) concreto) acusação.
Prescrição -conta-se da publicação da
Superveniente sentença condenatória para frente;
(pena em -pressupõe trânsito em julgado para a
concreto) acusação.
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PENA EM ABSTRATO PRAZO PRESCRICIONAL
É cabível a redução do prazo prescricional pela metade (art. 115 do CP) se, entre a
sentença condenatória e o julgamento dos embargos de declaração, o réu atinge a idade
superior a 70 anos, tendo em vista que a decisão que julga os embargos integra a própria
sentença condenatória. (STJ)
Súmula nº 146, STF: A prescrição da ação penal regula-se pela pena concretizada na
sentença, quando não há recurso da acusação.
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Súmula nº 438, STJ: É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da
pretensão punitiva com fundamento em pena hipotética, independentemente da
existência ou sorte do processo penal.
Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre:
I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o
reconhecimento da existência do crime;
II - enquanto o agente cumpre pena no exterior; (Redação dada pelo Pacote Anticrime)
III - na pendência de embargos de declaração ou de recursos aos Tribunais Superiores,
quando inadmissíveis; e (Incluído pelo Pacote Anticrime)
IV - enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de não persecução penal.
(Incluído pelo Pacote Anticrime)
Parágrafo único - Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição
não corre durante o tempo em que o condenado está preso por outro motivo.
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Admite-se reconhecer a não punibilidade de um furto de coisa com valor insignificante,
ainda que presentes antecedentes penais do agente, se não denotarem estes tratar-se
de alguém que se dedica, com habitualidade, a cometer crimes patrimoniais. (STJ)
Ameaçar a vítima na presença de seu filho menor de idade justifica a valoração negativa
da culpabilidade do agente. (STJ)
Possibilidade de aplicar o regime inicial aberto ao condenado por furto, mesmo ele
sendo reincidente, desde que seja insignificante o bem subtraído. (STF)
STF reconheceu que o valor econômico do bem furtado era muito pequeno, mas, como
o réu era reincidente, em vez de absolvê-lo aplicando o princípio da insignificância, o
Tribunal utilizou esse reconhecimento para conceder a pena restritiva de direitos. (STF)
Não se aplica a agravante do art. 61, II, “h”, do CP ao furto praticado aleatoriamente em
residência sem a presença do morador idoso. (STJ)
A reincidência específica tratada no art. 44, § 3º, do Código Penal somente se aplica
quando forem idênticos, e não apenas de mesma espécie, os crimes praticados. (STJ)
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Juiz não deve decretar o arresto dos bens do condenado como forma de cumprimento
forçado da prestação pecuniária (pena restritiva de direitos). (STJ)
HOMICÍDIO
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No homicídio culposo, a morte instantânea da vítima não afasta a causa de aumento de
pena prevista no art. 121, § 4º, do CP, a não ser que o óbito seja evidente, isto é,
perceptível por qualquer pessoa. (STJ)
Principais qualificadoras:
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal,
integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício
da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição.
Não abrange parente por afinidade, assim, por exemplo, o filho adotivo não está
abarcado.
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ATENÇÃO: Feminicídio praticado no momento do descumprimento de qualquer
medida protetiva de urgência da Lei Maria da Penha enseja a incidência da causa de
aumento? NÃO.
INDUZIMENTO/INSTIGAÇÃO A SUICÍDIO/AUTOMUTILAÇÃO
→ Antes o crime do art. 122 não incluía automutilação e era um crime condicionado
a ocorrência do resultado: somente se configurava se ocorresse morte ou lesão
grave. Hoje, é um crime formal.
→ Se resultar lesão grave ou gravíssima: será qualificado (mas ainda admitirá
suspensão condicional do processo porque a pena mínima é 1 ano).
→ Se resultar morte: será qualificado.
LESÃO CORPORAL
NÃO CONFUNDA:
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Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente,
irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou Detenção, de 3 (três)
tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das meses a 3 (três) anos
relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade:
Se a lesão for praticada contra a mulher, por razões da Reclusão, de 1 (um) a
condição do sexo feminino 4 (quatro anos)
A qualificadora prevista no art. 129, § 2º, IV, do Código Penal (deformidade permanente)
abrange somente lesões corporais que resultam em danos físicos. (STJ)
ABANDONO DE INCAPAZ
MAUS TRATOS
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QUALIFICADORA Lesão de natureza grave (1 a 4 anos) ou morte (4 a 12 anos).
PENA AUMENTA DE Se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (catorze)
1/3 anos.
O crime de injúria praticado pela internet por mensagens privadas, as quais somente o
autor e o destinatário têm acesso ao seu conteúdo, consuma-se no local em que a vítima
tomou conhecimento do conteúdo ofensivo. (STJ)
Com o advento da Lei 14.532/2023, a injúria racial passou a ser expressamente uma
modalidade do crime de racismo. Essa lei alterou a redação da lei de preconceito racial
e também do Código Penal:
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1/3 -Contra o Presidente da República.
-Na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da
calúnia, da difamação ou da injúria.
-Contra criança, adolescente, pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou
pessoa com deficiência, exceto na hipótese de injúria.
DOBRO Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa.
TRIPLO Se o crime é cometido ou divulgado em quaisquer modalidades das redes
sociais da rede mundial de computadores.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL
PERSEGUIÇÃO
Art. 147-B. Causar dano emocional à mulher que a prejudique e perturbe seu pleno
desenvolvimento ou que vise a degradar ou a controlar suas ações, comportamentos,
crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação,
isolamento, chantagem, ridicularização, limitação do direito de ir e vir ou qualquer
outro meio que cause prejuízo à sua saúde psicológica e autodeterminação:
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, se a conduta não constitui
crime mais grave.
SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO
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QUALIFICADORA Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da
Pena: reclusão, de 2 a 8 anos natureza da detenção, grave sofrimento físico ou
moral.
Art. 149 do CP (redução a condição análoga à de escravo) pode ser praticado sem
restrição à liberdade de locomoção. (STJ)
TRÁFICO DE PESSOAS
Pena é REDUZIDA de 1 a 2/3 se: o agente for primário e não integrar ORCRIM.
Aumento de pena:
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dirigente máximo da administração direta e indireta federal, estadual,
municipal ou do Distrito Federal.
FURTO
Furto privilegiado
ATENÇÃO: Cuidado para não confundir coisa de pequeno valor com coisa de valor
insignificante, já que esta última conduz a atipicidade do fato.
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Momento A consumação ocorre no momento em que a coisa
consumativo do furto subtraída passa para o poder do agente, ainda que por
(essa mesma regra breve espaço de tempo, mesmo que o sujeito seja logo
vale para o crime de perseguido pela polícia ou pela vítima. Adota-se a teoria da
roubo) amotio ou apprehensio.
ROUBO
se o carro for transportado para outro se o carro for transportado para outro
Estado ou para o exterior, objeto de Estado ou para o exterior, objeto de
FURTO. ROUBO.
FURTO QUALIFICADO com ROUBO MAJORADO, de
pena de reclusão de 3 a 8 anos. 1/3 até ½.
ATENÇÃO: Não é necessário que a arma utilizada no roubo seja apreendida e periciada
para que incida a majorante, entretanto, se a arma é apreendida e periciada, sendo
constatada a sua inaptidão para a produção de disparos, neste caso, não se aplica a
majorante, sendo considerado roubo simples.
99
Súmula 601 do STF: Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que
não se realize o agente a subtração de bens da vítima.
EXTORSÃO
ATENÇÃO: extorsão qualificada pela morte não é crime hediondo após o Pacote
Anticrime. Atualmente, somente será crime hediondo se houver restrição de liberdade
da vítima e daí ocorrer lesão grave ou morte.
Pena AUMENTA de 1/3 até a METADE -crime cometido por 2 ou mais pessoas
-emprego de arma
100
Classificação doutrinária de crimes: Crime formal, de consumação antecipada ou de
resultado cortado - Consuma-se com a privação da liberdade da vítima,
independentemente da obtenção da vantagem pelo agente.
ESTELIONATO
101
ESTELIONATO CHEQUE FALSO. LOCAL OBTENÇÃO VANTAGEM ILÍCITA.
ESTELIONATO PRATICADO POR CHEQUE LOCAL DE DOMICÍLIO DA VÍTIMA.
SEM FUNDO.
ESTELIONATO POR DEPÓSITO OU LOCAL DE DOMICÍLIO DA VÍTIMA.
TRANSFERENCIA.
Art. 171-A. Organizar, gerir, ofertar ou distribuir carteiras ou intermediar operações que
envolvam ativos virtuais, valores mobiliários ou quaisquer ativos financeiros com o fim
de obter vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro,
mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento. (Incluído pela Lei nº
14.478, de 2022)
Adulterar o sistema de medição da energia elétrica para pagar menos que o devido:
estelionato (não é furto mediante fraude). (STJ)
Súmula 554 STF: O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, após o
recebimento da denúncia, não obsta ao prosseguimento da ação penal.
OBS.: sendo assim, para que o pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos
obste o andamento da ação penal, deve ocorrer antes do recebimento da denúncia.
ATENÇÃO: essa modalidade de extinção da punibilidade só se aplica ao estelionato
praticado mediante cheque sem provisão de fundos. Não se aplica as demais hipóteses
de estelionato.
102
Falsificação de documento O próprio documento é, materialmente,
(particular ou público falsificado.
Falsidade ideológica O documento em si (particular ou público) é
verdadeiro, mas falsa é a declaração.
CRIMES LICITAÇÃO
103
ATENÇÃO: Único crime em que há causa de aumento de pena: omissão grave de dado
ou de informação por projetista. A pena é aplicada em dobro se o crime for cometido
para obter benefício.
Art. 344 - Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio
ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é
chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
Parágrafo único. A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até a metade se o processo
envolver crime contra a dignidade sexual.
A simulação de arma de fogo pode sim configurar a “grave ameaça”, para os fins do tipo
do art. 213 do Código Penal. (STJ)
O “cliente” da exploração sexual (art. 218-B do CP) pode ser punido sozinho, ou seja,
mesmo que não haja um proxeneta. (STJ)
Não incide a regra a continuidade delitiva específica nos crimes de estupro praticados
com violência presumida. (STJ)
A pena é aumentada:
104
Da Se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas.
QUARTA
parte
Da Se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge,
METADE companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por
qualquer outro título tiver autoridade sobre ela.
1 a 2/3 Se o crime é praticado
a) mediante concurso de 2 (dois) ou mais agentes (estupro
coletivo).
b) para controlar o comportamento social ou sexual da vítima.
INCITAÇÃO AO CRIME
→ Incorre na mesma pena quem incita, publicamente, animosidade entre as Forças
Armadas, ou delas contra os poderes constitucionais, as instituições civis ou a sociedade.
→ O crime tem que ser determinado; a incitação genérica é fato atípico.
→ A incitação à prática de contravenção é fato atípico.
ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA
→ 3 ou + pessoas com o fim de cometer CRIMES.
→ Pena de 1 a 3 anos.
→ A pena será de 3 a 6 anos quando se tratar de crimes hediondos ou equiparados.
PECULATO
→ O ato de subtrair bem da administração pública, a que não tenha posse, mas
possua acesso facilitado em decorrência da qualidade de servidor público, constitui
crime de peculato na modalidade furto.
→ No peculato mediante erro de outrem é necessário que o erro não tenha sido
provocado ou induzido pelo agente, pois se assim o for este responderá por estelionato.
Peculato culposo
105
Inserção de dados falsos em sistema de Funcionário público autorizado (crime
informações (art. 313-A): próprio)
Modificação ou alteração não autorizada Funcionário público em sentido amplo
de sistema de informações (art. 313-B): (não precisa ser autorizado)
CONCUSSÃO
CORRUPÇÃO PASSIVA
106
O crime de corrupção passiva consuma-se ainda que a vantagem indevida esteja
relacionada com atos que formalmente não se inserem nas atribuições do funcionário
público. (STJ)
ADVOCACIA ADMINISTRATIVA
→ Haverá qualificadora se o interesse é ilegítimo
RESISTÊNCIA
→ O crime será QUALIFICADO se o ato, em razão da resistência, não se executa.
DESOBEDIÊNCIA
→ Não existe previsão de qualificadora se o ato não se executa em razão da
desobediência (como ocorre com o crime de resistência).
Comete crime de desobediência o indivíduo que não atende a ordem dada pelo oficial
de justiça na ocasião do cumprimento de mandado de entrega de veículo. (STF)
DESACATO
TRÁFICO DE INFLUÊNCIA
→ Historicamente, a expressão venditio fumi é identificada com o crime de tráfico
de influência.
107
TRÁFICO DE INFLUÊNCIA – Art. 332 EXPLORAÇÃO DE PRESTÍGIO – Art. 357
Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer
ou para outrem, vantagem ou promessa outra utilidade (...) A pretexto de influir
de vantagem (...) A pretexto de influir em em juiz, jurado, órgão do MP,
ato praticado por funcionário público no funcionário de justiça, perito, tradutor,
exercício da função. intérprete ou testemunha.
Majorante: 1/2: Se o agente alega ou Majorante: 1/3 Se o agente alega ou
insinua que a vantagem é também insinua que o dinheiro ou utilidade
destinada ao funcionário. também se destina a qualquer das
pessoas referidas neste artigo.
CORRUPÇÃO PASSIVA
DESCAMINHO
O descaminho é crime tributário FORMAL. Logo, para que seja proposta ação penal por
descaminho não é necessária a prévia constituição definitiva do crédito tributário. (STF)
CONTRABANDO
→ Exportar ou importar mercadoria proibida (proibição pode ser absoluta ou
relativa)
→ Não admite princípio da insignificância (existe um julgado do STJ excepcionando
isso quando se trata de pequena quantidade de medicamento para uso próprio)
108
DENUNCIACÃO CALUNIOSA
Para que seja configurado o crime de denunciação caluniosa exige-se dolo direto. Não
há crime de denunciação caluniosa caso o agente tenha agido com dolo eventual. (STF)
PATROCÍNIO INFIEL
Servidor público que se apropria dos salários que lhe foram pagos e não presta os
serviços, não comete peculato. (STJ)
109
Comete o delito de desobediência o condutor do veículo que não cumpre a ordem de
parada dada pela autoridade em contexto de policiamento ostensivo para prevenção e
repressão de crimes. (STJ)
Não comete crime o médico do SUS que cobra do paciente um valor pelo fato de utilizar,
na cirurgia, a sua máquina particular de videolaparoscopia (que não é oferecida na rede
pública). (STJ)
Pratica corrupção passiva o Deputado Federal que recebe vantagem indevida para
interceder junto a diretor da Petrobrás com o intuito de fazer com que a empresa faça
acordo com empresa privada e pague a ela determinadas quantias em atraso. (STF)
Deputado Federal que recebe propina para apoiar permanência de diretor de estatal
comete crime de corrupção passiva (STF)
A causa de aumento prevista no § 2º do art. 327 do Código Penal não pode ser aplicada
aos dirigentes de autarquias (ex: a maioria dos Detrans) porque esse dispositivo
menciona apenas órgãos, sociedades de economia mista, empresas públicas e
fundações. (STF)
Página 79: alteração para fazer constar o art. 142 do CP e não o 143.
110
01/11/23
PROCESSO PENAL
DELTA
PRINCÍPIOS E SISTEMAS PROCESSUAIS PENAIS
DIMENSÕES:
• INTERNA: regra probatória (parte acusatória tem o ônus de demonstrar a
culpabilidade do acusado); e regra de tratamento (Poder público não pode
tratar o acusado como se já fosse um condenado).
• EXTERNA: tratamento dado pela imprensa.
111
SISTEMAS PROCESSUAIS
SISTEMA ACUSATÓRIO* SISTEMA INQUISITIVO*
• Nítida separação entre as funções • As funções de acusar, defender e
de acusar, defender e julgar; julgar podem ser reunidas em uma
• Processo regido pelos princípios única pessoa;
do contraditório, ampla defesa e • Ao acusado não é conferido
devido processo legal; poderes de interferir na decisão do
• O processo não pode ser iniciado julgador;
de ofício. Vedação a produção • O juiz pode iniciar o processo de
probatória pelo juiz; ofício e produzir provas;
• Ônus da prova cabe a acusação; • Não há presunção de inocência;
• O processo penal é público. • O processo penal é sigiloso.
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL
EXCEÇÃO DA EXCEÇÃO: Crime de porte de drogas para uso pessoal (art. 28 da lei 11.
343/06) → ainda que o autor se recuse a comparecer no JECRIM, será lavrado TCO, uma
vez que não é possível impor um título prisional àquele que pratica o crime.
112
interceptação telefônica (STJ, 2012) com base unicamente em “denúncia anônima”.
INDICIAMENTO:
ESPÉCIES DE INDICIAMENTO
INDICIAMENTO MATERIAL: É um ato decisório do delegado de polícia, onde ele expõe
um substrato fáticos e jurídicos que justificam a imputação do crime ao investigado. Ou
seja, nada mais é do que a fundamentação do ato do indiciamento. É a análise técnica-
jurídica.
INDICIAMENTO FORMAL: É constituído por peças essenciais para formar a convicção
da autoridade para o indiciamento material. Peças como: 1) boletim de vida pregressa;
b) auto de qualificação e interrogatório.
INDICIAMENTO COERCITIVO: é aquele decorrente do APF, uma vez que os
pressupostos do indiciamento são quase os mesmos da lavratura do auto de prisão em
flagrante. Quem é preso em flagrante, inevitavelmente está indiciado.
INDICIAMENTO INDIRETO: é aquele realizado quando o investigado não é encontrado,
estando em local incerto e não sabido.
INDICIAMENTO DIRETO: é aquele realizado quando o investigado é encontrado e está
presente.
INDICIAMENTO COMPLEXO: trata-se de procedimento adotado em situações em que o
investigado dispõe por foro por prerrogativa de função.
113
parágrafo único, da Lei nº 8.625/93).
Excetuadas as hipóteses legais, é plenamente possível o indiciamento de autoridades
com foro por prerrogativa de função. No entanto, para isso, é indispensável que a
autoridade policial obtenha uma autorização do Tribunal competente para julgar esta
autoridade. Ex: em um inquérito criminal que tramita no STJ para apurar crime
praticado por Governador de Estado, o Delegado de Polícia constata que já existem
elementos suficientes para realizar o indiciamento do investigado. Diante disso, a
autoridade policial deverá requerer ao Ministro Relator do inquérito no STJ autorização
para realizar o indiciamento do referido Governador.
Cuidado: não é o Ministro Relator quem irá fazer o indiciamento. Este ato é privativo da
autoridade policial. O Ministro Relator irá apenas autorizar que o Delegado realize o
indiciamento. STF. Decisão monocrática. HC 133835 MC, Rel. Min. Celso de Mello,
julgado em 18/04/2016 (Info 825).
ATENÇÃO: Existe decisão monocrática mais recente em sentido contrário: De acordo
com o Plenário do STF, é nulo o indiciamento de detentor de prerrogativa de foro,
realizado por Delegado de Polícia, sem que a investigação tenha sido previamente
autorizada por Ministro-Relator do STF (Pet 3.825-QO, Red. p/o Acórdão Min. Gilmar
Mendes). Diversa é a hipótese em que o inquérito foi instaurado com autorização e
tramitou, desde o início, sob supervisão de Ministro do STF, tendo o indiciamento
ocorrido somente no relatório final do inquérito. Nesses casos, o indiciamento é
legítimo e independe de autorização judicial prévia. Em primeiro lugar, porque não
existe risco algum à preservação da competência do STF relacionada às autoridades com
prerrogativa de foro, já que o inquérito foi autorizado e supervisionado pelo Relator.
Em segundo lugar, porque o indiciamento é ato privativo da autoridade policial (Lei nº
12.830/2013, art. 2º, § 6º) e inerente à sua atuação, sendo vedada a interferência do
Poder Judiciário sobre essa atribuição, sob pena de subversão do modelo constitucional
acusatório, baseado na separação entre as funções de investigar, acusar e julgar. Em
terceiro lugar, porque conferir o privilégio de não poder ser indiciado apenas a
determinadas autoridades, sem razoável fundamento constitucional ou legal,
configuraria uma violação aos princípios da igualdade e da república.
Em suma: a autoridade policial tem o dever de, ao final da investigação, apresentar sua
conclusão. E, quando for o caso, indicar a autoria, materialidade e circunstâncias dos
fatos que apurou, procedendo ao indiciamento. STF. Decisão monocrática. Inq 4621,
Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 23/10/2018.
114
apenas o registro de ocorrência.
ATENÇÃO: A PCSP atua no sentido da doutrina moderna, de modo que os delegados de
polícia deixam de lavrar o APF quando há manifesta causa de excludente da tipicidade
(formal ou material), ilicitude ou culpabilidade. Portanto, em eventual questão discursiva
sobre o tema, citar a doutrina tradicional, mas frisar a doutrina moderna, por ser a posição
adotada na instituição.
ADVOGADO E SIGILO DO IP
Nas investigações, EM REGRA, o inquérito policial deve ser conduzido de maneira sigilosa,
até mesmo para se garantir a eficácia das investigações.
O art. 20 do CPP dispõe que a autoridade assegurará, no inquérito, o sigilo necessário à
elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade. Assim, se a autoridade policial
verificar que a publicidade pode causar prejuízo à elucidação dos fatos, pode decretar o
sigilo do inquérito. No entanto, é direito do advogado ter acesso aos autos já
documentados e desde que não frustre diligência em andamento.
SV 14: É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos
elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por
órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de
defesa.
ATENÇÃO!!
Caso seja injustificadamente negado ao defensor do investigado o acesso ao inquérito
policial, quais medidas judiciais são cabíveis, visando à obtenção de acesso aos autos
da investigação? (Caiu na PCMG)
O candidato deveria contextualizar a questão abordando que uma das características
do inquérito policial é o sigilo; que este sigilo possui uma dupla função; que se trata de
115
um sigilo eminentemente externo.
Após contextualizar, deve passar à resposta da questão: São 3 os mecanismos judiciais
previstos em caso de recusa injustificada por parte do Delegado de Polícia:
• Reclamação ao Supremo Tribunal Federal: em razão da ofensa à SV 14 do STF.
• Mandado De Segurança: em razão da ofensa ao direito líquido e certo do
advogado de ter acesso a inquérito policial (artigo 7, inciso XIV da lei 8.906/94
• Habeas Corpus: em razão da ofensa ao art. 5º, LXVIII da CF/88.
116
CONSTITUIÇÃO DE DEFENSOR QUANDO O INVESTIGADO FOR INTEGRANTE DA
SEGURANÇA PÚBLICA OU MILITAR
Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às instituições dispostas no art. 144
da Constituição Federal (agentes de segurança pública) figurarem como investigados
em inquéritos policiais, inquéritos policiais militares e demais procedimentos
extrajudiciais, cujo objeto for a investigação de fatos relacionados ao uso da força letal
praticados no exercício profissional, de forma consumada ou tentada, incluindo as
situações dispostas no art. 23 do Código Penal (excludente de ilicitude), o indiciado
poderá constituir defensor.
§ 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o investigado deverá ser citado da
instauração do procedimento investigatório, podendo constituir defensor no prazo de
até 48 (quarenta e oito) horas a contar do recebimento da citação.
JÁ CAIU (VUNESP 2022) No que concerne aos investigados em inquérito policial que
investiga uso da força letal, é correto afirmar que a Lei nº 13.964/2019 (Pacote
Anticrime):
R.: havendo necessidade de indicação de defensor, a defesa caberá
preferencialmente à Defensoria Pública, e, nos locais em que ela não estiver
instalada, a União ou a Unidade da Federação correspondente à respectiva
competência territorial do procedimento instaurado deverá disponibilizar
117
profissional para acompanhamento e realização de todos os atos relacionados à
defesa administrativa do investigado.
MP
MP pode investigar? Promotor não pode conduzir o IP, só o delegado pode. Entretanto,
o STF decidiu que o MP pode sim investigar, com base na teoria dos poderes implícitos (se
a CF concedeu ao MP a titularidade da ação penal pública,o ordenamento deve conferir
prerrogativas para que ele cumpra seu mister)
Promotor que investiga é suspeito para oferecer denúncia? Não. Existe sumula nesse
sentido até (234 do STJ).
Não há ilicitude das provas por violação ao sigilo de dados bancários, em razão do
compartilhamento de dados de movimentações financeiras da própria instituição
bancária ao Ministério Público. (STF)
PRAZOS
Art. 3º § 2º CPP Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante
representação da autoridade policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma
única vez, a duração do inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que, se ainda assim a
investigação não for concluída, a prisão será imediatamente relaxada.
DISPOSITIVO SUSPENSO POR DELIBERAÇÃO DO MIN. FUX
ARQUIVAMENTO
118
MP requer arquivamento. MP arquiva e remete à instância de
a) Juiz concorda? Homologa. revisão ministerial para que seja
b) Juiz não concorda? Remete os autos homologado.
aoProcurador Geral, o qual poderá: Vítima pode submeter a matéria à
-ele mesmo denunciar; revisão ministerial no prazo de 30 dias.
-designar outro para denunciar; *OBS.: O STF atribuiu interpretação
-concordar com o arquivamento. conforme ao caput do art. 28 do CPP,
Neste caso, o juiz é obrigado a acatar! alterado pela Lei nº 13.964/2019, para
assentar que: “ao se manifestar pelo
arquivamento do inquérito policial ou
de quaisquer elementos informativos
da mesma natureza, o órgão do
Ministério Público submeterá sua
manifestação ao juiz competente e
comunicará à vítima, ao investigado e
à autoridade policial, podendo
encaminhar os autos para o
procurador-geral ou para a instância
de revisão ministerial, quando houver,
para fins de homologação, na forma da
lei, vencido, em parte, o ministro
Alexandre de Moraes, que incluía a
revisão automática em outras
hipóteses; Por unanimidade, atribuir
interpretação conforme ao § 1º do art.
28 do CPP, incluído pela Lei nº
13.964/2019, para assentar que, além
da vítima ou de seu representante
legal, a autoridade judicial competente
também poderá submeter a matéria à
revisão da instância competente do
órgão ministerial, caso verifique
patente ilegalidade ou teratologia no
ato do arquivamento."*
Arquivamento por:
• Atipicidade do fato ou inexistência do crime; Faz coisa julgada
• Causa extintiva de punibilidade (salvo, certidão de MATERIAL
óbito falsa); Não é possível o
• Excludente de ilicitude (reconhecido pelo STJ, mas desarquivamento.
há divergência no STF).
Arquivamento por: Faz coisa julgada
• Insuficiência probatória; FORMAL
• Falta de justa causa; É possível o
• Falta de pressuposto processual objetivo. desarquivamento.
119
NÃO CONFUNDA: A decisão que, na audiência de custódia, determina o relaxamento
da prisão em flagrante sob o argumento de que a conduta praticada é atípica não faz
coisa julgada. Assim, esta decisão não vincula o titular da ação penal, que poderá
oferecer acusação contra o indivíduo narrando os mesmos fatos e o juiz poderá
receber essa denúncia.
O acordo de não persecução penal (ANPP) aplica-se a fatos ocorridos antes da Lei nº
13.964/2019, desde que não recebida a denúncia. (STJ)
MP denunciou o acusado por crime cuja pena mínima é igual ou superior a 4 anos; há alteração do
enquadramento jurídico ou desclassificação; o novo crime tem pena mínima inferior a 4 anos;
diante dessa alteração, será possível oferecer o ANPP. (STJ)
O Ministério Público não é obrigado a notificar o investigado acerca da proposta do ANPP. (STJ)
A competência para a execução do acordo de não persecução penal é do Juízo que o homologou.
(STJ)
120
REPRESENTAÇÃO
COMPETÊNCIA
Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a
infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de
execução. (Teoria do Resultado)
121
FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO Competência definida em razão do ÓRGÃO
EXPEDIDOR.
USO DE DOC. FALSO QUE NÃO SEJA Competência definida em razão do ÓRGÃO
PELO PRÓPRIO AUTOR DA AOQUAL FOR APRESENTADO.
FALSIFICAÇÃO
USO DE DOC. FALSO PELO PRÓPRIO Competência definida em razão do ÓRGÃO
AUTOR DA FALSIFICAÇÃO EXPEDIDOR.
Súmula nº 546, STJ: “A competência para processar e julgar o crime de uso dedocumento
falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento
público, não importando a qualificação do órgão expedidor.”
•
Não sendo conhecido o lugar da infração: domicílio ou
AÇÃO PENAL residência do réu;
PÚBLICA • Réu com mais de uma residência: Prevenção;
• Réu não tem residência certa ou paradeiro ignorado: juiz que
primeiro tomar conhecimento do fato.
AÇÃO PENAL Mesmo que conhecido o lugar da infração: querelante pode preferir
PRIVADA o domicílio do réu.
122
CONEXÃO CONTINÊNCIA
Vínculo, entre 2 ou + infrações, que, em Vínculo que une vários infratores a
regra, enseja a união entre os processos umaúnica infração, ou a ligação de
para facilitar a produção da prova e várias infrações por decorrerem de
paraevitar decisões distorcidas. conduta única, ocasionando a reunião
de todos os elementos em processo
único
123
• Procurador-Geral da República
• Ministros de Estado STF
• Advogado-Geral da União
• Comandantes da Marinha, Exército
e Aeronáutica
• Ministros do STJ, STM, TST, TSE
• Ministros do TCU
• Chefes de missão diplomática de
caráter permanente
• Governadores
• Desembargadores (TJ, TRF, TRT)
• Membros dos TRE
• Conselheiros dos Tribunais de STJ
Contas
• Membros do MPU que oficiem
perante tribunais
• Juízes Federais, Juízes Militares e
Juízes do Trabalho
• Membros do MPU que atuam na 1ª TRF ou TRE
instância
• Juízes de Direito
• Promotores e Procuradores de TJ
Justiça
• Prefeitos TJ, TRF ou TRE
124
➢ Foro por prerrogativa de função é garantia para resguardar a função exercida e
não, o agente público nela investido de forma que sua INCIDÊNCIA DEVE FICAR
ADSTRITA AS INFRAÇÕES COMUNS PRATICADAS APÓS A DIPLOMAÇÃO E EM
RAZÃO DO CARGO.
Se o parlamentar federal (Deputado Federal ou Senador) está respondendo a uma
ação penal no STF e, antes de ser julgado, ele deixar de ocupar o cargo (exs: renunciou,
não se reelegeu etc), cessa o foro por prerrogativa de função e o processo deverá ser
remetido para julgamento em 1ª instância?
O STF decidiu estabelecer uma regra para situações como essa:
➢ Se o réu deixou de ocupar o cargo ANTES de a instrução terminar: cessa a
competência do STF e o processo deve ser remetido para a 1ª instância.
➢ Se o réu deixou de ocupar o cargo DEPOIS de a instrução se encerrar: o STF
permanece sendo competente para julgar a ação penal.
Assim, o STF estabeleceu um marco temporal, fim da instrução - a partir do qual a
competência para processar e julgar ações penais – seja do STF ou de qualquer outro
órgão jurisdicional – não será mais afetada em razão de o agente deixar o cargo que
ocupava, qualquer que seja o motivo (exs: renúncia, não reeleição, eleição para cargo
diverso). Ou seja: trata-se de um marco temporal para a perpetuação da jurisdição.
Como fica no caso de agente político que perdeu o foro em razão do fim do mandato,
mas foi reeleito?
Nessa hipótese, temos que analisar se houve intervalo entre os mandatos. Isso porque,
segundo o STF, o intervalo entre dois mandatos afasta foro por prerrogativa de função
em relação a fato praticado no período anterior, de modo que só é possível que o foro
por prerrogativa de função seja mantido se a reeleição para o 2º mandato seja
consecutiva e imediata.
ATENÇÃO: Se o crime for cometido durante a CAMPANHA PARA A REELEIÇÃO, e o
agente for efetivamente reeleito, a competência permanecerá sendo a do STF/STJ.
125
JURISPRUDÊNCIA
ATENÇÃO: não é correto dizer que a Justiça Federal nunca julgará contravenção.
Caso uma autoridade com foro por prerrogativa na JF cometa uma contravenção, será
julgadopela JF.
Compete aos tribunais de justiça estaduais processar e julgar os delitos comuns, não
relacionados com o cargo, em tese praticados por Promotores de Justiça. (STJ)
A Justiça Eleitoral é competente para processar e julgar crime comum conexo com
crimeeleitoral, ainda que haja o reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva
do delitoeleitoral. (STF)
126
A simples constatação de que os medicamentos apreendidos em poder do réu eram
deprocedência estrangeira não atrai a competência da Justiça federal para processar
e julgar o feito. (STJ)
Súmula 704-STF: Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido
processo legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro
por prerrogativa de função de um dos denunciados.
127
Súmula 122-STJ: Compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos
crimes conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art.
78, II, a) do Código de Processo Penal.
Súmula 209-STJ: Compete à justiça estadual processar e julgar prefeito por desvio
de verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal.
Súmula 208-STJ: Compete à justiça federal processar e julgar prefeito municipal por
desvio de verba sujeita a prestação de contas perante órgão federal.
PROVAS
CONCEITOS IMPORTANTES:
128
FONTE DE PROVA MEIO DE PROVA MEIO DE OBTENÇÃO DE
PROVA
Cometido o fato delituoso, São os instrumentos Refere-se a certos
tudo aquilo que possa através dos quais as fontes procedimentos, em regra
esclarecer alguém cerca do de prova são introduzidas extraprocessuais,
crime pode ser conceituado no processo. geralmente realizados por
como fonte de prova (ex.: outros agentes que não o
Dizem respeito a uma
pessoas, coisas). juiz, cujo objetivo é a
atividade endoprocessual,
identificação das fontes de
que se desenvolve perante
prova. Nesse caso, o
o juiz, com a participação
contraditório será diferido,
das partes, em fiel
ou postergado.
observância ao
contraditório e à ampla Ex.: interceptação
defesa. telefônica.
SERENDIPIDADE
SERENDIPIDADE OU ENCONTRO FORTUITO DE 1º GRAU: Ocorre quando os encontros
fortuitos são de fatos conexos ou continentes com os fatos sob investigação. Nesse
caso, a prova produzida pode ser valorada pelo juiz.
SERENDIPIDADE OU ENCONTRO FORTUITO DE 2º GRAU: Ocorre quando se trata de
fatos não conexos ou quando não exista continência com os fatos sob investigação.
Nesse caso, a prova produzida vale como notitia criminis.
SERENDIPIDADE SUBJETIVA: Ocorre quando, no curso da medida, surgirem indícios do
envolvimento criminoso de outra pessoa que inicialmente não estava sendo
investigada. Ex: durante a interceptação telefônica instaurada para investigar João,
descobre-se que um de seus comparsas é Pedro (Deputado Federal).
SERENDIPIDADE OBJETIVA: Ocorre quando, no curso da medida, surgirem indícios da
prática de outro crime que não estava sendo investigado.
129
de interrogatório policial/judicial prevaleceu o entendimento de que a Constituição
Cidadã de 1988 não recepcionou a parte do art. 260 do CPP que autoriza a utilização da
condução coercitiva “para interrogatório”.
PROVA EMPRESTADA
FORMA Deve ser feita através de documentos.
VALOR A prova emprestada terá o mesmo valor que possuía no
PROBATÓRIO processo de origem.
REQUISITOS O contraditório deverá ter sido observado quanto às mesmas
partes no processo de origem. Do contrário, é considerada uma
prova documental, não tendo o valor de prova emprestada.
CADEIA DE CUSTÓDIA
FASE EXTERNA:
Ato de distinguir um elemento como de potencial
RECONHECIMENTO interesse para a produção da prova pericial.
Ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo
ISOLAMENTO isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e
relacionado aos vestígios e local de crime.
Descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no
localde crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área
FIXAÇÃO
de exames, podendo ser ilustrada por fotografias,
filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo
atendimento.
130
Ato de recolher o vestígio que será submetido à análise
COLETA pericial, respeitando suas características e natureza.
Procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é
embalado de forma individualizada, de acordo com suas
ACONDICIONAMENTO
características físicas, químicas e biológicas, para
posterior análise, com anotação da data, hora e nome de
quem realizoua coleta e o acondicionamento.
Ato de transferir o vestígio de um local para o outro,
utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos,
TRANSPORTE temperatura, entre outras), de modo a garantir a
manutenção de suas características originais, bem como o
controle de sua posse.
FASE INTERNA:
Ato formal de transferência da posse do vestígio, que deve
RECEBIMENTO serdocumentado com, no mínimo, informações referentes
aonúmero de procedimento e unidade de polícia judiciária
relacionada, local de origem, nome de quem transportou o
vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo
dovestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem
o recebeu.
Exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo
com a metodologia adequada às suas características
PROCESSAMENTO biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter o resultado
desejado, que deverá ser formalizado em laudo produzido
por perito.
Procedimento referente à guarda, em condições
ARMAZENAMENTO adequadas, do material a ser processado, guardado para
realização de contraperícia, descartado ou transportado,
com vinculação ao número do laudo correspondente.
Procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando
DESCARTE
a legislação vigente e, quando pertinente, mediante
autorizaçãojudicial.
131
Por ser um tema sensível para fins de provas discursivas, vale a pena a leitura de
fundamentação doutrinária: “É dizer, a quebra da cadeia de custódia não resulta,
necessariamente, em prova ilícitaou ilegítima, interferindo apenas na valoração dessa
prova pelo julgador. A irregularidade na cadeia de custódia reduzirá a credibilidade da
prova, diminuirá o seu valor, passando-se a ser exigido do juiz um reforço justificativo
caso entenda ser possível confiar na integridade e na autenticidade da prova e resolva
utilizá-la na formação do seu convencimento.” (Manual de Processo Penal. Salvador:
Juspodivm, 2021, p. 754).
DISPOSITIVOS IMPORTANTES
Art. 158-A, § 1º O INÍCIO DA CADEIA DE CUSTÓDIA dá-se com a preservação do local de
crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência
de vestígio.
§ 2º O AGENTE PÚBLICO que reconhecer um elemento como de potencial interesse para
a produção da prova pericial fica responsável por sua preservação.
§ 3º VESTÍGIO é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou
recolhido, que se relaciona à infração penal.
Art. 158-C. A coleta dos vestígios deverá ser realizada PREFERENCIALMENTE por perito
oficial (1 perito), que dará o encaminhamento necessário para a central de custódia,
MESMO QUANDO for necessária a realização de exames complementares.
§ 1º Todos vestígios coletados no decurso do inquérito ou processo devem ser tratados
como descrito nesta Lei, ficando órgão central de perícia oficial de natureza criminal
responsável por detalhar a forma do seu cumprimento.
§ 2º É PROIBIDA a entrada em locais isolados bem como a remoção de quaisquer
vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do perito responsável, sendo
tipificada como FRAUDE PROCESSUAL a sua realização.
BUSCA E APREENSÃO
132
Não há nulidade na busca e apreensão efetuada por policiais, sem prévio mandado
judicial, em apartamento que não revela sinais de habitação, nem mesmo de forma
transitória ou eventual, se a aparente ausência de residentes no local se alia à fundada
suspeita de que o imóvel é utilizado para a prática de crime permanente. (STJ)
É válida, com base na teoria da aparência, a autorização expressa para que os policiais
fizessem a busca e apreensão na sede de empresa investigada, autorização essa dada
por pessoa que, embora tenha deixado de ser sócia formal, continuou assinando
documentos como representante da empresa. (STJ)
Não existe exigência legal de que o mandado de busca e apreensão detalhe o tipo de
documento a ser apreendido, ainda que de natureza sigilosa. (STJ)
A busca e apreensão é uma medida cautelar real, assim, diferentemente dos cautelares
pessoais, independe para sua concessão da comprovação do requisito da
contemporaneidade dos fatos. (STJ TESES)
Não há nulidade pelo fato de o juiz não aceitar o rol de testemunhas apresentado pela
defesa fora da fase estabelecida no art. 396-A do CPP. (STJ)
Se a polícia entra na residência especificamente para efetuar uma prisão, ela não pode
vasculhar indistintamente o interior da casa porque isso seria “pescaria probatória”,
com desvio de finalidade. (STJ)
133
É ilegal a requisição, sem autorização judicial, de dados fiscais pelo Ministério Público.
(STJ)
PROVAS DIGITAIS
Provas digitais são “informações transmitidas ou memorizadas em formato binário
que pode ser utilizada na justiça”.
No processo penal, tem-se que as provas digitais podem ser utilizadas como fonte de
prova, onde se pode extrair informações que venham a ser utilizadas na persecução
penal.
134
emprego por ausência de registro da cadeia de custódia, não há como garantir a tutela
da genuinidade e não alteração do dado informático devido a sua natureza frágil e
volátil.
Ainda sobre as provas digitais e a cadeia de custódia, cabe destacar decisão do STJ:
São inadmissíveis as provas digitais sem registro documental acerca dos procedimentos
adotados pela polícia para a preservação da integridade, autenticidade e confiabilidade
dos elementos informáticos. (Processo sob segredo de justiça, Rel. Ministro Messod
Azulay Neto, Rel. Acd. Ministro Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por maioria, julgado em
7/2/2023)
SUJEITOS DO PROCESSO
IMPEDIMENTO SUSPEIÇÃO
JURISPRUDÊNCIA
O magistrado que atuou como corregedor em processo administrativo não está
impedido de julgar o réu em processo criminal. (STF)
Magistrado que julgou PAD contra o réu não está impedido de julgar o processo
criminalsobre os mesmos fatos. (STF)
135
A OAB não tem legitimidade para atuar como assistente de defesa de advogado réu
emação penal. (STF)
PRISÕES
FLAGRANTE
ESPÉCIES DE FLAGRANTE
PRÓPRIO Está cometendo a infração penal ou acaba de cometer.
136
IMPRÓPRIO/ É perseguido, logo após o cometimento da infração penal, em
situação que faça presumir ser ele o autor da infração penal.
QUASE FLAGRANTE
PRISÃO PREVENTIVA
Desde a última reforma processual, o juiz não poderia mais decretar a prisão de ofício
no curso da investigação, entretanto, subsistia a possibilidade da decretação no curso
do processo. O “Pacote Anticrime” eliminou de vez essa possibilidade. O juiz pode
REVOGAR a prisão de ofício, decretá-la não. (sistema acusatório)
CABIMENTO FUNDAMENTOS
• Crimes dolosos punidos com PPL • Periculum libertatis
máxima superior a 4 anos;. • Garantia da ordem pública.
• Reincidente. Garantia da ordem econômica.
• Crime envolver violência Conveniência da instrução
doméstica e familiar contra a mulher, criminal Assegurar a aplicação
criança adolescente, idoso, enfermo ou da lei penal.
pessoa com deficiência, para garantir a • Perigo gerado pelo estado de
execução das medidas protetivas de liberdadedo imputado.
urgência. • Fummus comissi delicti:
• Dúvida sobre a identidade civil da • Prova da existência do crime
pessoa. .Indício suficiente de autoria.
137
Art. 313. Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da
decisão revisar a necessidade de sua manutenção a cada 90 DIAS, mediante decisão
fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal.
JURISPRUDÊNCIA
A escolha pelo Magistrado de medidas cautelares pessoais, em sentido diverso das
requeridas pelo Ministério Público, pela autoridade policial ou pelo ofendido, não
podeser considerada como atuação ex officio. Impor ou não cautelas pessoais, de
fato, depende de prévia e indispensável provocação; contudo, a escolha de qual delas
melhorse ajusta ao caso concreto há de ser feita pelo juiz da causa. Entender de forma
diversa seria vincular a decisão do Poder Judiciário ao pedido formulado pelo
Ministério Público, de modo a transformar o julgador em mero chancelador de
manifestações do Parquet ou de transferir a este a escolha do teor de uma decisão
judicial. (STJ)
Quando o acusado encontrar-se foragido, não há o dever de revisão ex officio da
prisãopreventiva, a cada 90 dias, exigida pelo art. 316, parágrafo único, do Código de
ProcessoPenal. (STJ)
Não é possível que o juiz, de ofício, decrete a prisão preventiva; vale ressaltar, no
entanto, que, se logo depois de decretar, a autoridade policial ou o MP requererem
a prisão, o vício de ilegalidade que maculava a custódia é suprido. (STJ)
138
PRISÃO DOMICILIAR
HIPÓTESES:
• Maior de 80 ANOS;
• EXTREMAMENTE debilitado por DOENÇA GRAVE;
• Imprescindível aos cuidados especiais de MENOR de 6 ANOS ou PCD;
• Gestante;
• Mulher com filho de até 12 ANOS incompletos;
• Homem, caso seja o único responsável, por filho de até 12 ANOS incompletos.
A utilização do próprio filho para a prática de crimes, por se tratar de situação de risco ao
menor, obsta a concessão de prisão domiciliar (info 765 STJ).
A prisão domiciliar do art. 318 do CPP só se aplica para os casos de prisão preventiva, não
podendo ser utilizado quando se tratar de execução definitiva de título condenatório
(sentença condenatória transitada em julgado) (info 767 STF).
Mesmo após a inserção do art. 318-A CPP, é possível que o juiz negue a prisão domiciliar
para a mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com
deficiência, desde que presente situação excepcionalíssima (info 891 STF).
PRISÃO TEMPORÁRIA
139
requisitos que devem ser observados para a decretação da prisão
temporária, quais sejam:
• Quando for justificada em fatos novos ou contemporâneos que
fundamentem a medida – contemporaneidade, à luz do art. 312,
§2º, CPP;
• Quando a medida for adequada à gravidade concreta do crime,
às circunstâncias do fato e às condições pessoais do indiciado;
• Quando se comprovar a insuficiência das medidas cautelares
diversas da prisão, previstas nos art. 319 e 320 do CPP – prisão
como última ratio.
• Homicídio doloso
• Sequestro ou cárcere privado
• Roubo
• Extorsão
• Extorsão mediante sequestro
• Estupro
ROL • Atentado violento ao pudor
TAXATIVO • Rapto violento
DE CRIMES • Epidemia com resultado de morte
• Envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou
medicinal qualificado pela morte
• Quadrilha ou bando
• Genocídio
• Tráfico de drogas
• Crimes contra o sistema financeiro
• Crimes previstos na lei de Terrorismo*
AÇÃO CONTROLADA
140
Atenção:
→ Nas hipóteses em que a lei exige autorização judicial ou então apenas prévio
aviso, caso ocorra sem, haverá ilicitude? NÃO. A finalidade precípua da norma é
resguardar o agente público contra possíveis imputações de prevaricação, etc.
→ Apenas retardar o momento da prisão não é ação controlada. Para que receba
essa denominação, essa técnica deve ter por fim angariar + elementos de
informação, identificar suspeitos, etc.
141
LIBERDADE PROVISÓRIA
Art. 310. § 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização
criminosa armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá
denegar a liberdade provisória, com ou sem medidas cautelares.
FIANÇA
Art. 322: A autoridade policial SOMENTE poderá conceder fiança nos casos de infração
cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 anos.
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA
Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte
e quatro) horas após realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de
custódia.
142
→ Finalidades: verificar eventuais maus-tratos, aspectos de legalidade da prisão,
necessidade e adequação da prisão cautelar.
CITAÇÃO E INTIMAÇÃO
143
Citado por EDITAL réu não comparece e nem Suspensão do processo.
constitui advogado (Exceção: lei de lavagem)
Citado por HORA CERTA réu não comparece: nomeação de defensor dativo.
JÁ CAIU (VUNESP 2018) A citação por procuração é aceita desde que o procurador tenha
poderes especiais para tanto. (INCORRETO)
Obs.: a citação é ato pessoal e deve ser realizada diretamente a pessoa do acusado,
artigo 351 do Código de Processo Penal, pode ser real ou ficta (ficta é quando ocorre
por edital ou por hora certa).
CPP art. 396, Parágrafo único. No caso de citação por edital, o prazo para a defesa
começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor
constituído.
Súmula nº 351, STF: “É nula a citação por edital de réu preso na mesma unidade da
federação em que o Juiz exerce a sua jurisdição.”
Súmula nº 155, STF: “É relativa a nulidade do processo criminal por falta de intimação
da expedição de precatório para inquirição de testemunha.”
Súmula nº 366, STF: “Não é nula a citação por edital que indica o dispositivo da lei penal,
embora não transcreva a denúncia ou queixa, ou não resuma os fatos em que se baseia.”
Citado o réu por edital, nos termos do art. 366 do CPP, o processo deve permanecer
suspenso enquanto o réu não for localizado ou até que seja extinta a punibilidade pela
prescrição. (STJ)
Se for expedida carta rogatória para citar um acusado no exterior, o prazo prescricional
ficará suspenso até que ela seja cumprida, ou seja, o prazo prescricional voltará a correr
antes mesmo que a carta seja juntada aos autos. (STJ)
144
PROCEDIMENTOS
TRIBUNAL DO JURI
145
Após a audiência, o magistrado poderá proferir uma das
seguintes decisões:
• Pronúncia;
• Impronúncia;
• Absolvição sumária; e
• Desclassificação da infração dolosa contra a vida.
ATENÇÃO:
• Trata-se de cognição não exauriente, devendo o magistrado abster-se de proferir
considerações sobre o valor das provas, e de horizontalidade estreita, pois não
deve exercer cognição sobre os crimes conexos ao delito doloso contra a vida,
tendo em vista que a pronúncia é somente quanto a este.
• O magistrado deverá escolher as palavras com cautela, de modo que não
demonstre na decisão que acredita ser o acusado culpado, sob pena de incidir em
excesso de linguagem ou eloquência acusatória. Havendo excesso de linguagem,
o STF e o STJ entendem que a sentença de pronúncia é nula, bem como os atos
processuais consecutivos, devendo o juiz prolatar outra.
• A intimação da decisão de pronúncia deverá ser feita pessoalmente ao acusado.
• A decisão de pronúncia interrompe a prescrição.
• A pronúncia possui natureza jurídica de decisão interlocutória mista não
terminativa, encerrando a primeira fase do júri sem pôr fim ao processo e sem
decidir o mérito da causa nem extinguir o feito sem resolução do mérito. Dessa
forma, é impugnável por recurso em sentido estrito(art. 581, IV).
ATENÇÃO:
• a sentença de impronúncia faz coisa julgada secundum eventum probationis, ou
seja, por insuficiência de provas, permitindo a repropositura da demanda caso
haja prova nova.
• Contra a sentença de impronúncia caberá apelação (art. 416), ao contrário da
sentença de pronúncia, que é impugnada por recurso em sentido estrito.
• DESPRONÚNCIA: quando o acusado é impronunciado após decisão inicial de
pronúncia. Ela pode ser realizada pelo próprio magistrado ou por tribunal.
146
➢ ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA: ocorre nas seguintes hipóteses:
• Provada a inexistência do fato;
• Provado não ser ele autor ou partícipe do fato;
• O fato não constituir infração penal;
• Demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime.
147
ATENÇÃO: a lei determinou a execução provisória da pena na
hipótese de condenação a pena igual ou superior a 15 anos de
reclusão, prevendo expressamente a ausência de efeito
suspensivo da apelação nesse caso. Não há discricionariedade
nessa decisão.
ATENÇÃO: DESAFORAMENTO
É o deslocamento excepcional da competência do processo para a comarca
distinta daquela na qual houve a primeira fase por haver risco ao julgamento.
Art. 427. Se o interesse da ordem pública o reclamar ou houver dúvida sobre
a imparcialidade do júri ou a segurança pessoal do acusado, o Tribunal, a requerimento
do Ministério Público, do assistente, do querelante ou do acusado ou mediante
representação do juiz competente, poderá determinar o desaforamento do
julgamento para outra comarca da mesma região, onde não existam aqueles motivos,
preferindo-se as mais próximas.
O STJ entende que a mera presunção de parcialidade dos jurados do Tribunal do Júri
em razão da divulgação dos fatos e da opinião da mídia é insuficiente para o
desaforamento (INFO 668).
NULIDADES
Sistema de nulidades processo penal:
148
Princípio do interesse: O princípio do interesse, conforme artigo 565 do Código de
Processo Penal (“Nenhuma das partes poderá arguir nulidade a que haja dado causa,
ou para que tenha concorrido, ou referente a formalidade cuja observância só à parte
contrária interesse”) só é aplicável as nulidades relativas, visto que as nulidades
absolutas podem ser arguidas a qualquer tempo, grau de jurisdição e reconhecidas
de ofício pelo Juiz.
Art. 568. A nulidade por ilegitimidade do representante da parte poderá ser a todo
tempo sanada, mediante ratificação dos atos processuais.
149
SENTENÇA
RECURSOS
Disposições gerais
→ Os recursos são voluntários. Exceto nos casos em que a lê prevê o reexame
obrigatório, como da sentença que conceder HC.
→ São taxativos. Não existem recursos inominados.
→ Fungibilidade: permite-se que um recurso, equivocadamente interposto, seja
conhecido no lugar do recurso correto, desde que não tenha havido erro grosseiro
ou má fé.
→ Em regra, para cada decisão judicial há apenas um recurso adequado. Exceção:
decisão do Tribunal de Justiça que ofende a CF e a legislação infraconstitucional,
desafiando a interposição simultânea de recurso extraordinário ao STF e recurso
especial ao STJ, respectivamente.
→ Havendo recurso apenas da defesa, o Tribunal não pode piorar a situação do réu
(vedação à reformatio in pejus).
→ Havendo recurso acusatório para exasperar a situação do réu (o que é legítimo),
nada impede que o órgão julgador melhore a situação do imputado (reformatio
in melius).
150
EFEITO REGRESSIVO, DIFERIDO OU ITERATIVO: alguns recursos possibilitam que o
mesmo órgão que proferiu a sentença exerça juízo de retratação sobre ela.
Exemplo: RESE, agravo em execução, carta testemunhável.
No JECRIM, da decisão que não receber a denúncia ou queixa caberá apelação no prazo
de 10 dias.
II - que CONCLUIR pela incompetência do juízo;
III - que JULGAR PROCEDENTES as exceções, a de SUSPEIÇÃO
- Quando o assunto for fiança, sempre caberá RESE por uma parte ou outra;
- Quando for prisões cautelares/antecipadas, o MP sempre terá interesse em recorrer
por RESE, porque só cabe em exemplos em que o acusado é beneficiado com a soltura.
Obs.: É claro que quando a decisão sobre a fiança for do delegado NÃO CABERÁ recurso
em sentido estrito.
VII - que JULGAR QUEBRADA a fiança ou perdido o seu valor;
VIII - que DECRETAR a prescrição ou JULGAR, por outro modo, extinta a punibilidade;
IX - que INDEFERIR o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva
da punibilidade;
X - que CONCEDER ou NEGAR a ordem de habeas corpus;
XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena;
151
XIII - que ANULAR o processo da instrução criminal, no todo ou em parte;
XIV - que INCLUIR jurado na lista geral ou desta o EXCLUIR;
XV - que DENEGAR a apelação ou a JULGAR deserta;
XVI - que ORDENAR a suspensão do processo, em virtude de questão PREJUDICIAL;
XXV - que RECUSAR homologação à proposta de acordo de não persecução penal, previsto
no art. 28-A desta Lei.
Não cabe mandado de segurança contra decisão do juiz de 1ª instância que defere ou
indefere o desbloqueio de bens e valores; cabe apelação. (STJ)
PRAZOS
RESE Interposição: 5 dias
Razões: 2 dias
APELAÇÃO Interposição: 5 dias
Razões: 8 dias
Contravenção: 3 dias para apresentar as
razões
OBS.: no JECRIM, são 10 dias totais.
EMBARGOS DECLARATÓRIOS 2 dias
CORREIÇÃO PARCIAL 5 dias
AGRAVO EM EXECUÇÃO
ROC
152
JURISPRUDÊNCIA
153
7/11/23
DIREITOS HUMANOS
DELTA
Importante: a banca VUNESP tem o padrão de cobrar a literalidade de artigos, bem como datas de
alguns documentos, apesar de ser chato, se atentem a isso.
OBS.: os trechos acima foram retirados do livro do autor André Carvalho Ramos.
JÁ CAIU (VUNESP 2019) A doutrina, ao tratar da estrutura dos Direitos Humanos, estabelece que
direito-pretensão consiste na busca de algo, gerando a contrapartida de outrem do dever de
prestar. (CORRETA)
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
154
-Declaração das Cortes de Leão 1188;
IDADE MÉDIA -Magna Carta de 1215 do Rei Joao Sem Terra: assegurava direito dos nobres
senhores feudais contra o soberano; não tinha a pretensão de proteger todos
os cidadãos, mas apenas a nobreza.
JÁ CAIU (VUNESP 2022) Um dos antecedentes históricos, como documento de proteção dos
direitos humanos, foi o Bill of Rights, que pode ser identificado como:
D) carta criada no contexto do fim da Revolução Gloriosa que limitou o poder do rei na Inglaterra,
aumentando o poder do Parlamento.
JÁ CAIU (VUNESP 2018) Esse documento histórico de remota conquista dos direitos humanos foi
editado com o escopo de assegurar a Supremacia do Parlamento sobre a vontade do Rei,
controlando e reduzindo os abusos cometidos pela nobreza em relação aos seus súditos, em
especial declarando, dentre outras conquistas, o direito de petição, eleições livres e a proibição de
fianças exorbitantes e de penas severas: The Bill of Rights, de 1689. (CORRETA)
ATENÇÃO: O documento que assegura o direito de petição é o Bill of Rights, (não o Petition of
Rights)
OBS: O nome Bill of Rights (Carta Internacional dos Direitos Humanos) também é usado para
referir-se ao conjunto de 3 documentos essenciais do Sistema Global de proteção aos direitos
humanos (Sistema ONU).
1. Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948).
2. Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos (1966).
3. Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (1966).
Significa que os direitos humanos não surgiram todos ao mesmo tempo, são
frutos de conquistas históricas; são construídos gradualmente e vão se
Historicidade
expandindo ao longo da história, devido a luta de movimentos sociais para que
se afirme a dignidade da pessoa humana.
155
Essa característica garante que os direitos humanos englobam todos os
Universalidade: indivíduos, pouco importando a nacionalidade, a cor, a opção religiosa, sexual,
política, etc.
Relatividade Essa característica vem demonstrar que os direitos humanos não são absolutos,
podendo sofrer limitações no caso de confronto com outros direitos, ou ainda,
em casos de grave crise institucional, como ocorre, por exemplo, na decretação
do Estado de Sítio.
Essencialidade Significa dizer que os direitos humanos são inerentes ao ser humano, tendo dois
aspectos, o aspecto material que representa os valores supremos do homem e
sua dignidade e o aspecto formal, isto é, assume posição normativa de
destaque.
Irrenunciabilidade Não é possível a renúncia dos direitos humanos, pois, como são direitos
inerentes à condição humana, ninguém pode abrir mão de sua própria
natureza.
Imprescritibilidade: Dito de outra forma, o decurso do tempo não atinge a pretensão de respeito
aos direitos que materializam a dignidade humana.
Inviolabilidade: Impossibilidade de desrespeito ou descumprimentos por determinações
infraconstitucionais ou por atos das autoridades públicas, sob pena de
responsabilização civil, administrativa e criminal.
Efetividade A atuação do Poder Público deve ser no sentido de garantir a efetivação dos
direitos humanos e garantias fundamentais.
Interdependência Os direitos, apesar de autônomos, possuem diversas interseções para atingirem
suas finalidades.
Inalienabilidade: Significa que os direitos humanos não são objeto de comércio e, portanto, não
podem ser alienados, transferidos.
Concorrência: Essa característica revela a possibilidade dos direitos humanos serem exercidos
concorrentemente, cumulativamente, ao mesmo tempo.
JÁ CAIU (VUNESP 2018) O Princípio da inalterabilidade estabelece que os direitos humanos não
sofrem alterações com o decurso do tempo, pois têm caráter eterno, não se ganham nem se
perdem com o tempo, são anteriores, concomitantes e posteriores aos indivíduos. (INCORRETO)
Obs.: direitos humanos são direitos históricos e sofrem influência do contexto em que são
realizados. A ideia de imutabilidade de direitos é típica do direito natural e não se coaduna com o
caráter dinâmico e inexaurível da proteção dos direitos humanos. A própria percepção das
diferentes dimensões de direitos afasta a ideia de que estes direitos "não se ganham e nem se
perdem com o tempo".
156
aplicabilidade imediata, que prevê que os direitos humanos incidem nos casos concretos, sem
qualquer lapso temporal.
JÁ CAIU (VUNESP 2019) Em Direitos Humanos, é correto afirmar que o critério da máxima
efetividade exige que a interpretação de determinado direito conduza ao maior proveito do seu
titular, com o menor sacrifício imposto aos titulares dos demais direitos em colisão. (CORRETO)
GERAÇÕES
1ª GERAÇÃO Direitos individuais com caráter negativo por exigirem diretamente uma
abstenção do Estado, seu principal destinatário Ex.: direito à vida, liberdade,
propriedade, igualdade, voto (direitos civis e políticos).
2ª GERAÇÃO Direitos de titularidade coletiva e com caráter positivo, pois exigem atuações do
Estado. Ex.: direito à saúde, educação, trabalho (direitos sociais, econômicos e
culturais).
3ª GERAÇÃO Ligados ao valor fraternidade ou solidariedade, são os relacionados ao
desenvolvimento ou progresso, ao meio ambiente, à autodeterminação dos
povos, bem como ao direito de propriedade sobre o patrimônio comum da
humanidade e ao direito de comunicação. São direitos transindividuais, em rol
exemplificativo, destinados à proteção do gênero humano.
Obs.: a proibição do retrocesso (efeito cliquet), embora teorizado para os direitos de segunda
dimensão dado o caráter progressivo de implementação, se impõe a todos os direitos humanos,
inclusive, aos direitos civis e políticos.
JÁ CAIU (VUNESP 2016) Os direitos de terceira dimensão são direitos transindividuais que
extrapolam os interesses do indivíduo, focados na proteção do gênero humano. Evidencia-se nesse
contexto a ideia de humanismo e universalidade. (CORRETO)
JÁ CAIU (VUNESP 2018) As Declarações americana (1776) e francesa (1789) são documentos
relacionados aos direitos humanos de segunda geração ou dimensão. (INCORRETO)
Obs.: Estes documentos estão relacionados à proteção de direitos civis e políticos, conhecidos
como direitos de primeira dimensão.
157
FASE DA Apreciação e aprovação pelo Poder Legislativo depois que enviado;
APROVAÇÃO NO Não há prazo para o envio e nem para a aprovação do tratado;
CONGRESSO A aprovação pelo Congresso se dá através de Decreto.
Após aprovação do Congresso por decreto, o Presidente ratifica o tratado;
A ratificação é a confirmação formal do tratado pelo Estado;
FASE DA A partir desse momento, o Brasil está obrigado no plano internacional;
RATIFICAÇÃO Entretanto, para que estejamos obrigados no plano interno, é necessária
promulgação de um decreto presidencial.
FASE DO DECRETO Presidente promulga, por decreto, o tratado;
PRESIDENCIAL Garante a publicidade do tratado;
Brasil se obriga no plano interno a partir dessa fase.
→ STF adota a teoria do DUPLO ESTATUTO, quando existente conflito sobre a natureza jurídica
e a hierarquia normativa dos tratados internacionais no ordenamento jurídico brasileiro.
Como exposto, o STF divide os tratados em normas supralegais e tratados com status de
emenda constitucionais. Ou seja, defende dois tipos distintos de incorporação para os
tratados internacionais de direitos humanos.
JÁ CAIU (VUNESP 2019) A “Teoria do Duplo Estatuto” dos tratados de Direitos Humanos, adotada
pelo Supremo Tribunal Federal e por parte da doutrina, consiste em conferir natureza
constitucional aos tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem
aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
respectivos membros, e natureza supralegal a todos os demais, anteriores ou posteriores à
emenda constitucional que estabeleceu o rito do art. 5° , § 3° , e que tenham sido aprovados pelo
rito comum. (CORRETA)
158
que seja considerado como um, já que foram aprovados pelos mesmos decretos legislativo e
presidencial. Fique atento ao comando da questão.
PRINCIPAIS CONFERÊNCIAS
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), adotada pela Assembleia Geral das
Nações Unidas em dezembro de 1948, difere de um tratado convencional, sendo, em vez disso, uma
Resolução. Portanto, formalmente, ela não impõe obrigações vinculativas da mesma maneira que
um tratado devidamente ratificado o faria. No entanto, sua imensa relevância no que diz respeito ao
reconhecimento e proteção dos direitos humanos é inegável.
Ainda, é responsável pelo marco de universalização dos direitos humanos, se trata de um
documento de irradiação e convergência de outros documentos internacionais, é formado por:
→ Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948).
→ Pacto Internacional dos Diretos Civis e Políticos (1966).
→ Pacto Internacional dos Diretos Econômico, Social e Cultural (1966).
Obs.: parte da doutrina considera que a DUDH atingiu o status de jus cogens (direito internacional
cogente), o que significa que nenhum Estado pode alegar isenção de seu cumprimento. No entanto,
é crucial destacar que essa posição é objeto de controvérsia e não é adotada em provas objetivas da
VUNESP.
159
JÁ CAIU (VUNESP 2018) Na visão majoritária da doutrina, a Declaração Universal dos Direitos
Humanos não é um tratado internacional, no sentido formal, e, apesar de orientar as relações
sociais no âmbito da proteção da dignidade da pessoa humana, não possui, em si, força vinculante.
(CORRETA)
Artigo 26: Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus
elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional
será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.
Responsável por inaugurar o sistema global de proteção dos direitos previsto na DUDH, que
vieram a ser ampliados posteriormente.
ATENÇÃO: não confundir com a carta da ONU (tratado que criou a ONU), de 1945.
A carta internacional foi finalizada em 1966 e criou dois tratados: Pacto Internacional sobre
os Direitos Civis e Políticos (PIDCP) e Pacto Internacional sobre os Direitos Econômicos Sociais e
Culturais (PIDESC – 1966).
ATENÇÃO: O Comitê de Direitos Humanos foi criado pelo Pacto Internacional de Direitos Civis e
Políticos.
ARTIGO 6 (...) 3. Quando a privação da vida constituir crime de genocídio, entende-se que nenhuma
disposição do presente artigo autorizará qualquer Estado Parte do presente Pacto a eximir-se, de
modo algum, do cumprimento de qualquer das obrigações que tenham assumido em virtude das
disposições da Convenção sobre a Prevenção e a Punição do Crime de Genocídio.
4. Qualquer condenado à morte terá o direito de pedir indulto ou comutação da pena. A anistia, o
indulto ou a comutação da pena poderá ser concedido em todos os casos.
160
5. A pena de morte não deverá ser imposta em casos de crimes cometidos por pessoas menores de
18 anos, nem aplicada a mulheres em estado de gravidez.
6. Não se poderá invocar disposição alguma do presente artigo para retardar ou impedir a abolição
da pena de morte por um Estado Parte do presente Pacto.
ARTIGO 7 Ninguém poderá ser submetido à tortura, nem a penas ou tratamento cruéis, desumanos
ou degradantes. Será proibido sobretudo, submeter uma pessoa, sem seu livre consentimento, a
experiências médias ou cientificas.
ARTIGO 8
1. Ninguém poderá ser submetido à escravidão; a escravidão e o tráfico de escravos, em todos as
suas formas, ficam proibidos.
2. Ninguém poderá ser submetido à servidão.
3. a) Ninguém poderá ser obrigado a executar trabalhos forçados ou obrigatórios;
b) A alínea a) do presente parágrafo não poderá ser interpretada no sentido de proibir, nos países
em que certos crimes sejam punidos com prisão e trabalhos forçados, o cumprimento de uma pena
de trabalhos forçados, imposta por um tribunal competente;
c) Para os efeitos do presente parágrafo, não serão considerados "trabalhos forçados ou
obrigatórios":
i) qualquer trabalho ou serviço, não previsto na alínea b) normalmente exigido de um indivíduo que
tenha sido encarcerado em cumprimento de decisão judicial ou que, tendo sido objeto de tal decisão,
ache-se em liberdade condicional;
ii) qualquer serviço de caráter militar e, nos países em que se admite a isenção por motivo de
consciência, qualquer serviço nacional que a lei venha a exigir daqueles que se oponham ao serviço
militar por motivo de consciência;
iii) qualquer serviço exigido em casos de emergência ou de calamidade que ameacem o bem-estar
da comunidade;
iv) qualquer trabalho ou serviço que faça parte das obrigações cívicas normais.
PROIBIÇÃO DA PENA DE MORTE
Pacto Internacional dos Direitos Civis e Pacto de San Jose da Costa Rica (1969):
Políticos (1966):
Menor de 18 anos Menor de 18 anos
Grávidas Maior de 70 anos
Grávidas
161
ARTIGO 2 Cada Estado Parte do presente Pacto compromete-se a adotar medidas, tanto por esforço
próprio como pela assistência e cooperação internacionais, principalmente nos planos econômico e
técnico, até o máximo de seus recursos disponíveis, que visem a assegurar, progressivamente, por
todos os meios apropriados, o pleno exercício dos direitos reconhecidos no presente Pacto,
incluindo, em particular, a adoção de medidas legislativas.
ARTIGO 9 Os Estados Partes do presente Pacto reconhecem o direito de toda pessoa à previdência
social, inclusive ao seguro social.
ARTIGO 13 Os Estados Partes do presente Pacto comprometem-se a respeitar a liberdade dos pais e,
quando for o caso, dos tutores legais de escolher para seus filhos escolas distintas daquelas criadas
pelas autoridades públicas, sempre que atendam aos padrões mínimos de ensino prescritos ou
aprovados pelo Estado, e de fazer com que seus filhos venham a receber educação religiosa ou moral
que esteja de acordo com suas próprias convicções.
JÁ CAIU (VUNESP 2022) No tocante ao direito de liberdade, o Pacto Internacional dos Direitos Civis e
Políticos estabelece que ninguém poderá ser preso apenas por não poder cumprir com uma obrigação
contratual. (CORRETA)
JÁ CAIU (VUNESP 2022) Instrumento por meio do qual os Estados Partes das Nações Unidas que
aderirem e ratificarem assumem o compromisso de respeitar e garantir a todos os indivíduos que se
achem em seu território e que estejam sujeitos a sua jurisdição os direitos reconhecidos, sem
discriminação alguma por motivo de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra
natureza, origem nacional ou social, situação econômica, nascimento ou qualquer condição.
O instrumento reconhece o direito à vida; a não ser submetido à tortura ou penas ou tratamento
cruéis, desumanos ou degradantes; a não ser submetido à escravidão e ao tráfico de escravos; à
liberdade e segurança pessoal; à livre circulação; à igualdade perante tribunais e cortes de justiça; à
liberdade de pensamento, de consciência e de religião e de expressão; entre outros. A primeira parte
do documento é constituída por apenas um artigo que se refere ao Direito à Autodeterminação. Na
segunda parte, fala-se de como os Estados aplicarão o instrumento. Na terceira parte, encontra-se o
elenco dos direitos. Estes são os chamados “direitos de primeira geração”, ou seja, as liberdades
individuais e garantias procedimentais de acesso à justiça e participação política. Na quarta parte,
prevê-se a instituição do Comitê dos Direitos do Homem. Por último, na quinta parte, dispõe-se regras
de interpretação; e, na sexta parte, regras sobre a entrada em vigor e vinculação dos Estados.
É correto afirmar que o enunciado refere-se: ao Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos.
(CORRETA)
162
ESTATUTO DE ROMA E TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL
JÁ CAIU (VUNESP 2018) Segundo o Estatuto de Roma, o Tribunal Penal Internacional exercerá a
sua jurisdição em relação aos crimes nele previstos por iniciativa de denúncia do próprio Estado-
Parte ou do Conselho de Segurança da ONU e por meio de inquérito do Procurador do Tribunal.
(CORRETA)
Conceito de genocídio (art. 2º): Na presente Convenção, entende-se por genocídio qualquer dos
seguintes atos, cometidos com a intenção de destruir no todo ou em parte, um grupo nacional,
étnico, racial ou religioso, como tal:
a) matar membros do grupo;
b) causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo;
163
c) submeter intencionalmente o grupo a condição de existência capazes de ocasionar-lhe a
destruição física total ou parcial;
d) adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio de grupo;
e) efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo.
SISTEMA INTERAMERICANO
COMISSÃO INTERAMERICANA
→ Criada pela Carta da OEA;
→ A partir do Pacto de San José a Comissão passou a ter um caráter/papel dúplice. Inicialmente,
na Carta da OEA, a Comissão tinha um papel executivo, e, após o Pacto, passou a ter a função
de juízo prévio (juízo de delibação, de admissibilidade) dos casos que pretendem ir à Corte;
→ Deve estar presente em todos os casos perante a Corte, pois exerce papel de custos legis;
→ Medidas liminares (medidas cautelares) expedidas pela Comissão IDH, por ausência de
previsão normativa, são interpretadas como recomendações (não têm força vinculante);
→ Composta por 7 membros: mandato de 4 anos, com direito a uma reeleição. Todavia, 3 deles
(por sorteio), terão mandato de apenas dois anos;
→ Pessoas de alta autoridade moral e de reconhecido saber em matéria de Direitos Humanos (A
escolha é feita a partir de propostas de candidatos enviadas pelos Governos que compõem a
OEA);
→ Não pode compor a comissão mais de um nacional do mesmo Estado;
→ Recebe petições de vítimas, de terceiros, ONGs e de Estados.
JÁ CAIU (VUNESP 2018) A respeito da Comissão Interamericana dos Direitos Humanos, é correto
afirmar que após a primeira eleição da Comissão, a duração do mandato dos seus membros será
de 4 anos e poderão ser reeleitos por uma só vez. (CORRETO)
JÁ CAIU (VUNESP 2018) a Comissão é órgão auxiliar da ONU e tem como função primordial a
supervisão das obrigações dos Estados em virtude da Convenção Americana sobre Direitos
Humanos. (INCORRETO)
Obs.: A Comissão é órgão autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA) e não da ONU.
164
atuam a título individual, os quais não representam nenhum país em particular, sendo eleitos pela
Assembleia Geral da OEA. Entre suas competências está receber, analisar e investigar petições,
realizar visitas in loco, fazer recomendações aos Estados membros, apresentar casos à jurisdição
da Corte Interamericana, solicitar opiniões consultivas à Corte Interamericana, realizar e publicar
estudos sobre diferentes temas. É correto afirmar que o enunciado se refere:
CORTE INTERAMERICANA
Quais os requisitos de admissibilidade para que uma petição seja admitida pela Comissão?
OBS: esses dois requisitos de esgotamento de recursos internos e prazos não serão exigidos quando
a legislação interna não assegurar o direito ao devido processo legal, quando o peticionante não teve
165
acesso aos recursos da jurisdição interna ou foi impedido de esgotá-los, ou então quando houver
demora injustificada na decisão sobre os mencionados recursos.
Para evitar danos irreparáveis às pessoas, a Corte, nos casos sob seu
Casos de gravidade conhecimento, poderá diretamente tomar as medidas provisórias pertinentes.
e urgência Se o caso ainda não chegou à sua competência, poderá assim atuar a pedido
da Comissão. A Comissão pode também editar medidas liminares, mas essas
são entendidas como recomendações.
JÁ CAIU (VUNESP 2018) Os juízes da Corte Interamericana serão eleitos para um mandato de seis
anos e só poderão ser reeleitos uma vez. Na hipótese de um dos juízes concluir o seu mandato,
mas ainda ter casos sob seu exame que se encontrem em fase de sentença, o Estatuto da Corte
estabelece que o juiz continuará conhecendo desses casos a que se tiver dedicado, para cujo efeito
não será substituído pelo novo juiz eleito. (CORRETO)
166
JÁ CAIU (VUNESP 2022) É um instrumento internacional entre os países-membros da Organização
dos Estados Americanos (OEA) e que foi subscrito durante a Conferência Especializada
Interamericana de Direitos Humanos, em 22 de novembro de 1969. Entrou em vigor em 18 de
julho de 1978, sendo atualmente uma das bases do sistema interamericano de proteção dos
Direitos Humanos. Consagra diversos direitos civis e políticos, entre outros, o direito ao
reconhecimento da personalidade jurídica, o direito à vida, à integridade pessoal, à liberdade
pessoal e garantias judiciais, à proteção da honra e reconhecimento à dignidade, à liberdade
religiosa e de consciência, à liberdade de pensamento e de expressão, e o direito de livre
associação. É correto afirmar que o enunciado refere-se:
D) à Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica).
-Em nenhum caso pode a pena de morte ser aplicada a delitos políticos, nem a
delitos comuns conexos com delitos políticos.
-Nos países que não houverem abolido a pena de morte, esta só poderá ser
imposta pelos delitos mais graves, em cumprimento de sentença final de tribunal
competente e em conformidade com a lei que estabeleça tal pena, promulgada
PACTO DE antes de haver o delito sido cometido. Tampouco se estenderá sua aplicação a
SAN JOSÉ DA delitos aos quais não se aplique atualmente.
COSTA RICA -Não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados que a hajam abolido.
(Convenção - Não se deve impor a pena de morte a pessoa que, no momento da perpetração
Americana do delito, for menor de dezoito anos, ou maior de setenta, nem aplicá-la a mulher
de Direitos em estado de gravidez.
Humanos) - Toda pessoa condenada à morte tem direito a solicitar anistia, indulto ou
comutação da pena, os quais podem ser concedidos em todos os casos. Não se
pode executar a pena de morte enquanto o pedido estiver pendente de decisão
ante a autoridade competente.
- As penas privativas de liberdade devem ter por finalidade essencial a reforma e a
readaptação social dos condenados.
- Toda pessoa tem o direito de buscar e receber asilo em território estrangeiro, em
caso de perseguição por delitos políticos ou comuns conexos com delitos políticos,
de acordo com a legislação de cada Estado e com as Convenções internacionais.
- Os processados devem ficar separados dos condenados, salvo em circunstâncias
excepcionais, e devem ser submetidos a tratamento adequado à sua condição de
pessoas não condenadas.
- Toda pessoa presa, detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, à presença
de um juiz ou outra autoridade autorizada por lei a exercer funções judiciais e tem
o direito de ser julgada em prazo razoável ou de ser posta em liberdade, sem
prejuízo de que prossiga o processo. Sua liberdade pode ser condicionada a
garantias que assegurem o seu comparecimento em juízo.
- Ninguém poderá ser submetido a escravidão ou servidão e tanto estas como o
tráfico de escravos e o tráfico de mulheres são proibidos em todas as suas formas.
- Ninguém deve ser constrangido a executar trabalho forçado ou obrigatório. Nos
países em que se prescreve, para certos delitos, pena privativa de liberdade
167
acompanhada de trabalhos forçados, esta disposição não pode ser interpretada no
sentido de proibir o cumprimento da dita pena, imposta por um juiz ou tribunal
competente. O trabalho forçado não deve afetar a dignidade, nem a capacidade
física e intelectual do recluso.
JÁ CAIU (VUNESP 2021) No que concerne ao tema “Garantias Judiciais” do Pacto de São José
(artigo 8), a sentença condenatória não se pode fundar, unicamente, na confissão (INCORRETO)
Obs.: A previsão do art. 8.3 é que "a confissão do acusado só é válida se feita sem coação de
nenhuma natureza", não havendo restrições sobre a sentença condenatória basear-se
exclusivamente nela, caso este requisito essencial seja atendido.
JÁ CAIU (VUNESP 2022) No que concerne ao tema “Direito à Liberdade Pessoal”, do Pacto de São
José (art. 7), é correto afirmar que toda pessoa detida deve ser conduzida, sem demora, à presença
de um juiz ou de outra autoridade autorizada pela lei a exercer funções judiciais (5). (CORRETA)
JÁ CAIU (VUNESP 2018) A Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de San José da
Costa Rica) dispõe a respeito dos trabalhos forçados dos presos que: não são assim considerados
quando exigidos do preso em cumprimento de sentença judicial. (CORRETO)
Obs.: Não constituem trabalhos forçados ou obrigatórios para os efeitos deste artigo:
a) os trabalhos ou serviços normalmente exigidos de pessoal reclusa em cumprimento de sentença
ou resolução formal expedida pela autoridade judiciária competente. Tais trabalhos ou serviços de
devem ser executados sob a vigilância e controle das autoridades públicas, e os indivíduos que os
executarem não devem ser postos à disposição de particulares, companhias ou pessoas jurídicas
de caráter privado;
b) o serviço militar e, nos países onde se admite a isenção por motivos de consciências, o serviço
nacional que a lei estabelecer em lugar daquele;
c) o serviço imposto em casos de perigo ou calamidade que ameace a existência ou o bem-estar
da comunidade; e
d) o trabalho ou serviço que faça parte das obrigações cívicas normais”.
JÁ CAIU (VUNESP 2018) O Pacto de São José da Costa Rica estipula que os Estados-Partes podem
suspender as obrigações contraídas em virtude do referido Pacto, como por exemplo em situação
de guerra, perigo público, ou de outra emergência que ameace a sua independência ou sua
168
segurança. Dentre os direitos que podem ser suspensos nessas hipóteses, está o Direito de
Circulação. (CORRETO)
Obs.: Direitos que NÃO podem ser suspensos durante guerra, perigo público ou outra ameaças:
a) direito ao reconhecimento da personalidade jurídica
b) direito à vida
c) direito à integridade pessoal
d) proibição da escravidão e da servidão
e) princípio da legalidade e da retroatividade
f) liberdade de consciência e religião
g) proteção da família
h) direito ao nome
i) direitos da criança
j) direito à nacionalidade
k) direitos políticos, nem das garantias indispensáveis para a proteção de tais direitos.
MINORIAS
Para Mazuolli: “são grupos de pessoas que não tem a mesma representação política que os demais
cidadãos de um Estado ou, ainda, que sofrem histórica e crônica discriminação por guardarem
entre si características essenciais à sua personalidade que demarcam a sua singularidade no meio
social, tais como etnia, nacionalidade, língua, religião ou condição pessoal”. São pessoas
consideradas “diferentes” dos demais, dentro de um Estado. Por exemplo: quilombolas, indígenas,
ciganos, praticantes do candomblé, populações ribeirinhas (...)
-Existência de grupos que se distinguem do restante da população, por características
étnicas, religiosas ou linguísticas estáveis;
Critérios -Esses grupos não constituem a maioria da população;
objetivos -São grupos que não exercem poder na sociedade;
-Discriminadores e discriminados devem pertencer ao mesmo Estado.
Critério -Desejo de preservação da identidade cultural pelo grupo.
subjetivo
GRUPOS VULNERÁVEIS
Para Mazuolli: “são coletividades mais amplas de pessoas que, apesar de não pertencerem
propriamente às minorias, eis que não possuidoras de uma identidade coletiva específica,
necessitam, não obstante, de proteção especial em razão de sua fragilidade ou indefensabilidade”.
Temos como exemplos: idosos, mulheres, crianças, pessoas em situação de rua, LGBTQIA+, etc.”
ATENÇÃO: Minorias é sinônimo de grupo vulnerável? NÃO, mas minorias também podem fazer
parte de grupos vulneráveis.
169
→ A carta internacional de Direitos Humanos foi o marco do processo de proteção internacional
e, a partir dela, várias declarações e convenções foram elaboradas acrescentando outros
direitos, assim como o conceito de titular de direitos passou a abarcar não somente o
indivíduo, mas os grupos vulneráveis.
REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DOS PRESOS (REGRAS DE
MANDELA)
→ Se trata de regras soft low, são normas não vinculantes de Direito Internacional, nesse
sentido, os Estados membros não são obrigados a se adaptarem para a aplicação dessas
regras.
→ Tem como objetivo estabelecer princípios e práticas para serem utilizadas em
estabelecimentos prisionais.
Regra 39 1. Nenhum preso pode ser punido, exceto com base nas disposições legais ou
regulamentares referidas na Regra 37 e nos princípios de justiça e de devido processo legal; e jamais
será punido duas vezes pela mesma infração.
170
2. As administrações prisionais devem assegurar a proporcionalidade entre a sanção disciplinar e a
infração para a qual foi estabelecida e devem manter registros apropriados de todas as sanções
disciplinares impostas.
3. Antes de impor uma sanção disciplinar, os administradores devem levar em consideração se e
como uma eventual doença mental ou incapacidade de desenvolvimento do preso possa ter
contribuído para sua conduta e o cometimento de infração ou ato que fundamentou a sanção
disciplinar. Os administradores prisionais não devem punir qualquer conduta do preso que seja
considerada resultado direto de sua doença mental ou incapacidade intelectual.
Regra 52 1. Revistas íntimas invasivas, incluindo o ato de despir e de inspecionar partes íntimas do
corpo, devem ser empreendidas apenas quando forem absolutamente necessárias. As
administrações prisionais devem ser encorajadas a desenvolver e utilizar outras alternativas
apropriadas ao invés de revistas íntimas.
2. As revistas das partes íntimas serão conduzidas apenas por profissionais de saúde qualificados,
que não sejam os principais responsáveis pela atenção à saúde do preso, ou, no mínimo, por pessoal
apropriadamente treinado por profissionais da área médica nos padrões de higiene, saúde e
segurança.
JÁ CAIU (VUNESP 2018) Nos moldes das Regras Mínimas das Nações Unidas para o Tratamento dos
Presos (Regras de Mandela), na hipótese de haver uma presa em estado de gravidez ou com filhos em
determinado estabelecimento prisional, os exames pré e pós-natais não devem ser realizados no
próprio estabelecimento prisional, devendo a presa ser conduzida a hospital ou clínica especializada
sempre que necessitar. (INCORRETA)
Obs.: Regra 28 Nas unidades prisionais femininas, deve haver acomodação especial para todas as
necessidades de cuidado e tratamento pré e pós-natais. Devem-se adotar procedimentos específicos
para que os nascimentos ocorram em um hospital fora da unidade prisional. Se a criança nascer na
unidade prisional, este fato não deve constar de sua certidão de nascimento.
JÁ CAIU (VUNESP 2018) Nos moldes das Regras Mínimas das Nações Unidas para o Tratamento dos
Presos (Regras de Mandela), na hipótese de haver uma presa em estado de gravidez ou com filhos em
determinado estabelecimento prisional, providências devem ser tomadas para garantir creches
internas ou externas dotadas de pessoal qualificado, onde as crianças poderão ser deixadas quando
não estiverem sob o cuidado de seu pai ou sua mãe. (CORRETA)
Obs.: Regra 29 1. A decisão de permitir uma criança de ficar com seu pai ou com sua mãe na unidade
prisional deve se basear no melhor interesse da criança. Nas unidades prisionais que abrigam filhos
de detentos, providências devem ser tomadas para garantir: (a) creches internas ou externas dotadas
de pessoal qualificado, onde as crianças poderão ser deixadas quando não estiverem sob o cuidado
de seu pai ou sua mãe. (b) Serviços de saúde pediátricos, incluindo triagem médica, no ingresso e
monitoramento constante de seu desenvolvimento por especialistas. 2. As crianças nas unidades
prisionais com seu pai ou sua mãe nunca devem ser tratadas como presos.
171
REGRAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE MULHERES PRESAS E MEDIDAS NÃO
PRIVATIVAS DE LIBERDADE PARA MULHERES INFRATORAS (REGRAS DE BANGKOK).
ATENÇÃO: o trabalho dos especialistas foi realizado em Bangkok entre 23 e 26 de novembro de 2009,
mas a APROVAÇÃO ocorreu por meio da resolução n. 65/229 de 21 de dezembro de 2010.
Artigos relevantes:
-Mulheres presas deverão permanecer, na medida do possível, em prisões próximas ao seu meio
familiar ou local de reabilitação social, considerando suas responsabilidades como fonte de cuidado,
assim como sua preferência pessoal e a disponibilidade de programas e serviços apropriados.
-Se a mulher presa for acompanhada de criança, esta também deverá passar por exame médico,
preferencialmente por um pediatra, para determinar eventual tratamento ou necessidades médicas.
Deverá ser oferecido atendimento médico adequado, no mínimo equivalentes ao disponível na
comunidade.
-Instrumentos de contenção jamais deverão ser usados em mulheres em trabalho de parto, durante
o parto e nem no período imediatamente posterior.
-As autoridades penitenciárias concederão às presas, da forma mais abrangente possível, opções
como saídas temporárias, regime prisional aberto, albergues de transição e programas e serviços
comunitários, com o intuito de facilitar sua transição da prisão para a liberdade, reduzir o estigma e
restabelecer contato com seus familiares o mais cedo possível.
-Penas não privativas de liberdade para as mulheres gestantes e mulheres com filhos/as dependentes
serão preferidas sempre que for possível e apropriado, sendo a pena de prisão considerada apenas
quando o crime for grave ou violento ou a mulher representar ameaça continua, sempre velando
172
pelo melhor interesse do/a filho/a ou filhos/as e assegurando as diligências adequadas para seu
cuidado.
Art.3 Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei só́ podem empregar a força quando
estritamente necessária e na medida exigida para o cumprimento do seu dever.
Art. 4 Os assuntos de natureza confidencial em poder dos funcionários responsáveis pela aplicação
da lei devem ser mantidos confidenciais, a não ser que o cumprimento do dever ou necessidade de
justiça estritamente exijam outro comportamento.
Art. 5 Nenhum funcionário responsável pela aplicação da lei pode infligir, instigar ou tolerar qualquer
ato de tortura ou qualquer outro tratamento ou pena cruel, desumano ou degradante, nem nenhum
destes funcionários pode invocar ordens superiores ou circunstâncias excepcionais, tais como o
estado de guerra ou uma ameaça de guerra, ameaça à segurança nacional, instabilidade política
interna ou qualquer outra emergência pública, como justificativa para torturas ou outros
tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes.
-Nos casos em que se considere apropriado e na medida em que seja permitido pelo seu
direito interno, cada Estado Parte protegerá a privacidade e a identidade das vítimas de
173
tráfico de pessoas, incluindo, entre outras (ou inter alia), a confidencialidade dos
procedimentos judiciais relativos a esse tráfico.
ASSISTÊNCIA E -Cada Estado Parte terá em conta, ao aplicar as disposições do presente Artigo, a idade,
PROTEÇÃO ÀS o sexo e as necessidades específicas das vítimas de tráfico de pessoas, designadamente
VÍTIMAS as necessidades específicas das crianças, incluindo o alojamento, a educação e cuidados
adequados.
-Cada Estado Parte envidará esforços para garantir a segurança física das vítimas de
tráfico de pessoas enquanto estas se encontrarem no seu território.
-Cada Estado Parte assegurará que o seu sistema jurídico contenha medidas que
ofereçam às vítimas de tráfico de pessoas a possibilidade de obterem indenização pelos
danos sofridos.
JÁ CAIU (VUNESP 2018) Cada Estado-Parte, ao aplicar as disposições sobre assistência e proteção das
vítimas de tráfico de pessoas, não poderá fazer distinção quanto à idade, ao sexo ou às suas necessidades
específicas. (INCORRETO)
Obs.: Cada Estado Parte terá em conta, ao aplicar as disposições do presente Artigo, a idade, o sexo e as
necessidades específicas das vítimas de tráfico de pessoas, designadamente as necessidades específicas
das crianças, incluindo o alojamento, a educação e cuidados adequados.
174
pessoas por serem diferentes ou contrárias. Pode manifestar-se como a
Intolerância marginalização e a exclusão de grupos em condições de vulnerabilidade da
participação em qualquer esfera da vida pública ou privada ou como violência
contra esses grupos.
JÁ CAIU (VUNESP 2023) as ações afirmativas, adotadas com a finalidade de assegurar o gozo
ou exercício, em condições de igualdade, de um ou mais direitos humanos e liberdades
fundamentais de grupos que requeiram essa proteção, não constituirão discriminação, desde
que não levem à manutenção de direitos separados para grupos diferentes, ainda que se
perpetuem, uma vez alcançados seus objetivos. (INCORRETA)
175
Denúncia: Esta Convenção permanecerá em vigor indefinidamente, mas qualquer Estado Parte
poderá denunciá-la mediante notificação por escrito dirigida ao Secretário-Geral da Organização
dos Estados Americanos. Os efeitos da Convenção cessarão para o Estado que a denunciar um ano
após a data de depósito do instrumento de denúncia, permanecendo em vigor para os demais
Estados Partes. A denúncia não eximirá o Estado Parte das obrigações a ele impostas por esta
Convenção com relação a toda ação ou omissão anterior à data em que a denúncia produziu efeito.
ITEM 1: O termo “vítimas” designa as pessoas que, individual ou coletivamente, tenham sofrido um
dano, nomeadamente um dano físico ou mental, um sofrimento emocional, um prejuízo econômico
ou um atentado importante aos seus direitos fundamentais, em resultado de atos ou omissões que
violem as leis penais em vigor nos Estados Membros, incluindo as leis que criminalizam o abuso de
poder.
ITEM 2: Uma pessoa pode ser considerada "vítima", ao abrigo da presente Declaração,
independentemente do facto de o autor ter ou não sido identificado, capturado, acusado ou
condenado e qualquer que seja a relação de parentesco entre o autor e a vítima. O termo “vítima”
inclui também, sendo caso disso, os familiares próximos ou dependentes da vítima direta e as pessoas
que tenham sofrido danos ao intervir para prestar assistência a vítimas em perigo ou para impedir a
vitimização.
ITEM 10: Em caso de danos ambientais importantes, a reparação, se ordenada, deve incluir, tanto
quanto possível, a reabilitação do meio ambiente, a reconstrução de infraestruturas, a substituição
de equipamentos coletivos e o reembolso das despesas de reinstalação, sempre que tais danos
impliquem a deslocação de uma comunidade.
ITEM 11. Caso funcionários públicos ou outros agentes atuando a título oficial ou quase oficial violem
a legislação penal nacional, as vítimas devem ser ressarcidas pelo Estado cujos funcionários ou
agentes tenham sido responsáveis pelo dano sofrido. Caso o Governo sob cuja autoridade se verificou
o ato ou a omissão que deu origem à vitimização já́ não exista, o Estado ou Governo sucessor deve
garantir a reparação das vítimas.
Definição de - Pessoa que temendo ser perseguida por motivos de raça, religião,
refugiado nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas.
- Quem se encontre fora do país de sua nacionalidade.
176
- Quem não tem nacionalidade, se encontra fora do país que residia
habitualmente.
- Em qualquer caso, não pode voltar ao seu país ou devido ao temor sofrido não
quer voltar.
Mais de uma - Será levado em conta cada país de sua nacionalidade, ou seja, se ela tem duas
nacionalidade nacionalidades é considera refugiada se estiver em um terceiro país que não
tenha nacionalidade.
ASILO REFÚGIO
Motivado por perseguições baseadas em crimes Se relaciona com uma perseguição por motivos
de natureza política ou ideológica (ligado a um de raça, religião ou de nacionalidade, grupo
indivíduo). social ou opinião política (ligado à coletividade).
Instituto jurídico regional: América Latina. Instituto jurídico de caráter universal.
Pode ser solicitado dentro do próprio país de É admitido quando estiver fora de seu país.
origem.
Asilo diplomático: estrangeiro pede asilo a
embaixada brasileira;
Asilo territorial: requerente se encontra em
território nacional.
Semelhanças:
- Tem a finalidade de proteger a pessoa vitimada por perseguições.
- Não há obrigatoriedade de o estado conceder asilo ou refúgio.
- Não estão sujeitos à reciprocidade.
- Protegem indivíduos independente de sua nacionalidade.
177
Cessará a - Aquele voltar a valer-se da proteção do país de que é nacional.
condição de - Aquele que recuperar voluntariamente a nacionalidade outrora perdida.
Refugiado - Quem adquirir nova nacionalidade e gozar da proteção do país cuja
nacionalidade adquiriu.
- Aquele que estabelecer-se novamente, de maneira voluntária, no país que
abandonou ou fora do qual permaneceu por medo de ser perseguido.
- Quem não puder mais continuar a recusar a proteção do país de que é nacional
por terem deixado de existir as circunstâncias em consequência das quais foi
reconhecido como refugiado.
- O apátrida que estiver em condições de voltar ao país no qual tinha sua
residência habitual, uma vez que tenham deixado de existir as circunstâncias
em consequência das quais foi reconhecido como refugiado
Perderá a - A renúncia.
condição de - Quando ocorrer a prova da falsidade dos fundamentos invocados para o
Refugiado reconhecimento da condição de refugiado ou a existência de fatos que, se
fossem conhecidos quando do reconhecimento, teriam ensejado uma decisão
negativa.
- Quando praticar de atividades contrárias à segurança nacional ou à ordem
pública.
- A saída do território nacional sem prévia autorização do Governo brasileiro.
ARTIGO 2 Para os efeitos desta Convenção, entender-se-á por tortura todo ato pelo qual são
infligidos intencionalmente a uma pessoa penas ou sofrimentos físicos ou mentais, com fins de
investigação criminal, como meio de intimidação, como castigo pessoal, como medida preventiva,
como pena ou com qualquer outro fim. Entender-se-á também como tortura a aplicação, sobre uma
pessoa, de métodos tendentes a anular a personalidade da vítima, ou a diminuir sua capacidade física
ou mental, embora não causem dor física ou angústia psíquica.
Não estarão compreendidos no conceito de tortura as penas ou sofrimentos físicos ou mentais que
sejam unicamente consequência de medidas legais ou inerentes a elas, contato que não incluam a
realização dos atos ou aplicação dos métodos a que se refere este Artigo.
178
CONVENÇÃO INTERAMERICANA CONTRA A CORRUPÇÃO - TRATADO DE MÉRIDA
→ É tratado que visa o a cooperação internacional quanto ao combate à corrupção,
demonstrando o mínimo que os Estados podem fazer par alcançar tal objetivo.
→ Também visa a informação pública, adotando medidas para que aumentem a transparência.
No Brasil, foi criado portal da transparência permitindo o acompanhamento de programas e
ações. Até mesmo o portal de transparência em relação ao subsídio dos funcionários públicos,
sendo assim, atendendo a essa orientação.
Artigo 12 - Setor Privado Cada Estado Parte, em conformidade com os princípios fundamentais de
sua legislação interna, adotará medidas para prevenir a corrupção e melhorar as normas contábeis e
de auditoria no setor privado, assim como, quando proceder, prever sanções civis, administrativas
ou penais eficazes, proporcionadas e dissuasivas em caso de não cumprimento dessas medidas.
→ Prevê a penalização e aplicação da lei, expondo algumas ações para que cada Estado Parte
possa adotar, qualificando delitos e culminando penas. Por exemplo, medidas contra o
suborno de funcionários públicos nacionais ou estrangeiros. Medidas relativas ao desvio de
bens, como peculato, apropriação indébita. Bem como o tráfico de influência, abuso de
funções e o enriquecimento ilícito.
179
→ A declaração do Defensores de Direitos Humanos foi aprovada em 1998 pela Assembleia
Geral da ONU, se trata de uma recomendação, logo tem natureza jurídica de soft low.
Artigo 1.º Todas as pessoas têm o direito, individualmente e em associação com outras, de promover
e lutar pela proteção e realização dos direitos humanos e das liberdades fundamentais a nível
nacional e internacional.
Artigo 2.º 1. Cada Estado tem a responsabilidade e o dever primordiais de proteger, promover e
tornar efetivos todos os direitos humanos e liberdades fundamentais, nomeadamente através da
adoção das medidas necessárias à criação das devidas condições nas áreas social, económica, política
e outras, bem como das garantias jurídicas que se impõem para assegurar que todas as pessoas sob
a sua jurisdição, individualmente e em associação com outras, possam gozar na prática esses direitos
e liberdades.
Artigo 5.º A fim de promover e proteger os direitos humanos e liberdades fundamentais, todos têm
o direito, individualmente e em associação com outros, a nível nacional e internacional:
a) De se reunir ou manifestar pacificamente;
b) De constituir organizações, associações ou grupos não governamentais, de aderir aos mesmos e
de participar nas respectivas atividades;
c) De comunicar com organizações não governamentais ou intergovernamentais.
Artigo 7.º Todos têm o direito, individualmente e em associação com outros, de desenvolver e
debater novas ideias e princípios no domínio dos direitos humanos e de defender a sua aceitação.
Artigo 8.º 1. Todos têm o direito, individualmente e em associação com outros, de ter acesso efetivo,
numa base não discriminatória, à participação no governo do seu país e na condução dos negócios
públicos
Artigo 15.º O Estado tem o DEVER de promover e facilitar a educação em matéria de direitos
humanos e liberdades fundamentais em todos os níveis do ensino e de garantir que todos os
responsáveis pela formação dos juristas, funcionários responsáveis pela aplicação da lei, pessoal das
forças armadas e funcionários públicos incluem elementos adequados para o ensino dos direitos
humanos nos programas de formação destinados a estes grupos profissionais.
180
→ Formado por 6 eixos orientadores, 25 diretrizes, 82 objetivos estratégicos e 521 linhas de
ações.
181
c) Diretriz 20: Reconhecimento da educação não formal como espaço de
defesa e promoção dos Direitos Humanos.
d) Diretriz 21: Promoção da Educação em Direitos Humanos no serviço público;
e) Diretriz 22: Garantia do direito à comunicação democrática e ao acesso à
informação para consolidação de uma cultura em Direitos Humanos.
VI - Direito à a) Diretriz 23: Reconhecimento da memória e da verdade como Direito
Memória e à Humano da cidadania e dever do Estado;
Verdade b) Diretriz 24: Preservação da memória histórica e construção pública da
verdade; e
c) Diretriz 25: Modernização da legislação relacionada com promoção do
direito à memória e à verdade, fortalecendo a democracia.
O Estado de São Paulo foi o primeiro a adotar um programa estadual de direitos humanos (PEDH),
por meio do decreto estadual no 42.209, de 15 de setembro de 1997. Veremos alguns pontos
importantes:
Artigo 2.º - Fica criada, junto ao Gabinete do Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania, Comissão
Especial de acompanhamento da execução do Programa Estadual de Direitos Humanos.
Artigo 4.º - A Comissão Especial, cujos membros terão mandato de dois anos, será composta de;
I - quatro membros de livre indicação do Governador do Estado;
II - dois representantes do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana - CONDEPE;
III - dois membros representando os demais conselhos de cidadania, indicados pela Secretaria do
Governo e Gestão Estratégica;
IV - um representante do Núcleo de Estudos da Violência - NEV da Universidade de São Paulo - USP;
V - um representante da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania;
§ 1.º - No ato de nomeação dos membros e respectivos suplentes, pelo Governador do Estado, será
indicado seu Presidente;
§ 2.º - Representantes dos demais Conselhos de Cidadania e das Secretarias do Estado poderão
comparecer às sessões da Comissão Especial.
§ 3.º - A Comissão Especial e as demais Comissões referidas neste e no subsequente artigo praticarão
todos os atos necessários ao bom desempenho de suas atribuições.
182
Artigo 7.º - As funções de membro da Comissão Especial ou das demais Comissões NÃO SERÃO
REMUNERADAS a qualquer título, sendo, porém, CONSIDERADAS SERVIÇO PÚBLICO RELEVANTE
PARA TODOS OS FINS.
Obs.: São penalidades administrativas, visto que a competência para legislar sobre crime é da União.
Artigo 1.º - Será punida, nos termos desta lei, toda manifestação atentatória ou discriminatória
praticada contra cidadão homossexual, bissexual ou transgênero.
183
Artigo 2.º - Consideram-se atos atentatórios e discriminatórios dos direitos individuais e coletivos
dos cidadãos homossexuais, bissexuais ou transgêneros, para os efeitos desta lei:
I - praticar qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória, de ordem
moral, ética, filosófica ou psicológica;
II - proibir o ingresso ou permanência em qualquer ambiente ou estabelecimento público ou privado,
aberto ao público;
III - praticar atendimento selecionado que não esteja devidamente determinado em lei;
IV - preterir, sobretaxar ou impedir a hospedagem em hotéis, motéis, pensões ou similares;
V - preterir, sobretaxar ou impedir a locação, compra, aquisição, arrendamento ou empréstimo de
bens móveis ou imóveis de qualquer finalidade;
VI - praticar o empregador, ou seu preposto, atos de demissão direta ou indireta, em função da
orientação sexual do empregado;
VII - inibir ou proibir a admissão ou o acesso profissional em qualquer estabelecimento público ou
privado em função da orientação sexual do profissional;
VIII - proibir a livre expressão e manifestação de afetividade, sendo estas expressões e
manifestações permitidas aos demais cidadãos.
Artigo 5.º - O cidadão homossexual, bissexual ou transgênero que for vítima dos atos discriminatórios
poderá apresentar sua denúncia pessoalmente ou por carta, telegrama, telex, via Internet ou fac-
símile ao órgão estadual competente e/ou a organizações não-governamentais de defesa da
cidadania e direitos humanos.
§ 1.º - A denúncia deverá ser fundamentada por meio da descrição do fato ou ato discriminatório,
seguida da identificação de quem faz a denúncia, garantindo-se, na forma da lei, o sigilo do
denunciante.
§ 2.º - Recebida a denúncia, competirá à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania promover a
instauração do processo administrativo devido para apuração e imposição das penalidades cabíveis.
Artigo 5º-A - A Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, para cumprir o disposto nesta lei e
fiscalizar o seu cumprimento, poderá firmar convênios com os Municípios, com a Assembleia
Legislativa e com as Câmaras Municipais. (NR)
Artigo 6.º - As penalidades aplicáveis aos que praticarem atos de discriminação ou qualquer outro
ato atentatório aos direitos e garantias fundamentais da pessoa humana serão as seguintes:
I - advertência;
II - multa de 1000 (um mil) UFESPs - Unidades Fiscais do Estado de São Paulo;
III - multa de 3000 (três mil) UFESPs - Unidades Fiscais do Estado de São Paulo, em caso de
reincidência;
IV - suspensão da licença estadual para funcionamento por 30 (trinta) dias;
V - cassação da licença estadual para funcionamento.
JÁ CAIU (VUNESP 2022) Nos termos do previsto na Lei Estadual no 10.948, de 05 de novembro de
2001, (Dispõe sobre as penalidades a serem aplicadas à prática de discriminação em razão de
orientação sexual e dá outras providências) e do Decreto Estadual no 55.589, de 17 de março de
2010 (Regulamenta a Lei no 10.948/2001), é correto afirmar que: a prática dos atos
discriminatórios a que se refere esta lei será apurada em processo administrativo, que terá início
mediante: reclamação do ofendido; ato ou ofício de autoridade competente; comunicado de
organizações não governamentais de defesa da cidadania e direitos humanos. (CORRETA)
184
Obs.: Artigo 4.º - A prática dos atos discriminatórios a que se refere esta lei será apurada em
processo administrativo, que terá início mediante:
I - reclamação do ofendido;
II - ato ou ofício de autoridade competente;
III - comunicado de organizações não-governamentais de defesa da cidadania e direitos humanos.
JÁ CAIU (VUNESP 2017) No que diz respeito ao tratamento nominal das pessoas transexuais e
travestis e às penalidades decorrentes da prática de discriminação em razão de orientação sexual,
é correto afirmar que: consideram-se atos atentatórios e discriminatórios dos direitos individuais
e coletivos dos cidadãos homossexuais, bissexuais ou transgêneros proibir a livre expressão e
manifestação de afetividade, sendo estas expressões e manifestações permitidas aos demais
cidadãos. (CORRETA)
Tal lei dispõe sobre penalidades administrativas a serem aplicadas pela prática de atos de
discriminação racial.
Artigo 1º - Será punido, nos termos desta lei, todo ato discriminatório por motivo de raça ou cor
praticado no Estado por qualquer pessoa, jurídica ou física, inclusive a que exerça função pública.
Artigo 2º - Consideram-se atos discriminatórios por motivo de raça ou cor, para os efeitos desta lei:
I - praticar qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória;
II - proibir ou impor constrangimento ao ingresso ou permanência em ambiente ou estabelecimento
aberto ao público;
III - criar embaraços ou constrangimentos ao acesso e à utilização das dependências comuns e áreas
não privativas de edifícios;
IV - recusar, retardar, impedir ou onerar a utilização de serviços, meios de transporte ou de
comunicação, inclusive no sítio de rede mundial de computadores, consumo de bens, hospedagem
em hotéis, motéis, pensões e estabelecimentos congêneres ou o acesso a espetáculos artísticos ou
culturais, ou estabelecimentos comerciais ou bancários;
V - recusar, retardar, impedir ou onerar a locação, compra, aquisição, arrendamento ou empréstimo
de bens móveis ou imóveis;
VI - praticar o empregador, ou seu preposto, atos de coação direta ou indireta sobre o empregado;
VII - negar emprego, demitir, impedir ou dificultar a ascensão em empresa pública ou privada, assim
como impedir ou obstar o acesso a cargo ou função pública ou certame licitatório;
VIII - praticar, induzir ou incitar, por qualquer mecanismo ou pelos meios de comunicação, inclusive
eletrônicos, o preconceito ou a prática de qualquer conduta discriminatória;
IX - criar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou
propagandas que incitem ou induzam à discriminação;
X - recusar, retardar, impedir ou onerar a prestação de serviço de saúde, público ou privado.
Artigo 2º-A - É obrigatória a afixação de avisos nos ambientes de uso coletivo, públicos ou privados,
em pontos de ampla visibilidade, a fim de se assegurar o conhecimento da presente lei para garantir
o disposto no artigo 1º. (NR)
185
§ 1º - Os avisos de que trata o ‘caput’ deste artigo devem ser exibidos na forma de cartaz, placa ou
plaqueta com os seguintes dizeres: ‘Lei Estadual nº 14.187/2010 pune administrativamente os atos
de discriminação racial no Estado de São Paulo. DENUNCIE’. (NR)
§ 2º - Para os fins desta lei, a expressão ‘ambientes de uso coletivo’ compreende, dentre outros, os
ambientes de trabalho, estudo, cultura, culto religioso, lazer, esporte ou entretenimento, áreas
comuns de condomínios, casas de espetáculos, teatros, cinemas, bares, lanchonetes, boates,
restaurantes, praças de alimentação, hotéis, pousadas, estádios de futebol, centros comerciais,
bancos e similares, supermercados, açougues, padarias, farmácias, drogarias, repartições públicas,
instituições de saúde, escolas, museus, bibliotecas, espaços de exposições, veículos públicos ou
privados de transporte coletivo, inclusive veículos sobre trilhos, embarcações e aeronaves, quando
em território paulista, viaturas oficiais de qualquer espécie e táxis. (NR)
§ 3º - O descumprimento deste artigo acarretará, ao proprietário ou responsável pelo
estabelecimento ou meio de transporte coletivo, multa de 100 (cem) Unidades Fiscais do Estado de
São Paulo (UFESP). (NR)
Artigo 4º - Aquele que for vítima da discriminação, seu representante legal ou quem tenha
presenciado os atos a que se refere o artigo 2º desta lei poderá relatá-los à Secretaria da Justiça e da
Defesa da Cidadania.
§ 1º - O relato de que trata o “caput” deste artigo conterá:
1 - a exposição do fato e suas circunstâncias;
2 - a identificação do autor, com nome, prenome, número da cédula de identidade, seu endereço e
assinatura.
§ 2º - A critério do interessado, o relato poderá ser apresentado por meio eletrônico, no sítio de
rede mundial de computadores - “internet” da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania.
§ 3º - Recebida a denúncia, competirá à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania:
I - promover a instauração do processo administrativo devido para apuração e imposição das sanções
cabíveis;
II - transmitir notícia à autoridade policial competente, para a elucidação cabível, quando o fato
descrito caracterizar infração penal.
Artigo 6º - As sanções aplicáveis aos que praticarem atos de discriminação nos termos desta lei serão
as seguintes:
I - advertência;
II - multa de até 1.000 UFESPs (mil Unidades Fiscais do Estado de São Paulo);
III - multa de até 3.000 UFESPs (três mil Unidades Fiscais do Estado de São Paulo), em caso de
reincidência;
IV - suspensão da licença estadual para funcionamento por 30 (trinta) dias;
V - cassação da licença estadual para funcionamento.
186
§ 1º - Quando a infração for cometida por agente público, servidor público ou militar, no exercício de
suas funções, sem prejuízo das sanções previstas nos incisos I a III deste artigo, serão aplicadas as
penalidades disciplinares cominadas na legislação pertinente.
§ 2º - O valor da multa será fixado tendo-se em conta as condições pessoais e econômicas do infrator
e não poderá ser inferior a 500 UFESPs (quinhentas Unidades Fiscais do Estado de São Paulo).
§ 3º - A multa poderá ser elevada até o triplo, quando se verificar que, em virtude da situação
econômica do infrator, sua fixação em quantia inferior seria ineficaz.
§ 4º - Quando for imposta a pena prevista no inciso V deste artigo, deverá ser comunicada à
autoridade responsável pela outorga da licença, que providenciará a sua execução, comunicando-se,
igualmente, à autoridade federal ou municipal para eventuais providências no âmbito de sua
competência.
JÁ CAIU (VUNESP 2019) A Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo
recebeu denúncia por meio do seu “site” na Internet, por parte de Danúbio, que presenciou um
ato de discriminação racial cometido contra Apolo. Segundo o disposto na Lei Estadual n°
14.187/2010 (Lei contra a Discriminação Racial), nessa hipótese, é correto afirmar que a denúncia
de Danúbio será recebida, e a Secretaria deve transmitir a notícia à autoridade policial
competente, para elucidação, quando o fato descrito caracterizar infração penal. (CORRETA)
Secretaria Meta 1. Alterar o Ação 1.1. Criar nos documentos de registros policiais espaços
da Registro de para declaração facultativa de orientação sexual e identidade
Segurança Ocorrências de gênero.
Pública Meta 4. Ampliar a Ação 4.2. Equipar a DECRADI com os equipamentos
(cuidado Delegacia de necessários à sua melhor atuação.
para não Crimes Raciais e Ação 4.3. Fomentar a criação de instrumento normativo que
confundir Delitos de estabeleça a obrigatoriedade de que ocorrências policiais
as metas e Intolerância - registradas em toda e qualquer delegacia do Estado
ações) DECRADI. proveniente de discriminação homofóbica seja informada
para a DECRADI a fim de atualizar o banco de dados sobre
crimes decorrentes de homofobia.
Ação 4.4. Criar a Central de Inteligência da DECRADI destinada
ao mapeamento das ocorrências de intolerância em todo o
Estado.
Ação 4.5. Informatizar os bancos de dados da DECRADI.
Meta 5. Publicar Ação 5.1. Elaborar e publicar manual didático-pedagógico
manual com orientações acerca da melhor abordagem e tratamento
informativo para à população LGBT, considerando as suas peculiaridades.
atuação dos
187
agentes da Ação 5.2. Promover ampla distribuição de material
segurança pública. informativo para os agentes da segurança pública.
Secretaria da Meta 1. Realizar Ação 1.1. Realizar pesquisa para identificar o perfil, a
Administração pesquisa para realidade da população LGBT no sistema penitenciário
Penitenciária identificar a situação e paulista.
necessidades da Ação 1.2. Promover, a partir dos resultados das
população LGBT no pesquisas, medidas para a promoção do respeito às
sistema penitenciário. distintas orientações sexuais e identidades de gênero
nas unidades penitenciárias.
Meta 2. Enfrentar a Ação 2.1. Promover para servidores penitenciários,
discriminação dirigentes e internos do sistema, ampla divulgação da
homofóbica nas Lei estadual 10.948, de 5 de novembro de 2001, dos
unidades prisionais. centros de referência de combate a homofobia, do
Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e
Transexuais, do Hospital Estadual de Diadema e do
Centro de Referência da Diversidade.
Meta 3. Capacitar Ação 3.1. Realizar, por meio da Escola de Administração
dirigentes e servidores Penitenciária, cursos de atualização, seminários, ciclo
do Sistema de palestras, capacitação em “Direitos Humanos e
Penitenciário Diversidade Sexual”. Ação 3.2. Inserir a disciplina
“Direitos Humanos e Diversidade Sexual” nas grades
curriculares dos Cursos oferecidos pela Escola de
Administração Penitenciária.
Meta 4. Promover Ação 4.1. Por meio da Fundação “Prof. Dr. Manoel
acesso à educação e ao Pedro Pimentel” - FUNAP, fomentar a participação de
trabalho. presos LGBT nos cursos, oficinas de trabalho e
programas de cultura e esportes.
JÁ CAIU (VUNESP 2022) Assinale a alternativa que corretamente contempla uma meta do Plano
Estadual de Enfrentamento à Homofobia e Promoção da Cidadania LGBTQI+. Publicar manual
informativo para atuação dos agentes da segurança pública (CORRETA)
Artigo 31 - Essas Delegacias serão instaladas no âmbito de todas as Delegacias Seccionais de Polícia
da Grande São Paulo, de todas as Delegacias Regionais de Polícia do Interior e em outros locais onde
seja conveniente.
188
Artigo 32 - A organização, estrutura, atribuições e competência dos órgãos criados por esta lei serão
estabelecidas por decreto.
Artigo 87 - O tratamento de que trata o artigo 86 é o definido pela Secretaria da Saúde no ‘Programa
Estadual DST/AIDS’, que engloba o fornecimento do coquetel antiaids e a realização de exames para
controlar o tratamento.
Parágrafo único - A Secretaria da Saúde garantirá anonimato às mulheres atendidas, nos termos
desta lei, pelo ‘Programa Estadual DST/AIDS’.
Artigo 88 - Os servidores das Delegacias de Polícia e de Defesa da Mulher, no ato do registro policial,
ficam obrigados a informar às mulheres vítimas de estupro que, caso venham a engravidar, poderão
interromper legalmente a gravidez, conforme determina o artigo 128 do Código Penal.
Parágrafo único - As delegacias fornecerão, no ato do registro policial, a relação das unidades
hospitalares públicas, com os respectivos endereços, aptas a realizarem a referida interrupção de
gravidez.
Artigo 89 - O aborto será realizado por médico e precedido do consentimento da gestante ou,
quando incapaz, de seu representante legal.
189
-Falsificação informática: “inserção, alteração, apagamento ou supressão,
dolosos e não autorizados, de dados de computador, de que resultem dados
Crimes inautênticos, com o fim de que sejam tidos como legais, ou tenham esse efeito,
informáticos como se autênticos fossem, independentemente de os dados serem ou não
diretamente legíveis e inteligíveis”.
-Fraude informática: “conduta de quem causar, de forma dolosa e não autorizada,
prejuízo patrimonial a outrem por meio de: a. qualquer inserção, alteração,
apagamento ou supressão de dados de computador; b. qualquer interferência no
funcionamento de um computador ou de um sistema de computadores, realizada
com a intenção fraudulenta de obter, para si ou para outrem, vantagem econômica
ilícita.”
Pornografia Infantil:
Cada Parte adotará a. produzir pornografia infantil para distribuição por meio de um
medidas legislativas e sistema de computador;
outras providências b. oferecer ou disponibilizar pornografia infantil por meio de um
necessárias para tipificar sistema de computador;
como crimes, em sua c. distribuir ou transmitir pornografia infantil por meio de um sistema
legislação interna, as de computador;
seguintes condutas, d. adquirir, para si ou para outrem, pornografia infantil por meio de
quando cometidas um sistema de computador;
dolosamente e de forma e. possuir pornografia infantil num sistema de computador ou num
não autorizadas: dispositivo de armazenamento de dados de computador.
ATENÇÃO: O termo “menor” inclui todas as pessoas com menos de 18 anos de idade. Qualquer
Parte pode, contudo, estabelecer um limite de idade diverso, que não será inferior a 16 anos.
Responsabilidade penal da pessoa jurídica: “assegurar que pessoas jurídicas possam ser
consideradas penalmente responsáveis por crimes tipificados de acordo com esta Convenção,
quando cometidos em seu benefício por qualquer pessoa física em posição de direção, que aja
individualmente ou como integrante de um órgão da própria pessoa jurídica, com base:
a. no poder de representação da pessoa jurídica;
b. na autoridade de tomar decisões em nome da pessoa jurídica;
c. na autoridade de exercer controle interno na pessoa jurídica.
190
Alterações efetuadas neste material (marcadas com asterisco):
Página 166: Supressão na tabela de comparação entre Comissão e Corte da parte que dizia que
“Particular pode peticionar diretamente à corte”. A informação diz respeito à Comissão, informação
que foi realocada na tabela.
191
6/11/23
CRIMINOLOGIA
DELTA
JÁ CAIU (VUNESP 2022) Pode-se afirmar que a Criminologia é a ciência que se ocupa
do delito, do delinquente, da vítima e do controle social, centrando-se nos estudos
das causas dos delitos, ou seja, em explicá-lo. A Política Criminal ocupa-se de estudar
e implementar medidas de prevenção e controle do delito. A Política Criminal é uma
ciência autônoma e independente; não é uma parte da Criminologia. (CORRETA)
JÁ CAIU (VUNESP 2022) Para García-Pablos de Molina, são os três pilares do sistema
das ciências criminais, em relação de interdependência: o Direito Penal, a Sociologia
e a Criminologia. (CORRETA)
Conceito
É uma ciência autônoma, empírica e interdisciplinar, que tem por objeto de estudo:
o crime, o criminoso, a vítima e o controle social, visando o controle e a prevenção
da criminalidade.
A expressão criminologia significa estudo do crime, e foi criada em 1883 por Paul
Topinard, mas difundida internacionalmente por Raffaele Garofalo em seu livro
Criminologia, no ano de 1885.
192
JÁ CAIU (VUNESP 2022) A respeito da criminologia, é correto afirmar que se trata de
ciência do “ser”, empírica, que possui por objeto o crime, o criminoso, a vítima e o
controle social. (CORRETA)
Métodos da Criminologia
Empírico ou Forma conceitos através da análise do caso concreto.
experimental
Indutivo A partir de um caso concreto tenta explicar a realidade.
Interdisciplinar Se vale de várias áreas do conhecimento.
Biológico Busca no corpo dos delinquentes as explicações de
crimes.
Sociológico Análise de fatores sociais que possa a vir a se tornar um
delito.
Objetos da criminologia
- É um problema social, elementos que compões o crime:
a) Incidência massiva na população.
Crime b) Incidência aflitiva.
c) Persistência espaço-temporal.
d) Inequívoco consenso da necessidade de punição, de
criminalização de um delito.
A definição varia de acordo com cada escola (será exposto em
seguida):
a) Escola Clássica: criminoso é pecador que optou por fazer o mal;
b) Escola Positivista: criminoso já nasceu criminoso, um ser atávico,
Criminoso patológico;
c) Escola Correlacionista: era um ser inferior, débil e por ser inferior
não se pune, mas deve ser protegido e orientado;
d) Marxismo: criminoso é vítima da sociedade, de determinadas
estruturas econômicas (capitalismo);
e) Atual/moderna: homem real e normal que viola a lei penal por
razões diversas que merecem ser investigadas e nem sempre são
compreendidas.
193
Por ser um ponto expresso no edital, será feito pontuações sobre o
Vítima tema separadamente.
FUNÇÕES DA CRIMINOLOGIA
Explicar o crime Por meio do conhecimento de outros ramos do saber,
buscar compreender e explicar o fenômeno criminal
de maneira cientifica.
Prevenção do crime Maneiras de evitar o crime (será abordado mais para
frente).
Intervir na pessoa do Analisar o impacto real da pena, avaliar programas
infrator reais de inserção e fazer a sociedade perceber que o
crime é um problema comunitário.
ESCOLAS SOCIOLÓGICAS
194
- Situou o direito penal dentro do direito público e separou o
direito penal do processo penal.
Jeremy Bentham: Construção de panópticos são sistemas de
construção prisionais que permita o máximo controle dos
condenados (construído uma torre de vigilância ao centro do
presidio que desse um olhar 360 de todo o local).
Francesco Carrara: delito é uma aversão da conduta humana
com a lei. Finalidade da pena era a eliminação de perigo social.
Escola - Baseia-se nas ideias científicas dos sécs. XIX e XX.
Positivista - Crime é um fato natural que decorre da vida em sociedade.
- Método empírico e indutivo.
- Determinismo biológico: o criminoso não escolher cometer crimes, ele
nasce criminoso, passa a ser visto como um ser anormal sem livre arbítrio.
- Pena tem caráter preventivo.
Autores Cesare Lombroso – Fase Antropológica
- Pai da criminologia.
- Obra: O homem delinquente.
- Defende que pessoas com características especificas praticam
crime. Estudou as características físicas e fisiológicas dos
criminosos (ex.: canhotismo, mandíbulas volumosas).
- O criminoso nato é um ser ativo, predestinado ao crime, por
essa razão defendia a aplicação da pena antes do delito
acontecer, visto que aconteceria mais cedo ou mais tarde.
- Classificação do criminoso: nato, louco, de ocasião, por paixão.
Enrico Ferri – Fase Sociológica
- Obra: Sociologia Criminal.
- O crime é decorrente de fatores antropológicos (psique de cada
um), sociais (família, amigos) e físicos (estações do ano).
- Defende que o criminoso é um ser anormal, a pena como um
instrumento de defesa da sociedade.
- Classificação do criminoso: nato, louco, ocasional, passional e
habitual (diferente de Lombroso).
Raffaele Garofalo – Fase jurídica
- Obra: Criminologia.
- Crime é fundamentado em uma anomalia (não uma patologia),
mas psíquica ou moral.
- Defendia a eliminação absoluta: pena de morte aos homicidas;
e a eliminação relativa: aos demais delinquentes.
- Classificação do criminoso: criminoso assassino, violento
(energético) e ladrão.
Obs.: No Brasil, Raimundo Nina Rodrigues foi um grande defensor de Lombroso e ficou
conhecido como: “Lombroso dos trópicos”. Ainda defendia que as capacidades
intelectuais estavam ligadas a raça, ou seja, negros, mestiços, índios formavam uma
parcelar de pessoas inferiores fisicamente e mentalmente.
195
JÁ CAIU (VUNESP 2022) É considerado o pai da Criminologia: Cesare Lombroso, autor da
obra O homem delinquente. (CORRETA)
TEORIAS SOCIOLOGIAS
TEORIAS DO CONSENSO
Coesão social se baseia em um conjunto de valores e ideais comuns a todos os membros
da sociedade. Cunho funcionalista. CONSERVADORA.
- Com a revolução industrial a cidade de Chicago passou por um grande
crescimento populacional. Atribui-se à sociedade (e não ao indivíduo) as
causas da criminalidade.
- Influência do entorno urbano sobre a conduta humana. Define o
Escola de conceito de ecologia urbana, segundo a qual a causa da criminalidade são
Chicago as cidades. Se divide em:
Teoria da desorganização social: Com o crescimento das cidades
trouxe a desorganização, enfraquecendo o controle social informal.
Consequentemente ocorreu a diminuição e até mesmo a perda
de valores positivos para a vida em sociedade.
- Expoentes: Robert Park e Ernest Burguess
Teoria Espacial: a prevenção do crime deveria ocorrer uma
restruturação arquitetônica e urbanística das grandes cidades.
Expoente: Oscar Newman.
Teoria das janelas quebradas: Defende a repressão de crimes
menores para a inibição de crimes mais graves.
- Sinais de abandono e degeneração demonstram desinteresse
estatal e fomentam a prática de condutas criminosas.
- O aparente descaso reforça a impunidade. Expoentes: James
Wilson e George Kelling.
196
Teoria da tolerância zero: Preconiza que todo tipo de infração penal,
desde as mais simples, deve ser combatido de maneira rápida e
rigorosa. Somente não se tolerando qualquer tipo de infração é
possível evitar a escalada da criminalidade. - Expoentes: Rudolph
Giuliani e Willian Bratton.
Associação - O crime é um aprendizado, decorrente da interação com outras pessoas,
Diferencial por essa razão está ligado a todas as classes sociais.
- Cunhou a expressão “crimes de colarinho branco”, são aqueles crimes
praticados cometido por pessoas com respeitabilidade e elevado
estatuto social; Esses crimes quando não chegam nem ao conhecimento
das autoridades gera a chamada cifra dourada.
- Expoente: Edwin Sutherland.
Anomia Traz a ideia de que se os mecanismos de controle social falharem e o
crime não for punido, acarretará um descompasso entre a realidade e a
efetiva aplicação das normas gerando um estado de anarquia da
sociedade, levando a anomia (ausência de normas).
- Expoentes:
Émile Durkhein, anomia é a desintegração das normas sociais.
Entretanto, o crime é fenômeno normal, necessário e útil, desde que
não ultrapasse determinados índices.
Robert Merton entende que a anomia seria um desajuste entre os
objetivos socialmente estabelecidos e os meios institucionalizados
disponíveis para alcançá-los. Nesse contexto o indivíduo pode se
adaptar ao padrão social assumindo uma das seguintes posturas:
conformidade, ritualismo, retraimento, inovação e rebelião.
Subcultura Analisa os grupos que não aceitam as regras de convivência sociais
Delinquente impostas e formam grupos subculturais. Tais grupos traçam novos
objetivos e ideais que se chocam com os já impostos pela sociedade, a
exemplo das gangues de rua.
- Expoente: Albert Cohen; Obra: “Delinquent Boys”.
197
TEORIAS DO CONFLITO
Coesão social se baseia na coação que alguns membros da sociedade exercem sobre os
outros. Caráter argumentativo. PROGRESSISTA
Labelling - Trata do processo de estigmatização pelo qual passa o sujeito a partir
approach do momento que comete um crime. À medida que o mergulho no papel
desviado (role engulfment) cresce, há uma tendência para que o autor
do delito se defina como os outros o definem. Ou seja, a criminalidade
é criada pelo próprio controle social.
- Passou a criticar os processos de rotulação sofrido pelos criminosos,
considerou como instrumentos seletivos e discriminatórios, conhecido
como política dos 4Ds: Descriminalização; Diversificação; Devido
processo legal; Desinstitucionalização.
Expoentes: Howard Becker e Erving Goffman.
- Reflexos no Brasil: Reforma Penal de 1984, a Lei de Execução Penal e
a Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais.
- Conhecida também como: teoria do etiquetamento, teoria da reação
social, teoria interacionista, interacionismo simbólico.
Criminologia - Critica severamente as outras teorias criminológicas, teve um apelo
Crítica às ideias de Karl Marx (luta de classes, cunhada no comunismo e
socialismo).
- Trata o crime é um fenômeno decorrente do modo de produção
capitalista, o homem é vítima dos sistemas de produção e por essa
razão pratica crime (ausência do livre-arbítrio).
Inspirou três correntes:
Direito Penal Mínimo ou teoria minimalista: direto penal é a última
ratio, devendo ser aplicado somente em crimes mais graves, dando
preferência as penas diversas da pena privativa de liberdade.
Expoente: Luigi Ferrajoli.
Abolicionismo Penal: prega o fim do Direito Penal, da prisão e todo
o sistema de justiça criminal, defende a ideia de que ele apenas
serve para reforçar a desigualdade social.
Expoentes: Louk Hulsman, Thomas Mathiensen e Nils Cristie.
Neorrealismo de esquerda: passam a ver a criminalidade ligado a
ganância, a competição, tirando o delito do contexto de pobreza
e enquadrando em outras parcelas da sociedade. Por essa razão,
defende a aplicação do direito penal de maneira igual a todos.
JÁ CAIU (VUNESP 2022) É uma das mais importantes teorias de conflito. Surgida nos anos
1960, nos Estados Unidos, seus principais expoentes foram Erving Goffman e Howard
Becker. Assinale a alternativa que indica corretamente a qual teoria sociológica do crime
corresponde o enunciado. Labelling approach. (CORRETA)
198
VITIMOLOGIA, VITIMIZAÇÃO E VITIMODOGMÁTICA
ETAPAS EVOLUTIVAS
IDADE DE OURO NEUTRALIZAÇÃO REVALORIZAÇÃO
- Marcado pela Lei de Talião: - Transferido a esse Estado o - Após a 2ª guerra
“olho por olho, dente por direito de punir. mundial.
dente”; - Pena passou a ter um - A vítima volta a ser
- Detém o poder de punir caráter de prevenção geral, vista e acaba integrando
aquele que lhe causou mal deixando a vítima de lado, os o quarto elemento de
ou injusto, tendo o direito de danos sofridos pela vítima criminologia.
autotutela não eram reparados. - Decorrente de todo mal
consequentemente frente a sofrido pelos judeus e
ausência do controle sobre outros grupos
essa retribuição, a vingança minoritários.
da vítima ou de seus
familiares se tornava
desproporcional ao mal
causado pelo criminoso.
JÁ CAIU (VUNESP 2022) Assinale a alternativa correta quanto aos objetos da Criminologia.
A vítima, via de regra, foi protagonista no crime, motivo pelo qual é dado o nome de “idade
de ouro da vítima” ao período compreendido desde os primórdios da civilização até o fim
da Alta Idade Média. (INCORRETA)
Obs.: fim da Alta Idade Média até o fim de 2º Guerra Mundial, a vítima foi “esquecida”
socialmente e voltou a ser vista e estudada após a segunda guerra até os dias atuais.
199
JÁ CAIU (VUNESP 2022) A própria sociedade não acolhe a vítima e muitas vezes a incentiva a
não denunciar o delito às autoridades, ocorrendo o que se chama de cifra negra. É correto
afirmar que o enunciado se refere à Vitimização terciária. (CORRETA)
JÁ CAIU (VUNESP 2018) No que diz respeito aos estudos desenvolvidos no âmbito da
vitimologia, assinale a alternativa correta: A chamada da vítima na fase processual da
persecução penal para ser ouvida sobre o crime, por inúmeras vezes, é denominada de
vitimização secundária. (CORRETA)
CLASSIFICAÇÃO DA VÍTIMA
Segundo Benajamin Mendelshon, divide em três grupos:
200
JÁ CAIU (VUNESP 2022) Hades, um jovem de 17 (dezessete) anos de idade, sacou um simulacro
de arma de fogo e anunciou roubo em face de Althaia, policial civil, de folga e em trajes civis,
a qual, imaginando se tratar de meliante munido de arma de fogo verdadeira, prontamente
sacou sua arma de fogo e desferiu dois disparos contra Hades, cujos ferimentos causaram seu
óbito. Segundo classificação de Benjamin Mendelsohn, como única culpada ou pseudovítima.
(CORRETA)
CIFRAS CRIMINAIS
Cifra Negra Diferença entre a criminalidade real e a registrada. Aqueles crimes que não
(oculta) chegam ao conhecimento de órgão estatais.
Cifra Cinza Consiste nos crimes que são de conhecimento das instâncias policiais, mas que
não chegam a virar um processo penal. São casos, por exemplo, solucionados
pelos próprios policiais em sua atividade rotineira; ou na própria delegacia de
polícia; ou com a renúncia da vítima ao direito de queixa ou representação.
Cifra Dourada Também conhecido como os crimes de colarinho branco.
201
Cifra Azul Oposto da cifra dourada! Trata-se dos crimes de colarinho azul, são aqueles
praticados pelas classes menos favorecidas economicamente.
Cifra Amarela Crimes praticados por funcionários públicos contra particulares.
Cifra Verde Trata-se de delitos que têm por objeto o meio ambiente e que não chegam ao
conhecimento policial ou não são processados porque impossível tentar
descobrir a autoria.
Cifra Rosa Crimes que tem por motivação a homofobia, ou seja, crimes de caráter
homofóbico que não chegam ao conhecimento das autoridades.
Cifra Vermelha Referente aos crimes praticados por serial killers.
Cifra Branca São os crimes efetivamente solucionados.
JÁ CAIU (VUNESP 2022) No julgamento da Ação Penal no 470 no Supremo Tribunal Federal, que
ficou popularmente conhecido como “Caso do Mensalão”, o Ministro Luiz Fux valeu-se destas
expressões em seu voto: “[...] o desafio na seara dos crimes do colarinho branco é alcançar a plena
efetividade da tutela penal dos bens jurídicos não individuais. Tendo em conta que se trata de
delitos cometidos sem violência, incruentos, não atraem para si a mesma repulsa social dos
crimes do colarinho azul.” Diante do exposto, no que tange aos “crimes de colarinho branco”,
para representar a situação de impunidade provocada por omissão ou falta de comunicação e
registro de condutas criminosas, nas quais o poder político e econômico pode vir a fomentar
elevado grau de impunidade, as expressões do Ministro Luiz Fux se referem à: Cifra dourada.
(CORRETA)
202
3) Padrão Criminal: Voltada para as investigações policiais, que apresentam
diagnósticos sobre a criminalidade. Ex.: modus operandi; espécies de crime;
ambiente; pessoas (vítimas); tempo (hora específica); eventos.
4) Oportunidade.
Criminologia Ou micro criminologia, nada mais é do que a aplicação dos resultados e
Clínica conclusões fornecidos pela criminologia geral para o tratamento de criminosos,
buscando sua ressocialização.
JÁ CAIU (VUNESP 2022) Surgida no final dos anos 80, é baseada em textos de uma série de
pesquisadores e ativistas de movimentos que promoviam discussões quanto à “identidade de
gênero” e “heteronormatividade”. Vem acrescentando seu discurso a uma possível explicação do
posicionamento da sociedade diante das variações comportamentais, principalmente quanto à
“identidade de gênero” e suas consequências no âmbito criminal. É correto afirmar que o
enunciado se refere à Teoria: Queer. (CORRETA)
MODELOS DE PREVENÇÃO
PREVENÇÃO Atua antes do delito ser cometido, incidindo nas causas do crime. Voltado
PRIMÁRIA para ações Estatais buscando a garantia dos direitos fundamentais.
Palavras chaves: causas do delito; toda população; médio e longo prazo.
PREVENÇÃO Atua na iminência ou logo após o crime, maior atuação Estatal,
SECUNDÁRIA principalmente as atividades policiais. São políticas públicas dirigidas a
grupos da sociedade que apresentam o maior risco de sofrer ou praticar
crimes.
Palavras chaves: setores mais vulneráveis; curto a médio prazo.
PREVENÇÃO São destinatários os presos e egressos. Busca evitar a reincidência, evitando
TERCIÁRIA cerimônias degradante, visando a ressocialização e a volta ao convívio social.
Palavras chaves: preso ou egresso; ressocializar ou prevenir reincidência.
PREVENÇÃO Criminoso escolhe o crime visando as vantagens que irá alcançar. Essa
SITUACIONAL prevenção atua tentando evitar que surja as oportunidades.
JÁ CAIU (VUNESP 2022) A Criminologia Moderna entende que o delito está diretamente
relacionado com a dinâmica de seus protagonistas (autor, vítima e comunidade), motivo pelo
qual sua prevenção passa por várias etapas, surgindo assim a classificação da prevenção em
203
primária, secundária e terciária. Em face, do exposto, assinale a alternativa correta: A
prevenção terciária tem como foco o preso, visando sua recuperação por meio de medidas
socioeducativas. (CORRETA)
JÁ CAIU (VUNESP 2022) Destina-se a setores da sociedade que podem vir a padecer do
problema criminal e não ao indivíduo, manifestando-se a curto e médio prazo de maneira
seletiva, ligando-se à ação policial, programas de apoio, controle da comunicação etc. É
correto afirmar que o enunciado se refere à prevenção: secundária. (CORRETA)
204
Restaurador Visa reparar a vida dos envolvidos, para tanto, defende que vítima e
criminoso (dupla penal) podem chegar a um consenso para a solução do
conflito. O Estado atua de maneira conciliativa, para que o criminoso
repare o dano causado a vítima.
Alguns exemplos desse modelo no Brasil: Lei 9.099/90, transação penal,
acordo de não persecução penal. Núcleo especial criminal da PCSP
(NECRIM).
Página 6: alteração de resposta “correta” para “errada” no quadro “JÁ CAIU” e inclusão
da alternativa correta, qual seja, (...) “a repressão à desordem e a pequenos delitos
produzirá, a médio prazo, diminuição dos índices criminais de maior impacto social, tais
como crimes violentos contra a vida e dignidade sexual”.
205
28/11/23
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
delta
JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL
Apenas relembrando o que é infração de menor potencial ofensivo: crimes com pena máxima
não superior a 2 (dois) anos e as contravenções penais (estas, independentemente da pena).
Súmula 723 STF Não se admite a suspensão condicional do processo por crime continuado, se
a soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de 1/6 (um sexto) for
superior a 1 (um) ano.
Art. 69. A AUTORIDADE POLICIAL que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo
circunstanciado e o encaminhará IMEDIATAMENTE ao Juizado, com o autor do fato e a
vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários.
Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente
encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, NÃO SE IMPORÁ
PRISÃO EM FLAGRANTE, NEM SE EXIGIRÁ FIANÇA. Em caso de violência doméstica, o juiz
poderá determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de
convivência com a vítima.
NÃO CONFUNDA
O parcelamento do tributo, até o O pagamento do tributo, a qualquer tempo,
recebimento da denúncia, determina até mesmo após o advento do trânsito em
a suspensão da punibilidade e, em julgado da sentença penal condenatória, é
consequência, de eventual ação penal. causa de extinção da punibilidade.
206
Art. 10. Caso o juiz, considerado o ganho ilícito e a situação econômica do réu,
verifique a insuficiência ou excessiva onerosidade das penas pecuniárias previstas
nesta lei, poderá diminuí-las até a décima parte ou elevá-las ao décuplo.
1/3 À METADE Nos crimes contra a ordem tributária, ocasionar grave dano à
coletividade acarreta na causa de aumento de pena de 1/3
(um terço) até a metade.
ATÉ A DÉCIMA Caso o juiz, considerado o ganho ilícito e a situação econômica
PARTE OU do réu, verifique a insuficiência ou excessiva onerosidade das
AUMENTAR AO penas pecuniárias previstas nesta lei, poderá diminuí-las até a
DÉCUPLO décima parte ou elevá-las ao décuplo.
PENA REDUZIDA DE O coautor ou partícipe que através de confissão espontânea
1 A 2/3 revelar à autoridade policial ou judicial toda a trama delituosa
terá a sua pena reduzida de um a dois terços.
Súmula Vinculante 24: não se tipifica crime material contra a ordem tributária antes do
lançamento definitivo do tributo.
É possível a aplicação da Súmula Vinculante 24 do STF aos fatos ocorridos antes da sua
publicação. (STJ)
Para fins do disposto no art. 2º, II, da Lei nº 8.137/90, a menção a inúmeros
inadimplementos (inscritos em dívida ativa) gera a presunção relativa da ausência de
tentativa de regularização. (STJ)
O dolo de não recolher o tributo, de maneira genérica, não é suficiente para preencher o
tipo subjetivo do crime de sonegação fiscal (art. 2º, II, da Lei 8.137/90). (STJ)
OBS.: lembrando que esse valor se refere aos tributos federais. Em caso de tributo
estadual ou municipal, será definido em norma do respectivo ente federativo.
CRIMES FALIMENTARES
ATENÇÃO: Único crime apenado com detenção: omissão de documentos contáveis
obrigatórios
207
Art. 181. São efeitos da condenação por crime previsto nesta Lei:
I – a inabilitação para o exercício de atividade empresarial;
II – o impedimento para o exercício de cargo ou função em conselho deadministração,
diretoria ou gerência das sociedades sujeitas a esta Lei;
III – a impossibilidade de gerir empresa por mandato ou por gestão de negócio.
§ 1º Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser motivadamente
declarados na sentença, e perdurarão até 5 (cinco) anos após a extinção da punibilidade,
podendo, contudo, cessar antes pela reabilitação penal.
Todos os crimes cometidos contra o sistema financeiro nacional que estiverem previstos
na Lei n.º 7.492/1986 são de competência da justiça federal.
208
CRIMES NO CDC
Art. 165. Exigir, solicitar, aceitar ou receber vantagem indevida, como representante de
organização esportiva privada, para favorecer a si ou a terceiros, direta ou indiretamente,
ou aceitar promessa de vantagem indevida, a fim de realizar ou de omitir ato inerente às
suas atribuições: (crime de corrupção privada).
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem oferece, promete, entrega ou paga,
direta ou indiretamente, ao representante da organização esportiva privada, vantagem
indevida.
Art. 167. Fornecer, desviar ou facilitar a distribuição de ingressos para venda por preço
superior ao estampado no bilhete:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Art. 170. Divulgar marcas, produtos ou serviços, com o fim de alcançar vantagem
econômica ou publicitária, por meio de associação com sinais visivelmente distintivos,
emblemas, marcas, logomarcas, mascotes, lemas, hinos e qualquer outro símbolo de
titularidade de organização esportiva, sem sua autorização ou de pessoa por ela indicada,
induzindo terceiros a acreditar que tais marcas, produtos ou serviços são aprovados,
autorizados ou endossados pela organização esportiva titular dos direitos violados:
(Marketing de Emboscada por Associação).
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem, sem autorização da organização esportiva
promotora de evento esportivo ou de pessoa por ela indicada, vincular o uso de ingressos,
de convites ou de qualquer espécie de autorização de acesso aos eventos esportivos a
ações de publicidade ou a atividades comerciais, com o intuito de obter vantagem
econômica.
209
Art. 201. Promover tumulto, praticar ou incitar a violência ou invadir local restrito aos
competidores ou aos árbitros e seus auxiliares em eventos esportivos:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
§ 6º A pena prevista neste artigo será aumentada de 1/3 (um terço) até a metade para
aquele que organiza ou prepara o tumulto ou incita a sua prática, inclusive nas formas
dispostas no § 1º deste artigo, não lhe sendo aplicáveis as medidas constantes dos §§ 2º,
3º, 4º e 5º deste artigo.
210
AUTOMÁTICO: Tornar certa a obrigação de indenizar o dano.
Fixadao valor mínimo pelo juiz por requerimento do ofendido.
Efeitos da
CONDICIONADO À REINCIDÊNCIA E NÃO AUTOMÁTICO
condenação:
Inabilitação p/ exercício do cargo, emprego ou função por 1 a 5 anos
Perda do cargo, do mandato ou da função pública.
Penas Prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas.
restritivas Suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato pelo
de direitos: prazo de 1 a 6 meses, COM perda dos vencimentos e das vantagens.
ATENÇÃO: essa lei alterou o estatuto da OAB a fim de tipificar como crime apenado com
detenção a conduta de violar determinados direitos ou prerrogativas previstos na referida
legislação.
211
Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, e, na sua falta, em prisão
domiciliar.
JURISPRUDÊNCIA:
A aptidão da denúncia relativa ao crime de lavagem de dinheiro não exige uma descrição
exaustiva e pormenorizada do suposto crime prévio (infração penal antecedente),
bastando a presença indícios suficientes de que o objeto material da lavagem (bens,direitos
ou valores) seja proveniente, direta ou indiretamente, desta infração penal antecedente.
(STJ)
O delito de lavagem de bens, direitos ou valores (“lavagem de dinheiro”), previsto no art.
1º da Lei nº 9.613/98, quando praticado na modalidade de ocultação, tem natureza de
crime permanente. (STF)
É possível a medida assecuratória de bens em desfavor de pessoa jurídica que se beneficia
212
de produtos decorrentes do crime de lavagem de dinheiro, ainda que não integre o polo
passivo da investigação ou da ação penal. (STJ)
É possível que os crimes antecedentes sejam julgados em um processo e a acusação por
lavagem seja apreciada em outro processo desmembrado, mesmo que o MP esteja
imputando a causa de aumento descrita na parte final do § 4º do art. 1º da Lei 9.613/98.A
reunião de processos em razão da conexão é uma faculdade do Juiz, conforme
interpretação a contrario sensu do art. 80 do CPP que possibilita a separação de
determinados processos. (STJ)
A eventual incidência da causa de aumento descrita na parte final do § 4º do art. 1º da Lei
de Lavagem de Dinheiro não constituiu empecilho para o juiz manter a separação dos
feitos, nos termos do art. 80 do CPP. (STJ)
É inconstitucional a determinação de afastamento automático de servidor público
indiciado em inquérito policial instaurado para apuração de crimes de lavagem ou
ocultação de bens, direitos e valores. (STF)
LEI DE INTERCEPTAÇÃO
Art. 4°, § 1°: Excepcionalmente, o juiz poderá admitir que o pedido seja formulado
verbalmente, desde que estejam presentes os pressupostos que autorizem a
interceptação, caso em que a concessão será condicionada à sua redução a termo.
ATENÇÃO De acordo com o texto da lei, o juiz pode decretar interceptação telefônica
de ofício, enquanto captação ambiental ele NÃO pode decretar de ofício.
213
Admite-se o uso da motivação per relationem para justificar a quebra do sigilo das
comunicações telefônicas. No entanto, as decisões que deferem a interceptação telefônica
e respectiva prorrogação devem prever, expressamente, os fundamentos da representação
que deram suporte à decisão - o que constituiria meio apto a promover a formal
incorporação, ao ato decisório, da motivação reportada como razão de decidir sob pena
de ausência de fundamento idôneo para deferir a medida cautelar. (STJ)
O artigo 2º da Lei 9.296/1996 não se aplica à obtenção de dados armazenados no celular.
Não cabe transportar a regra do artigo 2º da Lei nº 9.296/1996 – no que inadmitida a
interceptação de comunicações telefônicas quando a prova puder ser feita por outros
meios disponíveis – à obtenção dos dados armazenados em dispositivo de telefonia. (STF)
A existência de captação de áudio fora do período autorizado pelo juiz resulta na nulidade
apenas da gravação realizada no dia excedente. (STJ)
É ilegal a quebra do sigilo telefônico mediante a habilitação de chip da autoridade policial
em substituição ao do investigado titular da linha. A Lei nº 9.296/96 não autoriza a
suspensão do serviço telefônico ou do fluxo da comunicação telemática mantida pelo
usuário, tampouco a substituição do investigado e titular da linha por agente indicado pela
autoridade policial. (STJ)
É dever do Estado a disponibilização da integralidade das conversas advindas nos autosde
forma emprestada, sendo inadmissível a seleção pelas autoridades de persecução departes
dos áudios interceptados. (STJ)
ESTATUTO DESARMAMENTO
214
Tráfico Praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos
arts. 6º, 7º e 8º desta Lei.
Reincidente específico em crimes dessa natureza.
Arma de fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou
restrito.
ÚNICOS crimes punidos com DETENÇÃO Posse irregular de arma de fogo de uso
permitido e omissão de cautela.
Todos os integrantes das guardas municipais possuem direito a porte de arma de fogo,
em serviço ou mesmo fora de serviço, independentemente do número de habitantes do
Município.
ATENÇÃO: Não importa mais o número de habitantes do Município, porém, não pode
sair do Estado onde ela foi registrada.
LEI DE DROGAS
215
Prazo conclusão IP (podem ser DUPLICADOS pelo juiz, ouvido o Ministério
Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária).
Indiciado preso: 30 dias. Indiciado solto: 90 dias.
DESTRUIÇÃO DE DROGAS
Agente primário
TRÁFICO PRIVILEGIADO Bons antecedentes
-1/6 A 2/3 Não se dedica a atividades criminosas
Não integra organização criminosa
O agente que comete o tráfico (art.33) em companhia de menor de idade, praticao crime
de corrupção de menores? NÃO. O agente maior de idade responderá pelo art. 33 com a
causa de aumento de pena de 1/6 a 2/3.
O agente que apenas financia o tráfico, mas não pratica nenhum dos verbos do art. 33,
216
responderá pelo crime de tráfico com a causa de aumento de pena? Não. Responderá
apenas pelo art. 36 (crime de punição mais severa da lei).
Todos os crimes tipificados nesta lei são de perito abstrato? Não. O crime de conduzir
embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a dano potencial a
incolumidade de outrem é de perigo CONCRETO.
Além do crime de porte de droga para consumo pessoal, algum outro tipo penalse insere
na competência do JECRIM? Sim. O crime de oferecer droga sem intuito de lucro para
consumirem juntos e o crime de prescrever culposamente drogas.
O histórico de ato infracional pode ser considerado para afastar a minorante do art. 33, §
4.º, da Lei n. 11.343/2006, por meio de fundamentação idônea que aponte a existênciade
circunstâncias excepcionais, nas quais se verifique a gravidade de atos pretéritos,
devidamente documentados nos autos, bem como a razoável proximidade temporal com
o crime em apuração. (STJ)
Não é possível que o agente responda pela prática do crime do art. 34 da Lei 11.343/2006
quando a posse dos instrumentos configura ato preparatório destinado ao consumo
pessoal de entorpecente. Para que se configure a lesão ao bem jurídico tutelado pelo art.
34 da Lei nº 11.343/2006, a ação de possuir maquinário e/ou objetosdeve ter o especial
fim de fabricar, preparar, produzir ou transformar drogas, visando ao tráfico. (STJ)
217
A fração de aumento de pena pela transnacionalidade do delito de tráfico de drogas pode
levar em consideração a longa distância percorrida. (STF)
Súmula 607, STJ: A majorante do tráfico transnacional de drogas (art. 40, I, da Lei n.
11.343/2006) configura-se com a prova da destinação internacional das drogas, ainda
que não consumada a transposição de fronteiras.
Qual a duração? Máximo 2 anos (sem prejuízo de repetição por nova falta grave
de mesma espécie).
Onde ficará Em cela individual.
recolhido o preso?
Quinzenais, de 2 pessoas por vez.
Pessoa da família. Se for terceiro, autorizado judicialmente.
Como serão as
visitas?
Duração: 2 horas.
Realizadas em instalações equipadas para impedir o contato físico
e a passagem de objetos.
Gravada em sistema de áudio ou de áudio e vídeo e com
autorização judicial, fiscalizada por agente penitenciário.
Se o preso não receber visita após os primeiros 6 meses, poderá,
após agendamento, ter contato telefônico, que será gravado, com
uma pessoa da família, 2X por mês e por 10 minutos.
218
Como será o banho 2 horas diárias.
de sol? Grupos de até 4 presos, desde que não haja contato com presos
do mesmo grupo criminoso.
Como serão as Sempre monitoradas, EXCETO aquelas com seu defensor.
entrevistas? Em instalações equipadas para impedir o contato físico e a
passagem de objetos SALVO expressa autorização judicial.
Como fica a Fiscalização do conteúdo da correspondência.
correspondência?
Como se dá a Participação em audiências PREFERENCIALMENTE por
participação em videoconferência. Garantindo-se a participação do defensor no
audiências?
mesmo ambiente do preso.
Em quais hipóteses Quando existirem indícios de que o preso: exerce liderança em
o RDD será organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada;
obrigatoriamente
ou que tenha atuação criminosa em 2 ou mais Estados.
cumprido em
presídio federal?
NÃO CONFUNDA
Prazo para decisão judicial Prazo que a autoridade Isolamento, suspensão e
sobre inclusão do preso administrativa pode restrição de direitos não
no RDD. decretar o isolamento podem ultrapassar o
preventivo do preso. prazo de:
15 DIAS 10 DIAS 30 DIAS
219
60% Reincidente + hediondo ou equiparado.
Reincidente + hediondo ou equiparado com resultado morte (caso em que
70% também será vedado o livramento condicional).
Progressão especial das mulheres gestantes ou mãe ou responsável por
crianças (adolescente não!) ou pessoas com deficiência. Os requisitos são
cumulativos:
Não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa;
Não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente;
1/8 Ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior;
Ser primária e ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo
diretor do estabelecimento;
Não ter integrado organização criminosa.
OBS: organização criminosa somente a hipótese de condenação nos
termos da Lei 12.850/2013, não abrangendo apenada que tenha
participado de associação criminosa (art. 288 do CP) ou associação para o
tráfico (art. 35 da Lei 11.343/2006). (STJ)
JURISPRUDÊNCIA:
A proibição de consumo de álcool imposta como condição especial ao apenado somente é
válida se for fundamentada em circunstâncias específicas do crime pelo qual o condenado
foi sentenciado. (STJ)
O tempo em que o apenado esteve afastado das suas obrigações no regime aberto, sob
atestado médico, pode ser computado como pena efetivamente cumprida. (STJ)
A valoração do requisito subjetivo para concessão do livramento condicional - bom
comportamento durante a execução da pena (art. 83, III, “a”, do Código Penal) - deve
considerar todo o histórico prisional, não se limitando ao período de 12 meses referido na
alínea “b” do mesmo inciso III do art. 83 do Código Penal. (STJ)
A ausência de falta grave nos últimos 12 meses não é suficiente para satisfazer o requisito
subjetivo exigido para a concessão do livramento condicional. (STJ)
O fato de o reeducando ser assistido pela Defensoria Pública não gera a presunção de sua
hipossuficiência em arcar com a pena de multa. (STJ)
Não se aplica limite temporal à análise do requisito subjetivo para concessão de saída
temporária, devendo ser considerado todo o período de execução da pena, a fim de se
220
averiguar o mérito do apenado. (STJ)
Se devidamente motivado pelo Juízo estadual o pedido de manutenção de preso, em
presídio federal, não cabe ao Magistrado federal exercer juízo de valor sobre a
fundamentação apresentada, mas, apenas, aferir a legalidade da medida. (STJ)
Nos termos do art. 126, § 2º, da LEP, a remição de pena pelo estudo somente é possível
quando o curso for oferecido por instituição devidamente autorizada ou conveniada com
o Poder Público para esse fim. (STJ)
Se o condenado está cumprindo pena de reclusão e foi novamente condenado, agora à
pena de detenção, deverá haver a unificação das penas, nos termos do art. 111 da LEP.
(STJ)
O histórico prisional conturbado do apenado, somado ao crime praticado com violênciaou
grave ameaça (uma condição legal do art. 83, parágrafo único, do CP), afasta a constatação
inequívoca do requisito subjetivo para a concessão do livramento condicional. (STJ)
O indulto é instituto da execução penal, não se estendendo os benefícios da norma
instituidora aos presos cautelarmente com direito à detração penal. (STJ)
Sobrevindo condenação por pena privativa de liberdade no curso da execução de pena
restritiva de direitos, as penas serão objeto de unificação, com a reconversão da pena
alternativa em privativa de liberdade, ressalvada a possibilidade de cumprimento
simultâneo aos apenados em regime aberto e vedada a unificação automática nos casosem
que a condenação substituída por pena alternativa é superveniente. (STJ)
A manutenção do monitoramento eletrônico ao apenado agraciado com a progressão ao
regime aberto não implica constrangimento ilegal, pois atende aos parâmetros
referenciados na SV 56. (STJ)
Aplica-se o limite temporal previsto no art. 75 do Código Penal (40 anos) ao apenado em
livramento condicional. (STJ)
A independência das instâncias deve ser mitigada quando, nos casos de inexistência
material ou de negativa de autoria, o mesmo fato for provado na esfera administrativa,
mas não o for no processo criminal. Assim, quando o único fato que motivou a penalidade
administrativa resultou em absolvição no âmbito criminal, ainda que por ausência de
provas, a autonomia das esferas há que ceder espaço à coerência que deveexistir entre as
decisões sancionatórias. (STJ)
Diante da omissão legislativa, impõe-se a analogia in bonam partem, para aplicação,
inclusive retroativa, do inciso V do artigo 112 da LEP (lapso temporal de 40%) ao
condenado por crime hediondo ou equiparado sem resultado morte reincidente não
específico. (STF)
Não havendo na sentença condenatória transitada em julgado determinação expressa de
reparação do dano ou de devolução do produto do ilícito, não pode o juízo das execuções
inserir referida condição para fins de progressão de regime. (STJ)
O reconhecimento de falta grave consistente na prática de fato definido como crime
doloso no curso da execução penal dispensa o trânsito em julgado da condenação criminal,
221
desde que ocorra a apuração do ilícito com as garantias constitucionais. (STF)
O art. 118, I da Lei de Execução Penal impõem a regressão de regime para o preso que
cometer falta grave. Para o Superior Tribunal de Justiça a regressão é obrigatória, pois “a
dicção do referido dispositivo é clara ao prever a regressão de regime uma vez homologada
a falta grave". (STJ)
LEI DE GENOCÍDIO
Art. 6º Os crimes de que trata esta lei NÃO SERÃO CONSIDERADOS CRIMES POLÍTICOS
PARA EFEITOS DE EXTRADIÇÃO.
222
• Lesão corporal leve é de ação penal pública incondicionada.
• Ainda existem crimes que são processados por ação penal publica condicionada,
como a ameaça.
• A retratação tem 2 peculiaridades: até o recebimento da denúncia (e não até o
oferecimento como ocorre nos demais crimes) + em audiência especialmente
designada com tal finalidade, na presença do juiz e ouvido o Ministério Público.
§ 1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será comunicado
no prazo máximo de 24 (VINTE E QUATRO) HORAS e decidirá, em igual prazo,
sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao
Ministério Público concomitantemente.
§ 2º Nos casos de risco à integridade física da ofendida ou à efetividade da medida
protetiva de urgência, não será concedida liberdade provisória ao preso.
MODIFICAÇÃO 2023:
223
Art. 23, VI – conceder à ofendida auxílio-aluguel, com valor fixado em função de sua
situação de vulnerabilidade social e econômica, por período não superior a 6 (SEIS)
MESES.
ATENÇÃO: o delegado pode arbitrar fiança em infrações penais com pena não
superior a 4 anos, SALVO neste caso de descumprimento de medida protetiva de
urgência, em que apenas o juiz poderá conceder fiança.
ARMA DE FOGO
224
Lei que impede nomeação de condenados pela Lei Maria da Penha é constitucional.
A posterior reconciliação entre a vítima e o agressor não é fundamento suficiente para
afastar a necessidade de fixação do valor mínimo previsto no art. 387, inciso IV, do CPP.
Não se pode decretar a preventiva do autor de contravenção penal, mesmo que ele tenha
praticado o fato no âmbito de violência doméstica e mesmo que tenha descumprido
medida protetiva a ele imposta. (STJ)
225
LEI CRIAÇÃO E O FUNCIONAMENTO ININTERRUPTO DE DELEGACIAS
ESPECIALIZADAS DE ATENDIMENTO À MULHER
As Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deam) têm como finalidade o
atendimento de todas as mulheres que tenham sido vítimas de violência doméstica e
familiar, crimes contra a dignidade sexual e feminicídios, e funcionarão
ininterruptamente, inclusive em feriados e finais de semana.
O atendimento às mulheres nas delegacias SERÁ realizado em sala reservada e,
preferencialmente, por policiais do sexo feminino.
Embora seja um programa voltado para a administração pública, aplica-se também a todas
as instituições privadas em que haja a prestação de serviços públicos por meio de
concessão, permissão, autorização ou qualquer outra forma de delegação.
Art. 7º Os órgãos e entidades abrangidos por esta Lei deverão manter, pelo período de 5
(cinco) anos, os registros de frequência, físicos ou eletrônicos, dos programas de
capacitação ministrados na forma prevista no inciso VII do caput do art. 5º desta Lei.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a
investigação de infração penal que envolva organização criminosa.
226
Pena Emprego de arma de fogo.
aumenta
até a ½
Pena Exerce o comando, individual ou coletivo, da organização criminosa,
Agravada ainda que não pratique pessoalmente atos de execução.
Criança ou adolescente.
Se há concurso de funcionário público, valendo-se a organização
Pena criminosa dessa condição para a prática de infração penal.
aumenta Se o produto ou proveito da infração penal destinar-se, no todo ou
de 1/6 a em parte, ao exterior.
2/3 Se a organização criminosa mantém conexão com outras
organizações criminosas independentes.
Transnacionalidade da organização.
227
em sigilo até o recebimento da denúncia.
Pessoa jurídica não possui capacidade para celebrar acordo de colaboração premiada,
previsto na Lei nº 12.850/2013. (STJ)
Cabe habeas corpus contra a decisão que não homologa ou que homologa apenas
parcialmente o acordo de colaboração premiada. (STF)
Terceiros que tenham sido mencionados pelos colaboradores podem obter acesso integral
aos termos dos colaboradores desde que estejam presentes os requisitos positivos (o
acesso deve abranger somente documentos em que o requerente é de fato mencionado
como tendo praticado crime (o ato de colaboração deve apontar a responsabilidade
criminal do requerente) e negativo (o ato de colaboração não se deve referir a diligência
em andamento). (STF)
Crime de embaraçar investigação previsto na Lei do Crime Organizado não é restrito à fase
do inquérito. (STJ)
228
ECA
INTERNAÇÃO REMISSÃO
-Não tem prazo determinado, mas o -Momento: antes de iniciado o
período máximo não pode exceder 3 procedimento judicial.
anos. -Quem oferece: Ministério Público.
-A manutenção deve ser reavaliada no -O que é: forma de exclusão do processo
máximo a cada 6 (seis) meses. -A remissão não implica
-A liberação será compulsória aos 21. necessariamente o reconhecimento ou
-Só poderá ser aplicada quando: o ato comprovação da responsabilidade, nem
infracional for cometido mediante grave prevalece para efeito de antecedentes,
ameaça ou violência a pessoa; reiteração podendo incluir eventualmente a
no cometimento de outras infrações aplicação de qualquer das medidas
graves; ou então descumprimento previstas em lei, exceto a colocação em
reiterado e injustificável de medida regime de semiliberdade e a internação.
anteriormente imposta (nesse caso, não
poderá ultrapassar 3 meses).
INFILTRAÇÃO DE AGENTES:
• Autorização judicial, ouvido o Ministério Público.
• Requerimento do Ministério Público ou representação de delegado de polícia e
conterá a demonstração de sua necessidade, o alcance das tarefas dos policiais, os
nomes ou apelidos das pessoas investigadas e, quando possível, os dados de conexão
ou cadastrais que permitam a identificação dessas pessoas.
• Não poderá exceder o prazo de 90 (noventa) dias, sem prejuízo de eventuais
renovações, desde que o total não exceda a 720 (setecentos e vinte) dias e seja
demonstrada sua efetiva necessidade, a critério da autoridade judicial.
• As informações da operação de infiltração serão encaminhadas diretamente ao juiz
responsável pela autorização da medida, que zelará por seu sigilo.
229
O delito do art. 240 do ECA - Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar,
por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou
adolescente: (...) - é classificado como crime formal, comum, de subjetividade passiva
própria, consistente em tipo misto alternativo. (STJ)
Se a infração penal envolveu dois adolescentes, o réu deverá ser condenado por dois
crimes de corrupção de menores. (STJ)
Súmula 605-STJ: A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração de ato
infracional nem na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, inclusive na
liberdade assistida, enquanto não atingida a idade de 21 anos.
Art. 14. Verificada a ocorrência de ação ou omissão que implique a ameaça ou a prática
de violência doméstica e familiar, com a existência de risco atual ou iminente à vida ou à
integridade física da criança e do adolescente, ou de seus familiares, o agressor será
IMEDIATAMENTE afastado do lar, do domicílio ou do local de convivência com a vítima:
I - pela AUTORIDADE JUDICIAL;
II - pelo DELEGADO DE POLÍCIA, quando o Município não for sede de comarca;
III - pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver
delegado disponível no momento da denúncia. [ATENÇÃO: Aqui pode ser qualquer
policial – PC, PF, PRF, PF, PP].
§ 2º Nas hipóteses previstas nos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será comunicado
no PRAZO MÁXIMO DE 24 (VINTE E QUATRO) HORAS e decidirá, em igual prazo, sobre a
manutenção ou a revogação da medida aplicada, bem como dará ciência ao Ministério
Público concomitantemente.
ATENÇÃO: embora essa lei tenha trazido diversas disposições que se equiparam às da Lei
Maria da Penha, há diferenças. Vejamos:
230
LEI MARIA DA PENHA LEI HENRY BOREL
Art. 18. Recebido o expediente com o Art. 15. Recebido o expediente com o
pedido da ofendida, caberá ao juiz, no pedido em favor de criança e de
prazo de 48 (quarenta e oito) horas: adolescente em situação de violência
I - conhecer do expediente e do pedido e doméstica e familiar, caberá ao juiz, no
decidir sobre as medidas protetivas de prazo de 24 (vinte e quatro) horas:
urgência; I - conhecer do expediente e do
pedido e decidir sobre as medidas
II - determinar o encaminhamento da
protetivas de urgência;
ofendida aoórgão de assistência judiciária,
quando for o caso; II - determinar o encaminhamento do
responsável pela criança ou pelo
II - determinar o encaminhamento da
adolescente ao órgão de assistência
ofendida ao órgão de assistência judiciária,
judiciária, quando for o caso;
quando for o caso, inclusive para o
ajuizamento da ação de separaçãojudicial, III - comunicar ao Ministério
de divórcio, de anulação de casamento ou Público para que adote as
de dissolução de união estável perante o providências cabíveis;
juízo competente; (Redação dada pela Lei - determinar a apreensão imediata de
nº 13.894, de 2019) arma defogo sob a posse do agressor.
III - comunicar ao Ministério Público para
queadote as providências cabíveis.
- determinar a apreensão imediata de
arma de fogo sob a posse do agressor.
(Incluído pela Lei nº 13.880, de 2019)
Art. 16. As MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA poderão ser concedidas pelo juiz, a
requerimento do MINISTÉRIO PÚBLICO, da AUTORIDADE POLICIAL, do CONSELHO
TUTELAR ou a pedido da PESSOA que atue em favor da criança e do adolescente.
231
Seguirá o rito cautelar de antecipação de
prova:
• quando a criança ou o adolescente
tiver menos de 7 (sete) anos;
• em caso de violência sexual.
• Não será admitida a tomada de novo depoimento especial, salvo quando justificada
a sua imprescindibilidade pela autoridade competente e houver a concordância da
vítima ou da testemunha, ou de seu representante legal.
EXCEÇÕES:
Art. 3º Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação
criminal quando:
I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação;
II – o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado;
III – o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes
entre si;
IV – a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da
autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da
autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa;
V – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações;
VI – o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do
documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais.
Parágrafo único. As cópias dos documentos apresentados deverão ser juntadas aos autos
do inquérito, ou outra forma de investigação, ainda que consideradas insuficientes para
identificar o indiciado.
Art. 5º-A, § 1o As informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos
não poderão revelar traços somáticos ou comportamentais das pessoas, exceto
determinação genética de gênero, consoante as normas constitucionais e internacionais
sobre direitos humanos, genoma humano e dados genéticos.
232
EXCLUÍDO acusados sob prisão cautelar em qualquer de suas modalidades.
Tal exclusão não trará prejuízo a eventual prestação de medidas
de preservação da integridade física desses indivíduos por parte
dos órgãos de segurança pública.
CRIMES DE TRÂNSITO
Aplica-se: composição civil dos danos; transação penal; ação penal condicionada à
LESÃO Representação.
CORPORAL Exceto:
CULPOSA -agente estiver sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa
NO que determine dependência;
TRÂNSITO -agentes estiver participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição
automobilística, de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo
automotor, não autorizada pela autoridade competente;
-agente estiver transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em
50 km/h (cinquenta quilômetros por hora).
Homicídio culposo
-Não possui CNH.
Pena AUMENTADA de -Faixa de pedestre ou calçada.
1/3 à METADE -Deixa de prestar socorro.
-No exercício de sua profissão ou atividade, estiver
conduzindo veículo de transporte de passageiros.
QUALIFICADORA -Se o agente está embriagado.
(pena de 5 a 8 anos)
ATENÇÃO: essa mesma causa de aumento de 1/3 à metade serve em caso de lesão
corporal culposa.
Súmula nº 575, STJ: “Constitui crime a conduta de permitir, confiar ou entregar a direção
233
de veículo automotor a pessoa que não seja habilitada, ou que se encontre em qualquer
das situações previstas no art. 310 do CTB, independentemente da ocorrênciade lesão ou
de perigo de dano concreto na condução do veículo.
Nos crimes de trânsito tutelados pelo CTB, não cabe ao autor do delito presumir o estado
de saúde da vítima e avaliar a conveniência de socorrê-la. Para a observância dacausa de
aumento da pena prevista no artigo 302, § 1º, inciso III, da Lei nº 9.503/1997, revela-se
desinfluente a circunstância de a morte haver sido instantânea, não cabendo ao agente
presumir o estado de saúde da vítima e avaliar a conveniência de socorrê-la. (STF)
A causa de aumento prevista no art. 302, § 1º, II, do Código de Trânsito Brasileiro não exige
que o agente esteja trafegando na calçada, sendo suficiente que o ilícito ocorra nesse local.
(STJ)
Crime de dirigir sem habilitação é absorvido pela lesão corporal culposa na direção de
veículo. (STF)
O crime do art. 307 do CTB somente se verifica em caso de violação de suspensão ou
proibição de dirigir imposta por decisão judicial (não vale suspensão imposta por decisão
administrativa). (STJ)
Para a incidência da causa de aumento de pena prevista no art. 302, § 1º, IV, do CTB, é
irrelevante que o agente esteja transportando passageiros no momento do homicídio
culposo cometido na direção de veículo automotor. (STJ)
O fato de o autor de homicídio culposo na direção de veículo automotor estar com a CNH
vencida não justifica a aplicação da causa especial de aumento de pena descrita noinciso I
do § 1º do art. 302 do CTB.
O inciso I do § 1º do art. 302 pune o condutor que "não possuir Permissão para Dirigir ou
Carteira de Habilitação". O fato de o condutor estar com a CNH vencida não se amolda a
essa previsão não se podendo aplicá-lo por analogia in malam partem. (STJ).
Art. 1 Em caso de acidente de trânsito, a autoridade ou agente policial que primeiro tomar
conhecimento do fato poderá autorizar, INDEPENDENTEMENTE DE EXAME DO LOCAL, a
imediata remoção das pessoas que tenham sofrido lesão, bem como dos veículos nele
envolvidos, se estiverem no leito da via pública e prejudicarem o tráfego.
Parágrafo único. Para autorizar a remoção, a autoridade ou agente policial lavrará boletim
da ocorrência, nele consignado o fato, as testemunhas que o presenciaram e todas as
demais circunstâncias necessárias ao esclarecimento da verdade.
234
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS (PRD)
Pessoa física. Pessoa jurídica
Prestação de serviços à Suspensão parcial ou total de
comunidadeInterdição temporária atividadesInterdição temporária de
de direitos Suspensão parcial ou estabelecimento, obra ou atividade
total de atividades. Proibição de contratar com o poder
Prestação pecuniária. público.
Recolhimento domiciliar.
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo,
ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursosalternativos.
235
Quando a lei determina a agravação Deve o juiz fixá-lo entre 1/5 e 1/3 ,
ou atenuação da pena sem guardados os limites da pena cominada ao
mencionar o quantum. crime.
Art. 326-B. Assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar, por qualquer meio,
candidata a cargo eletivo ou detentora de mandato eletivo, utilizando-se de menosprezo
ou discriminação à condição de mulher ou à sua cor, raça ou etnia, com a finalidade de
impedir ou de dificultar a sua campanha eleitoral ou o desempenho de seu mandato
eletivo.
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço), se o crime é cometido contra
mulher:
I – gestante;
II – maior de 60 (sessenta) anos;
III – com deficiência.
Art. 327. As penas cominadas nos arts. 324, 325 e 326 aumentam-se de 1/3 (um terço) até
metade, se qualquer dos crimes é cometido:
I – contra o presidente da República ou chefe de governo estrangeiro;
II – contra funcionário público, em razão de suas funções;
III – na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da ofensa;
IV – com menosprezo ou discriminação à condição de mulher ou à sua cor, raça ou etnia;
V – por meio da Internet ou de rede social ou com transmissão em tempo real.
LEI TORTURA
236
ESPÉCIES:
• TORTURA PROBATÓRIA, PERSECUTÓRIA, INSTITUCIONAL OU INQUISITORIAL:
com o fim de obter INFORMAÇÃO, DECLARAÇÃO ou CONFISSÃO da vítima ou de
terceira pessoa.
• TORTURA CRIME: para PROVOCAR ação ou omissão de natureza criminosa.
• TORTURA DISCRIMINATÓRIA, PRECONCEITUOSA OU TORTURA RACISMO: em
razão de discriminação RACIAL ou RELIGIOSA.
• TORTURA CASTIGO OU PUNITIVA: SUBMETER alguém, sob sua guarda, poder ou
autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a INTENSO sofrimento físico
ou mental, como forma de aplicar CASTIGO PESSOAL ou MEDIDA DE CARÁTER
PREVENTIVO. [Crime próprio]
• TORTURA EQUIPARADA: Na mesma pena INCORRE quem submete pessoa presa
ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da
prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal. [Não tem
finalidade específica]
• TORTURA OMISSÃO OU IMPRÓPRIA: Aquele que SE OMITE em face dessas
condutas, quando TINHA o DEVER DE EVITÁ-LAS ou APURÁ-LAS, INCORRE na pena de
detenção de 1 a 4 anos. [Não hediondo] [Cabe sursis]
Qualificadoras: se resulta lesão corporal grave ou gravíssima ou morte.
TORTURA COM RESULTADO MORTE TORTURA COMO MEIO PARA MATAR
A intenção era a de torturar, a morte foi A intenção era desde o início a de matar,
consequência, foi "sem querer"... isso só que o agente se utilizou da tortura para
caracteriza crime Preterdoloso (ou seja, atingir o objetivo morte. Quando a
Dolo na tortura e Culpa na morte). questão diz que o agente assume o risco de
produzir o resultado morte, refere-se ao
dolo eventual (uma das modalidades do
dolo), o que indica a intenção de cometer
o homicídio qualificado pela tortura.
Art. 2º O disposto nesta Lei APLICA-SE ainda quando o crime não tenha sido cometido em
território nacional, sendo a vítima brasileira [extraterritorialidade incondicionada] ou
encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira (extraterritorialidade
condicionada).
237
No crime de praticar, induzir ou incitar a discriminação ou
EFEITO DA preconceito, se as condutas são praticadas por meio de
CONDENAÇÃO comunicação social ou publicações, é efeito automático da
AUTOMÁTICO condenação após o trânsito em julgado a destruição do
material apreendido.
Art. 20. PRATICAR, INDUZIR OU INCITAR a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia,
religião ou procedência nacional.
§ 2º-B Sem prejuízo da pena correspondente à violência, incorre nas mesmas penas
previstas no caput deste artigo quem obstar, impedir ou empregar violência contra
quaisquer manifestações ou práticas religiosas.
Art. 20-D. Em TODOS os atos processuais, cíveis e criminais, a vítima dos crimes de racismo
deverá estar acompanhada de advogado ou defensor público.
ROL TAXATIVO: (critério legal. Não admite cláusulas salvatórias – permitem que o juiz, no
caso concreto, retire a hediondez) TENTADOS OU CONSUMADOS:
238
e 144 da CF. [GRAVE NÃO]
• ROUBO circunstanciado pela restrição da liberdade da vítima, pelo emprego de
arma de fogo permitido, proibido e restrito; e qualificado pela lesão corporal grave ou
morte.
• EXTORSÃO qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência e lesão
corporal ou morte.
• EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO e na forma qualificada.
• ESTUPRO.
• ESTUPRO DE VULNERÁVEL.
• EPIDEMIA com resultado morte.
• FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO ou ALTERAÇÃO de produto destinado
a fins terapêuticos ou medicinais.
• FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO ou de outra forma de exploração sexual de
criança, adolescente ou vulnerável.
• FURTO qualificado pelo emprego de explosivos.
• GENOCÍDIO.
• Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso PROIBIDO.
• COMÉRCIO ilegal de arma de fogo.
• TRÁFICO internacional de arma de fogo, acessório ou munição.
• ORGANIZAÇÃO CIMINOSA direcionada a prática de crime hediondo ou equiparado.
São insuscetíveis de: anistia (CN +PR), graça, indulto (PR) e fiança.
PRISÃO TEMPORÁRIA: 30 dias + 30 dias.
239
Homicídio doloso; Sequestro ou cárcere privado; Roubo; Extorsão;
ROL Extorsão mediante sequestro; Estupro; Epidemia com resultado de
TAXATIVO morte; Envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou
DE CRIMES medicinal qualificado pela morte; Associação criminosa; Genocídio
Tráfico de drogas; Crimes contra o sistema financeiro.
A prisão temporária, além dos crimes visto acima, também é cabível
para crimes hediondos e equiparados.
APENAS na fase investigatória (tanto em relação ao inquérito policial
MOMENTO quanto a outros procedimentos investigatórios).
• CRIMES COMUNS: 5 dias, prorrogáveis por + 5 dias.
PRAZOS • CRIMES HEDIONDOS: 30 dias, prorrogáveis por + 30 dias.
Art. 2º, § 4º O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso SOMENTE
poderá ser AVOCADO OU REDISTRIBUÍDO por SUPERIOR HIERÁRQUICO, mediante
despacho fundamentado, por motivo de interesse público ou nas hipóteses de
inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da corporação que
prejudique a eficácia da investigação.
§ 6º O INDICIAMENTO, PRIVATIVO DO DELEGADO DE POLÍCIA, dar-se-á por ato
fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria,
materialidade e suas circunstâncias.
LEI ANTITERRORISMO
240
ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL
CONCEITOS IMPORTANTES
Toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada
em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica
DISCRIMINAÇÃO RACIAL que tenha por objeto anular ou restringir o
OU ÉTNICO-RACIAL reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de
condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais
nos campos político, econômico, social, cultural ou em
qualquer outro campo da vida pública ou privada.
Toda situação injustificada de diferenciação de acesso e
DESIGUALDADE RACIAL fruição de bens, serviços e oportunidades, nas esferas
pública e privada, em virtude de raça, cor, descendência ou
origem nacional ou étnica.
DESIGUALDADE DE Assimetria existente no âmbito da sociedade que acentua
GÊNERO E RAÇA a distância social entre mulheres negras e os demais
segmentos sociais.
Página 212: foi acrescentado o caso de utilização de ativo virtual no quadro de aumento
de pena.
Página 237: foi retificado o aumento de pena da lei de tortura para que conste 1/6 a 1/3.
Página 238: o aumento de 1/3 à metade nos crimes praticados por funcionário público se
dá apenas nos crimes previstos nos arts. 2º-A e 20 da Lei.
241
18/10/23
MEDICINA LEGAL
DELTA
Documentos médico‐legais
Diferença entre auto e laudo médico legal: os relatórios médico-legais são os
documentos resultantes da atuação do serviço médico-legal. Podem se apresentar na
forma de auto, quando ditado ao escrivão, ou laudo, elaborado pelo próprio perito.
O Relatório médico-legal é divido em 7 partes:
1) Preâmbulo: É uma introdução. Nele consta data, hora, local, nome, qualificação
do examinado, qualificação dos peritos.
2) Histórico: Relato dos fatos ocorridos, por informações colhidas do interessado
ou de terceiros.
3) Quesitos: São as perguntas que os técnicos irão responder, de forma afirmativa
ou negativa.
4) Descrição: É a parte mais importante do relatório. Visum et repertum (ver e
repetir). O perito deve traduzir em palavras as sensações que experimenta ao
realizar o exame.
5) Discussão: As lesões encontradas são analisadas cientificamente e comparadas
com os dados históricos, gerando a formulação de hipóteses.
6) Conclusão: O perito toma uma postura após o diagnóstico, juízo de valor.
7) Resposta aos quesitos: Tem como finalidade estabelecer a existência de um
fato típico ou não.
242
Parecer médico legal: consulta médico-legal que envolve divergência importante sobre
interpretação de determinada perícia. Não há DESCRIÇÃO. São partes do parecer:
preâmbulo, exposição, discussão e conclusão.
Atestado médico: informações prestadas por escrito a respeito de determinado fato
de interesse médico, bem como suas consequências.
Notificação: comunicação feita por profissional da saúde, em determinados casos,
compulsória, como ocorre na Lei de transplante de órgãos.
JÁ CAIU (VUNESP 2018) Toda perícia médico-legal se materializa por meio da emissão
de um documento denominado laudo pericial. A parte do laudo, minudente,
pormenorizada, detalhada e que dá embasamento à prova pericial é denominada
Descrição. (CORRETO)
Identificação criminal
Fundamentos biológicos ou técnicos para um método ser aceitável e seguro:
1) Unicidade: determinado elemento seja especifico daquele indivíduo,
distinguindo-se dos demais.
2) Imutabilidade: as características precisam ser imutáveis, não se alterando com
o passar do tempo.
3) Perenidade: capacidade de determinados elementos resistirem à ação do
tempo, durando por toda a vida, e até após a morte, como por exemplo o
esqueleto.
4) Praticabilidade: o método deve ser prático, tanto na obtenção quanto no
registro.
5) Classificabilidade: deve haver metodologia no arquivamento, propiciando
rapidez e facilidade na busca dos registros.
243
• Mnemônico para ajudar na hora da prova*:
V 4
E 3
I 2
A 1
*Arco = 1, Presilha Interna = 2, Presilha Externa = 3 e Verticilo = 4.
Tanatologia
Sinais de morte:
1) Abióticos ou avitais negativos:
1.1) Imediatos/ morte aparente/ probabilidade:
• Perda da consciência
• Insensibilidade
• Imobilidade
• Abolição do tônus muscular
• Cessação da circulação
1.2) Consecutivos/tardios/mediatos/certeza de morte:
• Evaporação tegumentar (desidratação – mancha negra escleral de Sommer-
Larcher)
• Resfriamento cadavérico (algor mortis): Temperatura retal diminui 0,5 graus nas
primeiras 3h da morte, depois diminui 1,5 graus por hora. Só vale para as
primeiras 12 a 15 horas da morte.
• Hipóstase (livor mortis): se formam manchas esparsas com 2 a 3 horas da morte;
generalizam ou ficam difusas em 6 a 8 horas; fixam-se entre 6 a 12h e são visíveis
até a putrefação.
• Rigidez cadavérica (rigor mortis): acidificação dos músculos por falta de
oxigenação. Lei de Nysten Sommer-Larcher: começa com 2h, se generaliza com
5 a 8 horas e vai até 24h após a morte, com o início da putrefação. Desaparece
com 36 a 48h.
• Espasmo cadavérico.
2) Transformativos
2.1) Destrutivos:
• Autólise: destruição das células pela ação de suas próprias enzimas.
• Putrefação: decomposição da matéria orgânica.
• Maceração séptica: líquido contaminado. Ex.: afogamento.
• Maceração asséptica: fetos retidos a partir do 5º mês de gestação. Sem
presença de germes no líquido amniótico.
2.2) Conservadores:
• Mumificação: ocorre após o 2º ou 3º mês após a morte. Falta de umidade
é condição essencial. Pode ser provocado ou artificial (embalsamento),
geral ou local, espontâneo ou natural, superficial ou profunda.
244
• Saponificação ou adipocera: transforma o tecido do corpo em substância
amarelo-acinzentada, untuosa, mole ou quebradiça. Se dá em torno de 1,
2 ou 3 meses após a morte.
• Corificação: dá ao cadáver aspecto semelhante ao couro.
Fases/períodos da putrefação:
• Coloração ou cromática: surge entre 20 e 24 horas após a morte e pode durar
até 7 dias. Tem início com a mancha verde abdominal localizada na fossa ilíaca
direita.
• Enfisema ou gasosa: inicia em média de 2 semanas e se torna máxima em 5 a 7
dias. Em razão dos gases produzidos no interior do cadáver, este adquire
aparência de agigantamento, com protusão da língua e inchaço dos genitais.
Circulação póstuma de Brouardel.
• Coliquativa: dissolução do cadáver pela ação das bactérias e da fauna cadavérica.
• Esqueletização: redução do cadáver às suas partes ósseas.
245
ambiente de aproximadamente 20 ºC e ausência de fatores internos e externos que
possam influenciar a cronologia de fenômenos cadavéricos, constitui, com maior
probabilidade, uma estimativa aproximada correta do tempo de morte (intervalo post
mortem):
A) 4 horas
B) 7 horas
C) 15 horas
D) 24 horas
E) 36 horas
GABARITO: C
Devemos fazer o seguinte raciocínio:
Livores fixos: acima de 8 horas(livores não fixos de 1 a 2 horas).
Rigidez cadavérica em todo o corpo: acima de 8 horas (rigidez se dá com 2h pós morte e
se geral depois de 8h.
Mancha verde abdominal: se dá depois de 24h, é início da fase cromática.
Sendo assim, o tempo que mais se aproxima é 15 horas.
Traumatologia
246
Espectro equimótico de Legrand Du Saulle
TEMPO COLORAÇÃO
1 a 2 dias Vermelho
2 a 3 dias Violáceo
4 a 6 dias Azulada
7 a 10 dias Esverdeada
12 a 15 dias Amarelada
15 a 20 dias Desaparecimento
- raramente há sangramento;
Lesões - não se vê tanto “estrago” na superfície da pele, entretanto, pode
produzidas haver gravidade na profundidade, pelos órgãos e tecidos atingidos;
por ação - quase sempre de menor diâmetro que o do instrumento causador,
perfurante graças à elasticidade e à retratilidade dos tecidos cutâneos.
247
Lei de Langer Na confluência de regiões de linhas de forças diferentes (como
(POLIMORFISMO) por exemplo a região posterior da coxa), a extremidade da lesão
toma o aspecto estrelado, polimorfo.
BALÍSTICA
Orifício de entrada Orifício de saída
Regular Dilacerado (irregular)
Invertido Evertido (bordas pra fora)
Proporcional ao projétil Desproporcional ao projétil (maior)
Com orlas e zonas Sem orlas e zonas
• Trajeto: caminho percorrido pelo projétil no interior do corpo da vítima (trajetO = dentrO)
• Trajetória: caminho percorrido pelo projétil da arma de fogo até a superfície atingida, ou
seja, fora do corpo (trajetóriA = forA).
Orlas ou Halos
• Orlas de escoriação/contusão: causada pelo embate do projétil na rede de capilares
da pele, gerando uma pequena região equimótica (anel de Fisch).
• Orla de enxugo: se forma porque o projétil ao atravessar o cano da arma, se cobre
de resíduos, como graxa, óleo de limpeza da arma, fuligem etc. quando o projétil
entra na pele ele se “limpa” essas impurezas, “enxuga-se” nas bordas da ferida.
• Zona de chamuscamento: disparo efetuado próximo ao alvo, sendo a pele
queimada pela chama e calor que saem da boca do cano da arma. Até 5cm de
distância.
• Zona de esfumaçamento: fumaça (grãos de pólvora combustas) decorrente do
disparo pode atingir o alvo e depositar-se ao redor do ferimento de entrada, quando
a distância for até 30cm.
• Zona de tatuagem: causada pela dispersão de grãos de pólvora incombustas que
atuam como verdadeiros projéteis secundários, penetrando na pele e dando o
aspecto de uma tatuagem. Disparos realizados até 50cm do alvo.
248
Distância Zona de Zona de Zona de tatuagem
chamuscamento esfumaçamento
Até 5cm Sim Sim Não
De 5cm a 10cm Não Sim Sim
De 10cm a 30cm Não Sim Sim
Até 50cm Não Não Sim
Mais de 50cm Não Não Não
• Câmara de mina ou Câmara de Hoffman: ocorre nos tiros encostados com plano
ósseo logo abaixo. Assim, os gases e as micropartículas não conseguem perfurar,
causando ferimento estrelado e de bordos evertidos, em razão do refluxo dos gases.
• Sinal de Romanesi ou Romanese: embora o ferimento de saída não apresente, em
regra, orla de escoriação, quando o corpo atingido pelo disparo está encostado num
anteparo, o projétil, ao sair, em razão da resistência dos tegumentos, causará orla
de escoriação, também na saída.
JÁ CAIU (VUNESP 2018) Com relação aos ferimentos de entrada em lesões produzidas
por projéteis de arma de fogo, é correto afirmar: a aréola equimótica é representada por
uma zona superficial e relativamente difusa, decorrente da sufusão hemorrágica oriunda
da ruptura de pequenos vasos localizados nas vizinhanças do ferimento, geralmente de
tonalidade violácea. (CORRETO)
Asfixiologia
Sinais externos:
• Cianose da pele (cor arroxeada ou azulada).
• Equimoses conjuntivas; espuma na boca (cogumelo de espuma); Pink teeth.
• Projeção da língua para fora da boca.
• Resfriamento lento do cadáver.
249
Asfixias complexas:
• Estrangulamento: constrição produzida por braço mecânico acionado por força
estranha ao peso do corpo. Típico nos casos de homicídio. Produz sulco contínuo,
com mesma profundidade, abaixo do osso hioide, horizontal, frequentemente tem
mais de uma volta do laço.
• Enforcamento: constrição produzida por braço mecânico acionado pelo peso do
próprio corpo. É completo quando o corpo fica suspenso no ar. Sulco descontínuo,
interrompendo-se nas proximidades do nó. Situa-se acima do osso hioide. É
profundo na região do pescoço oposta ao nó e superficial próximo ao nó. A direção
do nó é oblíqua ascendente.
Asfixias mistas:
• Aquelas que se confundem e se superpõem, em graus variados, aos fenômenos
circulatórios, respiratórios e nervosos: ESGANADURA.
JÁ CAIU (VUNESP 2022) Vítima do sexo feminino, caucasiana, 38 anos, encontrada morta
por familiares com barbante envolto no pescoço. A avaliação necroscópica revelou no
exame externo sulco cervical estreito horizontalizado, ininterrupto, sem marca de nó;
além de marcas de escoriação lineares, perpendiculares ao sulco, bilateralmente. O
exame interno do cadáver demonstrou hemorragia no tecido muscular cervical de
sustentação do feixe vásculo-nervoso. Pulmões hiperinsuflados. Petéquias em pulmões
e coração. Congestão polivisceral. A provável causa mortis foi asfixia por:
estrangulamento. (CORRETO)
Qual foi o principal sinal que nos permitiu chegar ao estrangulamento?
“Sulco cervical estreito horizontalizado” que indica o estrangulamento. No
enforcamento, o sulco é oblíquo ascendente.
250
Lesões por ações térmicas
Toxicomanias e Embriaguez
Modalidades de Embriaguez:
• Não acidental: em regra, não exclui a imputabilidade penal, tanto na modalidade
culposa, quanto na voluntária.
• Acidental: o indivíduo ficou embriagado por acidente de forma fortuita ou por ter
sido obrigada por terceiros, como força maior. Exclui a imputabilidade ou atenua
a pena.
• Patológica: É a situação do indivíduo que bebe um pouquinho, mas ele fica
completamente desorientado, embriagado, mesmo tendo tomado uma
quantidade de substância que não faria mal a ninguém. Exclui a imputabilidade ou
atenua a pena.
• Preordenada: Previamente ordenada, com o objetivo especial de agir, ou seja, a
pessoa fica embriagada para comete atos ilícitos, por essa razão, se trata de uma
circunstância agravante.
Fases da embriaguez:
• Fase do macaco: o sujeito fica animado, falador, verborreico (falar demais);
• Fase do Leão (médico legal): fase de agressividade irritabilidade, fase em que
pode cometer crimes.
• Fase do porco: comatosa não há mais consciência.
Drogas:
• Psicolépticas: DEPRESSORAS do SNC. Álcool, barbitúricos, opiáceos e
benzodiazepínicos. Mnemônico: BOBA.
• Psicoanalépticas: ESTIMULANTES do SNC. Cocaína, anfetaminas, ecstasy, crack.
• Psicodislépticas: PERTURBADORAS do SNC. Maconha, mescalina, cogumelo, LSD,
Ayauasca (santo daime).
JÁ CAIU (VUNESP 2015) Durante uma avaliação pericial em um homem de 22 anos, são
constatadas as seguintes características: lesões puntiformes em região antecubital
direita; pupilas extremamente mióticas; rebaixamento do nível de consciência; redução
da frequência respiratória e redução da temperatura corpórea. Em relação aos achados
251
descritos, assinale a alternativa correta. Os achados corroboram o uso de droga ilícita
com característica do tipo opioide (heroína). (CORRETO)
Sexologia Forense
Tipos de aborto:
• Legal/terapêutico: quando não há outro meio de salvar a vida da gestante. Está
previsto no art. 128, I, CP. Não existe crime (estado de necessidade).
• Sentimental ou humanitário: autorizado quando a gravidez é decorrente de
estupro, desde que autorizado pela gestante, previsto no art. 128, II, CP. Não
existe crime.
• Natural: gravidez é interrompida de forma espontânea pelo organismo da
gestante. Não existe crime.
• Acidental: decorre de causas externas, acidentes. Não existe crime, visto que não
existe dolo.
• Doloso: quando a gestante age para interromper a gravidez. Crime previsto nos
artigos 124 a 127, CP.
• Eugênico: quando o feto apresenta graves e irreversíveis deformidades. Caso de
anencefalia, conforme decidido pelo STF não é crime.
• Econômico: tem como justificava do aborto a situação de miséria da gestante,
qualifica como aborto.
• Honoris Causa: realizado para oculta desonra própria, qualifica como aborto.
JÁ CAIU (VUNESP 2014) Mulher de 23 anos de idade, sexualmente ativa, procura serviço
médico devido a fortes e lancinantes dores abdomino- pélvicas há 1 hora. O exame clínico,
associado a exames laboratoriais e de imagem, revela gestação ectópica com embrião
fixado e viável em tuba uterina esquerda. A paciente evade-se do local e 3 meses após
retorna, agora com franco quadro de hemorragia interna, evoluindo com choque
hemodinâmico e parada cardiorrespiratória. Os médicos revertem a parada e, analisando
o histórico, determinam que a causa do sangramento provém da ruptura da tuba uterina,
que é imediatamente retirada cirurgicamente. Essa condição configura, do ponto de vista
médico-legal, um aborto terapêutico. (CORRETO)
252
JÁ CAIU (VUNESP 2022) No que se refere ao estabelecido na legislação vigente que aborda
a violência sexual, é correto afirmar que a interrupção legal de uma gravidez indesejada,
decorrente de violência sexual, pode ser realizada com base na caracterização da violência
através do relato da vítima, mesmo na ausência de parecer técnico pelo Instituto Médico
Legal. (CORRETO)
JÁ CAIU (VUNESP 2014) A expulsão de um concepto do útero materno, com menos de 20
semanas de gestação, devido à presença de um leiomioma uterino, é considerada um
aborto espontâneo. (CORRETO)
ENTALHES ROTURAS
-São congênitos (a mulher já nasce com o -São traumáticas.
hímen irregular). -Mais profundas geralmente.
-Geralmente apresentam ângulos Bordas irregulares com tecido cicatricial
arredondados formato de U. espesso.
-Bordas regulares, disposições simétricas e -Bordas coaptam-se totalmente.
sem processo inflamatório. -Geralmente ângulos agudos – formato de V.
→ No Brasil, há uma elevada incidência de casos de violência sexual. Além do exame clínico,
há a necessidade de constatar o sêmen coletado do corpo da vítima. Um exame indicativo
de sêmen em casos forenses é a detecção de ANTÍGENOS PROSTÁTICOS ESPECÍFICOS.
→ A presença do PSA na secreção vaginal é considerada um vestígio de ocorrência de
conjunção carnal.
→ Em caso de “agente vasectomizado” a ejaculação é constatada no fluido vaginal através
da dosagem de fosfatase ácida (acima de 300 UI) ou pela presença de glicoproteína P30
(PSA).
Transtornos sexuais
Parafilias:
• Anafrodisia: diminuição do desejo sexual do homem.
• Bestialismo/zoofilia: satisfação sexual com animais.
• Cromoinversão: preferência sexual por parceiro de cor diferente da própria.
• Cronoinversão (gerontofilia): predileção de jovens por pessoas de idade
avançada.
• Cropofilia: prazer sexual relacionado ao contato com fezes ou o ato de
defecação.
• Dollismo: preferência sexual por bonecas ou manequins com conformação
humana.
• Edipismo: tendência ao incesto, prática sexual entre parentes próximos.
• Frigidez: diminuição do desejo sexual da mulher.
• Frotteurismo: necessidade de esfregar os órgãos sexuais em outra pessoa.
• Voyeurismo/mixoscopia: prazer sexual em assistir a relação de outrem.
• Necrofilia: prática de atos sexuais com cadáveres.
• Pedofilia: prática sexual com crianças.
• Pigmalionismo: atração por estátuas.
253
• Riparofilia: atração por mulheres sem higiene, fétidas, imundas. Também fazem
parte desta predileção dos riparofílicos as parceiras que se apresentem
menstruadas ou com infecções vaginais.
• Onanismo: prática compulsiva de automasturbação manual masculina, também
chamada de quiromania.
JÁ CAIU (VUNESP 2014) A atração sexual por estátuas, manequins ou bonecos, que
poderá redundar em prática de simulação de carícias ou de atos libidinosos com tais
objetos em locais públicos, é denominada agalmatofilia ou pigmalionismo. (CORRETO)
JÁ CAIU (VUNESP 2022) A Lei no 9.434/97 dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e
partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento e dá outras providências.
Em relação às sanções penais e administrativas dessa Lei, é correto afirmar que: remover
tecidos, órgãos ou partes do corpo de pessoa ou cadáver, em desacordo com as
disposições dessa Lei, é punível com pena de reclusão de dois a seis anos e multa de 100 a
360 dias-multa (CORRETO)
EPÔNIMOS IMPORTANTES
254
→ Sinal de Janesie-Jeliac: As flictenas, produzidas pelo calor, mesmo podendo ser provocadas
no cadáver, neste elas não têm conteúdo seroso com exsudato leucocitário.
→ Sinal de Lichtenberg: Lesões externas com aspecto arboriforme e tonalidade arroxeada
na eletricidade natural.
→ Marca elétrica de Jellinek: Lesão da pele, tem forma circular, elítica ou estrelada, de
consistência endurecida, bordas altas, leito deprimido, tonalidade branco-amarelada, fixa,
indolor, asséptica e de fácil cicatrização na eletricidade artificial. Pode apresentar também
a forma do condutor elétrico.
→ Máscara equimótica de Morestin: É a congestão da face. É um sinal externo nas asfixias.
→ Sinal de Alfredo Machado: Pequena lesão cicatricial, de forma triangular, com base na
margem do ânus e vértice no períneo ao nível da união dos quadrantes inferiores.
→ Sinal de Sommer e Larcher: É a mancha da esclerótica (no olho). É um fenômeno abiótico
secundário.
255
6/11/23
DIREITO CIVIL
LINDB Com base nas últimas provas (2014, 2018 e 2022) percebemos
que foi cobrada apenas uma questão.
Art. 2º. Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a
modifique ou revogue.
Art. 2°, § 1° a lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando
seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei
anterior.
Art. 2º § 3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei
revogadora perdido a vigência.
256
Art. 1°, § 4° As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
PARTE GERAL
257
CAPACIDADE DE DIREITO OU DE GOZO CAPACIDADE DE FATO OU DE EXERCÍCIO
- TODA pessoa possui. - Aqueles que tem 18 anos completos e
- Trata-se da aptidão para contrair emancipados.
direitos e deveres na ordem civil. - Trata-se da aptidão para exercer, por si só,
- Equipara-se à noção de personalidade, atos da vida civil.
não pode ser recusada. (os recém- - Não subsistem sem a capacidade de
nascidos e pessoas sem discernimento direito.
possuem).
Morte presumida
258
DOMICILIO
PESSOA NATURAL PESSOA JURÍDICA
Domicílio voluntário: é aquele fixado pela Domicílio no lugar onde funcionam as
vontade da pessoa, como exercício da respectivas diretorias e administrações,
autonomia privada. ou onde elegerem o domicílio especial
nos seus estatutos.
Domicílio necessário ou legal: é o imposto Admite-se a pluralidade de domicílios,
pela lei: - o domicílio dos absolutamente e sendo que isso será possível quando a
relativamente incapazes é o mesmo dos pessoa jurídica de direito privado tenha
seus representantes; - o domicílio do diversos estabelecimentos, como as
servidor público ou funcionário público é o agências ou escritórios de
local em que exercer, com caráter representação ou administração.
permanente, as suas funções; - o domicílio
do militar é o do quartel onde servir ou do
comando a que se encontrar subordinado
(sendo da Marinha ou da Aeronáutica); - o
domicílio do marítimo ou marinheiro é o
do local em que o navio estiver
matriculado; - o domicílio do preso é o
local em que cumpre a sua pena.
JÁ CAIU: Domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência
com ânimo definitivo. Sobre o assunto, assinale a alternativa correta.
A) O domicílio do preso é o lugar onde foi julgada a ação penal.
B) O domicílio do servidor público é o lugar em que ele exerce permanentemente suas
funções.
C) O domicílio do incapaz é o do local onde ele for encontrado.
D) Se a pessoa natural não tiver residência habitual, ter-se-á por seu domicílio a última
residência registrada em seu nome.
E) Se a pessoa natural tiver diversas residências, onde alternadamente viva,
considerar-se-á seu domicílio apenas o lugar onde a profissão é exercida.
GABARITO: B
259
BENS IMÓVEIS PARA EFEITOS LEGAIS BENS MÓVEIS PARA EFEITOS LEGAIS
Direitos reais sobre imóveis e as ações Energias que tenham valor econômico;
que os asseguram; direito à sucessão direitos reais sobre objetos móveis e as
aberta. ações correspondentes; direitos pessoais
de caráter patrimonial e respectivas
ações.
UNIVERSALIDADE DE FATO UNIVERSALIDADE DE DIREITO
Pluralidade de bens singulares que, Complexo de relações jurídicas, de uma
pertinentes à mesma pessoa, tenham pessoa, dotadas de valor econômico.
destinação unitária. (ex: biblioteca) (ex: inventário)
GABARITO: E
260
ESTADO DE PERIGO LESÃO
-Extrema necessidade. -Premente necessidade ou inexperiência.
-Obrigação desproporcional. -Obrigação desproporcional e excessiva.
-Conhecimento da parte contrária. -Parte contrária não precisa saber.
-Objeto é o salvamento da vida de si ou -Objeto é qualquer necessidade, que não
de outrem. o salvamento.
OBRIGAÇÕES
Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não
mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso.
SEM Deteriorou-se a coisa sem culpa do devedor, antes da tradição: credor terá
CULPA duas opções: i) resolve a obrigação, não havendo direito a perdas e danos,
visto que não há culpa do devedor; ii) fica com a coisa, abatendo do preço a
desvalorização da coisa. Também não terá perdas e danos.
COM Deteriorou-se a coisa com culpa do devedor, antes da tradição: o credor
CULPA poderá exigir o equivalente da coisa, ou mesmo ficar com a coisa
deteriorada, tendo em qualquer um desses casos direito a perdas e danos,
pois há responsabilidade do devedor.
261
A obrigação de fazer fungível pode ser cumprida por qualquer pessoa,
OBRIGAÇÃO sem que seja o devedor originário. Neste caso, se houver
DE FAZER inadimplemento, com culpa do devedor, poderá o credor exigir que:
FUNGÍVEL o devedor cumpra forçadamente a obrigação; a obrigação seja
cumprida por terceiro à custa do devedor originário; a conversão da
obrigação em perdas e danos, não querendo cumprimento forçado ou
por terceiro. Obs.: Em caso de urgência, pode o credor,
independentemente de autorização judicial, executar ou mandar
executar o fato, sendo depois ressarcido pelo devedor originário.
OBRIGAÇÃO A obrigação de fazer também poderá ser infungível, ou seja,
DE FAZER personalíssima. Neste caso, em caso de inadimplemento, com culpa do
INFUNGÍVEL devedor, o credor tem duas opções: exigir o cumprimento forçado da
obrigação ou exigir perdas e danos. Obs.: No caso de obrigação de fazer
infungível, não é possível pedir para que outro cumpra a obrigação.
Lugar do pagamento
CONTRATOS
262
Vícios redibitórios
RESPONSABILIDADE CIVIL
Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver
pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu,
absoluta ou relativamente incapaz.
263
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano,
poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização.
Não pode ser decretada a prisão civil do devedor de alimentos devidos em razão da
prática de ato ilícito. (STJ)
O simples fato de o condutor responsável pelo acidente de trânsito ter fugido sem
prestar socorro à vítima não configura dano moral in re ipsa; logo, o dano moral terá
que ser demonstrado para que haja indenização. (STJ)
POSSE E PROPRIEDADE
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou
não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.
Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente,
em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida,
podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto.
Súmula nº 619, STJ: “A ocupação indevida de bem público configura mera detenção, de
natureza precária, insuscetível de retenção ou indenização por acessões e benfeitorias.”
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não
autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a
violência ou a clandestinidade.
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação,
restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser
molestado.
§ 1º O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua
própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem
ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse.
264
JÁ CAIU: Tício, mediante ameaça, se apossou do terreno que era possuído por Caio de
forma mansa, pacífica e com animus domini há mais de 30 (trinta) anos. Caio,
utilizando-se de sua própria força, e apenas dos meios indispensáveis, imediatamente
ao esbulho praticado por Tício, restituiu-se na posse, expulsando-o do terreno. Tício,
então, ajuizou uma ação possessória contra Caio, alegando ter sido possuidor do
terreno antes da posse de Caio, por 4 (quatro) anos e possuir título de propriedade do
terreno. Por fim, Tício compareceu à delegacia de polícia, acusando Caio de ter
praticado crime de exercício arbitrário das próprias razões. Acerca do caso narrado,
pode-se corretamente afirmar que:
A) não poderá Caio, na defesa da ação possessória, alegar que adquiriu a área pela
usucapião em razão do tempo e da natureza de sua posse.
B) a conduta de Caio configura o crime de exercício arbitrário das próprias razões, pois
a lei civil veda, de forma expressa, ao possuidor esbulhado restituir-se na posse por
sua própria força.
C) a alegação de Tício de que é proprietário do terreno não poderia ser apresentada
em ação possessória, tendo em vista o acolhimento, pelo Código Civil, da absoluta
separação entre os juízos possessório e petitório.
D) quando mais de uma pessoa se disser possuidora, dever-se-á privilegiar o possuidor
que primeiramente possuiu a coisa, mesmo que esta não esteja na sua posse atual.
E) a posse é um fato que não encontra guarida no ordenamento jurídico, salvo ao
proprietário da coisa, razão pela qual, se Tício comprovar sua propriedade, Caio deve
sair do imóvel, independentemente do tempo de posse.
GABARITO: C
Frutos
265
Deve Restituir: frutos pendentes, ao Responde por todos os frutos colhidos e
tempo em que cessar a boa-fé (depois de percebidos; e pelos que, por culpa sua,
deduzidas as despesas da produção e deixou de perceber, desde o momento
custeio); frutos colhidos com em que se constituiu de má-fé.
antecipação.
Benfeitorias
266
Tempo mínimo 2 anos.
Imóvel de até 250 m.
USUCAPIÃO Exige ausência de interrupção e de oposição, que morador não seja
FAMILIAR proprietário de outro imóvel urbano ou rural, propriedade era dividida
com ex cônjuge ou ex companheiro que abandonou o lar, utilizando-o
para sua moradia ou de sua família.
DIREITO DE FAMÍLIA
REGIME DE BENS
Comunhão Parcial de Bens:
É o regime de bens padrão no Brasil, a menos que os cônjuges optem por outro.
Bens adquiridos antes do casamento e heranças ou doações individuais não entram
na comunhão. Durante o casamento, os bens adquiridos são compartilhados
igualmente pelos cônjuges. Os bens comuns podem ser divididos em caso de divórcio
ou morte de um dos cônjuges.
Comunhão Universal de Bens:
Neste regime, todos os bens, incluindo os adquiridos antes do casamento, são
compartilhados entre os cônjuges. Bens adquiridos por herança ou doação também
entram na comunhão. A dissolução do casamento resulta em uma divisão igualitária
de todos os bens do casal.
Separação de Bens:
Cada cônjuge mantém seus próprios bens, tanto os adquiridos antes quanto durante
o casamento. Qualquer bem adquirido é propriedade exclusiva do cônjuge que o
adquiriu.
Não há partilha de bens em caso de divórcio.
Participação Final nos Aquestos:
É um regime híbrido que combina elementos da comunhão parcial de bens e da
separação de bens. Durante o casamento, os bens são mantidos separados. No
momento da dissolução do casamento, os bens adquiridos por cada cônjuge são
somados, e metade desse valor é partilhado entre eles.
267
Regime de Bens em Pacto Antenupcial:
Os cônjuges têm a liberdade de escolher o regime de bens por meio de um pacto
antenupcial, que é um contrato celebrado antes do casamento. Os termos desse
contrato podem estabelecer qualquer um dos regimes de bens mencionados acima
ou até mesmo regras personalizadas.
JÁ CAIU: José e Maria casaram sob o regime da comunhão universal de bens, no ano
de 1990. Agora decidiram alterar o regime de bens do casamento. Acerca do caso
narrado, assinale a alternativa correta.
A) É possível a modificação do regime desejada pelo casal mediante autorização
judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões
invocadas e ressalvados os direitos de terceiros.
B) A modificação poderá ser realizada, desde que realizada nova habilitação, bem
como celebrado novo casamento, retificando o casamento anterior, ocasionando a
modificação do regime com efeitos ex tunc.
C) O Código Civil de 1916 não previa a alteração do regime matrimonial; logo, a
despeito da previsão existente no vigente Código Civil, não poderá ocorrer a alteração
desejada pelo casal.
D) É possível a modificação do regime mediante requerimento apresentando ao
cartório de registro civil onde celebrado o casamento, desde que o casal apresente de
forma pormenorizada a relação do acervo patrimonial, bem como publique edital
para conhecimento de eventuais interessados.
E) Desde que realizada escritura pública no tabelião de notas, denominada pacto pós-
nupcial, é possível a alteração do regime de bens, devendo o cartório de registro civil
onde o casamento foi celebrado averbar a alteração solicitada pelo casal.
GABARITO: A
Do Casamento
Art. 1.511. O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de
direitos e deveres dos cônjuges.
Art. 1.522, parágrafo único, CC: Se o juiz, ou o oficial de registro, tiver conhecimento da
existência de algum impedimento, será obrigado a declará-lo. Reforçando: a falta de
partilha é causa de suspensão e não de impedimento. Estes estão previstos no art. 1.521,
CC.
268
Art. 1.524, CC: As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser arguidas
pelos parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consanguíneos ou afins, e pelos
colaterais em segundo grau, sejam também consanguíneos ou afins.
III - o adotante com quem foi cônjuge do II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se
adotado e o adotado com quem o foi do desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até
adotante; dez meses depois do começo da viuvez, ou
da dissolução da sociedade conjugal;
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e III - o divorciado, enquanto não houver sido
demais colaterais, até o terceiro grau homologada ou decidida a partilha dos
inclusive; bens do casal;
Art. 1.522. Os impedimentos podem ser Parágrafo único. É permitido aos nubentes
opostos, até o momento da celebração do solicitar ao juiz que não lhes sejam
casamento, por qualquer pessoa capaz. aplicadas as causas suspensivas previstas
nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-
Parágrafo único. Se o juiz, ou o oficial de se a inexistência de prejuízo,
registro, tiver conhecimento da existência respectivamente, para o herdeiro, para o
de algum impedimento, será obrigado a ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou
declará-lo. curatelada; no caso do inciso II, a nubente
deverá provar nascimento de filho, ou
inexistência de gravidez, na fluência do
prazo.
DA INVALIDADE DO CASAMENTO
Art. 1.548. É nulo o casamento contraído:
269
Art. 1.549. A decretação de nulidade de casamento, pelos motivos previstos no artigo
antecedente, pode ser promovida mediante ação direta, por qualquer interessado, ou
pelo Ministério Público.
- Na união estável de pessoa maior de setenta anos (art. 1.641, II, do CC/02), impõe-se o
regime da separação obrigatória, sendo possível a partilha de bens adquiridos na
constância da relação, desde que comprovado o esforço comum.
Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros
legítimos e testamentários.
Art. 1.786. A sucessão dá-se por lei ou por disposição de última vontade.
Art. 1.788. Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a herança aos herdeiros
legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos bens que não forem compreendidos no
testamento; e subsiste a sucessão legítima se o testamento caducar, ou for julgado nulo.
270
Art. 1.789. Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da
herança.
III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança
de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.
Art. 1.815-A. Em qualquer dos casos de indignidade previstos no art. 1.814, o trânsito
em julgado da sentença penal condenatória acarretará a imediata exclusão do herdeiro
ou legatário indigno, independentemente da sentença prevista no caput do art. 1.815
deste Código. (Incluído pela Lei nº 14.661, de 2023)
271
há mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa convivência se tornara
impossível sem culpa do sobrevivente.
TESTAMENTO
JÁ CAIU: Pedro, cantor de sucesso de apenas dezessete anos, preocupado com seus bens,
decide fazer um testamento. Sobre a situação hipotética, assinale a alternativa correta.
A) Caso algum herdeiro necessário não beneficiado pelo testamento decida impugnar a
validade do testamento de Pedro, o prazo é de quatro anos, contado o prazo da data do
seu registro.
B) Se Pedro decidir fazer o testamento particular, ele deve ser escrito de próprio punho.
Se for público, pode ser de próprio punho ou por processo mecânico.
C) Serão nulas as disposições de Pedro se ele favorecer as testemunhas do testamento.
D) Pedro pode fazer o testamento conjuntivo com seu irmão para beneficiar seus pais.
E) Por ser relativamente incapaz, Pedro não pode testar, exceto se assistido por seus pais
ou representantes legais.
GABARITO: C
Parágrafo único. São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos
assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente ou com
auxílio de terceiros:
272
I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da
paternidade ou maternidade;
VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós,
para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente;
VII - mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a
convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou
com avós.
273
INFORMÁTICA
DELTA
SISTEMA OPERACIONAL
PASTAS:
• Local onde pode se armazenas outros arquivos e/ou pastas
ARQUIVOS:
• Unidade de informação de texto, áudio, imagem som ou qualquer outro tipo de
dado
OBS.: A extensão faz parte do nome! Exemplo: arquivo.docx é diferente de arquivo.xlsx
• Caminho completo: C:\Usuário\Delegado\B.O.\arquivo.docx
• Caminho relativo: \arquivo.docx
JÁ CAIU (VUNESP):
O símbolo “>” antes da pasta significa que há outros ambientes dentro dele.
Observe que ao clicar no ambiente “Este Computador”, são mostradas as subpastas que
estavam escondidas antes e o símbolo “>” que antes apontava para a direita ficará
apontado para baixo.
ÁREA DE TRASNFERÊNCIA:
• Armazenamento TEMPORÁRIO.
• Capturas de tela e cópias de texto e imagens
• Ctrl+C (copiar) e Ctrl+X (recortar)
274
• O atalho para visualizar a área de transferência no Windows 10 é: Win+V
(Tecla Windows/Win)
275
Quando um arquivo ou pasta é ARRASTADO de um dispositivo (C:\) para outro (D:\),
pressionando a tecla SHIFT, o arquivo ou pasta será MOVIDO (equivalente a recortar e
colar). Observe abaixo o demonstrativo:
REDES DE COMPUTADORES:
INTERNET:
• Rede mundial de computadores.
• Característica importante: a internet é PÚBLICA (o que não significa que será
gratuita).
• ISP (Provedor de Serviço de Internet): é a empresa que fornece acesso à internet,
geralmente por uma conexão discada, DSL ou de banda larga.
INTRANET:
• Rede interna (privada/restrita/fechada).
• Somente para pessoas autorizadas (colaboradores/funcionários).
• A intranet pode ser acessada mesmo remotamente/à distância (por funcionários
no home office, por exemplo).
EXTRANET:
• É uma extensão da intranet
• Somente para pessoas autorizadas, assim como a intranet
• Destinado a serviços e informações a um grupo restrito.
276
• Voltado para clientes; fornecedores e etc.
PARA FIXAR:
DEEP WEB:
• Parte da internet não indexada por motores de busca convencionais.
• A maior parte da internet é composta pela Deep Web.
DARK WEB:
• Parte da Deep web que requer um software específico para acesso, como o TOR
(The Onion Router).
• Geralmente vinculada a atividades criminosas devido ao anonimato oferecido
por este recurso de proxy chain.
PÁGINA:
• Documento individual que compõe um site.
SITE:
• Conjunto de páginas interligadas que compartilham um mesmo endereço.
NAVEGAÇÃO:
• Ação De explorar, através de um navegador, as páginas da web.
• Acessar informações, recursos, serviços, etc.
MOTORES DE BUSCA:
• Coletam e indexam conteúdos da web. Exemplos: Google, Bing, Yahoo,
DuckDuckGo, etc.
• ENTRE ASPAS: “Metodologia Pompeo” -> significa uma busca exata do que está
dentro das aspas.
277
• OR: Metodologia Pompeo OR Metodologia Beatriz Pompeo -> significa que os
dois termos antes e depois de “OR” são objeto da busca. Metodologia Pompeo
OU Metodologia Beatriz Pompeo.
• - (MENOS): Exclui o termo depois do símbolo de menos “-“.
• SITE: busca em um site específico
• LINK: encontra páginas que contenham links para uma URL específica.
• FILETYPE: procura por arquivos com a EXTENSÃO específica.
• RELATED: encontra sites RELACIONADOS a um site específico.
• INTITLE: procura páginas com TÍTULO específico.
• INURL: busca URLs que contenham os termos especificados.
• INTEXT: procura por páginas que contenham um TERMO específico no corpo do
texto.
MENSAGEM ELETRÔNICA:
E-MAIL:
• Cliente de e-mail: é o programa específico para o gerenciamento de contas de
e-mail. Exemplo: Outlook e Mozzila Thunderbird.
Utilizam-se dos protocolos: SMIP; IMAP e POP3
ATENÇÃO:
O campo Cco fica invisível a todos os outros endereços, incluindo os outros do campo
Cco (com exceção do remetente).
278
VOIP (VOZ SOBRE IP):
• COMUNICAÇÃO SÍNCRONA.
• Principais protocolos:
o SIP (Session Initiation Protocol) – gerenciar chamadas.
o RTP (Real-time Transport Protocol) – transferência de áudio de vídeo em
canais distintos (por isso que em uma videochamada, por exemplo, você
consegue desabilitar o microfone e continuar com o áudio e vice-e-versa.
Opera sobre o UDP (a banca VUNESP chama de camada de aplicação).
o RTCP (Real-time Transport Control Protocol) – controle da qualidade da
chamada.
SOFTWARES MALICIOSOS
VÍRUS:
• Código ou pedaço de programa que se insere em outros arquivos e se propaga
infectando outros arquivos.
• Sua ação depende da ação do usuário, isto é, precisa ser executado para iniciar
a contaminação.
• Precisa de um arquivo hospedeiro.
WORM
• Se propaga automaticamente pela rede (auto replicável \ faz várias cópias de si
mesmo).
• Mecanismo de ação: faz varredura pela rede e identifica vulnerabilidades nos
sistemas.
• Não usam arquivo hospedeiro.
• Consume mais recursos do sistema do que o vírus.
• Não depende da ação do usuário (como por exemplo abrir links, etc).
CAVALO DE TROIA
RANSOMWARE
• “Sequestro” dos dados do disco rígido (CRIPTOGRAFIA).
• Suposta liberação mediante pagamento de criptomoedas.
SPAM
• SPAM NÃO É MALWARE, mas pode ser utilizado como mecanismo para a
disseminação de malwares.
• É o envio em massa de mensagens não solicitadas, geralmente de conteúdo
publicitário e por e-mail.
279
ENGENHARIA SOCIAL
• É o conjunto de técnicas para a manipulação de pessoas para a obtenção de
vantagem de qualquer natureza.
PHISHING
• É o ataque voltado para conseguir informações confidenciais, como senhas e
números de cartão de crédito, por meio de mensagens falsas ou sites
fraudulentos
• Consiste no envio de uma “isca” através de um meio eletrônico, por exemplo: e-
mail, redes sociais, etc.
PHARMING
• É o “envenenamento” de DNS que redireciona de uma máquina ou da rede para
a máquina do atacante (site falso).
FIREWALL
• Filtra as conexões de entrada e saída de um computador a uma rede.
• O filtro ocorre a partir de regras (políticas de segurança) que podem ser alteradas
pelo usuário.
• Embora seja capaz de proteger contra o ataque (a ação de vírus e outras ameaças),
o firewall não substitui o antivírus.
• Um firewall pode ser um software ou um hardware e software, sendo que estes
podem ser usados para proteger vários computadores ao mesmo tempo (também
chamados de firewall da rede).
280
HARDWARE
IMPRESSORAS:
• Jato de tinta: cartucho de tinta líquida.
• Laser: usam toner em pó.
• Matriciais: usam matriz de pinos para imprimir caracteres.
• 3D: criam objetos tridimensionais
• Plotter: desenhos e gráficos de alta qualidade, geralmente em grandes formatos.
SAÍDA: • Impressora
• Monitor
• Plotters
• Microfilme
• Caixas de som, fones, etc.
281
EDITORES DE PLANILHAS ELETRÔNICAS
São programas que se assemelham a uma folha de trabalho, na qual podemos colocar
dados ou valores em forma de tabela e podemos realizar a classificação, filtros e
aproveitar a grande capacidade de cálculo e armazenamento do computador para
conseguir efetuar trabalhos que, normalmente, seriam resolvidos com uma calculadora.
• Validação de dados no EXCEL: serve para determinar os valores que podem ser
inseridos nas células de uma planilha, restringindo a inserção de dados
diferentes daqueles preestabelecidos pelo usuário.
282
=MENOR - segundo o mesmo conceito da função =MAIOR, a função maior te dá a
possibilidade de escolher qual a posição deseja retornar.
=SE - retorna um valor de um teste lógico que permite avaliar uma célula ou um cálculo
e retornar um valor verdadeiro ou um valor falso. Sua sintaxe é: =SE (TESTELÓGICO;
VALORVERDADEIRO; VALOR FALSO).
=CONT.VALORES - contabiliza todas as células selecionadas que possuam algum valor
(Texto ou número).
=CONT.SE - contabiliza todas as células selecionadas desde que atende a um critério
especifico.
=CONCATENAR - permite unir o conteúdo de células diferentes.
=PROCV - procura um valor na primeira coluna a esquerda de uma tabela ou matriz de
valores e retorna um valor na mesma linha de uma coluna especificada.
=PROCH - localiza um valor na linha superior de uma tabela ou matriz de valores e
retorna um valor na mesma coluna de uma linha especificada na tabela ou matriz.
OBS: Em ambas: PROCV E PROCH: A busca por um intervalo pode ser feita por
correspondência aproximada ou por correspondência exata.
EDITORES DE TEXTO:
CONCEITOS IMPORTANTES:
283
MEMORIZE AS PRINCIPAIS FUNÇÕES E A ABA RESPECTIVA NA QUAL SE ENCONTRAM:
PÁGINA INICIAL:
INSERIR:
DESIGN:
LAYOUT:
REFERÊNCIAS:
REVISÃO:
284
EXIBIR:
285