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1) Por qual motivo o Constitucionalismo foi utilizado no primado da Constituição?

Conceito de constitucionalismo:
Termo: Constitucionalidade
Qualidade daquilo que é constitucional, ou seja, que está em conformidade com os preceitos
formais e materiais da Constituição e de ato internacional equivalente a emenda
constitucional. A verificação da constitucionalidade de proposição é feita numa Casa Legislativa
por comissão permanente ou especialmente designada para esse fim. CF, art. 5º, § 3º; RICD,
art. 53, III; RISF, art. 101, I.

O constitucionalismo foi utilizado para contrapor ao contratualismo (Segundo o professor


Fábio Medeiros, existem três pensadores da era moderna conhecidos como os filósofos
contratualistas: Thomas Hobbes, que escreveu o livro Leviatã; John Locke, autor de 'Dois
Tratados sobre o Governo Civil'; e Jean-Jacques Rousseau, escritor do Contrato Social).

Como conceito contratualismo de modo simplista, é um pensamento político e filosófico que


estabelece a ideia de um pacto social como o momento de surgimento da sociedade civil. A
soberania popular, ideias da Revolução Francesa, os poderes constituídos no Estado.

A utilização da Constituição contra os poderes do monarca, limitando-os. Dessa forma, a


Constituição do Estado evitaria os extremos do poder do monarca (reduzido à categoria de
órgão do Estado, portanto, órgão regido constitucionalmente) e da soberania popular (o povo
passa a ser visto como um dos elementos do Estado).

2) Qual a importância da juridicidade da Constituição, à luz dos pensamentos de Kelsen?

Kelsen destaca a importância da juridicidade da Constituição, indo além da idéia da


Constituição estatal: a base da Constituição não é o Estado ou a “força normativa dos fatos”,
mas a norma fundamental, que não é posta, mas pressuposta. 10

3) Como deve ser entendida a Teoria da Constituição?

Entendida por como um ramo próprio da teoria geral do direito público estrutura hierárquica
do processo de criação do direito termina em uma norma que fundamenta a unidade do
ordenamento jurídico. Sentido jurídico - Hans Kelsen: a constituição é fruto da vontade
racional do homem, e não das leis naturais. Sendo assim abarca a norma jurídica pura,
abstraindo-se de qualquer consideração de cunho político, social, filosófico. A norma
fundamental é hipotética, não positivada, portanto, não é determinada por nenhuma norma
superior do direito positivo. Esta norma fundamental é a “Constituição em sentido lógico-
jurídico”, que institui um órgão criador do direito, um grau inferior que estabelece as normas
que regulam a elaboração da legislação. Este órgão é a Constituição propriamente dita, ou
“Constituição em sentido jurídico-positivo”.11
Referencias bibliográficas
Constitucionalidade. Congresso Nacional, Distrito Federal. Disponível em:
https://www.congressonacional.leg.br/legislacao-e-publicacoes/glossario-legislativo/-/
legislativo/termo/constitucionalidade
Projeto Educação: saiba quem são os filósofos contratualistas e suas ideias. G1 PE, 17 de out.
2018. Disponível em:
https://g1.globo.com/pe/pernambuco/educacao/noticia/2018/10/17/projeto-educacao-saiba-
quem-sao-os-filosofos-contratualistas-e-suas-ideias.ghtml
10
. BEAUD, Olivier, “Carl Schmitt ou le Juriste Engagé” cit., pp. 80-81

11
KELSEN, Hans, Allgemeine Staatslehre, reimpr., Wien, Verlag der Österreichischen
Staatsdruckerei, 1993, pp. 248-250.

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