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DIREITO ALTERNATIVO

O que é Direito Alternativo?

Outras denominações são encontradas para definir o novel direito,


tais como Teoria Crítica do Direito (Oscar Correa) Direito Insurgente
(Miguel Pressburguer), Direito Comunitário (Antonio Carlos
Wolkmer) e Direito Achado na Rua (Núcleo de Estudos para a Paz e
Direitos Humanos, da UnB)6 .
várias são as concepções sobre Direito Alternativo.
O Direito Alternativo surgiu sem um debate teórico prévio. Portanto
não houve a evolução de uma proposta. Os pontos em comum nessa
fase eram: 1) não aceitação do sistema capitalista como modelo
econômico; 2) combate ao liberalismo burguês como sistema
sociopolítico: 3) combate irrestrito à miséria da grande parte da
população brasileira e luta por democracia, entendida como a
concretização das liberdades individuais, dos direitos sociais, bem
como materialização de igualdade de oportunidades e condição
digna de vida a todos; e 4) uma certa simpatia de seus membros em
relação á teoria critica do Direito.
(Surgiu antes de ter um debate teórico antes, no entanto não ocorreu
o avanço de uma proposta.)
Também existia, e ainda existe, uma crítica unanimidade ao
positivismo jurídico (paradigma liberal-legal), entendido como uma
postura jurídica tecnoformal-legalista, de apego irrestrito a uma
cultura legalista e de aplicação de uma pseudo interpretação lógico
dedutiva, somadas a um discurso apregoador (divulgador):
a) da neutralidade ou avaloratividade do Direito, isto é, de uma
abordagem que tenta transformar o estudo do Direito numa ciência
positiva, como, por ilustração, a matemática. Nesse discurso, as
relações jurídicas não possuem qualquer valor, por conseguinte estão
distantes das relações de poder (em sentindo amplo) ocorridas na
sociedade. O Direito, assim visto, não possui vínculos com a política,
com a economia, com a sociologia, com a dominação, com a miséria,
com a fome e com as divisões de classe existentes na sociedade civil;
b) do formalismo jurídico ou, poderia dizer, da definição anti-
ideológica do Direito. Este é conceituado, tendo como base exclusiva
sua estrutura formal, o sistema em si, não levando em consideração
seu conteúdo e, muito menos, suas conseqüências sociais. O Direito é
tido como o conjunto de normas formalmente válidas. E ponto final;
c) da coerência e completude do ordenamento jurídico. A teoria
positivista apregoa que o sistema jurídico é coerente em si mesmo e
completo, ou seja, dá condições ao julgador de resolver todos os
problemas jurídicos existentes na sociedade, tendo-o como base. O
Direito, como ciência neutra, é universal e serve, de igual modo, a
todos os cidadãos, independentemente de sua condição econômica e
classe social; não há contradições entre normas, nem lacunas no
ordenamento jurídico;
d) da fonte preeminente do Direito e da interpretação mecanicista
das normas jurídicas. A legislação escrita é colocada como fonte
única do Direito, ficando a doutrina, a jurisprudência e o costume
como fontes secundárias, subalternas à primeira. A lei, neutra, clara,
coerente, avalorativa e anti-ideológica é a fonte do Direito. Sua
aplicação há de ser feita por intermédio de um interpretação
declarativa, na qual o intérprete apenas declara o conteúdo já
existente na norma. Isso é feito através de uma exegese mecanicista,
utilizandose um método hermenêutico
formal/lógico/técnico/dedutivo.¹
Os primeiros juristas alternativos foram juizes gaúchos, e seus
primeiros atos concretos foram criticar, abertamente e em público, o
positivista jurídico. Essas críticas, hoje mais amadurecidas, ainda
permanecem e podem ser resumidas nos seguintes tópicos:

O amadurecimento
Após a consolidação do movimento, com a realização dos primeiros
congressos, algumas teorias surgiram e vários autores alternativos
buscaram descrever, delimitar e explicar o conteúdo do movimento e
sua prática. Um dos primeiros conceitos surgidos foi o de Jurista
Orgânico. Para os altemativos, os operadores jurídicos (juízes,
promotores, advogados, professores, etc.), em sua maioria, estão
comprometidos com as classes dominantes e laboram para manter a
sociedade exatamente como se encontra, não querem mudar nada
de estruturalmente importante, porquanto os privilégios que lhes
favorecem estão estabelecidos e institucionalizados. Orgânico,
portanto, é aquele jurista comprometido com a mudança social, que
faz de seu labor uma luta constante em prol de transformações
estruturais no seio da sociedade, buscando alterar as relações de
poder nela existentes, com o escopo de combater a miséria,
promover a liberdade e a igualdade material, fortalecendo uma
possível democracia real.
Os juristas alternativos pretendem-se orgânicos, motivo pelo qual
buscam, em suas atividades forenses cotidianas, criticar a ardem
estabelecida, demonstrando o que entendem ser a ideologia latente
do discurso oficial, com o propósito de desmitificá-lo, possibilitando
as transformações pretendidas.
É importante salientar que a prática alternativa deseja mudanças
sociais, mas não pretende transformar a sociedade através do Direito
(ou só através da Direito), ou através das instituições jurídicas. Toda
transformação social só pode ser resultado da ação articulada de
vários movimentos sociais progressistas (partidos políticos,
sindicatos, movimentos organizados, etc.), entendidos como aqueles
comprometidos com mudanças, em todas as instâncias sociais. Isso é
pensamento unânime entre os alternativos. Acredita-se, entretanto,
ser importante o mundo jurídico estar envolvido na liça pela
construção de uma nova sociedade, ou uma nova forma de viver.
Assim, desejam assumir seu papel orgânico na prática da
alternatividade jurídica, pois entendem ser possível uma atividade
progressistas na juridicidade, e que é necessária sua união às demais
forças de esquerda existentes.

Sob essas primeiras teorizações, foram surgindo conceitos sobre


Direito Alternativo. Amilton conceituou Direito Alternativo, em
sentido amplo, como “atuação jurídica comprometida com a busca
de vida com dignidade para todos, ambicionando emancipação
popular com abertura de espaços democráticos, tornando-se
instrumento de defesa/libertação contra a dominação imposta.”
(CARVALHO, Amilton Bueno de. Magistratura e Direito Alternativo.
São Paulo, Editora Acadêmica, 1992, p. 89
Afirmando dever o operar jurídico alternativo abandonar qualquer
postura de neutralidade, assumindo, abertamente, um compromisso
ético com as classes menos favorecidas, bem como serem os
princípios gerais do Direito os critérios limites do julgador, o
magistrado gaúcho elaborou mais alguns conceitos teóricos tentando
delimitar a atuação alternativa. Em realidade, o movimento
alternativo foi dividido em três atividades prático-teóricas, a saber:

1) Positivismo de Combate
2) Uso alternativo do Direito (se eu for explicar tem q ser
brevemente, pois janiele irá aalr sobre)
3) Direito Alternativo em sentido estrito
Não há uma identidade ideológica no Direito Alternativo, não
obstante existir uma concordância, especialmente em relação a
algumas críticas ao positivismo jurídico e ao paradigma jurídico
liberal/legal. Para comprovar isso, basta ver o pensamento do
professor Edmundo Lima de Arruda Jr.. De formação marxista, ele
critica alguns alternativos que exaltam a Justiça sobre a lei, por
retornar ao jusnaturalismo. Não aceita, igualmente, a denominação
“uso alternativo do Direito”, pois entende que não há, nos países
periféricos, um Estado de Direito mínimo; crê correto falar-se de uso
do Direito, a ser praticado por todos os operadores jurídicos
comprometidos com um projeto democrático, para ele sinônimo de
socialismo.
O marxismo é considerado o referencial básico do movimento, mas
não o é exclusivamente. Edmundo também divide, assim como
Amilton, a atividade alternativa em três campos de atuação, a saber:
a) no plano do instituído sonegado, ou seja, normas prevendo
direitos que não são efetivados; b) no plano do instituído relido, tem-
se o campo para a hermenêutica , mas não só do magistrado e, sim,
de todos os juristas; e c) no plano do instituinte negado, de igual
modo a partir do pensamento pluralista.
Por acreditar na inviabilidade, no atual contexto histórico, de uma
revolução violenta, Edmundo entende ser objetivo do movimento
pôr em prática a denominada revolução passiva (Antonio Gramsci),
isso significando “ampliar os espaços de luta [inclusive na sociedade
política], possibilitando a formação jurídica articulada dentro de um
horizonte não fundado no ideário conservador burguês (a mobilidade
a qualquer custo, a perspectiva individualista egoísta), mas
comprometido com a construção de uma democracia não
meramente formal, mas real, com ampliação das conquistas
populares e com a formulação/ implementação de um novo projeto
de sociedade, de base socialista.” (ARRUDA JR., Edmundo Lima de.
Reflexões sobre um ensino jurídico alternativo, in CARVALHO,
Amilton Bueno de. (Org.) Revista de Direito Alternativo nº 1, São
Paulo, Editora Acadêmica, 1992, p. 60-61).
Para ele, o alternativismo é uma opção política, e sua crítica ao
Direito dominante não pode ser entendida como uma crítica ao
Direito em si, mas contra um determinado Direito, ditado por um
minoria em nome da maioria. Efetua, ainda, uma análise da
sociedade dividida em classes, não aceitando um Poder Judiciário
supraclasses. Por conseguinte, os alternativos assumem uma postura
em favor das classes trabalhadoras e subalternas
Manifestação mais recente do Direito Livre é a ideia do uso
alternativo do Direito ou Direito Alternativo (v. item 60, nota 21, e
item 93). Os alternativistas se orientam pela ideia de justiça a ser
aplicada, sobretudo, nas relações econômicas, objetivando pelo
menos a amenizar o desequilíbrio entre as classes sociais, impedindo
que a lei seja instrumento de satisfação dos mais fortes

file:///C:/Users/lucas/Downloads/67433-Texto%20do%20artigo-
88853-1-10-20131125%20(1).pdf
O CHAMADO DIREITO ALTERNATIVO Goffredo Telles Júnior Professor
Catedrático aposentado da Faculdade de Direito da Universidade de
São Paulo
São Paulo, janeiro de 1999.

"O juiz gaúcho Amilton Bueno de Carvalho, 43 anos, titular da 2a Vara


Cível do Foro de Porto Alegr
"Em princípio, obedeço a lei" — explicou o juiz — "Só não a obedeço
quando ela se revela injusta. A lei injusta não deve ser aplicada. O
papel de um juiz é o de buscar o justo, no caso concreto, com a
superação do legalismo. O juiz que só obedece a lei vira instrumento
do legislador. Deixa de ser um Poder. Nesse caso, não há necessidade
de juizes. Para que juiz, se o juiz tem que
O professor Goffredo Telles Júnior, em seu artigo intitulado “O
chamado direito alternativo” (1999) afirma que Esses juízes
concederam a si próprios a denominação/nomeação de juízes
orgânicos
Anseio de justiça, de fazer o que é justo, obedeciam a lei, exceto
quando a mesma era injusta.. o papel de um juiz é o de busca o
justo
O pensamento daqueles juízes inspirado no desejo de justiça,
pareceu fascinante/adimiravel para muita gente e logo essas ideia
surgidas através de vários magistrados do Foro do Rio Grande do Sul
da 1ª e 2ª instancias e defendidas por eles , alcançaram grande
repercussão nos centros culturais de todo o pais ª e
a teoria dos magistrados rio-grandenses.
O juiz Amilton Bueno de Carvalho, que parece liderar o grupo de
magistrados do chamado Direito Alternativo, declarou: "Acima da
legalidade, estamos preocupados com a Justiça no caso concreto. O
compromisso ético do juiz é com a Justiça concretizada, e não com a l
Situações de injustiça social

file:///C:/Users/lucas/OneDrive/Documentos/DIREITO/2021.2/L
%C3%8DNGUA%20PORTUGUESA%20I/LIVROS%20PARA%20LER/
Dicion%C3%A1rio%20Jur%C3%ADdico.pdf
Para o autor o movimento do direito alternativo se estruturou
ncionalmente através dos ataques sofridos pelos juízes alternativos
gaúchos, como também a repercussão dos seus trabalhos/lutas

file:///C:/Users/lucas/Downloads/698-2147-1-PB%20(3).pdf
A idéia do direito alternativo surge do conflito entre o normativismo
e o conceito de justiça, que não pode ser limitado pela inflexibilidade
da lei, ante o caso concreto. A proposta alternativista é, pois, romper
com o consagrado positivismo-legalismo, embasado nas relações
jurídicas como uma das formas das relações sociais. Leva em
consideração, igualmente, que determinadas camadas da população
estão excluídas do processo de distribuição de Justiça, quer pela
impossibilidade de acesso, quer pela ausência de objeto de lide (não
possuem bens patrimoniais a serem defendidos).
file:///C:/Users/lucas/Downloads/Dialnet-
ExitosELimitesDeUmDireitoAlternativoNaReali=dadeLat-5007499.pdf
O direito alternativo, mais ligado ao jusnaturalismo e ao direito livre,
em franca oposição ao positivismo exegético, surgiu na Itália, na
década de 70 (Passos, 2001). Cientes de que o positivismo clássico
não acompanhava as modifi cações sociais, bem como não era efi caz
em responder às necessidades das classes populares, o direito
alternativo nasce e se fortalece pelo compromisso com os pobres.
Com esta motivação, juristas brasileiros, especialmente gaúchos,
iniciaram debate acerca de “outro” direito, mais humano e
desvinculado dos interesses burgueses e do poder.
Como, historicamente, o direito era uma zona menos confl ituosa
para a burguesia, o direito alternativo passou a consistir um
verdadeiro “campo de batalha”, como diz Carvalho (1998), e também
um espaço de resistência.
Então, ainda que circunscrito aos limites da legalidade, mais ou
menos vinculado a esta, a maior contribuição do direito alternativo é
que este rompe com o dogmatismo, propiciando uma nova forma de
manifestação dentro do arcabouço jurídico.
Ele se caracteriza (e assim procuro defi ni-lo) pela busca (desesperada
e urgente) de um instrumental prático-teórico destinado a profi
ssionais que ambicionam colocar seu saber-atuação na perspectiva
de uma sociedade radicalmente democrática. Uma atividade
comprometida com a utópica vida digna para todos, com abertura de
espaços visando à emancipação do cidadão, tornando o direito em
instrumento de defesa/libertação contra qualquer tipo de
dominação. O direito enquanto concretização da liberdade (Carvalho,
1998, p. 50, grifos no original).

Com relação às diferenças que marcaram posicionamentos dentro do


MDA, pode-se falar em “correntes do direito alternativo”, o qual, não
sendo uniforme, acabou comportando dentro de si algumas
variações, ora sutis, ora mais profundas. Estas “correntes”, que serão
melhor analisadas adiante, podem ser defi nidas como: positivismo
de combate, uso alternativo do direito e direito alternativo,
propriamente dito.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_alternativo
O Direito Alternativo é um movimento de juristas organizado
no início dos anos 1990, que busca produzir uma nova forma
de ver, praticar e ler o direito.[1]

História
O movimento do Direito Alternativo brasileiro tem origem no
movimento italiano e espanhol do "uso alternativo do Direito",
nas décadas de 1960 e 1970.
O primeiro passo para o início do Direito Alternativo foi a
criação de um grupo de estudos, organizado por alguns
magistrados gaúchos, comuns e trabalhistas, liderados pelo ex-
desembargador Amilton Bueno de Carvalho. Nesse mesmo
tempo, alguns juristas não magistrados, como Edmundo Lima
de Arruda Júnior, Antônio Carlos Wolkmer, Miguel Pressburger,
Miguel Baldez, Clèmerson Merlin Clève, entre outros,
influenciados pelo movimento italiano uso alternativo do Direito,
já falavam da possibilidade de criação de um Direito
Alternativo, isso por volta do ano de 1987.[3]
O crescimento do movimento foi vertiginoso, alastrando-se por
todo o Brasil, América Latina e parte da Europa, tornando-se
objeto de inúmeros grupos de estudos, artigos científicos,
livros, seminários, monografias de conclusão de curso,
dissertações e teses, sendo, inclusive, disciplina curricular em
algumas faculdades de direito e escolas da magistratura.[4]
Propostas e críticas
O movimento não tem uma ideologia, mas pontos
teóricos comuns entre seus membros, destacando-se:

1. não aceitação do sistema capitalista como modelo


econômico;
2. combate ao liberalismo burguês como sistema
sociopolítico;
3. combate irrestrito à miséria da grande parte da
população brasileira e luta por democracia,
entendida como a concretização das liberdades
individuais e materialização de igualdade de
oportunidades e condição mínima e digna de vida a
todos;
4. uma certa simpatia de seus membros em relação à
teoria crítica do Direito.
Há uma unanimidade (concordância) de crítica ao positivismo
jurídico (paradigma liberal-legal), entendido como uma postura
jurídica técnica-formal-legalista, de aparente apego irrestrito
(completo, ilimitado) à lei e de aplicação de uma pseudo-
interpretação lógica dedutiva, somada a um discurso
apregoador:

1. da neutralidade ou a valoratividade;
2. do formalismo jurídico ou anti-ideológica do Direito;
3. da coerência e completude do ordenamento jurídico;
4. da fonte única do Direito e da interpretação
mecanicista das normas efetuada através de um
método hermenêutico
formal/lógico/técnico/dedutivo.
Os juristas alternativos, em desacordo com a teoria e a
ideologia juspositiva, denunciam:

1. ser o Direito, político, parcial e valorativo, pois é a


regulamentação normativa de determinada estrutura
de poder;
2. representar, o formalismo jurídico, uma forma de
escamotear o conteúdo perverso de parte da
legislação e de sua aplicação no seio da sociedade;
3. não ser o Direito coerente e completo. Suas
antinomias (contradições) e lacunas (vazios) são
várias e explícitas;
4. ser a lei fonte privilegiada do Direito, mas a
ideologia do intérprete dá o seu sentido, ou o
sentido por ele buscado. A exegese de um texto
legal não é declarativa de seu conteúdo, mas,
bem ao contrário, e axiológica e representa os
interesses e fins perseguidos pelo exegeta
(interprete).[5]
Aqueles que são contra o Direito Alternativo criam uma imagem
distorcida do que ele realmente é. Essas pessoas caracterizam
esse Direito em questão como um movimento de magistrados
contrários a lei, defensores do voluntarismo jurídico. Essa
crítica pode ainda ser engrossada, uma vez que juristas tidos
como reacionários, de direita, podem também usar o Direito
alternativo visando seus interesses, de forma que coloque o
Estado de Direito e até mesmo a democracia em risco.[6]
Apesar de não ser visto com bons olhos, o que realmente se
deve considerar dele é que é um movimento desviante em face
à legalidade estatal. Assim, direito alternativo é um termo que
expressa a intenção de um movimento que quer mudar
a ordem jurídica vigente.[7][8] Procuram com essa concepção
formar o "jurista orgânico", um subproduto da ideia concebida
para o "intelectual orgânico".[9][10] Os defensores dessa ideia
pretendem que o Direito tenha como prioridade o social,
querem tirar o Direito dos tribunais e leva-lo para junto do
povo. [11]
REFERENCIA
DIREITO ALTERNATIVO. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre.
Flórida: Wikimedia Foundation, 2020. Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/w/index.php?
title=Direito_alternativo&oldid=57227065>. Acesso em: 19 jan.
2020.

https://jus.com.br/artigos/2077/direito-alternativo-
realidade-ou-ficcao

Já o chamado movimento do direito alternativo surgiu na


década de 70 na Itália(2), tendo como inspiração, além do
direito livre, o direito vivo e o jusnaturalismo. No Brasil, o
movimento surge em meio à ditadura militar (mais
precisamente na década de 80), enquanto vários juizes se
reunião na associação dos magistrados brasileiros para discutir
propostas para o congresso constituinte. Já neste momento,
vários juristas não magistrados já compartilhavam das idéias
alternativas.

Em 25 de outubro de 1990, uma manchete é publicada


no Jornal da Tarde, São Paulo, pelo jornalista Luiz Maklouf,
que tinha como título: Juízes Gaúchos Colocam o Direito
Acima da Lei. Esta manchete visava atingir e desmoralizar o
magistrado Amilton Bueno de Carvalho e seu grupo de estudos
de direito alternativo, fundado em 1987. A notícia não surtiu
êxito nos seus propostos, tornando, ao contrário do esperado,
o movimento mais forte. A partir desta data é considerado o
início oficial do chamado movimento do direito alternativo
brasileiro. Este ganhou extrema força na década de 90,
chegando a realizar dois encontros internacionais de direito
alternativo em Florianópolis, Santa Catarina.

file:///C:/Users/lucas/Downloads/Dialnet-
ExitosELimitesDeUmDireitoAlternativoNaRealidadeLat-5007499.pdf
Cientes de que o positivismo clássico não acompanhava as
modificações sociais, bem como não era eficaz em responder às
necessidades das classes populares, o direito alternativo nasce e se
fortalece pelo compromisso com os pobres. Com esta motivação,
juristas brasileiros, especialmente gaúchos, iniciaram debate acerca
de “outro” direito, mais humano e desvinculado dos interesses
burgueses e do poder.

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