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O amadurecimento
Após a consolidação do movimento, com a realização dos primeiros
congressos, algumas teorias surgiram e vários autores alternativos
buscaram descrever, delimitar e explicar o conteúdo do movimento e
sua prática. Um dos primeiros conceitos surgidos foi o de Jurista
Orgânico. Para os altemativos, os operadores jurídicos (juízes,
promotores, advogados, professores, etc.), em sua maioria, estão
comprometidos com as classes dominantes e laboram para manter a
sociedade exatamente como se encontra, não querem mudar nada
de estruturalmente importante, porquanto os privilégios que lhes
favorecem estão estabelecidos e institucionalizados. Orgânico,
portanto, é aquele jurista comprometido com a mudança social, que
faz de seu labor uma luta constante em prol de transformações
estruturais no seio da sociedade, buscando alterar as relações de
poder nela existentes, com o escopo de combater a miséria,
promover a liberdade e a igualdade material, fortalecendo uma
possível democracia real.
Os juristas alternativos pretendem-se orgânicos, motivo pelo qual
buscam, em suas atividades forenses cotidianas, criticar a ardem
estabelecida, demonstrando o que entendem ser a ideologia latente
do discurso oficial, com o propósito de desmitificá-lo, possibilitando
as transformações pretendidas.
É importante salientar que a prática alternativa deseja mudanças
sociais, mas não pretende transformar a sociedade através do Direito
(ou só através da Direito), ou através das instituições jurídicas. Toda
transformação social só pode ser resultado da ação articulada de
vários movimentos sociais progressistas (partidos políticos,
sindicatos, movimentos organizados, etc.), entendidos como aqueles
comprometidos com mudanças, em todas as instâncias sociais. Isso é
pensamento unânime entre os alternativos. Acredita-se, entretanto,
ser importante o mundo jurídico estar envolvido na liça pela
construção de uma nova sociedade, ou uma nova forma de viver.
Assim, desejam assumir seu papel orgânico na prática da
alternatividade jurídica, pois entendem ser possível uma atividade
progressistas na juridicidade, e que é necessária sua união às demais
forças de esquerda existentes.
1) Positivismo de Combate
2) Uso alternativo do Direito (se eu for explicar tem q ser
brevemente, pois janiele irá aalr sobre)
3) Direito Alternativo em sentido estrito
Não há uma identidade ideológica no Direito Alternativo, não
obstante existir uma concordância, especialmente em relação a
algumas críticas ao positivismo jurídico e ao paradigma jurídico
liberal/legal. Para comprovar isso, basta ver o pensamento do
professor Edmundo Lima de Arruda Jr.. De formação marxista, ele
critica alguns alternativos que exaltam a Justiça sobre a lei, por
retornar ao jusnaturalismo. Não aceita, igualmente, a denominação
“uso alternativo do Direito”, pois entende que não há, nos países
periféricos, um Estado de Direito mínimo; crê correto falar-se de uso
do Direito, a ser praticado por todos os operadores jurídicos
comprometidos com um projeto democrático, para ele sinônimo de
socialismo.
O marxismo é considerado o referencial básico do movimento, mas
não o é exclusivamente. Edmundo também divide, assim como
Amilton, a atividade alternativa em três campos de atuação, a saber:
a) no plano do instituído sonegado, ou seja, normas prevendo
direitos que não são efetivados; b) no plano do instituído relido, tem-
se o campo para a hermenêutica , mas não só do magistrado e, sim,
de todos os juristas; e c) no plano do instituinte negado, de igual
modo a partir do pensamento pluralista.
Por acreditar na inviabilidade, no atual contexto histórico, de uma
revolução violenta, Edmundo entende ser objetivo do movimento
pôr em prática a denominada revolução passiva (Antonio Gramsci),
isso significando “ampliar os espaços de luta [inclusive na sociedade
política], possibilitando a formação jurídica articulada dentro de um
horizonte não fundado no ideário conservador burguês (a mobilidade
a qualquer custo, a perspectiva individualista egoísta), mas
comprometido com a construção de uma democracia não
meramente formal, mas real, com ampliação das conquistas
populares e com a formulação/ implementação de um novo projeto
de sociedade, de base socialista.” (ARRUDA JR., Edmundo Lima de.
Reflexões sobre um ensino jurídico alternativo, in CARVALHO,
Amilton Bueno de. (Org.) Revista de Direito Alternativo nº 1, São
Paulo, Editora Acadêmica, 1992, p. 60-61).
Para ele, o alternativismo é uma opção política, e sua crítica ao
Direito dominante não pode ser entendida como uma crítica ao
Direito em si, mas contra um determinado Direito, ditado por um
minoria em nome da maioria. Efetua, ainda, uma análise da
sociedade dividida em classes, não aceitando um Poder Judiciário
supraclasses. Por conseguinte, os alternativos assumem uma postura
em favor das classes trabalhadoras e subalternas
Manifestação mais recente do Direito Livre é a ideia do uso
alternativo do Direito ou Direito Alternativo (v. item 60, nota 21, e
item 93). Os alternativistas se orientam pela ideia de justiça a ser
aplicada, sobretudo, nas relações econômicas, objetivando pelo
menos a amenizar o desequilíbrio entre as classes sociais, impedindo
que a lei seja instrumento de satisfação dos mais fortes
file:///C:/Users/lucas/Downloads/67433-Texto%20do%20artigo-
88853-1-10-20131125%20(1).pdf
O CHAMADO DIREITO ALTERNATIVO Goffredo Telles Júnior Professor
Catedrático aposentado da Faculdade de Direito da Universidade de
São Paulo
São Paulo, janeiro de 1999.
file:///C:/Users/lucas/OneDrive/Documentos/DIREITO/2021.2/L
%C3%8DNGUA%20PORTUGUESA%20I/LIVROS%20PARA%20LER/
Dicion%C3%A1rio%20Jur%C3%ADdico.pdf
Para o autor o movimento do direito alternativo se estruturou
ncionalmente através dos ataques sofridos pelos juízes alternativos
gaúchos, como também a repercussão dos seus trabalhos/lutas
file:///C:/Users/lucas/Downloads/698-2147-1-PB%20(3).pdf
A idéia do direito alternativo surge do conflito entre o normativismo
e o conceito de justiça, que não pode ser limitado pela inflexibilidade
da lei, ante o caso concreto. A proposta alternativista é, pois, romper
com o consagrado positivismo-legalismo, embasado nas relações
jurídicas como uma das formas das relações sociais. Leva em
consideração, igualmente, que determinadas camadas da população
estão excluídas do processo de distribuição de Justiça, quer pela
impossibilidade de acesso, quer pela ausência de objeto de lide (não
possuem bens patrimoniais a serem defendidos).
file:///C:/Users/lucas/Downloads/Dialnet-
ExitosELimitesDeUmDireitoAlternativoNaReali=dadeLat-5007499.pdf
O direito alternativo, mais ligado ao jusnaturalismo e ao direito livre,
em franca oposição ao positivismo exegético, surgiu na Itália, na
década de 70 (Passos, 2001). Cientes de que o positivismo clássico
não acompanhava as modifi cações sociais, bem como não era efi caz
em responder às necessidades das classes populares, o direito
alternativo nasce e se fortalece pelo compromisso com os pobres.
Com esta motivação, juristas brasileiros, especialmente gaúchos,
iniciaram debate acerca de “outro” direito, mais humano e
desvinculado dos interesses burgueses e do poder.
Como, historicamente, o direito era uma zona menos confl ituosa
para a burguesia, o direito alternativo passou a consistir um
verdadeiro “campo de batalha”, como diz Carvalho (1998), e também
um espaço de resistência.
Então, ainda que circunscrito aos limites da legalidade, mais ou
menos vinculado a esta, a maior contribuição do direito alternativo é
que este rompe com o dogmatismo, propiciando uma nova forma de
manifestação dentro do arcabouço jurídico.
Ele se caracteriza (e assim procuro defi ni-lo) pela busca (desesperada
e urgente) de um instrumental prático-teórico destinado a profi
ssionais que ambicionam colocar seu saber-atuação na perspectiva
de uma sociedade radicalmente democrática. Uma atividade
comprometida com a utópica vida digna para todos, com abertura de
espaços visando à emancipação do cidadão, tornando o direito em
instrumento de defesa/libertação contra qualquer tipo de
dominação. O direito enquanto concretização da liberdade (Carvalho,
1998, p. 50, grifos no original).
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_alternativo
O Direito Alternativo é um movimento de juristas organizado
no início dos anos 1990, que busca produzir uma nova forma
de ver, praticar e ler o direito.[1]
História
O movimento do Direito Alternativo brasileiro tem origem no
movimento italiano e espanhol do "uso alternativo do Direito",
nas décadas de 1960 e 1970.
O primeiro passo para o início do Direito Alternativo foi a
criação de um grupo de estudos, organizado por alguns
magistrados gaúchos, comuns e trabalhistas, liderados pelo ex-
desembargador Amilton Bueno de Carvalho. Nesse mesmo
tempo, alguns juristas não magistrados, como Edmundo Lima
de Arruda Júnior, Antônio Carlos Wolkmer, Miguel Pressburger,
Miguel Baldez, Clèmerson Merlin Clève, entre outros,
influenciados pelo movimento italiano uso alternativo do Direito,
já falavam da possibilidade de criação de um Direito
Alternativo, isso por volta do ano de 1987.[3]
O crescimento do movimento foi vertiginoso, alastrando-se por
todo o Brasil, América Latina e parte da Europa, tornando-se
objeto de inúmeros grupos de estudos, artigos científicos,
livros, seminários, monografias de conclusão de curso,
dissertações e teses, sendo, inclusive, disciplina curricular em
algumas faculdades de direito e escolas da magistratura.[4]
Propostas e críticas
O movimento não tem uma ideologia, mas pontos
teóricos comuns entre seus membros, destacando-se:
1. da neutralidade ou a valoratividade;
2. do formalismo jurídico ou anti-ideológica do Direito;
3. da coerência e completude do ordenamento jurídico;
4. da fonte única do Direito e da interpretação
mecanicista das normas efetuada através de um
método hermenêutico
formal/lógico/técnico/dedutivo.
Os juristas alternativos, em desacordo com a teoria e a
ideologia juspositiva, denunciam:
https://jus.com.br/artigos/2077/direito-alternativo-
realidade-ou-ficcao
file:///C:/Users/lucas/Downloads/Dialnet-
ExitosELimitesDeUmDireitoAlternativoNaRealidadeLat-5007499.pdf
Cientes de que o positivismo clássico não acompanhava as
modificações sociais, bem como não era eficaz em responder às
necessidades das classes populares, o direito alternativo nasce e se
fortalece pelo compromisso com os pobres. Com esta motivação,
juristas brasileiros, especialmente gaúchos, iniciaram debate acerca
de “outro” direito, mais humano e desvinculado dos interesses
burgueses e do poder.