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• O Direito Trabalhista
CONCEITO DE DIREITO DO TRABALHO
• Corrente OBJETIVA – relação jurídica trabalhista
Fonte formal: São fontes formais os meios de revelação e transparência da norma jurídica – os
meios exteriores e estilizados pelos quais as normas ingressam, instauram-se e cristalizam-se na
ordem jurídica.
FONTES FORMAIS
PRODUÇÃO DE FONTES FORMAIS
A) CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Revogação: supressão tácita ou expressa de norma infraconstitucional por não se compatibilizar com a nova
constituição.
Recepção: preservação da antiga norma quando se mostra compatível com a nova constituição.
Invalidação: quando uma regra produzida entra em choque com a constituição.
F) SENTENÇA NORMATIVA
Expressa a própria criação de normas jurídicas gerais, abstratas, impessoais, obrigatórias para
incidência sobre relações ad futurum.
“Corpo de sentença, alma de lei.” – Calamandrei
FONTES FORMAIS AUTÔNOMAS
REGULAMENTO EMPRESARIAL
Alice M. Barros: Fonte formal heterônoma: quando elaborado exclusivamente pelo empregador; Fonte
formal autônoma: quando o empregado participa de sua formação.
Maurício Godinho Delgado: A jurisprudência, em face da origem normalmente unilateral do regulamento
empresário, tem negado a este diploma o caráter de fonte normativa autônoma, conferindo-lhe estritos
efeitos de ato de vontade unilateral.
Súmulas do TST: 51,I e 288.
SUMULA 51: I – As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas
anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento.
II – Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles tem
efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro.
JURISPRUDÊNCIA
Há correntes que defendem que é fonte do direito do trabalho e outras que defendem
que não. Mas, a jurisprudência consolidada do TST é sim uma fonte do direito
TST atua nas omissões da lei
No Direito do Trabalho – art. 8º da CLT (e § 3º incluído pela Lei 13.467/2017) – a
jurisprudência é tida como fonte normativa supletiva (acolhimento parcial da vertente
moderna que entende as decisões similares e reiteradas como fontes normativas
típicas).
Art. 8º – As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições
legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por
eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do
trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre
de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse
público.
§2º Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do
Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos
legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei.
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO
Dão fundamento ao ordenamento jurídico
Segundo Realle: “A nosso ver, princípios gerais de direito são enunciações
normativas de valor genérico, que condicionam e orientam a compreensão do
ordenamento jurídico, quer para a sua aplicação e integração, quer para a
elaboração de novas normas.”
Fontes normativas subsidiárias: Art. 4o – Lei de Introdução às normas do Direito
Brasileiro (decreto-lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942); Art. 1º – CPC; Art. 8o,
CLT.
DOUTRINA
Não é fonte normativa, porém é reconhecida sua autoridade como orientação
para a interpretação do direito.
Pode dar o direcionamento, criar conceitos básicos, mas não fonte do direito do
trabalho
ANALOGIA
“analogia legis” e “analogia juris“
A primeira é resultado da utilização de determinada lei aplicável à hipótese
semelhante em um caso que não esteja disciplinado em lei específica. A
segunda, por sua vez, é a que resulta da aplicação de princípios jurídicos em
casos similares.
A analogia é muito mais um critério de integração do direito do que uma fonte
CLÁUSULAS CONTRATUAIS
Cláusulas concretas, específicas e pessoais, envolvendo apenas as partes
contratantes
Existem os que defendem que seriam fontes do direito e outros que dizem que
não seriam fontes gerais do direito, pelo pouco alcance e efeito apenas
interpartes, seriam fonte do direito somente entre as partes contratuais
APLICAÇÃO DAS NORMAS DE
DIREITO DO TRABALHO NO TEMPO
São observadas as regras contidas na Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro (decreto-lei nº 4.657, de 4 de
setembro de 1942).
Aplicação de caráter imediato – não retroativo – art. 912, CLT (respeito ao art. 5º, XXXVI, CR) , respeitando o direito
adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada
Ato jurídico perfeito e acabado: implicam criação, modificação e extinção de relações jurídicas. É considerado perfeito e
acabado quando consumado segundo os critérios legais vigentes à época da consumação (Art. 6o, § 1º, LINDB)
Direito adquirido: direito incorporado ao patrimônio de seu titular e, também, o direito futuro, cujo começo do exercício
tenha termo pré-fixado, ou condição preestabelecida inalterável, ao arbítrio de outrem (Art. 6o, § 2o, LINDB)
Coisa julgada – quando há decisão judicial transitada em julgado de que não caiba recurso (Art. 6o, § 3o, LINDB)
Não existem normas transitórias acerca da reforma trabalhista, então os eventuais conflitos terão que ser analisados
caso a caso
No caso de supressão de algum benefício pela nova lei, havia direito adquirido? (divergência)
Corrente 1: defende que os benefícios recebidos são direito adquirido e, por isso, o contrato precisa continuar sendo
regido pela lei antiga
Corrente 2: defende que os benefícios seriam mera expectativa de direito e com a lei nova as condições mudaram e
precisam ser adaptadas
APLICAÇÃO DA NORMA TRABALHISTA NO
ESPAÇO
Princípio da territorialidalde – local da efetiva execução do ato ou da relação de trabalho – lex
loci executionis.
Súmula 207 do TST: “A relação jurídica trabalhista é regida pelas leis vigentes no país da
prestação de serviço e não por aquelas do local da contratação.” Foi cancelada pelo TST.
Alteração do art. 1o da Lei 7064/82.
Lei 7064/82: Art. 1o Esta Lei regula a situação de trabalhadores contratados no Brasil ou
transferidos por seus empregadores para prestar serviço no exterior. (Redação da pela Lei nº
11.962, de 2009) Parágrafo único. Fica excluído do regime desta Lei o empregado designado para
prestar serviços de natureza transitória, por período não superior a 90 (noventa) dias, desde que:
a) tenha ciência expressa dessa transitoriedade;
b) receba, além da passagem de ida e volta, diárias durante o período de trabalho no exterior, as
quais, seja qual for o respectivo valor, não terão natureza salarial.
MUITO GRATO PELA ATENÇÃO!!!