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FACULDADE PARA O DESENVOLVIMENTO SUATENTÁVEL DA AMAZÔNIA

NOME COMPLETO: LEIKA SILVA JUNQUEIRA


PERÍODO: 4º TURNO: MATUTINO
DISCIPLINA: DIREITO CIVIL III
PROFESSORA: RAYSSA CHAVES MOTA
TRABALHO AVALIATIVO PARA OBTENÇÃO DE NOTA- INTRACLASSE
VALOR: 3,0
EMAIL PARA ENVIO: professorarayssacmota@gmail.com

FUNÇÃO SOCIAL DOS CONTRATOS E EQUIVALÊNCIA MATERIAL

Aborde o tema supra, explicitando sobre:


1.Princípios Sociais dos Contratos
2.Função Social do Contrato
2.1.Conceito
2.2. A Função Social do Contrato no Código Civil de 2002: análise do art. 421
3. Princípio da Equivalência Material
OBS1: NÃO SERÁ ADMITIDO PLÁGIOS DE INTERNET E TRABALHO IGUAIS
ENTRE ALUNOS, SENDO ATRIBUÍDA NOTA 0,0 PARA AQUELES QUE
DESCUMPRIREM.
OBS2: DATA DE ENTREGA: 18/05/2020
OBS3: ENVIAR EM PDF

1.0 PRINCÍPIOS SOCIAIS DOS CONTRATOS


Os princípios da função social do contrato, da equivalência material e da boa-fé
objetiva possuem extrema importância tanto no sistema principiológico, quanto no
direito contratual contemporâneo, pois tratam-se de cláusulas gerais ou conceitos
abertos que, à luz do princípio da concretude, devem ser preenchidos pelo juiz no
caso concreto, visando a tornar a relação negocial economicamente útil e
socialmente proveitosa.

2.0 FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO


Ao perceber que a propriedade só mereceria tutela no momento em que atendesse a
uma finalidade social, é que afastou-se o antigo modelo oitocentista de concepção
desse direito, o qual daria lugar a uma doutrina mais ajustada aos desejos da
sociedade atual.
A socialização da ideia de contrato e de propriedade, a partir do momento em que o
Estado passou a adotar uma postura mais intervencionista, proporcionou o abandono
do seu papel de mero expectador econômico, criando contornos mais específicos no
que tange a função social do contrato.

2.1 CONCEITO
É correto ressaltar de antemão que a função social do contrato nos traz um
conceito bem vasto e indeterminado, impossível de se delimitar de modo
característico.
A função social do contrato se resume a limitação contratual em que as
partes devem observar as normas gerais de direito, as normas morais e éticas
da sociedade, bem como os interesses coletivos e sociais, traduzido no bem
comum. Resumidamente, o contrato deve cumprir sua função social que dele
se espera e destina.
Segundo Pablo Stolze Gagliano:
“Para nós, a função social do contrato é, antes de tudo, um princípio
jurídico de conteúdo indeterminado, que se compreende na medida em
que lhe reconhecemos o precípuo efeito de impor limites à liberdade
de contratar, em prol do bem comum”.
Ou seja, o contrato deve ser criado obedecendo uma função social. Seja ela
individual, entre as partes contratantes e os seus interesses próprios, ou uma
função pública a todas as demais pessoas e sociedade.
Humberto Theodoro Jr., citando o professor Paulo Nalim, na busca por
delimitar as suas bases de intelecção, lembra-nos, com acerto, que a função
social manifesta-se em dois níveis:
1º Intrínseco: o contrato visto como relação jurídica entre as partes negociais,
impondo-se o respeito à lealdade negocial e a boa-fé objetiva, buscando-se
uma equivalência material entre os contratantes.
2º Extrínseco: o contrato em face da coletividade, ou seja, visto sob o aspecto
de seu impacto eficacial na sociedade em que fora celebrado.
Desse modo, intrinsecamente, deve haver um tratamento ético e leal entre os
contratantes, respeitando à boa-fé objetiva. E extrinsecamente, pois o contrato
traz em suas nuances o desenvolvimento social. Sem o contrato, a economia e
a sociedade se estagnariam por completo, fazendo com que retornássemos a
estágios menos evoluídos da civilização humana.

2.2 A FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO NO CÓDIGO CIVIL DE 2002:


ANÁLISE DO ART. 421
Segundo o art.421 do CC de 2002, “a liberdade de contratar será exercida
em razão da função social do contrato”. Ou seja, toda a atividade negocial,
fruto da autonomia da vontade, encontra razão de ser, o seu escopo
existencial, na sua função social. No entanto, essa liberdade negocial deverá
encontrar justo limite no interesse social e nos valores superiores da
dignidade da pessoa humana. Qualquer avanço para além dessa fronteira,
poderá caracterizar abuso. Devendo obedecer ao que se estabelece no art.
166 do CC.

3.0 PRINCÍPIO DA EQUIVALÊNCIA MATERIAL


O princípio da equivalência material busca realizar e preservar o equilíbrio real de
direitos e deveres no contrato, antes, durante e após sua execução, para
harmonização dos interesses.
Esse princípio preserva a equação e o justo equilíbrio contratual, seja para manter a
proporcionalidade inicial dos direitos e obrigações, seja para corrigir os
desequilíbrios supervenientes, pouco importando que as mudanças de circunstâncias
pudessem ser previsíveis. O que interessa não é mais a exigência cega de
cumprimento do contrato, da forma como foi assinado ou celebrado, mas se sua
execução não acarreta vantagem excessiva para uma das partes e desvantagem
excessiva para outra, aferível objetivamente, segundo as regras da experiência
ordinária. O princípio clássico pacta sunt sevanda, passou a ser entendido no sentido
de que o contrato obriga as partes contratantes nos limites do equilíbrio dos direitos
e deveres entre elas.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo Curso de Direito Civil, Volume 4: Contratos. 2º ed.
unificada – São Paulo: Saraiva Educação, 2019.

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