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1° QUESTÃO
Caso a) As fases da relação obrigacional podem variar de acordo com a teoria jurídica em
questão, mas em geral incluem: A formação do vínculo obrigacional, que ocorre com a
celebração do contrato entre as partes; o desenvolvimento da relação, que envolve a
execução das obrigações contratuais por ambas as partes; e o adimplemento da
obrigação, que ocorre quando as obrigação contratual é cumprida integralmente. Alguns
estudos também incluem a fase de inadimplência, que ocorre quando uma das partes não
cumpre sua obrigação contratual, e a fase de rescisão, que ocorre quando o contrato é
rompido por alguma das partes.
No caso descrito, as fases seriam a celebração do contrato particular de compra e venda
entre a Sra . Maria e o vendedor do lote em dezembro de 1989, seguida pela
transferência da posse do imóvel para a neta, Sra. Roberta, e a falta de regularização da
situação perante os órgãos competentes, não havendo registro na matrícula do imóvel.
Como não houve menção a eventual descumprimento de obrigações contratuais por
nenhuma das partes, não é possível apontar estágio de inadimplemento contratual ou
possibilidade de rescisão do contrato. Observa-se ainda que houve transferência de
posse do imóvel para a neta, Sra. Roberta, porém não houve lavratura de escritura
pública ou registro do imóvel, o que configura posse sem escritura pública. A relação
obrigacional como processo seria aplicada ao caso da Sra. Maria e sua neta, Sra.
Roberta, de forma a entender a relação jurídica que se estabeleceu entre elas a partir da
compra do lote em 1989. Nesse sentido, a relação obrigacional é vista não apenas como
um acordo entre as partes, mas como um processo em constante evolução, que inclui
ações e obrigações contínuas de ambas as partes envolvidas. Assim, seria necessário
analisar a conduta de ambas as partes ao longo dos anos e avaliar se houve algum
descumprimento de obrigações assumidas no contrato original, bem como entender como
se dá a transferência da posse e da propriedade em casos como esse. A relação
obrigacional como processo parte da ideia de que as relações jurídicas não se esgotam
na celebração do contrato, mas envolvem uma série de interações e responsabilidades
que podem se desdobrar ao longo do tempo.
O conceito de relação obrigacional como processo se aplica na análise da relação entre a
Sra. Maria e sua neta, Sra. Roberta, na compra de um lote em 1989 sem escritura pública
ou registro na matrícula do imóvel. Nesse caso, é necessário entender como se dá a
transferência da posse e da propriedade ao longo do tempo, avaliar se houve
cumprimento das obrigações assumidas no contrato original e analisar a conduta de
ambas as partes. A relação obrigacional como processo parte da ideia de que as relações
jurídicas não se esgotam na celebração do contrato, envolvendo uma série de interações
e responsabilidades que podem se desdobrar ao longo do tempo.
REFERÊNCIAS
MARTINS-COSTA, Judith. Comentários ao Novo Código Civil: do Direito das Obrigações.
Do adimplemento e da extinção das obrigações. vol. V, tomo I, Rio de Janeiro: Forense,
2005, p. 1 – 109
TEPEDINO, Gustavo. Normas constitucionais e Direito Civil. In: Revista da Faculdade de
Direito de Campos. Ano IV, Nº 4 e Ano V, Nº 5 - 2003-2004, p. 167-175.
TEPEDINO, Gustavo. O Código Civil, os chamados microssistemas e Constituição:
premissas para uma reforma legislativa. In: Problemas de Direito Civil. Rio de Janeiro:
Renovar, 2001, p. 1 e ss.