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Direitos Reais
Alunos:
Resumo: O artigo estabelece a aplicação subsidiária das regras de partilha de herança aos casos
de divisão do condomínio.
De fato, todas aquelas disposições legais previstas no Capítulo referente à partilha dos bens por
sucessão causa mortis são aqui também aplicadas, particularmente a regra que versa sobre a
partilha extrajudicial amigável – quando todos os herdeiros são maiores e capazes – aqui
encontra eco, à luz do art. 2015 da legislação civil. Neste caso, dispensa-se a intervenção
judicial, sendo a escritura pública, após lavrada em cartório com a assinatura de todos, levada
ao registro imobiliário competente.
Art. 1.322. Quando a coisa for indivisível, e os consortes não quiserem adjudicá-la a um só,
indenizando os outros, será vendida e repartido o apurado, preferindo-se, na venda, em
condições iguais de oferta, o condômino ao estranho, e entre os condôminos aquele que tiver
na coisa benfeitorias mais valiosas, e, não as havendo, o de quinhão maior.
Parágrafo único. Se nenhum dos condôminos tem benfeitorias na coisa comum e participam
todos do condomínio em partes iguais, realizar-se-á licitação entre estranhos e, antes de
adjudicada a coisa àquele que ofereceu maior lanço, proceder-se-á à licitação entre os
condôminos, a fim de que a coisa seja adjudicada a quem afinal oferecer melhor lanço,
preferindo, em condições iguais, o condômino ao estranho.
Para efeitos de extinção, quando o bem for indivisível, e não for adjudicado a um só dos
condôminos, será este vendido, a pedido de qualquer deles, repartindo-se o resultado.
Poderá cada condômino alienar livremente sua fração ideal, se o bem for divisível, sem a
necessidade de concordância dos demais condôminos. Em se tratando de bem indivisível,
haverá de propiciar o direito de preferência dos demais condôminos, tanto na alienação
quanto no gravame de ônus real.
A leitura deve ser feita em consonância com a regra do art. 504 do CC, o qual dispõe que não
pode um condômino de coisa indivisível vender a sua parte a estranhos se o outro consorte a
quiser por igual proporção. Assim, nesse caso, deverá o condômino, antes de alienar sua fração
ideal, notificar os demais para que estes possam exercer seu lídimo direito de preferência.
Como visto, a regra só aplica para o condomínio de bens indivisíveis, ou seja, de divisão
impossível.
O artigo 1323 do Código Civil trata da administração da coisa comum. Ele estabelece que a
maioria dos condôminos deliberará sobre a administração da coisa comum, podendo escolher
um administrador, que poderá ser um estranho ao condomínio. No caso de alugar a coisa
comum, o condômino será preferido ao estranho, em condições iguais.
O artigo 1324 do Código Civil Brasileiro estabelece que o condômino que administrar o
condomínio sem oposição dos demais condôminos é considerado representante comum dos
demais condôminos.
Em outras palavras, isso significa que o condômino administrador tem o poder de praticar atos
de administração em nome de todos os condôminos, como cobrar as contribuições
condominiais, contratar serviços e realizar obras.
§2º - Não sendo possível alcançar maioria absoluta, decidirá o juiz, a requerimento de qualquer
condômino, ouvidos os outros.
§3º - Havendo dúvida quanto ao valor do quinhão, será este avaliado judicialmente.
O artigo e seus parágrafos tratam da questão das decisões referentes ao imóvel serem tomadas
por maioria absoluta, ou seja, por votação e o que a maioria decidir será aceito.
Trata também da questão de não ser possível alcançar tal votação, decidirá o juiz.
Art. 1326 – Os frutos da coisa comum, não havendo em contrário estipulação ou disposição de
última vontade, serão partilhados na proporção dos quinhões.
Tal artigo trata dos frutos que o imóvel produz, seja em sua venda, ou frutos perecíveis, fala
sobre a divisibilidade e informa que os condôminos com maiores quinhões, ou seja, com as
maiores partes receberão mais que os outros, pois a divisão é proporcional ao tamanho de
suas partes.
O artigo 1327 É necessário o condomínio (condomínio legal) quando não tem origem num
acordo de vontades, mas sim da imposição da lei. Vem tratado neste dispositivo do Código, e
reporta-se ao direito que tem o titular do imóvel vizinho de ser proprietário da metade dos
muros, paredes, cercas e valas construídas pelo outro vizinho.
O Artigo 1.328 do Código Civil de 2002 estipula que um proprietário com o direito de demarcar
um imóvel através de paredes, cercas, muros, valas ou valados também tem o direito de
adquirir metade da estrutura correspondente no terreno do vizinho. Nesse caso, ele deve
compensar o vizinho, pagando-lhe a metade do valor atual da obra e do terreno ocupado por
ela, conforme previsto no Artigo 1.297 do mesmo código. Essa disposição visa regular a divisão
e compensação equitativa quando ocorre a demarcação de propriedades entre vizinhos.
O Art. 1329 do Código Civil é uma norma que possui um papel fundamental no contexto
jurídico. Para que o Art. 1329 do Código Civil seja aplicado corretamente, é necessário atender
a certos requisitos legais. A interpretação do Art. 1329 do Código Civil pode ser objeto de
debate jurídico. Diversos juristas e tribunais têm diferentes perspectivas sobre a aplicação e
alcance desse artigo. Podemos concluir que esse é um dispositivo legal de grande relevância.
Ele desempenha um papel fundamental na definição de direitos e deveres das partes
envolvidas em determinadas situações jurídicas.