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Terreno alheio ou de terceiros é aquele que não lhe pertence. Ou seja, você
não comprou e não possui nenhum documento que possa provar que aquela
área é de sua propriedade.
Terreno alheio ou de terceiros é aquele que não lhe pertence. Ou seja, você
não comprou e não possui nenhum documento que possa provar que aquela
área é de sua propriedade.
Veja: “Art. 1.255. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde,
em proveito do proprietário, as sementes, plantas e construções; se procedeu
de boa-fé, terá direito a indenização. Parágrafo único. Se a construção ou a
plantação exceder consideravelmente o valor do terreno, aquele que, de boa-
fé, plantou ou edificou, adquirirá a propriedade do solo, mediante pagamento
da indenização fixada judicialmente, se não houver acordo”
Nesse caso, você não terá direito de ficar com a casa– que passa a fazer parte
do patrimônio do dono do terreno –, mas deve ser recompensado de alguma
forma por essa construção.
A exceção ocorre quando o valor da construção é consideravelmente superior
ao valor do próprio terreno, então, você pode adquirir direito ao terreno, caso
pague uma indenização ao proprietário. Se não houver acordo sobre a
indenização o juiz quem vai determinar esse valor.
Isso significa que se você e seu companheiro não fizeram nenhum contrato
sobre a divisão de bens em caso de separação, entende-se que os bens
adquiridos durante a relação serão partilhados de maneira igual. As mesmas
regras funcionam para os casamentos que optaram pela regra da comunhão
parcial ou universal de bens.
Além disso, com entendimento pacificado nos tribunais, se aplica por analogia
o disposto no art. 1.222 do Código Civil, determinando que a indenização deve
ser feita sobre o “valor atual” do imóvel, no estado em se encontra no
momento da devolução.
Além disso, com entendimento pacificado nos tribunais, se aplica por analogia
o disposto no art. 1.222 do Código Civil, determinando que a indenização deve
ser feita sobre o “valor atual” do imóvel, no estado em se encontra no
momento da devolução.
Claro que deve haver uma análise do caso concreto para uma resposta mais
aprofundada, mas vamos analisar em linhas gerais o seguinte questionamento:
“Dr, convivi com meu ex-marido por muitos anos, construímos uma casa
juntos, mas o terreno está no nome do pai dele, tenho direito a metade dessa
casa?”
Veja que o valor da indenização não se limita aos gastos da obra propriamente
dita, mas abrange toda a repercussão econômica da construção edificada, ou
seja, o valor de mercado atual do conjunto (terreno acrescido da casa).
Por fim, importante ainda se registrar que a própria lei prevê uma exceção a
esta regra, quando o valor da construção é consideravelmente superior ao
valor do próprio terreno, ocasião em que poderá haver a aquisição direta do
terreno, caso se pague uma indenização ao proprietário, o que, obviamente, se
não houver uma resolução consensual (via acordo) deverá ser fixada
judicialmente em ação própria.
Conclusão
Embora as construções pertençam por força de lei ao dono do terreno, tal
entendimento não inviabiliza a divisão de direitos sobre o imóvel construído
pelos ex-companheiros em terreno de terceiros, o que poderá ser objeto de
indenização em ação específica para tanto.
Mas o que nem todo mundo sabe é que as dívidas também entram
nessa “brincadeira”.
Com o divórcio, você pode ter que arcar com metade das dívidas do
seu marido (ou ele vai ter que arcar com metade das suas), a
depender do regime de bens que vocês escolheram.
Quer saber como tudo isso funciona?
A partir de hoje você vai entender de vez quais são os seus direitos e
deveres em relação à partilha de dívidas no divórcio.
Isso inclui:
Cartão de crédito
Empréstimo
Financiamento
Conta de aluguel
Conta de condomínio
Escola dos filhos
Etc
Mas cuidado!
A depender do regime de bens definido pelo casal, é necessário
comprovar que a origem da dívida está relacionada às despesas da
família.
Quer dizer, se você e seu marido não definiram um regime por meio
de pacto antenupcial, a lei escolheu por você o regime da comunhão
parcial de bens.
Isto é, você não vai ter que pagar por eventuais dívidas que seu
marido adquiriu antes do casamento.
Com isso, ele não vai ter que arcar com o pagamento de metade do
financiamento, já que é uma dívida particular da ex-esposa.
Ficou claro?
Ela decidiu usar esse dinheiro para arcar com os custos de sua festa
de casamento com Miguel.
Foi feito em proveito do casal, não foi? Então os dois vão ter que
arcar!
Neste caso, o direito presume que toda e qualquer dívida foi feita
em benefício do casal.
Sendo assim, se um dos cônjuges não quiser pagar por uma dívida
que o outro adquiriu, vai ter que provar que se trata de uma dívida
pessoal e que não contribuiu para o bem-estar da família.
Vou dar um exemplo para ficar mais claro, assim como fiz antes:
Como você viu, nesse regime, as dívidas que vocês tinham antes do
matrimônio continuam exclusivas de cada um.
comprovantes de pagamento
extrato bancário
boletos
contas
notas fiscais
e qualquer outro documento que comprove a origem das dívidas
Conclusão
Prontinho!
E muito mais!
Instagram: @barbaracorreapaz
Até a próxima!
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