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1ª QUESTÃO: (Valor - 4 pontos)

Carlos, credor de João, pretende por via executiva a penhora do único imóvel do devedor.
Aduz que o imóvel arrolado destina-se para fins comerciais e assim sendo não goza dos
requisitos previstos no artigo 1° da Lei 8009/90.

João, por sua vez, sustenta que o imóvel comercial encontra-se locado a uma empresa, e o
fruto civil gerado serve para o pagamento do aluguel do imóvel residencial que habita com sua
família, mulher e dois filhos.

Diante do exposto, decida, fundamentadamente, pela impenhorabilidade ou não do imóvel de


titularidade de João.

Resposta: Segundo a redação literal da súmula 486-STJ, "é impenhorável o único imóvel
RESIDENCIAL do devedor que esteja locado a terceiros, desde que a renda obtida com a
locação seja revertida para a subsistência ou a moradia da sua família." O STJ, contudo,
ampliou esta proteção e decidiu que também é impenhorável o único imóvel COMERCIAL do
devedor que esteja alugado quando o valor do aluguel é destinado unicamente ao pagamento
de locação residencial por sua entidade familiar.

2ª QUESTÃO: (Valor - 4 pontos)

Paulo e Sandra, casados há mais de 10 anos, resolveram se divorciar. À época do matrimônio,


Paulo possuía 71 anos de idade e Sandra tinha 35 anos. Em razão da idade do cônjuge varão, o
regime de bens foi imposto pela lei, na forma do artigo 1641, Il do Código Civil, ainda em sua
redação originária. Vários foram os bens adquiridos na constância do matrimônio já que Paulo
desenvolvia atividade laborativa, enquanto Sandra cuidava dos trabalhos domésticos.

Diante da situação narrada, explique fundamentadamente como proceder quanto à partilha de


bens em razão do divórcio, sendo certo que, além dos bens adquiridos durante o matrimônio,
os cônjuges possuíam bens particulares.

Resposta: O art. 1.641 trata sobre a separação obrigatória de bens (também chamada de
separação legal de bens). No caso, deverão ser partilhados apenas os bens adquiridos
onerosamente na constância da união, e desde que comprovado o esforço comum na sua
aquisição. Desse modo, Sandra terá direito à meação dos bens adquiridos durante o
casamento, desde que comprovado o esforço comum. O esforço comum não pode ser
presumido, ele deve ser comprovado. O STF possui uma súmula antiga sobre o tema: Súmula
377-STF: No regime de separação legal de bens, comunicam-se os adquiridos na constância do
casamento. Essa súmula permanece válida, mas ela deve ser interpretada da seguinte forma:
“No regime de separação legal de bens, comunicam-se os adquiridos na constância do
casamento”, desde que comprovado o esforço comum para sua aquisição.O STJ possui alguns
julgados afirmando que essas regras sobre separação legal devem ser aplicadas também no
caso de união estável.
3ª QUESTÃO: (Valor - 0,5 pontos)

são impedidos de casar


A) os parentes colaterais até o quarto grau.

B) os afins em linha reta e em linha colateral.

C) o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do

adotante

D) o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos

bens do casal.

4ª QUESTÃO: (Valor - 0,5 pontos)

Mauro e José contam respectivamente. com dezoito e treze anos de idade. Paulo declara-se
pai de Mauro e José neste ano de 2018 e pretende reconhecê-los como filhos, pois ambos
seriam frutos de um relacionamento de oito anos que manteve com Ana, genitora de Mauro e
José. Nessa hipótese, de acordo com o Código Civil, Paulo

(A) não precisará do consentimento expresso de Mauro para o reconhecimento e José poderá
impugnar o reconhecimento nos quatro anos que se sequirem à maioridade ou à
emancipação.

(B) não precisará do consentimento expresso de Mauro para o reconhecimento e José poderá
impugnar o reconhecimento nos dois anos que se seguirem à maioridade ou à emancipação.

(C) precisará do consentimento expresso de Mauro para o reconhecimento e José poderá


impugnar o reconhecimento no prazo de até dois anos após à maioridade ou à emancipação.

(D) precisará do consentimento expresso de Mauro para o reconhecimento e José poderá


impugnar o reconhecimento nos quatro anos que se seguirem à maioridade ou à emancipação.

Sobre o Direito de Família, é correto afirmar:

a) Provado o adultério, fato confessado pela esposa, resta ilidida a presunção de paternidade
com relação à criança nascida cem dias após a dissolução da sociedade conjugal.

b) Filho advindo de relação extraconjugal somente pode ser reconhecido pelo pai em conjunto
com a mãe.

c) É ineficaz a condição aposta ao ato de reconhecimento do filho, sendo admitida a previsão


de termo, uma vez que este trata de evento de ocorrência certa.

d) A dívida contraída pela esposa para aquisição de bens necessários à economia doméstica
obriga solidariamente o marido, ainda que este não tenha autorizado contratação.

6ª QUESTÃO: (Valor - 0,5 pontos)

Sobre o Direito de Família, é correto afirmar:

a) Adolescente de 17 anos, que mantém relação estável com pessoa absolutamente capaz,
procura a Defensoria Pública para que haja a supressão judicial da autorização negada pelos
seus genitores para a realização do casamento, hipótese na qual será imposto aos nubentes o
regime da separação de bens.
b) O marido não possui direito potestativo ao divórcio, eis que esse instituto depende do
implemento de requisito temporal.

c) A emancipação legal não extingue o poder familiar exercido pelos pais, uma vez que não se
trata de hipótese concedida voluntariamente, permanecendo os genitores responsáveis pelos
atos ilicitos praticados pelo emancipado até a maioridade.

d) Irmãos são considerados parentes em linha reta.

1ª QUESTÃO: (Valor - 3,5 pontos)

Carla, Alexandre e Floricultura Margarida propõem demanda declaratória em face do Banco


Fiel S/A, no intuito de ser declarada a nulidade da alienação fiduciária oferecida pelos
primeiros demandantes em garantia de Cédula de Crédito Bancário, a qual se originou de
mútuo contraido pela terceira demandante junto à instituição financeira ré. Em síntese,
defendem a nulidade da garantia ofertada, pois o imóvel apontado é impenhorável, por se
tratar de bem de família, tendo em vista que, além de ser o único imóvel do casal, serve de
moradia aos mesmos.

Em defesa, sustenta a instituição financeira que o imóvel fora dado em garantia de modo
voluntário pelo casal e em favor de pessoa jurídica da qual a primeira demandante é sócia e
um dos proprietários do referido bem, o que pressupõe a reversão dos valores obtidos com o
empréstimo em favor da entidade familiar. Por fim, defende a demandada que a conduta dos
autores se mostra contrária à boa-fé, tendo em vista o oferecimento do bem em garantia e a
posterior alegação de impenhorabilidade do referido imóvel.

Os fatos restaram provados. Em sede de primeira instância, o juízo ao proferir a sentença


deferiu o pedido por entender que o legislador, ao proteger o bem de família, o faz muito mais
voltado para o aspecto da fragilidade momentânea da pessoa, quando tomadora de
empréstimo junto a instituições bancárias e que não consegue enxergar outra saída para a sua
situação de penúria financeira. Assim sendo, no entender do magistrado, quem tem de ter a
frieza e o profissionalismo de não aceitar esses bens como garantia são as instituições
credoras.

Portanto, os bancos teriam de perceber que, tratando-se de um bem de família, tal bem não
lhe serviria como garantia e consequentemente em razão da ausência da garantia não
conceder o empréstimo requerido.

Decidiu corretamente o magistrado? Responda à luz do posicionamento do Superior Tribunal


de Justiça.

Não decidiu corretamente o magistrado. O bem de família pode ser alienado pelo seu titular,
logo, ele pode ser oferecido em garantia, inclusive no âmbito de alienação fiduciária. A
proteção do bem de família não pode se sobrepor à ética e à boa-fé, que devem permear
todas as relações negociais. Não pode o devedor ofertar bem em garantia que é sabidamente
residência familiar para, posteriormente, vir a informar que tal garantia não encontra respaldo
legal, pugnando pela sua exclusão. A utilização abusiva do direito à proteção do bem de
família viola o princípio da boa-fé objetiva e, portanto, não deve ser tolerada. Assim, deve ser
afastado o benefício conferido ao titular do bem de família que exerce o direito em
desconformidade com o ordenamento jurídico.

2ª QUESTÃO: (Valor - 3,5 pontos)

Fernanda ingressa com demanda na qual requer a inclusão do patronímico do marido em seu
nome registral. Aduz que é casada há sete anos e, quando do casamento, incluiu um dos
sobrenomes do marido em seu nome. Todavia a retificação que agora se requer se faz
necessária tendo em vista a notoriedade social e familiar do sobretan peterido À requerente
sustenta que não haveria qualquer prejuizo para a coletividade sendo certo ainda que seu
marido não se opõe a tal inclusão. Os autos foram conclusos para a sentença e o pedido de
retificação foi negado em primeira instância, ao entendimento de que não haveria justificativa
plausivel para a alteração, devendo ser respeitado o principio da imutabilidade dos
sobrenomes por questões, inclusive, de segurança jurídica.

Decidiu corretamente o magistrado? Responda fundamentadamente a pergunta.

Não decidiu corretamente o magistrado. O momento adequado para que um cônjuge


acrescente o patronímico do outro é, em regra, a fase de habilitação para o futuro casamento.
No entanto, não existe uma vedação legal expressa para que, posteriormente, no curso do
relacionamento, um dos cônjuges requeira o acréscimo do outro patronímico do seu cônjuge
por meio de ação de retificação de registro civil (arts. 109 e 57 da Lei nº 6.015/73),
especialmente se o cônjuge justifica que faz isso porque esse outro patronímico é aquele mais
utilizado no meio social. Vale ressaltar que o art. 1.565, §1º do Código Civil não estabelece
prazo para que o cônjuge adote o apelido de família do outro, em se tratando, no caso, de
mera complementação, e não alteração do nome.
QUESTÃO: (Valor - 0,5 pontos)

No regime da comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na


constância do casamento, excluindo-se da comunhão

A) os ganhos eventuais.

B) as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge.

C) as obrigações provenientes de ato ilícito revertidas a um dos cônjuges.

D) os bens adquiridos na constância do casamento a título oneroso com esforço exclusivo de


um dos cônjuges e apenas em seu nome.

E) nenhuma das anteriores.

4ª QUESTÃO: (Valor - 0,5 pontos)

Sobre a união estável, pode-se corretamente afirmar que

A) a existência de casamento válido obsta o reconhecimento da união estável, mesmo


havendo separação de fato entre os casados.

B) na união estável de pessoa maior de setenta anos, impõe-se o regime da separação


obrigatória, sendo possível a partilha de bens adquiridos na constância da relação, desde que
comprovado o esforço comum.
C) são comunicáveis os bens particulares adquiridos anteriormente à união estável ou ao
casamento sob o regime de comunhão parcial, desde que a transcrição no registro imobiliário
ocorra na constância da relação.

D) a coabitação é elemento indispensável à caracterização da união estável.

E) é possível o reconhecimento de uniões estáveis simultâneas, mesmo entre pessoas casadas.

5* QUESTÃO: (Valor - 0,5 pontos)

7)Pode-se corretamente afirmar, sobre o bem de família, que

a)o fato de o terreno encontrar-se desocupado ou não edificado são circunstâncias que
sempre obstam a qualificação do imóvel como bem de família.

b)a impenhorabilidade do bem de família abrange o imóvel objeto do contrato de promessa de


compra e venda inadimplido, mas não abrange os bens móveis, mesmo que indispensáveis à
habitabilidade de uma residência ou usualmente mantidos em um lar comum.

C) a impenhorabilidade do bem de familia é matéria disponível, razão pela qual admite


renúncia pelo titular e não abrange o imóvel pertencente a pessoas solteiras. separadas e
viúvas.

D) é impenhorável o único imóvel residencial do devedor que esteja locado a terceiros, desde
que a renda obtida com a locação seja revertida para a subsistência ou a moradia da sua
familia; a vaga de garagem que possui matrícula própria no registro de imóveis constitui bem
de família para efeito de penhora.

E) a impenhorabilidade do bem de família não pode ser oposta ao credor de pensão


alimenticia decorrente de vinculo familiar ou de ato ilícito; entretanto, é oponível às
previamente reconhecido na esfera penal. execuções de sentenças civeis decorrentes de atos
ilícitos, salvo se decorrente de ilícito

6ª QUESTÃO: (Valor - 0,5 pontos)

Assinale a alternativa correta sobre o casamento, de acordo com as disposições do

Código Civil de 2002.

A) A idade núbil é, em regra, 14 (quatorze) anos completos, ressalvada a possibilidade do


casamento por quem ainda não alcançou tal idade para evitar imposição ao cumprimento de
pena criminal ou em caso de gravidez.

B) O requerimento de habilitação para o casamento pode ser realizado por procurador.

C) Quando a solenidade de celebração do casamento for realizada na sede do cartório,


dispensa-se a presença de testemunhas.

D) A eficácia da habilitação para o casamento é de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data
em que for extraído o certificado de habilitação.

E) Não podem casar os colaterais de quarto grau.

QUESTÃO: (Valor - 4 pontos)


Em uma demanda de dissolução de união estável que durou nove anos, o ex- companheiro
solicitou a partilha de um imóvel adquirido durante esse periodo pela sua ex- companheira. O
Juiz de primeira instância reconheceu a união estável e a existência da escritura pública por
meio da qual o casal adotou o regime de separação de bens. Todavia, o magistrado entendeu
ser devida a partilha do imóvel, presumindo que houve esforço comum do casal para adquirir
o bem, na forma da Súmula 377 do STF.

Inconformada, a mulher recorre da decisão e alega que, a fim de regulamentar a relação


patrimonial do casal durante a união estável, ela e o ex-companheiro firmaram escritura
pública elegendo o regime da separação absoluta de bens antes, inclusive, de ela comprar o
imóvel. Aduz a recorrente que esta era a vontade das partes, que vigeu ao longo de toda a
união estável, e, consequentemente, deverá ser mantida na dissolução da mesma, e não a
presunção do esforço comum, conforme quis crer o magistrado de primeira instância.

Decida fundamentadamente a questão.

"O pacto realizado entre as partes, adotando o regime da separação de bens, possui efeito
imediato aos negócios jurídicos a ele posteriores, havidos na relação patrimonial entre os
conviventes, tal qual a aquisição do imóvel objeto do litígio, razão pela qual este não deve
integrar a partilha", ressaltou.

De acordo com o ministro, não há justificativa plausível para aplicar ao caso em análise o
regime da comunhão parcial de bens, "como fizeram as instâncias ordinárias ao determinar a
partilha", pois houve "pactuação expressa dos conviventes adotando regime diverso daquele
estipulado como regra geral para a união estável".

Além disso, destacou o ministro Buzzi, o fato de a escritura pública - em que os conviventes
optaram pelo regime da separação de bens - ter sido firmada em momento anterior à
aquisição do imóvel, reforça a impossibilidade de partilha.

Para o relator, também é inaplicável ao caso a Súmula 377 do Supremo Tribunal Federal, pois
as partes livremente convencionaram a separação absoluta dos bens presentes e futuros
através de pacto de convivência.

2ª QUESTÃO: (Valor - 4 pontos)

Carlos propõe demanda de exoneração de alimentos em face de Ricardo, assistido por sua
mãe, Solange. Aduz, em síntese, que seu filho, maior de idade, em razão de deficiência mental
que o acomete, passou a receber beneficio de prestação continuada (BPC), garantido pela Lei
Orgânica da Assistência Social (LOAS - Lei 8.742/93) à pessoa com deficiência de qualquer
idade com impedimentos de natureza física, mental, intelectual ou sensorial de longo prazo. O
autor sustenta que esse fato teria alterado o binômio necessidade/possibilidade no seu
primeiro elemento, tido como suficiente para a exoneração. Por fim, informa que o valor do
beneficio (um salário mínimo) é superior ao valor da pensão alimentícia e, quando acrescido a
esta, seu filho passa a ter rendimentos superiores ao seu, o que também corrobora para a
exoneração.
Em defesa, sustenta o demandado que necessita da pensão alimentícia paga por seu genitor,
pois encontra-se impossibilitado de se desenvolver tanto física como economicamente, sendo
certo que todos os encargos familiares recaem sobre sua mãe. Aduz, ainda, que a falta de
Carlos no seio familiar provoca pesado dispêndio de tempo e esforço psicológico por parte de
sua mãe para prover o bem-estar do demandado, o que reduz substancialmente sua
capacidade de se inserir no mercado formal de trabalho, provável razão para sobreviver da
coleta de materiais recicláveis.

Decida fundamentadamente a questão e aponte ainda os critérios que o magistrado deve


adotar para a justa fixação de alimentos ou exoneração da pensão alimentícia.

presumida a necessidade de percepção de alimentos do portador de doença mental


incapacitante, devendo ser suprida nos mesmos moldes dos alimentos prestados em razão do
Poder Familiar, independentemente da maioridade civil do alimentado. . É dizer: mesmo com a
soma do benefício assistencial e a pensão alimentícia, os valores carreados para a manutenção
do alimentado, ficarão bem aquém de suas reais necessidades.

3ª QUESTÃO: (Valor - 0,5 pontos)

A respeito do reconhecimento de filhos, responda:

1. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou ser posterior ao seu


falecimento, se ele deixar descendentes.

II. O filho maior pode ser reconhecido independentemente do seu consentimento.

Ill. O reconhecimento não pode ser revogado, exceto quando feito em testamento.

Assinale a correta:

a) Apenas a assertiva Il é verdadeira.

b) Apenas a assertiva l é verdadeira.

c) Apenas as assertivas l e III são verdadeiras.

d) Todas as assertivas são verdadeiras.

e) Todas as assertivas são erradas

4ª QUESTÃO: (Valor - 0,5 pontos)

A respeito da curatela, responda:

I. Não corre prescrição entre curatelados e seus curadores, durante a curatela.

Il. Há impedimento matrimonial entre o tutor e os seus descendentes, ascendentes, irmãos,


cunhados ou sobrinhos, com a pessoa curatelada, enquanto não cessar a curatela, e não
estiverem saldadas as respectivas contas.

Ill. Quando o curador for o cônjuge e o regime de bens do casamento for de comunhão
universal, não será obrigado à prestação de contas, salvo determinação judicial.

Assinale a correta:

a) Apenas as assertivas I e Ill são verdadeiras.


b) Apenas a assertiva Il é verdadeira.

c) Todas as assertivas são verdadeiras.

d) Apenas as assertivas l e II são verdadeiras.

e) Todas as assertivas estão erradas.

5ª QUESTÃO: (Valor - 0,5 pontos)

Sobre o casamento, responda as questões:

I. A eficácia da habilitação será de noventa dias, a contar da data em que foi


realizado o requerimento.
II. O nubente que não estiver em iminente risco de vida poderá fazer-se representar
no casamento nuncupativo.
III. Caso a celebração do casamento seja suspensa ante a recusa solene da vontade
de um dos contraentes, não é possível a retratação no mesmo dia.

Assinale a correta:
a)Apenas a assertiva II é verdadeira.
b)Todas as assertivas são falsas.
c)Apenas as assertivas II e III são verdadeiras.
d)Todas as assertivas são verdadeiras.
e)Apenas a assertiva I é verdadeira.

6ª QUESTÃO: (Valor - 0,5 pontos)

Considerando-se o disposto no Código Civil, quanto ao bem de família, é INCORRETO afirmar


que:

a) Comprovada a impossibilidade da manutenção do bem de família nas condições em que foi


instituído, poderá o juiz, a requerimento dos interessados, extingui-lo ou autorizar a sub-
rogação dos bens que o constituem em outros, ouvidos o instituidor e o Ministério Público.

b) Não havendo disposição em contrário do ato de instituição, a administração do bem de


familia compete a ambos os cónjuges, resolvendo o juiz em caso de divergência.

c) No caso de falecimento de ambos os conjuges, a administração do bem de familia instituido


nos termos do Código Civil, passará ao filho mais velho, se for maior, e do contrário, a seu
tutor.

d) A dissolução da sociedade conjugal extingue o bem de familia

e) Extingue-se o bem de familla com a morte de ambos os conjuges e a maioridade dos filhos,
desde que não sujeitos a curatela.

1ª QUESTÃO: (Valor - 3,5 pontos)

Em uma demanda de investigação de paternidade biológica post mortem, a causa de pedir se


ateve unicamente ao vinculo biológico entre o autor da demanda e o falecido. Para comprovar
suas alegações o investigante requereu a elaboração de exame de DNA em face e suposto
irmão, filho do de cujus. Ato contínuo, sob a alegação de possível fraude no teste de DNA, o
magistrado determinou a realização de novo exame cientifico. Ocorre que, na mesma decisão,
entendeu o Juizo de primeira instância que havia indício suficiente de convívio entre o falecido
e o autor da demanda, e, com base nos princípios da celeridade e economia processual,
deferiu a produção de prova testemunhal com o objetivo de apurar eventual paternidade
socioafetiva entre as partes.

Agiu corretamente o magistrado?

Responda fundamentadamente a pergunta.

2ª QUESTÃO: (Valor - 3,5 pontos)

Carlos propõe demanda de levantamento de curatela em face de João. Aduz, em síntese, que a
motivação para a decretação da curatela foi um acidente automobilístico que resultou em
lesões cerebrais no curatelado, cujo responsável pelo acidente e pelas lesões foi o autor. Ainda
em razão do acidente, por decisão judicial, o autor foi obrigado a pagar ao réu uma pensão
vitalícia a título de indenização pela perda da capacidade para o trabalho e uma indenização
por danos morais. Todavia, a fim de mitigar seus prejuízos, sustenta o autor que há prova
posterior à sentença que decidiu pela curatela, proferida em 26/04/2012, que atestaria que o
demandado não possui mais a doença psíquica que justificou a sua incapacidade ou, ao menos,
que o seu quadro clínico teria evoluído significativamente a ponto de não mais se justificar a
medida extraordinária e, consequentemente, a pensão vitalícia a ele deferida em outro
processo judicial. O autor acredita que, com o fim da curatela, poderá justificar o término do
pensionamento.

Em defesa, argui o curador, por representação processual, a ilegitimidade ativa do Tutor para
propor a demanda, tendo em vista ser o rol do artigo 756,g1°, do CPC taxativo. Decida
fundamentadamente a demanda.

3ª QUESTÃO: (Valor - 0,5 pontos)

Recentemente, no Brasil, o processo eleitoral foi marcado por opiniões muito divergentes
sobre os mais variados assuntos, sendo um deles o casamento civil de pessoas do mesmo sexo.
Para um determinado grupo da sociedade, o casamento deveria, em tese. ocorter somente
entre homem e mulher, tendo em vista a literalidade da legislação a esse respeito, enquanto
outra parcela considerável da população opinou por estender os efeitos do casamento à união
homoafetiva, sob as premissas já decididas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), bem como
em homenagem aos princípios da dignidade da pessoa humana da igualdade entre os
cidadãos. Considerando o exposto e com base no Código Civil brasileiro, assinale a alternativa
correta.

A) O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e


deveres dos cônjuges, ficando a cargo da mulher a educação dos filhos, e do marido, o
sustento da família.
B) O casamento é civil e gratuita a sua celebração, embora as taxas recolhidas em cartório
tenham natureza extrafiscal.

C) O registro do casamento religioso submete-se a requisitos diversos dos exigidos para o


casamento civil.

D) O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o


juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados.

E) Será eficaz o registro civil do casamento religioso se, antes dele, qualquer dos consorciados
houver contraído com outrem casamento civil.

4ª QUESTÃO: (Valor - 0,5 pontos)

Romário e Flávia estão noivos e desejam celebrar casamento. Para tanto, resolvem fazer um
pacto antenupcial. Levando em consideração o assunto, assinale a alternativa correta.

A) É anulável o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, e ineficaz se não lhe
seguir o casamento.

B) Não é dada a possibilidade de realização de pacto antenupcial a menor não emancipado.

C) É anulável a convenção ou cláusula do pacto antenupcial que contravenha disposição


absoluta de lei.

D) As convenções antenupciais não terão efeito perante terceiros senão depois de registradas,
em livro especial, pelo oficial do Registro de Imóveis do domicílio dos cônjuges.

E) Anulado o casamento por culpa de um dos cônjuges, ficam ambos desobrigados de cumprir
as promessas assentadas no contrato antenupcial.

5ª QUESTÃO: (Valor - 0,5 pontos)

Após o falecimento dos pais, uma criança de dez anos de idade foi colocada sob tutela de sua
avó, de sessenta e cinco anos de idade, já que constitui parente de grau mais próximo. Em
relação à tutela dessa criança, considerando-se as disposições legais, é correto afirmar que a
avó

a)poderá se escusar da tutela, sob a alegação de ser aposentada.

b)poderá se escusar da tutela, sob o fundamento de ser maior de sessenta anos.

c)não poderá se escusar da tutela, já que é o parente de grau mais próximo da criança.

d)não poderá se escusar da tutela, uma vez que tal ato é vedado pela legislação vigente.

e) nenhuma das anteriores

6ª QUESTÃO: (Valor - 0,5 pontos)

Fábio e Eliana foram casados e tiveram um filho chamado Enzo. Após terem se divorciado, foi
determinado judicialmente que ambos teriam a guarda do menino. Alguns meses após a
separação, durante uma discussão por questões financeiras, Fábio chamou Eliana de
prostituta, por ela estar em um novo relacionamento, e a agrediu, causando-lhe lesão corporal
de natureza grave.

À luz do Código Civil, é correto afirmar que Fábio


a)poderá perder o poder familiar de Enzo por decisão judicial.

b)poderá perder o poder familiar de Enzo somente se comprovado que ele agrediu também o
menino.

c)não poderá perder o poder familiar de Enzo, somente a sua guarda.

d)não poderá perder nem o poder familiar de Enzo, nem a sua guarda.

e)nenhuma das anteriores

1ª QUESTÃO: (Valor - 3,5 pontos)

Fernando, a partir dos 73 anos de idade, passou a viver em união estável com Samanta. Após
10 anos do enlace amoroso, o casal resolveu se separar. No curso da relação e com esforço de
ambos, os conviventes adquiriram diversos bens, sendo certo ainda que, nesse interregno de
tempo, Fernando foi contemplado com R$5.000.000,00, ganhos na loteria.

Diante do exposto, pretende Samanta a meação de todo o patrimônio adquirido no curso da


relação, enquanto Fernando sustenta que não há que se falar em meação, tendo em vista que
a união estável se submete ao regime da separação obrigatória de bens e por estarem todos os
bens em seu nome. Quanto ao prêmio da loteria, aduz que, como foi ele quem jogou, o direito
oriundo desse fato somente lhe pertence.

Decida fundamentadamente a questão.

2ª QUESTÃO: (Valor - 3,5 pontos)

Carlos manteve com Leandra relação de concubinato impuro por 10 anos. Durante

esse período, Leandra adquiriu alguns imóveis e os registrou em seu nome. Carlos contribuiu

com seu esforço para a aquisição de dois deles. Com o término da relação, Carlos pretende

a meação de todos os imóveis adquiridos no curso da relação.

Diante do exposto, pergunta-se:

a) Existe algum vínculo jurídico entre Carlos e Leandra? Em caso positivo, qual?

b) Assiste direito a Carlos?

Responda fundamentadamente as perguntas.

3ª QUESTÃO: (Valor - 0,5 pontos)

Assinale a alternativa correta sobre a alienação parental, de acordo com as

disposições da Lei n° 12.318/2010.

a) A mudança de Estado, pelo genitor que detém a guarda da criança ou do

adolescente, gera presunção juris tantum de alienação parental.

b) A utilização de terceiros, pelo genitor, para praticar ato considerado alienação


parental, não descaracteriza esta, sujeitando o genitor às penalidades legais.

c) A lei apresenta, em rol exaustivo, os atos que são considerados como prática de

alienação parental.

d) Para configurar alienação parental, o ato deve ser praticado pelos genitores ou

avós, não abrangendo atos praticados por pessoas que tenham a criança apenas sob sua

vigilância

e) A penalidade de inversão da guarda não poderá ser aplicada cumulativamente

com outras penalidades.

4ª QUESTÃO: (Valor - 0,5 pontos)

Em relação aos alimentos, é correto afirmar:

a) Na falta dos ascendentes, cabe a obrigação aos descendentes, guardada a ordem

de sucessão e, faltando estes, aos parentes colaterais até quarto grau, inclusive.

b) O novo casamento do cônjuge devedor extingue a obrigação alimentar para com o

ex-cônjuge constante da sentença de divórcio.

c) A obrigação de prestar alimentos não se transmite aos herdeiros do devedor.

d) Pode o credor não exercer, porém lhe é vedado renunciar o direito a alimentos,

sendo o respectivo crédito insuscetível de cessão, compensação ou penhora, salvo em

relação a crédito de igual natureza.

e) Os alimentos serão prestados sempre em pecúnia, em valor suficiente para suprir

as necessidades de saúde, habitação, vestuário e educação.

6ª QUESTÃO: (Valor - 0,5 pontos)

determina que são

na legislação brasileira, quanto ao regime de comunhão universal entre conjuges,

a) incluídos na comunhão universal as dividas anteriores ao casamento, salvo se

provierem de despesas com seus aprestos ou reverterem em proveito comum.

b) incluídos na comunnão universal os proventos do trabalho pessoal de cada

cônjuge, percebidos na constância do casamento.

c) excluídos da comunhão universal todos os bens anteriores ao casamento, pois

apenas os bens que forem adquiridos a partir da celebração do casamento se comunicam

integralmente.

d) excluídos da comunhão universal joias pessoais e prêmios personalíssimos


havidos ou recebidos por um dos cônjuges antes ou durante o casamento.

e) excluídos da comunhão universal os bens doados ou herdados com a cláusula de

incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar.

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