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Aula 01 - 29/03/23
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando
ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de
fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas
dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou
ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
1. BENS PÚBLICOS
1.1. Introdução:
➢ Marco Temporal: antes do Código Civil de 2002, qualquer bem utilizado em serviços
públicos era considerado bem público. Já com o Código Civil de 2002 o bem público
depende da titularidade. O art. 40 do CC dispõe sobre quem são as pessoas jurídicas de
direito público a quem os bens pertencem (toda Administração Pública Direta - União,
Estados, municípios, Distrito Federal e Territórios - e Indireta - Autarquias).
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de
direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que
pertencerem.
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III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público,
como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de
direito privado.
1) Quanto ao uso:
a) Uso comum: Os bens de uso comum não precisam de autorização do poder
público para serem utilizados desde que sejam utilizados de acordo com seu
fim. Ex.: calçadas, ruas, estradas, rios, praças.
b) Uso Especial: Bens destinados a funções específicas do Estado. O uso desses
bens só se faz por quem tem atribuição em lei para fazer uso destes. Qualquer
repartição pública pode utilizá-los. Possuem atribuição específica.
c) Dominicais: Os bens dominicais não possuem uso. Pertence ao Estado mas não
tem uso. Exemplo: Terras devolutas (terras que pertencem ao Estado e nunca
pertenceram a nenhum particular). Exemplo prático: Palacete Faciola, antes de
ser reformado, não tinha uso (era um bem dominical), mas hoje tem.
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2. Desafetado: Bens que não tem destinação (dominicais). São alienáveis (podem ser
transferidos para outrem).
■ Desafetar significa retirar a destinação de um bem. Seu uso pode ser
retirado apenas por procedimento formal (lei ou ato administrativo).
■ Impenhorável é diferente de alienável.
Art. 225, § 5º: são indisponíveis as terras devolutas (...) que são essenciais
à proteção do meio ambiente. Terras devolutas para proteção do meio
ambiente são para uso especial, pois tem uma destinação específica.
1.3. Características:
1. Impenhorabilidade: não podem sofrer uma constrição judicial para servir de garantia de
um débito da administração pública. Por duas razões: uma prática e outra de
fundamento.
1. Prática: Lei Orçamentária Anual (LOA), garantia de que as dívidas da
administração pública serão pagas por seu orçamento. A forma de pagamento
é através de precatório.
2. Fundamento: iria contra o princípio da prevalência do interesse público, pois
prevaleceria o interesse de um indivíduo em detrimento da coletividade aos
quais aquele bem pertence.
2. Não onerabilidade: Tornar algo onerável é dar esse bem como garantia para o
pagamento de um débito. Os bens públicos são impenhoráveis, pois ninguém pode ter
um direito real sobre um bem público.
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3. Avaliação do bem (antes de alienar): Necessário para saber o valor do bem, está
ligada a próxima condicionante.
4. Leilão: O bem público só pode ser alienado por leilão.
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Desapropriação Indireta
➔ É a modalidade de desapropriação que se processa sem a observância do
procedimento legal estipulado, sendo por esse fato equiparada a um esbulho.
➔ Deve ser impugnada (pelo particular) por intermédio de ação possessória
ajuizada no momento oportuno, ou seja, antes de se conferir destinação pública
ao bem.
➔ O particular pode pedir apenas indenização, mas não pode requerer a
reintegração da posse, haja vista que prevalece o princípio da supremacia do
interesse público.
➔ Deve entrar com Ação de Desapropriação Indireta. Discute-se apenas o valor da
indenização, e não a desapropriação.
➔ Prazo prescricional para ajuizar a ação de desapropriação indireta é de 10 anos
(prazo da usucapião é de 15 anos, mas o parágrafo único diz que quando houver
finalidade pública, passa a ser apenas de 10 anos).
➔ Todo valor da indenização será pago em precatório também. Os juros
compensatórios começam a contar do dia que o particular descobriu que havia
perdido sua posse, antes do ajuizamento da ação.
Retrocessão
➔ Obrigação atribuída ao Poder Público de oferecer o bem de volta ao antigo
proprietário, caso não dê a ele uma finalidade de interesse público ou mesmo
nenhuma finalidade.
➔ Ação para desfazer a desapropriação que já foi consumada. Pode ser feita
quando houver:
◆ Tredestinação ilícita (quando a administração pública muda a
finalidade da desapropriação, mas de forma ilícita; pode mudar
a finalidade apenas de forma lícita: por interesse público
(finalidade genérica) ou outra finalidade específica.
➔ Caso já tenha sido desfeito o bem anterior do particular, como demolição da
sua casa, este pode pedir indenização por perdas e danos.
2. Restritiva: Meio de intervenção na propriedade que traz restrições quanto ao uso, sem
perda da posse, por meio de imposição geral, gratuita e unilateral.
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2.3. Tombamento (Arts. 215 e 216): Meio de intervenção na propriedade que traz
restrições quanto a seu uso, por razões históricas, artísticas, culturais ou ambientais.
Podem ser tombados qualquer tipo de bem, material ou imaterial. Essa modalidade de
intervenção na propriedade traz como primeiro efeito a obrigação do proprietário de
preservar o bem, não podendo destruí-lo, demolí-lo ou mesmo alterar sua estrutura.
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e
imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à
identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade
brasileira, nos quais se incluem:
I — as formas de expressão;
II — os modos de criar, fazer e viver;
III — as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV — as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às
manifestações artístico-culturais;
V — os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico,
arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
§ 1º O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá
o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância,
tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e
preservação.
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➔ Previsão legal - Caso “Agnes Blanc” → a responsabilidade civil passa a ser matéria de direito
público.
➔ Responsabilidade objetiva: Atualmente, a responsabilidade do estado independe do dolo
ou da culpa, para o estado ser responsabilizado basta provar o nexo causal do dano
causado ao particular, oriundo da conduta de um agente público.
➔ Trata-se de uma obrigação atribuída ao Poder Público de ressarcir os danos causados a
terceiros, pelos seus agentes, quando no exercício de suas atribuições.
➢ Base normativa da responsabilidade administrativa:
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➔ Segundo Hely Lopes Meirelles (2003:623), a teoria do risco compreende duas modalidades:
do risco administrativo e a do risco integral; a primeira admite (e a segunda não) as causas
excludentes da responsabilidade do Estado: culpa da vítima, culpa de terceiros ou força
maior.
II. Teoria do risco criado: Custódia: o Estado responde de forma objetiva pelos danos
causados a pessoas ou bens que estejam sob sua custódia. (Exemplo: um preso comete
suicídio na prisão; o Estado irá responder de forma objetiva pelo dano).
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IV. Responsabilidade por obra pública: Ocorre quando uma obra causa um dano ao
particular.
○ A primeira coisa a se verificar é quem está realizando a obra: se é a
administração pública ou um particular.
○ Se for a administração, esta responde de forma objetiva. Mas se for pelo
particular, verifica-se, ainda, se a obra está pronta ou em andamento.
○ Se estiver em andamento a responsabilidade é do particular que foi contratado
para fazer a obra e trata-se de responsabilidade subjetiva. De outro modo, se a
obra estiver pronta, quem responde é a administração pública, e a
responsabilidade é objetiva.
VI. Responsabilidade por ato judicial: Ato judicial (não são atos do judiciário)
○ Ex: Pessoa presa (além da pena) que é comprovadamente inocente: o estado
responde por esse dano quando se comprova que juiz sabia que o indivíduo era
inocente e mesmo assim decidiu manter a pessoa presa.
VII. Prescrição: O Código Civil diz que a prescrição teria o prazo de 3 anos e o Decreto 20.910
diz que é de 5 anos. A regra que se aplica é a de 5 anos, pois a Lei Especial revoga a
geral, pois é específica para isso, mesmo que o CC seja posterior. “Lex specialli derogat lex
generalli”.
○ Dano ao erário é imprescritível.
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2) Controle legislativo: O controle de um ato administrativo pode ser feito pelo controle
legislativo. É um poder que irá controlar outro poder. Controle externo. Esse controle,
em respeito ao princípio da separação entre os Poderes, restringe-se, tão somente, à
legalidade dos atos administrativos, apresentando-se na modalidade política e
financeira.
➔ Controle Político: atuação do Congresso Nacional. Exemplos: 1. O Presidente da
República, se quiser sair do país por mais de 15 dias, precisa de autorização do
Congresso Nacional; 2. O legislativo pode sustar decretos do PR. Todos esses são
exemplos de controle político.
➔ Controle Financeiro: controle contábil, feito pelo Tribunal de Contas, órgão
auxiliar ao Poder Legislativo; funções previstas nos arts. 70 a 75, CF).
◆ Funções do Tribunal de Contas: fiscalizar, sustar, emitir pareceres (sobre as
contas da presidências) e julgar (julga as contas dos agentes públicos,
exceto as contas da presidência, apenas emite um parecer direcionado ao
Congresso Nacional e este julga as contas da presidência).
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4.2. Classificação:
1. Quanto ao âmbito da administração: Em razão de uma hierarquia ou de uma
vinculação.
➔ Uso do poder hierárquico. Revisão do superior em relação ao subordinado.
➔ Administração Direta sobre uma entidade da Administração Indireta.
➔ Controle por vinculação, chamado de controle finalístico.
4. Quanto à iniciativa: refere-se a quem deu causa aquele controle, pode ser de ofício ou
provocado.
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1) Controle Administrativo:
➔ Quanto ao âmbito da administração: pode ser feito por qualquer poder;
normalmente feito pelo Executivo.
➔ Quanto à natureza: pode ser de mérito ou legalidade.
➔ Quanto ao momento: pode ser prévio, concomitante ou posterior.
➔ Quanto à Iniciativa: pode ser de ofício ou mediante provocação (Representação,
reclamação ou recurso).
2) Controle Legislativo
➔ Quanto à natureza: pode ser de mérito (exemplo do PR sair do país por mais de
15 dias) ou de legalidade (controle das contas).
➔ Quanto ao momento: prévio, concomitante ou posterior.
➔ Quanto a iniciativa: pode ser de ofício (quando CN analisa as contas do PR) ou
provocado (somente por representação).
3) Controle Judicial
➔ Quanto à natureza: somente de legalidade. (em regra, o judiciário não pode
rever o mérito dos atos administrativos).
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5. PROCEDIMENTO LICITATÓRIO
1. Objetivos:
a. Garantia da proposta mais vantajosa: forma de garantir o que é mais vantajoso
para o interesse público.
● Ver Lei complementar n. 123/06 (empresas com privilégios dentro do
processo licitatório).
b. Isonomia: igualdade para os licitantes. os licitantes terão igualdade de
tratamento no processo licitatório (espécie de paridade de armas). O processo
licitatório não pode prejudicar nem ajudar nenhum particular. Igualdade de
condições. Por isso evita-se o direcionamento no processo licitatório (especificar
marcas; podendo-se citá-las apenas como referência).
c. Garantia do desenvolvimento nacional sustentável: utilizar do empreendimento
nacional e alavancar a economia da região. É critério de desempate o produto
ser sustentável.
d. Evitar o sobrepreço e o superfaturamento: O sobrepreço consiste em contratar
produtos ou serviços com valores superiores ao de mercado. O
superfaturamento ocorre no mesmo sentido, mas durante a execução do
contrato (controlado pelo fiscal do contrato).
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Art. 60. Em caso de empate entre duas ou mais propostas, serão utilizados os seguintes
critérios de desempate, nesta ordem:
I - disputa final, hipótese em que os licitantes empatados poderão apresentar nova
proposta em ato contínuo à classificação;
II - avaliação do desempenho contratual prévio dos licitantes, para a qual deverão
preferencialmente ser utilizados registros cadastrais para efeito de atesto de
cumprimento de obrigações previstos nesta Lei;
III - desenvolvimento pelo licitante de ações de equidade entre homens e mulheres no
ambiente de trabalho, conforme regulamento;
IV - desenvolvimento pelo licitante de programa de integridade, conforme orientações dos
órgãos de controle.
§ 1º Em igualdade de condições, se não houver desempate, será assegurada preferência,
sucessivamente, aos bens e serviços produzidos ou prestados por:
I - empresas estabelecidas no território do Estado ou do Distrito Federal do órgão ou
entidade da Administração Pública estadual ou distrital licitante ou, no caso de licitação
realizada por órgão ou entidade de Município, no território do Estado em que este se
localize;
II - empresas brasileiras;
III - empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País;
IV - empresas que comprovem a prática de mitigação, nos termos da Lei nº 12.187, de 29 de
dezembro de 2009.
§ 2º As regras previstas no caput deste artigo não prejudicarão a aplicação do disposto
no art. 44 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.
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→ A regra é que sempre haja licitação para que se alcance a melhor proposta visando o
interesse público, a sua não realização é exceção.
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6. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
1. Características
1. Bilateral: depende da manifestação de vontade de duas ou mais partes.
2. Consensual: depende do consenso entre as partes.
3. Comutativo: não é um contrato aleatório, as partes sabem antecipadamente
quais serão seus direitos e obrigações
4. Contrato sinalagmático: obrigações específicas entre as partes, com direitos e
deveres antagônicos (o que é dever pra um é obrigação pra outro).
5. Contrato oneroso: não possui caráter gratuito; a administração pública irá
pagar por esse contrato.
6. Por tempo determinado: não pode haver contrato administrativo por tempo
indeterminado.
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sua execução. Ex: tem-se um contrato firmado pela administração pública com
uma empresa de engenharia para construir a nova sede administrativa, sendo
que a administração não entrega a empresa contratada o terreno no qual
deveria ser realizada a construção, impossibilitando, portanto, a execução do
contrato.
7. SERVIÇO PÚBLICO
➔ Conceito: Serviço Público é todo aquele prestado pela Administração ou por particulares,
mediante regras de direito público previamente estabelecidas por ela, visando à
preservação do interesse público.
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➔ Nem tudo que o Estado faz pode ser considerado como serviço público. Para ser
considerado assim é necessário o preenchimento de 3 critérios (na falta de algum, há
descaracterização de serviço público):
1. Critério orgânico: a prestação de um serviço público tem como objetivo satisfazer
o que consideramos básico e essencial para nosso dia a dia. Seu escopo é
melhorar a qualidade de vida da sociedade. E essa prestação de serviço deve ser
contínua, pois visa satisfazer necessidades básicas.
2. Critério formal: diz qual o regime jurídico aplicado. E será regime jurídico de direito
público, não sendo utilizados os parâmetros de direito privado.
3. Critério subjetivo: diz quem tem a obrigação de prestar o serviço, que é o Estado -
podendo fazer de forma direta ou indireta.
a. Direta: a própria administração pública realiza o serviço (Ex. Saúde)
b. Indireta: por delegação (delega o particular). (Ex. Transporte Público,
Energia Elétrica). No caso de responsabilidade, quem irá responder
primariamente será a prestadora de serviço e não a administração.
Exemplos:
➔ Obra pública não é sinônimo de serviço público, pois não é contínua.
➔ Poder de polícia não é sinônimo de serviço público, pois limita as liberdades do
particular quando o pára em uma blitz, por exemplo. Logo, não satisfaz uma
necessidade básica da população.
➔ Atividade econômica não é a mesma coisa que serviço público, pois não é regido por
regime jurídico de direito público, mas sim de direito privado. Ex. O particular que abre
conta no Banco do Brasil está realizando procedimento regido por regime jurídico de
direito privado.
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2. Universalidade: o serviço público deve ser prestado para todo mundo e da mesma
forma, vedada a distinção de usuários.
➔ Garantia de isonomia, mas no sentido material. (Igualdade material: exemplo:
ônibus adaptados para pessoas com deficiência. Se fosse apenas igualdade
formal seria o mesmo serviço para todos, mas ele deixaria de atender os que
necessitam de um atendimento específico).
3. Modicidade das tarifas: O valor pago por uma tarifa deve ser um valor módico, isto é,
acessível a todos e que permita margem de lucro a quem presta o serviço (não pode ser
tão alto a ponto de inviabilizar o uso do serviço público pelos usuários).
4. Cortesia: não tem a ver com gratuidade, mas sim com tratamento cortês, educado,
urbano por partes dos que prestam o serviço público.
5. Atualidade (ou adaptabilidade): o serviço público deve ser prestado com os meios mais
atuais possíveis.
7.2. Classificação:
1. Quanto a fruição do serviço: forma como o usuário irá utilizar do serviço. O serviço
público não consegue individualizar a fruição deste para os usuários em todos os seus
serviços, mas em alguns casos sim.
a. Geral (Uti universo): Exemplo: serviço de coleta de lixo (não é possível
individualizar o uso desse serviço, é universal). Forma de pagamento: Usuário
paga imposto.
b. Individual (Uti singuli): Exemplo: energia elétrica (é possível individualizar o uso
desse serviço, bem como seu pagamento). Forma de pagamento: Usuário paga
tarifa/taxa.
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➔ Lei nº 11.079/2004.
8.1. Definição:
Art. 2º Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na
modalidade patrocinada ou administrativa.
§ 1º Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras
públicas de que trata a Lei n. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver,
adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do
parceiro público ao parceiro privado.
§ 2º Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a
Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva
execução de obra ou fornecimento e instalação de bens.
8.2. Modalidades:
1) Concessão patrocinada: a administração pública irá contribuir nessa parceria
complementando o valor do usuário, em até 70% no valor da tarifa.
2) Concessão administrativa: nessa modalidade a administração pública irá bancar 100%
do valor da tarifa do usuário, tornando-se usuária indireta do serviço.
Ex. Gestão de presídios. O Estado contrata uma empresa para esse serviço, mas paga
100% do valor de custo deste a empresa. Os usuários são os presidiários, mas a
administração pública arca com tudo.
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Art. 2º (...)
§ 4º É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada:
I — cujo valor do contrato seja inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais);
II — cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou
III — que tenha como objeto único o fornecimento de mão de obra, o
fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.
Lei 11.107/2005.
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