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Bens públicos

I – Conceito
São considerados bens públicos todos os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito
público, com sujeição ao regime jurídico de direito público e as prerrogativas que lhe sejam
inerentes.

II - Classificação dos bens públicos:


1 - Bens de uso comum: destinados para a utilização geral de todos os indivíduos, devendo ser
utilizados de forma isonômica por todos os que estão no respectivo território nacional.
O uso pode ser remunerado ou gratuito
Exemplo: ruas, praças, avenidas etc.

2 - Bens de uso especial: utilizados pelo próprio Poder Público, para que possa realizar a
execução de suas atividades administrativas ou prestar serviços públicos.
Poderão ser utilizados por particulares, desde que estes venham a atender todas as
determinações, restrições e imposições atinentes ao seu uso.
Exemplo: local de funcionamento das repartições públicas, os hospitais públicos, cemitérios
públicos etc.

3 - Bens dominiais ou dominicais: são os bens que se constituem como uma espécie de
patrimônio disponível do Poder Público, ou seja, que não possuem naquele dado momento
uma destinação pública específica.
Exemplo: terras devolutas, os terrenos de marinha, os imóveis que estejam desocupados e que
pertençam ao Poder Público etc.

III - Características dos bens públicos:


1 – Inalienabilidade: poderão sofrer alienação, desde que esta atenda os interesses da
coletividade, observados os ditames estabelecidos na lei.

2 – Impenhorabilidade: independentemente de terem ou não destinação pública específica, não


estão sujeitos à constrição judicial.

3 – Imprescritibilidade: não podem ser adquiridos mediante o instituto da usucapião. Mesmo


que determinada pessoa tenha a posse mansa, pacífica e de boa-fé de um bem considerado
como público, este nunca poderá ser adquirido mediante tal instituto.
ATENÇÃO: mesmo os bens públicos dominicais não podem ser adquiridos por usucapião.

4- Não-onerabilidade: não podem ser oferecidos em garantia (penhora, antircrese ou hipoteca).

IV - Espécies
1 - Terras devolutas: são todas aquelas que, pertencentes ao domínio público de qualquer das
entidades estatais, não se acham utilizadas pelo poder público, nem destinadas a fins
administrativos específicos.

2 - Terrenos de marinha: pertencentes à União, são consideradas as áreas banhadas pelas


águas do mar ou de rios navegáveis, contabilizadas na distância de 33 metros do chamado
preamar médio até a zona terrestre.

3 - Terrenos ocupados pelos índios: terras habitadas pelas tribos indígenas espalhadas em
todo o território nacional, em caráter permanente. Tais terras pertencem à União e são
mantidas por entidades por ela criadas com o intuito de preservação da cultura, dos recursos
ambientais etc.

4 - Plataforma continental: extensão das áreas do continente abrangendo o mar e o subsolo, na


profundidade de duzentos metros, sendo utilizada principalmente para preservação dos
recursos ambientais (minerais e animais) nesta determinada área.

V - Uso dos bens públicos


Podem ser utilizados pelos particulares, desde que, para tanto, haja autorização legal e
observadas determinadas formalidades legais.

1 - Autorização de uso de bem público: ato administrativo discricionário precário (podendo ser
revogada a qualquer tempo) e com prazo indeterminado de duração. É espécie de ato negocial,
uma vez que há interesse tanto do particular quanto do Poder Público.

2 - Permissão de uso de bem público: precário com prazo de duração indeterminado. Exige-se
licitação prévia.

3 - Concessão de uso de bem público: contrato administrativo no qual o Poder Público faculta
ao particular a utilização privativa de um bem público para que exerça a destinação
especificada no próprio contrato. Precedida de licitação.

4 - Concessão de direito real de uso: confere ao particular um direito real resolúvel, tendo prazo
indeterminado ou não, obedecendo à forma remunerada ou gratuita. Poderá ser formalizada
por um instrumento público ou particular, ou por simples termo administrativo.

VI – Alienação de bens públicos


Transferir por ato voluntário, o domínio de alguma coisa. Objeto dessa transferência é um bem
móvel ou imóvel, que integra o acervo patrimonial da administração direta, indireta ou
fundacional da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.

Modalidades da alienação: venda, permuta, doação, dação em pagamento, legitimação de


posse, a concessão de domínio e a retrocessão.

Regras para a alienação dos bens públicos:


-avaliação
- desafetação
- interesse público justificado
- licitação
- tratando-se de bem imóvel, necessária autorização legislativa

BIBLIOTECA
LegislaçãoJurisprudência

1) Conceito
a) Critério da titularidade: são bens publicas os pertences, as pessoas jurídicas de
direito público.
b) Critério da afetação: critério da doutrina e jurisprudência – os bens afetados
através de um serviço público.
c) Classificação dos bens públicos: bem de comum comum do povo (parques, praia,
praço etc); bens de uso especial (bens que estão sendo utilizados para prestar um
sérvio publico: prédios prefeitura); bem dominical/dominial: bem desafetado –
sem uso. Não esta sendo utilizado Ex: terra do estado que não esta sendo utilizado
d) Prerrogativas/características do bem publico: impenhorabilidade significa que os
bens públicos não pode ser objeto de penhora. Art100 cf – não pode penhorar por
conta da precatória. Os bens públicos são impenhoráveis!
e) Não honorabilidade – não pode onera-los sobre objeto de garantia real
f) Imprescritibilidade: significa que não prescreve- não cabe usucapião de bem
público; sumula 340 STF – nenhum bem pode ser usucapto.
g) Alienabilidade condicionada – Pode alienar desde que seja atendida duas
condições: condições para alienação de bem publico
1- Desafetação – bem sem uso. Ex: bibiotecla sofreu um desastre esta sem uso..
pode alienar.
2- Regra de licitação – lei14.199/2021 art 76
 Uso exclusivo por particular
a) Autorização de uso: autorização é um ato administrativo unilateral
precária discricional de interesse particular
b) Permissão de uso: ato administrativo unilateral precária discricional de
interesse público
c) Conceção de uso: contrato administrativo precedido de licitação

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