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Outros bens pertenciam às cidades, mas eram subtraídas ao uso público, sendo
denominados res in peconia populi; sobre tais bens o ente público exercia um
tipo de domínio análogo àquele das particulares sobre seus bens.
Significa o poder que o Estado exerce sobre os bens próprios e alheios, ora designa a
condição desses bens.
Bens de uso especial – Igualmente possuem uma finalidade pública e são os bens
utilizados pela Administração para o exercício de suas atividades, ou mesmo usados
por particulares, com fim de interesse público. Estão nessa categoria todos os prédios
onde se instalam as repartições públicas.
Para esse uso e gozo não se exige qualquer formalidade. É direto e imediato. Quando
passíveis de utilização por terceiros, há de se observar certa formalidade (autorização,
horário, preço, regulamento), como se dá o uso de escolas por alunos, e dos museus
pelos visitantes.
Tais entidades exercem sobre esses bens poderes de dono, de proprietário. Apesar disso,
a alienação e o trespasse do uso podem exigir o cumprimento, previamente de certos
requisitos, como avaliação, concorrência e licitação.
Outros bens poderão ser transferidos para esta categoria, por lei, ficando
desafetados de sua primitiva finalidade pública, para subsequente alienação
Bens Públicos
Regime Jurídico
Esses bens podem ser objeto de relações regidas pelo Direito Público, e é aí que
entram os institutos da autorização, permissão e concessão de uso.
Bens Públicos
Se a Administração vai ceder o uso de um bem público para o particular, ela não
vai utilizar a locação, comodato ou algum instituto do Código Civil; ela tem que
utilizar os institutos típicos do Direito Público, que seriam a autorização,
permissão e concessão de uso.
◦ Inalienabilidade – não é absoluta, a não ser em relação aos bens que, por sua
própria natureza, são insuscetíveis de valoração patrimonial, como mares, praias,
rios navegáveis.
◦ Imprescritibilidade – essa característica decorre da sua inalienabilidade. Se os
bens públicos são inalienáveis, ninguém os pode adquirir enquanto guardarem essa
condição. Daí não ser possível a invocação de usucapião sobre eles.
◦ Impenhorabilidade – a impenhorabilidade dos bens públicos decorre de preceito
constitucional que dispõe sobre a forma pela qual serão executadas as sentenças
judiciárias contra a Fazenda Pública [...], sem permitir a penhora de seus bens.
Admite, entretanto, o sequestro da quantia necessária à satisfação do débito, desde
que ocorram certas condições processuais (CF, art. 100)
Bens Públicos
Por outro lado, os bens dominicais estão sujeitos a regime de Direito Privado
parcialmente derrogado pelo Direito Público; eles são alienáveis, ao contrário dos bens
de uso comum e de uso especial, que são inalienáveis.
A afetação ocorre quando solenemente o Poder Público declara o bem como integrante
do domínio público.
A sua antítese é a desafetação.
Nesta, o Poder Público promove o desligamento do bem e a extinção das características
que o tornavam afetado, fazendo a transmutação de bem comum ou especial para bem
dominical, ou mesmo, permitindo que de bem especial e se torne bem comum, podendo
ser utilizado para finalidades distintas da que estava especialmente condicionado.
Em regra, para promovê-las, utiliza-se de Decreto ou Lei. No caso de imóveis, a
desafetação só poderá ocorrer através de Lei.
Afetação, em suma, é a incorporação de um bem à dominialidade do Estado, mediante a
prática de algum ato ou a ocorrência de determinado fato, de parte do Poder Público.
Pela afetação a coisa passa da categoria de bem de domínio privado do Estado para a
categoria de bem de domínio público.
Bens Públicos
Terras Públicas
No Brasil, todas as terras foram originalmente públicas, por pertencerem à Nação portuguesa, por
direito de conquista. Depois, passaram ao Império e à República, sempre como domínio do Estado.
São elas:
1- Concessão de sesmaria
◦ Forma primitiva de doação condicionada de terras públicas, para cultivo e trato particular, feita
pelos governadores gerais e provinciais.
◦ Fortificações, construções militares e estradas de ferro federais
2- Concessão de data
◦ Era a doação que as municipalidades faziam de terrenos das cidades e vilas para a edificação
particular.
◦ A transferência das terras públicas aos particulares deu-se paulatinamente por meio de concessão
de sesmaria e de data, doação, permuta e legitimação de pessoas. Daí a regra de que toda terra sem
título de propriedade particular é de domínio público.
A Constituição de 1891 atribuiu aos Estados-Membros as terras devolutas situadas nos seus
respectivos territórios, cabendo à União somente a porção de território que for indispensável para
a defesa das fronteiras, fortificações, construções militares e estradas de ferro federais
Bens Públicos
Terras Rurais e Terrenos Urbanos
Águas Públicas
Jazidas
Florestas
Fauna
Sujeita-se a regime administrativo especial, visando à sua preservação,
Estados e o Distrito Federal (CF, art. 24, VI) e a preservação cabe a todas
as entidades estatais (competência comum – art. 23, VII).
Bens Públicos
Espaço Aéreo
O Poder Público poderá adquirir bens por diversos meios, entre os quais:
Proíbe-se em todo o território nacional, atribuir nome de pessoa viva ou que tenha se
notabilizado pela defesa ou exploração de mão de obra escrava, em qualquer
modalidade, a bem público, de qualquer natureza, pertencente à União ou às pessoas
jurídicas da administração indireta (art. 1º); ou ainda, às entidades que, a qualquer
título, recebam subvenção ou auxílio dos cofres públicos federais (art. 3º).