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APRESENTAÇÃO
É com muita alegria que apresentamos o módulo de Direito Administrativo do preparatório para o
38º exame da Ordem dos Advogados do Brasil.
Esse roteiro foi preparado pensando no seu exame e sabendo da importância desses temas para sua
prova, então, valerá a pena o nosso esforço durante essas aulas!
Lembrando que, nosso módulo não dispensa suas anotações pessoais e, principalmente, a leitura e os
grifos dos dispositivos específicos de cada assunto que abordaremos. Utilize, portanto, o seu Vade
Mecum e vamos juntos!
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3 José Aras
BENS PÚBLICOS
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4 José Aras
Os artigos 20 e 26, da CRFB/88, abordam um rol exemplificativo, pois, não esgotam os bens
públicos.
Os bens de uso comum e especial são bens afetados, enquanto que, os bens dominicais são bens
desafetados.
A afetação é o fato administrativo pelo qual se atribui destinação pública. A desafetação, por sua
vez, é o fato administrativo pelo qual o bem público é desativado, deixando de servir a finalidade
pública anterior.
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A afetação ou desafetação do bem poderão ocorrer através de lei, fato administrativo ou ato
administrativo (Portaria, Decreto, Resolução, etc). Porém, a desafetação de bens imóveis públicos
depende sempre de lei específica.
O simples uso é capaz de afetar um bem público, porém, o simples não uso, não desafeta o bem
público.
B) Não-oneráveis: Os bens públicos não podem ser onerados (sofrer ônus), como penhora,
hipoteca e anticrese. → Princípio da indisponibilidade dos bens públicos.
D) Inalienabilidade: Os bens públicos não podem ser vendidos a terceiros, como regra, salvo a
permuta, doação, dação em pagamento, etc. Ou seja, os bens públicos não podem ser vendidos a
terceiro, mas podem ser doados, sofrer permuta, dação em pagamento, etc.
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6 José Aras
Das quatro características dos bens públicos, as três primeiras são absolutas, isto porque, a
inalienabilidade admite exceções. Assim, os bens públicos podem ser vendidos a terceiros, desde
que obedeça a quatro condições, de forma cumulativa:
I. Avaliação prévia;
II. Demonstração do interesse público na venda;
III. Desafetação - Mediante lei autorizativa; e
IV. Licitação - Se o bem for imóvel ou móvel, a licitação será na modalidade
leilão.
Observações:
Além dos bens públicos, os bens privados que estiverem afetados ao
serviço público gozam também da impenhorabilidade enquanto
estiverem servindo a coletividade. É o que acontece, por exemplo, com
veículos privados alugados à administração para utilização como
viatura policial.
No quesito da Inalienabilidade, se o bem for imóvel, em regra, a
modalidade de licitação será a concorrência. Se for bem móvel, a
modalidade é o leilão, tudo isso na forma do art. 17, I e II da Lei
8.666/93.
Normal Anormal
Será normal, quando realizada em Será anormal, quando realizada em
conformidade com a destinação desacordo com a destinação.
própria do bem. Por exemplo, o uso de vias públicas para
desfile de carnaval.
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Comum Privativo
Todos fazem uso do bem público, Apenas uma pessoa faz uso do bem
sem necessidade de consentimento público, necessitando do consentimento
da administração. da administração pública.
O uso comum pode ser gratuito ou Esse consentimento é feito mediante
remunerado. Concessão, Permissão ou Autorização de
uso.
Observações:
→ A concessão de uso constitui modalidade de contrato administrativo,
precedido de licitação e tem prazo definido. A rescisão antecipada gera
direito à indenização ao concessionário.
→ A permissão de uso é doutrinariamente equiparada à autorização de
uso, que, por sua vez, se consubstancia em um ato administrativo
unilateral, discricionário, precário.
→ A característica da precariedade se explica pelo fato de não ter prazo
preestabelecido. De modo que a revogação, que pode ser feita a
qualquer tempo, não dará direito a indenização.
→ Vale consignar que quando a permissão ou a autorização for
consentida com prazo preestabelecido (permissão ou autorização
qualificada ou condicionada), a revogação antecipada dará direito a
indenização.
1. O governo estadual, após receber a solicitação do município, decide autorizar por três anos a
utilização gratuita, pelo município, de um imóvel público estadual que se encontra desocupado, a fim
de que lá seja instalado um órgão municipal de atendimento à educação. Nessa hipótese, a utilização do
bem estadual é feita mediante o seguinte instrumento jurídico:
A) concessão de direito real de uso
B) autorização de uso
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C) concessão de uso
D) permissão de uso
E) cessão de uso
2. Um prédio que sirva de sede para um órgão da administração direta federal é exemplo da seguinte
espécie de bem público:
A) de uso comum do povo
B) de uso especial
C) dominical
D) dominial
E) alodial
3. Os bens dominicais
(A) podem ser alienados por meio de institutos privados.
(B) são afetados a uma finalidade pública específica.
(C) são aqueles que pertencem a todos, como por exemplo, mares e praças.
(D) não podem ser alienados, seja por meio de institutos privados ou públicos.
4. As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios em caráter permanente, utilizadas para suas
atividades produtivas e imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-
estar e às necessidades de sua reprodução física e cultural são consideradas bens:
a) públicos de uso especial, pertencentes à União.
b) públicos de uso especial, pertencentes ao estado em que se localizem.
c) públicos de uso especial, pertencentes ao município em que se localizem.
d) públicos dominicais, pertencentes à União.
e) particulares, pertencentes à comunidade indígena respectiva.
IV - a inalienabilidade não se apresenta em caráter absoluto, existindo leis que disciplinam a alienação
de bens públicos.
a) todas as proposições estão corretas;
b) todas as proposições estão incorretas;
c) apenas a proposição II está correta;
d) estão corretas as proposições II e IV;
e) estão corretas as proposições I e II.
6. Assinale a opção em que todos os bens sejam considerados de uso comum do povo.
a) prédios da sede da prefeitura, ruas e veículo policial
b) ruas, praças e veículo policial
c) mares, estradas e praças
d) rios, mares e prédios da sede da prefeitura
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10 José Aras
I. A afetação é a destinação do bem público à satisfação das necessidades coletivas e estatais, do que
deriva inclusive a sua inalienabilidade, sendo decorrente ou da própria natureza do bem ou de um ato
estatal.
II. Os bens públicos de uso comum e de uso especial não podem ser desafetados, diante do regime
jurídico a que se sujeitam.
III. Uma diferença fundamental entre bens dominicais e outras espécies de bens públicos consiste na
possibilidade de alienação daqueles, desde que respeitadas as exigências e formalidades previstas em
lei.
IV. Os bens dominicais, assim como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião.
V. Apesar de inalienáveis, os bens públicos afetados podem ser objeto de penhora quando a execução
contra a Fazenda Pública tiver por objeto créditos de natureza trabalhista.
a) somente as proposições I, II e III são corretas
b) somente as proposições I, III e IV são corretas
c) somente as proposições II, III e IV são corretas
d) somente as proposições II, IV e V são corretas
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ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO
DIRETA INDIRETA
PARAESTATAIS
OU
ENTIDADES DO
TERCEIRO SETOR
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12 José Aras
- Os órgãos públicos são unidades de atuação - Tratam-se de entidades, ou seja, novas pessoas
destituídos de personalidade jurídica própria. jurídicas, detentoras de personalidade jurídica,
- Por excelência, os órgãos públicos são os patrimônio, servidores e responsabilidade jurídica
Ministérios e as Secretarias. própria.
- Considerando que esses órgãos são destituídos de - As entidades da administração pública indireta
personalidade jurídica própria, esses órgãos não são regidas por três princípios: Tutela,
têm patrimônio, servidores, e nem responsabilidade Especialidade e Legalidade. → TEL!
jurídica próprias. Sua atuação é imputada à pessoa a) Tutela → Controle que as entidades da
jurídica que esse órgão integra, conforme a teoria do administração pública direta realizam sobre
órgão (também chamada de teoria da imputação as entidades da administração pública
volitiva). indireta. A tutela - que não se confunde com
- Não se move ação contra órgão, mas, sim, contra a autotutela - não se realiza com vínculo de
o “Estado”, em função da atuação do seu órgão. subordinação hierárquica, já que envolve
- As Casas Legislativas e Tribunais (TJ, TRT, MP, diferentes pessoas jurídicas, dotadas de
TC’s) também são órgãos públicos. autonomia. O recurso que envolve a tutela é
- Embora destituídos de personalidade jurídica denominado de recurso hierárquico
própria, os órgãos públicos independentes e os impróprio. Trata-se, portanto, de um
autônomos gozam de personalidade judiciária controle de finalidade, denominado de
(capacidade processual ativa), podendo, portanto, supervisão ministerial, como acontece, por
demandar em juízo, no polo ativo, na defesa de exemplo, quando o Ministério da
prerrogativas próprias, conforme previsão da Previdência (órgão da União) controle o
Súmula 525, do STJ, que também se aplica às Casas Instituto Nacional de Seguro Social
Legislativas. (autarquia federal). O recurso hierárquico
impróprio não exclui a apreciação judicial.
b) Especialidade → Justifica a própria
descentralização administrativa, uma vez
que a criação dessas pessoas jurídicas se faz
com a finalidade de prestar determinada
atividade com alto grau de especialização. É
o que acontece, por exemplo, com o IPHAN
(Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional), autarquia federal que
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13 José Aras
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14 José Aras
OBSERVAÇÃO:
→ Frise-se que todas as entidades da administração pública (direta ou
indireta) sujeitam-se a limitações públicas, dentre as quais, a
necessidade de realização de concurso público, licitação e controle
financeiro, a cargo dos Tribunais de Contas.
→ As fundações públicas constituídas como pessoas jurídicas de direito
privado têm sua criação autorizada mediante lei ordinária específica,
são criadas mediante decreto e terão sua área de atuação definida em
lei complementar.
→ As empresas públicas e as sociedades de economia mista nascem
quando ocorre o arquivamento dos seus atos constitutivos na Junta
Comercial ou Cartório de Pessoas Jurídicas competente.
→ A criação das subsidiárias também depende de autorização em lei
ordinária específica.
→ As igrejas não podem ser consideradas OSCIP’s.
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15 José Aras
serviços públicos), sem - As fundações públicas podem - Seus empregados são regidos pela
finalidade lucrativa. ser constituídas com CLT e essas pessoas jurídicas não
- As autarquias gozam das personalidade jurídica de gozam de imunidade ou isenções
mesmas prerrogativas das direito público ou de direito fiscais.
entidades da administração privado. Essa diferença trata-se - Vale ressaltar, entretanto, que
pública direta, com isso, de “roupagem jurídica”, acerca quando essas entidades prestam
seus bens são públicos, de uma mera opção legislativa, serviços públicos, sem finalidade
possuem imunidade que não altera a natureza lucrativa (a exemplo da EBCT –
tributária recíproca, seus pública dessa entidade, de modo “Correios”), sofrem uma maior
créditos são exigidos via que se aplicam às fundações o interferência de normas de direito
execução fiscal, gozam de regime jurídico de direito público e, por isso, terão algumas
privilégios processuais público, inclusive, possuindo as prerrogativas públicas, a exemplo de
(prazos dilatados, isenção mesmas prerrogativas das impenhorabilidade de seus bens e
de custas, intimação pessoal autarquias. imunidade tributária.
dos seus procuradores, foro - As fundações públicas se - O teto remuneratório só se aplica
privativo, duplo grau de confundem com as fundações para as Estatais quando receberem
jurisdição obrigatório, privadas, que são sempre ajuda da administração pública direta
dentre outros). pessoas jurídicas de direito para custeios e pagamento de pessoal.
privado e não integram a - Os bens são privados, podendo ser
administração pública indireta, penhorados.
como, por exemplo, a Fundação - Como consequência do regime
Ayrton Sena, Fundação Roberto privado, a responsabilidade civil, em
Marinho, Fundação Bradesco e regra, é subjetiva.
Fundação José Aras. - Quanto as obrigações comerciais, as
Estatais não se submetem à falência.
- As Estatais não gozam de
imunidade tributária.
- O art. 173, § 2º, da CRFB/88, dispõe
que as Estatais podem gozar de
privilégios fiscais, desde que esses
privilégios sejam estendidos ao setor
privado, para que não haja eliminação
de concorrência.
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16 José Aras
ATENÇÃO: AGÊNCIAS!
→ Além das autarquias e fundações públicas comuns, existe no direito
brasileiro as autarquias em regime especial (denominadas de agências
reguladoras) e as agências executivas, isto é, autarquias e fundações
públicas qualificadas pela assinatura de contrato de gestão.
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18 José Aras
ATENÇÃO:
Alguns traços distintivos são:
I) O capital é 100% público;
II) Pode ser uma sociedade anônima, limitada,
EMPRESA PÚBLICA > comandita por ações, etc; e
III) As Empresas Públicas Federais, por força do art.
109, inciso I, da CRFB/88, tem o foro na Vara
Federal.
I) O capital é dividido em um percentual público e
SOCIEDADE DE > outro percentual privado;
ECONOMIA MISTA II) Sempre serão sociedades anônimas (Bando do
Brasil, Petrobras, etc); e
III) Ainda que sejam Federais, a competência é da
Vara Cível (justiça estadual).
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20 José Aras
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21 José Aras
5. Julgue:
A gestão das agências reguladoras mereceu um tratamento legislativo especial, tendo em vista a
complexidade de suas atividades. Entre as inovações constantes de seu regramento, está a figura da
denominada “estabilidade” de seus dirigentes, materializado no fato de exercerem mandato.
( ) CERTO ( ) ERRADO
6. A empresa pública:
a) é pessoa jurídica de direito público interno, criada por lei, com patrimônio próprio, exercendo
função delegada pelo Estado;
b) é pessoa jurídica de direito público interno, criada por lei, com patrimônio próprio, sem
vínculo de subordinação hierárquica, exercendo funções típica do Estado;
c) é pessoa jurídica de direito privado, criada por lei, com capital dividido entre o Estado e
particulares, com patrimônio próprio, para a realização de serviço público ou atividade
econômica, regendo-se pelas normas das sociedades anônimas, com as adaptações previstas na
sua lei de criação;
d) é pessoa jurídica de direito privado, criada por lei, com capital exclusivamente público, ainda
que vindo de suas Administrações Indiretas, com patrimônio próprio, destinadas ao exercício de
serviço público ou de atividade econômica de relevante interesse coletivo, podendo-se revestir
de qualquer forma e organização empresarial;
e) é pessoa jurídica de direito privado, criada por lei, com capital exclusivamente público, não se
admitindo que venha de suas Administrações Indiretas, com patrimônio próprio, destinadas ao
exercício de serviço público ou de atividade econômica de relevante interesse coletivo, podendo-
se revestir de qualquer forma e organização empresarial.
V. A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública da sociedade de economia mista, exceto o
de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de
prestação de serviços.
Assinale a alternativa correta:
a) somente a proposição IV está incorreta
b) as proposições I e V estão incorretas
c) somente a proposição V está incorreta
d) as proposições I, II e V estão incorretas
e) somente a proposição II está incorreta
GABARITO
1. B 2. E 3. E 4. B 5. C 6. D 7. C 8. C 9. C
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23 José Aras
Observação: Nem todo ato ou fato é jurídico, pois, não traz uma
consequência jurídica. O ato ou fato só é jurídico se trouxer uma
consequência para o mundo jurídico.
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24 José Aras
o Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário
da União, quando no desempenho de função administrativa.
O ATO ADMINISTRATIVO É:
i. conduta humana;
ii. praticado sob a égide de direito público;
iii. praticado em nome da administração pública;
iv. sujeito a um sistema de controle.
Por natureza, todo ato administrativo deve ser praticado com observância da lei.
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25 José Aras
- Controle externo.
- Controle do ato administrativo em relação a observância da lei (verificar se o ato está
Judiciário de acordo com a lei).
- É cabível a anulação de ato ilegal, desde que o judiciário seja provocado para tal.
- Quando o juiz anula e os recursos se esgotam, ocorre o trânsito em julgado.
- Controle da própria administração pública (controle interno) > autotutela.
Executivo - É cabível a anulação de ato ilegal, independente de provocação.
- Quando a administração anula e os recursos se esgotam, ocorre a preclusão
administrativa. Ainda poderá ser revisto pelo poder judiciário.
- Controle externo.
- Controle realizado em duas vertentes:
i. Político: De competência das casas legislativas (CPI) e envolve atos
de governo (art. 42 ao 58, CRFB/88).
ii. Financeiro: De competência das casas legislativas, com auxílio dos
Legislativo tribunais de contas.
o TCU fiscaliza as verbas federais (art. 70 ao 75, CF/88).
o TCE trata das verbas de aplicação estadual.
o TCM trata das verbas de aplicação municipais (apenas 5
em todo Brasil) > a CRFB proíbe a criação de novos
tribunais de contas municipais.
- O Tribunal de Contas possui as atribuições de (art. 71, CF/88):
i. apreciar as contas anuais do chefe do poder executivo
ii. julgar as demais contas públicas
iii. sustar os atos irregulares envolvendo contratos administrativos
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26 José Aras
Observações:
→ A anulação atinge os atos vinculados e discricionários.
o Além de anular, a administração pública (poder
executivo) pode, também, revogar os seus próprios
atos.
→ A revogação tem como causa inconveniência ou
inoportunidade, ou seja, questão de mérito. Por isso, só há
revogação de atos discricionários.
o A revogação é exclusiva do ato discricionário.
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27 José Aras
MODALIDADES DE
EXTINÇÃO DO ATO COMPETÊNCIA ALCANCE CAUSA EFEITOS
ADMINISTRATIVO
Só pode ser feito pela Incide apenas Causada por Gera efeitos “ex
Revogação própria administração sobre os atos inconveniência nunc” (para o
pública (poder discricionários, e/ou futuro – não
executivo), vez que vez que, envolve inoportunidade. retroage).
trata do mérito. mérito. *Ato consumado
não pode ser
revogado.
I. Caducidade: Decorre do advento de lei incompatível com o ato que será extinto. Causada por
ato baseado em legislação que é revogado por nova lei superveniente.
II. Contraposição: Decorre de um ato incompatível com aquele que será extinto. Causada por
novo ato que se contrapõe ao ato anterior.
Ex.: Demissão x Nomeação (um ato contrapõe o outro).
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28 José Aras
III. Cassação: Decorre de ilegalidade praticada após a existência do ato. Incide sobre os atos
vinculados, pois, a cassação somente poderá ocorrer nas hipóteses definidas em lei. Causada
por culpa do beneficiário, que descumpre condições que deveria manter.
VI. Exaurimento dos Efeitos Jurídicos: Ocorre o devido cumprimento do papel do ato
administrativo.
Observação:
→ Se o ato não existe, ele jamais poderá ser válido ou eficaz.
→ Uma vez perfeito, o ato pode ser válido e eficaz. Ao mesmo tempo, o ato
perfeito, uma vez existente, pode ser válido e ineficaz (cumpriu a lei,
mas está sujeito à termo ou condição).
→ Sendo assim, já que são planos distintos, se o ato for existente, ele
poderá ser:
i. válido e eficaz;
ii. válido e ineficaz;
iii. inválido e eficaz; e
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29 José Aras
CO MO FI O FO
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30 José Aras
Observação:
→ Não são todos os atos devem ser extintos quando ocorrer
algumas das hipóteses de extinção dos atos administrativos.
Na maioria das vezes, é melhor convalidar o ato. O ato nulo
pode ser convalidado. A convalidação (saneamento ou
aperfeiçoamento) é uma forma de “corrigir” ou “regularizar”
um ato administrativo, feito somente pela própria
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31 José Aras
Legalidade - Para atender a legalidade, o ato deve estar de acordo com a lei (direito
positivado, regulado, etc).
Legitimidade - Para atender a legitimidade, o ato deve estar de acordo com os princípios
do direito (valores).
O CONTROLE LEGISLATIVO:
Trata-se de controle de natureza externa, realizado pelo poder legislativo face os atos da
administração pública.
Político Financeiro
- Artigos 49 ao 58, da - Artigos 70 e 75, da CRFB/88.
CRFB/88. - Artigo 31, § 4º, da CRFB/88, proibiu a criação de novos Tribunais de
- Incide sobre os atos de Contas de caráter municipal.
governo. - A incidência do controle considera a origem do recurso, e não a
- Exceção ao artigo 58, § 3º, da natureza territorial.
CRFB/88, que prevê as - Controle de competência das casas legislativas, com auxílio dos
Comissões Parlamentares de tribunais de contas.
Inquérito (CPI).
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32 José Aras
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33 José Aras
1) O Estado X está ampliando a sua rede de esgotamento sanitário. Para tanto, celebrou contrato de
obra com a empresa “Enge-X-Sane”, no valor de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais). A fim
de permitir a conclusão das obras, com a extensão da rede de esgotamento a quatro comunidades
carentes, o Estado celebrou termo aditivo com a referida empresa, no valor de R$ 10.000.000,00 (dez
milhões de reais), custeados com recursos transferidos pela União, mediante convênio, elevando, assim,
o valor total do contrato para R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de reais). Considerando que foram
formuladas denúncias de sobrepreço ao Tribunal de Contas da União, assinale a afirmativa correta.
A) O Tribunal de Contas da União não tem competência para apurar eventual irregularidade,
uma vez que se trata de obra pública estadual, devendo o interessado formular denúncia ao
Tribunal de Contas do Estado.
B) O Tribunal de Contas da União não tem competência para apurar eventual irregularidade, mas
pode, de ofício, remeter os elementos da denúncia para o Tribunal de Contas do Estado.
C) O Tribunal de Contas da União é competente para fiscalizar a obra e pode determinar, diante
de irregularidades, a imediata sustação da execução do contrato impugnado.
D) O Tribunal de Contas da União é competente para fiscalizar a obra e pode indicar prazo para
que o órgão ou a entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se
verificada ilegalidade.
2) O Estado X, após regular processo licitatório, celebrou contrato de concessão de serviço público de
transporte intermunicipal de passageiros, por ônibus regular, com a sociedade empresária “F”,
vencedora do certame, com prazo de 10 (dez) anos. Entretanto, apenas 5 (cinco) anos depois da
assinatura do contrato, o Estado publicou edital de licitação para a concessão de serviço de transporte
de passageiros, por ônibus do tipo executivo, para o mesmo trecho. Diante do exposto, assinale a
afirmativa correta.
A) A sociedade empresária “F” pode impedir a realização da nova licitação, uma vez que a lei
atribui caráter de exclusividade à outorga da concessão de serviços públicos.
B) A outorga de concessão ou permissão não terá caráter de exclusividade, salvo no caso de
inviabilidade técnica ou econômica devidamente justificada.
C) A lei atribui caráter de exclusividade à concessão de serviços públicos, mas violação ao
comando legal somente confere à sociedade empresária “F” direito à indenização por perdas e
danos.
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34 José Aras
3) A União celebrou convênio com o Município Alfa para a implantação de um sistema de esgotamento
sanitário. O Governo Federal repassou recursos ao ente local, ficando o município encarregado da
licitação e da contratação da sociedade empresária responsável pelas obras. Após um certame
conturbado, cercado de denúncias de favorecimento e conduzido sob a estreita supervisão do prefeito,
sagrou-se vencedora a sociedade empresária Vale Tudo Ltda. Em escutas telefônicas, devidamente
autorizadas pelo Poder Judiciário, comprovou-se o direcionamento da licitação para favorecer a
sociedade empresária Vale Tudo Ltda., que tem, como sócios, os filhos do prefeito do Município Alfa.
Tendo sido feita perícia no orçamento, identificou-se superfaturamento no preço contratado. Com base
na situação narrada, assinale a afirmativa correta.
A) Não compete ao Tribunal de Contas da União fiscalizar o emprego dos recursos em questão,
pois, a partir do momento em que ocorre a transferência de titularidade dos valores, encerra-se
a jurisdição da Corte de Contas Federal.
B) O direcionamento da licitação constitui hipótese de frustração da licitude do certame,
configurando ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
Administração Pública e, por isso, sujeita os agentes públicos somente à perda da função pública
e ao pagamento de multa civil.
C) Apenas os agentes públicos estão sujeitos às ações de improbidade, de forma que terceiros,
como é o caso da sociedade empresária Vale Tudo Ltda., não podem ser réus da ação judicial e,
por consequência, imunes à eventual condenação ao ressarcimento do erário causado pelo
superfaturamento.
D) Por se tratar de ato de improbidade administrativa que causou prejuízo ao erário, os agentes
públicos envolvidos e a sociedade empresária Vale Tudo Ltda. estão sujeitos ao integral
ressarcimento do dano, sem prejuízo de outras medidas, como a proibição de contratar com o
Poder Público ou receber incentivos fiscais por um prazo determinado.
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35 José Aras
A) Como ato de natureza essencialmente política, o Decreto XYZ não está sujeito a qualquer
forma de controle.
B) Como ato discricionário, o Decreto XYZ não está sujeito a qualquer forma de controle.
C) Como ato normativo infralegal, o Decreto XYZ está sujeito apenas ao controle pelo Poder
Judiciário.
D) Como ato normativo infralegal, o Decreto XYZ sujeita-se ao controle judicial e ao controle
legislativo.
GABARITO:
1) D 2) B 3) D 4) D 5) D
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36 José Aras
Legalidade - Para atender a legalidade, o ato deve estar de acordo com a lei
(direito positivado, regulado, etc).
Legitimidade - Para atender a legitimidade, o ato deve estar de acordo com os
princípios do direito (valores).
1. PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS:
a) Supremacia do Interesse Público sobre o Interesse Privado: O direito deixa de ser apenas
um instrumento de garantia dos direitos dos indivíduos e passa a objetivar a consecução da
justiça social e do bem comum. Não está expresso no art. 37, caput, da CF, mas é um princípio da
Administração Pública de extrema importância.
2. PRINCÍPIOS EXPRESSOS:
2.1. Artigo 37, da CRFB/88: São os princípios constitucionais da administração pública:
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39 José Aras
QUESTÕES
1) O Estado X publicou edital de concurso público de provas e títulos para o cargo de analista
administrativo. O edital prevê a realização de uma primeira fase, com questões objetivas, e de uma
segunda fase com questões discursivas, e que os 100 (cem) candidatos mais bem classificados na
primeira fase avançariam para a realização da segunda fase. No entanto, após a divulgação dos
resultados da primeira fase, é publicado um edital complementar estabelecendo que os 200 (duzentos)
candidatos mais bem classificados avançariam à segunda fase e prevendo uma nova forma de
composição da pontuação global.
Nesse caso,
A) a alteração não é válida, por ofensa ao princípio da impessoalidade, advindo da adoção de
novos critérios de pontuação e da ampliação do número de candidatos na segunda fase.
B) a alteração é válida, pois a aprovação de mais candidatos na primeira fase não gera prejuízo
aos candidatos e ainda permite que mais interessados realizem a prova de segunda fase.
C) a alteração não é válida, porque o edital de um concurso público não pode conter cláusulas
ambíguas.
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41 José Aras
D) a alteração é válida, pois foi observada a exigência de provimento dos cargos mediante
concurso público de provas e títulos.
2) O Secretário Estadual de Segurança Pública do Estado Alfa, no regular exercício de suas funções
legais, removeu João, servidor ocupante do cargo efetivo de Técnico de Nível Superior, do departamento
A para o B, em ato publicado no diário oficial do dia 10/01/22, com efeitos a contar do dia 1º/02/22.
Ocorre que, diante da aposentadoria voluntária de três servidores lotados no departamento A na
segunda quinzena de janeiro, o Secretário considerou que não era mais oportuna e conveniente a
remoção de João para o departamento B, razão pela qual, no dia 30/01/22, praticou novo ato
administrativo, revogando seu anterior ato de remoção e mantendo João lotado no departamento A.
O ato de revogação praticado pelo Secretário está baseado diretamente no princípio da administração
pública da
A) impessoalidade, pois levou em conta os atributos pessoais de João para mantê-lo no
departamento A.
B) autotutela, pois pode revogar seu anterior ato, de forma discricionária, para atender ao
interesse público.
C) publicidade, pois antes de surtirem os efeitos do ato de remoção publicado no diário oficial, o
Secretário declarou sua invalidade, por vício sanável.
D) eficiência, pois a Administração Pública deve procurar praticar os atos mais produtivos,
prestigiando os órgãos com maior demanda e a revogação praticada constitui um ato vinculado.
GABARITO:
1) A 2) B
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45 José Aras
PODERES ADMINISTRATIVOS
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Direito Administrativo
46 José Aras
1) PODER HIERARQUICO:
▪ Poder de distribuir competências no âmbito interno da administração.
▪ Não existe hierarquia entre pessoas jurídicas distintas.
▪ Através dele, a administração pública cria um vínculo de coordenação e subordinação no
âmbito administrativo interno.
▪ Consiste nas atribuições de comando, chefia e direção dentro da estrutura administrativa,
portanto, é um poder interno e permanente exercido pelos chefes de repartição sobre seus
agentes subordinados e pela administração central no atinente aos órgãos públicos.
▪ O poder hierárquico cria quatro consequências jurídicas, quais sejam:
i. dever de obediência às ordens superiores, exceto quando a ordem for manifestamente
ilegal;
ii. possibilidade de aplicação de penalidades pela administração pública;
iii. possibilidade de solução de conflitos de competência;
iv. possibilidade de delegação e avocação de competência.
▪ Na delegação, uma autoridade transfere a sua competência para outra, inclusive, do mesmo
plano hierárquico.
▪ A avocação, por sua vez, pressupõe hierarquia e ocorre quando uma autoridade superior chama
para si (toma) a competência de uma autoridade inferior.
o Em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, é permitida a
avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior (art.
15, da Lei 9.784/99).
▪ A delegação é proibida em quatro hipóteses, quais sejam:
i. competência exclusiva;
ii. decisão de recurso administrativo;
iii. atos normativos;
iv. delegação total.
▪ A delegação não transfere a competência, somente empresta.
▪ Existe a possibilidade de delegar algumas atribuições (delegação com ressalva).
o A administração delega, mas também poderá exercer a atribuição.
▪ A delegação e revogação devem ser publicadas em meio oficial (art. 14, Lei 9.784/99).
▪ Havendo delegação de competência, o delegado/delegatário responderá, e não o delegante.
▪ A extinção da delegação ocorre através da revogação.
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47 José Aras
2) PODER DISCIPLINAR:
▪ Poder de apurar infrações e aplicar punições a todos aqueles que possuem vínculo com a
administração pública.
o Os servidores possuem vínculo, mas, alguns terceiros também possuem > prisioneiros
em cumprimento de pena, alunos universitários, etc.
▪ Poder disciplinar pressupõe um vínculo.
4) PODER DE POLÍCIA:
▪ O Poder de Polícia não pressupõe vínculo > é geral, cabível para todos.
▪ Poder de limitar ou condicionar direito individual, buscando favorecer o coletivo.
▪ O poder de polícia administrativa irá incidir sobre bens, direitos e atividades, tem caráter
predominantemente preventivo, podendo ser repressivo e fiscalizador, tem por objetivo
prevenir ou reprimir ilícitos administrativos.
▪ Em regra, o poder de polícia é indelegável, mas, caso a pessoa jurídica privada seja da
administração, o poder de policia pode ser delegado, desde que não exista concorrência.
Delegável para pessoas de direito público.
▪ Possui atributos característicos do seu exercício, quais sejam:
i. Discricionariedade > Em regra é discricionário, mas é cabível de forma vinculada em
situações especiais.
ii. Autoexecutoriedade > Afasta o controle jurisdicional prévio, mas não afasta o
posterior.
iii. Coercibilidade > Imposição coercitiva das medidas adotadas pela Administração, que
diante de eventuais resistências dos administrados, pode se valer, inclusive, da força
pública para garantir o seu cumprimento. Todo ato de polícia administrativa é
imperativo, de observância obrigatória.
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48 José Aras
Atenção!
Polícia Administrativa Polícia Judiciária
- Direito administrativo. - Direito penal ou processual penal.
- Atuação com bens, direitos e - Atuação com pessoas.
atividades. - Apuração de crimes.
- Apuração de infrações. - Em regra, é repressiva.
- Em regra, é preventiva.
QUESTÕES
1) Sobre o Poder de Polícia exercido pela Administração Pública, assinale a afirmativa incorreta.
A) Limita o uso, gozo e disposição da propriedade e restringe o exercício da liberdade dos
indivíduos em benefício do interesse público.
B) Restringe direitos individuais, interferindo na órbita do interesse privado, para salvaguardar
o interesse público.
C) Admite até o emprego da força pública para o seu normal cumprimento, quando houver
resistência por parte do administrado.
D) Impede ou paralisa atividades antissociais.
E) Atua para a punição de agentes públicos que se recusarem a executar as tarefas em
conformidade com as determinações superiores, desde que manifestamente legais.
2) O poder que permite que a Administração Pública apure infrações e aplique penalidades aos
servidores públicos e às demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa é denominado poder
A) normativo.
B) regulamentar.
C) disciplinar.
D) de polícia.
E) cautelar.
GABARITO:
1) E 2) C
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49 José Aras
ABUSO DE AUTORIDADE
O art. 1º, da Lei 13.869/19, dispõe como objetivo dessa lei, a incriminação de condutas
constitutivas de abuso de autoridade por parte de agente público.
o Agentes públicos são todas as pessoas físicas que, de forma definitiva ou transitória,
remuneradas ou não, servem ao Poder Público como instrumentos de sua vontade.
o Em um exemplo, mesmo um Conselheiro Tutelar em uma cidade em que a função não seja
sequer remunerada e, como se sabe, é temporária, poderá praticar crimes de abuso de
autoridade. Também o poderá, por exemplo, um estagiário do Ministério Público, do
Judiciário ou de uma unidade policial. Note-se que não seria um “funcionário público”,
mas seria um “agente público”.
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50 José Aras
Assim sendo, são previstas as duas modalidades de abuso de poder ou de autoridade, quais
sejam, o excesso de poder ou o desvio de finalidade.
o A administração pública exerce sua função de prestar os serviços públicos em nome dos
interesses da coletividade. E, para atingir a finalidade pública a que se destina, o poder
público recebe do ordenamento jurídico uma série de prerrogativas, denominadas
poderes administrativos, que representam os meios, pelos quais, o estado impõe a
supremacia dos interesses públicos sobre o privado.
o Os agentes públicos só podem fazer o que a lei expressamente determina. Violar os sete
princípios da administração pública, ou extrapolar os limites estipulados em lei dará
causa ao abuso de poder.
O que dá vida a todos os tipos penais previstos nessa legislação é o elemento subjetivo
específico previsto no § 1º. do artigo 1º, dispondo que, os crimes de abuso de autoridade, a
exemplo do que já ocorria na revogada Lei 4.898/65, são informados pelo dolo, não existindo
modalidade culposa.
o Como se sabe, o dolo pode ser genérico ou específico.
o Sem a presença do dolo específico de agir, não é possível a caracterização do crime de
abuso de autoridade.
o A ocasional negligência na atuação funcional poderá caracterizar ato ilícito civil e/ou
administrativo, punido na seara extrapenal.
Todas as condutas previstas como abuso de autoridade pela Lei 13.869/19 devem ser cometidas
pelo agente público com o especial fim de:
a) Prejudicar outrem;
b) Beneficiar a si mesmo ou a terceiro;
c) Por mero capricho ou satisfação pessoal.
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52 José Aras
O legislador tomou as cautelas para evitar a possibilidade de punição de qualquer agente público
pelo chamado “crime de hermenêutica”, operado nos termos do § 2º, do art. 1º, da Lei
13.869/19.
o A divergência na interpretação da lei ou na avaliação de fatos e provas não configura
abuso de autoridade, pois, interpretar não pode ser caracterizado como crime de
hermenêutica.
A condenação pelo crime de abuso de autoridade possui três efeitos, quais sejam:
I) tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz,
a requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos
danos causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos;
II) a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período
de 1 (um) a 5 (cinco) anos;
III) a perda do cargo, do mandato ou da função pública.
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53 José Aras
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
BASE LEGAL
Art. 37, caput, da CRFB/88, que trata do princípio da moralidade.
o A improbidade administrativa é uma violação frontal ao
princípio da moralidade.
Art. 37, § 4º, da CRFB/88, que tipifica a noção de improbidade.
Lei 8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa - LIA), que foi
alterada pela Lei 14.230/21.
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54 José Aras
ATENTAM CONTRA OS
DO ENRIQUECIMENTO DA LESÃO/PREJUÍZO AO ERÁRIO PRINCÍPIOS DA
ILÍCITO (ART. 9, LIA) (ART. 10, LIA) ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
(ART. 11, DA LIA)
- Constitui ato de improbidade - Constitui ato de improbidade - Constitui ato de improbidade
administrativa importando em administrativa que causa lesão ao administrativa que atenta
enriquecimento ilícito auferir, erário qualquer ação ou omissão contra os princípios da
mediante a prática de ato doloso, dolosa, que enseje, efetiva e administração pública a ação
qualquer tipo de vantagem comprovadamente, perda ou omissão dolosa que viole os
patrimonial indevida em razão patrimonial, desvio, apropriação, deveres de honestidade, de
do exercício de cargo, de malbaratamento ou dilapidação dos imparcialidade e de legalidade,
mandato, de função, de emprego bens ou haveres das entidades caracterizada por uma das
ou de atividade nas entidades referidas no art. 1º desta Lei, e condutas disciplinadas nos
referidas no art. 1º desta Lei, e notadamente nos incisos que incisos seguintes.
notadamente nos incisos que seguem. - Incisos taxativos (III a XII).
seguem. - Incisos exemplificativos (I a XXII). - Sanção do art. 12, inciso III,
- Incisos exemplificativos (I a - Sanção do art. 12, inciso II, LIA. LIA.
XII).
- Sanção do art. 12, inciso I, LIA.
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Direito Administrativo
55 José Aras
Observações:
→ Os atos de improbidade que implicam em violação de
princípios não têm como consequência a perda de função
pública e a suspenção de direitos políticos.
→ Ao violar princípio da administração, aplica-se multa (até 24x a
remuneração do agente) e proibição do contratante contratar
com o poder público durante 4 anos.
→ Essas sanções podem ser aplicadas a critério do juiz, de forma
isolada ou cumulativa.
→ A aplicação das sanções envolve dosimetria e os princípios da
razoabilidade e proporcionalidade.
→ Essas sanções serão aplicadas apenas após o trânsito em julgado.
→ A perda da função pública envolve o mesmo vínculo que o agente
tinha no momento da prática do ato.
→ A decisão do tribunal de contas não afasta a ação por
improbidade.
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56 José Aras
→ As sanções de natureza
patrimonial aplicam-se aos herdeiros e sucessores, no limite da
sucessão.
o De acordo com a lei, o bloqueio de contas é a última medida que o juiz deve adotar
(medida extrema).
▪ Admite-se acordo.
6. PRESCRIÇÃO:
▪ Com a alteração da lei, o prazo de prescrição é de 8 (oito) anos, a contar da prática do ato.
▪ O Ministério Público deve manifestar interesse no prosseguimento das ações de improbidade
em curso até outubro de 2022, à luz das modificações da Lei de Improbidade Administrativa
(LIA), sob pena de extinção da ação sem resolução do mérito.
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57 José Aras
SERVIDORES PÚBLICOS
→ Disciplinado na CRFB/88, entre os artigos 37 ao 41, o artigo 169, e na Lei 8.112/90 (Estatuto do
Servidor Público Federal).
REGIME CONSTITUCIONAL
I. Acesso e Ingresso
Acesso Ingresso
Os cargos, empregos e funções públicas são O ingresso em cargos e empregos públicos
acessíveis aos brasileiros (norma plena) e aos depende, efetivamente, da aprovação em
estrangeiros (norma contida, ou seja, carente de concurso público.
lei específica). → Ingresso somente para aprovados em
→ Acesso a todos! concurso!
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Direito Administrativo
59 José Aras
o STJ 736. Compete à Justiça do Trabalho julgar as ações que tenham como causa de
pedir o descumprimento de normas trabalhistas relativas à segurança, higiene e saúde
dos trabalhadores.
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61 José Aras
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Direito Administrativo
62 José Aras
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Direito Administrativo
63 José Aras
o STJ 592. O excesso de prazo para conclusão do processo administrativo disciplinar só causa
nulidade se houver demonstração de prejuízo à defesa.
o STJ 611. Desde que devidamente motivada e com amparo em investigação ou sindicância, é
permitida a instauração de processo administrativo disciplinar com base em denúncia
anônima, em face do poder-dever de autotutela imposta à Administração.
o STJ. 635. Os prazos prescricionais previstos no art. 142 da Lei n. 8.112/1990 iniciam-se na
data em que a autoridade competente para a abertura do procedimento administrativo toma
conhecimento do fato, interrompem-se com o primeiro ato de instauração válido -
sindicância de caráter punitivo ou processo disciplinar - e voltam a fluir por inteiro, após
decorridos 140 dias desde a interrupção.
o STJ 641. A portaria de instauração do processo administrativo disciplina prescinde da
exposição detalhada dos fatos a serem apurados.
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Direito Administrativo
64 José Aras
Diferentemente do que ocorre com o direito privado, a administração responde por danos
decorrentes de condutas ilícitas ou lícitas, desde que o dano seja, a um só tempo, certo (efetivo),
anormal (aquele que supera os meros dissabores da vida em sociedade) e especial (atingindo indivíduos
ou grupos de indivíduos determinados).
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Direito Administrativo
65 José Aras
Objetiva Subjetiva
O dano decorre de conduta comissiva dos O dano decorre de omissão estatal
agentes públicos, conforme previsão do art. 37, (falta do serviço), aplica-se a
§6º, da CF, que consagra a teoria do risco responsabilidade subjetiva do
administrativo. estado, aplicando-se a teoria da
Desse modo, a administração responderá pelos culpa administrativa, conforme
danos que seus agentes, nessa qualidade, causem orientação doutrinária e
a terceiros, sendo dispensável a avaliação de jurisprudencial.
culpa ou dolo. -
- Fato + elemento subjetivo (culpa ou
Fato + nexo causal = dano > gera o dever de dolo) + nexo causal = dano > gera
indenizar ou reparar dever de indenizar ou reparar
Quando há omissão do
Teoria do Risco Administrativo Estado = Teoria da Culpa
Administrativa
Exceções onde mesmo o dano tendo sido causado por omissão, aplica-se a responsabilidade
objetiva do estado:*
Dano ambiental;
Dano nuclear;
Danos em situação de trânsito;
Hipóteses de custódia (incluindo prejuízos ocorridos em hospitais e escolas públicas e
ambientes prisionais).
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66 José Aras
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67 José Aras
Quanto a essas pessoas jurídicas, a responsabilidade do estado é subsidiária. Vale lembrar que
será subsidiária a responsabilidade envolvendo tabeliães e oficiais de registros.
Consigne-se, ainda, que tem natureza solidária a responsabilidade pelo fornecimento de
medicamentos e prestação de serviços de saúde à população.
QUESTÕES
1. A responsabilidade civil do Estado por conduta omissiva não exige caracterização da culpa estatal
pelo não-cumprimento de dever legal, uma vez que a Constituição brasileira adota para a matéria a
teoria da responsabilidade civil objetiva.
( ) CERTO ( ) ERRADO
2. Os servidores públicos de uma autarquia do Acre respondem objetivamente pelos danos que, no
exercício de suas funções, causem culposamente a terceiros.
( ) CERTO ( ) ERRADO
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Direito Administrativo
68 José Aras
3. Considere que um detento tenha sido morto por seus colegas de carceragem, dentro da cela de uma
delegacia de polícia do estado do Acre. Nessa situação, o Acre responde pelos danos materiais e morais
resultantes dessa morte, mesmo que reste demonstrada a ausência de culpa dos agentes públicos
responsáveis pela segurança dos presos.
( ) CERTO ( ) ERRADO
4. Os atos lesivos a terceiros praticados em razão dos serviços públicos prestados por empregados de
empresas concessionárias ou permissionárias não geram a responsabilidade objetiva do Estado.
( ) CERTO ( ) ERRADO
6. Um policial militar do estado da Paraíba, durante o período de folga, em sua residência, teve um
desentendimento com sua companheira e lhe desferiu um tiro com uma arma pertencente à corporação.
Considerando o ato hipotético praticado pelo referido policial, é correto afirmar que:
a) está configurada a responsabilidade civil do Estado, pois a arma pertencia à corporação.
b) está configurada a responsabilidade civil do Estado, pois o disparo foi efetuado por um policial
militar, e o fato de ele estar de folga não afasta a responsabilidade do Estado.
c) não há responsabilidade civil do Estado, visto que o dano foi causado por policial fora de suas
funções públicas.
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Direito Administrativo
69 José Aras
II. A ação regressiva pode ser movida mesmo após terminado o vínculo entre o agente e a administração
pública.
III. A ação por meio da qual o Estado requer ressarcimento aos cofres públicos de prejuízo causado por
agente público considerado culpado prescreve em 5 anos.
IV. A orientação dominante na jurisprudência e na doutrina é de ser cabível, em casos de reparação do
dano, a denunciação da lide pela administração a seus agentes.
Estão certos apenas os itens:
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.
GABARITO
1. E 2. E 3. C 4. E 5. E 6. C 7. A
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70 José Aras
RESTRITIVAS SUPRESSIVAS
→ Não tomam a propriedade do particular, mas tão somente as → Retira o patrimônio do
restringem. expropriado,
→ Mitigam um dos direitos inerentes ao domínio (usar, gozar, correspondendo, portanto,
fruir, dispor e reivindicar), tendo como espécies: à Desapropriação.
i) limitação administrativa;
ii) requisição administrativa;
iii) ocupação temporária;
iv) servidão administrativa;
v) tombamento.
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Direito Administrativo
71 José Aras
▪ Incidem sobre bens móveis, imóveis, semoventes e sobre serviços particulares > serviço
médico é comumente requisitado.
▪ Dá direito à indenização posterior, em caso de dano > pois atinge um bem
específico/individualizado.
1.5. TOMBAMENTO
▪ Visa proteger o patrimônio histórico, cultural e artístico Nacional.
▪ Realiza-se através de órgãos públicos ou entidades da administração pública indireta,
a exemplo do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional –
autarquia federal).
▪ Incide sobre bens móveis ou imóveis, corpóreos ou incorpóreos.
▪ Em regra, não gera direito à indenização.
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72 José Aras
histórico, artístico ou
cultural, podendo também serem resguardados
através dos livros, registros e museus, dentre outros.
1.6. DESAPROPRIAÇÃO
▪ Espécie de intervenção supressiva.
▪ Resulta na perda da propriedade pelo particular.
▪ Constitui modo originário de aquisição.
▪ Incide sobre bens móveis ou imóveis, de valor patrimonial > apenas não se aplica à moeda
corrente (dinheiro) e aos direitos personalíssimos (vida, honra, intimidade).
▪ Para fins didáticos, a desapropriação se divide em dois grandes grupos: desapropriações
com ou sem caráter sancionatório.
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75 José Aras
2.5. Direito de extensão: É o direito que o proprietário tem de postular que a desapropriação
parcial alcance todo o imóvel, quando lhe sobejar uma parte mínima, sem possibilidade de
exploração econômica ou menor que a pequena propriedade rural.
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77 José Aras
QUESTÕES
1. A empresa pública federal X, que atua no setor de pesquisas petroquímicas, necessita ampliar sua
estrutura, para a construção de dois galpões industriais. Para tanto, decide incorporar terrenos
contíguos a sua atual unidade de processamento, mediante regular processo de desapropriação. A
própria empresa pública declara aqueles terrenos como de utilidade pública e inicia as tratativas com
os proprietários dos terrenos – que, entretanto, não aceitam o preço oferecido por aquela entidade.
Nesse caso:
A) se o expropriante alegar urgência e depositar a quantia arbitrada de conformidade com a lei
terá direito a imitir-se provisoriamente na posse dos terrenos.
B) a desapropriação não poderá consumar-se, tendo em vista que não houve concordância dos
titulares dos terrenos.
C) a desapropriação demandará a propositura de uma ação judicial e, por não haver
concordância dos proprietários, a contestação poderá versar sobre qualquer matéria.
D) os proprietários poderão opor-se à desapropriação, ao fundamento de que a empresa pública
não é competente para declarar um bem como de utilidade pública.
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78 José Aras
5. Assinale a opção correta com relação às modalidades de restrição do Estado sobre a propriedade.
A) As limitações administrativas consubstanciam obrigações de caráter específico a
proprietários determinados, sem afetar o caráter absoluto do direito de propriedade, que
confere ao titular o poder de usar, gozar e dispor da coisa do modo como melhor lhe convier.
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79 José Aras
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80 José Aras
10. A modalidade de intervenção estatal que gera a transferência da propriedade de seu dono para o
Estado é:
A) o tombamento.
B) a desapropriação.
C) a servidão administrativa.
D) a requisição.
GABARITO
1. D 2. D 3. C 4. B 5. C 6. A 7. A 8. B 9. A 10. B
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81 José Aras
SERVIÇOS PÚBLICOS
O dever do Estado de prestação de serviços públicos pode feito pela Administração Pública de forma
direta (educação, saúde) ou mediante delegação (serviço postal, energia elétrica, transporte coletivo),
isto é, transferindo a prestação dos serviços públicos mediante contrato administrativo de concessão
ou permissão (a titularidade ainda é da administração pública), em regra, sem caráter de
exclusividade, salvo no caso de inviabilidade técnica ou econômica devidamente justificada.
1. POLÍTICA TARIFÁRIA
➢ As concessões comuns são marcadas pelo fato de que a remuneração do concessionário é feita
através do recebimento das tarifas pagas pelos usuários, observado o princípio da modicidade
e preservada pelas regras de reajuste e revisão previstas na lei, no edital e no contrato
administrativo de concessão.
➢ Os contratos poderão prever mecanismos de revisão das tarifas, a fim de manter-se o
equilíbrio econômico-financeiro, inclusive envolvendo a teoria da imprevisão, como, por
exemplo, as hipóteses de fato do príncipe, uma vez que, ressalvados os impostos sobre a renda,
a criação, alteração ou extinção de quaisquer tributos ou encargos legais, após a apresentação
da proposta, quando comprovado seu impacto, implicará a revisão da tarifa, para mais ou para
menos, conforme o caso.
➢ Haverá direito à manutenção do equilíbrio econômico-financeiro também nas hipóteses de
caso fortuito, força maior, áleas administrativas, áleas extraordinárias e fatos imprevisíveis, na
forma como estudada no capítulo relativo a contratos administrativos.
➢ Admite-se o recebimento, em favor da concessionária, de outras fontes provenientes de
receitas alternativas, complementares, acessórias ou de projetos associados, com ou sem
exclusividade, com vistas a favorecer a modicidade das tarifas, as quais serão obrigatoriamente
consideradas para a aferição do inicial equilíbrio econômico-financeiro do contrato, a exemplo
de receitas provenientes da locação de espaços para lojas, lanchonetes e estacionamentos, bem
como espaços publicitários.
➢ É possível, no processo de licitação, a inversão da ordem das fases de habilitação e
julgamento na concorrência, hipótese em que encerrada a fase de classificação das propostas
ou o oferecimento de lances, será aberto o invólucro com os documentos de habilitação do
licitante mais bem classificado, para verificação do atendimento das condições fixadas no edital.
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Direito Administrativo
84 José Aras
➢ Por sua vez, o contrato de concessão poderá prever o emprego de mecanismos privados para
resolução de disputas decorrentes ou relacionadas ao contrato, inclusive a arbitragem.
➢ Conforme estudado no capítulo próprio, os concessionários respondem objetiva e
diretamente pelos prejuízos causados durante a execução dos serviços (a usuários ou
terceiros, não usuários dos serviços públicos), sendo apenas subsidiária a responsabilidade do
Estado.
2. DA INTERVENÇÃO NA CONCESSÃO
➢ A fim de averiguar o atendimento dos princípios pertinentes à prestação do serviço adequado,
poderá, o poder concedente, intervir na concessão.
➢ A intervenção é realizada mediante decreto, que indicará a designação do interventor, o prazo
da intervenção e os objetivos e limites da medida.
➢ No prazo de trinta dias após o decreto, cabe ao poder concedente instaurar procedimento
administrativo para comprovar as causas determinantes da medida e apurar responsabilidades,
dentro de até cento em oitenta dias, sob pena de considerar-se inválida a intervenção,
assegurado ao concessionário o direito de ampla defesa.
➢ Cessada a intervenção, se não for extinta a concessão (mediante caducidade), a administração
do serviço será devolvida à concessionária, precedida de prestação de contas pelo interventor,
que responderá pelos atos praticados durante a sua gestão.
3. PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS
➢ Fundamentado pela Lei 11.079/04.
➢ O contrato pelo qual o parceiro privado assume o compromisso de disponibilizar à
administração pública ou à comunidade uma certa utilidade mensurável mediante a operação e
manutenção de uma obra por ele previamente projetada, financiada e construída.
➢ Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade
patrocinada ou administrativa.
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QUESTÕES
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88 José Aras
4. Nos termos do que prevê a Lei Federal no 8.987/95, a concessão de serviços públicos extingue-se por
diversas formas, sendo correto afirmar, neste tema, que a:
a) falência do concessionário acarreta a extinção da concessão e, como consequência, a reversão
ao poder concedente dos bens aplicados ao serviço objeto do contrato.
b) encampação da concessão é implementada por meio da edição de decreto e tem lugar quando
se verifica a inadimplência do concessionário.
c) caducidade enseja a rescisão da concessão pela expiração do prazo fixado no contrato.
d) anulação da concessão tem lugar somente quando o concessionário pratica infração
contratual que também configure violação de dispositivo normativo, eivando a relação de vício
de ilegalidade.
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89 José Aras
6. É indevida a utilização de tutela possessória por concessionário de serviço público com a finalidade
de tentar assegurar o direito que acredita possuir sobre o serviço de utilidade pública a ele confiado
pelo poder público, pois tal direito não configura direito possessório.
( ) CERTO ( ) ERRADO
7. A autorização de serviço público é ato unilateral da administração pública pelo qual se consente a um
particular a prática de atividade individual incidente sobre um bem público, com caráter precário.
( ) CERTO ( ) ERRADO
8. A discricionariedade ínsita aos atos de autorização de serviços públicos permite ao poder público
avaliar a conveniência de eventual revogação do ato autorizado, não havendo, portanto, por parte do
particular, qualquer direito subjetivo à continuidade da autorização.
( ) CERTO ( ) ERRADO
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90 José Aras
10. Se a empresa de transportes Viação Ligeirinho Ltda. venceu licitação para transportar passageiros
entre estados, então esse serviço pode ser considerado serviço público, mesmo sendo explorado por
sociedade privada.
( ) CERTO ( ) ERRADO
11. Quanto aos usuários, os serviços públicos podem ser gerais ou específicos (divisíveis, para alguns
autores); o serviço de telefonia é um exemplo de serviço público divisível.
( ) CERTO ( ) ERRADO
12. Considere que compete ao município determinado serviço público; então, caberá ao próprio
município a regulamentação dele, mas, não obstante, competirá à União baixar normas gerais acerca da
licitação para sua outorga a particular.
( ) CERTO ( ) ERRADO
13. Todos os serviços públicos são, juridicamente, prestados aos membros da coletividade em caráter
facultativo.
( ) CERTO ( ) ERRADO
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91 José Aras
17. A responsabilidade civil do Estado por conduta omissiva não exige caracterização da culpa estatal
pelo não-cumprimento de dever legal, uma vez que a Constituição brasileira adota para a matéria a
teoria da responsabilidade civil objetiva.
( ) CERTO ( ) ERRADO
18. Os servidores públicos de uma autarquia do Acre respondem objetivamente pelos danos que, no
exercício de suas funções, causem culposamente a terceiros.
( ) CERTO ( ) ERRADO
19. Considere que um detento tenha sido morto por seus colegas de carceragem, dentro da cela de uma
delegacia de polícia do estado do Acre. Nessa situação, o Acre responde pelos danos materiais e morais
resultantes dessa morte, mesmo que reste demonstrada a ausência de culpa dos agentes públicos
responsáveis pela segurança dos presos.
( ) CERTO ( ) ERRADO
20. A declaração de caducidade nos contratos de concessão de serviço público não é autorizada quando:
a) o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, tendo por base as
normas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade do serviço.
b) a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou disposições legais ou regulamentares
concernentes à concessão.
c) a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a
adequada prestação do serviço concedido.
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92 José Aras
22. Em caso de inadimplência, torna-se possível, após prévio aviso, a realização de corte no
fornecimento de serviços públicos essenciais ao usuário e remunerados por tarifa, sem que se configure
a descontinuidade na prestação do serviço.
( ) CERTO ( ) ERRADO
23. Uma concessionária de energia elétrica, pessoa jurídica de direito privado, houve por bem
terceirizar o serviço de corte do fornecimento de tal serviço. Marcos, empregado dessa empresa
terceirizada, ao efetuar a suspensão dos serviços de energia elétrica em favor de Maria, acabou por
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93 José Aras
agredi-la, já que essa alegava que a conta já havia sido paga. Em relação
a essa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) A lei geral de concessão não autoriza a suspensão do fornecimento de energia elétrica, pelo
inadimplemento por parte do usuário, já que o acesso ao serviço de energia elétrica decorre da
própria dignidade da pessoa humana, que deve prevalecer sobre os interesses econômicos da
concessionária.
b) Eventual ação de indenização por danos materiais e morais deverá ser proposta contra a
concessionária, já que essa se responsabiliza pelos atos dos seus prepostos, não sendo possível
alegar-se culpa exclusiva de terceiro.
c) O prazo prescricional da ação de reparação de danos, na espécie, será de cinco anos, na forma
do Código Civil, já que inexiste prazo prescricional específico para as concessionárias de serviço
público.
d) Cabe mandado de segurança contra ato dos diretores da concessionária de serviço público,
com vistas a restabelecer o serviço de energia elétrica, o qual deverá ser impetrado na justiça
estadual.
e) A competência para julgar eventual ação de indenização proposta contra a concessionária de
serviço público será da justiça federal, já que se trata de uma delegação de serviço público
federal.
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94 José Aras
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95 José Aras
28. O Jurista José dos Santos Carvalho Filho apresenta o seguinte conceito para um dos princípios dos
serviços públicos: Significa de um lado, que os serviços públicos devem ser prestados com a maior
amplitude possível, vale dizer, deve beneficiar o maior número de indivíduos. Mas é preciso dar relevo
também ao outro sentido, que é o de serem eles prestados, sem discriminação entre os beneficiários,
quando tenham estes as mesmas condições técnicas e jurídicas para a fruição. Trata-se do princípio da:
a) modicidade.
b) continuidade.
c) eficiência.
d) generalidade.
e) atualidade.
GABARITO:
1. E 2. B 3. E 4. A 5. A 6. C 7. C 8. C 9. B 10. C
11. C 12. C 13. E 14. C 15. C 16. C 17. E
18. E 19. C 20. E 21. B 22. C 23. B 24. D
25. D 26. E 27. A 28. D
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96 José Aras
LICITAÇÃO E CONTRATOS
A competência para dispor sobre normas gerais de licitações e contratos é da União, nos termos do
art. 22, XXVII, e do art. 37, XXI, da CRFB/88.
o Os Estados, DF e Municípios podem dispor sobre normas específicas, independentemente da
delegação prevista no art. 22, parágrafo único, da CRFB/88, fato que não impede a função
legislativa da União. Nesse caso, a única exigência é que os Estados, o DF e os Municípios
observem o disposto nas normas gerais da União.
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97 José Aras
A legislação prevê algumas preferências para ME e EPP nesses contratos, quais sejam:
a) comprovação da regularidade fiscal e trabalhista para assinatura do contrato;
b) preferência, como critério de desempate, consistindo na possibilidade de ofertar nova
proposta, inferior à do licitante que seria o vencedor;
c) licitação exclusiva para ME e EPP, para os itens até o valor de R$ 80 mil;
d) poderá exigir subcontratação de ME e EPP em obras e serviços;
e) deverá estabelecer cota de até 25%, p/ ME e EPP, na aquisição de bens divisíveis;
f) possibilidade de instituir prioridade de contratação de ME e EPP, localizada local ou
regionalmente, até 10% do melhor preço válido.
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98 José Aras
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99 José Aras
Todos os valores, preços e custos utilizados nas licitações terão como expressão monetária a
moeda corrente nacional, ressalvado o disposto no art. 42 desta Lei, devendo cada unidade da
Administração, no pagamento das obrigações relativas ao fornecimento de bens, locações,
realização de obras e prestação de serviços, obedecer, para cada fonte diferenciada de recursos, a
estrita ordem cronológica das datas de suas exigibilidades, salvo quando presentes relevantes
razões de interesse público e mediante prévia justificativa da autoridade competente, devidamente
publicada.
o Nas licitações internacionais, os preços poderão ser cotados em moeda estrangeira.
Os Projetos Básico e Executivo são obrigatórios para licitações de obras e serviços de engenharia
realizadas nas modalidades concorrência, tomada de preços e convite, mas, não para compras de
bens.
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100 José Aras
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101 José Aras
habilitação e
deverá ser
homologado
assim que
concluída a fase de
lances, superada a
fase recursal e
efetivado o
pagamento pelo
licitante vencedor.
Observações:
→ Além das modalidades referidas no caput deste artigo, a
Administração pode servir-se dos procedimentos auxiliares
previstos no art. 78 desta Lei.
→ É vedada a criação de outras modalidades de licitação ou, ainda, a
combinação das modalidades existentes.
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102 José Aras
Em caso de empate entre duas ou mais propostas, serão utilizados os seguintes critérios de
desempate, nesta ordem:
I) disputa final, hipótese em que os licitantes empatados poderão apresentar nova
proposta em ato contínuo à classificação;
II) avaliação do desempenho contratual prévio dos licitantes, para a qual
deverão preferencialmente ser utilizados registros cadastrais para efeito de atesto
de cumprimento de obrigações previstos nesta Lei;
III) desenvolvimento pelo licitante de ações de equidade entre homens e mulheres
no ambiente de trabalho, conforme regulamento;
IV) desenvolvimento pelo licitante de programa de integridade, conforme
orientações dos órgãos de controle.
O ato que autoriza a contratação direta ou o extrato decorrente do contrato deverá ser
divulgado e mantido à disposição do público em sítio eletrônico oficial.
O processo de contratação direta, que compreende os casos de inexigibilidade e de dispensa
de licitação, deverá ser instruído com os seguintes documentos:
I) documento de formalização de demanda e, se for o caso, estudo técnico preliminar,
análise de riscos, termo de referência, projeto básico ou projeto executivo;
II) estimativa de despesa, que deverá ser calculada na forma estabelecida no art. 23
desta Lei;
III) parecer jurídico e pareceres técnicos, se for o caso, que demonstrem o
atendimento dos requisitos exigidos;
IV) demonstração da compatibilidade da previsão de recursos orçamentários com o
compromisso a ser assumido;
V) comprovação de que o contratado preenche os requisitos de habilitação e
qualificação mínima necessária;
VI) razão da escolha do contratado;
VII) justificativa de preço;
VIII) autorização da autoridade competente.
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103 José Aras
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104 José Aras
Lei 13.709/18
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106 José Aras
nacional (e poderá ou não ser exigido, a depender do tipo ou porte da organização e do volume
de dados tratados).
QUESTÕES
1) A propósito do tratamento de dados pessoais, no âmbito da Lei Geral de Proteção de Dados, Lei n°
13.709 de 14 de agosto de 2018, e da Lei de Acesso à Informação Pública, Lei n° 12.527, de 18/11/2011,
verifica-se que
A) a comunicação ou o uso compartilhado de dados pessoais de pessoa jurídica de direito público
a pessoa de direito privado será informado à autoridade nacional de proteção de dados e sempre
dependerá de consentimento do titular.
B) o acesso a dados pessoais de terceiros depende de pedido de instauração de procedimento de
desclassificação, dirigido à autoridade máxima do órgão detentor das informações.
C) os serviços notariais e de registro exercidos em caráter privado, por delegação do Poder
Público, terão o mesmo tratamento dispensado às pessoas jurídicas de direito público, no
tocante ao tratamento de dados pessoais.
D) as informações pessoais tratadas pelas pessoas jurídicas de direito público devem ser
disponibilizadas publicamente, salvo expressa manifestação de vontade de seus titulares em
sentido contrário.
2) Os agentes de tratamento de dados, em razão das infrações cometidas às normas previstas na Lei
Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei 13.709/2018), ficam sujeitos às seguintes sanções
administrativas aplicáveis pela autoridade nacional:
I. advertência, com indicação de prazo para adoção de medidas corretivas; II. multa diária não superior
a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais); III. publicização da infração após devidamente apurada e
confirmada a sua ocorrência; IV. suspensão por prazo indeterminado do exercício da atividade de
tratamento dos dados pessoais a que se refere a infração; V. bloqueio dos dados pessoais a que se refere
a infração até a sua regularização.
Analise os itens acima e assinale
A) se apenas o item I estiver correto.
B) se apenas os itens II e IV estiverem corretos.
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107 José Aras
3) Sabe-se que a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei 13.709/2018) dispõe sobre o tratamento
de dados pessoais, como, por exemplo, o dado relativo a titular que não possa ser identificado,
considerando a utilização de meios técnicos razoáveis e disponíveis na ocasião de seu tratamento.
Nesse caso, trata-se legalmente de dado
A) sensível.
B) aleatório.
C) oculto.
D) suspeito.
E) anonimizado.
GABARITO:
1) C 2) C 3) E
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108 José Aras
NÓS ACREDITAMOS
EM VOCÊ!!
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