Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Paulo Oliveira
Disciplina: Direito nas Organizações
Imprima (caso tenha esse costume) ou salve em PDF o Código Tributário Nacional
completo e também a Constituição Federal, entre os arts. 145 a 162. Seguem os
endereços abaixo:
Divisão do Direito
Por outro lado, o direito público rege as relações em que uma das partes
necessariamente será uma pessoa jurídica de direito público, e esta possui poderes que
a colocam em uma situação privilegiada diante dos cidadãos. Isso tudo é possível
porque o Estado está visando aos interesses coletivos da sociedade de uma forma
geral, enquanto o particular visa a seus próprios interesses.
- Direito Publico Interno: é o que vigora dentro dos limites de um determinado Estado
(Nação).
- Direito Público Externo: é o que rege as relações entre Estados (Nações).
1
Imagine como seria a cobrança de tributos se o Estado não pudesse impor sua vontade
arrecadatória sobre o particular?
Exp. Um servidor público não pode fazer o que bem entender com o patrimônio público,
sob pena de responder pessoalmente por isso. Se um sujeito deve ao Estado R$
1.000,00 de IPVA, o agente público não pode perdoar tal dívida, por entender que o
cidadão não possui recursos disponíveis para o pagamento da exação (tributo).
Atenção: Os recursos são públicos, logo, somente o povo pode dispor de tal
patrimônio.
Conceito: “(...) o direito tributário é a disciplina jurídica dos tributos. Com isso se
abrange todo o conteúdo de princípios e normas reguladores da criação,
fiscalização e arrecadação das prestações de natureza tributária.” (AMARO,
Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 14ª Ed. Saraiva, 2008, p.02)
Direito Financeiro
Desde os tempos mais remotos o ente estatal (Estado) dirigiu suas atividades
para suprir as chamadas necessidades públicas.
O Estado presta serviços públicos, ele substitui o indivíduo, por isso, precisa de
recursos financeiros (receita) para atingir seus fins.
2
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades
sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,
cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.”
Porém, para alcançar suas finalidades nos diversos setores em que atua o
ESTADO necessita de uma grande soma de recursos econômicos capazes de custear
suas realizações em prol do bem comum. Tais recursos recebem o nome genérico de
receita públicas.
- orçamento público
- despesas públicas e
- dívidas públicas.
- receita pública
RECEITA PUBLICA
É a importância recebida pelo Estado ou todo o ingresso de dinheiro nos cofres públicos.
3
Pessoa Jurídica
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito
privado.
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; (Redação dada pela Lei nº 11.107,
de 2005)
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas
as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público.
São os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito
internacinal público como ONU, OEA, União Européia, Mercosul.
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por
atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado
direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou
dolo
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
V - os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
VI - empresa individual de responsabilidade limitada
4
§ 2o - As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às
sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial deste Código. (Incluído pela Lei
nº 10.825, de 22.12.2003)
ESTADO
Conforme ensina Hely Lopes Meireles, o conceito de Estado varia segundo o ângulo em
que é considerado. Nas palavras do ilustre doutrinador, “do ponto de vista sociológico,
o Estado é corporação territorial dotada de um poder de mando originário; sob o aspecto
político, é comunidade de homens, fixada sobre um território, com poder superior de
ação, mando e coerção; sob o prisma constitucional, é pessoa jurídica territorial
soberana”.
O nosso Código Civil caracteriza o Estado como pessoa jurídica de direito público
interno (art. 40 e 41). Portanto, o Estado é um ente personalizado, ou seja, é um sujeito
capaz de adquirir direitos e obrigações na ordem jurídica, podendo se relacionar tanto
internamente – com seus servidores e empregados, com os cidadãos, com as empresas
etc. – quanto externamente – com outros Estados soberanos (“países”).
O Brasil, por exemplo, é um Estado federado, pois, em seu território, coexistem pessoas
políticas distintas – a União, os Estados-membros, o Distrito Federal e os
Municípios. Nossa Constituição define os limites de atuação dessas esferas políticas.
Assim, temos um poder político central (União), poderes políticos regionais (estados) e
poderes políticos locais (municípios), além do Distrito Federal, que, em virtude da
vedação constitucional para sua divisão em municípios, acumula poderes regionais
e locais (CF, art. 32, §1º).
Entes Políticos
- Federal: UNIÃO
- Estadual: ESTADOS-MEMBROS
- Municipal: MUNICÍPIOS
- Distrital: DISTRITO FEDERAL
5
Constituição Federal
Historia
6
O Direito Tributário é o ramo do direito público que disciplina a relação entre o
Estado e o Contribuinte. Ele irá estudar a relação jurídica entre o Estado enquanto
arrecadador e o contribuinte enquanto pagador de tributos.
7
- Político: detectar as inclinações da NAÇÃO e traduzir os grandes anseios da
sociedade.
Constituição Federal (Sistema Tributário Nacional – STN) análise sob dois ângulos:
1) formal (princípios)
2) material (competência tributária – poder de tributar)
Capitulo 3 - Tributos
Porque a pessoa política (P. Legislativo) cria tributos? Para atender suas
necessidades.
Para que servem os tributos? Servem para custear as “despesas publicas” do Estado.
Importância:
O conceito de tributo está definido no art. 3º do Código Tributário Nacional (CTN), abaixo
citado:
8
“Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.”
Cumpre observar que o art. 3º do CTN traz a definição de tributos exigida pela CF/88, no
art. 146, III, a, primeira parte, conforme vemos a seguir:
Características
a) O tributo deve ser pago em valor monetário direto (moeda, cheque), não é permitido
alguém liquidar uma dívida tributária mediante a utilização de efeitos patrimoniais ou
simbólicos diversos, ou seja, autorização para a instituição de tributos in natura (bens)
ou in labore (em trabalho, em serviços), uma vez que bens e serviços são suscetíveis de
avaliação em moeda.
Exp: I. Importação fosse 50%, o importador, ao adquirir 1.000 garrafas “Red Label”,
poderia deixar 500 na alfândega a título de tributo.
IPTU, Município permitir quitar suas dividas pintando os prédios públicos ou
podando arvores espalhadas pela cidade.
Pela redação do art. 162 do CTN, também notamos que o pagamento deve ser feito em
dinheiro. Vejam:
Aqui precisamos ficar atendo ao detalhe “ou cujo valor nela se possa exprimir”, que
permite que o tributo seja expresso em algo que não seja moeda propriamente dita, mas
que possa ser convertido em dinheiro com facilidade, como é o caso das unidades
fiscais usadas para idexação.
Exp. a idéia foi permitir a utilização de indexadores como a UFIR (Unidade Fiscal
de Referencia) ou UFIR-RJ, UFESP
(...)
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em
lei.”
9
Para os que não sabem, dação em pagamento significa pagar com algo que não seja
dinheiro. No caso em tela, o contribuinte poderia quitar a sua dívida, oferecendo bens
IMÓVEIS ao fisco. Tal hipótese não derroga o art. 3º do CTN, tendo em vista que este
afirma que a quitação do tributo pode ser feita por algo que possa ser expresso em
moeda. Os bens imóveis inegavelmente podem ser expressos em moeda, concorda?
Vínculo jurídico
categoria geral do direito, pertence ao direito como um todo;
obrigação tributária é como outra qualquer;
toda obrigação é bilateral, tem um sujeito ativo e outro passivo;
obrigação ex lege, que deriva direta e imediatamente da vontade da lei.
O tributo só pode ser criado por lei conforme expressa previsão no texto da Constituição
Federal:
“Artigo 5o., II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude de lei.”
Ato ilícito: é aquele que contraria as normas jurídicas, sendo, por isso,
punido pelo Estado.
O pagamento do tributo, entretanto, não constitui punição de ato ilícito, não devendo ser
encarado como sanção ou penalidade.
10
Portanto, pagar tributo não constitui sanção, mas dever-prestação do particular
(contribuinte).
TRIBUTO X MULTA
Não possui finalidade
sancionatória É sanção por ato ilícito
A previsão do tributo está na lei, assim, o poder público deve cumprir o que está fixado
por essa, assim:
11
Como nasce o tributo?
É o fato descrito em lei que, se e quando acontecido, faz nascer para alguém o
dever de recolher um dado tributo.
Ocorrendo o fato gerador (fato imponível), deve dar quantia em dinheiro para o
Estado.
Exp. Lei estabelece que pessoa que obtém rendimentos deve pagar imposto
Fato Gerador
No direito privado geralmente são os contratos que fazem surgir a obrigação de pagar.
Exp. Empréstimo bancário (cliente-devedor, pegou $ emprestado) e o banco
(credor, que concede o dinheiro), e a quantia em $ que é o objeto do contrato de
empréstimo.
No direito tributário
12
NATUREZA JURÍDICA DOS TRIBUTOS
Dando continuidade ao nosso estudo, vamos observar com atenção outros importantes
artigos do CTN:
E como fazemos para identificar a espécie de determinado tributo? Ora, pela redação do
art. 4º, devemos levar unicamente em consideração o fato gerador que deu origem à
obrigação tributária.
Nesse sentido, temos que observar, caso a caso, qual é o fato gerador descrito na lei
que instituiu o tributo. Se o fato se referir a uma manifestação
de riqueza do contribuinte, será um imposto. Tal manifestação dar-se-á por meio de
renda, propriedade ou consumo.
Assim:
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
Impostos
Taxas
Contribuições de melhoria
Empréstimos compulsórios
Contribuições sociais
Imposto
13
Porque pagamos imposto? Porque realizamos atos que manifestam riqueza.
O art. 16 do CTN é claro, ao dizer que “o imposto é o tributo cuja obrigação tem
por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica,
relativa ao contribuinte.” Isto é, cabe ao contribuinte apenas pagar!! Podemos dizer, em
outros termos, que o pagamento de impostos não exige uma contraprestação por
parte do
Estado.
As receitas dos impostos não poderão ser vinculadas, seu dinheiro ($) vai para
custear as despesas gerais (167, IV, CF).
Assim, quando uma pessoa paga Imposto de Renda, por exemplo, não recebe
do Estado benefício específico em seu favor. O dinheiro do imposto não se reverte
imediatamente em prol do contribuinte, porque destina, de modo geral, ao bem comum.
Vale lembrar que as características gerais dos impostos serão definidas por Lei
Complementar. Agora os impostos poderão ser criados por Lei Ordinária.
14
Principio da Capacidade Contributiva
Reais ou Pessoais
- Pessoais:
Incidem sobre as pessoas. Exp. IR
No pólo passivo da obrigação tributária figura sempre uma pessoa.
- Reais
Incidem sobre bens móveis ou imóveis (IPVA, ICMS, IPTU, ITR)
15
Impostos Municipais (competência dos Municípios – art. 156)
- IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDITAL E TERRITORIAL URBANA – IPTU
- IMPOSTO SOBRE A TRASMISSÃO DE BENS IMÓVEIS – ITBI
- IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUZA – ISS
Cada pessoa política tem competência para criar seus respectivos impostos.
União pode criar (esta autorizada) outros impostos (novos) que não tenham a mesma
hipótese de incidencia e nem a mesma base de calculo dos arts. 153,155 e 156. O nome
para essa competência é residual.
O instrumento legal para criação dos impostos é a Lei Ordinária. Já os impostos novos
(residuais) só podem ser criados por Lei Complementar.
Diferente do conceito de imposto, o fato gerador das taxas é uma atividade que o
poder público realiza para o contribuinte e para custear tais atividades, são instituídas as
taxas.
Dessa forma, a situação que faz surgir a obrigação de um contribuinte arcar com
o pagamento de taxa, é um fato do Estado, e não do contribuinte. Isso significa que é o
Estado que deve agir para realizar a cobrança da taxa.
Dispõe o artigo 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato
gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de
serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos
aos que correspondam a imposto, nem ser calculada em função do capital das
empresas. (Expressão “nem ser calculada em função do capital das empresas"
acrescida pelo Ato Complementar nº 34, de 30/1/1967)
16
Fatos Geradores das Taxas: a) Taxas de Serviços e b) Taxas de Polícia
a) Taxas de Serviços
Exp.
- Segurança Pública
- Serviço de combate a sinistros
- Serviço Diplomático
- Serviço de Defesa da Soberania Nacional
17
- Em 1o. lugar é necessário que esse serviço seja específico e divisível.
Significa dizer que esse serviço deve ser direcionado a uma determinada pessoa
(usuário) ou a um número determinável de pessoas, de forma que consiga delimitar
quem são as pessoas (não é geral). São prestados a título singular.
- Específico: quando o contribuinte sabe por qual serviço está pagando. Exp. Serviço
Judiciário (custas processuais), emissão de passaporte.
Quem vai definir o serviço público será a Lei. O serviço deve ser utilizável pelo cidadão e
a utilização pode ser:
Exp. Serviço público a sua disposição (potencial) – Municípios que tem a taxa
do lixo, paga a taxa independentemente de ter utilizado (motivo: viagem), há o sistema
de coleta e que permanece a sua disposição do usuário.
O serviço potencial deve ser de utilização obrigatória (lixo). O lixo é produzido por todos.
Agora, quem vai dizer se é obrigatório ou não é a lei.
O serviço para ser cobrado deve ser de utilização compulsória, logo, a lei já impõe a
utilização do serviço.
Exp. Proibido cavar um buraco, jogar o lixo e concretar o local.
18
b)Taxas de Polícia
No artigo 77 do CTN fala que o fato gerador das taxas tanto pode ser a prestação de
serviços públicos como o exercício do poder de polícia. Mas o que vem a ser poder de
polícia?
São tributos que têm por hipótese de incidência a prática de atos de polícia de efeitos
concretos.
Nas taxas de polícia, o dever de pagar ocorre pela atuação da Administração Pública.
Exp. Taxa de alvará para construção, foram feitas diligências e o pedido foi indeferido,
não terei a taxa de volta pois paguei pelas diligências e não pelo alvará.
Embora todo o cidadão seja livre para estabelecer-se como uma indústria, não pode,
entretanto, instalar-se num bairro estritatamente residencial. O poder de polícia vai
limitar esse direito.
19
Base de cálculo das Taxas
De acordo com Aires Barreto, a base de cálculo “consiste em critério abstrato para medir
os fatos tributários que, conjugado à alíquota, permite obter a ‘dívida tributária’”.
No que se refere às taxas, a base de cálculo deve ser utilizada para permitir que o ente
federado encontre um valor que satisfaça apenas as despesas que ele teve com a
prestação dos serviços. Caso contrário, haveria enriquecimento sem causa por parte do
Estado. É claro que não é exigida uma precisão dos valores, mas apenas que não
haja total desvinculação entre um valor e outro.
Nesse contexto, se o legislador criar um tributo e denominá-lo taxa, mas, em sua base
de cálculo, inserir uma grandeza que não tenha a ver com qualquer atividade estatal
relativa ao contribuinte, estará na verdade criando um “imposto disfarçado”. É por isso
que a nossa Constituição Federal proibiu a identidade entre a base de cálculo de uma
taxa e de um imposto (tal proibição também pode ser encontrada no art. 77, parágrafo
único, do CTN). Veja:
Ainda sobre a base de cálculo das taxas, o CTN acrescentou outro detalhe, dizendo que
as taxas também não podem ser calculadas em função do capital social das
empresas, como vemos a seguir:
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.
Ora, o motivo é óbvio. Sabemos que o fato gerador das taxas deve ser necessariamente
um serviço público prestado ou o exercício do poder de polícia. Sabemos também que
deve haver uma correlação entre o custo da atividade prestada ao contribuinte e o
valor a ser cobrado dele.
O regime jurídico (regras que são aplicadas) entre os dois institutos são
diferentes. As taxas, são tributos, sujeitas ao direito público. Já as tarifas, seguem
o direito privado.
20
Taxas só podem ser cobradas por PJ de Direito Público.
Tarifa podem ser cobradas por PJ de Direito Público ou Privado.
* Tributo
* Prestação compulsória (pago em * Prestação voluntária (ela decorre do
função que a lei determina, não tem exercício de autonomia do indivíduo a
escolha, afasta qualquer exercício de uma escolha). Há uma relação de
autonomia, por conta disso há relação coordenação (horizontal), a escolha
de subordinação). pode sujeitar-se a uma cobrança.
* Receita derivada * Receita originária
Nesse rumo, há que se ressaltar que, tanto o serviço de energia elétrica como o de água
e esgoto são remunerados por tarifas (ou preços públicos):
Pedágio é Tributo. Para o STF tem natureza de taxa. Senão tiver uma via vicinal é
tributo, se não tem escolha. Se tiver a natureza de taxa é porque é compulsória. (RE
181475)
Perceba que a CF/88 definiu que todos os entes federados (União, Estados, Distrito
Federal e Municípios) poderão instituir a contribuição de melhoria. Podemos dizer,
então, que é um tributo de competência comum, assim como a taxa.
Vamos abordar agora os conceitos trazidos pelo CTN, e que dizem respeito a esse
tributo:
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída
para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária,
tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo
de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
21
A contribuição de melhoria é um tributo vinculado cobrado pelo Estado dos proprietários
de imóveis beneficiados por obras públicas.
* características:
- tributo vinculado
- atuação estatal específica
- exigida em virtude de valorização de imóvel em razão de obra pública
(valorização imobiliária é requisito essencial).
- Valorização imóveis adjacentes, localizados nas imediações.
Assim, para fazer frente aos custos da obra, é justo que o Estado cobre tributos dos
proprietários que diretamente se beneficiaram com ela. Se o objetivo é custear a obra
pública, não tem razão ser superior ao custo desta.
Do ponto de vista individual, não pode pagar mais do que o imóvel valorizou.
Do ponto de vista global é o custo de toda a obra.
Dependendo da sua natureza, poderá provocar uma depreciação dos referidos imóveis.
Nesses casos, não terá ocorrido, evidentemente, o fato gerador da contribuição de
melhoria, porque não houve benefício algum aos proprietários.
Após concluída a obra pública, avaliada a valorização que o imóvel experimentou, daí
sim cobra-se a Contribuição de Melhoria.
Exp. Alargamento da Avenida Faria Lima
Resp. Estão na legislação infraconstitucional – art. 81 do CTN e art. 4o. Dec. Lei 165/67
Para cobrança da contribuição de melhoria esta limitada a zona (região) que teve
valorização imobiliária (sujeitos passivos determinados).
22
Alíquota
Exp. Sem obra publica o imóvel custa R$ 100 mil, com a obra ele passa a valer R$ 150
mil.
- Ela só pode ser exigida uma única vez por cada obra pública realizada. Mesmo se
inicialmente a valorização foi precária e passados 5 anos houve grande valorização, não
pode haver nova cobrança.
Sendo tributo, portanto, tem uma base de calculo e alíquota. Sendo obra de
competência da União, será criada por lei federal e assim por diante.
É o principio da proporcionalidade
Em tese a obra publica beneficia a coletividade (melhora o trânsito, embeleza a
cidade)
Algumas obras favorecem algumas pessoas do que outras
Na pratica é difícil sua cobrança em razão da dificuldade quanto ao cumprimento
dos requisitos da lei.
É competência da União.
Vai ser instituído por intermédio de Lei Complementar (não admite MP, Lei Ordinária).
O artigo 148 da Constituição Federal não diz qual é o Fato Gerador, apenas define as
situações fáticas em virtude das quais o Empréstimo Compulsório poderá ser criado
através da leitura dos incisos I e II.
23
1. Despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública,
2. Despesas extraordinárias decorrentes de guerra externa ou sua iminência.
Qual é o FG?
No Empréstimo Compulsório tenho o mesmo ente que cobra 2 tributos distintos sobre o
mesmo fato gerador.
Bis in idem
Bitributação: Dois (2) entes distintos que cobram dois (2) tributos distintos sobre o
mesmo FG.
FG – propriedade imóvel
Urbana Rural
(IPTU – Município) (ITR – União)
Obs: dúvida se o imóvel está na zona urbana ou rural e ambos os entes cobram.
24
O art. 15 CTN : Empréstimo Compulsório – elenca as hipóteses, todavia, o inciso III não
está contemplado, não foi recepcionado.
Exp. O Plano Collor não é Empréstimo Compulsório, baseado no art. 15, III, CTN
25
As contribuições podem ter a seguinte finalidade:
Competência: UNIÃO
Contribuições Sociais
Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico – CIDE
Contribuições de Interesse de categorias profissionais ou econômicas
(corporativas)
Exceção:
I) Contribuições Sociais
Trata-se de ferramenta utilizada pela União para atuar na área social. Temos as
contribuições para o custeio da seguridade social (art. 149/195 CF)
- previdência social;
- sistema público de saúde;
- assistência social.
26
De acordo com esse artigo, as contribuições para seguridade social poderão incidir
sobre várias bases econômicas. Vou listar os principais e apresentar os tributos que
foram instituídos para satisfazer a disposição constitucional.
Ainda nesse campo temos as Contribuições Sociais Gerais são aquelas destinadas a
custear atividades do poder público na área social, mas que não estejam destinadas à
seguridade social.
Como exemplo, podemos citar o salário-educação, que foi instituído com base no art.
212, § 5º da CF/88 e também as contribuições ao Sistema “S”, previstas no art. 240 da
CF. Estas últimas destinam-se ao custeio dos Serviços Sociais Autônomos (SESC,
SENAI, SEBRAE etc.).
Competência da União
27
b) Participação do Estado como agente interventor, quando atua como agente
normativo, disciplinador, como ocorre através das agências reguladoras e através
das CIDE, sendo uma intervenção indireta.
Assim, diferentemente dos impostos, cuja arrecadação, via de regra, não pode ser
vinculada, as CIDES são tributos de arrecadação vinculada, e é o próprio destino da
arrecadação que faz com que ela intervenha na economia, direcionando recursos
para setores específicos. Com efeito, se o Governo quiser estimular um setor da
economia, ele pode instituir uma CIDE, e utilizar os recursos arrecadados para fomentar
tal setor.
Nesse contexto, vimos que, assim como as contribuições sociais, as CIDEs não
incidirão sobre exportações, mas incidirão sobre as importações de produtos ou serviços
estrangeiros. Vimos também que suas alíquotas podem ser ad valorem ou específicas.
Com a Emenda Constitucional 42/2003 – (art. 149, § 2o., II) a CIDE-Combustíveis passa
a incidir sobre toda e qualquer importação de produtos estrangeiros ou serviços
originados no exterior e não mais sobre apenas combustíveis.
28
“§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às
atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e
seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos:
Exp. CIDE
Fatos Geradores
CONTRIBUINTES
Estados, deve repartir com os municípios 25% de sua parte na CIDE. (25% de 25 =
6,25% para os municípios)
29
b) Financiamento de projetos ambientais relacionados com a industria do petróleo e
gás
c) Ao financiamento de programas de infra-estrutura de transportes
Competência: UNIÃO
Todas elas serão utilizadas como instrumento (forma) de atuar nas respectivas áreas,
visando propiciar a organização desta categoria, fornecendo recursos financeiros para a
manutenção de entidade associativa.
Em primeiro lugar, o que vem a ser esses conselhos? São aquelas famosas autarquias
que regulamentam determinadas categorias profissionais, como o CREA, o CRC, o CRA
e o CRM, por exemplo. A previsão para que estas entidades existam está prevista no
art. 5º, XIII, da CF/88.
2. Contribuições Sindicais
30
Diante desse impedimento, o correto é que fosse utilizada parte da arrecadação
decorrentes dos impostos. Contudo, os municípios alegavam que não havia recursos
disponíveis para financiar este serviço. Por esse motivo, o legislador constituinte
derivado, por meio da Emenda Constitucional 39/2002, acrescentou o art. 149-A ao texto
constitucional. Tal dispositivo prevê a criação da Contribuição para o custeio do serviço
de iluminação pública (COSIP).
Três aspectos devem ser levados em conta, na leitura dos dispositivos supra citados:
Os entes políticos possuem competência tributária para instituir seus próprios tributos.
Lei federais, estaduais, distritais e municipais estão no mesmo patamar (plano). Todas
buscam seu fundamento na Constituição Federal, entre as leis tributárias não há vínculo
de subordinação, esta, existe apenas para com a CF.
CF
Elas se diferenciam pelo âmbito de incidência, mas isso não implica hierarquia.
Quanto à finalidade
1. Será fiscal quando visa objetivamente arrecadar, carrear recursos para os cofres
públicos.
Exp. IRPJ, IRPF, ICMS, IPVA, Taxas e Contribuições.
31
2. Será extrafiscal
3. Será parafiscal quando a lei tributária que criou o tributo nomeia outra pessoa para
ser sujeito ativo (capaz de cobrar os triubtos) e destina-lhe os recursos arrecadados.
Exp. Contribuições cobradas pelas autarquias responsáveis pela regulamentação
e fiscalização das atividades profissionais, como CRC e CRM.
a) Vinculados
São aqueles cujo fato gerador enseja por parte do Estado realizar uma atividade
específica ao contribuinte, de forma a justificar a cobrança do tributo.
Exp. Taxas e Contribuições de Melhoria
b) Não vinculados
São aqueles cujo fato gerador, não é necessário que o Estado desempenhe qualquer
atividade específica ao contribuinte para legitimar a cobrança. Foram criados para
custear os serviços gerais prestados pelo poder público como segurança e saúde.
Exp. Impostos
I) Indiretos
O vendedor é quem recolhe o tributo aos cofres públicos, contudo, quem efetivamente é
onerado pelo tributo são os consumidores. Então, temos o “Contribuinte de Direito”
(comerciante) que o transfere para o consumidor, “Contribuinte de Fato” o ônus
financeiro.
32
Exemplo: o IPI e o ICMS são impostos indiretos, uma vez que o consumidor final
é que, de fato, acaba por suportar a carga tributária, embora não seja designado
pela lei como contribuinte desses impostos.
II) Direto
A Constituição Federal não cria tributos, ela atribui poder as pessoas políticas para
que por intermédio de uma lei criem os tributos. Isso quer dizer que o exercício da
competência é próprio da pessoa política, essa pessoa política cria ou institui tributo,
portanto, no Brasil, a competência tributária é partilhada entre a União, Estados-
membros, o Distrito Federal e os Municípios, ou seja, teremos Lei Federal, Estadual,
Distrital e Municipal. A CF distribui competência tributária, ou seja, delimita os poderes
entre a União, Estados, Municípios e Distrito Federal, (entes políticos, com poderes
legislativos) na edição (elaboração) de leis que instituam (criam) tributos.
Conceito: é a atribuição que a Constituição Federal faz aos entes políticos para que
institua (crie) seus próprios tributos, descrevendo legislativamente, sua hipótese
de incidência, o sujeito ativo, o sujeito passivo, a base de calculo e a alíquota.
33
Competência tributária: envolve não só o poder de fiscalizar e cobrar tributos, mas
também o de legislar (criar) a respeito.
A CF não cria tributos, apenas outorga competência para que os entes políticos o façam
por meio de leis próprias.
Não pode delegar: não é possível ao ente político que recebeu a competência delega-la
a outro entre ou a outra entidade (artigo 7o)
Sendo indelegável, não se confunde com o poder de cobrar o tributo, isso pode ser
delegado, bem como a fiscalização, a administração dos recursos dos tributos podem
ser delegados.
34
* Indelegável (instituir) * Delegável (arrecadar, fiscalizar e
executar)
c) incaducavel (não caduca): essa característica garante ao ente político valer-se desse
poder de tributar quando desejar sem que tenha de se preocupar com seu prazo de
validade.
1. Competência Privativa
Refere-se a instituição de impostos, cada ente político possui uma competência privativa
sobre determinado conteúdo econômico (propriedade, renda, consumo, patrimônio).
b) Contribuições
b.1) União: poderá criar contribuições especiais previstas no art. 149, CR;
b.3) M e DF: podem criar contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública
(COSIP), essa é privativa (art. 149-A, CF
c) Empréstimos Compulsórios
c.1) UNIÃO, só ela e somente nas hipóteses do art. 148, CF, mediante LC.
2. Competência residual
É a competência que a União tem para instituir impostos (154, I) e contribuições sociais
(art. 195, § 4o.) previstos na CF.
35
Competência residual é quando a instituição de impostos não é realizada de forma
expressa na Lei Maior (CF).
Requisitos Constitucionais:
- LC
- FG
- BC novos
- Não-cumulatividade
3. Competência extraordinária
É a competência da União (art. 154, II) para instituir imposto em caso de guerra externa
ou sua iminência, ou seja, exige circunstância especial para seu uso.
Pode ser um novo imposto, ou já um existente, mesmo de competência de outro entre
federativo.
O CTN estabelece prazo máximo de 5 (cinco) anos da celebração da paz para cessar
sua cobrança.
4. Competência Comum
É a “competência” aos mesmos Fatos Geradores e com relação aos mesmos entes da
Federação, ou seja, é a competência para instituir tributos comuns a todos os entes da
Federação.
Exp. Todos os entes têm competência instituir a taxa e a contribuição de
melhoria (art. 145, II e III).
36
5. Competência Cumulativa
Ocorre quanto um ente federado acumula sua competência tributária própria com a de
outro ente de esfera de governo diversa. Sua previsão está no art. 147. Existem três
casos
III) Distrito Federal: os seus + impostos municipais: O Distrito Federal, por expressa
determinação constitucional (art. 32, caput) não pode ser dividido em municípios. O DF
acumula as atribuições estaduais (3 impostos) e, por conseguinte, os impostos próprios
dos municípios (3 impostos). Também é do DF a competência para instituir as taxas e
contribuições de melhoria de competência dos Estados e Municípios, a Contribuição
Previdenciária dos seus servidores e a contribuição de iluminação pública.
Normas constitucionais existem algumas que são regras e outras que são princípios,
essas são mais importante, pois não cumprir um princípio acarreta conseqüências mais
sérias para o mundo jurídico do que a desobediência a uma regra constitucional.
37
Princípios são fundamentos, diretrizes políticas, sociais e econômicas do
ordenamento jurídico de um país, prevalecem sobre todas as demais normas. É a
viga-mestra.
A norma que contrariar um princípio não tem validade por não ter fundamento jurídico,
ou seja, estas só têm validade se estiverem em estrita consonância com eles.
Princípios
Art. 5º, II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei;
38
Ele não é exclusivamente tributário
Ele se projeta para todos os ramos do direito
Vigora a universalidade da legislação (só se faz ou deixa de fazer alguma coisa
em virtude de lei)
Nenhum tributo será instituído, nem aumentado, a não ser por lei. A simples atualização
monetária, porém, não caracteriza a majoração (aumento). (art. 97, parágrafo 2 o, do
CTN).
* Ponto importante:
Não pode ser fontes acessórias como decreto, portaria, instrução normativa.
fato gerador
base de cálculo
alíquota
sujeitos
39
acordo entre os estados e DF. Este acordo gera o CONVENIO, e tem aplicação em
alguns casos, em especial no ICMS COMBUSTÍVEIS.
podem ser majorados por meio de ato do Poder Executivo, ou seja, por
meio de Decreto (153, parágrafo 1o, da CF).
O II, IE, IPI e IOF chamados de Impostos Extrafiscal, eles não tem por objetivo a
arrecadação.
Exp. IPI redução da alíquota no ramo de automóveis, construção civil,
eletrodomésticos.
Características:
Regra: só produzira efeitos no exercício seguinte se for convertida em lei até o ultimo dia
daquele que foi editada. Assim, sua utilização é lícita.
Exceção:
II, IE, IPI e IOF e os Impostos Extraordinários de Guerra (arts. 153, I, II, IV, V e 154, II
CF)
40
3) Princípio da Irretroatividade (art. 150, III, “a”)
Os fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que houver instituído ou
aumentado os tributos (estabelecida a hipótese de incidência ou alíquota maior) não
acarretam obrigações. A lei nova não se aplica a fatos geradores já consumados (art.
105, CTN).
A lei aplica-se aos fatos que se realizam após sua entra em vigor, não pode retroagir
para alcançar fatos já ocorridos na vigência de lei anterior.
Em direito tributário quando um tributo é criado ou aumentado, ele jamais terá eficácia
para o passado.
4) Princípio da Anterioridade
- Ele estabelece uma vacatio legis (período de adaptação) para o Direito Tributário.
- A lei que cria ou majora o tributo deve observar o prazo para iniciar a produção de
efeitos da lei tributária.
41
- Vedado as pessoas políticas (União, aos Estados, ao DF e aos Municípios) cobrar
tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou (150, III, b)
A lei tributária que cria ou majore o tributo ao entrar em vigor, fica com sua eficácia
paralisada até o início do próximo exercício financeiro, quando incidirá.
Dessa forma, o princípio, estabelece o prazo para a produção de efeitos da lei tributária
(elementos)
Art. 195, § 6º. - para as Contribuições Previdenciárias a vacatio legis só produz efeitos
depois de 90 dias.
Sem prejuízo da anterioridade comum, muitos tributos não podem ser cobrados antes de
decorridos 90 dias em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, é a
chamada anterioridade nonagesimal.
Exp. Tem uma lei que altera alíquota da COFINS de 2% para 3%. Conta-se da
publicação da lei que o instituiu ou aumentou.
10/11/05 09/02/06
I____________90 dias corridos____________________________I
Hipóteses:
Ago/08 01/01/09
42
I__________________________I
Assim a regra é: entre a publicação e data dos efeitos deve haver um intervalo mínimo
de 90 dias.
A aplicação dos impostos “sempre que possível” decorre do entendimento de que todos
os impostos incidem sobre alguma manifestação de riqueza do contribuinte como:
- caráter pessoal
- graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte
- respeitados direitos individuais, pode Administração Tributária identificar o
patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do sujeito passivo.
43
- legislador ordinário é o destinatário da Capacidade Contributiva ele deve observar
o principio ao instituir um imposto.
2a. parte – capacidade econômica do contribuinte, aplica-se apenas aos impostos e não
a todos os Tributos
1o.) Proporcionalidade
2º.) A progressividade de alíquotas
1. Tributação Proporcional
44
R$ 1.000,00 x ICMS (18%) = 180,00
Temos uma Base de Calculo variável x Alíquota Fixa: se eu comprar uma caneta 10x +
barata, eu pago 10 x a menos imposto. Se eu comprar uma caneta 10 x + cara, eu pago
um imposto 10x + caro.
Quem compra uma caneta de R$ 100,00, tem menos (-) riqueza do que quem compra
caneta de 1.000. A capacidade contributiva é maior (>) de quem compra caneta + cara e
a tributação será maior.
Porém, pode ser que uma pessoa nem tem tanto dinheiro ($) e quer comprar um sabão
em pó + caro. Nesse momento, essa pessoa demonstra riqueza. O contrário também
pode acontecer, um rico pode ser mão de vaca e comprar sabão em pó + barato. Ele
demonstra menos (-) riqueza.
2) Tributação Progressiva
BC ALIQUOTA
Exemplo: IR
Alíquota progressiva pode ser utilizada também com um objetivo diferente da graduação
de riqueza.
Critica:
1. ICMS não respeita, pois quem paga é o consumidor final, seja ele rico ou pobre. Vai
pagar sobre uma mercadoria 18%.
45
b. Tributos indiretos incidem sobre a produção e a venda de bens ou serviços
e são repercutidos no preço, ou seja, são calculados e repassados para o preço final.
Objetivos: 1a e 2a parte.
Exp. De Identificação: quebra do sigilo bancário (LC 105/01) com base no art. 145,
§1o, parte final.
Todos são iguais perante a lei, de modo que a tributação deve alcançar todos os
contribuintes. Para atingir a igualdade em matéria tributária, os contribuintes que se
encontrem em situação de equivalência serão tratados igualmente e os que estiverem
em situação diferente serão tratados desigualmente, na medida de suas desigualdades.
Tem-se a idéia que todos são iguais perante a lei. Além disso, os impostos devem ter
caráter pessoal e ser graduados de acordo com a capacidade econômica do
contribuinte.
Alíquotas diferenciadas por exemplo “Imposto de Renda” representam uma das formas
de se efetivar esse principio, pois distribuem de forma proporcional os ônus de prover as
necessidades da coletividade.
Art. 150, II – CF
Art. 150, II (... é VEDADO) instituir tratamento desigual entre contribuintes que se
encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação
46
profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica
dos rendimentos, títulos ou direitos;
Não quer dizer que todas as pessoas terão que ter idêntico tratamento do fisco, mas,
apenas as pessoas em situação jurídica idêntica devem ser tratadas de maneira
isonômica.
Acepção horizontal
- refere-se as pessoas que estão niveladas na mesma situação e que, portanto, devem
ser tratadas da mesma forma.
Exp. Pessoas com o mesmo rendimento e as mesmas despesas devem pagar o
mesmo IR.
Acepção vertical
Obs: pessoas com mesmo rendimento (R$ 5.000) sendo uma solteira e a outra casada,
pode incidir tratamentos diferentes. No caso do IR vai ocorrer através das deduções.
Exp. Se há diferença entre o numero de filhos, despesas com saúde, educação,
previdência.
LC define:
a) o que é tributo
b) espécies tributárias
c) fatos gerados dos tributos
d) créditos tributários
e) decadência
f) prescrição
O CTN foi recepcionado como Lei Complementar, cabendo a ele definir as normas
gerais em matéria tributária.
47
A CF diz no artigo 148 que cabe a LC instituir os empréstimos compulsórios e no artigo
154, cabe a LC instituir novos impostos não previstos no artigo 153, desde que:
- não sejam cumulativos.
- Não tenham fato gerador ou base de calculo próprios dos impostos discriminados
na CF.
d. Principio Republicano
Art. 1º.
e. Princípio Federativo
Consiste:
- Autonomia aos Estados-Membros para legislar sobre a criação de impostos que lhe
são conferidos na repartição exaustiva da competência tributária.
b) Imunidade Tributária
Significa que cada ente federativo pode instituir seus tributos, através de suas casas
legislativas. (Poder Legislativo)
Exp. União tem competência tributária para criar o IR.
Competência Tributária
48
Imunidade é uma limitação ao poder de tributar previsto na CF.
IMUNIDADE
Resposta.
a) Se a imunidade tiver por objetivo realizar uma Clausula Pétrea, não pode ser
revogada.
Exp. Imunidade dos Templos (visa realizar a liberdade religiosa)
O art. 150, VI, CF, traz hipóteses de imunidade: É vedado União, Estados, DF e
Municípios
a) sobre: patrimônio, renda ou serviços uns dos outros. Aqui são as “pessoas
que são beneficiadas”.
49
Agora, se tal veiculo é vendido a um particular, automaticamente passa a ser sujeito ao
IPVA, o que demonstra que não é o bem que é imune, mas sim a pessoa que é sua
proprietária.
A imunidade se dá com relação aos impostos, não impedindo que um Município institua
taxa pela coleta domiciliar de lixo, cobrando-a, também, pelo serviço prestado nas
repartições públicas federais e estaduais localizadas em seu territorio.
1a. discussão – É necessária a delimitação dos FG que são atingidos por essa
imunidade, pois é possível haver imposto não abrangido pelo FG (patrimônio, renda ou
serviço).
Exp. IOF
Nesse caso a União queria tributar os Municípios por ½ do IOF e essa discussão foi para
o STF, que disse que a União não podia tributar imposto sobre o Município (RE 192.888)
– a imunidade aplica-se a TODOS OS IMPOSTOS.
A diferença que aos entes políticos é permitido não estar vinculado a sua necessidade.
Exp. Uniao instalar um campo de golfe, não perdera a imunidade. Já o INSS
se fizer terá afastada a imunidade.
Exp. Fundações
- (CNPq) Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico)
- (IBGE) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
- (FUNASA) Fundação Nacional de Saúde
50
Resposta: art. 150, §2o., CF (§ 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às
autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere
ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às
delas decorrentes).
* se funcionarem como agentes públicos (prestando serviços públicos fora da lógica dos
empreendimentos privados) haverá imunidade tributária recíproca.
Não haverá cobrança de impostos sobre patrimônio, renda ou serviços desde que
relacionados com as finalidades essenciais (art. 150, §4o., CF)
Isso se dá tanto aos partidos políticos como também às fundações por ele mantidas em
virtude do Estado Democrático de Direito que assegura o pluralismo político, ao evitar
que o Estado abuse do Poder de Tributar como pretexto para subjugar partidos políticos
cujas concepções contrariem aquelas dotadas por quem esteja no exercício do poder.
As atividades dessas instituições não poderão ser direcionadas com o objetivo de atingir
lucro, mas isso não significa que ela não possa ter lucro. O que não pode acontecer, sob
pena de configuração de finalidade lucrativa, é a distribuição de excedentes entre os
sócios, diretores, gerentes ou quaisquer outras pessoas.
51
Ela não poderá distribuir esse lucro, terá que pegar esse $ e reaplicar na instituição
conforme o artigo 14 CTN.
Além dessa imunidade relacionada aos impostos, o art. 195, §7o.,CF, também prevê
imunidade às contribuições previdenciárias.
* o artigo 195, §7o. fala em “isenção”, mas na verdade se trata de IMUNIDADE. Porque
isenção é a dispensa do pagamento do tributo autorizada pela LEI. Toda vez que a CF
dispensa o pagamento, será IMUNIDADE.
CF – Imunidade
Lei – Isenção
Se a entidade deixar de cumprir esses requisitos, ela perde a imunidade. Quem fiscaliza
é a Receita Federal.
Essa LC que tratará de imunidade será NACIONAL, ou seja, abrangerá todos os entes
não é possível L.O.
Obs: abrangência
O fato de a entidade utilizar seu patrimônio em atividade que gere renda e, a rigor,
não se enquadrar nas suas finalidades essenciais, não afasta a imunidade, desde
que os recursos obtidos sejam destinados a tais finalidades essenciais.
1a. discussão – O ICMS exigido no caso de venda de mercadorias para uma dessas
instituições.
*icms B
A
52
contrib. de direito contrib. de fato
(realiza o FG) (que efetivamente paga o ICMS)
Entretanto, a fazenda estadual começou a dizer que essa entidade deve pagar sim o
ICMS, pois de todo modo, ele é repassado para o próximo da cadeia e o ônus financeiro
seria transferido, ocasionando que na prática, teria o mesmo efeito da imunidade para
essa entidades. O assunto foi para o STF, questionando bens que tenham sido
produzidos por essas entidades, mas que se aplicam a todo o comércio.
STF diz que o ICMS não é devido: “o argumento econômico não basta” (Embargos
Divergência RE 186.175/2006)
Exp. Inverso.
O supermercado paga ICMS e repassa no preço de produtos que serão comprados pela
entidade de assistência social.
Esse ICMS pode ser repassado para essa entidade, ela deve arcar com ônus financeiro
ou ofende a imunidade?
Seguindo a lógica do STF, não ofende a imunidade, porque se ele tivesse dado causa
ao FG (fosse contribuinte de direito), teria imunidade, mas sendo contribuinte de fato,
deve pagar o ICMS.
Loca o bem a 3o. (que exerce atividade comercial), que paga $ pela
locação.
53
desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de
tais entidades”.
Nesse caso está imune? Para Administração Tributária pouco importa, as convenções
particulares (art. 123) não podem ser opostas ao Poder Público. Assim não estaria
imune.
Pode ser entidade de previdência privada fechada, exp. Funcionários da C&A sob o
argumento de que sua existência seria com a finalidade assistencial. Para o STF elas
podem ser imunes desde que não haja contribuições dos beneficiários (Sum. 730 STF).
Ela tem que ser autruísta e deve observar os requisitos do art. 14, do CTN.
Essa imunidade visa baratear o acesso à cultura e, por facilitar a livre manifestação do
pensamento, a liberdade de atividade intelectual, artística e científica e da comunicação
e o acesso à informação, todos direitos e garantias individuais constitucionalmente
protegidos.
Ela gira em torno do conteúdo desses. O conteúdo deve estar vinculado a cultura,
educação, conhecimento?
A Fazenda Tributária tentou sustentar essa tese, mas foi vencida no STF, pois cultura
tem sentido amplo e subjetivo.
54
Outro caso – alguns álbuns de figurinha também persiste a imunidade – RE 221.239
STF
Agora não há imunidade dos insumos como: tinta para impressão, barbante e cola que
são inseridos no livro.
STF decidiu sobre a imunidade dos “filmes e papes fotográficos” Sumula 657 – STF
Exp. Revista Veja (folha brilhante da capa) isso é filme é papel fotográfico. Seria
uma extensão do próprio periódico e não outra classificação ou extensão dos insumos.
Obrigação Tributária
Diante de uma descrição em tese, feita pela lei, de um fato ou situação é que
poderá surgir a obrigação tributária (nasce o dever de pagar o tributo).
55
Elementos do Tributo (Lei)
Hipótese de Incidência
Sujeito ativo
Sujeito passivo
Base de Calculo
Alíquota
A quantia a ser paga a titulo de tributo, na maioria das vezes, não está diretamente
prevista na lei, eis que depende de cálculo que a apure. Esse cálculo, em regra, é
expresso pela combinação de duas grandezas que são:
A base de calculo poderá ser expressa em dinheiro, ou qualquer outra grandeza (m3,
tonelada, litro)
HI – obter rendimentos
BC – renda liquida obtida
Aliquota – 0%, 15%, 27,5%
56
Exp. IPTU – é o valor venal do imóvel, valor que o bem alcançaria em uma venda à
vista.
Aliquota fixa – esta possui valor indicado diretamente na lei em unidade monetária
Exp. Fato Geradaor da Taxa “A”, o contribuinte terá que pagar R$ 100,00
Até R$ - isento
De X até XX – 15%
Acima de YY – 27,5%
a) PESSOAL
57
- Imposto: é a pessoa que realiza o fato gerador
- Contribuição de melhoria: aquele cujo imóvel foi beneficiado por uma obra pública.
b) TEMPORAL
Cada Pessoa Política possui seu território, uma lei tributaria terá incidência o aspecto
territorial.
É a indicação do lugar da ocorrência do fato gerador e está relacionado com a
territorialidade da lei. (lei nacional, estadual/distrital ou municipal)
É através do aspecto espacial que identificamos o lugar da realização da prática do fato
gerador.
d) MATERIAL
e) QUANTITATIVO
É a ocorrência do fato que já era previsto na norma e que torna apto a gerar uma
obrigação tributária.
É o fato ocorrido em virtude do qual eu pago o tributo, é o fato que uma vez
realizado gera a obrigação de pagar o tributo.
É a concretização da hipótese
58
A lei descreve um fato (HI) e atribui a este, o efeito de criar uma relação entre
alguém (sujeito passivo) e o Estado (sujeito ativo).
Exp.
Imposto de Renda (ter renda)
prestar serviços (ISS)
fazer circular mercadorias (ICMS)
Art. 114, do CTN – Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como
necessária e suficiente à sua ocorrência.
Espécies:
I) Abstrato: hipótese de incidência prevista na lei abstrata e não faz gerar por si
só a Obrigação Tributária, traz apenas a previsão.
II) Concreto: fato ou situação concreta que ocorrendo faz surgir a O.T. (decorre
da lei)
Nascimento da O.T
A base de calculo deve ser definida em lei complementar (art.146,CF). Sua alteração
está sujeita aos princípios da legalidade, da anterioridade e da irretroatividade.
A lei complementar deve definir com muita clareza os critérios para determinação da
base de calculo.
59
Exp. Imposto de Renda – 15% ou 27,5 sobre a renda
Exp. IPTU – é o valor venal do imóvel, valor que o bem alcançaria em uma venda
à vista.
FG da Obrigação Principal
a) tributo
b) penalidade (juros e multa)
Obs: Pagamento em dinheiro ($), hoje é permitido efetuar o pagamento através de bens
imóveis (não é pacífico esse entendimento).
É quando diante da ocorrência de um fato gerador nos termos da lei determina ao sujeito
passivo o cumprimento de um dever (obrigação tributária), nesse caso, de natureza
pecuniária (patrimonial), isto é, pagar um tributo. (art. 114, CTN)
Aqui poderíamos dizer que a obrigação é de dar dinheiro, ou seja, um dever jurídico
do sujeito passivo pagar o tributo.
c) necessária – sem a situação prevista em lei não surge a obrigação tributária, para
existir, é indispensável a ocorrência da situação prevista em lei.
60
O contribuinte dá a administração instrumentos para que ela fiscalize o adequado
recolhimento de tributos.
Pessoa que quer abrir uma empresa – nasce o dever de requerer inscrição nos
cadastros fiscais dos respectivos orgãos (Jucesp, Secretaria da Fazenda - Posto Fiscal,
Pref. Municipal e Vigilância Sanitária).
É uma situação de fato que, nos termos da legislação tributária, faz nascer uma
obrigação acessória.
Exp. Pessoa que tem estabelecimento empresarial faz nascer obrigações acessórias:
São todas as normas que disciplinam o direito tributário (Lei, Norma, Instrução
Normativa)
61
Características:
- obrigação de fazer
- não fazer
Exp. Para o fiscal impor a multa com a lavratura do Auto de Infração (AI), deve haver
uma previsão legal de que o descumprimento é uma INFRAÇÃO.
1. Sujeito Ativo
Aquele que tem o direito subjetivo de lançar, de cobrar, de arrecadar o tributo. O sujeito
ativo é, normalmente, uma pessoa política, aquela que cria em abstrato o tributo (quase
sempre). Normalmente a mesma pessoa que exerce a competência tributária (aptidão
para criar tributos) também tem a capacidade tributária (aptidão para cobrar o tributo).
Sujeito ativo da O.T. (principal ou acessória) é a pessoa jurídica de direito público titular
da competência para exigir o seu cumprimento.
Devedor: S. Passivo aquele que tem o dever de cumprir (fazer ou não fazer)
O.T.Principal SP contribuinte
62
SP responsável
2o.) Pode ele não realizar o FG e ser um terceiro eleito pela Lei como aquela PF/PJ que
tem o dever ?. Resposta: SIM (responsável)
Características gerais:
O art. 126 CTN trata da capacidade tributária passiva, aqui o objeto é o sujeito passivo.
Contribuinte: aquele que tem relação direta com a situação que constitua o fato
gerador.
Responsável:
Mesmo sem revestir a condição de contribuinte, mesmo sem realizar o fato gerador, é
eleito por lei como responsável da obrigação tributaria, pode ser uma PF ou PJ que
venha a ter esse dever.
não é contribuinte
63
sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorre de disposição
expressa em lei.
não é contribuinte mas tem o dever de pagar o tributo, este dever deve estar
estabelecido (criado) em lei.
ele é o terceiro responsável pelo pagamento vinculado ao fato gerador.
a lei atribui o dever patrimonial a um 3o.,
este não realiza o FG mas está vinculado ao FG da respectiva obrigação.
Exp. IRRF (Imposto de renda retido na fonte) Empregador faz o desconto e repassa
para a Receita Federal, o empregador está vinculado ao pagamento do IR.
Esses sujeitos passivos são devedores no mesmo pé de igualdade, cada um deles tem
que pagar o tributo.
Elementos:
b.1) pode ocorrer por uma situação de fato (pessoas que tenham interesse comum na
situação que constitua o fato gerador da obrigação principal)
64
Efeitos da solidariedade (Art. 125)
Quem dirá quem deve pagar primeiro (1º.) é a lei. A lei vai dizer quem deve pagar o
tributo. Não pode ser alterada por acordo entre as partes.
Exp.
Aqui o CTN permite ao ente federado criar, nas hipóteses que julgar conveniente essa
responsabilidade.
65
É necessário que a Lei que imputa essa responsabilidade seja anterior e pré-estabeleça
que determinada pessoa está vinculada ao fato gerador receba esse ônus.
É aquela que nasce antes mesmo de ocorrer o fato gerador concreto do tributo.
O FG nem ocorreu e já existe alguém que deve pagar o tributo.
A lei pode atribuir ao sujeito passivo da obrigação tributária a condição de substituto e
responsável pelo pagamento do imposto ou contribuição.
Lei pode estabelecer que os produtores de determinados bens fixem o preço de venda
ao consumidor final, nele incluindo os impostos ou contribuições sobre esse preço, já na
saída do bem do estabelecimento do produtor.
Vem sendo adotada para recolhimento antecipado do ICMS, IPI, PIS e COFINS em
diversas atividades econômicas.
Crédito Tributário
66
sobrevém a lei, que descreve o tipo tributável;
o sujeito passivo pratica um fato gerador tributável; neste instante nasce a
obrigação tributária, em que ele é o devedor de um tributo que, no momento, é
representando por um montante ilíquido;
sobrevém o lançamento, cujo procedimento administrativo converte a obrigação
tributária em credito tributário.
Se pago, extingue-se o credito tributário. Se não pago, o credito será levado a
registro no Livro da Divida Ativa, extaindo-se certidão para a propositura de ação
de execução fiscal.
Quando o código Tributário, no artigo 139, diz que "o crédito tributário decorre da
obrigação principal e tem a mesma natureza desta", isto significa que somente pode
existir crédito a partir de uma obrigação tributária principal que o anteceda e justifique,
sendo o crédito o seu retrato perfeito, exato.
Constituição do crédito
Todo credor tem o direito de receber uma obrigação, todavia deve possuir provas, estas
podem ser comprovadas através:
- um título
- documento
67
obrigação tributária, determinar a matéria tributária ou apontar o montante do
crédito, e aplicar se for o caso, a penalidade cabível (art. 142).
Aspectos Gerais:
68
Exp. IPTU, cabe a Sec de Finanças verificar a legislação aplicável ao fato gerador
do IPTU.
Exp. Verifica a legislação do IPTU qual é a BC (valor venal) e a alíquota aplicável (que
pode variar em função desse valor venal)
Lançamento:
- declara a ocorrência do FG
- constitui o CT ou RJT, com indicação do S.Passivo/S.Ativo, montante do tributo
- é atividade obrigatória
- Retroage a data do fato jurídico, impõe obrigação tributária desde a data do fato
gerador, retroagindo no tempo, será regido pela lei vigente à época da ocorrência do fato
gerador, não sofrendo qualquer alteração em virtude de modificação ou revogação
dessa lei (efeito temporal do lançamento)
OBS: art. 144, CTN “o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da
obrigação tributaria e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente revogada
ou modificada”.
69
Significa dizer que, a lei aplicável é a do momento em que se caracterizou o FG. e não a
lei vigente no momento do lançamento (independente da alíquota ter baixado).
HI OFG OT(vinc jur) Partic (SP) sujeita-se a ter contra ele feito um
Lançamento
Identificar o sujeito passivo, com o fito de possibilitar que contra este seja feita a
cobrança do tributo ou da penalidade.
Características
a) Ato declaratório: é um ato que declara a existência de uma relação jurídica entre
o Estado e o particular. Eles tem presunção de validade e certeza, por isso
mesmo é dotado de executoriedade. Quer dizer que até prova em contrário,
entende-se que o lançamento foi efetuado de acordo com a lei. Isso não quer
dizer que o ato não possa ser contestado.
70
b) Reporta-se à ocorrência do fato gerador: estabelece ser o lançamento tributário
um ato retroativo, isto é, praticado de acordo com a legislação em vigor na data
em que ocorreu o fato gerador.
Momento:
Aplica a lei vigente a época do FG (art. 144). Para a multa aplica o art. 106, II, C, (CTN)
NOTIFICAÇAO:
São casos em que a autoridade fiscal utilizar-se-á dos dados que dispõe a respeito do
sujeito passivo, identificando-o, declarando a ocorrência do fato gerador da obrigação
correspondente, determinando a matéria tributável, calculando o montante do tributo
devido e sendo o caso, aplicando a penalidade cabível.
71
Todos os atos do procedimento de lançamento são realizados no âmbito da
administração pela autoridade designada competente para tanto. (art. 149, CTN)
A retificação da declaração só poderá ser feita entre o seu lançamento pela autoridade e
a notificação ao contribuinte. O lançamento por declaração é utilizado em impostos de
transmissão.
72
3) Lançamento por homologação: é aquele feito quanto aos tributos cuja legislação
atribua ao sujeito passivo o dever de calcular o tributo e antecipar o seu pagamento
sem prévio exame da autoridade administrativa. Ex. COFINS, PIS, IRRF, ICMS.
Pergunta:
________________________________________
FG pgto
Antecipado errado (gera exigência)
73
Pagto errado – a exigência como? prazo?
Para responder a essa perguntas, teremos que observar a atividade do sujeito passivo.
Há 2 situações de atividade do sujeito passivo no lançamento por homologação:
74
Constituição do Crédito Tributário tem como principal efeito tornar liquida,
certa e exigível a obrigação já existente.
a) Cobrança
b) Não afasta o cumprimento das obrigações acessórias
a) MORATÓRIA
Aspectos gerais
Exp. União – em razão de crise econômica, editar lei dilatando por um mês os prazos
para pagamento da COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social)
75
A concessão da moratória individual não gera direito adquirido, podendo ser revogada
de oficio quando apurado que o beneficiário: Não satisfazia ou deixou de satisfazer as
condições; não cumpriu ou deixou de cumprir os requisitos. Nestes casos, será cobrado
o crédito e mais juros de mora, e a revogação só pode ocorrer antes da prescrição. Se
for caso de dolo ou simulação ainda haverá penalidade e não será computada a
prescrição se a revogação não ocorrer até esse prazo (art. 155, I, II e parágrafo único do
CTN).
Exp. Excepcionais temperaturas elevadas na Serra Gaucha fizeram com que parte das
videiras brotasse no inverno, sendo posteriormente dizimadas por uma friagem de
primavera, gerando elevados prejuízos aos produtores de vinho.
É uma faculdade do sujeito passivo, que pretende discutir o débito, com o objetivo de
suspender a exigibilidade do crédito tributário, pela via administrativa ou judicial, no
intuito de se precaver, caso ocorra um revés na ação promovida.
76
No final do litígio, se for dado razão ao depositante o SP levantará o depósito
(integral ou parcialmente)
Se for julgado pela procedência do lançamento (contribuinte perder), o valor
depositado será convertido em renda (destinado definitivamente aos cofres
públicos).
O depósito deve ser do montante exigido pela Fazenda Pública (incluído juros e
multas) Exp. SP entende q deve 100, mas a fazenda lhe exige 200, deve
depositar os 200 e discutir o correto valor.
d) Parcelamento
O parcelamento deve ser concedido por meio de lei específica (art. 155- A
do CTN). “Salvo disposição em contrária o parcelamento do crédito tributário não exclui
a incidência de juros e multas” (art. 155-A §1º do CTN). “Aplica-se, subsidiariamente ao
parcelamento as disposições desta lei, relativas à moratória” (art. 150-A, §2º do CTN).
77
O parcelamento é corriqueira medida de política fiscal.
78
Tempo do pagamento: o pagamento é definido na legislação própria, mas se nada
dispuser, o prazo é de 30 dias depois da data em que se considera o sujeito passivo
notificado do lançamento. (art, 160)
Nos termos do art. 161 do CTN, o débito não pago no vencimento é acrescido de juros,
sem prejuízo da aplicação da penalidade cabível (multa).
Para cobrança dos tributos federais, aplica-se a SELIC, índice que abrange juros e
correção monetária. Na ausência de lei específica, aplicar-se-ia, supletivamente o § 1º,
art. 161, que é de 1% ao mês.
Obs.
não basta pagar só a multa, pois tal pagamento não quer dizer que adimpliu a
OTP de pagar o tributo.
A multa não se compensa com o pagamento do tributo.
O tributo deve ser pago com o acréscimo da multa moratória.
Esse pagamento é realizado em pecúnia (dinheiro, cheque)
O pagamento de uma parcela não se presume o pagamento de outras.
79
1º os débitos por obrigação própria; 2º os decorrentes de responsabilidade
tributária (art. 163, I do CTN).
COMPENSAÇÃO
SP tem que recolher tributo no valor superior ao devido (era 1000 e pagou 1500) aqui há
um crédito de 500.
80
confronto entre créditos e débitos, evitando-se a desnecessária multiplicação de
providencias administrativas e demandas judiciais.
Efeitos:
“A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada
caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários
com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a
Fazenda Pública” (art. 170 do CTN).
As partes devem ser as mesmas e seus créditos devem ser líquidos e certos.
Embora a compensação não possa ser deferida por medida liminar, pode ser pleiteada
em mandado de segurança (súmula 213 do STJ).
Não é possível utilizar crédito cuja existência está em controvérsia judicial para fins de
compensação tributária. “É vedada a compensação mediante o aproveitamento do
tributo, objeto de contestação pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da
respectiva decisão” (art. 170-A do CTN).
81
Transação é o negócio jurídico em que as partes, mediante concessões mútuas,
extinguem obrigações, prevenindo ou terminando litígios.
É um acordo.
É permitido por intermédio de LEI. Esta vai definir os critérios, a vontade do Estado é
manifestada pela lei.
Por meio de lei: A Fazenda Pública não pode perdoar débitos tributários sem respaldo
na lei, em razão da indisponibilidade do interesse público.
Somente lei específica da pessoa política competente para instituir o tributo (lei
remissiva) pode conceder remissão ao crédito tributário. “Qualquer subsídio, isenção,
redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão,
relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei
específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima
enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no
artigo 155, §2º, XII, “g”” (art. 150, §6º da CF). Com relação ao ICMS cabe a lei
complementar regular a forma como, mediante liberação dos Estados e Distrito Federal,
isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
82
direito adquirido, assim a remissão pode ser revogada de ofício, conforme o artigo 155
do CTN.
Alguns direitos potestativos tem prazo para serem exercido outros não.
Igualmente, alguns direitos potestativos exigem homologação do Estado, outros
não.
DECADÊNCIA
O que é Decadência? É a perda de um direito que não foi exercido pelo titular no prazo
contemplado em lei. Ela extingue direitos potestativos (invioláveis), ou seja, dá fim a um
direito, extingue a obrigação, não permitindo à Fazenda Pública que eternize o direito de
constituir o crédito tributário. Desaparece o próprio direito e com ele a ação que viabiliza.
Se o Fisco não o faz o lançamento no prazo para apurar ou determinar o crédito, ter-se-
á o instituto da decadência.
A decadência é:
a perda do direito de lançar. (direito potestativo)
É a perda do próprio direito de constituir o crédito tributário
83
Termo inicial do prazo decadencial:
Tributos Prazo
Direto ou de ofício e por declaração 5 anos, contados do 1o. dia seguinte
àquele em que o lançamento poderia ter
sido efetuado.
Da data em que fora anulado por vício
formal o lançamento anteriormente
realizado (art. 173, II do CTN). A
Fazenda Pública tem um prazo de 5
anos para anulá-lo e mais 5 anos para
lançá-lo a contar da anulação. Tal
oportunidade só se abre uma vez.
Da tomada de qualquer providência
administrativa conducente ao
lançamento (art. 173, parágrafo único do
CTN): Tal providência só pode ser
tomada durante o exercício em que o
lançamento teria que ser realizado. Ex:
notificação do contribuinte para prestar
declarações necessárias ao
lançamento. Na prática, esta hipótese é
absorvida pela primeira.
Homologação 5 anos, contados da data do fato
gerador, salvo se comprovada a
ocorrência de dolo, fraude ou simulação.
Prescrição
O que é prescrição?
Aqui o lançamento foi efetuado, cabe à Fazenda Pública propor a Ação de Execução,
visando à satisfação do crédito tributário.
84
Pressupostos:
Contagem:
A prescrição interrompe-se:
IV) por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe em
reconhecimento do débito pelo devedor.
- Ex: Carta do contribuinte à Autoridade Fazendária; Pedido de parcelamento do
débito.
OBS:
85
Conversão do Depósito em Renda – quando o sujeito passivo perde ou desiste da
ação em que efetuou depósito judicial em garantia. Esse depósito é revertido para a
fazenda pública.
Decisão Administrativa – tem que ser irreformável e que não mais possa ser objeto de
ação anulatória. Ocorre quando o próprio órgão administrativo reconhece o direito do
contribuinte.
Tal exclusão não dispensa o sujeito passivo das obrigações tributárias acessórias,
mesmo as pessoas isentas continuam sujeitas à fiscalização e aos deveres formais que
a instrumentalizam.
Isenção
86
A lei vai definir suas condições, requisitos e abrangência. Nesse caso vai delimitar a
determinado tributo em particular. Como também pode isentar determinadas pessoas ou
operações dos tributos de competência do respectivo ente político.
- a isenção onerosa concedida por prazo certo, ou seja, isenção temporária concedida
mediante o cumprimento de condições que exijam do contribuinte determinada ações
concretas como: a realização de investimentos, a manutenção de determinado numero
de empregados, não poderá o legislador suprimi-la relativamente aos contribuintes que
já tenham cumprido as condições, portanto, eles têm direito adquirido.
A isenção, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por
despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faça
prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei
ou contrato para concessão. Tratando-se de tributo lançado por período certo de tempo,
o despacho mencionado será renovado antes da expiração de cada período, cessando
automaticamente os seus efeitos a partir do primeiro dia do período para o qual o
interessado deixar de promover a continuidade do reconhecimento da isenção. O
despacho não gera direito adquirido. Ademais, aplica-se, à revogação das isenções
concedidas em caráter individual, idêntico tratamento concedido à revogação da
moratória.
Anistia
Obs: Não se confunde com a remissão, ou seja, com a extinção do crédito que
alcança o próprio tributo devido.
87
A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à
vigência da lei que a concede, não se aplicando:
a) aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem
essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo
ou por terceiro em benefício daquele e
a) em caráter geral e
b) limitadamente:
b.4) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder, ou
cuja fixação seja atribuída pela mesma lei à autoridade administrativa.
Aspectos gerais
A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias
dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela conseqüente.
88