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Limitações ao Direito de propriedade - Intervenção na Propriedade

Introdução
Neste trabalho iremos abordar sobre limitação administrativa, servidão
administrativa, requisição administrativa, ocupação temporária e tombamento.
Os temas tem em comum abordar sobre propriedade e bens públicos.
O direito de propriedade é um direito individual que assegura a seu titular uma
série de poderes cujo conteúdo constitui objeto de direito civil. 
Ação restritiva considera modalidade de intervenção restritiva: a servidão
administrativa, a requisição, a ocupação temporária, as limitações
administrativas e o tombamento. A Intervenção restritiva é aquela na qual o
Estado impõe restrições e condições ao uso da propriedade sem retirá-la de
seu dono.
Intervenção supressiva, ao contrário da restritiva, é aquela na qual o Estado,
transfere a propriedade de um bem de terceiro para si.

 Limitação administrativa: o Poder Público, através de ato normativo,


geral e abstrato, condiciona o uso e gozo da propriedade e o exercício
da atividade privada ao atendimento do interesse público, tem como
norte a adequação da propriedade e da atividade privada ao interesse
público que será concretizado, entre outros, através da legislação
urbanística, da legislação ambiental, da legislação tributária e da
legislação administrativa,  a limitação administrativa à liberdade e à
propriedade não se confunde com o poder de polícia, em que pese ter
igual fundamento na compatibilização do interesse privado à
observância do interesse público.
Características, trata-se de ato geral e abstrato, tem por finalidade
condicionar os poderes inerentes a propriedade e/ou o exercício da
atividade privada à observância do interesse público, tem caráter
definitivo, distanciando de outras figuras da intervenção, a exemplo, da
requisição e da ocupação temporária, por limitar a propriedade ou a
atividade privada (liberdade) deve ser instituída através da lei; d) em
vista da generalidade não gera, em regra, direito à indenização.
A limitação administrativa pode ser definida como a forma de
intervenção restritiva que, através da lei, condiciona os poderes do
proprietário de bens públicos ou bens privados e/ou o exercício de
atividades de natureza privada à observância da função social e ao
atendimento do interesse público, art. art. 5º, II, da Constituição Federal
que diz “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude de lei”.
As limitações administrativas, por constituírem imposições gerais,
impostas a propriedades indeterminadas, não ensejam nenhuma
indenização por parte do Poder Público em favor dos proprietários.
Exemplo de limitação administrativa, podemos mencionar a exigência de
manter certa distância das construções em relação à rua, a obrigação de
manter extintores de incêndio dentro do prazo da validade em veículos
automotores e a de construir saídas de emergência em prédios.

 Servidão administrativa: é o direito real público que autoriza o Poder


Público a usar a propriedade imóvel para permitir a execução de obras e
serviços de interesse público, é o ônus real de uso imposto pela
administração à propriedade particular para assegurar a realização e
conservação de obras e serviços públicos ou de utilidade pública,
mediante indenização dos prejuízos efetivamente suportados pelo
proprietário.
Deduz-se que se trata de um direito real, constituído por uma
entidade pública sobre um bem privado, com o objetivo que este venha
a servir ao uso público, como uma extensão ou dependência do domínio
público.
Servidão administrativa é imposta em prol da coletividade devendo o
particular suportar os ônus de tal instituto, possuindo natureza diversa
das demais servidões instituídas por leis, como, por exemplo, a
servidão predial. Características, são três as características da
Servidão Administrativa, admitidas pelo nosso Direito Público: ônus
real, Incide sobre um bem particular, Finalidade de permitir a utilização
pública, outros exemplos de servidão administrativa: a servidão sobre
imóveis vizinhos de bens tombados, a servidão sobre imóveis que
estejam próximos a aeroportos, os quais não podem ser construídos
acima de determinada altura, a servidão de terrenos marginais aos rios
etc.
A servidão administrativa está prevista no art. 40 do Decreto-Lei
nº 3.365/41 e se trata de um direito real de gozo do Poder Público
sobre a propriedade privada para o atendimento da coletividade.
Se não houver acordo, a instituição será por meio judicial, por meio da
qual a sentença declarará a instituição da servidão e a indenização, se
for o caso de indenizar, tendo em vista que a indenização não é a
regra. A indenização não é a regra na servidão administrativa porque
nem sempre ela causará prejuízo.
Exemplo servidão por passagens de fios e cabos sob o imóvel,
tombamento, placa com nome da rua na fachada do imóvel.

 Requisição administrativa: é uma modalidade de intervenção do


Estado na propriedade privada, um ato administrativo unilateral
consistente na aquisição de bens, móveis ou imóveis, ou de serviços
pertencentes ao particular para atendimento de uma necessidade
pública urgente, é um ato administrativo unilateral e auto-executório que
consiste na utilização de bens ou de serviços particulares pela
Administração, para atender necessidades coletivas em tempo de guerra
ou em caso de perigo público iminente, mediante pagamento de
indenização a posteriori. Não possui a natureza de direito real, posto
que dela resulta direito pessoal vinculante do Poder Público e do titular
do bem ou do serviço requisitado.
Enquadra-se como requisição administrativa a competência prevista no
inciso XXV do artigo 5° da Constituição, no caso de iminente perigo
público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular,
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano”.
Define-se como perigo público iminente aquele risco que, se propagadas
as suas consequências, é improvável que a sociedade seja preservada
dos resultados danosos, sejam decorrentes de eventos da natureza,
sejam resultantes de comportamentos de pessoas naturais ou jurídicas.
Características,  refere-se a bens ou serviços,  preordena-se ao uso da
propriedade, é autoexecutória, pode ser indenizada a posteriori e nem é
obrigatória, upõe, em geral, necessidade pública premente, compulsiva.
A requisição administrativa legitimam que a indenização, pelo Estado,
dos prejuízos sofridos pelos titulares dos bens ou serviços, se dê
posteriormente à intervenção. Reiterando a premissa segundo a qual
indenização é tornar indene de prejuízos, é fundamental que haja prova
dos danos sofridos.

 Ocupação temporária: é um tipo de intervenção do Estado na


propriedade privada, onde a Administração Pública se vale do poder de
império estatal para nesta modalidade impor, constranger o proprietário
a obrigação de suportar a utilização temporária do seu imóvel pelo
Poder Público, na ocupação temporária, como a própria nomenclatura
explicita, o uso do bem imóvel ou móvel é temporário. O Poder Público
usa do seu direito, emite o ato requisitório, atende a necessidade pública
e libera para o proprietário o bem usado, ocupado. E caso tenha havido
despesa ou dano devidamente comprovado, haverá a respectiva
indenização.
Características,  só incide sobre a propriedade imóvel, tem caráter de
transitoriedade,  a situação constitutiva da ocupação é necessidade de
realização de obras e serviços normais.
A indenização na ocupação transitória varia de acordo com a modalidade de
ocupação; se for vinculada à desapropriação, haverá dever indenizatório, e, se
não for, inexistirá em regra esse dever, a menos que haja prejuízos para o
proprietário.
Lei 3.365/1941, que diz: Art. 36. É permitida a ocupação temporária, que será
indenizada, afinal, por ação própria, de terrenos não edificados, vizinhos às
obras e necessários à sua realização.
 Exemplos de ocupação temporária a utilização de escolas e outros
estabelecimentos privados para a instalação de zonas eleitorais ou campanhas
de vacinação.

 Tombamento:  é um ato administrativo realizado pelo Poder Público


com o objetivo de preservar, por intermédio da aplicação de legislação
específica, bens de valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e
também de valor afetivo para a população, impedindo que venham a ser
destruídos ou descaracterizados,  forma de proteção do patrimônio
histórico e artístico nacional, os bens tombados não podem ser
destruídos, nem reparados ou restaurados, sem a prévia autorização do
Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, sob pena de multa. 
A Constituição Federal estabelece, expressamente, a autorização para essa
modalidade de intervenção na propriedade, nos seguintes termos (CF, art. 216,
§ 1º): “O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e
protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros,
vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento
e preservação”.
O tombamento pode ser voluntário ou compulsório, provisório ou
definitivo:Ocorre o tombamento voluntário quando o proprietário consente no
tombamento, seja por meio de pedido que ele mesmo formula ao Poder
Público, seja concordando voluntariamente com a proposta de tombamento
que lhe é dirigida pelo Poder Público.O tombamento compulsório ocorre
quando o Poder Público realiza a inscrição do bem como tombado, mesmo
diante da resistência e do inconformismo do proprietário.O tombamento é
provisório enquanto está em curso o processo administrativo instaurado pela
notificação do Poder Público, e definitivo quando, depois de concluído o
processo, o Poder Público procede à inscrição do bem como tombado, no
respectivo registro de tombamento.
Em regra, o tombamento não dará causa a indenização, mas há exceção se o
proprietário comprovar que a restrição lhe causou prejuízo.
As suas características é um ato administrativo realizado pelo poder público
com o objetivo de preservar, através da aplicação de legislação específica,
bens de valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental, e também de valor
efetivo para a população.

Conclusão
Neste trabalho foi abordado sobre os tipos de intervenção restritiva e a
supressiva.
Na limitação administrativa falou sobre ela ser  gratuita, unilateral e de
ordem pública, tem caráter definitivo, que ela corresponde à legislação,
Servidão pública foi estudado  é o direito real público que autoriza o
Poder Público a usar a propriedade imóvel para permitir a execução de
obras e serviços de interesse público 
Requisição administrativa vimos que ela é  modalidade de intervenção
do Estado na propriedade privada, um ato administrativo unilateral
consistente na aquisição de bens,
Ocupação temporária ela  trata-se de instituto típico de utilização de
propriedade imóvel. 
O tombamento ele é um administrativo, que tem objetivo de preservar,
através da aplicação de legislação específica, bens de valor histórico,
cultural, arquitetônico, ambiental e também de valor afetivo para a
população, impedindo que venham a ser destruídos ou
descaracterizados
Bibliografia

https://ffsfred.jusbrasil.com.br/artigos/256074990/diferencas-entre-limitacao-
administrativa-
https://jus.com.br/artigos/83768/o-instituto-da-limitacao-administrativa-na-
perspectiva-da-
https://conteudojuridico.com.br/
https://goldencursosjuridicos.com.br/
https://www.grancursosonline.com.br/

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