Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O estudo de impacto de vizinhança é um dos instrumentos de política urbana, serve para subsidiar
Conforme o artigo 36 do Estatuto das cidades, cabe ao município estabelecer em lei, quais
empreendimentos ou atividades precisarão apresentar o EIV. Este estudo deve ser elaborado pelo
valorização imobiliária, geração de tráfego demanda por transporte público, paisagem urbana, etc.
Com o uso do EIV, o poder público pode em um primeiro momento conhecer os efeitos de
gerados.
minimizados, por exemplo, com o responsável pela obra se comprometendo a construir ou reparar
Ainda o EIV, tem o papel de tornar mais democrático o processo de tomada de decisões no
A principal finalidade do Instituto é aferir os efeitos positivos e negativos na qualidade de vida dos
quando o zoneamento da região permita o uso, ou seja, mesmo quando o regime urbanístico
autorize a atividade ou empreendimento é o EIV que irá ferir as incompatibilidades que resultem
A lei prevê em rol não taxativo algumas questões consideradas mínimas a serem identificadas por
atividades nos respectivos termos de referência que deverão ser abordados tais como
O EIV é um instrumento de Direito urbanístico com finalidade pública, para tutela do direito
coletivo, exige uma correlação entre seus princípios e os princípios do direito ambiental assim
deve-se ressaltar a ampliação das noções administrativas tradicionais para abarcar sua
O maior o ônus argumentativo pró meio ambiente, está fundamentado no princípio in dubio pro
Vladimir Passos de Freitas, esclarece que a lei municipal a que se refere o mencionado artigo 36
causadora de impacto como, por exemplo, a construção de estação rodoviária, estádio de futebol,
coletividade, a defesa do meio ambiente natural e artificial para as presentes e futuras gerações,
licenças urbanísticas, como ato administrativo vinculado, pois o direito de construir não está mais
sujeito a um simples ato declaratório de condições pré-existentes, mas sim a um ato administrativo
A propriedade é um direito real por excelência que confere ao seu titular os direitos ou atributos de
uso, gozo e sua disposição de coisa, além de poder reavê-la de quem quer que injustamente a
Segundo o Código Civil, artigo 678 e ss, o domínio útil é o nome dado ao conjunto de atributos
Nos dias atuais a enfiteuse no Brasil como Instituto de direito privado, é praticamente inexistente
na prática.
O aforamento subsiste tão somente como instituto de direito público, em especial o administrativo
Finalmente a posse é uma situação essencialmente fática que consiste no comportamento por
parte de alguém, pessoa física, jurídica ou a esta equiparada como se fosse proprietário de um
pátria e que conceitua como exercício de fato, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes ao
domínio.
No Direito Brasileiro, após a relação de fato entre a pessoa e a coisa, tendo em vista a utilização
econômica dessa, a exteriorização da conduta de quem procede como normalmente age o dono, é
a visibilidade do domínio.
O STF, quanto a progressividade do IPTU e outros ditos reais, gerou a emenda constitucional
29/2000 que possibilita aos municípios a instituição de alíquotas progressivas de IPTU em razão
Os juristas se voltaram contra emenda constitucional achando que ela desrespeitou os direitos e
garantias individuais. Para a doutrina a atitude do legislador foi motivado pelo interesse
meramente fiscalista entendendo-se, então, como inconstitucional a emenda 29/2000.
As lições dos doutrinadores têm sido contrários à utilização da progressividade dos impostos, que
em última análise implementa a isonomia tendo como medida a capacidade contributiva e como
Apesar do IPTU é um imposto meramente fiscal com fins arrecadatórios e que almeja prover o
município dos meios financeiros adequados o seu custeio. O referido tributo é dotado de duas
qual prescreve que o aludido imposto pode ser progressivo em razão do valor do imóvel e ter
A progressividade fiscal tem íntima relação com o princípio tributário da capacidade contributiva. A
progressividade nos tributos sobre o prisma da justiça é a única técnica que permite a
personalização dos impostos, como determina o artigo 145, § 1º da Constituição, pois na medida
Quanto a progressividade extrafiscal, o município precisa de uma lei específica para instituir, lá
sendo necessária a notificação do sujeito passivo contribuinte para que se cumpra a função social
da propriedade.
O sujeito passivo deverá edificar ou parcelar seu lote ou terreno que não cumpre a função social.
para outro a alíquota do IPTU poderá dobrar, respeitado o máximo de 15% do seu valor. O IPTU
progressivo poderá ser cobrado pelo prazo máximo de cinco anos respeitando o princípio da
anterioridade.
Se mesmo após a cobrança do IPTU progressivo durante todo o tempo, o sujeito passivo não fizer
nada, acarreta a desapropriação do imóvel descumpridor de sua função social, disposto no artigo
8º do Estatuto da Cidade.
Usucapião Especial
Com isso em mente podemos entender que a usucapião nada mais é que uma forma originária de
aquisição de imóvel permitida por lei, tendo como objetivo atingir a função social da terra por
1. Posse: com intenção de dono, animus domini, sendo fundamental do que a posse do imóvel
usucapiendo não seja decorrente de atos de mera tolerância, oriundos de contratos de locação,
usucapião especial urbana, exige-se também do possuidor a utilização da área para sua moradia
(posse pro habitatio) ou de sua família, não sendo contabilizado o tempo de seu antecessor na
moradia, o que significaria reduzir o prazo prescricional para o novo possuidor. Não obstante, é
permitido que quando o sucessor fizer parte da família que habita o imóvel para residência, e em
2. Posse mansa e pacífica: nessa questão é importante que não haja nenhuma contestação do
usucapião.
posse para aquisição do direito à propriedade por usucapião, sendo que, em se tratando da
4. Posse de boa-fé e com justo título: esses requisitos somente são exigidos na modalidade de
usucapião ordinário, sendo dispensada na usucapião especial pois justifica pela necessidade do
usucapiente de sobreviver.
medida, se havia ou não distinção entre o solo urbano ou da construção da área usucapienda.
Prevaleceu o entendimento de que não pode ser ultrapassado o limite de 250m², seja para a área
do solo, seja para a área construída, devendo se valer da que for maior, dentro da limitação.
A usucapião especial urbana coletiva tem por objetivo a regularização das comunidades de baixa
renda urbana. Se distingue das demais modalidades principalmente por ter determinado um prazo
consideravelmente inferior comparado com as outras espécies sendo esse de cinco anos
Tem por escopo dar a oportunidade de acesso à propriedade urbana e moradia a camada
desfavorecida da população das grandes cidades que está obrigada a se manter em uma posição
acúmulo de capital, sem lhe dar um aproveitamento ignorando a função social da propriedade,
sem nem mesmo tomar conhecimento do que se passa nele, perca o seu domínio para alguém
que até então não tinha nem condições de se abrigar, a solução para esse problema foi o
usucapião especial urbano, conhecido também como usucapião de solo urbano, usucapião pro