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DIREITO ADMINISTRATIVO – PROVA 2017

TEMA: ABUSO DE PODER

DESVIO DE PODER

*Cobrou a posição minoritária de Celso A. B. de Melo

O desvio de poder é um vício objetivo, pois resulta do objetivo descompasso entre a


competência utilizada e a finalidade legal, ou seja, trata-se de um desacordo entre a norma
abstrata (lei) e a norma individual (ato). Logo, se o vício possui natureza objetiva, não há que
se buscar a intenção do agente para se verificar a constatação e posterior reprimenda do
desvio de poder, basta apenas identificar objetivamente o descompasso existente entre a
finalidade atingida pelo ato concreto e a finalidade da norma em abstrato.

O desvio de poder é vício de intenção, que deriva dos propósitos subalternos que animam o
agente ou das circunstâncias de não realização da finalidade preordenada pela lei.

TEMA: PODERES DA ADMINISTRAÇÃO

PODER NORMATIVO

A normatividade do Estado, no âmbito da atividade econômica, pressupõe planejamento


como fator indicativo e estatístico ao setor PRIVADO: Art. 174 CF. "Como agente normativo e
regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de
fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor
público e indicativo para o setor privado".

Na regulamentação observa-se o poder de editar atos normativos (gerais e abstratos), NÃO


exercendo a atividade administrativa de controlar, fiscalizar ou planejar (quem faz isso é a
lei); a regulamentação (portaria, decreto, edital, IN) apenas viabiliza ou operacionaliza tal
controle, fiscalização ou planejamento. Pensem no edital de um concurso. Tal edital não tem o
poder de controlar (decidir da forma que desejar) tal atividade administrativa. Por exemplo, o
edital não pode exigir exame psicotécnico se a Lei já não tiver decidido isso antes. Perceba,
pois, que quem controla a atividade administrativa é a Lei e não o regulamento.

O decreto é espécie de ato administrativo de competência do Chefe do Poder Executivo


(Presidente da República, Governador e Prefeito) cujo exercício, nos limites estabelecidos
pelas leis e Constituição, ordena e organiza a ação administrativa, quer abstratamente, quer
concretamente.

O decreto regulamentar não cria, altera ou constitui direitos, apenas viabiliza na perspectiva
operacional a adequada interpretação e aplicação da lei, ao passo que o decreto autônomo é
espécie normativa primária, preexistente à lei - inauguram a ordem jurídica. Eles não se
sujeitam à lei, pois a ela se equivalem, retirando sua validade da CF e não da lei (por isso é
preexistente, não precisa de uma lei anterior para o validar) sendo possível, inclusive, controle
abstrato de constitucionalidade.

TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS

TIPOS DE ATOS

Deliberações são atos emanados, em regra, de órgãos colegiados e caracterizam-se como atos
simples coletivos, ao passo que as resoluções são atos normativos individuais, provenientes de
autoridades do alto escalão administrativo e têm natureza derivada, OU SEJA, editados por
Ministros de Estado ou outras autoridades de elevada hierarquia, com a finalidade de
complementar as disposições contidas em decretos regulamentares e regimentos (ex.:
resolução editada pelo Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, na forma do art. 12 da Lei
9.503/1997 – Código de Trânsito Brasileiro).

A homologação, por sua vez, é o ato administrativo que controla a legalidade e o mérito de
ato anterior. Ex.: homologação da licitação (art. 43, VI, da Lei 8.666/1993). Prevalece na
doutrina a tese de que a homologação é ato vinculado.

A licença é o ato administrativo vinculado que reconhece o direito do particular para o


exercício de determinada atividade (ex.: licença para construir, para exercer profissão
regulamentada, para dirigir veículo).
As características básicas da licença podem ser assim sintetizadas:
a) ato de consentimento estatal: a Administração consente com o exercício da atividade
privada;
b) ato vinculado: preenchidos os requisitos legais pelo particular, o Poder Público deverá
editar, necessariamente, a licença; e
c) ato declaratório: reconhece o direito subjetivo do particular, habilitando o seu exercício.

A permissão é o ato administrativo discricionário que permite o exercício de determinada


atividade pelo particular ou o uso privativo de bem público (ex.: permissão de uso de bem
público).
As características essenciais da permissão são:
a) ato de consentimento estatal: a Administração consente com o exercício da atividade
privada ou a utilização de bem público por particular;
b) ato discricionário: a autoridade administrativa possui margem de liberdade para analisar a
conveniência e a oportunidade do ato; e
c) ato constitutivo: antes da edição do ato, o particular possui apenas expectativa de direito,
e não direito subjetivo ao ato.
A autorização possui as mesmas características da permissão, constituindo ato administrativo
discricionário que permite o exercício de determinada atividade pelo particular ou o uso
privativo de bem público (ex.: autorização para fechamento de rua; autorização para porte de
arma).
Assim como ocorre com a permissão, a autorização possui as seguintes características:
a) ato de consentimento estatal;
b) ato discricionário; e
c) ato constitutivo.

Parcela da doutrina procura distinguir a autorização e a permissão de uso de bem público a


partir do interesse a ser atendido pelo ato. Na permissão, o interesse público e o interesse
privado do permissionário são satisfeitos com igual intensidade. Na autorização, por sua, vez,
o interesse do autorizatário é atendido de forma preponderante e o interesse público apenas
remotamente.

CONVALIDAÇÃO DOS ATOS ADM.

Na estabilização dos efeitos não há convalidação do ato administrativo, ele não passa a ser
válido, não perde seus vícios. Ao contrário, ele continua com os vícios que levariam à sua
invalidação, mas, por outras questões (como Princípio da Segurança Jurídica) ele permanece
aplicável no ordenamento jurídico e seus efeitos estabilizam-se. Em outras palavras: é a
renúncia da administração pública em anular um ato ilegal. Deve-se respeitar os seguintes
requisitos: (i) ausência de prejuízos a terceiros de boa-fé; (ii) ausência de prejuízo ao tesouro;
(iii) proporcionalidade em sentido estrito (benefícios maiores do que os prejuízos). É hipótese
excepcional, que só poderá incidir com vistas à concretização de outros princípios
constitucionais, como o da segurança jurídica. Ex.: Loteamento aprovado de modo irregular.
Vários lotes comercializados e, inclusive, com casas e prédios construídos. Presentes os
requisitos, é preferível a manutenção da licença irregular.

O efeito da convalidação é EX-TUNC. De acordo com as lições de Maria Sylvia Zanella de Pietro,
a convalidação ou saneamento “é o ato administrativo pelo qual é suprido o vício existente em
um ato ilegal, com efeitos retroativos à data em que este foi praticado” ( EX-TUNC).

São passíveis de convalidação os atos que contêm os seguintes vícios (doutrina de Weida
Zancar.):
a) quanto à competência;
b) quanto à formalidade, entendida como a forma própria prevista em lei para a validade do
ato;
c) quanto ao procedimento, desde que a convalidação não acarrete o desvio de finalidade, em
razão da qual o procedimento foi inicialmente instaurado.
A convalidação pode ser feita pela própria administração ou pelo administrado. Segundo Di
Pietro, ela é feita, em regra, pela Administração, mas eventualmente poderá ser feita pelo
ADMINISTRADO, quando a edição do ato dependia da manifestação de sua vontade e a
exigência não foi observada. Este pode emiti-la posteriormente, convalidando o ato. Outra
limitação imposta é a de que a Administração não poderá mais convalidar seus atos
administrativos se estes já tiverem sido impugnados pelo particular, exceto se tratar de
irrelevante formalidade, pois neste caso os atos são sempre convalidáveis. Essa restrição visa
garantir a observância ao princípio da segurança jurídica.

Espécies de convalidação:
Ratificação: feita pela própria autoridade (requerimento ou ex officio);
Confirmação: feita por outra autoridade, diversa daquela que praticou o ato;
Saneamento: feita pelo particular interessado, quando competir a ele a providência.

TEMA: INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE

LIMITAÇÕES ADMINISTRATIVAS

SERVIDÃO ADMINISTRATIVA - É o direito real público, que autoriza o Estado a usar a


propriedade imóvel para permitir a execução de obras e serviços de interesse coletivo. Ex:
construção de postes de luz no terreno do proprietário.

REQUISIÇÃO - É a modalidade de intervenção na propriedade privada, pela qual o Estado


utiliza bens móveis, imóveis e serviços particulares em situação de perigo público iminente. Ex:
utilização de hospitais particulares, de seus equipamentos, seus medicamentos e seu corpo de
saúde, em hipóteses de inundações; utilização de ginásios particulares para abrigar vítimas de
catástrofes e inundações, etc.

OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA - É a forma de intervenção pela qual o Poder Público usa,


transitoriamente, imóveis privados, como meio de apoio à execução de obras e serviços
públicos. Ex: utilização temporária de terrenos contíguos a estradas para estacionamento de
máquinas de asfalto, equipamentos de serviços, pequenas barracas de operários; uso de
escolas e clubes por ocasião de eleições.

LIMITAÇÕES ADMINISTRATIVAS - São determinações de caráter geral, através das quais, o


Poder Público impõe a proprietários indeterminados, obrigações de fazer, não fazer e
obrigações permissivas, para condicionar a propriedade ao atendimento de sua função social.
Ex: impor ao proprietário limpeza de terreno, proibir a construção acima de determinado
número de pavimentos (gabarito de prédios), permissão de vistoria de elevadores em edifícios
e ingresso de agentes para fins de vigilância sanitária, direito de preempção (previsto no
Estatuto da Cidade). As limitações administrativas têm caráter de definitividade
Direito de Preempção (criado pelo art. 25, da Lei 10.257/01): espécie de limitação
administrativa. Determinadas áreas do município podem ser atingidas pelo direito de
preferência (preempção), mediante lei municipal. Neste caso, o direito de preempção confere
ao Poder Público municipal, preferência para aquisição de imóvel urbano, objeto de alienação
onerosa entre particulares, ou seja, todos os proprietários de bens localizados nesta área, ao
alienarem seus terrenos, deverão oferecer primeiramente ao Poder Público. Para se
aprofundar no tema: deverá ser editada uma lei que discrimine quais áreas do município se
sujeitarão a esta restrição, tomando por base que o direito de preempção será exercido
sempre que o Poder Público necessitar de áreas para regularização fundiária; execução de
programas e projetos habitacionais de interesse social; constituição de reserva fundiária;
ordenamento e direcionamento da expansão urbana; implantação de equipamentos urbanos e
comunitários; criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes; criação de unidades de
conservação ou proteção de outras áreas de interesse ambiental ou proteção de áreas de
interesse histórico, cultural ou paisagístico. Nestes casos, a lei poderá determinar a incidência
do direito por, no máximo cinco anos. Após este prazo, somente se admitirá nova lei
instituindo o direito de preempção sobre a mesma área depois de respeitado o prazo de um
ano de carência.

O poder público será notificado pelo particular, sendo-lhe concedido o prazo de trinta dias
para definir se possui, ou não, interesse na aquisição do bem, nos termos da proposta
formulada pelo particular. À notificação mencionada será anexada proposta de compra
assinada por terceiro interessado na aquisição do imóvel, da qual constarão preço, condições
de pagamento e prazo de validade.

Após este prazo, caso o poder público não manifeste interesse na aquisição do bem, o
particular poderá vendê-lo, nos mesmos termos da proposta apresentada ao Estado, a
qualquer pessoa interessada. Caso queira alterar a proposta, primeiramente, deverá fazer uma
nova proposta ao Poder Público, sob pena de violar o direito de preempção. Concretizada a
venda a terceiro, o proprietário fica obrigado a apresentar ao Município, no prazo de trinta
dias, cópia do instrumento público de alienação do imóvel.
Dentro do seu prazo de vigência, caso o direito de preempção não seja respeitado, a alienação
feita indevidamente ao particular será nula e o Poder Público, nos termos da lei, poderá
adquirir o bem pelo valor da transação ou pelo valor venal do bem, o que for mais baixo".

TEMA: BENS PÚBLICOS

AQUISIÇÃO E ALIENAÇÃO DE BENS PÚBLICOS


A venda de bens públicos imóveis será, EM ALGUNS CASOS, precedida de licitação e depende
também de autorização legislativa, interesse público devidamente justificado e avaliação
prévia. Há casos em que não necessita de licitação:
Art. 17, Lei 8.666. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de
interesse público devidamente justificado, será precedida de AVALIAÇÃO e obedecerá às
seguintes normas: I - quando imóveis, dependerá de AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA para órgãos
da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as
entidades paraestatais, dependerá de AVALIAÇÃO PRÉVIA e de LICITAÇÃO na modalidade de
concorrência, dispensada esta nos seguintes casos (...).

Independe de transcrição imobiliária a concessão de domínio que tiver como destinatário


pessoa estatal.

A doação de bens móveis públicos é admissível exclusivamente para fins de interesse social e
dependerá de AVALIAÇÃO PRÉVIA e de LICITAÇÃO, dispensada esta nos seguintes
casos: doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação de
sua oportunidade e conveniência socioeconômica, relativamente à escolha de outra forma de
alienação.

A alienação ou a concessão, a qualquer título, de terras públicas com área superior a dois mil e
quinhentos hectares a pessoa física ou jurídica, ainda que por interposta pessoa, DEPENDERÁ
de prévia aprovação do Congresso Nacional, exceto quando a alienação ou concessão de
terras públicas tiver por finalidade reforma agrária.

TEMA: CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

CLÁUSULAS EXORBITANTES

*Lei 8.666
A publicação do contrato administrativo em órgão oficial de imprensa da entidade pública
contratante é formalidade INDISPENSÁVEL.
Art. 61. Todo contrato deve mencionar os nomes das partes e os de seus representantes, a
finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o número do processo da licitação, da dispensa
ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às normas desta Lei e às cláusulas
contratuais. Parágrafo único. A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus
aditamentos na imprensa oficial, que é condição indispensável para sua eficácia, será
providenciada pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura,
para ocorrer no prazo de vinte dias daquela data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem
ônus, ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei.
A revisão do contrato tem lugar quando a administração procede à alteração unilateral de
suas cláusulas de execução, afetando a equação econômica original, ou quando algum evento,
mesmo que externo ao contrato, modifica extraordinariamente os custos de sua execução.
Nessas hipóteses, o contratado tem direito à chamada revisão do contrato, para
restabelecimento de seu equilíbrio econômico-financeiro. O mero reajuste é algo que ocorre
periodicamente, estando relacionado à inflação ordinária ou à perda ordinária de poder
aquisitivo da moeda, seguindo índices determinados, tudo conforme previamente
estabelecido no próprio contrato.

O direito à revisão e o reajuste do preço são formas de reequilíbrio contratual; a primeira


independe de previsão contratual e tem origem em fato superveniente ao contrato, enquanto
o segundo é pactuado entre as partes já no momento do contrato, com a finalidade de
preservar o poder aquisitivo da moeda.

A Administração Pública poderá alterar unilateralmente os contratos regidos pela Lei nº


8.666/93, quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor
adequação técnica aos seus objetivos – SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO!

CARACTERISTICAS DOS CONTRATOS ADM:

Contrato Administrativo é o ajuste que a Administração, agindo nessa qualidade, firma com o
particular ou outra entidade administrativa para a consecução de objetivos de interesse
público, nas condições estabelecidas pela própria Administração.
Consensual: acordo de vontades, e não um ato unilateral e impositivo da Administração;
Formal: expressado por escrito e com requisitos especiais;
Oneroso: remunerado na forma convencionada;
Comutativo: porque estabelece compensações recíprocas;
Intuitu Personae: Deve ser executado pelo próprio contratado, vedadas, em princípio, a sua
substituição por outrem ou a transferência de ajuste.

TEMA: IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

*Cai muito e a Lei 8.429/92 é pequena; vale a pena revisar bastante!

PENALIDADES PREVISTAS NA LIA – ENTENDIMENTOS DO STJ

TESE nº 6 do STJ: "O afastamento cautelar do agente público de seu cargo, previsto no
parágrafo único, do art. 20, da Lei n. 8.429/92, é medida excepcional que pode perdurar por
até 180 dias".
TESE nº 4 do STJ: "A aplicação da pena de demissão por improbidade administrativa não é
exclusividade do Judiciário, sendo passível a sua incidência no âmbito do processo
administrativo disciplinar".
TESE nº 8 do STJ: "A indisponibilidade de bens prevista na LIA pode alcançar tantos bens
quantos necessários a garantir as consequências financeiras da prática de improbidade,
excluídos os bens impenhoráveis assim definidos por lei”. Quis se referir a indisponibilidade de
bens quanto a “valores referentes a proventos, quantias decorrentes da venda de produtos
destinados ao sustento próprio e da família" e não ao bem de família.

TESE nº 9 do STJ: "Os bens de família podem ser objeto de medida de indisponibilidade
prevista na Lei de Improbidade Administrativa, uma vez que há apenas a limitação de eventual
alienação do bem".

*As teses 8 e 9 não são antagônicas!

A jurisprudência do STJ é firme no sentido de que, nas demandas por improbidade


administrativa, a decretação de indisponibilidade prevista no art. 7º, parágrafo único, da LIA
não depende da individualização dos bens pelo Parquet, podendo recair sobre aqueles
adquiridos antes ou depois dos fatos descritos na inicial, bem como sobre bens de família.
(REsp 1287422/SE, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 15/08/2013,
DJe 22/08/2013).

AÇÃO CIVIL POR I.A

No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, aplica-se, no que couber,
o disposto na Lei de Ação Popular (art. 17, § 3º), que afirma que a pessoa jurídica de direito
público ou de direito privado, cujo ato seja objeto de impugnação, poderá abster-se de
contestar o pedido, ou poderá atuar ao lado do autor, desde que isso se afigure útil ao
interesse público, a juízo do respectivo representante legal ou dirigente. ASSIM, não há
obrigatoriedade ou nulidade se a pessoa jurídica de direito público cujo ato seja objeto de
impugnação não integrar a lide.

Aplica-se aos depoimentos ou inquirições realizadas nos processos regidos por esta Lei o
disposto no CPP (art. 17, § 12), cujo art. 221, permite que os Prefeitos sejam inquiridos em
local, dia e hora previamente ajustados entre eles e o juiz.

Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do


requerido, para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos
e justificações, dentro do prazo de quinze dias (art. 17, § 7º). Recebida a manifestação, o juiz,
no prazo de trinta dias, em decisão fundamentada, rejeitará a ação, se convencido da
inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita
(§ 8º).
A ação será instruída com documentos ou justificação que contenham indícios suficientes da
existência do ato de improbidade ou com razões fundamentadas da impossibilidade de
apresentação de qualquer dessas provas, observada a legislação vigente, inclusive as
disposições inscritas no CPC (art. 17, § 6º).

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