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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS


CURSO DE LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Questões de Reflexão

Nome de estudante: Yolanda Jaoa Cumba

Maxixe, Março de 2023


INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
CURSO DE LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Trabalho de Questões de Reflexão

Trabalho do Módulo de Direito Administrativo, a ser


entregue ao Departamento de Ciências Sociais e
Humanas, Curso de Licenciatura Em Administração
Pública, como teste.

Yolanda João Cuamba

Maxixe, Março de 2023


Resolução de questões de reflexão
No exercício de construção da auto-estrada, ligando a cidade de Maputo à vila da Ponta D’Ouro,
levada a cabo pelo Governo de Moçambique, o Governo do Distrito de Matutuíne mandou retirar,
compulsivamente, as populações que tinham residências atingidas pelo traçado da rodovia em
referência. Face às reclamações apresentadas pelos cidadãos afectados pela sua decisão, o
Administrador do Distrito de Matutuíne decidiu manter a sua decisão, com o fundamento de que,
no fim de contas, a construção daquela auto-estrada vinha satisfazer um interesse geral, que
beneficiaria até os próprios atingidos pela medida, interesse geral esse que não podia ser posto
em causa por seja qual fosse o interesse particular.
Uma vez lida com atenção, analise a presente hipótese, abordando, entre outros, os seguintes
aspectos:

Identificação dos aspectos que levanta.

A)Da leitura e análise da hipótese levantamos os seguintes aspectos: a construção nas zonas de
protecção parcial – de auto estradas deriva da lei e visa por um lado, salvaguardar a segurança
das populações e de futuros projectos de alargamento de estradas. Portanto, para quem tenha
construído sem a devida autorização arrisca a assumir por conta própria os riscos, sem também
descartar a possibilidade de existência de responsabilidades partilhadas. Ou seja, construir em
zonas ou dentro de reserva de estradas sem autorização, estão naturalmente a infringir a lei, dai
que são culpados sem esquecer de quem tem a responsabilidade de fiscaliza-las para que não
sejam violadas, o governo e o primeiro que deve seguir a lei . É preciso perceber onde é que
estiveram as autoridades até que a norma inerente a reserva de estrada fosse violada. Outro sim,
para quem obteve a licença de construção da sua moradia, poderá responsabilizar a entidade que
o autorizou, solicitando a devida compensação e/ ou indeminização de modo a não sair lesado na
sequência do erro cometido por terceiros. Decreto 109/2014 de 31 de Dezembro.
b)Comentário sobre o papel desempenhado pelo Administrador de Matutuíne.

É preciso lembrar que a terra como propriedade do Estado, é requerida do departamento do


cadastro da autoridade competente, cujos procedimentos do pedido podem ser encontrados no
Decreto 60/2006 de 26 de Dezembro, onde se encontram reduzidas as discrepâncias.

No caso de terra situada fora dos limites dum município mas dentro duma área que tem um
serviço cadastral e um plano urbano (uma capital distrital, por exemplo), a autorização é dada
pelo Administrador Distrital. Portanto, voltamos ao ponto sobre o papel fiscalizador da
Administração pública ou da entidade competente. Portanto, é uma obrigação para o
Administrador, actuar, desde que se apresente o ensejo de exercitá-lo em benefício da
comunidade. Outro sim, de acordo com os Artigos 5 e 6 do Decreto 30/2001, de 15 de
Outubro – o papel desempenhado pelo Administrador torna se ilegal, ou seja: Os órgãos da
Administração pública devem observar o princípio de boa-fé na prossecução do interesse
público sem prejudicar os direitos e interesses dos particulares protegidos por lei. A de mais,
no exercício das suas funções e no seu relacionamento com pessoas singulares ou colectivas
deve actuar de forma justa e imparcial. A actuação do administrador, confunde-se com
conflito de interesse de acordo com o nº. 2 do Artigo 6 Decreto citado acima, ao participar de
um acto ou contrato administrativo e tomar decisões paralelas aos órgãos responsáveis –
Administração Nacional de Estradas e neste caso com a provável empresa contratada para a
construção da Auto – estrada.

a) Relacionamento do interesse público e os interesses particulares.

No âmbito do relacionamento entre o interesse público e privado podemos assumir que foi
abalado. É preciso reconhecer que os cidadãos e o Estado confiam que os agentes públicos
realizem um serviço profissional, sem afectar os interesses particulares ou privados. Porém,
no nosso entender conforme a hipotese, esse princípio básico da confiança do serviço público
afectou a reputação e a integridade da Administração pública, pois é questionável pela
suspeita do desempenho do Administrador do Distrito de Matutuine que parece estar afectado
por um conflito de interesses.
1. A Administração Nacional de Estradas ameaça recorrer a medidas coercivas para
retirar os particulares que habitam as margens da Estrada Nacional no 4. Comente
esta afirmação à luz da diferença entre administração Pública e Administração
Privada.

Conforme entendemos a doutrina em que Administração Nacional de Estradas que ameaça os


particulares, é que por vezes o objecto da Administração Pública pode coincidir com o da
Administração Privada, mas não se tratar de uma necessidade colectiva cuja satisfação a
colectividade chame a si e exerça os seus próprios serviços, fazendo com que se distingam
uma da outra pelo fim que visam prosseguir e pelos meios que utilizam. Isto é A
administração pública não pode ser paralisada pelas resistências individuais que se lhe
deparem, de cada vez que o interesse colectivo exigir uma participação, um contributo ou um
sacrifício individual a bem da colectividade, tendo, por isso, determinados meios de
autoridade, que possibilitam às entidades e serviços públicos impor-se aos particulares sem
ter que aguardar o seu consentimento ou, mesmo, fazê-lo contra a sua vontade. O contrato
administrativo é então uma excepção, predominando o regulamento administrativo (acto
normativo) e o acto administrativo (decisão concrecta e individual). Sua actuação está sujeita
a restrições, encargos e deveres especiais, de natureza jurídica, moral e financeira que a lei
estabelece para acautelar e defender o interesse público. Já a Administração Privada visa
necessidades individuais, ou necessidades de grupo, mas que não atingem a generalidade de
uma colectividade inteira cujo fim último é pessoal ou de particulares através de jurídicos
caracterizados pela igualdade entre as partes, destacando-se o contrato como instrumento
típico das relações privadas e sua actuação em regra geral os particulares não estão sujeitos a
estas restrições, encargos e deveres especiais, na prossecução normal das suas actividades de
administração privada.

2. Diga, nos termos das Normas de Funcionamento dos Serviços da Administração Pública,
aprovadas pelo Decreto no 30/2001, de 15 de Outubro, em que consiste o poder de
execução forçada e o privilégio de execução prévia. (5.0 valores). O poder de execução
forçada consagrado no Decreto no 30/2001, de 15 de Outubro, consiste na capacidade
legal de executar actos administrativos definitivos e executórios, mesmo perante a
contestação ou mesmo perante a resistência física dos destinatários, já o privilégio de
execução prévia consiste no poder ou capacidade legal de executar actos administativos
definitivos e executórios antes da decisão jurisdicional sobre o recurso interposto pelos
interessados.

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