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CONSTITUIÇÃO

DO ESTADO DO
AMAZONAS
Administração Pública

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi

SUMÁRIO
Administração Pública ................................................................................................................... 4
1. Disposições Gerais ...................................................................................................................... 4
1.1. Conceito de Administração Pública ...................................................................................... 4
2. Princípios da Administração Pública ...................................................................................... 7
2.1. Legalidade .................................................................................................................................. 8
2.2. Impessoalidade ........................................................................................................................ 9
2.3. Moralidade .............................................................................................................................. 10
2.4. Publicidade .............................................................................................................................. 11
2.5. Eficiência ..................................................................................................................................12
3. Improbidade Administrativa ....................................................................................................13
4. Administração Direta e Indireta ............................................................................................ 14
5. Licitações Públicas ................................................................................................................... 18
6. Administração Fazendária .......................................................................................................19
7. Contrato de Gestão ................................................................................................................... 20
8. Servidores Públicos.................................................................................................................. 22
8.1. Admissão de Pessoal ............................................................................................................. 22
8.2. Remuneração dos Agentes Estatais ................................................................................. 25
8.3. Acumulação de Cargos, Empregos e Funções ................................................................. 27
8.4. Mandato Eletivo .................................................................................................................... 29
9. Servidores Públicos Civis ........................................................................................................ 30
9.1. Medidas para Participação e Desenvolvimento dos Servidores ................................. 30
9.2. Direitos Sociais Aplicáveis aos Servidores Públicos ......................................................31
9.3. Direito de Greve de Associação Profissional ou Sindical .............................................. 32
9.4. Estabilidade ............................................................................................................................ 34
Questões de Concursos ............................................................................................................... 36
Gabarito ...........................................................................................................................................49

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Administração Pública
Diogo Surdi

Olá, tudo bem? Acredito e espero que sim!!


Na aula de hoje, conheceremos as previsões da Constituição do Estado do Amazonas rela-
cionadas com a Administração Pública.
Forte abraço e bons estudos!
Diogo

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Diogo Surdi

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
1. DISPOSIÇÕES GERAIS
1.1. CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Modernamente, a expressão “administração pública” pode ser conceituada por meio de
diferentes sentidos ou acepções. Da mesma forma, poderemos fazer uso da expressão em seu
sentido amplo (lato) ou em sentido estrito (stricto).

1.1.1. Administração Pública em Sentido Amplo

Dizemos que em sentido lato (ou amplo), a administração pública compreende, além da
função administrativa, os órgãos de governo, que são aqueles que exercem funções políticas.
De acordo com esta acepção, a administração pública abrange desde a elaboração e fixa-
ção das diretrizes a serem seguidas na elaboração das políticas públicas até a própria execu-
ção de todas estas políticas. A elaboração compete à função política. A execução, à função
administrativa.

Teremos a elaboração de uma política pública quando o Poder Legislativo edita uma lei deter-
minando a adoção de certas medidas com a finalidade de manutenção do bem-estar coletivo
(tal como ocorre, por exemplo, com a edição de uma norma que estabelece que certos estabe-
lecimentos comerciais apenas podem permanecer abertos até determinado horário).
Teremos a execução de uma política pública quando o Poder Executivo, por meio de seus
agentes públicos, fiscaliza se a norma em questão está sendo observada pelos proprietários
de estabelecimentos comerciais.
Adotando o conceito de administração pública em sentido amplo, as duas situações são con-
sideradas “administração pública”.

Ressalta-se, no entanto, que a utilização do sentido amplo de administração pública não é


a predominante em nosso ordenamento jurídico.

1.1.2. Administração Pública em Sentido Estrito

Já a administração pública sentido estrito compreende somente os órgãos e os agentes


necessários à execução das políticas públicas, sem qualquer referência àqueles que atuam na
sua elaboração.
É este o sentido que estará presente em todo o nosso estudo, sendo a base de toda a orga-
nização administrativa. Dele deriva, por exemplo, todas as prerrogativas (poderes) e sujeições
(obrigações) que os agentes possuem na gestão do patrimônio público.

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Se tomarmos como referência o exemplo anterior, apenas a execução das atividades necessá-
rias à verificação do cumprimento do horário de funcionamento dos estabelecimentos comer-
ciais é considerada administração pública. Em sentido oposto, a elaboração da mencionada lei
não entra no conceito estrito de administração.

O sentido estrito é o adotado em nosso ordenamento jurídico, de forma que apenas será
considerada administração pública as atividades destinadas à execução das políticas públicas.

1.1.3. Administração Pública em Sentido Material, Objetivo e Funcional

Em sentido material, objetivo e funcional, a administração é composta pelas atividades e


funções que normalmente são classificadas como administração pública. Por meio do critério
material, devemos nos perguntar quais as atividades que são consideradas administração pú-
blica em nosso país.
Ainda que a resposta varie muito de autor para autor, as atividades que usualmente são
reconhecidas como administração pública são: fomento, serviços públicos, polícia adminis-
trativa e intervenção.

Fomento: Incentivo à iniciativa privada para determinadas funções públicas (tal como ocorre
com um incentivo fiscal concedido para que uma organização social atue em uma atividade
pública, auxiliando a administração);
Serviços Públicos: Prestação de determinadas atividades para toda a população, regidas pelo
direito público (como o serviço postal e o serviço de telecomunicações);
Polícia Administrativa: Restrição de algum direito particular em prol do benefício de toda a
coletividade (como a apreensão de mercadorias vencidas em um supermercado, evitando uma
possível intoxicação generalizada);
Intervenção: Quando o Estado intervém em determinadas atividades privadas (tal como ocorre
quando é realizada uma desapropriação para fins de reforma agrária).

Pelo critério material, não temos uma lista taxativa de atividades que são consideradas
administração pública, mas podemos afirmar que todas as atividades listadas acima possuem
algo em comum: são áreas importantes para o bem-estar da população e para a preservação
do interesse coletivo geral.

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Dessa forma, tal sentido não leva em conta quem é o responsável pela prestação da ativi-
dade, mas sim quais atividades são consideradas administração pública.
De acordo com o critério material, desta forma, uma concessionária de serviço público,
ainda que não faça parte das entidades que compõem formalmente a administração, será
considerada administração pública, uma vez que desempenha serviços públicos muitas vezes
essenciais à população.
Em sentido oposto, o desempenho de certas atividades, ainda que por intermédio de uma
das entidades que compõem a administração indireta, não será considerado administra-
ção pública.
O motivo para tal, conforme já mencionado, é que o critério material apenas leva em conta
as atividades que são desempenhadas (a matéria) e não os responsáveis pela sua execução.

1.1.4. Administração Pública em Sentido Formal, Orgânico e Subjetivo

Já em sentido formal, orgânico e subjetivo, a administração pública é o conjunto de órgãos


e agentes incumbidos das mais diversas atividades administrativas. Por intermédio do critério
formal, devemos nos perguntar quem é administração pública em nosso país.
A resposta é que apenas as entidades, órgãos e agentes que o nosso ordenamento jurídico
estabelece como administração pública serão consideradas parte desta, independente da im-
portância da atividade exercida.
Pelo critério formal, que é o adotado em nosso país, fazem parte da administração pública
todos os órgãos e entidades da administração direta e da administração indireta.
Dessa forma, ainda que uma atividade não seja de suma importância para a população,
ainda assim ela será considerada administração pública pelo critério formal, bastando, para
tal, que seja exercida pela administração direta ou indireta.

Tomemos como referência a atividade financeira, desempenhada pelas empresas públicas e


pelas sociedades de economia mista.
Ainda que tal atividade não seja de extrema importância para a manutenção do bem-estar cole-
tivo (e prova disso é que diversos bancos privados também a desempenham), a mesma será
considerada administração pública pelo critério formal, uma vez que desempenhada por uma
das entidades que compõem a administração indireta.

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Podemos sintetizar os quatro sentidos em que a expressão “administração pública” pode


ser utilizada por meio do seguinte quadro sinótico:

Administração pública Abrange as atividades de elaboração e


em sentido amplo execução das políticas públicas

Administração pública Abrange apenas as atividades de execução das


em sentido estrito políticas públicas

Administração pública Compreende as atividades que normalmente


em sentido material, são classificadas, pela sua importância, como
objetivo e funcional administração pública

Compreende os órgãos, agentes e entidades


Administração pública
que o nosso ordenamento jurídico identifica
em sentido formal,
como administração pública (administração
subjetivo e orgânico
direta e indireta)

Estabelece o artigo 104 da Constituição Estadual a definição geral acerca do termo Admi-
nistração Pública.

Art. 104. A Administração Pública é o conjunto de órgãos dos Poderes do Estado e dos Municípios
e suas entidades descentralizadas, responsáveis pela execução dos serviços públicos.

Oportunamente, veremos que a Administração Pública é formada pela Administração Dire-


ta e pela Administração Indireta.

2. PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


Tanto a Administração Direta quando a Administração Indireta, no desempenho de
suas atribuições, devem respeitar determinados princípios norteadores de toda a ativi-
dade pública.
Como o próprio nome sugere, os princípios possuem a característica de “início”, “base”,
“pedra fundamental”. É por meio deles que todo o ordenamento jurídico se estrutura, gerando,
para a Administração, uma série de prerrogativas e sujeições que devem ser observadas para
garantir o bem-estar da coletividade.
Durante muito tempo, o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) era de que a
força dos princípios era meramente integradora, de forma que o seu uso estaria restrito às
situações onde não fosse possível a resolução do conflito com a legislação vigente.

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Com o passar dos anos, os princípios adquiriram força de norma jurídica, de forma que,
atualmente, possuem imperatividade e impõem condutas a serem seguidas pelos seus desti-
natários. Nos dias atuais, a doutrina majoritária possui o entendimento de que, os princípios,
por serem normas gerais e dotadas de altíssimo grau de abstração, possuem hierarquia supe-
rior, até mesmo, às demais normas jurídicas.
Na visão do STF, violar um princípio, por exemplo, é muito pior do que violar uma lei, haja vista
que, ao infringir um princípio, se está desobedecendo a todo o ordenamento jurídico vigente.

Podemos relacionar a força normativa dos princípios com a construção de uma torre:
Inicialmente, e como forma de evitar que um futuro desabamento ocorra, devem os responsá-
veis pela construção garantir que a base seja extremamente sólida. Caso contrário, ainda que
o restante da construção seja perfeita, correrá a obra o risco de desabar, situação que deixaria
todo o trabalho posterior seriamente comprometido.
Assim também ocorre com o nosso ordenamento jurídico: Se não tivermos uma base sólida
(os Princípios), toda a construção posterior (as Leis) pode ficar comprometida.

Duas são as informações essenciais sobre a força dos princípios:

De acordo com a Constituição Estadual, são princípios que devem ser observados pela Ad-
ministração Pública: a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência.

Art. 104, § 1º A atividade da Administração Pública destina-se à consecução dos objetivos do Go-
verno, com a finalidade de promover o bem-estar geral e sujeitar-se-á aos princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

2.1. LEGALIDADE
O princípio da legalidade não é uma peculiaridade da atividade administrativa, estando
presente em todo o Estado Democrático de Direito. Tal princípio liga-se, basicamente, à ideia
de que toda e qualquer atividade da Administração Pública deve pautar-se na vontade popular.
E isso é bem simples de entender: Uma vez que se é a população quem escolhe seus repre-
sentantes através do voto, presume-se que ela, a população, é quem atua, ainda que indireta-
mente, através da manifestação de seus representantes.
E, como se sabe, toda e qualquer norma jurídica que inove o ordenamento deve ter a par-
ticipação dos representantes populares. Indiretamente, portanto, quem está editando leis e
inovando o ordenamento pátrio é a própria população.

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Nesse sentido se posiciona o autor Hely Lopes Meirelles:

“As leis administrativas são, normalmente, de ordem pública, e seus preceitos não podem ser des-
cumpridos, nem mesmo por acordo ou vontade conjunta de seus aplicadores e destinatários, uma
vez que contêm verdadeiros poderes-deveres, irrelegáveis pelos agentes públicos”.

 Obs.: O conceito da Legalidade é o de que a Administração Pública só pode fazer aquilo que
estiver previsto em lei.

Percebam que este conceito é o oposto do que é aplicado à iniciativa privada, ou seja,
enquanto aos particulares é permitido fazer tudo aquilo que não esteja proibido em lei, à admi-
nistração apenas é permitido fazer o que esta determinar ou autorizar.

2.2. IMPESSOALIDADE
O princípio da Impessoalidade pode ser entendido como aquele que determina que a atua-
ção da Administração Pública seja, a um mesmo momento, transparente, sem favorecimentos
para os agentes públicos e com o claro objetivo de alcançar a finalidade pública.
Percebe-se, desta forma, que a Impessoalidade pode ser analisada sob três importan-
tes aspectos:

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2.3. MORALIDADE
A primeira informação que temos que saber é que a Moral Administrativa difere em muitos
aspectos da moral comum.
Enquanto a Moralidade Administrativa está ligada à ideia de boa ou má administração e
aos preceitos éticos da probidade, decoro e boa-fé, a moral comum está baseada unicamente
na crença entre o bem e o mal.

Dessa forma, nota-se que a Moral Administrativa é um conceito bem mais amplo que o da
moral comum.
E justamente por ser um conceito amplo é que surgem as principais dúvidas pertinentes
a este princípio: Seria ele de caráter subjetivo ou objetivo? Em caso de desrespeito, teríamos
anulação ou revogação?
Nos dias atuais, já está pacificado na doutrina que o princípio da moralidade, ainda que
dotado de certo grau de subjetivismo (pois certas situações podem depender do julgamento
de cada administrador, que terá uma opinião sobre o ato ser ou não contrário à moralidade), o
princípio é de caráter objetivo.
Como decorrência da moralidade, merece ser destacado o teor da Súmula Vinculante n. 13,
de seguinte teor:

Súmula Vinculante n. 13. A nomeação de cônjuge, companheiro, ou parente, em linha


reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou
de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou asses-
soramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função
gratificada na administração pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante desig-
nações recíprocas, viola a CF.

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Como decorrência da moralidade, temos a previsão dos §§ 2º e 5º do artigo 104, de se-


guinte redação:

Art. 104, § 2º A moralidade dos atos do poder público será apurada, para efeito de controle e invali-
dação, em função de dados objetivos da situação concreta.
§ 5º É vedada a nomeação ou designação para os cargos comissionados dos Poderes do Estado,
Executivo, os de Secretário de Estado, Secretário Executivo, Secretário Adjunto, Dirigentes de Autar-
quias, de Fundações, de Empresas Públicas, Ordenador de Despesa, aplicável também ao Legislati-
vo e Judiciário, ao Tribunal de Contas do Estado e Ministério Público Estadual e de suas entidades
descentralizadas, e aos Municípios, excetuando-se os cargos de assessoramento técnico, dos con-
siderados inelegíveis em razão de atos ilícitos, nos termos da legislação federal.

2.4. PUBLICIDADE
O princípio da publicidade, de acordo com José dos Santos Carvalho Filho, pode ser assim
conceituado:

Indica que os atos da Administração devem merecer a mais ampla divulgação possível entre os
administrados, e isso porque constitui fundamento do princípio propiciar-lhes a possibilidade de
controlar a legitimidade da conduta dos agentes administrativos. Só com a transparência dessa
conduta é que poderão os indivíduos aquilatar a legalidade ou não dos atos e o grau de eficiência
de que se revestem.

Do conceito apresentado, percebe-se que dois são os sentidos em que a publicidade pode
ser compreendida:

a) Como a necessidade de que todos os atos administrativos sejam publicados para que
possam produzir seus efeitos: Nesse sentido, importante destacar que a publicidade está re-
lacionada como a eficácia do ato administrativo, ou seja, os atos administrativos só podem
produzir efeitos perante terceiros depois de serem devidamente publicados no meio oficial.

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b) Como a necessidade de transparência, por parte da Administração Pública, no exercício


de suas funções: Aqui estamos falando de um assunto muito abordado pela mídia nos últimos
anos: a transparência no acesso à informação, por parte dos usuários, de dados produzidos
pelos órgãos e entidades da Administração Pública.
Como decorrência do princípio da publicidade, podemos citar as seguintes previsões do
texto da Constituição Estadual:

Art. 105, § 8º As leis e atos administrativos serão publicados no órgão oficial do Estado ou do
Município, ou, ainda, nos diários eletrônicos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Tribunal
de Contas do Estado, e, no caso dos Municípios, no diário oficial eletrônico municipal, e, havendo
previsão em lei municipal, no diário eletrônico da Associação Amazonense dos Municípios, para
que produzam os efeitos regulares, podendo a publicação de atos não normativos ser resumida,
importando a não publicação na ineficácia do ato e a punição da autoridade responsável pelo fato.
§ 11. A Administração é obrigada a fornecer a qualquer interessado, no prazo máximo de quinze
dias, certidão de atos, contratos, decisões ou pareceres que não tenham sido previamente declara-
dos sigilosos, sob pena de responsabilidade da autoridade ou servidor que negar ou retardar a sua ex-
pedição e, no mesmo prazo, deverá atender às requisições judiciais, se outro não for fixado pelo juiz.

2.5. EFICIÊNCIA
Basicamente, a eficiência pode ser entendida como “fazer mais com menos”. É, de acordo
com esta análise, a obrigatoriedade dos agentes públicos pautarem suas atuações de acordo
com padrões de economicidade.
No entanto, importante salientar que o Poder Público, ao contrário do que acontece com a
iniciativa privada, nem sempre deve pautar suas escolhas tomando como base os gastos pú-
blicos realizados. Como é sabido, a finalidade primordial da Administração Pública é garantir
o bem-estar da coletividade.
Logo, diante de duas situações apresentadas, e considerando que uma delas revela-se
mais econômica e a outra atende de melhor forma aos interesses coletivos, deve o Poder Pú-
blico optar pela segunda alternativa.

Caso seja realizado o procedimento licitatório para a prestação de serviço público à população,
será declarado vencedor, via de regra, o licitante que apresentar a proposta de melhor valor.
Nestas situações, a administração está agindo com economicidade e eficiência, evitando des-
perdícios de recursos públicos. alterei no exemplo do slide
No entanto, em determinadas situações, a Lei n. 8.666 (que é a norma das licitações) estabele-
ce margem de preferência para os produtos manufaturados e para os serviços nacionais resul-
tantes de desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no país. Nestas situações, o que
está sendo levado em consideração é o interesse coletivo, uma vez que toda a população resulta
beneficiada com o desenvolvimento, por exemplo, de serviços que inovem a tecnologia do país.

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Para entendermos a lógica da eficiência, precisamos compreender que a década de 90 era


altamente pautada por uma Administração Burocrática, onde a maioria dos controles era feita
sobre as atividades meio e as atividades prestadas pelo Estado, por consequência, acabavam
sendo morosas e pouco dotadas de efetividade.
Com a Reforma Administrativa, tivemos grandes avanços em relação à Administração Pú-
blica: os controles passaram a ser nas atividades finalísticas da Administração e foram in-
corporadas ao Serviço Público diversas práticas gerencias de entidades da iniciativa privada.
Assim, se antes o controle era pautado apenas pela legalidade (Administração Burocráti-
ca), agora o controle é feito, também, pela eficiência (Administração Gerencial), o que possibi-
lita uma maior satisfação, por parte dos usuários, na prestação de serviços públicos.
Decorrem, preponderantemente, do princípio da eficiência, as previsões constitucionais
que autorizam a participação dos servidores e dos usuários em determinadas atividades e
setores da Administração Pública:

Art. 105, § 12. A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública dire-
ta e indireta, regulando especialmente:
I – as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manuten-
ção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade
dos serviços.
II – o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre ato de governo, obser-
vado o disposto no artigo 9º.
III – a disciplina de representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou
função na administração pública.
§ 13. Os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da administração direta e indi-
reta que possibilite o acesso a informações privilegiadas são os definidos em lei federal.

A lei disciplinará a publicação de recursos orçamentários provenientes da economia com des-


pesa em cada órgão, autarquia ou fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas
de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamen-
to e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de pro-
dutividade.

3. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Para compreendermos as disposições relacionadas com a improbidade administrativa,
devemos, em um primeiro momento, entender a origem da prática dos atos de improbidade.
Assim, devemos fazer menção ao princípio da moralidade, que, em sentido amplo, compor-
ta os subprincípios da probidade, decoro e boa-fé.

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Como é sabido, a moralidade é um princípio constitucionalmente estabelecido, de forma


a ser observado pelos órgãos e entidades de todos os entes federativos, independente de
estarmos no âmbito do Poder Executivo, Legislativo ou Judiciário. Assim, não respeitar a
moralidade ou qualquer um de seus subprincípios acarreta a anulação do ato administrativo
praticado.

Neste sentido, para conferir maior segurança ao respeito do subprincípio da probidade, é


que a Constituição Estadual estabelece a seguinte previsão:

Art. 104, § 3º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos,
a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, na forma e gra-
dação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
§ 4º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servi-
dor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.

4. ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA


A Administração Pública, em nosso ordenamento jurídico, é formada tanto pela Adminis-
tração Direta quanto pela Administração Indireta.
Ao passo que a Administração Direta é formada por órgãos públicos, a Administração In-
direta compõe-se de entidades públicas.

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Quatro são as entidades que podem vir a constituir a Administração Indireta, sendo elas:
autarquias, empresas públicas, fundações públicas e sociedades de economia mista.
Ao passo que as autarquias são pessoas jurídicas de direito público, as empresas públi-
cas e as sociedades de economia mista, em sentido oposto, são pessoas jurídicas de direi-
to privado.
Com relação às fundações públicas, ainda que haja entendimentos minoritários em senti-
do contrário, tais entidades são classificadas, de acordo com o STF, em pessoas jurídicas de
direito público.

Art. 105. A Administração Pública é direta quando efetivada por órgão de qualquer dos Poderes do
Estado e Municípios.
§ 1º As entidades da Administração Pública indireta do Estado e Municípios são instrumentos des-
centralizados de prestação de serviços públicos, compondo-se:
I – das autarquias;
II – das sociedades de economia mista;
III – das empresas públicas;
IV – das fundações públicas;
V – das demais entidades de direito sob o controle direto ou indireto do Estado e Municípios, inclu-
sive sob a forma de participação acionária.

De fundamental importância é conhecermos o diploma constitucional referente à organiza-


ção da administração indireta:

Art. 105, § 3º Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, estas últimas com área de atua-
ção definidas em lei complementar federal.
§ 4º Depende de autorização legislativa, em casa caso, a criação de subsidiárias das entidades
mencionadas no parágrafo anterior, assim como a participação de qualquer delas ou do Estado e
Municípios em empresa privada.

Estes dois incisos são preciosos para o nosso estudo. Dada sua importância, lista-se abai-
xo as informações necessárias para a correta compreensão do enunciado.
a) Para a criação de uma autarquia, é necessário apenas a edição de uma lei específica.
Para as demais entidades, ao contrário, a lei específica apenas autoriza a sua criação, sendo
necessário, ainda, que o ente político promova a inscrição dos atos respectivos no registro
público competente;
b) As autarquias adquirem personalidade jurídica com a edição da lei específica. As de-
mais entidades, com o registro público de seus atos constitutivos;
c) Um cuidado maior deve ser dado às fundações: ainda que o texto constitucional as rela-
cione ao lado das demais entidades com personalidade jurídica de direito privado (sociedades
de economia mista e empresas públicas), o STF já se posicionou no sentido de admitir que as

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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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fundações também possam ser criadas com personalidade jurídica de direito público, oportu-
nidade em que seriam classificadas como uma espécie do gênero autarquia, mais precisamen-
te como autarquias fundacionais ou fundações autárquicas.
d) Ainda que a Constituição Federal estabeleça ser necessária autorização legislativa para
a criação de subsidiárias das entidades da administração indireta, o STF já decidiu que basta
a simples menção, na lei que cria ou autoriza a criação da entidade, de autorização para a
criação da subsidiária.
Caso um município resolva criar uma autarquia e queira, futuramente, criar subsidiárias
dessa entidade, basta que a lei específica que tenha criado a autarquia disponha, em algum de
seus artigos, que fica autorizada, desde já, a criação das respectivas subsidiárias.
Evita-se, com isso, a necessidade de nova edição de lei específica com o único propósito
de autorizar a criação das subsidiárias das entidades da administração indireta.
e) Um cuidado maior deve ser dado no que se refere à participação das entidades da ad-
ministração indireta no capital de empresas privadas. Neste caso, obrigatoriamente devemos
ter a edição de uma autorização legislativa para cada uma das situações.

f) A parte final do § 3º prevê que lei complementar estabelecerá as áreas de atuação das
Fundações. Deve ser ressaltado que as fundações públicas podem ser tanto de direito público
quanto de direito privado. Para ambos os tipos de fundação, a regra da necessidade de edição
de uma lei complementar é aplicada.
No entanto, não podemos confundir as fundações públicas de direito privado com as fun-
dações privadas. Estas, que não fazem parte da administração pública (sendo reguladas, por
isso mesmo, pelo Direito Civil), não necessitam da edição da mencionada norma.

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Já falamos sobre as autarquias e as fundações públicas. Agora, veremos as principais


peculiaridades das empresas públicas e das sociedades de economia mista.
As empresas públicas e as sociedades de economia mista são a parte da administração
indireta mais voltada para o direito privado, sendo chamadas, por parte da doutrina, de empre-
sas estatais.
A primeira definição importante é que ambas as entidades (empresas públicas e sociedade
de economia mista), podem ser divididas, no que se refere à área de atuação, entre prestado-
ras de serviço público e atuantes na atividade econômica. Dessa forma, temos dois tipos de
empresas públicas e dois tipos de sociedades de economia mista.
Contudo, sejam elas prestadoras de serviços públicos ou exploradoras de atividade eco-
nômica, as empresas estatais sempre possuirão personalidade jurídica de direito privado. A
diferença está no ramo do direito que regerá a atuação das entidades: no caso de exploradoras
de atividade econômica, serão as estatais regidas pelas regras do direito privado. No caso de
empresas prestadoras de serviços públicos, as entidades serão regidas pelo direito público.

Como exemplo de empresas estatais exploradoras de atividade econômica temos a Caixa Eco-
nômica Federal (empresa pública) e o Banco do Brasil (sociedade de economia mista). Como
tais entidades disputam o mercado com as demais empresas privadas, e em plena sintonia
com o princípio da livre concorrência, devem ser regidas pelo direito privado.
Como exemplo de empresas estatais prestadoras de serviços públicos temos os Correios
(empresa pública) e a Sabesp (sociedade de economia mista). Em ambas as entidades, nota-
-se que o objetivo primordial não é auferir lucros, mas sim prestar um serviço à coletividade.
Logo, nada mais natural do que tais entidades estarem regidas pelo direito público.

 Obs.: A atividade administrativa do Estado se organizará em sistemas, de modo especial o


de planejamento, finanças e administração geral.
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5. LICITAÇÕES PÚBLICAS
O dever de licitar decorre de uma disposição constitucional. Quando da promulgação da
Constituição Estadual, o legislador optou por conferir uma regra mais bem detalhada para as
compras e demais aquisições que envolvessem recursos públicos, possibilitando, assim, que
houvesse um maior controle por parte de toda a sociedade e dos próprios Tribunais de Contas.

Art. 105, § 6º Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alie-
nações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de con-
dições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamentos, man-
tidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências
de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

Do artigo constitucional, podemos concluir que a regra é a realização de licitação, ou seja,


toda a administração pública de todas as esferas de governo, ressalvadas algumas poucas
exceções, estão obrigadas a licitar.
E para normatizar e detalhar a regra constitucional é que foi promulgada a Lei n. 8.666, que
estabelece como regra a realização do procedimento, e como exceções as possibilidades de
termos uma licitação dispensável, dispensada ou inexigível.
A licitação dispensável ocorre quando a administração, desejando adquirir bens ou servi-
ços, pode escolher entre realizar o procedimento ou contratar diretamente com os particula-
res. Para tal, as situações devem estar previamente estabelecidas em lei.

Como exemplo, podemos citar a situação onde uma determinada Prefeitura precisa adquirir pão e
demais alimentos perecíveis para utilizar como lanche para as crianças de uma escola pública.
Imagine como seria complicado se a cada aquisição a administração tivesse que proceder a
uma nova licitação. Ainda, temos que considerar que tais gêneros são perecíveis, o que pode-
ria resultar, caso o procedimento licitatório não ocorresse em um curto espaço de tempo, em
alimentos fora das condições necessárias para a alimentação das crianças.
Assim, para evitar que tais riscos ocorram, a Lei n. 8.666 confere à administração a possibilidade de
dispensar o procedimento, contratando diretamente com a empresa que achar mais conveniente.

A licitação inexigível, por sua vez, ocorre nas situações em que há inviabilidade de competição,
de forma que a realização de licitação encontra-se seriamente prejudicada. Em tais situações, a úni-
ca alternativa cabível para o Poder Público é a contratação direta com os particulares.

Seria o caso da administração pública necessitar de uma máquina que só seja fabricada por
uma determinada empresa. Neste caso, não há a menor possibilidade de ocorrer a licitação,
uma vez que apenas uma empresa dispõe de objeto para ofertar à administração.
Assim, a administração negocia diretamente com tal empresa, observados, sempre, os princí-
pios que norteiam toda a atividade administrativa.

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Por fim, temos as situações de licitação dispensada, decorrentes de institutos específicos


e normalmente relacionados com repartições públicas. Nestas situações, previstas no artigo
17 da Lei n. 8.666, a administração, assim como ocorre nas hipóteses de licitação inexigível,
está impedida de realizar o procedimento.

Como exemplo, podemos citar a situação onde um determinado órgão público resolve vender
um imóvel que anteriormente recebera como dação em pagamento (podemos entender dação
em pagamento como uma forma de pagamento que substitui a anteriormente contratada).

Assim, se a Administração Pública aceita um imóvel como pagamento de uma dívida an-
teriormente celebrada com o contribuinte e, posteriormente, opta por alienar tal imóvel, não
poderá realizar tal procedimento através de licitação.

6. ADMINISTRAÇÃO FAZENDÁRIA
No âmbito da Administração Pública, a intitulada “administração tributária” exerce um pa-
pel de extrema importância para cada um dos entes federativos.
E isso acontece na medida em que é por meio da administração tributária que os Estados
e Municípios, por exemplo, conseguem instituir tributos e arrecadar recursos para a realização
das políticas públicas constitucionalmente e legalmente previstas.
No âmbito constitucional, duas são as previsões que devem ser memorizadas pelos can-
didatos, sendo elas:
a) a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de
competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, exclusiva ao
desempenho das atividades que lhes são inerentes, na forma da lei;
b) As administrações tributárias, estadual e municipais, atividades essenciais ao funcio-
namento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prio-
ritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o
compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio.

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7. CONTRATO DE GESTÃO
O contrato de gestão, também conhecido como acordo-programa, pode ser conceituado
como o vínculo estabelecido entre a administração direta com outros órgãos da administra-
ção, com entidades da administração indireta ou ainda com as organizações sociais, entida-
des do terceiro setor.
Nota-se, dessa forma, que a administração direta sempre será um dos polos da relação
contratual firmada. Salienta-se, no entanto, que parte da doutrina critica a possibilidade de ce-
lebração de contrato entre a administração direta e seus próprios órgãos.
Isso porque o contrato possui como característica os interesses antagônicos, ou seja, cada
uma das partes possui objetivos distintos com a celebração contratual.
Quando a administração celebra um contrato administrativo com um particular com o pro-
pósito de este prestar serviços ao Poder Público, temos interesses distintos:
Para a administração, o objetivo é o recebimento dos serviços contratados sem a necessi-
dade de utilização de seu quadro funcional. Para o particular, o objetivo é auferir lucro com a
prestação da atividade.
Da mesma forma, temos que os órgãos que compões a administração direta não possuem
personalidade jurídica, de forma que, em última análise, a celebração do contrato de gestão
entre a administração direta e alguns de seus órgãos é a instrumentalização de um vínculo em
que a administração direta encontra-se dos dois lados.
Por isso mesmo, o mais correto seria a menção ao termo “convênio”, que possui como
característica a busca de interesses comuns entre os participantes. Ainda assim, o termo con-
trato será utilizado, uma vez que é o adotado pelas bancas organizadoras.

Importante frisar que os efeitos da celebração do contrato de gestão são opostos a de-
pender de estarmos diante de um vínculo celebrado com órgãos e entidades públicas ou com
organizações sociais.
Quanto o contrato de gestão é celebrado com órgãos da administração direta ou com enti-
dades da administração indireta, temos um aumento da autonomia, de forma que tais órgãos
ou entidades passam a contar com uma maior liberdade para desempenhar suas atribuições.
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Em contrapartida, exige-se deles a eficiência na prestação da atividade pública. Quando


alguma das entidades da administração indireta for uma autarquia ou uma fundação pública,
estas, após a celebração do contrato de gestão, passam a ser qualificadas como agências
executivas.
Ocorrendo a celebração com as organizações sociais, que são entidades privadas e sem
fins lucrativos, a autonomia funcional, em sentido oposto, será restringida.
O motivo para tal é que tais entidades não integram a administração pública, podendo,
antes da celebração contratual, exercer suas atividades de acordo com o seu estrito interesse.
Com a celebração contratual, as organizações sociais passam a contar com uma maior
fiscalização por parte da administração, uma vez que devem, obrigatoriamente, cumprir com
todas as obrigações contratualmente estabelecidas, encontrando-se sujeitas à fiscalização do
Poder Público.

A possibilidade de celebração de contrato de gestão está expressa no § 14 do artigo 105,


com a seguinte redação:

Art. 105, § 14. A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administra-
dores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou
entidade, cabendo a lei dispor sobre:
I – o prazo de duração do contrato;
II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidades
dos dirigentes;
III – a remuneração do pessoal.

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8. SERVIDORES PÚBLICOS
8.1. ADMISSÃO DE PESSOAL
A Administração Pública direta, autárquica e fundacional do Estado e dos Municípios terá
sua atividade exercida por servidores públicos, ocupantes de cargos ou empregos públicos.
Tanto os cargos quanto os empregos públicos serão criados por lei. No caso dos cargos
públicos, o provimento poderá ocorrer em caráter efetivo ou em comissão, sendo tais agen-
tes regidos por um estatuto próprio aprovado pela maioria absoluta dos membros do Poder
Legislativo.
Estabelece a Constituição Estadual, no artigo 109, I a VII, as regras relacionadas com a
admissão de pessoal no serviço público:

Art. 109. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes do Estado e dos Muni-
cípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
e, também, ao seguinte:
I – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requi-
sitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público
de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego,
na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de
livre nomeação e exoneração;
IV – o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual
período;
V – durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso
público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados
para assumir cargo ou emprego na carreira;
VII – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efe-
tivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, con-
dições e percentuais previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento;

Dos incisos acima expostos, conseguimos perceber que os brasileiros natos ou natura-
lizados podem ocupar qualquer cargo público, desde que para tal obedeçam aos requisitos
estipulados em lei para o respectivo exercício.
Com relação aos estrangeiros, temos como regra a impossibilidade de tais pessoas ocu-
parem cargos, empregos ou funções públicas.
No entanto, e com o objetivo de incentivar o desenvolvimento nacional em setores estraté-
gicos (tais como a pesquisa e a educação), a Constituição assegurou a possibilidade dos es-
trangeiros terem acesso às funções estatais. Para tal, basta que o ente federativo interessado
edite uma lei disciplinando a forma como se dará o exercício.

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Quando à investidura, temos a previsão constitucional da realização de concurso público


como critério de seleção. Dessa forma, o concurso público pode ser entendido como o proce-
dimento administrativo instaurado pelo Poder Público com o objetivo de selecionar os candi-
datos mais aptos para o exercício de cargos e empregos públicos.
O fundamento para a realização do concurso está na vedação às contratações pautadas
em critérios subjetivos, tal como o apadrinhamento e a nomeação de pessoas conhecidas em
troca de benefícios escusos. Identifica-se, assim, que a realização de concurso público está
pautada na observância dos princípios da impessoalidade, da moralidade, da isonomia e da
legalidade.
A regra geral é que todas as pessoas possam participar do concurso público, que deverá
ser amplamente divulgado como forma de encontrar interessados. Neste ponto, merece des-
taque o fato da publicidade oficial do edital de concurso público ser condição imprescindível
para a produção de efeitos perante terceiros.
Da mesma forma, o concurso público deve sempre ser pautado em critérios objetivos de
escolha, ainda que algumas fases do certame, eventualmente, sejam constituídas por exame
de títulos ou por experiência profissional comprovada.
Consequentemente, pode-se afirmar que jamais poderemos ter um concurso público re-
alizado apenas com a fase da análise de títulos, uma vez que tal procedimento colocaria em
risco a objetividade e a lisura da seleção.
O prazo de validade de um concurso público será de, no máximo, 2 anos, de forma que a
administração pode, perfeitamente, realização concurso público com prazo de validade inferior
ao constitucionalmente previsto.
Trata-se a prorrogação do prazo de validade do concurso de uma faculdade para a adminis-
tração que o realizou. Caso, no entanto, queira prorrogar, deverá ser observado o mesmo prazo
inicialmente previsto para a validade do certame.

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Neste mesmo sentido, durante o prazo inicialmente previsto para a validade do concurso,
ainda que a administração possa realizar nova seleção, os candidatos aprovados no primeiro
processo deverão ser chamados com prioridade sobre novos aprovados.

Uma autarquia realiza concurso público para provimento de cargos vagos, estabelecendo, em
seu edital, prazo de validade de 2 anos e possibilidade de prorrogação por mais 2 anos.
Tendo realizado o concurso, e estando dentro do prazo de validade de 2 anos, poderá a admi-
nistração, em tese, realizar uma nova seleção, oportunidade em que uma nova lista de aprova-
dos será gerada.
Não pode a administração, nesta situação, chamar os aprovados na segunda seleção sem que
tenha esgotado a lista do primeiro concurso realizado.

A exceção à regra da obrigatoriedade de realização de concurso público são os cargos em


comissão declarados em lei como de livre nomeação e exoneração.
Para estes cargos, poderá a autoridade competente livremente nomear e exonerar os res-
pectivos servidores, não havendo necessidade, inclusive, de motivação dos atos respectivos.

Importante mencionar que as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servi-


dores ocupantes de cargos efetivos, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por ser-
vidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se
apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

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Mas atenção! Somente poderão ocupar cargos em comissão e os de direção nas funda-
ções, empresas públicas e sociedades de economia mista profissionais que ostentem a qua-
lificação técnica correspondente.
Como forma de observar o princípio da impessoalidade, a Constituição determina que a lei
reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de defici-
ência, definindo os critérios de sua admissão.

Art. 108, § 2º A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portado-
ras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão.

Compete à lei estabelecer, também, os casos de contratação por tempo determinado para
atender à necessidade temporária de excepcional interesse público. Nesta situação, os agen-
tes não ocuparão um cargo ou um emprego público, mas sim uma função pública.
Importante frisar que os agentes temporários não são regidos por um estatuto (tal como
ocorre com os servidores públicos) ou pelas normas da CLT (tal como ocorre com os emprega-
dos públicos), mas sim por uma lei específica, própria de cada ente federativo.
O fato de não estarem regidos pela CLT é fundamental para determinar qual a justiça com-
petente para o julgamento dos seus litígios. Neste sentido, o STJ já e manifestou que não com-
pete a Justiça do Trabalho processar e julgas as causas relativas aos agentes temporários,
mas sim à Justiça Comum, conforme se observa do teor do Agravo Regimental 134888:

1. Cabe à Justiça Comum processar e julgar as causas entre a administração e seus con-
tratados temporários, admitidos com fundamento no art. 37, IX, da Constituição Federal.
Precedentes do STJ e do STF. Devido à característica da temporariedade, não há neces-
sidade de realização de concurso público para a admissão dos temporários, bastando a
utilização de processo seletivo simplificado.

8.2. REMUNERAÇÃO DOS AGENTES ESTATAIS


Atualmente, o sistema remuneratório da administração pública conta com três formas dis-
tintas de categorias jurídicas, sendo elas o subsídio, os vencimentos e o salário.
O subsídio caracteriza-se por ser a forma de pagamento realizado em parcela única, sendo
vedado o acréscimo de qualquer tipo de gratificação, adicional ou verba de representação.
Constitui o subsídio a forma mais transparente de remunerar os servidores públicos, uma
vez que evita as chamadas gratificações imprecisas ou pouco detalhadas. Por meio do subsí-
dio, temos um valor único fixado em lei, de forma que o valor final a ser recebido pelo servidor
já é conhecido de antemão, sem a possibilidade de recebimento gratificações ou adicionais
que se incorporem ao vencimento.
De acordo com a constituição federal, todas as classes de servidores podem receber por
meio de subsídio, desde que alterem a lei que regula a respectiva carreira funcional.

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Para algumas categorias, no entanto, temos a determinação constitucional do recebimento por


meio de subsídio, sem a hipótese de alteração, ainda que por intermédio de norma legal, sendo elas:
• Agentes Políticos (Chefes do Executivo, Parlamentares, Magistrados, Ministros, Secretários);
• Membros da Advocacia Geral da União;
• Defensores Públicos;
• Procurador Geral da Fazenda Pública;
• Procuradorias dos Estados e do Distrito Federal;
• Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Militar;
• Corpo de Bombeiros Militar.

Art. 110, § 8º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Secretários de Estado e os


Secretários Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única,
vedado o acréscimo de qualquer gratificação adicional, abono, prêmio, verba de representação ou
outra qualquer espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no artigo 37, X e XI
da Constituição Federal.
§ 12. A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos
do § 8º.

Também chamada de remuneração em sentido estrito, o vencimento é a recebida pelos


servidores públicos estatutários. Compreende o vencimento básico, que corresponde ao pa-
drão que cada servidor ocupa na carreira, acrescido das vantagens pecuniárias previstas em
lei, tais como as gratificações, os adicionais, os abonos e as ajudas de custo.
Por salário devemos entender o valor que é pago aos empregados públicos, uma vez que
estes, ainda que integrantes das entidades da administração indireta, encontram-se submeti-
dos ao mesmo regime jurídico dos trabalhadores da iniciativa privada, fazendo jus a todas as
regras e direitos a eles garantidos.
Em nosso ordenamento, o diploma que estabelece as regras pertinentes aos empregados
públicos, bem como aos empregados em geral, é a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

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Importante mencionar que remuneração e o subsídio dos servidores públicos somente


poderão ser fixados ou alterados por lei específica, que deverá observar a iniciativa privati-
va, em cada caso, e assegurar a revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção
de índices.
Além disso, as seguintes disposições da Constituição Estadual merecem ser memorizadas
em relação à remuneração dos agentes estatais:
a) ao servidor público é garantido piso salarial nunca inferior ao salário mínimo fixado pelo
Governo Federal;
b) os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser
superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
c) é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o
efeito de remuneração de pessoal do serviço público;
d) os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem
acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores.
e) o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredu-
tíveis, ressalvadas as exceções constitucionalmente previstas.
f) fica fixado como limite único, no âmbito de qualquer dos Poderes, do Tribunal de Contas,
do Ministério Público do Estado do Amazonas e dos Municípios, para fins de teto remunera-
tório do serviço público, o subsídio mensal em espécie dos Desembargadores do Tribunal de
Justiça do Estado, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento ao subsídio
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal;
g) nenhum servidor ou empregado público prestará jornada de trabalho superior a 8 horas
diárias e 44 horas semanais, exceto quando em plantão, caso em que a duração do trabalho
não excederá a 12 horas.
h) o trabalho docente, executado pelo professor entre as 18 horas e as 23 horas, terá um
acréscimo de 10% sobre a remuneração do trabalho diurno.
i) lei estadual ou municipal poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor remu-
neração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, as regras relacionadas com o
teto remuneratório.
j) os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do sub-
sídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos.

8.3. ACUMULAÇÃO DE CARGOS, EMPREGOS E FUNÇÕES


Como regra, é vedada a acumulação remunerada de cargos, empregos ou funções públi-
cas, vedação esta que se abrange, de acordo com a previsão constitucional, as autarquias,
fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e socieda-
des controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.
Devem observar a regra da vedação à acumulação de cargos, empregos ou funções públi-
cas todos os órgãos e entidades da Administração Pública de todos os entes federativos.

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Em caráter de exceção, a Constituição Estadual apresenta as situações em que a acumula-


ção será lícita. Para tal, deverá ser observada, em todos os casos, a compatibilidade de horários.

Art. 109, XV - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver com-
patibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso X deste artigo:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
XVI – a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações,
empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas,
direta ou indiretamente, pelo poder público;

Além das hipóteses elencadas pelo mencionado artigo, a Constituição Federal apresenta,
ainda, três outras situações em que a acumulação é considerada lícita, sendo elas:
• Cargo de juiz com outro de magistério;
• Cargo de membro do Ministério Público com outro de magistério;
• Cargo eletivo de vereador com o cargo ocupante pelo servidor eleito;

Em todas as situações, conforme já afirmado, deve ser observada a regra da compatibili-


dade de horários para que a acumulação seja considerada lícita. Logo, é correto afirmar que a
acumulação de cargos, empregos ou funções públicas apenas será possível quando as jorna-
das forem passíveis de exercício em horários distintos.
As hipóteses que configuram exceção à regra da impossibilidade de acumulação de cargos,
empregos ou funções públicas podem ser mais bem visualizadas por meio do gráfico a seguir:

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Importante destacar que, com a edição da Emenda Constitucional n. 102/2019, o § 3º do


artigo 42 da Constituição Federal passou a constar com a seguinte redação:

Art. 42, § 3º Aplica-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios o disposto no
art. 37, inciso XVI, com prevalência da atividade militar.

Com isso, abriu-se a possibilidade dos militares do Distrito Federal, dos Estados e, caso
sejam instituídos, dos Territórios, acumularem cargos públicos.

Para fins de prova, devemos memorizar que, atualmente, o mi-


litar do Distrito Federal e dos Estados poderá acumular:
a) um cargo de professor com outro militar;
b) um cargo militar com outro técnico ou científico;
c) um cargo militar com outro da saúde com profissão regu-
lamentada;

8.4. MANDATO ELETIVO


Caso o servidor público da administração direta, autárquica e fundacional seja elei-
to para o desempenho de mandato eletivo, devem ser aplicadas uma série de regras,
sendo elas:
a) tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu car-
go, emprego ou função;
b) investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe
facultado optar pela sua remuneração. Esta regra também é aplicável, na visão do STF, ao ser-
vidor investido no cargo de Vice Prefeito.
c) investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as
vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e,
não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
d) em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por
merecimento;

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9. SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS


9.1. MEDIDAS PARA PARTICIPAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DOS SERVIDORES
Duas são as principais medidas que serão adotadas pelos entes federativos com a finalida-
de de possibilitar a participação e o desenvolvimento dos servidores públicos.
A primeira delas trata-se da instituição, pelo Estado e pelos Municípios, de um Conselho
de Política de Administração e Remuneração de pessoal, que será integrado por servidores
designados pelos respectivos Poderes. Neste sentido, a fixação dos padrões de vencimento e
dos demais componentes do sistema remuneratório observará os seguintes aspectos:
a) a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de
cada carreira;
b) os requisitos para a investidura;
c) as peculiaridades dos cargos.

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A segunda medida trata-se da manutenção de Escola de Governo para a formação e o


aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos
requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou con-
tratos entre os entes federados.

Art. 110. O Estado e os Municípios instituirão conselho de política de administração e remuneração


de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório
observará:
I – a natureza, a grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos integrantes de cada carreira;
II – os requisitos para investidura;
III – as peculiaridades do cargo.
§ 2º O Estado manterá escola própria para formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos,
constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada,
para isso, a celebração de convênios ou contratos com outros entes da Federação.

9.2. DIREITOS SOCIAIS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS


Diversos dos direitos sociais atribuídos aos trabalhadores em geral são estendidos aos
servidores públicos. Tal lista comporta, atualmente, os seguintes direitos:
a) salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas neces-
sidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer,
vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem
o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
b) garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
c) décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
d) remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
e) salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos ter-
mos da lei;
f) repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
g) remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à
do normal;
h) gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salá-
rio normal;
i) licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e
vinte dias;
j) licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
k) proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos
termos da lei;

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l) redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
m) proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
Além dos direitos sociais, dois outros direitos são estabelecidos pelo texto da Constituição
Estadual para os servidores:
a) adicional por tempo de serviço;
b) promoção para os cargos organizados em carreira;
Em relação à promoção, devemos memorizar que, de acordo com o § 4º do artigo 110, “A
promoção do servidor estatutário ocorrerá, obrigatoriamente, com interstício máximo de dois
anos, obedecidos os critérios de antiguidade e merecimento, alternativamente, na forma da lei”.

 Obs.: O servidor público estadual, quando no exercício de sua atividade no interior do Estado,
poderá ser convocado pelo Poder Legislativo Municipal a prestar informações, restrin-
gindo-se essas, exclusivamente, a sua área de atuação e âmbito de competência.

9.3. DIREITO DE GREVE DE ASSOCIAÇÃO PROFISSIONAL OU SINDICAL


Com relação ao direito de associação profissional ou sindical, estabelece o texto consti-
tucional que todos os servidores públicos civis possuem o direito de se associar profissional-
mente ou a sindicato:

Art. 110, § 6º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:


I – a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro
no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização
sindical;
II – é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de ca-
tegoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores
ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;
III – ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclu-
sive em questões judiciais ou administrativas;
IV – a Assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será
descontada em folha, para custeio do sistema confederativo, da representação sindical respectiva,
independentemente da contribuição prevista em lei;
V – ninguém será obrigado a filiar-se ou manter-se filiado a sindicato;
VI – é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;
VII – o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
VIII – é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo
de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do
mandato, salvo se cometer falta grave, nos termos da lei.

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Salienta-se que o mencionado inciso não é extensível a todos os agentes públicos, mas
sim apenas aos servidores públicos civis. Em sentido oposto, os militares não possuem o di-
reito à livre associação sindical, conforme previsão do artigo 142, IV, da Constituição Federal:

Art. 142, IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve;

 Obs.: O servidor público, investido em função executiva em Instituição Sindical representa-


tiva de classe, será afastado do serviço pelo tempo que durar seu mandato, sendo-lhe
assegurados todos os direitos e vantagens do cargo com se em exercício efetivamen-
te estivesse, exceto promoção por merecimento.

Importante questão refere-se à possibilidade de greve por parte dos servidores públicos.
De início, estabelece a Constituição que “o direito de greve será exercido nos termos e nos li-
mites definidos em lei específica”.
Como se observa, trata-se de uma norma de eficácia limitada, carecendo de regulamenta-
ção legal para que possa entrar em vigor. E como tal lei, até o momento, ainda não foi editada,
questionava-se se o direito à greve, por parte dos servidores públicos, poderia ser exercido.
Quando a questão chegou à análise do STF, determinou o tribunal em questão, em decisão
histórica, que o direito à greve dos servidores públicos civis não poderia ser obstado, devendo
ser aplicado a tais agentes, até a edição da lei regulamentadora, as normas relativas à Lei
Geral da Greve (Lei n. 7.783).
Merece destaque, com relação à possibilidade de greve, passagem extraída do voto do Mi-
nistro Celso de Mello, no julgamento do MI 708, que exemplifica com maestria o entendimento
da Suprema Corte:

Não mais se pode tolerar, sob pena de fraudar-se a vontade da Constituição, esse estado
de continuada, inaceitável, irrazoável e abusiva inércia do Congresso Nacional, cuja omis-
são, além de lesiva ao direito dos servidores públicos civis - a quem se vem negando,
arbitrariamente, o exercício do direito de greve, já assegurado pelo texto constitucional -,
traduz um incompreensível sentimento de desapreço pela autoridade, pelo valor e pelo
alto significado de que se reveste a Constituição da República.

Dessa forma, os servidores públicos civis podem perfeitamente fazer uso do direito de
greve a eles assegurados, com a ressalva de que certos serviços, devido à sua essencialidade
para a coletividade, não podem ser objeto de paralisação coletiva, devendo, nestas situações,
ser mantido um contingente de servidores para evitar danos à população.

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Nem todos os agentes públicos poderão fazer uso da greve. Estabelece a Constituição
Federal (artigos 142, § 3º, IV e artigo 42, § 1º) que os militares das Forças Armadas (Marina,
Exército e Aeronáutica) e dos respectivos Estados, Distrito Federal e Territórios não poderão
utilizar tal direito. Por aplicação analógica, o STF possui entendimento de que os policiais civis
também estão impedidos de fazer greve.

9.4. ESTABILIDADE
A estabilidade constitui uma das principais garantias dos servidores públicos estatutários.
Por meio dela, objetiva-se proporcionar que o servidor desempenhe suas atribuições sem a
coação das autoridades superiores, que, se não fosse a estabilidade, poderiam condicionar
determinados comportamentos dos servidores à exoneração do cargo público.
Destaca-se que a estabilidade ocorre no âmbito do serviço público, e não do cargo em que
o servidor encontra-se investigo. Neste sentido, merece destaque o entendimento de José
dos Santos Carvalho Filho:

A estabilidade é instituto que guarda relação com o serviço, e não com o cargo. Emana daí que, se
o servidor já adquiriu estabilidade no serviço ocupando determinado cargo, não precisará de novo
estágio probatório no caso de permanecer em sua carreira, cujos patamares são alcançados nor-
malmente pelo sistema de promoções.

De acordo com as disposições da Constituição Estadual, são estáveis após três anos de
efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de con-
curso público. Entretanto, deve ser ressaltado que, como condição para a aquisição da esta-
bilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para tal
finalidade.
Não se trata a estabilidade, no entanto, de uma regra absoluta, uma vez que não existem
direitos e garantias com esta qualidade.

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Caso assim o fosse, estaríamos diante de um sério risco de engessamento do serviço


público, com a possibilidade surreal de termos servidores praticando faltas graves contra a ad-
ministração sem a possibilidade de demissão. Assim sendo, os servidores estáveis somente
poderão perder os respectivos cargos públicos nas seguintes situações:
a) em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
b) mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
c) mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma da lei comple-
mentar federal, assegurada ampla defesa.

Art. 112. São estáveis após três anos de exercício os servidores nomeados para cargo de provimen-
to efetivo em virtude de concurso público.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma da lei complementar
federal, assegurada ampla defesa.
§ 4º Como condição para aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempe-
nho por comissão instituída para essa finalidade.

Decorrem da estabilidade uma série de institutos legais. Para fins de prova de Direito Cons-
titucional, duas disposições da presente norma devem ser, se possível, memorizadas pelos
candidatos.

 Obs.: Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e
o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito
a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade, com remune-
ração proporcional ao tempo de serviço.

Sempre que o servidor, tendo sido demitido, não concordar com a penalidade aplicada,
poderá ele ajuizar uma ação judicial com o objetivo de invalidar a sentença.
Sendo esta deferida pelo Poder Judiciário, deverá ele ser reintegrado ao cargo que ante-
riormente ocupava. Caso tal cargo já esteja provido, e eventual ocupante da vaga deverá ser,
se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização, aproveitado em outro
cargo, ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

 Obs.: Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponi-
bilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado apro-
veitamento em outro cargo.

Tendo sido o cargo público extinto, ou então em caso de declarada a sua desnecessidade,
o servidor, sendo estável, ficará em disponibilidade aguardando um futuro aproveitamento.
Durante a disponibilidade, o servidor receberá remuneração proporcional ao tempo de serviço.

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QUESTÕES DE CONCURSOS
001. (FGV/AFM/PREF. SALVADOR/2019/ADAPTADA) Leia o fragmento a seguir.
“A doutrina de Direito Administrativo ensina que a Administração Pública deve tratar a todos
sem favoritismos, perseguições, simpatias ou animosidades políticas ou ideológicas”.
Assinale a opção que indica o princípio da Administração Pública, expresso na Constituição
Estadual, do qual decorre diretamente o fragmento acima.
a) Competitividade, segundo o qual todas as pessoas devem ter as mesmas possibilidades
de ingressarem no serviço público, mediante concurso público, independentemente da idade.
b) Publicidade, segundo o qual todos os atos administrativos precisam ser publicados em até
quinze dias, para que todos os administrados tenham ciência.
c) Impessoalidade, que se traduz na ideia de que a atuação do agente público visa ao interesse
da coletividade, e não a beneficiar ou prejudicar alguém em especial.
d) Continuidade do serviço público, que se traduz na ideia de que os atos administrativos não
podem ser interrompidos quando houver mudança na gestão do órgão público.
e) Seletividade, segundo o qual o poder público deve escolher, discricionariamente, as socieda-
des empresárias e as pessoas mais qualificadas para serem contratadas.

Tratar a todos sem favoritismos, perseguições, simpatias ou animosidades políticas ou ideoló-


gicas é medida que decorre diretamente do princípio constitucional da impessoalidade.
De acordo com este princípio, a atuação do Poder Público deve buscar, sempre, o bem-estar da
coletividade, evitando privilégios ou perseguições.
Letra c.

002. (FGV/EPP/PREF. SALVADOR/2019) Analise o trecho a seguir.


“A atividade administrativa deve ser exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional.”
Assinale a opção que apresenta o princípio fundamental da Administração Pública ao qual o
trecho faz referência.
a) Legalidade.
b) Impessoalidade.
c) Moralidade.
d) Publicidade.
e) Eficiência.

Na medida em que a questão elenca as características da presteza, perfeição e rendimento


funcional, o princípio constitucional que se coaduna com tais informações é o da eficiência.
Letra e.

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003. (FGV/AGTT/PREF. SALVADOR/2019) O Município de Salvador elaborou plano estraté-


gico para melhorar as atividades de fiscalização pelos agentes de trânsito e transporte e as
condições de segurança, higiene e conforto dos veículos do sistema de transporte público.
Neste contexto, a busca de melhores resultados práticos, menos desperdícios e maior produ-
tividade decorre do seguinte princípio da Administração Pública:
a) Moralidade.
b) Impessoalidade.
c) Isonomia.
d) Segurança Jurídica.
e) Eficiência.

A resposta para a questão está no trecho do enunciado que afirma “a busca de melhores resul-
tados práticos, menos desperdícios e maior produtividade”. Aqui, estamos claramente diante
do princípio da eficiência, que, em linhas gerais, otimiza as atividades do Poder Público.
Letra e.

004. (FGV/TJ/TJ-CE/JUDICIÁRIA/2019) Maria exerce a função de confiança de Diretora do


Departamento de Engenharia e Arquitetura de determinado Tribunal de Justiça.
De acordo com as disposições constitucionais sobre a administração pública e os agentes
públicos, é correto afirmar que Maria:
a) é necessariamente servidora pública ocupante de cargo efetivo;
b) é necessariamente pessoa não concursada ocupante de cargo de livre nomeação e exoneração;
c) é necessariamente servidora pública ocupante de cargo em comissão;
d) pode ser pessoa não concursada ocupante de cargo de livre nomeação ou servidora ocu-
pante de cargo efetivo;
e) pode ser pessoa não concursada ocupante de cargo de livre nomeação ou servidora contra-
tada temporariamente.

A questão exige o conhecimento das disposições do artigo 109, VII, da Constituição Estadual,
que apresenta a seguinte redação:

Art. 109, VII - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de car-
go efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos,
condições e percentuais previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento;
Sendo assim, Maria, que exerce uma função de confiança, deve, obrigatoriamente, ser uma
servidora ocupante de cargo efetivo.
Letra a.

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005. (FGV/TJ/TJ-AL/JUDICIÁRIA/2018/ADAPTADA) A Constituição Estadual tem como re-


gra geral a vedação de acumulação remunerada de cargos públicos. Ocorre que o texto cons-
titucional autoriza tal acumulação em casos excepcionais, quando houver compatibilidade de
horários, como na hipótese de:
a) dois cargos de nível técnico ou científico;
b) dois cargos da área de educação;
c) dois cargos da área jurídica;
d) um cargo de magistrado estadual com um cargo de professor;
e) um cargo de professor com outro de prestador de serviço público.

As hipóteses que configuram exceção à regra da impossibilidade de acumulação de cargos,


empregos ou funções públicas podem ser mais bem visualizadas por meio do gráfico a seguir:

Sendo assim, apenas a Letra D retrata uma situação em que a acumulação de cargos é possível.
Letra d.

006. (FGV/ANA/MPE-AL/JURÍDICA/2018) João tomou posse no cargo de agente admi-


nistrativo, de provimento efetivo, após regular aprovação em concurso público de provas.
Como o seu objetivo era o de alcançar a estabilidade no cargo, procurou um advogado e
solicitou informações a respeito dos requisitos a serem preenchidos para que tal venha
a ocorrer.

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À luz da narrativa acima e dos requisitos estabelecidos pela ordem jurídica, o advogado res-
pondeu corretamente que João
a) somente poderia adquirir a estabilidade caso tivesse sido aprovado em concurso público de
provas e títulos.
b) irá adquirir estabilidade após três anos de efetivo exercício e parecer favorável da comissão
de avaliação.
c) irá adquirir estabilidade após dois anos de efetivo exercício e parecer favorável da comissão
de avaliação.
d) irá adquirir estabilidade após o decurso de três anos de efetivo exercício, somente.
e) irá adquirir estabilidade após o decurso de dois anos de efetivo exercício, somente.

Para adquirir a estabilidade, o servidor público deve contar com três anos de efetivo exercício
no respectivo cargo. Além disso, é obrigatória a avaliação de desempenho, a ser realizada por
comissão instituída para esta finalidade.

Art. 112. São estáveis após três anos de exercício os servidores nomeados para cargo de provimen-
to efetivo em virtude de concurso público.
§ 4º Como condição para aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempe-
nho por comissão instituída para essa finalidade.

Com isso, eliminamos as Letras C, D e E. Na Letra A, o erro está em afirmar que a estabilidade
apenas é possível quando estivermos diante de concurso público de provas e títulos. Em sen-
tido diverso, os concursos podem ser realizados tanto de provas quanto de provas e títulos,
sendo que em ambas as situações, desde que atendidos os requisitos estabelecidos, a estabi-
lidade poderá ocorrer.
Letra b.

007. (CEBRASPE/PJ/MPE-RN/2009/ADAPTADA) Assinale a opção que apresenta princípio


da administração pública que não esteja expressamente previsto na Constituição Estadual.
a) legalidade
b) impessoalidade
c) moralidade
d) publicidade
e) eficácia

Apenas a Letra E não retrata um princípio norteador da Administração Pública Estadual.

Art. 104, § 1º A atividade da Administração Pública destina-se à consecução dos objetivos do Go-
verno, com a finalidade de promover o bem-estar geral e sujeitar-se-á aos princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Letra e.

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008. (CEBRASPE/AAP/PGE-PE/CALCULISTA/2019/ADAPTADA) À luz da Constituição Esta-


dual, julgue o item a seguir.
Os aprovados em concurso público ainda em prazo improrrogável de convocação terão priori-
dade de convocação sobre os aprovados em concurso público posterior para o mesmo cargo
ou para emprego na mesma carreira.

Durante o prazo de validade do concurso, nada impede que a Administração Pública realize um
novo certame com o objetivo de formar cadastro de reserva de pessoal. No entanto, durante
o prazo improrrogável de validade do concurso, os aprovados na primeira seleção deverão ser
chamados com prioridade sobre os demais aprovados.

Art. 109, V - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em
concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos con-
cursados para assumir cargo ou emprego na carreira;
Certo.

009. (CEBRASPE/ASSJ/TJ-AM/”SEM ÁREA”/2019/ADAPTADA) No que concerne aos servi-


dores públicos, julgue o item subsecutivo.
Funções de confiança e cargos em comissão destinam-se apenas às atribuições de direção,
chefia e assessoramento.

Tanto as funções de confiança quanto os cargos em comissão são destinados, nos termos da
Constituição Estadual, às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

Art. 109, VII - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de car-
go efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos,
condições e percentuais previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento;
Certo.

010. (CEBRASPE/ASSJ/TJ-AM/”SEM ÁREA”/2019/ADAPTADA) No que concerne aos servi-


dores públicos, julgue o item subsecutivo.
Servidor público investido em mandato de vice-prefeito exercerá as funções e perceberá as
vantagens de ambos os cargos, desde que haja compatibilidade de horários.

No caso do servidor ser eleito para o cargo de Vice-Prefeito, devem ser aplicadas as mesmas
regras vigentes para o cargo de Prefeito. Logo, o servidor será afastado do cargo, emprego ou
função, podendo optar pela remuneração que irá receber.
Errado.

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011. (CEBRASPE/ANA MIN/MPE-CE/DIREITO/2020/ADAPTADA) Julgue o próximo item, re-


lativo à organização político-administrativa do Estado.
A Constituição Estadual veda a criação de diferenciações entre brasileiros e estrangeiros em
relação à investidura em cargos, empregos e funções públicas.

A Constituição Estadual estabelece sim diferenciações entre brasileiros e estrangeiros no que


se refere à investidura em cargos, empregos e funções públicas. Ao passo que os cargos, em-
pregos e funções são acessíveis a todos os brasileiros (desde que atendam aos requisitos le-
gais), os estrangeiros apenas poderão vir a ocupar cargos, empregos e funções nas hipóteses
em que a lei estabelecer.

Art. 109, I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham
os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
Errado.

012. (CEBRASPE/AFCA/SEFAZ-AL/2020/ADAPTADA) Com relação a déficit público, reforma


administrativa, reforma previdenciária, responsabilidade fiscal, regra de ouro e ordenação de
despesa, julgue o item a seguir.
Com a reforma administrativa ocorrida em 1998, os servidores públicos passaram a adquirir a
estabilidade a partir da posse no cargo público.

A estabilidade apenas é adquiria pelos servidores públicos aprovados por meio de concurso
público após 3 anos de efetivo exercício.

Art. 112. São estáveis após três anos de exercício os servidores nomeados para cargo de provimen-
to efetivo em virtude de concurso público.
Errado.

013. (CEBRASPE/AAP/PGE-PE/CALCULISTA/2019/ADAPTADA) Ainda à luz da Constituição


Estadual, julgue o item subsecutivo.
Governador de estado será remunerado por subsídio fixado em parcela única, com o devido
acréscimo do respectivo adicional de gratificação de função.

O Governador, por ser um ocupante de Poder, realmente receberá por meio de subsídio. No
entanto, esta forma de pagamento veda o acréscimo de adicionais e gratificações, diferente do
que informado pela questão.

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Art. 110, § 8º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Secretários de Estado e os
Secretários Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única,
vedado o acréscimo de qualquer gratificação adicional, abono, prêmio, verba de representação ou
outra qualquer espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no artigo 37, X e XI
da Constituição Federal.
Errado.

014. (CEBRASPE/ASSIST/FUB/ADMINISTRAÇÃO/2018/ADAPTADA) Servidor público está-


vel poderá perder o cargo mediante processo administrativo disciplinar, no qual lhe deve ser
assegurada a ampla defesa.

A questão elenca uma das hipóteses em que o servidor público estável poderá vir a perder o
cargo público.

Art. 112, § 1º O servidor público estável só perderá o cargo:


I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma da lei complementar
federal, assegurada ampla defesa.
Certo.

015. (CESPE/TMCI/PREF. JOÃO PESSOA/2018/ADAPTADA) Acerca da administração públi-


ca e da organização dos poderes, julgue o item subsequente.
O princípio da eficiência determina que a administração pública direta e indireta adote critérios
necessários para a melhor utilização possível dos recursos públicos, evitando desperdícios e
garantindo a maior rentabilidade social.

A questão apresenta, de forma correta, o sentido do princípio da eficiência, ou seja, a adoção


de critérios para a melhor utilização dos recursos públicos, evitando com isso desperdícios.
Certo.

016. (CESPE/AG/TCE-PB/DOCUMENTAÇÃO/2018/ADAPTADA) De acordo com o regime


constitucional brasileiro, as denominadas funções de confiança devem ser exercidas
a) de forma exclusiva por servidor ocupante de cargo efetivo, e destinam-se apenas às atribui-
ções de direção, chefia e assessoramento.
b) por servidor aposentado que retorne ao serviço público para exercer qualquer atividade di-
versa daquela em que tenha se dado a aposentadoria.
c) somente por quem não possua cargo efetivo, nos limites fixados na legislação, e se desti-
nam apenas à atividade meio.

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d) por qualquer cidadão, salvo se forem destinadas a atividades de direção ou assessoramen-


to jurídico.
e) por pessoa natural, com ou sem vínculo com o poder público, e destinam-se a qualquer ati-
vidade — meio ou fim — realizada na administração pública.

De acordo com o artigo 110, VII, temos a previsão de que “as funções de confiança, exercidas
exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem
preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais previstos em lei,
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento”.
Letra a.

017. (CESPE/ESC POL/PC-MA/2018/ADAPTADA) De acordo com a Constituição Estadual,


as funções de confiança
a) devem ser preenchidas exclusivamente por servidores estáveis e ocupantes de cargo efetivo.
b) destinam-se a atribuições de coordenação que demandem relação de confiança pessoal.
c) devem ser preenchidas por servidores de carreira nos percentuais mínimos previstos em lei.
d) podem ser preenchidas indistintamente por servidores ou não servidores, e seus ocupantes
são demissíveis ad nutum.
e) destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

As funções de confiança, assim como acontece com os cargos em comissão, são destinados
às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

Art. 109, VII - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo
efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições
e percentuais previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;
Letra e.

018. (CESPE/TJ/STJ/ADMINISTRATIVA/2018/ADAPTADA) As funções de confiança devem


ser exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo e se destinam apenas
às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

A questão está correta, em conformidade com o texto da Constituição Estadual:

Art. 109, VII - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de car-
go efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos,
condições e percentuais previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento;
Certo.

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019. (CESPE/TJ/STJ/ADMINISTRATIVA/2018/ADAPTADA) Julgue o seguinte item de acor-


do com as disposições constitucionais e legais acerca dos agentes públicos.
A acumulação remunerada de cargos públicos é vedada, exceto quando houver compatibilida-
de de horários, caso em que será possível, por exemplo, acumular até três cargos de profissio-
nais de saúde.

As exceções à regra da vedação à acumulação remunerada de cargos, empregos e funções


públicas estão estabelecidas no artigo 109, XV:

Art. 109, XV - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver com-
patibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso X deste artigo:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
Logo, a possibilidade de é de exercício de dois cargos ou empregos privativos de profissionais
de saúde, e não, conforme informa a questão, três cargos.
Errado.

020. (CESPE/TJ/STJ/ADMINISTRATIVA/2018/ADAPTADA) Julgue o seguinte item de acor-


do com as disposições constitucionais e legais acerca dos agentes públicos.
A investidura em cargo, emprego ou função pública exige a prévia aprovação em concurso
público de provas ou de provas e títulos, na forma prevista em lei.

Apenas a investidura em cargo ou emprego público é que depende de aprovação prévia em


concurso público de provas ou de provas e títulos. O exercício das funções públicas, em senti-
do contrário, independe da realização de concurso.
Errado.

021. (CESPE/AG/TCE-PE/ADMINISTRAÇÃO/2017/ADAPTADA) De acordo com a Constitui-


ção Estadual, é vedada a contratação de servidor público por tempo determinado.

Ao contrário do que informa a questão, a Constituição Estadual determina que a lei estabele-
cerá os casos de contratação por tempo determinado para atender à necessidade temporária
de excepcional interesse público.

Art. 108, § 1º A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público.
Errado.

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022. (CESPE/AJ TRT7/TRT 7/APOIO ESPECIALIZADO/MEDICINA DO TRABALHO/2017/


ADAPTADA) O princípio que rege a administração pública e que exige dos agentes públicos a
busca dos melhores resultados e um menor custo possível, é o da
a) moralidade.
b) eficiência.
c) legalidade.
d) impessoalidade.

A busca por melhores resultados é característica que decorre diretamente do princípio consti-
tucional da eficiência.
Letra b.

023. (CESPE/AJ/TRE-PE/JUDICIÁRIA/2017/ADAPTADA) O servidor público titular de cargo


efetivo de determinada autarquia que passe a exercer mandato de deputado estadual
a) ficará afastado do cargo efetivo e receberá apenas a remuneração do cargo eletivo.
b) ficará afastado do cargo efetivo, podendo optar pela remuneração do cargo efetivo ou do
cargo eletivo.
c) poderá desempenhar os dois cargos se houver compatibilidade de horários, caso em que
perceberá as vantagens do cargo efetivo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, inde-
pendentemente de submissão ao teto remuneratório.
d) poderá desempenhar os dois cargos mesmo se houver incompatibilidade de horários, caso
em que perceberá as vantagens do cargo efetivo, sem prejuízo da remuneração do cargo eleti-
vo, observado o teto remuneratório.
e) poderá ou não se licenciar do cargo efetivo, mas, caso não se licencie, perceberá apenas a
remuneração do cargo efetivo.

Considerando que o cargo eletivo em questão é estadual, deverá o servidor afastar-se do cargo
público até então ocupado. Nesta hipótese, não há possibilidade de escolha da remuneração,
devendo o agente receber, no período, a remuneração do cargo eletivo de Deputado Estadual.

Art. 109, XVII - relativamente ao servidor ou empregado público da administração direta, autárquica
e fundacional, no exercício de mandato eletivo, observar-se-á o seguinte:
a) tratando-se de mandato eletivo federal ou estadual, ficará afastado de seu cargo, emprego ou
função;
Letra a.

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024. (CESPE/AJ/TRE-BA/ADMINISTRATIVA/”SEM ESPECIALIDADE”/2017/ADAPTADA)


Conforme a Constituição Estadual, o servidor público adquirirá a estabilidade
a) independentemente de ter sido investido no cargo em decorrência de aprovação prévia em
concurso público.
b) mesmo se ocupar cargo comissionado.
c) após 3 anos do efetivo exercício do cargo.
d) ainda que não realize avaliação especial de desempenho.
e) após os 4 anos do estágio probatório.

De acordo com o artigo 112, “São estáveis após três anos de exercício os servidores nomea-
dos para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público”.
Letra c.

025. (CESPE/TA/ANTAQ/2014/ADAPTADA) A respeito dos agentes públicos, julgue o


próximo item.
Os cargos em comissão, criados por lei, destinam-se somente às atribuições de direção, chefia
e assessoramento.

Trata-se de previsão da Constituição Estadual, conforme estabelece o artigo 109, VII:

Art. 109, VII - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de car-
go efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos,
condições e percentuais previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento;
Certo.

026. (CESPE/AG ADM/MTE/2014/ADAPTADA) Apenas por meio de prévia aprovação em


concurso de provas ou de provas e títulos, poderá o cidadão brasileiro ter acesso aos cargos e
empregos públicos.

Ainda que o concurso seja a regra para admissão de pessoal no serviço público, certas situa-
ções são excepcionadas por tal mandamento. Como exemplo, cita-se o cargo em comissão,
que pode perfeitamente ser ocupado por pessoa que não possua, até o momento, vínculo com
o Poder Público.
Errado.

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027. (CESPE/TA/ICMBIO/2014/ADAPTADA) É obrigatória a realização de concurso público


para provimento de cargo efetivo na administração direta ou indireta.

Todos os órgãos e entidades da Administração Pública Direta ou Indireta devem realizar con-
curso como forma de admissão de pessoal. Neste sentido é o teor do artigo 109, II, da Consti-
tuição Estadual:

Art. 109. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes do Estado e dos Muni-
cípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
e, também, ao seguinte:
II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público
de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego,
na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de
livre nomeação e exoneração;
Certo.

028. (CESPE/ADMIN/SUFRAMA/2014/ADAPTADA) Considerando que o trabalho seja fun-


damental para a dignidade da pessoa humana, é correto afirmar que a acumulação de car-
gos públicos é regra na legislação brasileira, devendo-se observar apenas a compatibilidade
de horários.

Como regra, temos a vedação à acumulação de cargos, empregos e funções públicas, situação
que apenas poderá ocorrer nas situações constitucionalmente previstas.
Errado.

029. (CESPE/ANATA MIN/MIN/2013/ADAPTADA) A ausência de previsão de acesso de es-


trangeiros a cargos públicos coaduna-se com a política de soberania do Estado brasileiro, que
restringe as funções públicas aos brasileiros que gozam de direitos políticos.

Ao contrário do que afirma a questão, os cargos públicos também podem ser exercidos pelos
estrangeiros, desde que estes observem as regras estabelecidas em lei.

Art. 109, I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham
os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
Errado.

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030. (CESPE/MGE/SEDF/2017/ADAPTADA) Considerando os dispositivos constitucionais


relativos ao exercício do serviço público no Brasil, julgue o item a seguir.
A estabilidade para servidores públicos se dará após dois anos de efetivo exercício no servi-
ço público.

A estabilidade apenas é adquirida após três anos de efetivo exercício, conforme previsão da
Constituição Estadual:

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Errado.

031. (CESPE/TA/ANVISA/2016/ADAPTADA) João, após aprovação em concurso público, foi


nomeado em 2015 para integrar o quadro de uma entidade da administração indireta dotada
de personalidade jurídica de direito privado.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item seguinte.
Na situação descrita, após três anos de efetivo exercício, João adquirirá a estabilidade estatu-
tária, própria dos servidores públicos, desde que seja aprovado em estágio probatório.

Os empregados públicos não adquirem estabilidade, uma vez que são regidos pelas disposi-
ções da CLT.
Errado.

032. (CETAP/2015/MPC-PA/ANALISTA – DIREITO/ADAPTADA) Os atos de improbidade ad-


ministrativa importarão na perda da função pública, na indisponibilidade dos bens e no ressar-
cimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

A questão retrata a literalidade do § 43 artigo 104, que, por sua vez, estabelece as regras gerais
acerca da improbidade administrativa.

Art. 104, § 3º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos,
a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, na forma e grada-
ção previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
Certo.

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GABARITO
1. c 12. E 23. a
2. e 13. E 24. c
3. e 14. C 25. C
4. a 15. C 26. E
5. d 16. a 27. C
6. b 17. e 28. E
7. e 18. C 29. E
8. C 19. E 30. E
9. C 20. E 31. E
10. E 21. E 32. C
11. E 22. b

Diogo Surdi
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.

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