Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DO ESTADO DO
AMAZONAS
Administração Pública
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
SUMÁRIO
Administração Pública ................................................................................................................... 4
1. Disposições Gerais ...................................................................................................................... 4
1.1. Conceito de Administração Pública ...................................................................................... 4
2. Princípios da Administração Pública ...................................................................................... 7
2.1. Legalidade .................................................................................................................................. 8
2.2. Impessoalidade ........................................................................................................................ 9
2.3. Moralidade .............................................................................................................................. 10
2.4. Publicidade .............................................................................................................................. 11
2.5. Eficiência ..................................................................................................................................12
3. Improbidade Administrativa ....................................................................................................13
4. Administração Direta e Indireta ............................................................................................ 14
5. Licitações Públicas ................................................................................................................... 18
6. Administração Fazendária .......................................................................................................19
7. Contrato de Gestão ................................................................................................................... 20
8. Servidores Públicos.................................................................................................................. 22
8.1. Admissão de Pessoal ............................................................................................................. 22
8.2. Remuneração dos Agentes Estatais ................................................................................. 25
8.3. Acumulação de Cargos, Empregos e Funções ................................................................. 27
8.4. Mandato Eletivo .................................................................................................................... 29
9. Servidores Públicos Civis ........................................................................................................ 30
9.1. Medidas para Participação e Desenvolvimento dos Servidores ................................. 30
9.2. Direitos Sociais Aplicáveis aos Servidores Públicos ......................................................31
9.3. Direito de Greve de Associação Profissional ou Sindical .............................................. 32
9.4. Estabilidade ............................................................................................................................ 34
Questões de Concursos ............................................................................................................... 36
Gabarito ...........................................................................................................................................49
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 2 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 3 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
1. DISPOSIÇÕES GERAIS
1.1. CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Modernamente, a expressão “administração pública” pode ser conceituada por meio de
diferentes sentidos ou acepções. Da mesma forma, poderemos fazer uso da expressão em seu
sentido amplo (lato) ou em sentido estrito (stricto).
Dizemos que em sentido lato (ou amplo), a administração pública compreende, além da
função administrativa, os órgãos de governo, que são aqueles que exercem funções políticas.
De acordo com esta acepção, a administração pública abrange desde a elaboração e fixa-
ção das diretrizes a serem seguidas na elaboração das políticas públicas até a própria execu-
ção de todas estas políticas. A elaboração compete à função política. A execução, à função
administrativa.
Teremos a elaboração de uma política pública quando o Poder Legislativo edita uma lei deter-
minando a adoção de certas medidas com a finalidade de manutenção do bem-estar coletivo
(tal como ocorre, por exemplo, com a edição de uma norma que estabelece que certos estabe-
lecimentos comerciais apenas podem permanecer abertos até determinado horário).
Teremos a execução de uma política pública quando o Poder Executivo, por meio de seus
agentes públicos, fiscaliza se a norma em questão está sendo observada pelos proprietários
de estabelecimentos comerciais.
Adotando o conceito de administração pública em sentido amplo, as duas situações são con-
sideradas “administração pública”.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 4 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
Se tomarmos como referência o exemplo anterior, apenas a execução das atividades necessá-
rias à verificação do cumprimento do horário de funcionamento dos estabelecimentos comer-
ciais é considerada administração pública. Em sentido oposto, a elaboração da mencionada lei
não entra no conceito estrito de administração.
O sentido estrito é o adotado em nosso ordenamento jurídico, de forma que apenas será
considerada administração pública as atividades destinadas à execução das políticas públicas.
Fomento: Incentivo à iniciativa privada para determinadas funções públicas (tal como ocorre
com um incentivo fiscal concedido para que uma organização social atue em uma atividade
pública, auxiliando a administração);
Serviços Públicos: Prestação de determinadas atividades para toda a população, regidas pelo
direito público (como o serviço postal e o serviço de telecomunicações);
Polícia Administrativa: Restrição de algum direito particular em prol do benefício de toda a
coletividade (como a apreensão de mercadorias vencidas em um supermercado, evitando uma
possível intoxicação generalizada);
Intervenção: Quando o Estado intervém em determinadas atividades privadas (tal como ocorre
quando é realizada uma desapropriação para fins de reforma agrária).
Pelo critério material, não temos uma lista taxativa de atividades que são consideradas
administração pública, mas podemos afirmar que todas as atividades listadas acima possuem
algo em comum: são áreas importantes para o bem-estar da população e para a preservação
do interesse coletivo geral.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 5 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
Dessa forma, tal sentido não leva em conta quem é o responsável pela prestação da ativi-
dade, mas sim quais atividades são consideradas administração pública.
De acordo com o critério material, desta forma, uma concessionária de serviço público,
ainda que não faça parte das entidades que compõem formalmente a administração, será
considerada administração pública, uma vez que desempenha serviços públicos muitas vezes
essenciais à população.
Em sentido oposto, o desempenho de certas atividades, ainda que por intermédio de uma
das entidades que compõem a administração indireta, não será considerado administra-
ção pública.
O motivo para tal, conforme já mencionado, é que o critério material apenas leva em conta
as atividades que são desempenhadas (a matéria) e não os responsáveis pela sua execução.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 6 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
Estabelece o artigo 104 da Constituição Estadual a definição geral acerca do termo Admi-
nistração Pública.
Art. 104. A Administração Pública é o conjunto de órgãos dos Poderes do Estado e dos Municípios
e suas entidades descentralizadas, responsáveis pela execução dos serviços públicos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 7 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
Com o passar dos anos, os princípios adquiriram força de norma jurídica, de forma que,
atualmente, possuem imperatividade e impõem condutas a serem seguidas pelos seus desti-
natários. Nos dias atuais, a doutrina majoritária possui o entendimento de que, os princípios,
por serem normas gerais e dotadas de altíssimo grau de abstração, possuem hierarquia supe-
rior, até mesmo, às demais normas jurídicas.
Na visão do STF, violar um princípio, por exemplo, é muito pior do que violar uma lei, haja vista
que, ao infringir um princípio, se está desobedecendo a todo o ordenamento jurídico vigente.
Podemos relacionar a força normativa dos princípios com a construção de uma torre:
Inicialmente, e como forma de evitar que um futuro desabamento ocorra, devem os responsá-
veis pela construção garantir que a base seja extremamente sólida. Caso contrário, ainda que
o restante da construção seja perfeita, correrá a obra o risco de desabar, situação que deixaria
todo o trabalho posterior seriamente comprometido.
Assim também ocorre com o nosso ordenamento jurídico: Se não tivermos uma base sólida
(os Princípios), toda a construção posterior (as Leis) pode ficar comprometida.
De acordo com a Constituição Estadual, são princípios que devem ser observados pela Ad-
ministração Pública: a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência.
Art. 104, § 1º A atividade da Administração Pública destina-se à consecução dos objetivos do Go-
verno, com a finalidade de promover o bem-estar geral e sujeitar-se-á aos princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
2.1. LEGALIDADE
O princípio da legalidade não é uma peculiaridade da atividade administrativa, estando
presente em todo o Estado Democrático de Direito. Tal princípio liga-se, basicamente, à ideia
de que toda e qualquer atividade da Administração Pública deve pautar-se na vontade popular.
E isso é bem simples de entender: Uma vez que se é a população quem escolhe seus repre-
sentantes através do voto, presume-se que ela, a população, é quem atua, ainda que indireta-
mente, através da manifestação de seus representantes.
E, como se sabe, toda e qualquer norma jurídica que inove o ordenamento deve ter a par-
ticipação dos representantes populares. Indiretamente, portanto, quem está editando leis e
inovando o ordenamento pátrio é a própria população.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 8 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
“As leis administrativas são, normalmente, de ordem pública, e seus preceitos não podem ser des-
cumpridos, nem mesmo por acordo ou vontade conjunta de seus aplicadores e destinatários, uma
vez que contêm verdadeiros poderes-deveres, irrelegáveis pelos agentes públicos”.
Obs.: O conceito da Legalidade é o de que a Administração Pública só pode fazer aquilo que
estiver previsto em lei.
Percebam que este conceito é o oposto do que é aplicado à iniciativa privada, ou seja,
enquanto aos particulares é permitido fazer tudo aquilo que não esteja proibido em lei, à admi-
nistração apenas é permitido fazer o que esta determinar ou autorizar.
2.2. IMPESSOALIDADE
O princípio da Impessoalidade pode ser entendido como aquele que determina que a atua-
ção da Administração Pública seja, a um mesmo momento, transparente, sem favorecimentos
para os agentes públicos e com o claro objetivo de alcançar a finalidade pública.
Percebe-se, desta forma, que a Impessoalidade pode ser analisada sob três importan-
tes aspectos:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 9 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
2.3. MORALIDADE
A primeira informação que temos que saber é que a Moral Administrativa difere em muitos
aspectos da moral comum.
Enquanto a Moralidade Administrativa está ligada à ideia de boa ou má administração e
aos preceitos éticos da probidade, decoro e boa-fé, a moral comum está baseada unicamente
na crença entre o bem e o mal.
Dessa forma, nota-se que a Moral Administrativa é um conceito bem mais amplo que o da
moral comum.
E justamente por ser um conceito amplo é que surgem as principais dúvidas pertinentes
a este princípio: Seria ele de caráter subjetivo ou objetivo? Em caso de desrespeito, teríamos
anulação ou revogação?
Nos dias atuais, já está pacificado na doutrina que o princípio da moralidade, ainda que
dotado de certo grau de subjetivismo (pois certas situações podem depender do julgamento
de cada administrador, que terá uma opinião sobre o ato ser ou não contrário à moralidade), o
princípio é de caráter objetivo.
Como decorrência da moralidade, merece ser destacado o teor da Súmula Vinculante n. 13,
de seguinte teor:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 10 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
Art. 104, § 2º A moralidade dos atos do poder público será apurada, para efeito de controle e invali-
dação, em função de dados objetivos da situação concreta.
§ 5º É vedada a nomeação ou designação para os cargos comissionados dos Poderes do Estado,
Executivo, os de Secretário de Estado, Secretário Executivo, Secretário Adjunto, Dirigentes de Autar-
quias, de Fundações, de Empresas Públicas, Ordenador de Despesa, aplicável também ao Legislati-
vo e Judiciário, ao Tribunal de Contas do Estado e Ministério Público Estadual e de suas entidades
descentralizadas, e aos Municípios, excetuando-se os cargos de assessoramento técnico, dos con-
siderados inelegíveis em razão de atos ilícitos, nos termos da legislação federal.
2.4. PUBLICIDADE
O princípio da publicidade, de acordo com José dos Santos Carvalho Filho, pode ser assim
conceituado:
Indica que os atos da Administração devem merecer a mais ampla divulgação possível entre os
administrados, e isso porque constitui fundamento do princípio propiciar-lhes a possibilidade de
controlar a legitimidade da conduta dos agentes administrativos. Só com a transparência dessa
conduta é que poderão os indivíduos aquilatar a legalidade ou não dos atos e o grau de eficiência
de que se revestem.
Do conceito apresentado, percebe-se que dois são os sentidos em que a publicidade pode
ser compreendida:
a) Como a necessidade de que todos os atos administrativos sejam publicados para que
possam produzir seus efeitos: Nesse sentido, importante destacar que a publicidade está re-
lacionada como a eficácia do ato administrativo, ou seja, os atos administrativos só podem
produzir efeitos perante terceiros depois de serem devidamente publicados no meio oficial.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 11 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
Art. 105, § 8º As leis e atos administrativos serão publicados no órgão oficial do Estado ou do
Município, ou, ainda, nos diários eletrônicos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Tribunal
de Contas do Estado, e, no caso dos Municípios, no diário oficial eletrônico municipal, e, havendo
previsão em lei municipal, no diário eletrônico da Associação Amazonense dos Municípios, para
que produzam os efeitos regulares, podendo a publicação de atos não normativos ser resumida,
importando a não publicação na ineficácia do ato e a punição da autoridade responsável pelo fato.
§ 11. A Administração é obrigada a fornecer a qualquer interessado, no prazo máximo de quinze
dias, certidão de atos, contratos, decisões ou pareceres que não tenham sido previamente declara-
dos sigilosos, sob pena de responsabilidade da autoridade ou servidor que negar ou retardar a sua ex-
pedição e, no mesmo prazo, deverá atender às requisições judiciais, se outro não for fixado pelo juiz.
2.5. EFICIÊNCIA
Basicamente, a eficiência pode ser entendida como “fazer mais com menos”. É, de acordo
com esta análise, a obrigatoriedade dos agentes públicos pautarem suas atuações de acordo
com padrões de economicidade.
No entanto, importante salientar que o Poder Público, ao contrário do que acontece com a
iniciativa privada, nem sempre deve pautar suas escolhas tomando como base os gastos pú-
blicos realizados. Como é sabido, a finalidade primordial da Administração Pública é garantir
o bem-estar da coletividade.
Logo, diante de duas situações apresentadas, e considerando que uma delas revela-se
mais econômica e a outra atende de melhor forma aos interesses coletivos, deve o Poder Pú-
blico optar pela segunda alternativa.
Caso seja realizado o procedimento licitatório para a prestação de serviço público à população,
será declarado vencedor, via de regra, o licitante que apresentar a proposta de melhor valor.
Nestas situações, a administração está agindo com economicidade e eficiência, evitando des-
perdícios de recursos públicos. alterei no exemplo do slide
No entanto, em determinadas situações, a Lei n. 8.666 (que é a norma das licitações) estabele-
ce margem de preferência para os produtos manufaturados e para os serviços nacionais resul-
tantes de desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no país. Nestas situações, o que
está sendo levado em consideração é o interesse coletivo, uma vez que toda a população resulta
beneficiada com o desenvolvimento, por exemplo, de serviços que inovem a tecnologia do país.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 12 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
Art. 105, § 12. A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública dire-
ta e indireta, regulando especialmente:
I – as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manuten-
ção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade
dos serviços.
II – o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre ato de governo, obser-
vado o disposto no artigo 9º.
III – a disciplina de representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou
função na administração pública.
§ 13. Os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da administração direta e indi-
reta que possibilite o acesso a informações privilegiadas são os definidos em lei federal.
3. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Para compreendermos as disposições relacionadas com a improbidade administrativa,
devemos, em um primeiro momento, entender a origem da prática dos atos de improbidade.
Assim, devemos fazer menção ao princípio da moralidade, que, em sentido amplo, compor-
ta os subprincípios da probidade, decoro e boa-fé.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 13 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
Art. 104, § 3º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos,
a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, na forma e gra-
dação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
§ 4º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servi-
dor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 14 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
Quatro são as entidades que podem vir a constituir a Administração Indireta, sendo elas:
autarquias, empresas públicas, fundações públicas e sociedades de economia mista.
Ao passo que as autarquias são pessoas jurídicas de direito público, as empresas públi-
cas e as sociedades de economia mista, em sentido oposto, são pessoas jurídicas de direi-
to privado.
Com relação às fundações públicas, ainda que haja entendimentos minoritários em senti-
do contrário, tais entidades são classificadas, de acordo com o STF, em pessoas jurídicas de
direito público.
Art. 105. A Administração Pública é direta quando efetivada por órgão de qualquer dos Poderes do
Estado e Municípios.
§ 1º As entidades da Administração Pública indireta do Estado e Municípios são instrumentos des-
centralizados de prestação de serviços públicos, compondo-se:
I – das autarquias;
II – das sociedades de economia mista;
III – das empresas públicas;
IV – das fundações públicas;
V – das demais entidades de direito sob o controle direto ou indireto do Estado e Municípios, inclu-
sive sob a forma de participação acionária.
Art. 105, § 3º Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, estas últimas com área de atua-
ção definidas em lei complementar federal.
§ 4º Depende de autorização legislativa, em casa caso, a criação de subsidiárias das entidades
mencionadas no parágrafo anterior, assim como a participação de qualquer delas ou do Estado e
Municípios em empresa privada.
Estes dois incisos são preciosos para o nosso estudo. Dada sua importância, lista-se abai-
xo as informações necessárias para a correta compreensão do enunciado.
a) Para a criação de uma autarquia, é necessário apenas a edição de uma lei específica.
Para as demais entidades, ao contrário, a lei específica apenas autoriza a sua criação, sendo
necessário, ainda, que o ente político promova a inscrição dos atos respectivos no registro
público competente;
b) As autarquias adquirem personalidade jurídica com a edição da lei específica. As de-
mais entidades, com o registro público de seus atos constitutivos;
c) Um cuidado maior deve ser dado às fundações: ainda que o texto constitucional as rela-
cione ao lado das demais entidades com personalidade jurídica de direito privado (sociedades
de economia mista e empresas públicas), o STF já se posicionou no sentido de admitir que as
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 15 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
fundações também possam ser criadas com personalidade jurídica de direito público, oportu-
nidade em que seriam classificadas como uma espécie do gênero autarquia, mais precisamen-
te como autarquias fundacionais ou fundações autárquicas.
d) Ainda que a Constituição Federal estabeleça ser necessária autorização legislativa para
a criação de subsidiárias das entidades da administração indireta, o STF já decidiu que basta
a simples menção, na lei que cria ou autoriza a criação da entidade, de autorização para a
criação da subsidiária.
Caso um município resolva criar uma autarquia e queira, futuramente, criar subsidiárias
dessa entidade, basta que a lei específica que tenha criado a autarquia disponha, em algum de
seus artigos, que fica autorizada, desde já, a criação das respectivas subsidiárias.
Evita-se, com isso, a necessidade de nova edição de lei específica com o único propósito
de autorizar a criação das subsidiárias das entidades da administração indireta.
e) Um cuidado maior deve ser dado no que se refere à participação das entidades da ad-
ministração indireta no capital de empresas privadas. Neste caso, obrigatoriamente devemos
ter a edição de uma autorização legislativa para cada uma das situações.
f) A parte final do § 3º prevê que lei complementar estabelecerá as áreas de atuação das
Fundações. Deve ser ressaltado que as fundações públicas podem ser tanto de direito público
quanto de direito privado. Para ambos os tipos de fundação, a regra da necessidade de edição
de uma lei complementar é aplicada.
No entanto, não podemos confundir as fundações públicas de direito privado com as fun-
dações privadas. Estas, que não fazem parte da administração pública (sendo reguladas, por
isso mesmo, pelo Direito Civil), não necessitam da edição da mencionada norma.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 16 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
Como exemplo de empresas estatais exploradoras de atividade econômica temos a Caixa Eco-
nômica Federal (empresa pública) e o Banco do Brasil (sociedade de economia mista). Como
tais entidades disputam o mercado com as demais empresas privadas, e em plena sintonia
com o princípio da livre concorrência, devem ser regidas pelo direito privado.
Como exemplo de empresas estatais prestadoras de serviços públicos temos os Correios
(empresa pública) e a Sabesp (sociedade de economia mista). Em ambas as entidades, nota-
-se que o objetivo primordial não é auferir lucros, mas sim prestar um serviço à coletividade.
Logo, nada mais natural do que tais entidades estarem regidas pelo direito público.
www.grancursosonline.com.br 17 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
5. LICITAÇÕES PÚBLICAS
O dever de licitar decorre de uma disposição constitucional. Quando da promulgação da
Constituição Estadual, o legislador optou por conferir uma regra mais bem detalhada para as
compras e demais aquisições que envolvessem recursos públicos, possibilitando, assim, que
houvesse um maior controle por parte de toda a sociedade e dos próprios Tribunais de Contas.
Art. 105, § 6º Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alie-
nações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de con-
dições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamentos, man-
tidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências
de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
Como exemplo, podemos citar a situação onde uma determinada Prefeitura precisa adquirir pão e
demais alimentos perecíveis para utilizar como lanche para as crianças de uma escola pública.
Imagine como seria complicado se a cada aquisição a administração tivesse que proceder a
uma nova licitação. Ainda, temos que considerar que tais gêneros são perecíveis, o que pode-
ria resultar, caso o procedimento licitatório não ocorresse em um curto espaço de tempo, em
alimentos fora das condições necessárias para a alimentação das crianças.
Assim, para evitar que tais riscos ocorram, a Lei n. 8.666 confere à administração a possibilidade de
dispensar o procedimento, contratando diretamente com a empresa que achar mais conveniente.
A licitação inexigível, por sua vez, ocorre nas situações em que há inviabilidade de competição,
de forma que a realização de licitação encontra-se seriamente prejudicada. Em tais situações, a úni-
ca alternativa cabível para o Poder Público é a contratação direta com os particulares.
Seria o caso da administração pública necessitar de uma máquina que só seja fabricada por
uma determinada empresa. Neste caso, não há a menor possibilidade de ocorrer a licitação,
uma vez que apenas uma empresa dispõe de objeto para ofertar à administração.
Assim, a administração negocia diretamente com tal empresa, observados, sempre, os princí-
pios que norteiam toda a atividade administrativa.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 18 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
Como exemplo, podemos citar a situação onde um determinado órgão público resolve vender
um imóvel que anteriormente recebera como dação em pagamento (podemos entender dação
em pagamento como uma forma de pagamento que substitui a anteriormente contratada).
Assim, se a Administração Pública aceita um imóvel como pagamento de uma dívida an-
teriormente celebrada com o contribuinte e, posteriormente, opta por alienar tal imóvel, não
poderá realizar tal procedimento através de licitação.
6. ADMINISTRAÇÃO FAZENDÁRIA
No âmbito da Administração Pública, a intitulada “administração tributária” exerce um pa-
pel de extrema importância para cada um dos entes federativos.
E isso acontece na medida em que é por meio da administração tributária que os Estados
e Municípios, por exemplo, conseguem instituir tributos e arrecadar recursos para a realização
das políticas públicas constitucionalmente e legalmente previstas.
No âmbito constitucional, duas são as previsões que devem ser memorizadas pelos can-
didatos, sendo elas:
a) a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de
competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, exclusiva ao
desempenho das atividades que lhes são inerentes, na forma da lei;
b) As administrações tributárias, estadual e municipais, atividades essenciais ao funcio-
namento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prio-
ritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o
compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 19 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
7. CONTRATO DE GESTÃO
O contrato de gestão, também conhecido como acordo-programa, pode ser conceituado
como o vínculo estabelecido entre a administração direta com outros órgãos da administra-
ção, com entidades da administração indireta ou ainda com as organizações sociais, entida-
des do terceiro setor.
Nota-se, dessa forma, que a administração direta sempre será um dos polos da relação
contratual firmada. Salienta-se, no entanto, que parte da doutrina critica a possibilidade de ce-
lebração de contrato entre a administração direta e seus próprios órgãos.
Isso porque o contrato possui como característica os interesses antagônicos, ou seja, cada
uma das partes possui objetivos distintos com a celebração contratual.
Quando a administração celebra um contrato administrativo com um particular com o pro-
pósito de este prestar serviços ao Poder Público, temos interesses distintos:
Para a administração, o objetivo é o recebimento dos serviços contratados sem a necessi-
dade de utilização de seu quadro funcional. Para o particular, o objetivo é auferir lucro com a
prestação da atividade.
Da mesma forma, temos que os órgãos que compões a administração direta não possuem
personalidade jurídica, de forma que, em última análise, a celebração do contrato de gestão
entre a administração direta e alguns de seus órgãos é a instrumentalização de um vínculo em
que a administração direta encontra-se dos dois lados.
Por isso mesmo, o mais correto seria a menção ao termo “convênio”, que possui como
característica a busca de interesses comuns entre os participantes. Ainda assim, o termo con-
trato será utilizado, uma vez que é o adotado pelas bancas organizadoras.
Importante frisar que os efeitos da celebração do contrato de gestão são opostos a de-
pender de estarmos diante de um vínculo celebrado com órgãos e entidades públicas ou com
organizações sociais.
Quanto o contrato de gestão é celebrado com órgãos da administração direta ou com enti-
dades da administração indireta, temos um aumento da autonomia, de forma que tais órgãos
ou entidades passam a contar com uma maior liberdade para desempenhar suas atribuições.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 20 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
Art. 105, § 14. A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administra-
dores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou
entidade, cabendo a lei dispor sobre:
I – o prazo de duração do contrato;
II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidades
dos dirigentes;
III – a remuneração do pessoal.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 21 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
8. SERVIDORES PÚBLICOS
8.1. ADMISSÃO DE PESSOAL
A Administração Pública direta, autárquica e fundacional do Estado e dos Municípios terá
sua atividade exercida por servidores públicos, ocupantes de cargos ou empregos públicos.
Tanto os cargos quanto os empregos públicos serão criados por lei. No caso dos cargos
públicos, o provimento poderá ocorrer em caráter efetivo ou em comissão, sendo tais agen-
tes regidos por um estatuto próprio aprovado pela maioria absoluta dos membros do Poder
Legislativo.
Estabelece a Constituição Estadual, no artigo 109, I a VII, as regras relacionadas com a
admissão de pessoal no serviço público:
Art. 109. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes do Estado e dos Muni-
cípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
e, também, ao seguinte:
I – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requi-
sitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público
de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego,
na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de
livre nomeação e exoneração;
IV – o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual
período;
V – durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso
público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados
para assumir cargo ou emprego na carreira;
VII – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efe-
tivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, con-
dições e percentuais previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento;
Dos incisos acima expostos, conseguimos perceber que os brasileiros natos ou natura-
lizados podem ocupar qualquer cargo público, desde que para tal obedeçam aos requisitos
estipulados em lei para o respectivo exercício.
Com relação aos estrangeiros, temos como regra a impossibilidade de tais pessoas ocu-
parem cargos, empregos ou funções públicas.
No entanto, e com o objetivo de incentivar o desenvolvimento nacional em setores estraté-
gicos (tais como a pesquisa e a educação), a Constituição assegurou a possibilidade dos es-
trangeiros terem acesso às funções estatais. Para tal, basta que o ente federativo interessado
edite uma lei disciplinando a forma como se dará o exercício.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 22 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 23 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
Neste mesmo sentido, durante o prazo inicialmente previsto para a validade do concurso,
ainda que a administração possa realizar nova seleção, os candidatos aprovados no primeiro
processo deverão ser chamados com prioridade sobre novos aprovados.
Uma autarquia realiza concurso público para provimento de cargos vagos, estabelecendo, em
seu edital, prazo de validade de 2 anos e possibilidade de prorrogação por mais 2 anos.
Tendo realizado o concurso, e estando dentro do prazo de validade de 2 anos, poderá a admi-
nistração, em tese, realizar uma nova seleção, oportunidade em que uma nova lista de aprova-
dos será gerada.
Não pode a administração, nesta situação, chamar os aprovados na segunda seleção sem que
tenha esgotado a lista do primeiro concurso realizado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 24 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
Mas atenção! Somente poderão ocupar cargos em comissão e os de direção nas funda-
ções, empresas públicas e sociedades de economia mista profissionais que ostentem a qua-
lificação técnica correspondente.
Como forma de observar o princípio da impessoalidade, a Constituição determina que a lei
reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de defici-
ência, definindo os critérios de sua admissão.
Art. 108, § 2º A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portado-
ras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão.
Compete à lei estabelecer, também, os casos de contratação por tempo determinado para
atender à necessidade temporária de excepcional interesse público. Nesta situação, os agen-
tes não ocuparão um cargo ou um emprego público, mas sim uma função pública.
Importante frisar que os agentes temporários não são regidos por um estatuto (tal como
ocorre com os servidores públicos) ou pelas normas da CLT (tal como ocorre com os emprega-
dos públicos), mas sim por uma lei específica, própria de cada ente federativo.
O fato de não estarem regidos pela CLT é fundamental para determinar qual a justiça com-
petente para o julgamento dos seus litígios. Neste sentido, o STJ já e manifestou que não com-
pete a Justiça do Trabalho processar e julgas as causas relativas aos agentes temporários,
mas sim à Justiça Comum, conforme se observa do teor do Agravo Regimental 134888:
1. Cabe à Justiça Comum processar e julgar as causas entre a administração e seus con-
tratados temporários, admitidos com fundamento no art. 37, IX, da Constituição Federal.
Precedentes do STJ e do STF. Devido à característica da temporariedade, não há neces-
sidade de realização de concurso público para a admissão dos temporários, bastando a
utilização de processo seletivo simplificado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 25 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 26 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 27 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
Art. 109, XV - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver com-
patibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso X deste artigo:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
XVI – a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações,
empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas,
direta ou indiretamente, pelo poder público;
Além das hipóteses elencadas pelo mencionado artigo, a Constituição Federal apresenta,
ainda, três outras situações em que a acumulação é considerada lícita, sendo elas:
• Cargo de juiz com outro de magistério;
• Cargo de membro do Ministério Público com outro de magistério;
• Cargo eletivo de vereador com o cargo ocupante pelo servidor eleito;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 28 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
Art. 42, § 3º Aplica-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios o disposto no
art. 37, inciso XVI, com prevalência da atividade militar.
Com isso, abriu-se a possibilidade dos militares do Distrito Federal, dos Estados e, caso
sejam instituídos, dos Territórios, acumularem cargos públicos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 29 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 30 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 31 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
l) redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
m) proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
Além dos direitos sociais, dois outros direitos são estabelecidos pelo texto da Constituição
Estadual para os servidores:
a) adicional por tempo de serviço;
b) promoção para os cargos organizados em carreira;
Em relação à promoção, devemos memorizar que, de acordo com o § 4º do artigo 110, “A
promoção do servidor estatutário ocorrerá, obrigatoriamente, com interstício máximo de dois
anos, obedecidos os critérios de antiguidade e merecimento, alternativamente, na forma da lei”.
Obs.: O servidor público estadual, quando no exercício de sua atividade no interior do Estado,
poderá ser convocado pelo Poder Legislativo Municipal a prestar informações, restrin-
gindo-se essas, exclusivamente, a sua área de atuação e âmbito de competência.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 32 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
Salienta-se que o mencionado inciso não é extensível a todos os agentes públicos, mas
sim apenas aos servidores públicos civis. Em sentido oposto, os militares não possuem o di-
reito à livre associação sindical, conforme previsão do artigo 142, IV, da Constituição Federal:
Importante questão refere-se à possibilidade de greve por parte dos servidores públicos.
De início, estabelece a Constituição que “o direito de greve será exercido nos termos e nos li-
mites definidos em lei específica”.
Como se observa, trata-se de uma norma de eficácia limitada, carecendo de regulamenta-
ção legal para que possa entrar em vigor. E como tal lei, até o momento, ainda não foi editada,
questionava-se se o direito à greve, por parte dos servidores públicos, poderia ser exercido.
Quando a questão chegou à análise do STF, determinou o tribunal em questão, em decisão
histórica, que o direito à greve dos servidores públicos civis não poderia ser obstado, devendo
ser aplicado a tais agentes, até a edição da lei regulamentadora, as normas relativas à Lei
Geral da Greve (Lei n. 7.783).
Merece destaque, com relação à possibilidade de greve, passagem extraída do voto do Mi-
nistro Celso de Mello, no julgamento do MI 708, que exemplifica com maestria o entendimento
da Suprema Corte:
Não mais se pode tolerar, sob pena de fraudar-se a vontade da Constituição, esse estado
de continuada, inaceitável, irrazoável e abusiva inércia do Congresso Nacional, cuja omis-
são, além de lesiva ao direito dos servidores públicos civis - a quem se vem negando,
arbitrariamente, o exercício do direito de greve, já assegurado pelo texto constitucional -,
traduz um incompreensível sentimento de desapreço pela autoridade, pelo valor e pelo
alto significado de que se reveste a Constituição da República.
Dessa forma, os servidores públicos civis podem perfeitamente fazer uso do direito de
greve a eles assegurados, com a ressalva de que certos serviços, devido à sua essencialidade
para a coletividade, não podem ser objeto de paralisação coletiva, devendo, nestas situações,
ser mantido um contingente de servidores para evitar danos à população.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 33 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
Nem todos os agentes públicos poderão fazer uso da greve. Estabelece a Constituição
Federal (artigos 142, § 3º, IV e artigo 42, § 1º) que os militares das Forças Armadas (Marina,
Exército e Aeronáutica) e dos respectivos Estados, Distrito Federal e Territórios não poderão
utilizar tal direito. Por aplicação analógica, o STF possui entendimento de que os policiais civis
também estão impedidos de fazer greve.
9.4. ESTABILIDADE
A estabilidade constitui uma das principais garantias dos servidores públicos estatutários.
Por meio dela, objetiva-se proporcionar que o servidor desempenhe suas atribuições sem a
coação das autoridades superiores, que, se não fosse a estabilidade, poderiam condicionar
determinados comportamentos dos servidores à exoneração do cargo público.
Destaca-se que a estabilidade ocorre no âmbito do serviço público, e não do cargo em que
o servidor encontra-se investigo. Neste sentido, merece destaque o entendimento de José
dos Santos Carvalho Filho:
A estabilidade é instituto que guarda relação com o serviço, e não com o cargo. Emana daí que, se
o servidor já adquiriu estabilidade no serviço ocupando determinado cargo, não precisará de novo
estágio probatório no caso de permanecer em sua carreira, cujos patamares são alcançados nor-
malmente pelo sistema de promoções.
De acordo com as disposições da Constituição Estadual, são estáveis após três anos de
efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de con-
curso público. Entretanto, deve ser ressaltado que, como condição para a aquisição da esta-
bilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para tal
finalidade.
Não se trata a estabilidade, no entanto, de uma regra absoluta, uma vez que não existem
direitos e garantias com esta qualidade.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 34 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
Art. 112. São estáveis após três anos de exercício os servidores nomeados para cargo de provimen-
to efetivo em virtude de concurso público.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma da lei complementar
federal, assegurada ampla defesa.
§ 4º Como condição para aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempe-
nho por comissão instituída para essa finalidade.
Decorrem da estabilidade uma série de institutos legais. Para fins de prova de Direito Cons-
titucional, duas disposições da presente norma devem ser, se possível, memorizadas pelos
candidatos.
Obs.: Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e
o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito
a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade, com remune-
ração proporcional ao tempo de serviço.
Sempre que o servidor, tendo sido demitido, não concordar com a penalidade aplicada,
poderá ele ajuizar uma ação judicial com o objetivo de invalidar a sentença.
Sendo esta deferida pelo Poder Judiciário, deverá ele ser reintegrado ao cargo que ante-
riormente ocupava. Caso tal cargo já esteja provido, e eventual ocupante da vaga deverá ser,
se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização, aproveitado em outro
cargo, ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
Obs.: Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponi-
bilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado apro-
veitamento em outro cargo.
Tendo sido o cargo público extinto, ou então em caso de declarada a sua desnecessidade,
o servidor, sendo estável, ficará em disponibilidade aguardando um futuro aproveitamento.
Durante a disponibilidade, o servidor receberá remuneração proporcional ao tempo de serviço.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 35 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
QUESTÕES DE CONCURSOS
001. (FGV/AFM/PREF. SALVADOR/2019/ADAPTADA) Leia o fragmento a seguir.
“A doutrina de Direito Administrativo ensina que a Administração Pública deve tratar a todos
sem favoritismos, perseguições, simpatias ou animosidades políticas ou ideológicas”.
Assinale a opção que indica o princípio da Administração Pública, expresso na Constituição
Estadual, do qual decorre diretamente o fragmento acima.
a) Competitividade, segundo o qual todas as pessoas devem ter as mesmas possibilidades
de ingressarem no serviço público, mediante concurso público, independentemente da idade.
b) Publicidade, segundo o qual todos os atos administrativos precisam ser publicados em até
quinze dias, para que todos os administrados tenham ciência.
c) Impessoalidade, que se traduz na ideia de que a atuação do agente público visa ao interesse
da coletividade, e não a beneficiar ou prejudicar alguém em especial.
d) Continuidade do serviço público, que se traduz na ideia de que os atos administrativos não
podem ser interrompidos quando houver mudança na gestão do órgão público.
e) Seletividade, segundo o qual o poder público deve escolher, discricionariamente, as socieda-
des empresárias e as pessoas mais qualificadas para serem contratadas.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 36 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
A resposta para a questão está no trecho do enunciado que afirma “a busca de melhores resul-
tados práticos, menos desperdícios e maior produtividade”. Aqui, estamos claramente diante
do princípio da eficiência, que, em linhas gerais, otimiza as atividades do Poder Público.
Letra e.
A questão exige o conhecimento das disposições do artigo 109, VII, da Constituição Estadual,
que apresenta a seguinte redação:
Art. 109, VII - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de car-
go efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos,
condições e percentuais previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento;
Sendo assim, Maria, que exerce uma função de confiança, deve, obrigatoriamente, ser uma
servidora ocupante de cargo efetivo.
Letra a.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 37 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
Sendo assim, apenas a Letra D retrata uma situação em que a acumulação de cargos é possível.
Letra d.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 38 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
À luz da narrativa acima e dos requisitos estabelecidos pela ordem jurídica, o advogado res-
pondeu corretamente que João
a) somente poderia adquirir a estabilidade caso tivesse sido aprovado em concurso público de
provas e títulos.
b) irá adquirir estabilidade após três anos de efetivo exercício e parecer favorável da comissão
de avaliação.
c) irá adquirir estabilidade após dois anos de efetivo exercício e parecer favorável da comissão
de avaliação.
d) irá adquirir estabilidade após o decurso de três anos de efetivo exercício, somente.
e) irá adquirir estabilidade após o decurso de dois anos de efetivo exercício, somente.
Para adquirir a estabilidade, o servidor público deve contar com três anos de efetivo exercício
no respectivo cargo. Além disso, é obrigatória a avaliação de desempenho, a ser realizada por
comissão instituída para esta finalidade.
Art. 112. São estáveis após três anos de exercício os servidores nomeados para cargo de provimen-
to efetivo em virtude de concurso público.
§ 4º Como condição para aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempe-
nho por comissão instituída para essa finalidade.
Com isso, eliminamos as Letras C, D e E. Na Letra A, o erro está em afirmar que a estabilidade
apenas é possível quando estivermos diante de concurso público de provas e títulos. Em sen-
tido diverso, os concursos podem ser realizados tanto de provas quanto de provas e títulos,
sendo que em ambas as situações, desde que atendidos os requisitos estabelecidos, a estabi-
lidade poderá ocorrer.
Letra b.
Art. 104, § 1º A atividade da Administração Pública destina-se à consecução dos objetivos do Go-
verno, com a finalidade de promover o bem-estar geral e sujeitar-se-á aos princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Letra e.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 39 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
Durante o prazo de validade do concurso, nada impede que a Administração Pública realize um
novo certame com o objetivo de formar cadastro de reserva de pessoal. No entanto, durante
o prazo improrrogável de validade do concurso, os aprovados na primeira seleção deverão ser
chamados com prioridade sobre os demais aprovados.
Art. 109, V - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em
concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos con-
cursados para assumir cargo ou emprego na carreira;
Certo.
Tanto as funções de confiança quanto os cargos em comissão são destinados, nos termos da
Constituição Estadual, às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
Art. 109, VII - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de car-
go efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos,
condições e percentuais previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento;
Certo.
No caso do servidor ser eleito para o cargo de Vice-Prefeito, devem ser aplicadas as mesmas
regras vigentes para o cargo de Prefeito. Logo, o servidor será afastado do cargo, emprego ou
função, podendo optar pela remuneração que irá receber.
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 40 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
Art. 109, I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham
os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
Errado.
A estabilidade apenas é adquiria pelos servidores públicos aprovados por meio de concurso
público após 3 anos de efetivo exercício.
Art. 112. São estáveis após três anos de exercício os servidores nomeados para cargo de provimen-
to efetivo em virtude de concurso público.
Errado.
O Governador, por ser um ocupante de Poder, realmente receberá por meio de subsídio. No
entanto, esta forma de pagamento veda o acréscimo de adicionais e gratificações, diferente do
que informado pela questão.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 41 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
Art. 110, § 8º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Secretários de Estado e os
Secretários Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única,
vedado o acréscimo de qualquer gratificação adicional, abono, prêmio, verba de representação ou
outra qualquer espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no artigo 37, X e XI
da Constituição Federal.
Errado.
A questão elenca uma das hipóteses em que o servidor público estável poderá vir a perder o
cargo público.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 42 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
De acordo com o artigo 110, VII, temos a previsão de que “as funções de confiança, exercidas
exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem
preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais previstos em lei,
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento”.
Letra a.
As funções de confiança, assim como acontece com os cargos em comissão, são destinados
às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
Art. 109, VII - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo
efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições
e percentuais previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;
Letra e.
Art. 109, VII - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de car-
go efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos,
condições e percentuais previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento;
Certo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 43 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
Art. 109, XV - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver com-
patibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso X deste artigo:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
Logo, a possibilidade de é de exercício de dois cargos ou empregos privativos de profissionais
de saúde, e não, conforme informa a questão, três cargos.
Errado.
Ao contrário do que informa a questão, a Constituição Estadual determina que a lei estabele-
cerá os casos de contratação por tempo determinado para atender à necessidade temporária
de excepcional interesse público.
Art. 108, § 1º A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público.
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 44 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
A busca por melhores resultados é característica que decorre diretamente do princípio consti-
tucional da eficiência.
Letra b.
Considerando que o cargo eletivo em questão é estadual, deverá o servidor afastar-se do cargo
público até então ocupado. Nesta hipótese, não há possibilidade de escolha da remuneração,
devendo o agente receber, no período, a remuneração do cargo eletivo de Deputado Estadual.
Art. 109, XVII - relativamente ao servidor ou empregado público da administração direta, autárquica
e fundacional, no exercício de mandato eletivo, observar-se-á o seguinte:
a) tratando-se de mandato eletivo federal ou estadual, ficará afastado de seu cargo, emprego ou
função;
Letra a.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 45 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
De acordo com o artigo 112, “São estáveis após três anos de exercício os servidores nomea-
dos para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público”.
Letra c.
Art. 109, VII - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de car-
go efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos,
condições e percentuais previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento;
Certo.
Ainda que o concurso seja a regra para admissão de pessoal no serviço público, certas situa-
ções são excepcionadas por tal mandamento. Como exemplo, cita-se o cargo em comissão,
que pode perfeitamente ser ocupado por pessoa que não possua, até o momento, vínculo com
o Poder Público.
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 46 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
Todos os órgãos e entidades da Administração Pública Direta ou Indireta devem realizar con-
curso como forma de admissão de pessoal. Neste sentido é o teor do artigo 109, II, da Consti-
tuição Estadual:
Art. 109. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes do Estado e dos Muni-
cípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
e, também, ao seguinte:
II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público
de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego,
na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de
livre nomeação e exoneração;
Certo.
Como regra, temos a vedação à acumulação de cargos, empregos e funções públicas, situação
que apenas poderá ocorrer nas situações constitucionalmente previstas.
Errado.
Ao contrário do que afirma a questão, os cargos públicos também podem ser exercidos pelos
estrangeiros, desde que estes observem as regras estabelecidas em lei.
Art. 109, I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham
os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 47 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
A estabilidade apenas é adquirida após três anos de efetivo exercício, conforme previsão da
Constituição Estadual:
Art. 112, São estáveis após três anos de exercício os servidores nomeados para cargo de provimen-
to efetivo em virtude de concurso público.
Errado.
Os empregados públicos não adquirem estabilidade, uma vez que são regidos pelas disposi-
ções da CLT.
Errado.
A questão retrata a literalidade do § 43 artigo 104, que, por sua vez, estabelece as regras gerais
acerca da improbidade administrativa.
Art. 104, § 3º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos,
a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, na forma e grada-
ção previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
Certo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 48 de 50
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS
Administração Pública
Diogo Surdi
GABARITO
1. c 12. E 23. a
2. e 13. E 24. c
3. e 14. C 25. C
4. a 15. C 26. E
5. d 16. a 27. C
6. b 17. e 28. E
7. e 18. C 29. E
8. C 19. E 30. E
9. C 20. E 31. E
10. E 21. E 32. C
11. E 22. b
Diogo Surdi
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 49 de 50
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DIEGO MOURA DE ARAUJO BARROS - 05582596500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.