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ADMINISTRAÇÃO

PÚBLICA
Organização Administrativa

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Organização Administrativa
Vinicius Ribeiro

Sumário
Organização Administrativa . ...........................................................................................3
1. Administração Direta, Indireta e Fundacional...............................................................3
1.1. Introdução.................................................................................................................3
1.2. Órgão......................................................................................................................23
1.3. Agências Executivas e Agências Reguladoras.. ....................................................... 28
1.4. Outros Conceitos................................................................................................... 30
Resumo.........................................................................................................................46
Mapa Mental................................................................................................................. 48
Questões Comentadas em Aula.....................................................................................49
Questões de Concurso................................................................................................... 57
Gabarito....................................................................................................................... 68
Gabarito Comentado. .................................................................................................... 69

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Vinicius Ribeiro

ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
1. Administração Direta, Indireta e Fundacional

1.1. Introdução

Como em vários conceitos no Direito, o significado de Administração Pública possui um


sentido amplo e outro estrito.
Sentido amplo: abrange os órgãos de governo, seja exercendo função política (estabele-
cimento das políticas públicas), seja exercendo função meramente administrativa (execução
das políticas públicas).
Sentido estrito: sempre parte de um sentido amplo, no nosso caso, o sentido estrito é a
administração pública que abrange somente os órgãos e pessoas jurídicas que executam
políticas públicas, ou seja, função meramente administrativa.
Há outra maneira de classificar a Administração Pública, também em dois sentidos dife-
rentes. Vejamos.

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No sentido formal, o poder público manifesta-se por meio de atos administrativos. Em


alguns casos, esses atos são dotados de autoexecutoriedade, ou seja, podem ser material-
mente implementados inclusive pelo uso da força.
Dentro da função administrativa (sentido funcional), temos as seguintes atividades:
• Serviço público: o que é executado, geralmente, sob o regime de direito público, visando
ao interesse público;
• Polícia administrativa: limitações impostas ao exercício de atividades na iniciativa pri-
vada, como a fiscalização;
• Fomento: incentivo a atuação privada em atividades de utilidade pública;
• Intervenção: intervenção do Estado no setor privado, como a desapropriação de pro-
priedade privada e a intervenção do domínio econômico.

No sentido subjetivo, temos os agentes públicos. Vejamos o seu conceito:

Agentes públicos: toda pessoa física que exerce atribuição pública em sentido amplo
(mandato, cargo, emprego ou função pública), sendo funcionário público ou não, de
forma remunerada ou não, de maneira temporária ou não.

Um ponto importante é que, no Brasil, é adotado o critério formal/subjetivo/orgânico, im-


portando quem faz, quando nos referimos à administração pública. Dessa forma, vamos en-
tender, agora, a estrutura da administração pública brasileira.
E o significado de Governo? Governo possui uma conotação política. O Governo Dilma,
que comandava o país de acordo com a ideologia do Partido dos Trabalhadores, influenciada
pelos partidos da coligação. Agora temos o Governo Bolsonaro, com outra maneira de admi-
nistrar o país. E assim vai!!
Assim, Governo possui critérios mais políticos do que técnicos. Eu posso também falar
que é o conjunto de órgãos e poderes, mas sempre com o viés político e de representação
popular.
Já o Estado é a pessoa jurídica, é o país, é a União. O Estado fica, o Governo passa. Há
políticas de Estado (vacinação) e há políticas de Governo (Minha Casa Minha Vida).
Quero falar rapidamente sobre o poder de polícia. Primeiro, o seu conceito trazido pelo
Código Tributário Nacional. Perdoei aí o português arcaico da Lei de 1966:

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Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou discipli-
nando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de inte-
resse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção
e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização
do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou
coletivos.

Em regra, não se delega o poder de polícia. No entanto, segundo o STJ, há exceções. Ten-
do em vista a classificação do poder de polícia entre legislação, consentimento, fiscalização
e sanção, a Corte restringiu a possibilidade de delegação para situações de consentimento e
fiscalização.

Organização Administrativa da Administração Pública

Para falarmos da organização administrativa, a melhor maneira é começarmos ilustrando,


desenhando a organização. Vejamos a ilustração para entendermos quem está inserido no
conceito de Administração Pública no sentido formal/subjetivo/orgânico.

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A organização do Estado Brasileiro se traduz na estruturação da Administração Pública,


que abrange órgãos e entidades dos três Poderes (legislativo, executivo e judiciário) de todos
os entes (a União, os Estados, o DF e os Municípios).
Como podemos ver na ilustração, a Administração Pública é integrada exclusivamente
pelos órgãos da Administração Direta (órgãos que integram as pessoas políticas: União,
Estados, DF e Municípios) e pelas entidades da Administração Indireta assim definidas
pelo Decreto-Lei 200/1967 (autarquias, fundações públicas, empresas públicas e socieda-
des de economia mista).
Ah, sempre que eu usar o termo “estatais” eu estou me referindo a empresas públicas +
sociedades de economia mista. Ok?
É importante ressaltar que, quando falamos na Direta, falamos, principalmente, dos ór-
gãos, que não possuem personalidade jurídica. Por outro lado, quando falamos na Indireta,
falamos em entidades, que possuem personalidade jurídica. Guardem essa diferença.
Reparem na palavra grifada: exclusivamente. As entidades permissionárias, as conces-
sionárias etc., não entram nessa estrutura.
Tem mais um detalhe importante no desenho: a descentralização e a desconcentração,
ações que objetivam agilizar a prestação dos serviços. Falemos desses institutos, além, é cla-
ro, da centralização e concentração, que são processos inversos, que possuem o objetivo de
aumentar o controle dos serviços.
Primeiro par de conceitos: concentração e desconcentração. A desconcentração, que
sempre envolve apenas uma pessoa jurídica, é a distribuição de competências no âmbito da
própria estrutura.
A desconcentração pode ocorrer na Administração Direta, quando, por exemplo, a União
distribui competência entre os seus Órgãos (Ministério da Educação, Ministério do Trabalho,
por exemplo). Esse instituto acontece também na Administração Indireta, quando uma em-
presa pública cria departamentos para execução de determinadas funções.
Ah, se no plano federal Ministérios são exemplos de órgãos, nos Estados temos as Secre-
tarias Estaduais.

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Uma característica importantíssima da desconcentração é a existência de subordinação, de


hierarquia, de autotutela. Ora, se falamos que é envolvida apenas uma pessoa jurídica, esses
departamentos ou ministérios guardarão subordinação perante o órgão central. Alguém tem
que mandar, não é? A Petrobras tem hierarquia em seus departamentos, é claro.

Questão 1 (CESPE/PGE-PE/2019) A respeito da administração pública brasileira, julgue o


item a seguir.
O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações integra a administração dire-
ta, enquanto a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), agência sob a supervisão desse
ministério, integra a administração indireta.

Certo.
Perfeito. Ministérios são órgãos da administração pública direta. Mesmo raciocínio vale para
as Secretarias no âmbito estadual.
A FINEP, como uma empresa pública, faz parte da administração indireta.

Vamos “refazer” o desenho sobre outro enfoque, para falarmos de descEntralização e


centralização. Agora, colocarei também Entidades que não participam do conceito de Admi-
nistração Pública que vimos acima. Essas outras entidades, embora não estejam inseridas na
estrutura da Administração Pública (sempre lembrando que o que nos importa é o conceito
subjetivo/formal/orgânico), a Administração Direta descentraliza funções para essas entida-
des.
Vejamos.

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Na descentralização, o Estado distribui suas atividades para outras pessoas jurídicas. Se


há 2 pessoas jurídicas envolvidas, não há subordinação, não há hierarquia. A palavra certa
para definir a relação entre as PJs é vinculação ou supervisão ou controle finalístico (tutela).

A descentralização pode ocorrer por outorga/técnica/funcional/serviços (depende de lei),


quando o Estado cria uma entidade para a transferência dos serviços (transferência da
titularidade e da execução), sendo realizada normalmente por tempo indeterminado. Não
criaram a Caixa Econômica para acabarem com ela amanhã! São 4 os tipos de entidade
que podem ser criadas: autarquia, fundação pública, empresa pública e sociedade de eco-
nomia mista.

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O outro tipo de descentralização é a delegação (descentralização por colaboração), em que a


transferência de serviços se dá por contrato (concessão ou permissão) ou por ato unilateral (au-
torização). Nesse tipo de descentralização, não há transferência de titularidade, somente de exe-
cução.
Esse termo delegação ainda pode ser utilizado no contexto da Administração Geral. Veja
esse significado: atribuição de responsabilidade e autoridade a um nível hierárquico inferior
(delegado), para execução de uma tarefa delegada, a qual compete ao delegante.
Tem ainda mais uma descentralização. A chamada descentralização política. Aqui esta-
mos falando dos entes (Estados, DF e Municípios) exercendo suas atribuições próprias decor-
rentes da própria Constituição. Essas atribuições não decorrem do ente central (União), são
próprias originárias dos demais entes.

Questão 2 (FCC/SEFAZ-BA/2019) No que concerne aos conceitos de descentralização e


delegação, como ferramentas utilizadas para gestão no âmbito da Administração pública,
é correto afirmar que
a) divergem em função dos objetivos almejados, sendo ambas aplicáveis no âmbito interno
da Administração, porém a delegação é voltada à divisão do trabalho, enquanto a descentra-
lização se aplica à alocação funcional.
b) são antagônicas, na medida em que a descentralização se opera no âmbito interno da
Administração, com distribuição de competências e sem criação de novos entes, enquanto a
delegação pressupõe a instituição de novas pessoas jurídicas.
c) são complementares e sempre aplicadas de forma conjunta, sendo a delegação a etapa
preliminar da descentralização, salvo quando esta última se dá por colaboração, ou seja, com
o envolvimento de um ente totalmente privado.
d) a descentralização pode ser utilizada concomitantemente com a delegação, como, por
exemplo, na hipótese de constituição de uma empresa pública, conferindo-lhe a exploração
de determinado serviço público de titularidade do ente instituidor.

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e) representam duas faces do mesmo fenômeno, que consiste na transferência de competên-


cias no âmbito interno da organização, sendo a descentralização no mesmo nível funcional e
a delegação para instâncias inferiores.

Letra d.
a) Errada. Descentralização precisa da existência de outra entidade.
b) Errada. É a desconcentração que atua internamente. Delegação não pressupõe novas
instituições.
c) Errada. Delegação não é preliminar à descentralização.
d) Certa. Essa é a nossa resposta, sendo a delegação usada no sentido da administração
geral.
e) Errada. A descentralização pressupõe a existência de outra entidade.

Vejamos, na ilustração abaixo, as características das 4 entidades da Administração Públi-


ca Indireta. Ora, se estou falando de Administração Pública, as pessoas jurídicas que recebem
concessão, permissão ou autorização para prestação de serviço público não entram na lista,
certo? Não integram a Administração Pública no conceito formal/subjetivo/orgânico.
Antes, algumas características comuns a todas:
• Autonomia administrativa e financeira (autoadministração);
• Sujeitam-se à fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial
exercida pelos Tribunais de Contas.
• Contratação de pessoal via concurso público (apesar disso, os funcionários das entidades
de direito privado não adquirem estabilidade e não são titulares de cargo público, sendo
apenas empregados públicos/celetistas. No caso das autarquias e fundações autárquicas,
são titulares de cargo, são estatutários). Temos então dois regimes jurídicos: estatutários e
celetistas;
• Outro ponto importante: a proibição de acumulação remunerada de cargos públicos esten-
de-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, socieda-

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des de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente,


pelo poder público. Essa regra tem exceção: quando houver compatibilidade de horários no
caso de:
– dois cargos de professor
– um cargo de professor com outro técnico ou científico
– dois cargos privativos de médico
– dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regu-
lamentadas.
• Obrigatoriedade de licitação, sendo que as Empresas públicas e Sociedades de Econo-
mia Mista que explorem atividade econômica podem ter regime próprio. Com relação
ao tema, veja o que diz o parágrafo único do art. 1º e o art. 119. da lei 8.666/93:

Art. 1º, Parágrafo Único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração
direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as so-
ciedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União,
Estados, Distrito Federal e Municípios.
Art. 119. As sociedades de economia mista, empresas e fundações públicas e demais entidades
controladas direta ou indiretamente pela União e pelas entidades referidas no artigo anterior edi-
tarão regulamentos próprios devidamente publicados, ficando sujeitas às disposições desta Lei.

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Sobre a questão de criação ou autorização por lei, a Constituição Federal dá a letra. Veja:

Art. 37, XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar,
neste último caso, definir as áreas de sua atuação.

Essa fundação citada no inciso XIX é de direito privado. A fundação pública de direito pú-
blico (fundação autárquica) segue o raciocínio das autarquias.
Dica importante: para o CESPE, quando aparecer somente “fundação pública”, considere
que essa fundação é de direito privado.
As entidades que terão apenas a autorização de criação feita por lei precisam do registro
de seu ato constitutivo em cartório ou junta comercial (ato de direito privado). Só aí estarão
criadas.
Em uma situação de necessidade de criação de uma autarquia e uma estatal, o que deve
ser feito então? Duas leis específicas: uma para criação da autarquia e outra para autorização
da instituição da estatal.
Ah, importante dizer que a iniciativa desse tipo de lei é do chefe do Poder Executivo. Não
pode um parlamentar propor um projeto de lei criando uma estatal ou uma autarquia.

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Questão 3 (CESPE/SEFAZ-RS/2019) A entidade da administração pública indireta criada


por meio de lei para desempenho de atividades específicas, com personalidade jurídica públi-
ca e capacidade de autoadministração é a
a) autarquia.
b) fundação privada.
c) sociedade de economia mista.
d) empresa pública.
e) empresa subsidiária.

Letra a.
Das opções apresentadas, somente a autarquia é PJ de direito público. Além disso, é carac-
terística das autarquias o desempenho de atividades típicas/específicas.

Questão 4 (CESPE/TJ-DFT/2019) Na hipótese de um ente federado pretender instituir uma


fundação pública de direito público, a criação dessa entidade deverá ser formalizada por
meio de
a) lei ordinária, cabendo a decreto regulamentar definir as áreas de sua atuação.
b) lei complementar, cabendo a lei ordinária definir as áreas de sua atuação.
c) autorização em lei ordinária específica, cabendo a decreto regulamentar definir as áreas de
sua atuação.
d) autorização em lei ordinária específica, cabendo a lei complementar definir as áreas de sua
atuação.
e) autorização em lei complementar específica, cabendo a lei ordinária definir as áreas de sua
atuação.

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Letra d.
O examinador escorregou um pouco nessa questão. O que nos faz marcar a d) com seguran-
ça é o fato de ela ter citado corretamente que é necessária a edição de lei complementar para
definir as áreas de atuação.
A primeira parte da questão é que não ficou boa. Vamos reler o seguinte trecho da Constituição:

Art. 37, XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar,
neste último caso, definir as áreas de sua atuação.

Eu falei aqui que essa fundação é a de direito privado. Bom, o termo utilizado para esse tipo
de entidade, assim como para as estatais, é que a lei autoriza a sua instituição.
Eu disse também que fundação pública de direito público é uma autarquia fundacional (fun-
dação autárquica), seguindo a mesma regra de criação das autarquias.
O examinador acabou se complicando nessa parte. Ele disse: “a criação dessa entidade deve-
rá ser formalizada por meio de autorização em lei ordinária específica”.
Apesar de ter ficado confuso o enunciado, você concorda que “lei autorizar a instituição” é
um pouco diferente de “criação deverá ser formalizada por meio de autorização em lei”? A
criação está sendo formalizada na lei, que está autorizando a instituição da entidade. Não há
aqui, nesse exemplo da questão, necessidade de posterior ato privado (inscrição de seus atos
constitutivos em registro civil de pessoas jurídicas).

Questão 5 (CESPE/MPC-PA/2019) Determinado governador pretende que sejam criadas


uma nova autarquia e uma nova empresa pública em seu estado.
Nessa situação, serão necessárias
a) duas leis específicas: uma para a criação da autarquia e outra para a criação da empresa
pública.
b) uma lei específica para a criação da autarquia e outra para a autorização da instituição da
empresa pública.

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c) uma lei específica para a criação da empresa pública e outra para a autorização da insti-
tuição da autarquia.
d) autorizações legais na norma geral acerca da nova organização da administração pública
estadual, não havendo necessidade de a criação de nenhuma das entidades ser feita por lei.
e) duas leis específicas: uma para a autorização da criação da empresa pública e outra para
a autorização da criação da autarquia.

Letra b.
As leis devem ser específicas para cada assunto: uma para a criação da autarquia e a outra
para autorização da instituição da empresa pública.

As EPs e as SEMs podem ser divididas em: exploradoras de atividade econômica/finan-


ceira e prestadoras de serviço público. As primeiras, por estarem inseridas no mercado, se-
riam prejudicadas se realizassem licitação tal qual o faz as outras entidades e órgãos da
Administração Pública.
Ah, importante dizer que o Estado não sai por aí explorando diretamente atividade econô-
mica ao seu bel prazer. Veja o que a tal da Carta Magna trouxe:

Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade eco-
nômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional
ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.

E como o Estado explora a atividade econômica? A Lei n. 13.303/2016, que dispõe sobre o
estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias,
no âmbito dos entes, traz a resposta:

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia
mista e de suas subsidiárias, abrangendo toda e qualquer empresa pública e sociedade de eco-
nomia mista da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que explore atividade
econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, ainda que a ati-
vidade econômica esteja sujeita ao regime de monopólio da União ou seja de prestação de serviços
públicos.

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Art. 2º A exploração de atividade econômica pelo Estado será exercida por meio de empresa públi-
ca, de sociedade de economia mista e de suas subsidiárias.

A CF/88 estabelece que lei disporá sobre a sujeição das estatais ao regime jurídico próprio
das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, traba-
lhistas e tributários.
Todas as estatais devem observar o dispositivo constitucional sobre privilégios fiscais:

As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais
não extensivos ao setor privado.

É fato que as EPs e as SEMs devem observar os preceitos de direito público expressos na
Constituição Federal de 1988 ou normativos derivados. Porém, na própria Carta Magna, no
art. 173, consta que a lei estabelecerá o estatuto jurídico das EPs e as SEMs do 1º tipo, dis-
pondo sobre licitação e contratação, observados os princípios da administração pública. Ou
seja, essas entidades terão regime próprio de licitação.
Ainda sobre EPs e SEMs, é preciso dizer que é vedada a acumulação de cargos, empregos
e funções públicas, assim como ocorre na administração direta e nas PJs de direito público.
Essa acumulação só é permitida apenas nos casos elencados pela Constituição.
O teto remuneratório do serviço público só se aplica às empresas públicas e sociedades
de economia mista que receberem recursos públicos para pagamento de despesas com pes-
soal/custeio em geral.
No tocante às empresas públicas, a relação entre elas com o Estado e a sociedade serão
regulamentadas por lei.
Por fim, vale dizer que cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação pro-
movida por SEMs ou por empresas públicas, de acordo com súmula do STJ.
Por outro lado, não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial pra-
ticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de
concessionárias de serviço público.

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Sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, a lei esta-
belecerá a responsabilidade desta, nos atos praticados contra a ordem econômica e financei-
ra e contra a economia popular, com as sanções compatíveis com sua natureza.
E se uma estatal deseja criar uma subsidiária ou participar em empresa privada? Como
faz? Vou chamar a CF/88 pra responder essa: aí vai depender de autorização legislativa, em
cada caso.
Por todas essas características das estatais, apesar de elas serem classificadas como PJ
de direito privado, é preciso dizer que essas empresam se submetem a regime híbrido (públi-
co + privado).

Exemplos de empresas públicas: Caixa, BNDES, Correios.


Exemplos de SEMs: Banco do Brasil, Petrobras.
Exemplos de estatais estaduais: Celesc, Cemig, BDMG, Sabesp, Metrô-SP.

Questão 6 (FCC/SANASA CAMPINAS/2019) Considere que o Município de Campinas


pretenda constituir uma empresa pública para atuar, em regime de competição com em-
presas privadas, na prestação de serviços de tecnologia da informação. A intenção seria
aproveitar uma oportunidade de mercado, obtendo receitas para o município na forma de
distribuição de dividendos (participação no lucro da companhia). A lei autorizativa para
constituição da referida empresa não foi, contudo, aprovada pela Câmara Municipal, que
vislumbrou desconformidade com o regramento constitucional para atuação do Estado
no domínio econômico, segundo o qual
a) a participação empresarial em regime de concorrência no mercado é prerrogativa ex-
clusiva da União, permitindo-se aos Estados e Municípios a constituição de empresas
apenas para prestação ou exploração de serviços públicos.

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b) a exploração de atividade econômica mediante constituição de empresas estatais,


embora seja possível em todos os âmbitos da federação, está condicionada à existência
de imperativos de segurança pública ou relevante interesse coletivo.
c) a atuação de empresas públicas ou sociedades de economia mista em regime de com-
petição no mercado é medida excepcional, somente possível para os setores objeto de
política nacional de indução da concorrência, definidos em lei complementar de âmbito
nacional.
d) apenas a União pode constituir empresas públicas exploradoras de atividade econô-
mica, facultando-se aos Estados e Municípios apenas a constituição, mediante lei espe-
cífica, de sociedades de economia mista para esse fim.
e) a exploração de atividade econômica por empresa estatal pressupõe a existência de
monopólio legal ou natural, que justifique a intervenção estatal para mitigar a correspon-
dente falha de mercado.

Letra b.
a/d) Erradas. Não há essa restrição. Veja o que diz o art. 1º da Lei n. 13.303/2016:

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia
mista e de suas subsidiárias, abrangendo toda e qualquer empresa pública e sociedade de eco-
nomia mista da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que explore atividade
econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, ainda que a ati-
vidade econômica esteja sujeita ao regime de monopólio da União ou seja de prestação de serviços
públicos.

c) Errada. A CF/88 dá a letra:

Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade eco-
nômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional
ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.

e) Errada. Não necessariamente precisa ser monopólio. Sendo necessária aos imperativos da
segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei, pode o Esta-
do realizar a exploração direta de atividade econômica.

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Questão 7 (CESPE/PREFEITURA DE BOA VISTA-RR/2019) A respeito de improbidade admi-


nistrativa, processo administrativo e organização administrativa, julgue o item seguinte.
A criação de empresa pública é um exemplo de descentralização de poder realizado por meio
de atos de direito privado, ainda que a instituição da empresa pública dependa de autorização
legislativa.

Certo.
Perfeito! Criação de entidade da administração indireta é descentralização. No caso de esta-
tais, precisa de autorização legislativa. As entidades que terão apenas a autorização de cria-
ção feita por lei precisam do registro de seu ato constitutivo em cartório ou junta comercial
(ato de direito privado). Só aí estarão criadas.

Questão 8 (CESPE/PREFEITURA DE BOA VISTA-RR/2019) Julgue o item a seguir, acerca


das disposições constitucionais a respeito de direito administrativo.
A investidura em empregos públicos em sociedades de economia mista depende de prévia
aprovação em concurso público, mas não se estende a esse tipo de emprego a proibição
constitucional de acumulação remunerada de funções e cargos públicos.

Errado.
Olha aí o cara da estatal achando que pode sair acumulando. Não é bem assim, jovem. A proi-
bição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, em-
presas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas,
direta ou indiretamente, pelo poder público.

Com relação às fundações, alguns comentários são fundamentais.


• Fundações Públicas de Direito Privado: também integram a administração pública indi-
reta;

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• Fundações Públicas de Direito Público: são conhecidas como autarquias fundacionais


ou fundações autárquicas (espécie de autarquia), possuindo as mesmas característi-
cas das autarquias. A exceção é que essa ramificação é caracterizada pelo patrimônio
personalizado, ao invés de ser um serviço público personificado.
• Fundações Privadas: não integrantes da Administração Pública. São personificações
de um patrimônio com finalidade não lucrativa, de cunho social, resultante da iniciativa
de um particular.

Sobre as autarquias, que gozam de benefícios e privilégios fiscais não extensivos ao setor
privado, vale um detalhe. São espécies
• Autarquias corporativas ou profissionais, que são os conselhos de classe, como o CRA
(Conselho Regional de Administração), o CRM (Conselho Regional de Medicina), etc.
• Autarquias de controle, como as agências reguladoras.
• Autarquias administrativas, como o Banco Central, o IBAMA, o INMETRO
• Autarquias associativas, como os consórcios.

Podemos ainda citar as autarquias geográficas ou territoriais, que são os Territórios Fe-
derais. Atualmente, não temos territórios no Brasil. Mas já tivemos. Hoje Estados, Amapá e
Roraima era territórios federais.
Por fim, pega esse §6º do art. 37 da Constituição Federal de 88:

As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos


responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o
direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Professor, e os Partidos Políticos? Também integram a Administração Pública? Não. Ali-


ás, eu vou puxar um trecho do Código Civil (Lei n. 10.406/2002) para vocês verem uma
coisa. Saca só:

Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado.
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I – a União;
II – os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;

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III – os Municípios;
IV – as autarquias, inclusive as associações públicas; (Redação dada pela Lei n. 11.107, de 2005)
V – as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que se
tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento,
pelas normas deste Código.
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pesso-
as que forem regidas pelo direito internacional público.
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos
seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra
os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I – as associações;
II – as sociedades;
III – as fundações.
IV – as organizações religiosas; (Incluído pela Lei n. 10.825, de 22.12.2003)
V – os partidos políticos. (Incluído pela Lei n. 10.825, de 22.12.2003)
VI – as empresas individuais de responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei n. 12.441, de 2011)
(Vigência)

Questão 9 (CESPE/DPE-DF/2019) A respeito da organização administrativa e de poderes e


deveres da administração pública, julgue o item seguinte.
É admitida a criação de autarquia por iniciativa de deputado federal, desde que este encami-
nhe o respectivo projeto de lei à Câmara dos Deputados e que a matéria verse estritamente
sobre a criação da entidade.

Errado.
Valeu a intenção, deputado, mas esse tipo de matéria é de iniciativa privativa do Chefe do
Poder Executivo.

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Questão 10 (FCC/DETRAN-S/2019) A Administração pública de determinado estado da fe-


deração está estruturada de forma descentralizada. Isso significa que
a) a Administração pública delegou integralmente suas competências e atribuições para os
entes que integram a Administração indireta.
b) foram constituídas pessoas jurídicas, integrantes da Administração indireta, às quais fo-
ram conferidas atribuições originalmente de competência da Administração central.
c) foram criadas autarquias, fundações e empresas públicas, pessoas jurídicas dotadas de
personalidade jurídica própria e com natureza jurídica de direito público.
d) a Administração pública foi autorizada por lei ou decreto a criar, mediante lei específica,
autarquias, pessoas jurídicas de direito público que executam serviços públicos.
e) foi editada lei específica criando empresas públicas e sociedades de economia mista, que
podem prestar serviços públicos, mas não integram a Administração indireta por possuírem
natureza jurídica de direito privado.

Letra b.
a) Errada. Delegar integralmente não dá.
c) Errada. Empresa pública é de direito privado.
d) Errada. Precisa de lei. Decreto não.
e) Errada. Lei só autoriza e as estatais integram a Adm. Indireta.

Questão 11 (CESPE/SLU-DF/2019) No que se refere aos processos governamentais de com-


pras, julgue o item a seguir.
As fundações públicas não são sujeitas aos procedimentos licitatórios comuns aos demais
entes da administração indireta.

Errado.
As fundações também precisam licitar. Veja o que dispõe a Lei de Licitações:

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Art. 1º, Parágrafo Único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração
direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as so-
ciedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União,
Estados, Distrito Federal e Municípios.

1.2. Órgão
Como já falamos, os órgãos, que são oriundos da desconcentração, não possuem perso-
nalidade jurídica. Eles integram uma pessoa jurídica, tendo suas competências específicas.
Órgãos são centro de competência para desempenho de funções estatais.
Podemos pegar a definição de órgão na Lei n. 9.784/99 (trata do Processo Administra-
tivo): “unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da
Administração indireta.”
Na administração direta, só temos órgãos. Na indireta, temos entidades. Dentro dessas
entidades, pode haver órgãos, como uma agência, uma delegacia etc.
Um ponto importante se refere à criação e extinção de Ministérios e órgãos da adminis-
tração pública. Essa é uma matéria reservada à lei e de iniciativa privativa do chefe do Poder
Executivo, conforme mandamento constitucional.
E mediante decreto, dá para fazer o quê, professor? A CF/88 trata disso lá no inciso VI do
art. 84:

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:


VI – dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de des-
pesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.

Qualquer atitude de um órgão é considerada atitude da pessoa jurídica a qual ele faz
parte. Essa é a teoria da imputação volitiva, em que a atuação do órgão é imputada à pessoa
jurídica onde está inserido o órgão. E o agente atua em nome do Estado. As linhas principais
da teoria do órgão foram traçadas por Otto Gierke.
Além da teoria do órgão (imputação volitiva), temos:
• Teoria do mandato: Estado e agente celebram um contrato, sendo o agente um mandatá-
rio;

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• Teoria da representação: o Estado é incapaz e não responde pelos seus atos. O agente
representa o Estado.

Vejamos as características dos órgãos.

Os órgãos possuem algumas classificações importantes.


Quanto à posição estatal:
• Independentes: não subordinados a ninguém. Encontram-se previstos na Constituição.
Exemplo: Casas do Congresso Nacional (Senado e Câmara dos Deputados), Câmara
dos Vereadores, Presidência da República;
• Autônomos: estão imediatamente abaixo dos independentes. É a cúpula da Administra-
ção, com funções de planejamento, supervisão e coordenação. Gozam de ampla auto-
nomia administrativa, financeira e técnica. Exemplo: ministérios, secretarias de estado;

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• Superiores: possuem poder de direção, controle, decisão e comando. Não gozam de


autonomia. Exemplo: secretarias-gerais, gabinetes, inspetorias-gerais;
• Subalternos: realização de serviços de rotina, formalização de atos administrativos,
com poder decisório reduzido. Exemplos: seções, serviços.

Em regra, órgãos não possuem capacidade processual. No entanto, os independentes e


os autônomos possuem capacidade processual para impetrar mandado de segurança. Em
qual situação? Para defender suas prerrogativas previstas na Constituição.
Quanto à estrutura:
• Simples (unitários): apenas um centro de competência;
• Compostos: possuem órgãos menores na sua estrutura, órgãos desconcentrados.

Quanto à atuação funcional:


• Singulares (unipessoais): decisão é proferida por um único agente (representante);
• Colegiados (pluripessoais): decisão é oriunda de um colégio, como em um Tribunal ou
no Congresso Nacional.

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Há ainda outra classificação, menos comum, mas que já caiu em prova. Ela ocorre quanto
à função:
• Ativos: possuem poder decisório. Exemplo: Conselho Monetário Nacional;
• Consultivos: sem poder decisório, servem para consulta e assessoramento. Exemplo:
Conselho da República, Advocacia Geral da União;
• De Controle: exercem função de fiscalização e controle de outros órgãos. Exemplo: Tri-
bunal de Contas da União.

Por fim, podemos classificar os órgãos em locais (atuação em parte do território do


ente) e centrais (atuação em todo o território do ente). O critério aqui é quanto à esfera
de ação.

Questão 12 (CESPE/MPC-PA/2019) Acerca dos órgãos públicos e dos institutos da cen-


tralização e da descentralização administrativa, assinale a opção correta.
a) Os entes criados por descentralização permanecem hierarquicamente subordinados
aos órgãos dos quais foram descentralizados.
b) A administração centralizada atua por meio de órgãos públicos, que são unidades do-
tadas de personalidade jurídica e que expressam a vontade do Estado.
c) A descentralização administrativa caracteriza-se pela retirada de atribuições da esfe-
ra do interesse público e sua transferência para o domínio privado.
d) A criação e a extinção de órgãos públicos devem observar a exigência de lei ou decreto
específico.
e) A descentralização política ocorre quando o ente descentralizado exerce atribuições
próprias que não decorrem do ente central.

Letra e.

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a) Errada. Não há relação de hierarquia. Há vinculação, controle finalístico.


b) Errada. Órgãos não são dotados de personalidade jurídica.
c) Errada. Na descentralização administrativa, temos a atribuição de titularidade e exe-
cução de serviço público por meio de entidades de direito público e privado.
d) Errada. Somente mediante lei.

Questão 13 (CESPE/DPE-DF/2019) A respeito da organização administrativa e de poderes e


deveres da administração pública, julgue o item seguinte.
A distribuição de competências a órgãos subalternos despersonalizados, como as secretarias-ge-
rais, é modalidade de descentralização de poder.

Errado.
Esse tipo de distribuição que não cria entidades é uma desconcentração.

Questão 14 (FCC/PREFEITURA DE RECIFE-PE/2019) Determinado município implementou


reforma administrativa quando da assunção de uma nova gestão. Entre as medidas tomadas
estava a criação de empresa estatal cujo escopo seria prestar garantias aos projetos de infra-
estrutura que o Município viesse a contratar. Além disso, foram unificadas as competências
de algumas secretarias, reduzindo o número dessas estruturas na Administração. Por fim,
foram extintos cargos e órgãos. A descrição da reforma implementada demonstra que
a) foi precedida da edição de lei autorizativa necessária para todas as mudanças implemen-
tadas, porque sujeitas à reserva de lei formal.
b) a criação de empresas estatais se deu por meio de lei, em cujo texto constavam as compe-
tências e atribuições que foram delegadas aos novos entes.
c) o Município editou ato normativo para todas as medidas de reorganização administrativa,
considerando que essa matéria pode ser objeto de decreto autônomo.
d) foi necessária lei autorizativa para instituição da empresa estatal, sem prejuízo de outras
medidas, como a extinção de cargos vagos, poder ser implementada por decreto.

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e) a reorganização dos órgãos administrativos, envolvendo criação e extinção, dependeram


da edição de lei complementar, pois implicam necessariamente a implementação de novas
unidades de despesa.

Letra d.
Lei autoriza a instituição de estatal. No caso de extinção de cargo vago, decreto é suficiente.

1.3. Agências Executivas e Agências Reguladoras

As agências executivas são autarquias (ou fundações públicas de direito público ou priva-
do) que recebem essa qualificação. Para alcançarem esse status, as autarquias celebram um
contrato de gestão com o ministério supervisor. Esse contrato de gestão estabelece, lógico,
obrigações e direitos.
Os órgãos da Administração Direta também poderão receber a qualificação como agên-
cias executivas.
Obrigações das agências executivas: cumprir metas e objetivos, possuir plano estratégico
(igual ao que estudamos) de reestruturação para melhoria na qualidade de gestão, diminuir cus-
tos.
Direitos das agências executivas: maior autonomia de gestão, disponibilidade de recursos
orçamentários para o cumprimento dos objetivos, maior limite de valor de contratações por
dispensa (no geral são 10% do convite, para as agências 20%)
As agências executivas são fruto de uma tentativa de modernizar o serviço público. Que
eu tenha conhecimento, só o INMETRO atingiu esse status.
As agências executivas são abordadas no art. 37 da Constituição Federal, mais precisa-
mente no § 8º, que foi incluído pela Emenda Constitucional n. 19/98, a mesma que implantou
a eficiência como princípio. Vejamos:

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§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração


direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e
o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade,
cabendo à lei dispor sobre:
I – o prazo de duração do contrato;
II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade
dos dirigentes;
III – a remuneração do pessoal.

Juntamente com esse trecho, temos o Decreto n. 2487/98, que dispõe sobre a qualifi-
cação de autarquias e fundações como Agências Executivas, estabelece critérios e proce-
dimentos para a elaboração, acompanhamento e avaliação dos contratos de gestão e dos
planos estratégicos de reestruturação e de desenvolvimento institucional das entidades
qualificadas.
Vejamos alguns trechos importantes:

§ 1º A qualificação de autarquia ou fundação como Agência Executiva poderá ser conferida me-
diante iniciativa do Ministério supervisor, com anuência do Ministério da Administração Federal
e Reforma do Estado, que verificará o cumprimento, pela entidade candidata à qualificação, dos
seguintes requisitos:
a) ter celebrado contrato de gestão com o respectivo Ministério supervisor;
b) ter plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional, voltado para a me-
lhoria da qualidade da gestão e para a redução de custos, já concluído ou em andamento.
§ 2º O ato de qualificação como Agência Executiva dar-se-á mediante decreto.
§ 4º O contrato de gestão terá a duração mínima de um ano, admitida a revisão de suas dispo-
sições em caráter excepcional e devidamente justificada, bem como a sua renovação, desde que
submetidas à análise e à aprovação referidas no § 1º deste artigo, observado o disposto no § 7º
do art. 4º deste Decreto.

O Ministério citado já não existe mais. Depois passou a ser o Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão – MPOG. Hoje é Ministério da Economia.
As agências reguladoras são autarquias instituídas sob regime especial (apenas autar-
quias, se falarmos na esfera federal), criadas para regular o serviço público, fruto da privati-
zação de alguns serviços. Com essas privatizações, criou-se a necessidade de regular o mer-
cado, para não deixar simplesmente nas mãos da iniciativa privada. Daí, surgiram a ANATEL,
ANAC, ANTAQ, ANA, ANTT etc.
Essas agências estão no plano federal. Mas nada impede que sejam criadas agências
reguladoras no plano estadual ou no plano municipal. Aqui no Distrito Federal, por exemplo,

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temos a ADASA – Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito


Federal. Outro exemplo: ARTESP – Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de
Transporte do Estado de São Paulo. Em Santa Catarina, temos a ARESC – Agência de Regula-
ção de Serviços Públicos de Santa Catarina.
No plano municipal, temos como exemplo: ARSBAN – Agência Reguladora de Serviços
de Saneamento Básico do Município de Natal; ARSETE – Agência Municipal de Regulação de
serviços Públicos de Teresina/PI.
As agências reguladoras também recebem alguns privilégios e prerrogativas. Seus di-
rigentes são nomeados por um mandato fixo, possuem estabilidade, somente perdendo o
mandato em casos de renúncia, condenação judicial transitada em julgado ou processo ad-
ministrativo disciplinar. Os dirigentes sujeitam-se a “quarentena” quando deixam os cargos.
É vedada a exoneração ad nutum (decisão tomada por autoridade competente de forma arbi-
trária), ou seja, é vedada a livre exoneração.
Os dirigentes sujeitam-se a “quarentena” quando deixam os cargos. Quarentena é o perí-
odo em que os dirigentes não podem assumir determinados trabalhos (relacionados ao setor)
após saírem da agência.
Ah, importante dizer que os dirigentes são indicados pelo Presidente da República e por
ele nomeados, após aprovação pelo Senado Federal, por voto secreto, após arguição pública.
As agências reguladoras são detentoras de poder normativo, possuindo, no âmbito de seus
setores, independência normativa para poderem regular de forma efetiva o ramo em voga. Signi-
fica dizer que, respeitado o caráter técnico, suas normas podem inclusive criar obrigação nova.
Por fim, cabe dizer que as agências reguladoras podem aplicar sanções aos particulares.

1.4. Outros Conceitos


PPP

As Parcerias Público-Privadas também são formas de contratualização. A regulamenta-


ção das PPPs é feita pela Lei n. 11.079/2004, em que constam as seguintes definições:
PPP: contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa.

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Concessão Patrocinada: concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que


trata a Lei n. 8.987/95 (Lei das Concessões e Permissões), quando envolver, adicionalmente
à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro pri-
vado.
Concessão Administrativa: contrato de prestação de serviços de que a Administração Pú-
blica seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e
instalação de bens.
Vejamos algumas vedações legais:
• valor do contrato inferior a R$ 10.000.000,00;
• período de prestação do serviço inferior a 5 anos;
• tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e instalação
de equipamentos ou a execução de obra pública.

Vejam que, pela magnitude temporal e financeira, as PPPs envolvem projetos de grande
vulto.
Antes da celebração do contrato, é necessário que seja constituída uma sociedade de
propósito específico, que irá implantar e gerir o objeto da parceria. Vejamos algumas caracte-
rísticas desse tipo de sociedade:
• Pode assumir a forma de companhia aberta;
• Deverá obedecer a padrões de governança corporativa e adotar contabilidade e de-
monstrações financeiras padronizadas;
• A Administração Pública não pode ser titular da maioria do capital votante – senão, não
seria público-privada.

Paraestatais

Entidades paraestatais são aquelas que não fazem parte da estrutura da Administração
Pública. Não são nem Administração Direta e nem Administração Indireta. O termo “paraes-
tatal” significa “ao lado” do estado.
Características: pessoas privadas, não possuindo fins lucrativos, exercendo atividades de
interesse público, de cunho social. Essas atividades não são exclusivas do Estado, mas são
incentivadas por ele, por meio de parcerias.

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Chamamos essas entidades de terceiro setor, já que o primeiro é o Estado e o segundo é


o mercado.
Podemos classificar três entidades diferentes:
• Organizações Sociais (OS);
• Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP); e
• Serviços Sociais Autônomos.

OS e OSCIP

Sabe qual é o nome do instrumento celebrado com as OSs? Contratos de gestão sempre
imbuídos de alcance de resultados. Ih professor! Contrato de gestão? O mesmo nome da-
queles celebrados com as agências executivas? É, infelizmente tem o mesmo nome, mas a
história aqui é um pouco diferente.
E as OSCIPs? A Lei n. 13.019/2014 (Marco Regulatório das Organizações da Sociedade
Civil – MROSC), que fez alterações na Lei n. 9.790/99, dá a letra:

Art. 1º Esta Lei institui normas gerais para as parcerias entre a administração pública e organi-
zações da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco, mediante a execução de atividades ou de projetos previamente es-
tabelecidos em planos de trabalho inseridos em termos de colaboração, em termos de fomento ou
em acordos de cooperação. Grifei

Definições:

III – parceria: conjunto de direitos, responsabilidades e obrigações decorrentes de relação jurídica


estabelecida formalmente entre a administração pública e organizações da sociedade civil, em
regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco,
mediante a execução de atividade ou de projeto expressos em termos de colaboração, em termos
de fomento ou em acordos de cooperação.
VII – termo de colaboração: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabe-
lecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de
finalidades de interesse público e recíproco propostas pela administração pública que envolvam a
transferência de recursos financeiros.
VIII – termo de fomento: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas
pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades
de interesse público e recíproco propostas pelas organizações da sociedade civil, que envolvam a
transferência de recursos financeiros.
VIII – A – acordo de cooperação: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecu-
ção de finalidades de interesse público e recíproco que não envolvam a transferência de recursos
financeiros. (Grifei)

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E a lei de licitações, se aplica?

Art. 84. Não se aplica às parcerias regidas por esta Lei o disposto na Lei n. 8.666, de 21 de junho
de 1993.

Houve uma importante mudança nessa lei em 2015, que revogou trecho sobre contrata-
ções. Veja:

Art. 43. As contratações de bens e serviços pelas organizações da sociedade civil, feitas com o
uso de recursos transferidos pela administração pública, deverão observar os princípios da legali-
dade, da moralidade, da boa-fé, da probidade, da impessoalidade, da economicidade, da eficiência,
da isonomia, da publicidade, da razoabilidade e do julgamento objetivo e a busca permanente de
qualidade e durabilidade, de acordo com o regulamento de compras e contratações aprovado para
a consecução do objeto da parceria. (Revogado pela Lei n. 13.204, de 2015)
§ 1º O processamento das compras e contratações poderá ser efetuado por meio de sistema
eletrônico disponibilizado pela administração pública às organizações da sociedade civil, aber-
to ao público via internet, que permita aos interessados formular propostas. (Revogado pela Lei
n. 13.204, de 2015)
§ 2º O sistema eletrônico de que trata o § 1º conterá ferramenta de notificação dos fornecedores
do ramo da contratação que constem do cadastro de que trata o art. 34 da Lei n. 8.666, de 21 de
junho de 1993.
(Revogado pela Lei n. 13.204, de 2015)
Art. 44. O gerenciamento administrativo e financeiro dos recursos recebidos é de responsabilidade
exclusiva da organização da sociedade civil, inclusive no que diz respeito às despesas de custeio,
investimento e pessoal. (Revogado pela Lei n. 13.204, de 2015)
§ 1º (VETADO). (Revogado pela Lei n. 13.204, de 2015)
§ 2º Os encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais relativos ao funcionamento da
instituição e ao adimplemento do termo de colaboração ou de fomento são de responsabilidade
exclusiva das organizações da sociedade civil, não se caracterizando responsabilidade solidária ou
subsidiária da administração pública pelos respectivos pagamentos, qualquer oneração do objeto
da parceria ou restrição à sua execução. (Revogado pela Lei n. 13.204, de 2015)

E o que uma OSCIP precisa observar? Seus objetivos sociais tenham pelo menos uma das
seguintes finalidades, conforme artigo 3º da lei:
• Assistência social;
• Cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
• Educação;
• Saúde;
• Segurança alimentar e nutricional;

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• Defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento


sustentável;
• Voluntariado;
• Desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza;
• Experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos e de sistemas alter-
nativos de produção, comércio, emprego e crédito;
• Promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica
gratuita de interesse suplementar;
• Ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valores
universais;
• Estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divul-
gação de informações e conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito às
atividades citadas acima.
• Estudos e pesquisas para o desenvolvimento, a disponibilização e a implementação
de tecnologias voltadas à mobilidade de pessoas, por qualquer meio de transporte.

Uma observação:

Parágrafo único. Para os fins deste artigo, a dedicação às atividades nele previstas configura-se
mediante a execução direta de projetos, programas, planos de ações correlatas, por meio da
doação de recursos físicos, humanos e financeiros, ou ainda pela prestação de serviços interme-
diários de apoio a outras organizações sem fins lucrativos e a órgãos do setor público que atuem
em áreas afins.

Pera aí que tem mais coisa:

Art. 4º Atendido o disposto no art. 3º, exige-se ainda, para qualificarem-se como Organizações
da Sociedade Civil de Interesse Público, que as pessoas jurídicas interessadas sejam regidas por
estatutos cujas normas expressamente disponham sobre:
I – a observância dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, econo-
micidade e da eficiência;
II – a adoção de práticas de gestão administrativa, necessárias e suficientes a coibir a obtenção,
de forma individual ou coletiva, de benefícios ou vantagens pessoais, em decorrência da partici-
pação no respectivo processo decisório;

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III – a constituição de conselho fiscal ou órgão equivalente, dotado de competência para opinar
sobre os relatórios de desempenho financeiro e contábil, e sobre as operações patrimoniais rea-
lizadas, emitindo pareceres para os organismos superiores da entidade;
IV – a previsão de que, em caso de dissolução da entidade, o respectivo patrimônio líquido será
transferido a outra pessoa jurídica qualificada nos termos desta Lei, preferencialmente que tenha
o mesmo objeto social da extinta;
V – a previsão de que, na hipótese de a pessoa jurídica perder a qualificação instituída por esta
Lei, o respectivo acervo patrimonial disponível, adquirido com recursos públicos durante o perío-
do em que perdurou aquela qualificação, será transferido a outra pessoa jurídica qualificada nos
termos desta Lei, preferencialmente que tenha o mesmo objeto social;
VI – a possibilidade de se instituir remuneração para os dirigentes da entidade que atuem efeti-
vamente na gestão executiva e para aqueles que a ela prestam serviços específicos, respeitados,
em ambos os casos, os valores praticados pelo mercado, na região correspondente a sua área
de atuação;
VII – as normas de prestação de contas a serem observadas pela entidade, que determinarão, no
mínimo:
a) a observância dos princípios fundamentais de contabilidade e das Normas Brasileiras de Con-
tabilidade;
b) que se dê publicidade por qualquer meio eficaz, no encerramento do exercício fiscal, ao relatório
de atividades e das demonstrações financeiras da entidade, incluindo-se as certidões negativas
de débitos junto ao INSS e ao FGTS, colocando-os à disposição para exame de qualquer cidadão;
c) a realização de auditoria, inclusive por auditores externos independentes se for o caso, da apli-
cação dos eventuais recursos objeto do termo de parceria conforme previsto em regulamento;
d) a prestação de contas de todos os recursos e bens de origem pública recebidos pelas Organiza-
ções da Sociedade Civil de Interesse Público será feita conforme determina o parágrafo único do
art. 70 da Constituição Federal.
Parágrafo único. É permitida a participação de servidores públicos na composição de conselho ou
diretoria de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.

E quem não é passível de se qualificar como OSCIP? O art. 2º da Lei n. 9.790/99 nos informa:

I – as sociedades comerciais;
II – os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional;
III – as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e visões
devocionais e confessionais;
IV – as organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações;
V – as entidades de benefício mútuo destinadas a proporcionar bens ou serviços a um círculo res-
trito de associados ou sócios;
VI – as entidades e empresas que comercializam planos de saúde e assemelhados;
VII – as instituições hospitalares privadas não gratuitas e suas mantenedoras;
VIII – as escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas mantenedoras;
IX – as organizações sociais;

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X – as cooperativas;
XI – as fundações públicas;
XII – as fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão público
ou por fundações públicas;
XIII – as organizações creditícias que tenham quaisquer tipo de vinculação com o sistema finan-
ceiro nacional a que se refere o art. 192 da Constituição Federal.

Sobre organizações religiosas, é importante diferenciar instituições exclusivamente dedi-


cadas ou não:

Art. 2º Para os fins desta Lei, considera-se:


I – organização da sociedade civil:
c) as organizações religiosas que se dediquem a atividades ou a projetos de interesse público e de
cunho social distintas das destinadas a fins exclusivamente religiosos;

O MROSC determina também o seguinte:

Art. 10. A administração pública deverá manter, em seu sítio oficial na internet, a relação das par-
cerias celebradas e dos respectivos planos de trabalho, até cento e oitenta dias após o respectivo
encerramento.

O Portal de Convênios (Siconv – Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repas-


se) pode ser utilizado no âmbito do MROSC. Veja:

Art. 81. Mediante autorização da União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal poderão
aderir ao Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse – SICONV para utilizar suas
funcionalidades no cumprimento desta Lei.

Com relação ao contrato de gestão, esse outro tipo é celebrado com Organizações So-
ciais – OS, que são pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos cujas atividades
sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção
e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde, conforme a Lei n. 9.637/98. Esse rol de
atividades é taxativo, ou seja, não podem existir outras atividades.
As Organizações Sociais gozam de privilégio na lei de licitações (8.666/93). Um dos vários
casos de licitação dispensável é o seguinte:

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XXIV – para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qua-
lificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato
de gestão.

Enquanto nas OSs o poder público tem a faculdade de celebrar o contrato de gestão (ato
discricionário), nas OSCIPs, a sua qualificação é ato vinculado, desde as pessoas jurídicas
de direito privado sem fins lucrativos pleiteadoras tenham sido constituídas e se encontrem
em funcionamento regular há, no mínimo, 3 (três) anos, e desde que os respectivos objetivos
sociais e normas estatutárias atendam aos requisitos instituídos na Lei.

Questão 15 (CESPE/DPE-DF/2019) A respeito da organização administrativa e de poderes e


deveres da administração pública, julgue o item seguinte.
Parcerias entre a administração pública e organizações da sociedade civil para a consecução
de finalidades de interesse público e recíproco, celebradas por meio de execução de ativida-
des ou de projetos previamente estabelecidos em planos de trabalhos, podem ocorrer me-
diante termos de colaboração, termos de fomento ou acordos de cooperação.

Certo.
Reprodução do art. 1º da Lei n. 13.019/2014.

Questão 16 (CESPE/TJ-DFT/2019) Determinado município pretende formalizar parceria


com uma organização da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse pú-
blico e recíproco que não envolvam a transferência de recurso financeiro.
Nessa situação, o instrumento a ser firmado entre as partes deverá ser o
a) contrato de gestão.
b) termo de parceria.

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c) termo de colaboração.
d) acordo de cooperação.
e) chamamento público.

Letra d.
Acordo de cooperação: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabe-
lecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução
de finalidades de interesse público e recíproco que não envolvam a transferência de recursos
financeiros.

Serviços Sociais Autônomos

Essas são pessoas jurídicas privadas com criação prevista em lei, com objetivo de cunho
social, não lucrativo. Normalmente direcionado para o aprendizado profissionalizante, para
serviços assistenciais ou de utilidade pública. Exemplos dessas entidades: SESI, SENAI,
SESC etc.
Essas entidades prestam serviço de interesse público, o que não quer dizer que elas exe-
cutem serviços públicos.
A manutenção dessas entidades se dá por dotações orçamentárias e contribuições para-
fiscais. Em virtude disso, são submetidos a supervisão ministerial.

Questão 17 (CESPE/CGE-CE/2019) Acerca das entidades paraestatais e do terceiro setor,


assinale a opção correta.
a) Os serviços sociais autônomos são criados por meio de decreto.
b) As organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP) que firmem termo de par-
ceria com a União devem contratar mediante processo licitatório.
c) A outorga de qualificação como organização social é vinculada, desde que sejam atendidos
os requisitos legais.
d) Os serviços sociais autônomos executam essencialmente serviços públicos.

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e) Os serviços sociais autônomos são custeados pelas contribuições de seus associados,


incidindo impostos sobre esses serviços.

Letra b.
a) Errada. São criados por lei.
c) Errada. É vinculada a outorga de qualificação das OSCIPs.
d) Errada. Executam serviços de interesse público.
e) Errada. São custeados por contribuições parafiscais e dotações do orçamento.

Consórcios Públicos

Essa é outra pessoa jurídica reconhecida no nosso ordenamento jurídico. Eles podem ser
de direito privado ou público. Sendo público, eles também vão integrar a administração públi-
ca indireta, sendo denominados associação pública.
A própria Constituição dispôs sobre o tema. Vejamos:

Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os
consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão
associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços,
pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos.

Vejam então que o consórcio é uma gestão associada de serviços públicos. Apesar do
disposto na CF (cada ente tem competência para disciplinar os consórcios), em 2005, veio
uma lei editada pela União que trata de normas gerais acerca dos consórcios.
Na verdade, a base para essa Lei não veio do art. 241, e sim do seguinte artigo:

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:


XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administra-
ções públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios,
obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista,
nos termos do art. 173, § 1º, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)

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Nos termos da Lei de normas gerais de consórcios (Lei 11.107/2005), o “consórcio públi-
co constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito privado.”
Esse consórcio pode ser feito entre entes federados da mesma espécie (município com
município) ou de diferente espécie (Estado com município). No entanto, há exceções quando
se trata de espécie distinta.
Não se celebra consórcio exclusivamente entre a União e municípios. Assim, é necessária
a participação dos estados onde se encontram esses municípios.

Art. 1º, § 2º A União somente participará de consórcios públicos em que também façam parte to-
dos os Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados.

Não se celebra consórcio entre um Estado e um município pertencente a outro Estado.


Vale ressaltar que é possível a celebração de consórcio entre o Distrito Federal e municípios.

Questão 18 (FCC/TRF-4ª/2019) Determinado Município pretende descentralizar o serviço


público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos. Em vista das alternativas dispo-
níveis, caso opte por constituir
a) uma autarquia, não será necessário promover o registro do ato constitutivo, pois a natureza
de direito público desta entidade dispensa tal providência.
b) uma empresa pública, não será necessária autorização legislativa, pois a criação de tais
entidades decorre do poder regulamentar autônomo atribuído aos Chefes do Poder Executivo.
c) um consórcio público, deverá publicar chamamento de projetos, para que outras entidades
interessadas venham a manifestar o interesse em se associar.
d) uma fundação pública, não será necessária autorização legislativa, pois a criação de tais
entidades decorre do poder regulamentar autônomo atribuído aos Chefes do Poder Executivo.
e) uma sociedade de economia mista, deverá obrigatoriamente dotá-la da forma de socieda-
de de responsabilidade limitada, de modo a preservar a incolumidade do patrimônio público.

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Letra a.
b) Errada. Empresa pública requer autorização legislativa para sua criação.
c) Errada. Esse tipo de chamamento ocorre na verdade nos convênios.
d) Errada. Lei é necessária tanto para criação quanto para autorização.
e) Errada. Deve ser sociedade anônima.

Antes da celebração de um contrato, que é o instrumento que constitui um consórcio,


é necessário que seja subscrito um protocolo de intenções. O contrato é uma ratificação des-
se protocolo. Cabe ao ente disciplinar por lei a participação antes de subscrever o protocolo.
No consórcio, a entrega de recursos dos entes ao consórcio é feita por meio de contrato
de rateio.
Outro aspecto trazido pela Lei é a possibilidade de realizar atividades de arrecadação. Veja:

Art. 2º, § 2º Os consórcios públicos poderão emitir documentos de cobrança e exercer atividades
de arrecadação de tarifas e outros preços públicos pela prestação de serviços ou pelo uso ou ou-
torga de uso de bens públicos por eles administrados ou, mediante autorização específica, pelo
ente da Federação consorciado.

Essa Lei foi regulamentada pelo Decreto 6.017/2007, que bem define consórcio. Vejamos:

Art. 2º, I – consórcio público: pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da Federação, na
forma da Lei n. 11.107, de 2005, para estabelecer relações de cooperação federativa, inclusive a
realização de objetivos de interesse comum, constituída como associação pública, com persona-
lidade jurídica de direito público e natureza autárquica, ou como pessoa jurídica de direito privado
sem fins econômicos.

Esse Decreto traz outras importantes definições:

IX – gestão associada de serviços públicos: exercício das atividades de planejamento, regulação


ou fiscalização de serviços públicos por meio de consórcio público ou de convênio de cooperação
entre entes federados, acompanhadas ou não da prestação de serviços públicos ou da transferên-

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cia total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços
transferidos.
XVI – contrato de programa: instrumento pelo qual devem ser constituídas e reguladas as obriga-
ções que um ente da Federação, inclusive sua administração indireta, tenha para com outro ente da
Federação, ou para com consórcio público, no âmbito da prestação de serviços públicos por meio
de cooperação federativa;
XVII – termo de parceria: instrumento passível de ser firmado entre consórcio público e entidades
qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, destinado à formação
de vínculo de cooperação entre as partes para o fomento e a execução de atividades de interesse
público previstas no art. 3º da Lei n. 9.790, de 23 de março de 1999; e
XVIII – contrato de gestão: instrumento firmado entre a administração pública e autarquia ou fun-
dação qualificada como Agência Executiva, na forma do art. 51 da Lei n. 9.649, de 27 de maio de
1998, por meio do qual se estabelecem objetivos, metas e respectivos indicadores de desempenho
da entidade, bem como os recursos necessários e os critérios e instrumentos para a avaliação do
seu cumprimento.

A lei citada no inciso XVII é a Lei das OSCIPs (Organizações da Sociedade Civil de Interes-
se Público).
Vejamos as possibilidades para os consórcios:

Art. 2º, § 1º Para o cumprimento de seus objetivos, o consórcio público poderá:


I – firmar convênios, contratos, acordos de qualquer natureza, receber auxílios, contribuições e
subvenções sociais ou econômicas de outras entidades e órgãos do governo;
II – nos termos do contrato de consórcio de direito público, promover desapropriações e instituir
servidões nos termos de declaração de utilidade ou necessidade pública, ou interesse social, rea-
lizada pelo Poder Público; e
III – ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes da Federação consorciados,
dispensada a licitação.

Com relação à personalidade jurídica do um consórcio, veja como a lei trata o tema:

Art. 5º O contrato de consórcio público será celebrado com a ratificação, mediante lei, do protocolo
de intenções.
§ 1º O contrato de consórcio público, caso assim preveja cláusula, pode ser celebrado por apenas
1 (uma) parcela dos entes da Federação que subscreveram o protocolo de intenções.
§ 2º A ratificação pode ser realizada com reserva que, aceita pelos demais entes subscritores, im-
plicará consorciamento parcial ou condicional.
§ 3º A ratificação realizada após 2 (dois) anos da subscrição do protocolo de intenções dependerá
de homologação da assembleia geral do consórcio público.
§ 4º É dispensado da ratificação prevista no caput deste artigo o ente da Federação que, antes de
subscrever o protocolo de intenções, disciplinar por lei a sua participação no consórcio público.

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Art. 6º O consórcio público adquirirá personalidade jurídica:


I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis de
ratificação do protocolo de intenções;
II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil.
§ 1º O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a administração
indireta de todos os entes da Federação consorciados.
§ 2º O consórcio público, com personalidade jurídica de direito público ou privado, observará as
normas de direito público no que concerne à realização de licitação, à celebração de contratos,
à prestação de contas e à admissão de pessoal, que será regido pela Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943.

Vejamos algumas disposições da Lei n. 11.107/2005:

Art. 10. (VETADO)


Parágrafo único. Os agentes públicos incumbidos da gestão de consórcio não responderão pesso-
almente pelas obrigações contraídas pelo consórcio público, mas responderão pelos atos pratica-
dos em desconformidade com a lei ou com as disposições dos respectivos estatutos.
Art. 11. A retirada do ente da Federação do consórcio público dependerá de ato formal de seu re-
presentante na assembleia geral, na forma previamente disciplinada por lei.
§ 1º Os bens destinados ao consórcio público pelo consorciado que se retira somente serão rever-
tidos ou retrocedidos no caso de expressa previsão no contrato de consórcio público ou no instru-
mento de transferência ou de alienação.
§ 2º A retirada ou a extinção do consórcio público não prejudicará as obrigações já constituídas,
inclusive os contratos de programa, cuja extinção dependerá do prévio pagamento das indeniza-
ções eventualmente devidas.
Art. 12. A alteração ou a extinção de contrato de consórcio público dependerá de instrumento apro-
vado pela assembleia geral, ratificado mediante lei por todos os entes consorciados.
§ 1º Os bens, direitos, encargos e obrigações decorrentes da gestão associada de serviços pú-
blicos custeados por tarifas ou outra espécie de preço público serão atribuídos aos titulares dos
respectivos serviços.
§ 2º Até que haja decisão que indique os responsáveis por cada obrigação, os entes consorciados
responderão solidariamente pelas obrigações remanescentes, garantindo o direito de regresso em
face dos entes beneficiados ou dos que deram causa à obrigação.

Questão 19 (FCC/AFAP/2019) A formação de um consórcio público entre determinados mu-


nicípios e o estado que integram

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a) pressupõe a edição de lei estadual autorizativa da participação dos entes, instrumento que
também preverá a possibilidade de repasse de recursos mediante contrato de rateio.
b) demanda prévio convênio entre os entes participantes, no qual serão fixadas as competên-
cias atribuídas a cada um deles, bem como a forma pela qual será contratado o consórcio.
c) enseja a celebração de protocolo de intenções, seguida de contrato de consórcio, por meio
do qual um ente federado poderá transferir para outro ente federado competências que lhe
foram constitucionalmente atribuídas.
d) depende da celebração de convênio de programa e rateio para disciplinar a transferência de
competências, mão de obra e recursos para a nova pessoa jurídica criada.
e) exige lei de cada ente participante, ratificando o protocolo de intenções, para celebração
de contrato de programa disciplinando as obrigações de cada ente no consórcio, inclusive se
haverá contrato de rateio para repasse de recursos à pessoa jurídica criada.

Letra e.
É preciso que haja lei de cada participante. Essa lei irá ratificar o protocolo de intenções.
O contrato de programa traz as obrigações de cada um e o contrato de rateio dispõe sobre o
repasse de recursos, quando houver.

Questão 20 (CESPE/TJ-PR/2019) As pessoas jurídicas de direito privado que compõem a


administração pública são
a) investidas de poderes de autoridade e encarregadas de realizar funções de interesse públi-
co, a partir da descentralização de poderes.
b) passíveis de integrar tanto a administração pública direta quanto a indireta.
c) criadas por atos de direito privado, mas a sua instituição depende de autorização legisla-
tiva.
d) instituídas para fins de desconcentração de poderes e de competências administrativas.

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Letra c.
a) Errada. As EPs e as SEMs podem ser divididas em: exploradoras de atividade econômica/
financeira e prestadoras de serviço público.
b) Errada. São a indireta.
d) Errada. Não é desconcentração. É descentralização.

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RESUMO
Descentralização x Desconcentração

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Entidades da Administração Indireta

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MAPA MENTAL

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


Questão 1 (CESPE/PGE-PE/2019) A respeito da administração pública brasileira, julgue o
item a seguir.
O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações integra a administração dire-
ta, enquanto a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), agência sob a supervisão desse
ministério, integra a administração indireta.

Questão 2 (FCC/SEFAZ-BA/2019) No que concerne aos conceitos de descentralização e


delegação, como ferramentas utilizadas para gestão no âmbito da Administração pública,
é correto afirmar que
a) divergem em função dos objetivos almejados, sendo ambas aplicáveis no âmbito interno
da Administração, porém a delegação é voltada à divisão do trabalho, enquanto a descentra-
lização se aplica à alocação funcional.
b) são antagônicas, na medida em que a descentralização se opera no âmbito interno da
Administração, com distribuição de competências e sem criação de novos entes, enquanto a
delegação pressupõe a instituição de novas pessoas jurídicas.
c) são complementares e sempre aplicadas de forma conjunta, sendo a delegação a etapa
preliminar da descentralização, salvo quando esta última se dá por colaboração, ou seja, com
o envolvimento de um ente totalmente privado.
d) a descentralização pode ser utilizada concomitantemente com a delegação, como, por
exemplo, na hipótese de constituição de uma empresa pública, conferindo-lhe a exploração
de determinado serviço público de titularidade do ente instituidor.
e) representam duas faces do mesmo fenômeno, que consiste na transferência de competên-
cias no âmbito interno da organização, sendo a descentralização no mesmo nível funcional e
a delegação para instâncias inferiores.

Questão 3 (CESPE/SEFAZ-RS/2019) A entidade da administração pública indireta criada


por meio de lei para desempenho de atividades específicas, com personalidade jurídica públi-
ca e capacidade de autoadministração é a
a) autarquia.

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b) fundação privada.
c) sociedade de economia mista.
d) empresa pública.
e) empresa subsidiária.

Questão 4 (CESPE/TJ-DFT/2019) Na hipótese de um ente federado pretender instituir uma


fundação pública de direito público, a criação dessa entidade deverá ser formalizada por
meio de
a) lei ordinária, cabendo a decreto regulamentar definir as áreas de sua atuação.
b) lei complementar, cabendo a lei ordinária definir as áreas de sua atuação.
c) autorização em lei ordinária específica, cabendo a decreto regulamentar definir as áreas de
sua atuação.
d) autorização em lei ordinária específica, cabendo a lei complementar definir as áreas de sua
atuação.
e) autorização em lei complementar específica, cabendo a lei ordinária definir as áreas de sua
atuação.

Questão 5 (CESPE/MPC-PA/2019) Determinado governador pretende que sejam criadas


uma nova autarquia e uma nova empresa pública em seu estado.
Nessa situação, serão necessárias
a) duas leis específicas: uma para a criação da autarquia e outra para a criação da empresa
pública.
b) uma lei específica para a criação da autarquia e outra para a autorização da instituição da
empresa pública.
c) uma lei específica para a criação da empresa pública e outra para a autorização da insti-
tuição da autarquia.
d) autorizações legais na norma geral acerca da nova organização da administração pública
estadual, não havendo necessidade de a criação de nenhuma das entidades ser feita por lei.
e) duas leis específicas: uma para a autorização da criação da empresa pública e outra para
a autorização da criação da autarquia.

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Questão 6 (FCC/SANASA CAMPINAS/2019) Considere que o Município de Campinas pre-


tenda constituir uma empresa pública para atuar, em regime de competição com empresas
privadas, na prestação de serviços de tecnologia da informação. A intenção seria aproveitar
uma oportunidade de mercado, obtendo receitas para o município na forma de distribuição
de dividendos (participação no lucro da companhia). A lei autorizativa para constituição da
referida empresa não foi, contudo, aprovada pela Câmara Municipal, que vislumbrou descon-
formidade com o regramento constitucional para atuação do Estado no domínio econômico,
segundo o qual
a) a participação empresarial em regime de concorrência no mercado é prerrogativa exclusiva
da União, permitindo-se aos Estados e Municípios a constituição de empresas apenas para
prestação ou exploração de serviços públicos.
b) a exploração de atividade econômica mediante constituição de empresas estatais, embora
seja possível em todos os âmbitos da federação, está condicionada à existência de imperati-
vos de segurança pública ou relevante interesse coletivo.
c) a atuação de empresas públicas ou sociedades de economia mista em regime de compe-
tição no mercado é medida excepcional, somente possível para os setores objeto de política
nacional de indução da concorrência, definidos em lei complementar de âmbito nacional.
d) apenas a União pode constituir empresas públicas exploradoras de atividade econômica,
facultando-se aos Estados e Municípios apenas a constituição, mediante lei específica, de
sociedades de economia mista para esse fim.
e) a exploração de atividade econômica por empresa estatal pressupõe a existência de mono-
pólio legal ou natural, que justifique a intervenção estatal para mitigar a correspondente falha
de mercado.

Questão 7 (CESPE/PREFEITURA DE BOA VISTA-RR/2019) A respeito de improbidade admi-


nistrativa, processo administrativo e organização administrativa, julgue o item seguinte.
A criação de empresa pública é um exemplo de descentralização de poder realizado por meio
de atos de direito privado, ainda que a instituição da empresa pública dependa de autorização
legislativa.

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Questão 8 (CESPE/PREFEITURA DE BOA VISTA-RR/2019) Julgue o item a seguir, acerca


das disposições constitucionais a respeito de direito administrativo.
A investidura em empregos públicos em sociedades de economia mista depende de prévia
aprovação em concurso público, mas não se estende a esse tipo de emprego a proibição
constitucional de acumulação remunerada de funções e cargos públicos.

Questão 9 (CESPE/DPE-DF/2019) A respeito da organização administrativa e de poderes e


deveres da administração pública, julgue o item seguinte.
É admitida a criação de autarquia por iniciativa de deputado federal, desde que este encami-
nhe o respectivo projeto de lei à Câmara dos Deputados e que a matéria verse estritamente
sobre a criação da entidade.

Questão 10 (FCC/DETRAN-S/2019) A Administração pública de determinado estado da fe-


deração está estruturada de forma descentralizada. Isso significa que
a) a Administração pública delegou integralmente suas competências e atribuições para os
entes que integram a Administração indireta.
b) foram constituídas pessoas jurídicas, integrantes da Administração indireta, às quais fo-
ram conferidas atribuições originalmente de competência da Administração central.
c) foram criadas autarquias, fundações e empresas públicas, pessoas jurídicas dotadas de
personalidade jurídica própria e com natureza jurídica de direito público.
d) a Administração pública foi autorizada por lei ou decreto a criar, mediante lei específica,
autarquias, pessoas jurídicas de direito público que executam serviços públicos.
e) foi editada lei específica criando empresas públicas e sociedades de economia mista, que
podem prestar serviços públicos mas não integram a Administração indireta por possuírem
natureza jurídica de direito privado.

Questão 11 (CESPE/SLU-DF/2019) No que se refere aos processos governamentais de com-


pras, julgue o item a seguir.
As fundações públicas não são sujeitas aos procedimentos licitatórios comuns aos demais
entes da administração indireta.

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Questão 12 (CESPE/MPC-PA/2019) Acerca dos órgãos públicos e dos institutos da centra-


lização e da descentralização administrativa, assinale a opção correta.
a) Os entes criados por descentralização permanecem hierarquicamente subordinados aos
órgãos dos quais foram descentralizados.
b) A administração centralizada atua por meio de órgãos públicos, que são unidades dotadas
de personalidade jurídica e que expressam a vontade do Estado.
c) A descentralização administrativa caracteriza-se pela retirada de atribuições da esfera do
interesse público e sua transferência para o domínio privado.
d) A criação e a extinção de órgãos públicos devem observar a exigência de lei ou decreto
específico.
e) A descentralização política ocorre quando o ente descentralizado exerce atribuições pró-
prias que não decorrem do ente central.

Questão 13 (CESPE/DPE-DF/2019) A respeito da organização administrativa e de poderes e


deveres da administração pública, julgue o item seguinte.
A distribuição de competências a órgãos subalternos despersonalizados, como as secreta-
rias-gerais, é modalidade de descentralização de poder.

Questão 14 (FCC/PREFEITURA DE RECIFE-PE/2019) Determinado município implementou


reforma administrativa quando da assunção de uma nova gestão. Entre as medidas tomadas
estava a criação de empresa estatal cujo escopo seria prestar garantias aos projetos de infra-
estrutura que o Município viesse a contratar. Além disso, foram unificadas as competências
de algumas secretarias, reduzindo o número dessas estruturas na Administração. Por fim,
foram extintos cargos e órgãos. A descrição da reforma implementada demonstra que
a) foi precedida da edição de lei autorizativa necessária para todas as mudanças implemen-
tadas, porque sujeitas à reserva de lei formal.
b) a criação de empresas estatais se deu por meio de lei, em cujo texto constavam as compe-
tências e atribuições que foram delegadas aos novos entes.
c) o Município editou ato normativo para todas as medidas de reorganização administrativa,
considerando que essa matéria pode ser objeto de decreto autônomo.

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d) foi necessária lei autorizativa para instituição da empresa estatal, sem prejuízo de outras
medidas, como a extinção de cargos vagos, poder ser implementada por decreto.
e) a reorganização dos órgãos administrativos, envolvendo criação e extinção, dependeram
da edição de lei complementar, pois implicam necessariamente a implementação de novas
unidades de despesa.

Questão 15 (CESPE/DPE-DF/2019) A respeito da organização administrativa e de poderes e


deveres da administração pública, julgue o item seguinte.
Parcerias entre a administração pública e organizações da sociedade civil para a consecução
de finalidades de interesse público e recíproco, celebradas por meio de execução de ativida-
des ou de projetos previamente estabelecidos em planos de trabalhos, podem ocorrer me-
diante termos de colaboração, termos de fomento ou acordos de cooperação.

Questão 16 (CESPE/TJ-DFT/2019) Determinado município pretende formalizar parceria


com uma organização da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse pú-
blico e recíproco que não envolvam a transferência de recurso financeiro.
Nessa situação, o instrumento a ser firmado entre as partes deverá ser o
a) contrato de gestão.
b) termo de parceria.
c) termo de colaboração.
d) acordo de cooperação.
e) chamamento público.

Questão 17 (CESPE/CGE-CE/2019) Acerca das entidades paraestatais e do terceiro setor,


assinale a opção correta.
a) Os serviços sociais autônomos são criados por meio de decreto.
b) As organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP) que firmem termo de par-
ceria com a União devem contratar mediante processo licitatório.
c) A outorga de qualificação como organização social é vinculada, desde que sejam atendidos
os requisitos legais.

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d) Os serviços sociais autônomos executam essencialmente serviços públicos.


e) Os serviços sociais autônomos são custeados pelas contribuições de seus associados,
incidindo impostos sobre esses serviços.

Questão 18 (FCC/TRF-4ª/2019) Determinado Município pretende descentralizar o serviço


público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos. Em vista das alternativas dispo-
níveis, caso opte por constituir
a) uma autarquia, não será necessário promover o registro do ato constitutivo, pois a natureza
de direito público desta entidade dispensa tal providência.
b) uma empresa pública, não será necessária autorização legislativa, pois a criação de
tais entidades decorre do poder regulamentar autônomo atribuído aos Chefes do Poder
Executivo.
c) um consórcio público, deverá publicar chamamento de projetos, para que outras entidades
interessadas venham a manifestar o interesse em se associar.
d) uma fundação pública, não será necessária autorização legislativa, pois a criação de
tais entidades decorre do poder regulamentar autônomo atribuído aos Chefes do Poder
Executivo.
e) uma sociedade de economia mista, deverá obrigatoriamente dotá-la da forma de socieda-
de de responsabilidade limitada, de modo a preservar a incolumidade do patrimônio público.

Questão 19 (FCC/AFAP/2019) A formação de um consórcio público entre determinados mu-


nicípios e o estado que integram
a) pressupõe a edição de lei estadual autorizativa da participação dos entes, instrumento que
também preverá a possibilidade de repasse de recursos mediante contrato de rateio.
b) demanda prévio convênio entre os entes participantes, no qual serão fixadas as competên-
cias atribuídas a cada um deles, bem como a forma pela qual será contratado o consórcio.
c) enseja a celebração de protocolo de intenções, seguida de contrato de consórcio, por meio
do qual um ente federado poderá transferir para outro ente federado competências que lhe
foram constitucionalmente atribuídas.

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d) depende da celebração de convênio de programa e rateio para disciplinar a transferência de


competências, mão de obra e recursos para a nova pessoa jurídica criada.
e) exige lei de cada ente participante, ratificando o protocolo de intenções, para celebração
de contrato de programa disciplinando as obrigações de cada ente no consórcio, inclusive se
haverá contrato de rateio para repasse de recursos à pessoa jurídica criada.

Questão 20 (CESPE/TJ-PR/2019) As pessoas jurídicas de direito privado que compõem a


administração pública são
a) investidas de poderes de autoridade e encarregadas de realizar funções de interesse públi-
co, a partir da descentralização de poderes.
b) passíveis de integrar tanto a administração pública direta quanto a indireta.
c) criadas por atos de direito privado, mas a sua instituição depende de autorização legisla-
tiva.
d) instituídas para fins de desconcentração de poderes e de competências administrativas.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 21 (CESPE/PGE-PE/2019) Com relação à organização administrativa e à adminis-
tração pública direta e indireta, julgue o item a seguir.
Embora dotados de personalidade jurídica, os órgãos públicos não possuem capacidade pro-
cessual para a defesa de suas prerrogativas e competências institucionais.

Questão 22 (CESPE/PGE-PE/2019) Com relação à organização administrativa e à adminis-


tração pública direta e indireta, julgue o item a seguir.
A criação de fundações públicas de direito público ocorre por meio de lei, não sendo necessá-
ria a inscrição de seus atos constitutivos em registro civil de pessoas jurídicas.

Questão 23 (CESPE/PGE-PE/2019) Com relação à organização administrativa e à adminis-


tração pública direta e indireta, julgue o item a seguir.
Diferentemente das empresas públicas, que podem ser constituídas sob qualquer forma em-
presarial admitida em direito, as sociedades de economia mista somente podem constituir-se
sob a forma de sociedade anônima.

Questão 24 (CESPE/PGE-PE/2019) A respeito da organização administrativa da administra-


ção pública, julgue o item a seguir.
Desconcentração administrativa consiste na distribuição do exercício das funções adminis-
trativas entre pessoas jurídicas autônomas.

Questão 25 (CESPE/PGE-PE/2019) A respeito da organização administrativa da administra-


ção pública, julgue o item a seguir.
A administração pública direta reflete uma administração centralizada, enquanto a adminis-
tração indireta reflete uma administração descentralizada.

Questão 26 (CESPE/PGE-PE/2019) A respeito da administração pública brasileira, julgue o


item a seguir.
A descentralização consiste na repartição de funções entre mais de um órgão de uma mesma
administração, sem que haja quebra de hierarquia, e pode ocorrer por critério territorial.

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Questão 27 (CESPE/PGE-PE/2019) A respeito da administração pública brasileira, julgue


o item a seguir.
A descentralização por colaboração ocorre, por exemplo, quando a administração pública,
por meio de ato administrativo, transfere a execução de um serviço a uma pessoa jurídica,
mas mantém a titularidade do serviço.

Questão 28 (CESPE/PGE-PE/2019) A respeito da administração pública brasileira, julgue


o item a seguir.
A administração pública direta inclui as autarquias, as fundações públicas e as empresas
públicas.

Questão 29 (CESPE/PGE-PE/2019) A respeito da administração pública brasileira, julgue


o item a seguir.
Autarquia pode ser criada por ato administrativo originário de ministério.

Questão 30 (FCC/SEGEP-MA/2018) Administração pública, em seu sentido subjetivo, com-


preende não apenas os órgãos integrantes da chamada Administração direta, mas também
a) as pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração indireta, que atuam
no domínio econômico, como expressão da atividade de fomento, assim entendidas as em-
presas públicas e as sociedades de economia mista.
b) os órgãos dos poderes legislativo e judiciário, tendo em vista a parcela de atuação admi-
nistrativa que lhes é cometida para atender concretamente às necessidades coletivas.
c) as concessionárias e permissionárias de serviço público que estejam ligadas à Adminis-
tração direta por vínculos jurídicos de autorização, delegação ou concessão.
d) as pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei para desempenharem atividade
tipicamente administrativa, assim entendidas as autarquias e fundações governamentais
e) as pessoas jurídicas com personalidade de direito público ou privado, criadas para exe-
cução de serviço público como decorrência da descentralização e com base no princípio da
especialização.

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Questão 31 (FCC/SEGEP-MA/2018) O conceito de Administração indireta, tal como utiliza-


do na Constituição Federal, que, conforme esclarece a conceituada administrativista Maria
Sylvia Zanella di Pietro, é usado “no mesmo sentido subjetivo do Decreto-Lei n. 200/1967”,
compreende:
a) as entidades controladas direta ou indiretamente pelo poder público, que atuem em regime
de competição no mercado, sujeitas, portanto, ao direito privado, assim entendidas apenas as
sociedades de economia mista.
b) apenas as pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei com as mesmas prerroga-
tivas e sujeições da dita Administração direta, assim entendidas as autarquias e fundações.
c) as pessoas jurídicas criadas ou autorizadas por lei, exclusivamente para a prestação de
serviços públicos, assim entendidas as empresas públicas, sociedades de economia mista e
concessionárias de serviços públicos.
d) as pessoas jurídicas de direito privado, cuja criação seja autorizada por lei, que tenham
como objeto a atuação no domínio econômico, assim entendidas as autarquias e empresas
públicas.
e) pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei, como as autarquias, e também as de
direito privado que desempenham serviço público ou atividade econômica, incluindo as em-
presas públicas e sociedades de economia mista.

Questão 32 (FCC/IAPEN-AP/2018) Pessoa jurídica que se submete a regime jurídico de di-


reito privado, que integra a Administração indireta e cujo escopo social é a prestação de ser-
viços públicos, estando os empregados submetidos ao regime celetista, pode ser
a) empresa pública, não se submetendo, contudo, à norma constitucional que estabelece a
responsabilidade civil do Estado.
b) empresa pública, que também deve observar a obrigatoriedade de prévia licitação para
formalizar suas contratações, ainda que não para todas.
c) autarquia, cuja criação deve se dar por lei, considerando que a finalidade seja a prestação
de serviços públicos, ainda que se submeta a regime jurídico de direito privado.

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d) sociedade de economia mista, cujos empregados, ainda que celetistas, gozam de estabi-
lidade e só podem ser demitidos mediante processo administrativo, em razão da finalidade
institucional indicada.
e) sociedade de economia mista, que também pode se submeter a regime jurídico de direito
público, caso a lei que autorizou sua criação assim tenha determinado expressamente.

Questão 33 (CESPE/IPHAN/2018) No que se refere aos princípios e normas da administra-


ção pública, julgue o item a seguir.
É facultado às empresas públicas e às sociedades de economia mista adotar quaisquer for-
matos jurídicos empresariais, como, por exemplo, o de sociedade anônima ou o de sociedade
cooperativa.

Questão 34 (FCC/PREFEITURA DE CARUARU-PE/2018) Em relação à organização admi-


nistrativa,
a) a criação de uma agência reguladora – autarquia em regime especial – é decorrente do
fenômeno da desconcentração.
b) uma empresa pública prestadora de serviço público é criada por meio do fenômeno da des-
centralização, enquanto uma empresa pública exploradora de atividade econômica é criada
por meio do fenômeno da desconcentração.
c) no Brasil, a criação de Territórios Federais constitui hipótese de descentralização geográ-
fica ou territorial.
d) a criação de uma secretaria municipal é hipótese de descentralização.
e) a transferência de uma competência de um órgão superior a um órgão subalterno, sem
quebra de hierarquia, é hipótese de descentralização.

Questão 35 (FCC/PREFEITURA DE CARUARU-PE/2018) Considere o texto abaixo.


Os órgãos integram a estrutura do Estado e das demais pessoas jurídicas como partes desses
corpos vivos, dotados de vontade e capazes de exercer direitos e contrair obrigações para a
consecução de seus fins institucionais. Por isso mesmo, os órgãos não têm personalidade ju-
rídica nem vontade própria, que são atributos do corpo e não das partes, mas na área de suas
atribuições e nos limites de sua competência funcional expressam a vontade da entidade a

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que pertencem e a vinculam por seus atos, manifestados através de seus agentes (pessoas
físicas). Como partes das entidades que integram, os órgãos são meros instrumentos de ação
dessas pessoas jurídicas, preordenados ao desempenho das funções que lhes forem atribu-
ídas pelas normas de sua constituição e funcionamento. Para a eficiente realização de suas
funções, cada órgão é investido de determinada competência, redistribuída entre seus cargos,
com a correspondente parcela de poder necessária ao exercício funcional de seus agentes.
Embora despersonalizados, os órgãos mantêm relações funcionais entre si e com terceiros, das
quais resultam efeitos jurídicos internos e externos, na forma legal ou regulamentar. E, a despei-
to de não terem personalidade jurídica, os órgãos podem ter prerrogativas funcionais próprias
que, quando infringidas por outro órgão, admitem defesa até mesmo por mandado de seguran-
ça.
(MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 15.ed., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,
1990, p. 59)

Com base no texto transcrito e no regime jurídico dos órgãos administrativos, é correto afir-
mar:
a) O texto transcrito aborda a teoria do mandato, por meio da qual aos agentes públicos se-
riam delegados poderes para que agissem em nome e no interesse do Estado.
b) Os órgãos públicos são centros de competências instituídos para o desempenho de fun-
ções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que per-
tencem.
c) O texto transcrito traz uma concepção de órgão que contraria a formulação da teoria do
órgão, atribuída a Otto Gierke, que criou uma doutrina para justificar como se dá a manifes-
tação da vontade do Estado por meio de seus órgãos, por meio da noção de que os agentes
públicos, ao agir, expressam a vontade do Estado.
d) Por serem despersonalizados, os órgãos públicos não mantêm relações funcionais com
terceiros, dos quais resultam efeitos jurídicos externos.
e) No texto, é apresentada a teoria da representação, pela qual a vontade dos agentes expri-
miria a vontade do Estado, como ocorre na tutela ou na curatela.

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Questão 36 (CESPE/FUB/2018) Com referência às características dos órgãos e das entida-


des da administração direta e indireta federal, julgue o seguinte item.
Fundações públicas federais são órgãos que possuem personalidade jurídica de direito públi-
co e que realizam, precipuamente, a exploração de atividade econômica.

Questão 37 (CESPE/FUB/2018) Com referência às características dos órgãos e das entida-


des da administração direta e indireta federal, julgue o seguinte item.
O Ministério da Educação é um exemplo de órgão componente da administração pública dire-
ta integrado à estrutura administrativa da União.

Questão 38 (CESPE/FUB/2018) Com referência às características dos órgãos e das entida-


des da administração direta e indireta federal, julgue o seguinte item.
Empresas públicas federais têm personalidade jurídica, não necessitam de lei específica que
autorize sua criação e podem ter patrimônio próprio.

Questão 39 (FCC/SEAD-AP/2018) Os órgãos públicos são unidades de atribuições das fun-


ções estatais e, como tal,
a) só estão presentes na Administração direta, destinando-se à execução de atividades estri-
tas de Estado, impassíveis de serem delegadas à Administração indireta.
b) são sempre unitários, não podendo se subdividir em outras unidades de atribuições, o que
desnaturaria sua função.
c) devem apresentar somente um detentor do poder decisório, não admitindo a composição
plural para emissão de vontades.
d) são sempre autônomos e independentes, não podendo se subordinar a outros órgãos para
execução de suas tarefas.
e) também podem estar presentes na organização da Administração pública indireta, como,
por exemplo, para estruturação de uma autarquia.

Questão 40 (FCC/MPE-PE/2018) Os órgãos públicos que integram a organização adminis-


trativa, na qualidade de “centros de competência para desempenho de funções estatais”,

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a) encontram-se presentes na estrutura descentralizada da Administração pública e confi-


guram polos de decisões emitidas por agentes públicos que se responsabilizam exclusiva e
pessoalmente pelas consequências daquelas advindas.
b) são representados por agentes públicos, mas não se confundem com estes, pois as conse-
quências e conquistas são atribuídas àquelas unidades de competência e, em consequência,
às pessoas jurídicas que elas integram.
c) possuem personalidade jurídica própria, mas não dispõem de autonomia, já que de-
pendem de autorização do comando da pessoa jurídica que integram.
d) exercem os poderes inerentes à Administração pública, à exceção do poder de polícia,
restrito à Administração Central, porque indelegável em qualquer de suas vertentes ou
facetas.
e) são estruturas típicas de uma Administração pública que se organiza de forma des-
concentrada, que constitui entes ou órgãos dotados de personalidade jurídica própria,
para desempenho de competências específicas e constantes da lei autorizativa de sua
criação.

Questão 41 (CESPE/SEFAZ-RS/2018) Os serviços sociais autônomos


a) integram a administração indireta.
b) não dependem de lei autorizativa para serem criados.
c) não recebem recursos derivados de contribuições compulsórias.
d) podem visar ao lucro.
e) são submetidos a supervisão ministerial.

Questão 42 (CESPE/SEFAZ-RS/2018) A propósito da administração indireta, assinale a


opção correta.
a) As empresas públicas gozam de privilégio fiscal, uma vez que são extensões do ente
político instituidor.
b) A CF permite que uma pessoa ocupe função administrativa em uma sociedade de
economia mista e, concomitantemente, outra em empresa pública, desde que haja com-
patibilidade de horário.

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c) Não depende de autorização legislativa a criação de subsidiárias de sociedade de


economia mista.
d) Depende de autorização legislativa a participação de sociedade de economia mista em
empresa privada.
e) Sociedades de economia mista são isentas da obrigação de realizar procedimento
licitatório.

Questão 43 (CESPE/SEFAZ-RS/2018) As agências reguladoras, pessoas jurídicas de direito


público interno cuja finalidade é regular e fiscalizar a atividade de determinado setor da eco-
nomia do país, são criadas a partir do processo de
a) concessão.
b) descentralização.
c) desconcentração.
d) autorização.
e) permissão.

Questão 44 (CESPE/SEFAZ-RS/2018) Assinale a opção que indica entidades que apresen-


tam personalidade jurídica de direito privado, são criadas mediante autorização por lei, de-
sempenham atividade econômica e estão sujeitas ao controle estatal.
a) autarquia e fundação
b) sociedade de economia mista e fundação
c) fundação e empresa pública
d) empresa pública e sociedade de economia mista
e) autarquia e empresa pública

Questão 45 (CESPE/TCE-MG/2018) O governo do estado de Minas Gerais pretende celebrar


parceria com determinada pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos qualificada
como organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP). O ajuste administrativo
envolve o repasse de recursos financeiros estaduais para a capacitação de professores da
rede pública estadual.

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No caso apresentado, para atrair o regime jurídico aplicável às OSCIP, o instrumento jurídico
a ser celebrado entre as partes deverá ser o
a) termo de parceria.
b) contrato de direito privado.
c) convênio.
d) contrato de gestão.
e) contrato administrativo de concessão patrocinada.

Questão 46 (CESPE/TCE-MG/2018) De acordo com a Lei n.º 13.303/2016, a entidade dotada


de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei e com patrimônio
próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos estados, pelo Distrito Fe-
deral ou pelos municípios, é a
a) organização social.
b) sociedade de economia mista.
c) empresa pública.
d) autarquia.
e) fundação.

Questão 47 (CESPE/PGM JOÃO PESSOA-PB/2018) Acerca de organização administrativa,


órgãos e pessoas jurídicas que a compõem, assinale a opção correta.
a) Na desconcentração, órgão integrante da estrutura de determinada autarquia exerce ativi-
dades administrativas sem controle hierárquico.
b) Situação hipotética: Determinado estado da Federação, para aprovação pelo Poder Le-
gislativo, encaminhou projeto de lei que regulamenta instituição de autarquia e alterações
orçamentárias e administrativas de determinada secretaria. Assertiva: Nessa situação, esse
projeto de lei, apesar de multitemático, deverá ser aprovado à luz do princípio da reserva legal.
c) Agências reguladoras são instituídas para disciplinar e fiscalizar a prestação de serviços pú-
blicos e, apesar de deterem poder normativo, não dispõem de legitimidade para impor sanções.
d) Fundação vinculada a partido político e voltada para fomento ao desenvolvimento econô-
mico e social não poderá ser classificada como organização da sociedade civil de interesse
público.

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e) Os serviços sociais autônomos são criados mediante autorização legislativa, têm como
destinação a prestação de serviços públicos sem fins lucrativos e são executados por pesso-
as jurídicas de direito privado.

Questão 48 (FCC/SEFAZ-SC/2018) No tocante às empresas públicas e às sociedades de


economia mista, é correto afirmar:
a) A criação de subsidiárias de sociedade de economia mista e de empresa pública depende
de autorização legislativa, defesa a participação delas em empresa privada de qualquer na-
tureza.
b) Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito público, com cria-
ção autorizada por lei e capital próprio, integralmente detido pela União, Estados, Distrito Fe-
deral ou Municípios.
c) A exploração da atividade econômica pelo Estado será exercida por meio de empresa pú-
blica, de sociedade de economia mista e suas subsidiárias, autarquias e concessionárias de
serviço público.
d) A constituição de empresa pública ou de sociedade de economia mista não dependerá de
prévia autorização legal, mas será preciso caracterizar, em seu objeto social, de forma clara,
relevante interesse coletivo ou imperativo de segurança nacional, consoante previsto consti-
tucionalmente.
e) Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito pri-
vado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com
direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Muni-
cípios ou à entidade da Administração indireta.

Questão 49 (FCC/SEFAZ-SC/2018) Como formas de organização administrativa, um ente


federado pode optar pela desconcentração e pela descentralização,
a) acarretando, nos dois modelos, a delegação de competências próprias desse ente às pes-
soas jurídicas criadas para exercer as funções executivas.
b) não sendo formas excludentes, pois a desconcentração envolve a criação de órgãos despro-
vidos de personalidade jurídica, integrantes da estrutura da Administração direta, enquanto a

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descentralização enseja a criação de pessoas jurídicas, que passam a integrar a administração


indireta.
c) envolvendo, no segundo modelo, a transferência de competências e de titularidade de ser-
viços públicos às pessoas jurídicas que forem criadas, independentemente do regime jurídico
a que se sujeitam.
d) não impedindo, nos dois modelos, a coexistência das pessoas jurídicas integrantes da
Administração indireta, submetidas ao regime jurídico de direito privado, com os entes que
integram a Administração direta.
e) dependendo, nos dois modelos, de lei para definição, distribuição de competências e de
atribuições aos entes, órgãos e pessoas jurídicas envolvidas.

Questão 50 (CESPE/PC-SE/2018) No que se refere aos institutos da centralização, da des-


centralização e da desconcentração, julgue o item a seguir.
A centralização consiste na execução de tarefas administrativas pelo próprio Estado, por meio
de órgãos internos e integrantes da administração pública direta.

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GABARITO
1. C 28. E
2. d 29. E
3. a 30. e
4. d 31. e
5. b 32. b
6. b 33. E
7. C 34. c
8. E 35. b
9. E 36. E
10. b 37. C
11. E 38. E
12. e 39. e
13. E 40. b
14. d 41. e
15. C 42. d
16. d 43. b
17. b 44. d
18. a 45. a
19. e 46. c
20. c 47. d
21. E 48. e
22. C 49. b
23. C 50. C
24. E
25. C
26. E
27. C

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GABARITO COMENTADO
Questão 21 (CESPE/PGE-PE/2019) Com relação à organização administrativa e à adminis-
tração pública direta e indireta, julgue o item a seguir.
Embora dotados de personalidade jurídica, os órgãos públicos não possuem capacidade pro-
cessual para a defesa de suas prerrogativas e competências institucionais.

Errado.
Até existe possibilidade de capacidade processual para órgãos independentes e autônomos,
no entanto órgão nenhum tem personalidade jurídica.

Questão 22 (CESPE/PGE-PE/2019) Com relação à organização administrativa e à adminis-


tração pública direta e indireta, julgue o item a seguir.
A criação de fundações públicas de direito público ocorre por meio de lei, não sendo necessá-
ria a inscrição de seus atos constitutivos em registro civil de pessoas jurídicas.

Certo.
Nessa questão, o examinador não escorregou (dê uma olhada na questão 4). Quando a funda-
ção pública é de direito público, o raciocínio é análogo ao das autarquias, ok jovem?

Questão 23 (CESPE/PGE-PE/2019) Com relação à organização administrativa e à adminis-


tração pública direta e indireta, julgue o item a seguir.
Diferentemente das empresas públicas, que podem ser constituídas sob qualquer forma em-
presarial admitida em direito, as sociedades de economia mista somente podem constituir-se
sob a forma de sociedade anônima.

Certo.
Tranquilinha essa neh? EcoNOmia mista: sociedade aNÔnima. Empresa públiCA: sem exigência
específiCA.

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Questão 24 (CESPE/PGE-PE/2019) A respeito da organização administrativa da administração


pública, julgue o item a seguir.
Desconcentração administrativa consiste na distribuição do exercício das funções adminis-
trativas entre pessoas jurídicas autônomas.

Errado.
A desconcentração sempre envolve uma parte que não é pessoa jurídica autônoma.

Questão 25 (CESPE/PGE-PE/2019) A respeito da organização administrativa da administra-


ção pública, julgue o item a seguir.
A administração pública direta reflete uma administração centralizada, enquanto a adminis-
tração indireta reflete uma administração descentralizada.

Certo.
Tranquilo!! Direta é centralizada; indireta é descentralizada.

Questão 26 (CESPE/PGE-PE/2019) A respeito da administração pública brasileira, julgue o


item a seguir.
A descentralização consiste na repartição de funções entre mais de um órgão de uma mesma
administração, sem que haja quebra de hierarquia, e pode ocorrer por critério territorial.

Errado.
Boa definição... de desconcentração. Examinador trocou conceitos.

Questão 27 (CESPE/PGE-PE/2019) A respeito da administração pública brasileira, julgue o


item a seguir.
A descentralização por colaboração ocorre, por exemplo, quando a administração pública, por
meio de ato administrativo, transfere a execução de um serviço a uma pessoa jurídica, mas
mantém a titularidade do serviço.

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Certo.
Descentralização por delegação (descentralização por colaboração), em que a transferência
de serviços se dá por contrato (concessão ou permissão) ou por ato unilateral (autorização).

Questão 28 (CESPE/PGE-PE/2019) A respeito da administração pública brasileira, julgue o


item a seguir.
A administração pública direta inclui as autarquias, as fundações públicas e as empresas
públicas.

Errado.
É a indireta que inclui entidades.

Questão 29 (CESPE/PGE-PE/2019) A respeito da administração pública brasileira, julgue o


item a seguir.
Autarquia pode ser criada por ato administrativo originário de ministério.

Errado.
A criação se dá por lei.

Questão 30 (FCC/SEGEP-MA/2018) Administração pública, em seu sentido subjetivo, com-


preende não apenas os órgãos integrantes da chamada Administração direta, mas também
a) as pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração indireta, que atuam no
domínio econômico, como expressão da atividade de fomento, assim entendidas as empre-
sas públicas e as sociedades de economia mista.
b) os órgãos dos poderes legislativo e judiciário, tendo em vista a parcela de atuação adminis-
trativa que lhes é cometida para atender concretamente às necessidades coletivas.
c) as concessionárias e permissionárias de serviço público que estejam ligadas à Administra-
ção direta por vínculos jurídicos de autorização, delegação ou concessão.

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d) as pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei para desempenharem atividade tipi-
camente administrativa, assim entendidas as autarquias e fundações governamentais
e) as pessoas jurídicas com personalidade de direito público ou privado, criadas para exe-
cução de serviço público como decorrência da descentralização e com base no princípio da
especialização.

Letra e.
No sentido subjetivo, temos a Adm. Direta e a Indireta (autarquias, fundações e estatais),
pessoas jurídicas com PJ de direito público ou privado inseridas no contexto da descentrali-
zação.

Questão 31 (FCC/SEGEP-MA/2018) O conceito de Administração indireta, tal como utilizado


na Constituição Federal, que, conforme esclarece a conceituada administrativista Maria Sylvia
Zanella di Pietro, é usado “no mesmo sentido subjetivo do Decreto-Lei n. 200/1967”, compre-
ende:
a) as entidades controladas direta ou indiretamente pelo poder público, que atuem em regime
de competição no mercado, sujeitas, portanto, ao direito privado, assim entendidas apenas as
sociedades de economia mista.
b) apenas as pessoas jurídicas dedireito público, criadas por lei com as mesmas prerrogati-
vas e sujeições da dita Administração direta, assim entendidas as autarquias e fundações.
c) as pessoas jurídicas criadas ou autorizadas por lei, exclusivamente para a prestação de
serviços públicos, assim entendidas as empresas públicas, sociedades de economia mista e
concessionárias de serviços públicos.
d) as pessoas jurídicas de direito privado, cuja criação seja autorizada por lei, que tenham como
objeto a atuação no domínio econômico, assim entendidas as autarquias e empresas públicas.
e) pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei, como as autarquias, e também as de
direito privado que desempenham serviço público ou atividade econômica, incluindo as em-
presas públicas e sociedades de economia mista.

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Letra e.
A administração indireta envolve entidades de direito público e de direito privado, que desem-
penham serviço público ou atividade econômica.

Questão 32 (FCC/IAPEN-AP/2018) Pessoa jurídica que se submete a regime jurídico de di-


reito privado, que integra a Administração indireta e cujo escopo social é a prestação de ser-
viços públicos, estando os empregados submetidos ao regime celetista, pode ser
a) empresa pública, não se submetendo, contudo, à norma constitucional que estabelece a
responsabilidade civil do Estado.
b) empresa pública, que também deve observar a obrigatoriedade de prévia licitação para
formalizar suas contratações, ainda que não para todas.
c) autarquia, cuja criação deve se dar por lei, considerando que a finalidade seja a prestação
de serviços públicos, ainda que se submeta a regime jurídico de direito privado.
d) sociedade de economia mista, cujos empregados, ainda que celetistas, gozam de estabi-
lidade e só podem ser demitidos mediante processo administrativo, em razão da finalidade
institucional indicada.
e) sociedade de economia mista, que também pode se submeter a regime jurídico de direito
público, caso a lei que autorizou sua criação assim tenha determinado expressamente.

Letra b.
a) Errada. A Constituição dá a nota:

As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos


responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o
direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

c) Errada. Autarquia é de direito público.


d) Errada. Não há estabilidade.
e) Errada. Sempre de direito privado.

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Questão 33 (CESPE/IPHAN/2018) No que se refere aos princípios e normas da administração


pública, julgue o item a seguir.
É facultado às empresas públicas e às sociedades de economia mista adotar quaisquer for-
matos jurídicos empresariais, como, por exemplo, o de sociedade anônima ou o de sociedade
cooperativa.

Errado.
Epa!! Não se deixe levar por essa conversa mole do examinador. Sociedade de economia mis-
ta está restrita ao formato de sociedade anônima.

Questão 34 (FCC/PREFEITURA DE CARUARU-PE/2018) Em relação à organização admi-


nistrativa,
a) a criação de uma agência reguladora – autarquia em regime especial – é decorrente do
fenômeno da desconcentração.
b) uma empresa pública prestadora de serviço público é criada por meio do fenômeno da des-
centralização, enquanto uma empresa pública exploradora de atividade econômica é criada
por meio do fenômeno da desconcentração.
c) no Brasil, a criação de Territórios Federais constitui hipótese de descentralização geográ-
fica ou territorial.
d) a criação de uma secretaria municipal é hipótese de descentralização.
e) a transferência de uma competência de um órgão superior a um órgão subalterno, sem
quebra de hierarquia, é hipótese de descentralização.

Letra c.
a) Errada. Agência reguladora é decorrente da descentralização.
b) Errada. Qualquer estatal é fruto da descentralização.
d) Errada. Isso é desconcentração.
e) Errada. Isso é desconcentração, em que não há quebra de hierarquia, há preservação.

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Questão 35 (FCC/PREFEITURA DE CARUARU-PE/2018) Considere o texto abaixo.


Os órgãos integram a estrutura do Estado e das demais pessoas jurídicas como partes desses
corpos vivos, dotados de vontade e capazes de exercer direitos e contrair obrigações para a
consecução de seus fins institucionais. Por isso mesmo, os órgãos não têm personalidade ju-
rídica nem vontade própria, que são atributos do corpo e não das partes, mas na área de suas
atribuições e nos limites de sua competência funcional expressam a vontade da entidade a
que pertencem e a vinculam por seus atos, manifestados através de seus agentes (pessoas
físicas). Como partes das entidades que integram, os órgãos são meros instrumentos de ação
dessas pessoas jurídicas, preordenados ao desempenho das funções que lhes forem atribu-
ídas pelas normas de sua constituição e funcionamento. Para a eficiente realização de suas
funções, cada órgão é investido de determinada competência, redistribuída entre seus cargos,
com a correspondente parcela de poder necessária ao exercício funcional de seus agentes.
Embora despersonalizados, os órgãos mantêm relações funcionais entre si e com terceiros, das
quais resultam efeitos jurídicos internos e externos, na forma legal ou regulamentar. E, a despei-
to de não terem personalidade jurídica, os órgãos podem ter prerrogativas funcionais próprias
que, quando infringidas por outro órgão, admitem defesa até mesmo por mandado de seguran-
ça.
(MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 15.ed., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,
1990, p. 59)

Com base no texto transcrito e no regime jurídico dos órgãos administrativos, é correto afir-
mar:
a) O texto transcrito aborda a teoria do mandato, por meio da qual aos agentes públicos se-
riam delegados poderes para que agissem em nome e no interesse do Estado.
b) Os órgãos públicos são centros de competências instituídos para o desempenho de fun-
ções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que per-
tencem.
c) O texto transcrito traz uma concepção de órgão que contraria a formulação da teoria do
órgão, atribuída a Otto Gierke, que criou uma doutrina para justificar como se dá a manifes-
tação da vontade do Estado por meio de seus órgãos, por meio da noção de que os agentes
públicos, ao agir, expressam a vontade do Estado.

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d) Por serem despersonalizados, os órgãos públicos não mantêm relações funcionais com
terceiros, dos quais resultam efeitos jurídicos externos.
e) No texto, é apresentada a teoria da representação, pela qual a vontade dos agentes expri-
miria a vontade do Estado, como ocorre na tutela ou na curatela.

Letra b.
O item b) descreve corretamente os órgãos.
Sobre o texto, trata-se da teoria da imputação volitiva, em que a atuação do órgão é imputada
à pessoa jurídica onde está inserido o órgão. As linhas principais da teoria do órgão foram
traçadas por Otto Gierke.

Questão 36 (CESPE/FUB/2018) Com referência às características dos órgãos e das entida-


des da administração direta e indireta federal, julgue o seguinte item.
Fundações públicas federais são órgãos que possuem personalidade jurídica de direito públi-
co e que realizam, precipuamente, a exploração de atividade econômica.

Errado.
Alguns erros nessa questão.
• Fundações não são órgãos;
• Há fundações públicas de direito público e de direito privado;
• Exploração de atividade econômica está a cargo das estatais.

Questão 37 (CESPE/FUB/2018) Com referência às características dos órgãos e das entida-


des da administração direta e indireta federal, julgue o seguinte item.
O Ministério da Educação é um exemplo de órgão componente da administração pública dire-
ta integrado à estrutura administrativa da União.

Certo.
O MEC é sim exemplo de órgão da administração pública direta.

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autorize sua criação e podem ter patrimônio próprio.

Errado.
Estatal necessita de lei específica que autorize sua criação.

Questão 39 (FCC/SEAD-AP/2018) Os órgãos públicos são unidades de atribuições das fun-


ções estatais e, como tal,
a) só estão presentes na Administração direta, destinando-se à execução de atividades estri-
tas de Estado, impassíveis de serem delegadas à Administração indireta.
b) são sempre unitários, não podendo se subdividir em outras unidades de atribuições, o que
desnaturaria sua função.
c) devem apresentar somente um detentor do poder decisório, não admitindo a composição
plural para emissão de vontades.
d) são sempre autônomos e independentes, não podendo se subordinar a outros órgãos para
execução de suas tarefas.
e) também podem estar presentes na organização da Administração pública indireta, como,
por exemplo, para estruturação de uma autarquia.

Letra e.
a) Errada. Estão na indireta também.
b) Errada. Podem realizar desconcentração.
c) Errada. Podem ser colegiados.
d) Errada. Podem ser superiores e subalternos também.

Questão 40 (FCC/MPE-PE/2018) Os órgãos públicos que integram a organização adminis-


trativa, na qualidade de “centros de competência para desempenho de funções estatais”,

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a) encontram-se presentes na estrutura descentralizada da Administração pública e confi-


guram polos de decisões emitidas por agentes públicos que se responsabilizam exclusiva e
pessoalmente pelas consequências daquelas advindas.
b) são representados por agentes públicos, mas não se confundem com estes, pois as conse-
quências e conquistas são atribuídas àquelas unidades de competência e, em consequência,
às pessoas jurídicas que elas integram.
c) possuem personalidade jurídica própria, mas não dispõem de autonomia, já que dependem
de autorização do comando da pessoa jurídica que integram.
d) exercem os poderes inerentes à Administração pública, à exceção do poder de polícia, res-
trito à Administração Central, porque indelegável em qualquer de suas vertentes ou facetas.
e) são estruturas típicas de uma Administração pública que se organiza de forma desconcen-
trada, que constitui entes ou órgãos dotados de personalidade jurídica própria, para desem-
penho de competências específicas e constantes da lei autorizativa de sua criação.

Letra b.
a) Errada. Órgãos são fruto da desconcentração.
c) Errada. Não possuem personalidade jurídica própria.
d) é Errada. Possível, como exceção, a delegação do poder de polícia.
e) Errada. Órgãos não são dotados de personalidade jurídica.

Questão 41 (CESPE/SEFAZ-RS/2018) Os serviços sociais autônomos


a) integram a administração indireta.
b) não dependem de lei autorizativa para serem criados.
c) não recebem recursos derivados de contribuições compulsórias.
d) podem visar ao lucro.
e) são submetidos a supervisão ministerial.

Letra e.
Por receberem recursos públicos, os serviços sociais autônomos são submetidos a supervi-
são ministerial.

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Questão 42 (CESPE/SEFAZ-RS/2018) A propósito da administração indireta, assinale a op-


ção correta.
a) As empresas públicas gozam de privilégio fiscal, uma vez que são extensões do ente polí-
tico instituidor.
b) A CF permite que uma pessoa ocupe função administrativa em uma sociedade de econo-
mia mista e, concomitantemente, outra em empresa pública, desde que haja compatibilidade
de horário.
c) Não depende de autorização legislativa a criação de subsidiárias de sociedade de econo-
mia mista.
d) Depende de autorização legislativa a participação de sociedade de economia mista em
empresa privada.
e) Sociedades de economia mista são isentas da obrigação de realizar procedimento licitatório.

Letra d.
a) Errada. Não gozam de privilégios fiscais não extensivos ao setor privado.
b) Errada. Isso é acumulação, vedada pela CF. Lembrando que há exceções.
c) Errada. Depende de autorização legislativa.
e) Errada. Não são isentas.

Questão 43 (CESPE/SEFAZ-RS/2018) As agências reguladoras, pessoas jurídicas de direito


público interno cuja finalidade é regular e fiscalizar a atividade de determinado setor da eco-
nomia do país, são criadas a partir do processo de
a) concessão.
b) descentralização.
c) desconcentração.
d) autorização.
e) permissão.

Letra b.
Agências reguladoras, assim como as demais entidades da administração indireta, são fruto
da descentralização.

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Questão 44 (CESPE/SEFAZ-RS/2018) Assinale a opção que indica entidades que apresen-


tam personalidade jurídica de direito privado, são criadas mediante autorização por lei, de-
sempenham atividade econômica e estão sujeitas ao controle estatal.
a) autarquia e fundação
b) sociedade de economia mista e fundação
c) fundação e empresa pública
d) empresa pública e sociedade de economia mista
e) autarquia e empresa pública

Letra d.
Essa é a descrição das estatais: empresas públicas e sociedades de economia mista.

Questão 45 (CESPE/TCE-MG/2018) O governo do estado de Minas Gerais pretende celebrar


parceria com determinada pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos qualificada
como organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP). O ajuste administrativo
envolve o repasse de recursos financeiros estaduais para a capacitação de professores da
rede pública estadual.
No caso apresentado, para atrair o regime jurídico aplicável às OSCIP, o instrumento jurídico
a ser celebrado entre as partes deverá ser o
a) termo de parceria.
b) contrato de direito privado.
c) convênio.
d) contrato de gestão.
e) contrato administrativo de concessão patrocinada.

Letra a.
O termo de parceria é o instrumento celebrado com as OSCIPs. Essa parceria é expressa em
termos de colaboração, em termos de fomento ou em acordos de cooperação.

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Questão 46 (CESPE/TCE-MG/2018) De acordo com a Lei n.º 13.303/2016, a entidade dotada


de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei e com patrimônio
próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos estados, pelo Distrito Fe-
deral ou pelos municípios, é a
a) organização social.
b) sociedade de economia mista.
c) empresa pública.
d) autarquia.
e) fundação.

Letra c.
Estatal com capital integralmente público é a empresa pública.

Questão 47 (CESPE/PGM JOÃO PESSOA-PB/2018) Acerca de organização administrativa,


órgãos e pessoas jurídicas que a compõem, assinale a opção correta.
a) Na desconcentração, órgão integrante da estrutura de determinada autarquia exerce ativi-
dades administrativas sem controle hierárquico.
b) Situação hipotética: Determinado estado da Federação, para aprovação pelo Poder Le-
gislativo, encaminhou projeto de lei que regulamenta instituição de autarquia e alterações
orçamentárias e administrativas de determinada secretaria. Assertiva: Nessa situação, esse
projeto de lei, apesar de multitemático, deverá ser aprovado à luz do princípio da reserva legal.
c) Agências reguladoras são instituídas para disciplinar e fiscalizar a prestação de serviços pú-
blicos e, apesar de deterem poder normativo, não dispõem de legitimidade para impor sanções.
d) Fundação vinculada a partido político e voltada para fomento ao desenvolvimento econô-
mico e social não poderá ser classificada como organização da sociedade civil de interesse
público.
e) Os serviços sociais autônomos são criados mediante autorização legislativa, têm como
destinação a prestação de serviços públicos sem fins lucrativos e são executados por pesso-
as jurídicas de direito privado.

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Letra d.
a) Errada. Isso é o conceito de descentralização.
b) Errada. A lei precisa ser específica. Tratar apenas do tema em questão.
c) Errada. Elas têm legitimidade para impor sanções.
e) Errada. Não prestam serviço público. Executam serviços de interesse público.

Questão 48 (FCC/SEFAZ-SC/2018) No tocante às empresas públicas e às sociedades de


economia mista, é correto afirmar:
a) A criação de subsidiárias de sociedade de economia mista e de empresa pública depende
de autorização legislativa, defesa a participação delas em empresa privada de qualquer na-
tureza.
b) Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito público, com cria-
ção autorizada por lei e capital próprio, integralmente detido pela União, Estados, Distrito Fe-
deral ou Municípios.
c) A exploração da atividade econômica pelo Estado será exercida por meio de empresa pú-
blica, de sociedade de economia mista e suas subsidiárias, autarquias e concessionárias de
serviço público.
d) A constituição de empresa pública ou de sociedade de economia mista não dependerá de
prévia autorização legal, mas será preciso caracterizar, em seu objeto social, de forma clara,
relevante interesse coletivo ou imperativo de segurança nacional, consoante previsto consti-
tucionalmente.
e) Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito pri-
vado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com
direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Muni-
cípios ou à entidade da Administração indireta.

Letra e.
a) Errada. “Defesa” significa proibida. Mas, na verdade, a participação é permitida.
b) Errada. Direito privado.

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c) Errada. Autarquia não.


d) Errada. Depende de prévia autorização legal.

Questão 49 (FCC/SEFAZ-SC/2018) Como formas de organização administrativa, um ente


federado pode optar pela desconcentração e pela descentralização,
a) acarretando, nos dois modelos, a delegação de competências próprias desse ente às pes-
soas jurídicas criadas para exercer as funções executivas.
b) não sendo formas excludentes, pois a desconcentração envolve a criação de órgãos des-
providos de personalidade jurídica, integrantes da estrutura da Administração direta, enquanto
a descentralização enseja a criação de pessoas jurídicas, que passam a integrar a administra-
ção indireta.
c) envolvendo, no segundo modelo, a transferência de competências e de titularidade de ser-
viços públicos às pessoas jurídicas que forem criadas, independentemente do regime jurídico
a que se sujeitam.
d) não impedindo, nos dois modelos, a coexistência das pessoas jurídicas integrantes da
Administração indireta, submetidas ao regime jurídico de direito privado, com os entes que
integram a Administração direta.
e) dependendo, nos dois modelos, de lei para definição, distribuição de competências e de
atribuições aos entes, órgãos e pessoas jurídicas envolvidas.

Letra b.
a) Errada. Órgãos da desconcentração não são pessoas jurídicas criadas.
c) Errada. Na descentralização por colaboração isso não ocorre.
d) Errada. Na Indireta, tem direito público também.
e) Errada. A CF dá o tom:

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:


VI – dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de des-
pesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.

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Questão 50 (CESPE/PC-SE/2018) No que se refere aos institutos da centralização, da des-


centralização e da desconcentração, julgue o item a seguir.
A centralização consiste na execução de tarefas administrativas pelo próprio Estado, por meio
de órgãos internos e integrantes da administração pública direta.

Certo.
Perfeito! Quando o Estado executa diretamente dentro da administração pública direta, essa
é a centralização.

Vinicius Ribeiro
Analista Legislativo na Câmara dos Deputados, onde trabalha com as leis orçamentárias. Aprovado
no concurso de Consultor de Orçamento na Câmara dos Deputados. Formado em Administração na
Universidade Federal de Uberlândia. É autor do livro Administração para Concursos, publicado pela
editora GEN. Professor de cursos online para concursos há 7 anos. Foi, ainda, Analista de Planejamento
e Orçamento no Ministério do Planejamento; Analista Judiciário – Área Administrativa no CNJ e no STF;
e Especialista no FNDE. Possui pós-graduação – MBA em Negócios Internacionais e Comércio Exterior
na FGV.

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