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Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos -

UNICEPLAC
Curso de Graduação em Direito, Bacharelado
Autorizado pela Portaria nº 83, de 16/01/2002.Publicada no DOU 18/01/2002, Edição nº 13, Seção 1, página 28.
Renovado Reconhecimento pela Portaria nº 575, de 30/09/2016. Publicada no DOU 03/10/16. Edição nº 190,
Seção 1, págs. 12 e 13. Reconhecido pela Portaria Ministerial n° 323 – MEC de 04/07/2006, publicada no DOU
de 05/07/2006

VALERIA FERREIRA SANTOS LESSA - 0006568

PESQUISA:

CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PUBLICA

CONTROLE ADMINISTRIVO

CONTROLELEGISLATIVO

GAMA
2019

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..............................................................................................................2
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PUBLICA...........................................................2
CONTROLE ADMINISTRATIVO............................................................................................................................3
CONTRO LEGISLATIVO.......................................................................................................................................5
BIBLIOGRAFIA..............................................................................................................7
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INTRODUÇÃO

A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, proclamada em 1789, da


primeira fase da Revolução Francesa, previa no art. 15, que: “A sociedade tem o direito de
pedir contas a todo agente público pela sua administração”. Porquanto, todos os órgãos e
instituições das Administração Pública, quer seja direta ou indireta, da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios estão sujeitos ao Controle.
Citado e percebido no texto constitucional e, regulamentado por meio de
múltiplos atos normativos, que originam regras, modalidades e instrumentos para a
organização e execução desse controle é fator essencial a todo Estado democrático de direito.
O Controle permite a transparência e o acesso da sociedade em todas as ações e decisões do
poder do Estado, haja vista, toda a atuação administrativa está condicionada à observância de
princípios expressos na Constituição Federal (BRASIL, 2018, art. 37). Legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência constituem os princípios básicos da
Administração Pública brasileira.
Assim, urge mensurar o alcance e cumprimento dos alvos constitucionais e o
controle da Administração Pública acontece por meio do poder de fiscalização e correção que
a Administração Pública desempenha sobre suas próprias atuações, bem como pelo controle
externo exercido por um dos demais poderes (legislativo).

CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PUBLICA

O Controle da Administração Pública é uma demanda social atual de modo


geral desde os cidadãos comuns, aos personagens atuantes nos mercados econômicos
mundiais por acompanhar a atuação da Administração Pública. Haja vista a característica
coletivamente organizada, a sociedade espera que as autoridades públicas sejam razoáveis
com os gastos públicos e que não excedam nem se desviem, muito menos, se distanciem ou se
omitem no exercício das suas atividades púbicas.

Neste contexto, a que se considerar que ao longo dos anos a Administração


Pública contemporânea agregou a sua composição tarefas complexas, extensas, variadas e
especializadas, que se consumou devido a evolução dos direitos sociais que elevaram os
direitos fundamentais a patamar de importância e abrangência difusa nos diferentes ramos do
direito, inclusive no direito administrativo, no qual, não se supôs na sua origem, que este teria
tamanha capacidade de interferência nos mercados e relações socioeconômicas.
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Contudo, com a enorme evolução do direito administrativo e, por


consequência, a abrangência da Administração Pública, surge a necessidade de controle e
fiscalização das ações e tomadas de decisões, até mesmo na intervenção do domínio
econômico para ajustar as falhas de mercado, para executar ajustes contra graves e recorrentes
crises econômicas ou para ajudar as pessoas sem recursos ou condições econômicas de
sobrevivência digna. Afinal ao assumir uma diversificada carta de serviços (saúde;
telecomunicações; educação; portos ou aeroportos; vigilância sanitária; defesa nacional;
previdência social; intervenção urbanística) a Administração pública deixa de ser mera
repartição de emissão de letras e carimbos para ser tornar uma prestadora de serviços que
necessita de verificação de suas práticas na busca de uma evolução continuada na qualidade
dos serviços prestados ao seu usuário final, que por sua vez passar a exigir cada vez mais a
modernização e transparência.

Neste esteio, se faz indigente ressaltar que os meios de verificação e os


instrumentos de controle da Administração Pública pautam-se com o elemento da democracia
ou seja, a consumação das instituições democráticas influenciou objetivamente na maturação
dos sistemas de controle da Administração Pública.

Para Di Pietro (2004), “o controle da Administração Pública é como o poder


de fiscalização e correção que sobre ela exercem os órgãos do Poder Judiciário, Legislativo
e Executivo, com o objetivo de garantir a conformidade de sua atuação com os princípios
que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico”. E é o princípio dos freios e contrapesos,
que cada Poder desempenha o controle necessário sobre os demais, conservando o equilíbrio e
a harmonia constitucionalizada na carta magma entre os três Poderes.

Em síntese, o controle divide-se em interno ou externo, administrativo,


legislativo e judiciário, podendo ser realizado ou não pela própria Administração ou pelos
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, no resumo em tela, será tratado a respeito do
controle administrativo e legislativo.

CONTROLE ADMINISTRATIVO

Se configura quanto ao órgão, sendo o exercício do princípio da autotutela ou


autocontrole, o poder de fiscalização e correção que a Administração Pública pratica sobre a
suas próprias atuações, momento no qual se o controle interno analisa de uma perspectiva da
legalidade e do mérito, por iniciativa própria ou mediante provocação, se a atuação da
Administração Publica se efetivou em conformidade ouse houve algum desvio.

Quando a Administração Pública tem atos eivados de nulidade esta tem a


obrigação de anulá-los ou ainda, revogá-los ou alterá-los, por conveniência e oportunidade,
considerados, nessa conjectura, os direitos alcançados (Súmula 473 do Supremo Tribunal
Federal (BRASIL, 2012). Contudo, a capacidade de auto deliberar a respeito de realizar à
revogação ou anular seus próprios atos, não poderá ser realizado demasiadamente a ponto de
promover a efetivação de abusos. Este controle dever ser exercido de ofício, pela própria
Administração, ou por afronta e sua decisão deve ser motivadas e legalmente fundamentada.

O Controle Administrativo de oficio pode derivar da: fiscalização hierárquica;


supervisão superior; controle financeiro; pareceres vinculantes; ouvidoria.

a)  Fiscalização Hierárquica: esse meio de controle é intrínseco ao poder


hierárquico, o qual possibilita a Administração a organização por subordinação,
atrelando uns a outros e permitindo a ordenação, coordenação, orientação de suas
atividades. Por meio desta resultam as prerrogativas ao superior hierárquico de delegar
e avocar atribuições, bem como de exigir o dever de obediência. Este controle pode
ser realizado a qualquer tempo, independente de provocação, até mesmo antes ou
depois da publicação do ato.
b) Supervisão Ministerial: dedicado sua aplicação nas entidades de administração
indireta vinculadas a um Ministério; cabe destacar que a supervisão não
comporta uma relação de subordinação; logo, trata-se de controle finalístico, ou
seja objetivo.
c) Recursos Administrativos: são formas capazes de provocar o reexame do ato
administrativo, pela própria administração pública, via de regra, não tem efeito
suspenso.
d) Representação: denúncia de irregularidades feita diante da própria
Administração;
e) Reclamação: oposição expressa a atos da Administração que se opõe a direitos
ou interesses legitimados;
f) Pedido de Reconsideração: solicitação de reexame encaminhada à mesma
autoridade que praticou o ato, com a finalidade de que esta mesma autoridade
reveja e o reconsidere;
g) Recurso Hierárquico próprio: encaminhado à autoridade ou instância superior
do mesmo órgão administrativo em que foi praticado o ato considerado em
desacordo, tal encaminhamento decorre da existência de subordinação entre
quem praticou o ato e a autoridade que se pede o recurso;
h) Recurso Hierárquico Expresso: encaminhado à autoridade ou órgão alheio ao
setor que expediu o ato recorrido, porém este com competência legal julgadora
expressa para reexame do ato.
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Destaca-se ainda que o art. 74 da Constituição Federal (BRASIL, 2017) motiva


que os Poderes sustentem sistema de controle interno com o escopo de promover o controle
financeiro, orçamentário e contábil interno.

CONTRO LEGISLATIVO

Relativo ao órgão em espécie é fundamentalmente compreendido como


controle político e financeiro. Este controle político contempla a verificação se as decisões
administrativas atenderam aos aspectos legais e de oportunidade e conveniência ante ao
interesse público. Enquanto, ao aspecto do controle financeiro, este com auxílio do Tribunal
de Contas, é executado por meio das fiscalizações contábeis, financeiras, orçamentárias,
patrimoniais e operacionais executadas pela Administração Pública.

O controle legislativo não pode exorbitar às hipóteses constitucionalmente previstas,


sob pena de ofensa ao princípio da separação de poderes. O controle alcança os órgãos
do Poder Executivo e suas entidades da Administração Indireta e o Poder Judiciário
(quando executa função administrativa).

- Controle Político: tem por alicerce a probabilidade de fiscalização sobre atos ligados
à função administrativa e organizacional.

- Controle Financeiro: A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e


patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à
legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de
receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo
sistema de controle interno de cada Poder.

- Campo de Controle: Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou


privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores
públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações
de natureza pecuniária.

TCU: é órgão integrante do Congresso Nacional que tem a FUNÇÃO DE auxiliá-lo no


controle financeiro externo da Administração Pública.

No âmbito estadual e municipal, aplicam-se, no que couber, aos respectivos Tribunais


e Conselhos de Contas, as normas sobre fiscalização contábil, financeira e
orçamentária.
BIBLIOGRAFIA

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência


da República. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 28/09/2019.
7

BRASIL. Tribunal de Contas da União. Controles na Administração Pública. Instituto


Serzedello Corrêa. 2014. Disponível em: https://portal.tcu.gov.br/biblioteca-digital/controles-
na-administracao-publica.htm.

NOVO, Benigno Núñez. Controle da Administração Pública: O controle da administração


pública: regras, modalidades e instrumentos para a organização desse controle. Disponível
em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/direito/controle-administracao-publica.htm

MEIRELES, Helly Lopes. Direito administrativo brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2012.

OLIVEIRA, José Carlos de. Curso de aperfeiçoamento em Licitação e Contratação Pública.


UNESP-EAD. Disponível em:
https://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/47141/5/a1_m01_s02_l05.pdf. Acessado
dia: 06.11.2019.

SOBREIRO. Renan Teixeira. O Controle da Administração Pública. Disponível:


https://jus.com.br/artigos/33198/o-controle-da-administracao-publica. Acessado: em
06.11.2019

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