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Dedicatória
Agradecimentos
Siglas
Introdução
Tema: Mecanismo de Controlo na Administração Financeira do Estado no combate à
Fraude e à Corrupção
Delimitação do Tema
O Controlo de Administração Financeira do Estado no Combate à Fraude e à Corrupção no
Instituto de Formação em Administração Publica e Autárquica de Lichinga, ano de 2023.
Problematização do Tema
O presente projecto tem como objectivo responder à seguinte questão: Como ter o melhor
controlo da administração financeira do Estado para combater à Fraude e à Corrupção?
Objectivos
Objectivo Geral
Demostrar os Mecanismos de Controlo na Administração Financeira do Estado.
Objectivos Específicos
Distinguir os mecanismos de controlo na Administração Financeira do Estado;
Avaliar se os mecanismos são confidentes ao controlo da administração Financeira do
estado
Validar o impacto positivo dos mecanismos de controlo de administração Financeira
do Estado.
Justificativas
Resultados esperados
Marco Teórico
Fundamentação de Controlo Financeiro do Estado no Combate à Corrupção e à Fraude
O desenvolvimento das concessões ostentadas pela Nova Gestão Pública (NGP) provocou
uma intensa alteração na gestão financeira e contabilística (Veloso, 2013). Nesta altura, a
Contabilidade Pública tradicional era baseada no controlo orçamental e o controlo da
legalidade não coadjuvava eficientemente como instrumento de suporte à decisão.
Preocupava-se em conceder maior informação aos diversos stakeholders nas perspectivas
financeiras, orçamentais, económicas e patrimoniais (Cunha, 2011: 6).
A prática dos actos delituosos, corrupção ou fraude, podem ser indissociáveis entre si, na
medida em que são efeitos negativos desses delitos a redução da confiança social, o aumento
dos custos, a ineficácia do funcionamento dos serviços públicos ou das entidades privadas. As
medidas de controlo têm natureza preventiva, pois buscam determinar e aplicar métodos que
possibilitam reprimir ou diminuir possíveis ocorrências de actos delituosos (Maia, 2015).
A corrupção não é de forma alguma algo de novo, nem se limita a uma determinada parte do
mundo. Ela deve ser vista como sendo uma característica de uma sociedade organizada, isto é,
do ser humano organizado em grupos e com uma hierarquia de poder. É uma realidade nas
sociedades agrárias ou industrializadas, em democracias ou autocracias, em estados religiosos
ou não religiosos, grandes ou pequenos, capitalistas ou socialistas, em países ditos
desenvolvidos ou em países designados em desenvolvimento, ricos ou pobres. Nem se quer a
corrupção se restringe apenas ao sector público. Os negócios também estão envolvidos em
corrupção: suborno as alfândegas, polícia, funcionários de impostos e d e procurement para
evitarem o pagamento de taxas, assegurar contratos públicos lucrativos, são apenas alguns
exemplos. Contudo, a corrupção não é aceite e é continuamente combatida com sucesso em
democracias fortes e onde há uma liderança ética.
Definição
A corrupção é definida como o abuso de autoridade ou função confiada a alguém para
benefício pessoal. Esta definição reconhece que a corrupção do sector público tem
particularmente efeitos devastadores mas não pode ser tratada isoladamente da corrupção nos
partidos políticos, sector privado, associações, Organizações Não-Governamentais - ONGs e
sociedade. A corrupção envolve não só as instituições públicas como também outras
instituições.
Acto corrupto
Oportunidade para a prática do acto (Factor
ou fraudulento
objetivo) - traduz-se na prevenção por
intermédio do controlo das normas de execução
dos procedimentos, dos planos de prevenção,
da gestão de risco de fraude e de corrupção e
da transparência.
O controlo dos poderes constituídos impede o poder absolutista e a invasão de um poder sobre
outro, permitindo asseverar as legitimidades e competências de cada um deles, tendo em conta
aos padrões da organização dos Estados de soberania popular traduzidos pelo liberalismo e,
posteriormente, pelo estado de direito democrático (Franco, 1995). Nesse âmbito, o Estado de
direito democrático instituiu o princípio da separação no domínio financeiro. As finanças
constituem meios proveitosos em reservas de competências legislativas, pois agregam-se
competências políticas de decisão não normativa, como por exemplo a aprovação do
Orçamento e a autorização do endividamento político.
Para além do controlo da legalidade in genere pelos Tribunais, integram uma alçada central da
administração confiada ao Executivo (a administração financeira) e coordena particulares
formas de decisão jurisdicional como a prestação de contas. A separação de poderes delimita
o poder político para evitar a potencialidade totalitarista da legitimação democrática com
concentração dos poderes. Não obstante, a negação da concentração dos poderes persiste nos
meios democráticos do Estado (Franco, 1995).
Segundo Gameiro (2004), para que o princípio da separação de poderes seja consagrado, é
necessário delinear as formas de controlo do Estado e da administração pública, tal como o
conceito de controlo do Estado Democrático, porque condiciona o Estado a regras e não às
vontades. Este deve estar ao serviço do interesse público e, por conseguinte, ter o controlo
global incessante, quer a nível técnico e jurídico, quer a nível social ou político.
Morais (2007) destaca cinco tipos de controlo que podem ser abrangidos segundo o seu
âmbito de aplicação:
Controlos preventivos: tem como objectivo impedir a ocorrência de factos não
desejados. São controlos que devem ocorrer antes que o facto ocorra, controlos à
priori. Exemplos: contratar pessoas íntegras, competentes, treinadas e de confiança;
segregação de funções com objectivo de prevenir as oportunidades de desvios; um
sistema adequado de autorizações para prevenir o mau uso de recursos da empresa e
controlos físicos sobre os activos da empresa. (Migliavacca, 2004)
Controlos detetivos: são aplicados para identificarem erros ou irregularidades que já
ocorreram, são controlos à posteriori. Reconciliações bancárias, contagem de caixa,
revisão mensal dos relatórios financeiros e sua comparação com os valores do
orçamento são exemplos destes controlos (Migliavacca, 2004).
Controlos directivos: São controlos utilizados para que ocorram os factos
pretendidos, ou seja, servem para provocar ou encorajar a ocorrência de um facto
desejável, isto é, para produzir efeitos ‘positivos (Morais, 2007). A definição de
políticas e procedimentos numa organização é um exemplo de controlo directivo.
Controlo correctivos: permitem a correcção de problemas ocorridos e indesejados
como por exemplo, um relatório sobre artigos obsoletos ou uma lista de diferenças de
inventário (Morais, 2007).
Controlos compensatórios: controlos que servem para compensar eventuais
fragilidades existentes dos outros controlos. Serve como exemplo a conciliação entre
os ordenados e salários processados com os valores a pagar à Segurança Social
(Morais, 2007).
Mecanismos e Instrumentos do Controlo Interno e Órgãos de Controlo
Controle Interno é o conjunto constituído pelo planeamento organizacional e todos os
métodos e procedimentos adoptados dentro de uma organização, a fim de salvaguardar seus
activos, verificar a adequação e o suporte de dados contabilísticos, promover a eficiência
operacional e encorajar o seguimento das políticas de gestão definidas pela Direcção de modo
a prevenir e evitar erros, fraudes, ineficiência e crises na Organização.
De acordo com Marçal e Marques (2011: 13), o controlo interno “é uma forma de organização
que pressupõe a existência de um plano e de sistemas coordenados destinados a prevenir a
ocorrência ou minimizar as suas consequências e maximizar o desempenho da entidade em
que se insere”.
Todos os serviços, como por exemplo reparação de viaturas, equipamentos, instalações, entre
outros, devem ser confirmados em como foram efectivamente prestados com qualidade e de
acordo com o detalhe da factura do Fornecedor.
Deve existir uma adequada segregação de funções dentro da UGP, por exemplo a recepção e
verificação das compras deve ser efectuada por pessoas que não sejam nem do Departamento
de Procurement nem do Departamento Financeiro.
O controlo interno rege-se pelos princípios de independência e isenção e ainda pelos
princípios e regras das organizações internacionais de auditoria aplicáveis.
No âmbito do controlo externo, existe o controlo político exercido por órgão de representação
política, ou seja, a Assembleia da República ou o parlamento e o controlo técnico ou
jurisdicional, que é desempenhado pelo órgão independente/autónomo na garantia da
correcção da actividade financeira por meio da confrontação entre os factores de avaliação
relativos à legalidade, regularidade, adequação, economia e demais essenciais exercidos pelo
Tribunal Administrativo.
Tavares (2014: 174) entende que “não é possível uma boa gestão sem um controlo… e
avaliação”. Para o efeito, os serviços, organismos, entidades e gestores da administraçã
disponibilizam um sistema interno de controlo e de apreciação credível, assim coadjuvando
para a tomada das decisões com mais prudência. O controlo e a avaliação correspondem
rigorosamente aos mecanismos essenciais, onde os resultados possibilitam o apuramento de
possíveis responsabilidades resultantes da atividade de administração. Conquanto, a avaliação
assevera a utilidade e a qualidade (Tavares, 2014).
Prestar contas no Estado democrático não é apenas um dever dos cidadãos e governantes, pois
também envolve os cidadãos nas decisões que lhes dizem respeito, nomeadamente nos
assuntos sobre como é regido o dinheiro público e o património público (Mozzicafreddo,
2013: 2). Neste sentido, Mozzicafreddo (2003: 3) define a prestação de contas como uma