Você está na página 1de 11

Quitéria Irene Uane

Gestão de Capital de Giro

(Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos)

Universidade Rovuma
Niassa
2022
Quitéria Irene Uane

Gestão de Capital de Giro

(Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos)

Trabalho de pesquisa da cadeira de Gestão


Financeira, à ser entregue e a apresentado no
Departamento de Gestão para fins avaliativos,
sob orientação do docente dr. Serafim
Uahica

Universidade Rovuma
Niassa
2022
Índice
1. Introdução .................................................................................................................................... 4

2. Gestão de Capital de Giro ............................................................................................................ 5

2.1. Composição do Capital de Giro ............................................................................................... 6

2.2. Capital de giro líquido .............................................................................................................. 6

2.2.1. Recursos de curto prazo x recursos de longo prazo .............................................................. 7

2.2.2. Risco x retorno ...................................................................................................................... 7

2.3. A Importância do Capital de Giro ............................................................................................ 8

2.4. Necessidade do capital de giro (NCG) ..................................................................................... 8

2.5. Balanço Patrimonial ................................................................................................................. 9

3. Conclusão .................................................................................................................................. 10

4. Bibliogafia ................................................................................................................................. 11
4

1. Introdução
O capital de giro também é conhecido como capital circulante que corresponde ao activo
circulante, ou seja, aos recursos que sempre estão em constante renovação dentro de uma
empresa e que espera que sejam convertidos em dinheiro no prazo de até um ano.

Há uma Necessidade de Capital de Giro, que por sua vez entende-se por ser o ciclo de caixa da
empresa, no qual se torna responsável em detectar certos índices, como quanto maior for o ciclo
financeiro medido pela NCG mais vulneráveis se tornarão os negócios perante as variações; em
contrapartida existindo redução, haverá o encurtamento dos processos operacionais.

O capital de giro possui em sua composição uma parte estrutural, também chamada de capital de
giro permanente, e uma outra conjuntural ou capital de giro sazonal.
5

2. Gestão de Capital de Giro


O Capital de Giro é o montante dos recursos de longo prazo destinados ao financiamento das
actividades de curto prazo da empresa; o capital de giro também é conhecido como capital
circulante que corresponde ao activo circulante, ou seja, aos recursos que sempre estão em
constante renovação dentro de uma empresa e que espera que sejam convertidos em dinheiro no
prazo de até um ano.

Para Assaf Neto (2003; p.450), o capital de giro representa o valor total dos recursos demandados
pela empresa para financiar seu ciclo operacional.

De acordo com Santos (2001; p.22):


Uma empresa utiliza para seu funcionamento recursos materiais de renovação
lenta, como as instalações, equipamentos e imóveis, denominados capital fixo
ou permanente, e recursos materiais de rápida renovação, como estoques de
matérias-primas e produtos que formam seu capital circulante. Os recursos
materiais de renovação rápida são denominados, capital de giro. No Balanço
Patrimonial da empresa, o capital de giro é representado pelo activo circulante
ou activo corrente composto pelas disponibilidades financeiras contas a receber
e estoques.

A Administração do Capital de Giro objectiva garantir a continuidade das actividades da


empresa, evitando que esta sofra interrupções que seriam extremamente caras. Para obter-se
sucesso, à actividade deve ser realizada diariamente, envolvendo pontos relacionados aos
recebimentos e desembolsos da empresa.

A administração do capital de giro tem recebido cada vez mais importância no contexto
administrativo, pois caso não realizada adequadamente pode resultar em problemas financeiros,
que pode levar, a empresa a uma situação de insolvência.
A administração do capital de giro exige uma aplicação do administrador pois somente com um
bom nível de conhecimento sobre os componentes do capital de giro é que as decisões serão
tomadas de acordo com as políticas financeiras da empresa.

Quando se fala em administração do capital de giro, pode-se pensar que esta seja uma actividade
restrita a grandes empresas, com elevados activos e passivos circulantes. No entanto, as pequenas
6

e médias empresas também têm de tomar o máximo cuidado em sua administração, pois os
recursos disponíveis são mais escassos. Uma pequena empresa necessitará, obrigatoriamente, de
estoques; terá que conceder prazos para o recebimento de suas vendas. Para executar essas
actividades, necessitará de recursos, todavia o seu acesso a empréstimos de longo prazo não é tão
expressivo, necessitando, assim, recorrer com maior frequência a empréstimos de curto prazo, o
que afectará directamente seu capital de giro.

2.1. Composição do Capital de Giro


O capital de giro representa os investimentos da empresa em activos de curto prazo (caixa, títulos
de curto prazo, contas a receber e estoques). Porém, pode-se dizer que o capital de giro representa
todos os recursos utilizados por uma empresa para permitir o seu funcionamento, desde a compra
de matéria-prima até o recebimento das vendas efetuadas.

O capital de giro possui em sua composição uma parte estrutural, também chamada de capital de
giro permanente, e uma outra conjuntural ou capital de giro sazonal.
O capital de giro permanente pode ser visto como um investimento necessário para o
funcionamento da empresa; Já o capital de giro sazonal incorpora as variações ocorridas para
atender a demandas que sejam geradas por factores extemporâneos.

2.2. Capital de giro líquido


É o capital que representa a parcela de recursos de longo prazo que está financia os activos de
curto prazo. No entanto a forma mais directa de obtenção do seu valor é pela diferença entre o
Activo Circulante e o Passivo Circulante.
Pode-se representar o seu cálculo pela fórmula:
CGL = AC – PC
Onde:
CCL = Capital de Giro Líquido
AC = Activo Circulante
PC = Passivo Circulante
Ou através do uso dos componentes de longo prazo:
CGL = (PL + ELP) – (AP + RLP)
7

Onde:
CGL = Capital de Giro Líquido
PL = Património Líquido
ELP = Exigível a Longo Prazo
AP = Activo Permanente
RLP = Realizável a Longo Prazo

Quanto maior for o valor do capital de giro líquido maior será a “folga” financeira da empresa,
visto que a exigibilidade dos valores que a mesma vem utilizando para as operações de curto
prazo não exerce pressão para pagamento imediato, permitindo ao administrador trabalhar da
melhor forma possível.

2.2.1. Recursos de curto prazo x recursos de longo prazo


Entre os recursos de curto prazo e de longo prazo, o ideal é utilizar recursos de longo prazo para
financiar todas as actividades da empresa, pois estaria, desta forma, o risco de se ter dificuldades
para liquidação dos débitos.

O valor das taxas pactuadas em cada empréstimo também influencia na escolha do recurso.
Normalmente as taxas de curto prazo são menores que as de longo prazo. Embora os recursos de
curto prazo sejam mais baratos, os riscos para a empresa são mais elevados.

2.2.2. Risco x retorno


Os activos circulantes variam mensalmente. Nos meses em que as vendas são mais elevadas,
normalmente as empresas possuem um maior valor em estoques, contas a receber e caixa. A
administração deve prestar a maior atenção a essas flutuações, identificando os pontos máximos e
mínimos ao longo de cada ano.
Os riscos financeiros são mais baixos quando utilizamos recursos de longo prazo e capital próprio
para financiar activos permanentes.

O mais rentável para a empresa é manter em seus activos circulantes valores mínimos ou iguais
as suas necessidades operacionais, principalmente os provenientes de suas fontes de
financiamento e em contrapartida os baixos níveis de activos determinam o aumento da
rentabilidade e a elevação dos riscos da empresa.
8

Conforme Assaf Neto e Silva (2009, p.22) o conflito risco – retorno será:
Para qualquer volume de actividade, quanto maior for o montante de
recursos aplicados em activos correntes menor tende a ser a rentabilidade
oferecida pelo investimento e, em contrapartida, menos ariscada se
apresenta a política de capital de giro adoptada (…) revela-se maior
imobilização de capital de giro (maior folga financeira), que promove
retornos relativos interiores aqueles apurados ao optar-se por uma estrutura
financeira de menor liquidez, com mais reduzido volume de capital de giro.

2.3. A Importância do Capital de Giro


O capital de giro assume papel importante dentro da empresa, pois é através dele que se
concentra as actividades operacionais do dia-a-dia que vão desde a aquisição de matérias-primas
ou mercadorias até o recebimento pela venda do produto acabado. (Assaf e Silva, 2009).

Por sua vez, as empresas estão sempre em busca da melhor qualidade empresarial e a procura de
vantagens competitivas, a fim de alcançar os resultados propostos e manter o equilíbrio
financeiro da empresa garantindo sua actividade operacional, favorecendo com isso seu
crescimento e sobrevivência. Porém, é preciso um investimento no giro de negócios e um
eficiente gerenciamento do capital de giro, suprindo a empresa de recursos financeiros, sabendo
que são os mesmos recursos que mantém o seu fornecimento no curto prazo.

2.4. Necessidade do capital de giro (NCG)


A Necessidade do capital de giro está relacionada às principais actividades da empresa, surgindo
da análise do balanço patrimonial que reflecte o montante em que a empresa necessita financiar
do seu Activo Circulante em decorrência dos seus factores de compra, venda. (Matarazzo, 2003).

De uma forma simplificada entende-se por ser o ciclo de caixa da empresa, no qual se torna
responsável em detectar certos índices, como quanto maior for o ciclo financeiro medido pela
NCG mais vulneráveis se tornarão os negócios perante as variações em contrapartida se existir
redução, haverá o encurtamento dos processos operacionais.

A necessidade do capital de giro é um dos grandes desafios dos gestores, permitindo a eles
avaliar a estrutura financeira das empresas revelando o nível de recursos que esta necessita para
manter o giro dos negócios.
9

Para Santos, Schmidt e Martins (2006; p. 183) é correcto afirmar:

Para a determinação da NCG, deve-se preparar o activo circulante


operacional (ACO), que são investimentos que decorem da compra, da
produção, da estocagem e da venda, e o passivo circulantes operacional
(PCO), que são financiamentos, também decorrentes dessas actividades.
Ao determinar os investimentos ACO e financiamentos PCO, a diferença
entre eles será a NCG, que representa quanto a empresa necessita para
financiar seu capital de giro.

Através da Necessidades de Capital de Giro é possível avaliar de forma abrangente a estabilidade


do ciclo financeiro da empresa para que não ocorra redução nos ciclos e possa manter-se o
equilíbrio financeiro da organização.

2.5. Balanço Patrimonial


Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
Circulante Operacional (Cíclico) - Circulante Operacional (Cíclico) -
ACO PCO
 Contas a Receber  Fornecedores a pagar
 estoques  Salários e Encargos a pagar
Cíclicas
 Adiantamentos a Fornecedores  Impostos Incidentes s/ vendas a
Contas Circulantes

 Outras Contas a Receber pagar


(operacionais)
 Despesas Antecipadas
Circulante Financeiro (errático) - Circulante Financeiro (errático) -
ACF PCF
 Caixa  Emprestimos e Financiamentos
Erráticas  Bancos  Duplicatas e Títulos Descontados
 Aplicações Financeiras  Impostos de Renda e CSLL a
 Outras Contas (Financeiras) recolher
 Dividendos a pagar
Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante + PL
Contas Não  Realizável de Longo Prazo  Exigível de Longo Prazo
Circulantes  Imobilizado  Patrimônio Líquido - PL
 Intangível
 Investimento
10

3. Conclusão
O capital de giro representa o valor total dos recursos demandados pela empresa para financiar
seu ciclo operacional. Destra forma, uma empresa utiliza para seu funcionamento recursos
materiais de renovação lenta, como as instalações, equipamentos e imóveis, denominados capital
fixo ou permanente, e recursos materiais de rápida renovação, como estoques de matérias-primas
e produtos que formam seu capital circulante. Estes recursos materiais de renovação rápida são
denominados, capital de giro.

Uma pequena empresa necessita de estoques, concedendo prazos para o recebimento de suas
vendas. E, para executar as actividades, necessitará de recursos, todavia o seu acesso a
empréstimos de longo prazo não é expressivo, requerendo, assim, recorrer com maior frequência
a empréstimos de curto prazo, o que afectará directamente seu capital de giro.

O capital de giro é importante dentro da empresa, pois concentra as actividades operacionais do


dia-a-dia que vão desde a aquisição de matérias-primas ou mercadorias até o recebimento pela
venda do produto acabado
11

4. Bibliogafia
ASSAF NETO, Alexandre; SILVA, César Augusto. Administração do Capital de Giro. 3ª ed.
São Paulo: Ed. Atlas, 2009.

ASSAF NETO, Alexandre; SILVA, César Tibúrcio. Administração do Capital de Giro. Ed.
São Paulo: Atlas, 2002.

MATARAZZO, Dante Carmine. Análise financeira de balanços: abordagem básica e


gerencial. 6ª Edição. São Paulo: Atlas, 2003.

SANTOS, Edno Oliveira dos. Administração financeira de pequena e média empresa. São
Paulo: Atlas, 2001

SANTOS, José Luiz dos; SCHMIDT, Paulo; MARTINS, Marco António. Fundamentos de
Análise das Demostrações Contábeis. São Paulo: Atlas, 2006.

Você também pode gostar