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REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS UNIVERSO RECIFE

 
 
GESTÃO DE FLUXO DE CAIXA PROJETADO: UM ESTUDO DE CASO NA
EMPRESA ALFA LOCALIZADA EM RECIFE PE

Bruno Avelino da Silva Santos


Josenildo Martins Sá
Arnott Ramos Caiado

RESUMO
O presente trabalho se baseia em um estudo de viabilidade na implantação de um
fluxo de caixa projetado e propõe sua aplicação como uma ferramenta de gestão e
controle na empresa Alfa, do ramo de instalação e manutenção de grupos
geradores, localizada na região metropolitana do Recife PE. A coleta de dados foi
realizada através de observação e pesquisa documental referente ao período de
janeiro a junho de 2014, cujos dados serviram de apoio para a projeção do fluxo de
caixa visando crescimento de mercado no período de julho a dezembro de 2014. Os
resultados obtidos comprovam que o uso desta ferramenta de gestão facilita o
controle e visualização gráfica dos ingressos e desembolsos de caixa permitindo
concluir que a empresa Alfa não sofrerá escassez de disponibilidades tendo em vista
que é esperado superávit de caixa para segundo semestre de 2014 mesmo
apresentando pendências tributárias.
Palavras-Chave: Fluxo de caixa projetado, Ingressos e desembolsos, controle
financeiro

1 INTRODUÇÃO

Em meio aos avanços tecnológicos na era da globalização e do estímulo do


capitalismo que faz os negócios cada vez mais competitivos, é possível identificar
um grande desafio: administrar recursos financeiros. Não é de hoje que tem sido
cada vez mais caro buscar mão de obra especializada para a empresa funcionar nos
parâmetros de qualidade que os mercados exigem, e para que continue operando e
garantindo a própria sobrevivência. Nem sempre se obtêm êxito nas negociações de
intermediação de compras, fato que repercute desfavoravelmente no orçamento, em
função da redução das possibilidades gerenciais.

A escassez das disponibilidades alcança boa parte das empresas brasileiras,


independente de seu porte. Empresas com milhões de faturamento, com bom
desempenho econômico-financeiro, apresentando custos e despesas enxutas,
poderão, em algum momento, apresentar muita dificuldade no curto prazo, caso não
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planeje e controle seu fluxo de caixa de maneira sistemática, a fim de evitar o
descasamento desfavorável entre as entradas e saídas operacionais de caixa por
longo período. Esses fatos podem implicar em descrédito com o meio interno e
externo, pois a empresa necessita aplicar os instrumentos necessários que norteiam
as finanças para não colocar sua continuidade em risco.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Administração financeira

A administração financeira proporciona ferramentas que auxiliam os gestores nos


diversos problemas que surgem eventualmente nesta área. Diante disso, na visão
de Gitman (2002), as finanças são definidas como arte, e também uma ciência que
administra os fundos de uma organização. Entretanto, as finanças trabalham com o
processo, as instituições visam os mercados e os instrumentos que estão incluídos
nas transferências de recursos financeiros entre pessoas, negócios e governos.

Na visão de Chiavenato (2007), “O administrador financeiro estuda como manter os


custos baixos e os lucros elevados dentro de uma situação de recursos escassos e
de forte concorrência”. O autor ainda afirma que, ainda que as estruturas de controle
financeiro sejam distintas em cada organização, o processo de controle é
basicamente igual e os estudos relacionados a esses processos são voltados para
um processo universal.

Conforme Padoveze (2011), “A terminologia capital de giro vem da visão circular do


processo operacional de geração de lucros: comprar estoques, produzir, vender e
receber, voltar a comprar estoques, produzir e vender/receber”. Ainda o autor afirma
que(p.210), a administração do capital de giro está relacionada ao acompanhamento
completo de um ciclo operacional e do impacto financeiro que a dimensão deste
ciclo provoca nas necessidades dos recursos empresariais.

Na visão de Groppelli e Nikbakht (1999), os ativos correntes oscilam todos os


meses. Em meses onde as vendas serão altas, geralmente as empresas elevam os
níveis de estoques, de contas a receber e do próprio caixa. O nível dos estoques
terá uma queda em meses que existirão menos demandas de vendas.

Do ponto de vista de Vasconcelos (2008), os proprietários de pequenas empresas


cometem equívocos gerenciais primários pelo fato de se preocuparem mais com o
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direcionamento de recursos financeiros, como por exemplo, na aquisição de ativos
imobilizados sem deixar qualquer reserva para contratação de pessoas. A autora
ainda acrescenta que, o capital de giro não se refere apenas para recursos de caixa
e banco, mas para todos os elementos do ativo circulante. Caso a empresa não
possua capital de giro para movimentar o ciclo operacional, econômico e financeiro,
a mesma corre sérios riscos de descontinuidade.

Para Brealey e Myers (2011), “O ativo e o passivo circulante, ou de curta duração,


são designados coletivamente por capital de giro. [...] Para algumas empresas, “ativo
circulante” significa essencialmente estoques; em outras, significa contas a receber
ou caixa e títulos”. Ainda os autores acrescentam que, dependendo da atividade da
empresa, é possível deduzir qual seja seu principal ativo circulante. Por exemplo, o
principal ativo circulante de uma empresa atacadista é sem dúvida o estoque,
porém, para empresas de informática, pressupõe-se que seu ativo seja caixa e
títulos de curto prazo.

Para Groppelli e Nikbakht (1999), “As vantagens são os aumentos nas vendas e nos
lucros. As desvantagens estão refletidas na maior probabilidade de mais contas
incobráveis e no custo de financiamento adicional de contas a receber”. Para o
autor, o volume que o contas a receber terá será conjugado conforme as políticas de
crédito da empresa. Pois, caso essas políticas sejam altamente estreitas, poucos
clientes serão qualificados pelo crédito, e consequentemente as vendas serão
reduzidas e as contas a receber certamente diminuirão.

De acordo com Gitman, (2002), as contas a pagar são consideradas uma fonte
espontânea de financiamentos de negócios de curto prazo. Ainda o autor afirma
sobre o assunto que, “[...] são passivos resultados de serviços, cujo pagamento não
foi feito ainda. Os itens mais comuns acumulados por uma empresa são os salários
e os impostos”. Entretanto, não se podem manipular os acúmulos de impostos por
serem pagos ao governo, e isso acarretaria em sérios problemas fiscais. Porém,
com relação aos acúmulos de salários em casos onde os pagamentos são semanais
ou quinzenais, existe a possibilidade de barganha junto aos funcionários. Dessa
forma, dependendo dos montantes da folha de pagamento, a empresa poderia se
beneficiar com rendimentos de fundos de investimento fazendo com que haja
ganhos significativos e consequentemente aumentando as disponibilidades de caixa.

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Fluxos de caixa

O fluxo de caixa se trata da diferença entre o total de recebimentos e o total de


saídas de dinheiro. Para ratificar este entendimento, Agustini (1996), afirma:

Instrumento básico de gestão do capital de giro na tesouraria de uma


empresa é o fluxo de caixa (FC), que representa a diferença, em regime de
caixa, entre as saídas (S) e entradas (E). O fluxo de caixa deve ser
elaborado em períodos diários e projetar posições futuras (diárias,
semanais, mensais etc.), em função das necessidades de planejamento da
empresa, a fim de propiciar acompanhamento e planejamento constante do
capital de giro.

Isso quer dizer que, este instrumento proporciona ao gestor financeiro a


possibilidade de uma análise apurada e consistente, a fim de projetar seus gastos a
partir das entradas de caixa que ocorrerão nos meses subsequentes. A
demonstração dos fluxos de caixa, segundo Gitman (2002), descreve um resumo
dos fluxos de caixa durante um período de tempo. Ou seja, permite reflexões no que
tange as movimentações de caixa operacionais, de investimento e financiamento da
empresa.
Na visão de Padoveze (2011), fluxo de caixa representa a movimentação básica de
recursos. Este fluxo está diretamente ligado às movimentações financeiras de
investimento e recebimentos de recursos, por conseguinte, observamos o fluxo
financeiro geral do empreendimento. Desta forma, o fluxo de caixa pode ser
denominado com um conjunto de movimentações financeiras consequente do
recebimento e de pagamentos das operações econômicas da empresa e de
atividades de capitação de capital e investimentos de recursos.

De acordo com Roza e Quintana apud Zdanowicz (2004), o fluxo de caixa também
pode ser conhecido pela expressão “cash flow”, que diz respeito a um planejamento
do fluxo de ingressos e desembolsos que ocorrem no caixa, em um certo período de
tempo, onde geralmente é de curto prazo. O mesmo é o instrumento mais
importante para o administrador financeiro, pois será com estes dados que o
profissional irá analisar informações que proporcionarão uma visão ampla do
empreendimento, transmitindo assim, esses dados com os diretores, na empresa,
objetivando o planejamento desde o operacional ao estratégico.
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Segundo Silva (2006) apud Satiro (2010), o fluxo de caixa é realizado por meio de
planilhas eletrônicas, podendo, assim, o administrador financeiro ter uma simples
dimensão do negócio. Desta maneira, o fluxo de caixa é um dos principais
instrumentos da administração financeira, pois provê às empresas o controle e
planejamento do numerário que dispõem. Isto significa que, administrar recursos
financeiros não depende grande dispêndio de capital. Os softwares mais populares
do mercado proporcionam recursos suficientemente eficazes que gerarão valiosos
resultados, ou seja, informações que viabilizarão a reflexão de estratégias que visem
ganhos de mercado.

De acordo com Roza e Quintana (2012), o demonstrativo de fluxo de caixa é uma


ferramenta de grande valor para esclarecer as tendências nos relatórios do resultado
e do balanço por conta das práticas contábeis. Exemplificando, ele ainda é favorável
na determinação de quais níveis de lucros deve ser almejado, e relacionar em
números quantitativos que recursos financeiros foram ingressados no caixa e de que
maneira a empresa poderá honrar com seus juros e dividendos.

Portanto, no tocante aos fluxos de caixa, os autores são completamente


consonantes ao evidenciarem a importância desta ferramenta que tem o poder de
gerar registros de suma importância. Dessa forma, como consequência, permitirá a
elaboração de análises aos responsáveis financeiros, que irão se apropriar de
informações que servirão para a ascensão operacional e financeira da empresa com
um todo. A seguir, será frisando de forma mais específica à segmentação do fluxo
de caixa propriamente dito.

Os fluxos de caixa que decorrem de atividades operacionais derivam das principais


atividades de que originam as receitas da empresa. Por conta disso, essas
atividades são advindas de transações e de eventos que entram na apuração de
lucros ou prejuízos.

Na visão de Braga e Marques (2001), as atividades operacionais envolvem os


ingressos e desembolsos necessários à sustentação das operações que ocorrem na
empresa. Este tipo de atividade contém as operações e eventos que não são tidos
como atividades de financiamento ou investimento, e dizem respeito à produção ou
entrega de bens e provimento de serviços.

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Estas operações tratam de fatos corriqueiros que ocorrem nas empresas gerando
assim, fluxo de movimentações operacionais de caixa. Para Padoveze (2011), o
fluxo de caixa operacional é o direcionamento para os ganhos de lucro almejados
pela empresa. Este fluxo tem uma ideia básica que pode ser arremetido a comprar,
produzir, vender e receber. Desta forma, retornando ao mesmo processo gerando
um conceito de um movimento circular, contínuo que trará lucros sucessivos e sem
interrupção.

Conforme Padoveze (2011), os fluxos de investimentos se resumem a “gastos que a


empresa faz para aquisição de seus ativos fixos, correspondendo, então, às saídas
de caixa”. Ou também, valores que são recebidos através de desimobilizações, ou
seja, o valor que é ganho por uma venda de ativos fixos (equipamentos, imóveis
etc.) que não serão mais necessários para as operações da empresa por terem
saído de linha, ou até mesmo por amortização de dívidas.

Para Gitman (2002), os fluxos de financiamento estão associados às transações de


financiamento de dívidas e também por capital próprio. Este fluxo é muito recorrente
nas empresas pois, em muitos casos, torna-se mais rentável e vantajoso utilizar
capital de terceiros do que propriamente de capital próprio.

Na visão de Grezole (2013), as atividades de financiamentos têm a ver com os


empréstimos de credores e investidores à empresa. Portanto, abrange a aquisição
de capital fornecido pelos proprietários e através do retorno de seus investimentos
ou até mesmo do reembolso do investimento. Vale também acrescentar a
possibilidade de empréstimos de credores e a amortização ou liquidação destes.

Realizar projeções financeiras não é uma tarefa das mais fáceis devido ao
dinamismo dos mercados que refletem direta e indiretamente nos resultados.
Planejamentos equivocados levam a tomadas de decisões equivocadas. No
entendimento de Gitman (2002):

O orçamento de caixa, ou previsão de caixa, é um demonstrativo das


entradas e saídas de caixa planejadas da empresa. Ele é usado pela
empresa para estimar suas necessidades de caixa a curto prazo, com
especial atenção para o planejamento de excedentes de caixa e
deficiências de caixa.

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Projetar os “excedentes de caixa” e as “deficiências de caixa” merece bastante
critério nas estratégias apropriadas para se chegar a uma determinada linha de
raciocínio que permita decidir a maneira ideal para direcionar os rumos da empresa
no seu âmbito financeiro. O orçamento, conforme afirma Padoveze (2011), versa de
um instrumento que serve para controlar o processo operacional da empresa como
um todo, pelo fato de entrelaçar todos os departamentos da empresa. Ou seja,
orçar, quer dizer: levantar todos os dados de um sistema de informação contábil
atual, e alocar dados que são previstos para os períodos subseqüentes como uma
forma de repetição dos relatórios de hoje, porém com dados já previstos.

Outro aspecto importante que vale ser frisado, segundo de Gitman (2002), “o
número de cada mês é baseado nas exigências internamente impostas por um saldo
de caixa mínimo e representa o saldo total ao final do mês”. O saldo de caixa
mínimo é de total relevância para a projeção de um fluxo de caixa, pois nele deve
ser levado em conta despesas fixas que exigem capital mínimo necessário para
“cobrir” estes gastos operacionais imprescindível para o funcionamento da empresa.

3 PROCEDIMENTOS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

Os dados utilizados para dar suporte a esta pesquisa foram coletados junto ao
responsável pela área financeira da empresa, compreendendo notas fiscais de
entrada e saída, pagamentos a prazo, financiamentos e empréstimos, ocorridos
dentro do período de abrangência deste estudo (jan a jun/2014), segmentados por
atividades operacionais, investimentos e financiamentos. Na sequência, foi realizada
prospecção financeira, com lastro nas teorias relacionadas ao fluxo de caixa
apresentadas no referencial teórico, para o período de julho a dezembro de 2014.

Com a finalidade de almejar um aumento da fatia de mercado, foram realizadas


duas entrevistas. A primeira, com a responsável pelos registros financeiros com
relação à forma que foram sendo realizados os lançamentos de receitas e despesas
da empresa e foi utilizado um roteiro, abrangendo perguntas a respeito dos gastos
como é feito o controle financeiro na empresa, a frequência que vem sendo lançadas
as receitas e despesas no controle utilizado, quais dificuldades na elaboração do
fluxo de caixa, qual o critério e que tipo de compras vem sendo realizadas no cartão,
e que tipo de gastos são realizados à vista. A segunda, foi com o sócio-diretor da
empresa Alfa, onde foi constatado que a empresa busca trabalhar com uma previsão
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de conquista de mercado de aproximadamente 25% para os próximos seis meses.
Portanto, espera-se que entrem nos saldos de caixa cerca de R$ 20.000,00 mensais
concernentes aos investimentos que serão realizados através de novos contratos
advindos de licitações.

Dando continuidade ao processo, foi proposto o uso de uma planilha eletrônica de


fluxo de caixa, elaborada no Microsoft Office Excel, com o fim de alimentar os dados
coletados de maneira organizada, metódica e sistemática, que visasse a obtenção
de um relatório financeiro que proporcionasse ao gestor da organização a
visualização das posições de caixa por segmentação das atividades.

Depois de implantada a planilha de fluxo de caixa conforme os tramites


anteriormente especificados, foi feito um acompanhamento de receitas e despesas
junto ao responsável pelos lançamentos financeiros.

4 ANÁLISE E APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Os registros concernentes às transações realizadas pela empresa Alfa permitiram


coletar os dados necessários à elaboração do estudo com o intuito de verificar as
informações lançadas nos registros de controle da empresa. Em seguida, foi
constatado por meio de recibos e notas fiscais que havia conformidade e
regularidade com os lançamentos mensais, porém não havia possibilidade de
executar uma análise minuciosa da maneira que estava sendo organizada, pois falta
organização metódica e sistemática das contas.

A empresa Alfa apresentou certa alternância de recebimentos e saídas operacionais,


conforme será observado nas tabelas a seguir:

Quadro 2: Ingressos de caixa com vendas recebidas


Descrição jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14
Ingressos de caixa

Vendas à vista / 40% 32.402 44.007 16.260 24.260 35.574 19.590

Vendas passadas 27.516 24.302 40.805 28.698 46.892 52.485


Fonte: Elaborada pelo autor a partir de dados fornecidos pela empresa.

Conforme se pode observar no quadro 2, os ingressos de caixa da empresa Alfa são


separados em vendas à vista e passadas, ou seja, referem-se aos recebimentos de
serviços anteriores. As receitas de vendas passadas são advindas de serviços onde
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os clientes optaram por realizar o pagamento após trinta dias. Entretanto, para
execução de serviços que exigem gastos expressivos com materiais, pede-se 40%
inicialmente, e o restante pode é parcelado dependendo do tamanho do serviço.

Com relação aos desembolsos de caixa, existe a divisão em: fornecedores,


despesas administrativas, com pessoal, tributárias, financeiras e retirada de lucro. A
seguir, será comentado os aspectos mais pertinentes de cada desembolso de caixa.

Quadro 3: Desembolsos de caixa com fornecedores  


Descrição jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14
Fornecedores 13.352 12.384 23.514 25.527 30.718 35.714
Compras à vista / 20% 3.511 4.488 4.908 4.626 5.545 6.436
Compras a prazo 9.841 7.896 18.606 20.901 25.173 29.278
Fonte: Elaborada pelo autor a partir de dados fornecidos pela empresa.

Conforme se pode observar no quadro 3, na parte de compras, percebe-se uma


variação acentuada principalmente nas compras a prazo, em virtude de sua
ocorrência partir de uma demanda por serviços extremamente elástica, ou seja,
apresenta grande variação percentual na quantidade da demanda.

Quadro 4: Desembolsos de caixa com despesas administrativas


Descrição jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14
Despesas administrativas 4.682 4.138 4.266 3.368 3.536 3.478
Telefone 1.059 719 615 308 257 423
Internet 90 90 90 90 90 90
Energia elétrica 262 402 164 306 308 182
Combustível 854 1.403 984 1.115 1.357 921
Manutenção- Caminhonte - - 800 - - 240
Aluguel 800 800 800 800 800 800
Contabilidade 724 724 724 724 724 724
Material de expediente 123 - 89 25 - 98
Publicidade - - - - - -
Uniformes 280 - - - - -
Alvará de funcionamento 367 - - - - -
IPTU 123 - - - - -
Fonte: Elaborada pelo autor a partir de dados fornecidos pela empresa.

Com relação ao quadro 4, observa-se alto consumo de telefone no primeiro mês, e


certa variabilidade nos meses subsequentes. As despesas de material de
expediente estão relacionadas a produtos de limpeza, incluindo itens de escritório
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que se apresentam sem muita periodicidade por serem comprados em médias
quantidades. Constata-se também que o boca a boca é a única forma de publicidade
existente. A empresa não investe praticamente em nenhum tipo publicidade.

Quadro 5: Desembolsos de caixa de despesas com pessoal


Descrição jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14
Despesas com pessoal 9.181 7.752 6.977 6.819 7.676 6.972
FGTS 367 399 412 339 339 410
GPS 286 196 199 204 196 196
Sindicato 90 90 90 - 90 90
Pró-labore 724 724 724 724 724 724
Salários 4.591 4.578 4.651 4.651 4.615 4.651
Férias - 914 - - 889 -
Rescisão 2.078 - - - - -
Vale transporte 512 384 434 434 356 434
Vale refeição 533 467 467 467 467 467
Fonte: Elaborada pelo autor a partir de dados fornecidos pela empresa.

Com relação ao quadro 5, no que se refere às despesas com pessoal, pode-se


visualizar a existência de uma demissão que não repercutiu significativamente no
resultado do mês de janeiro devido ao desempenho do faturamento que apresentou
grande superávit comparado aos outros meses.

Quadro 6: Desembolsos de caixa com despesas tributárias


Descrição jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14
Despesas tributárias - - 300 300 - -
Simples Nacional - - - - - -
Parcelamento do Simples - - 300 300 - -
Fonte: Elaborada pelo autor a partir de dados fornecidos pela empresa - Anexo3.

Como pode ser visto no quadro 6, que demonstra o grupo das despesas tributárias,
a empresa não tem honrado com estas obrigações mensais. As parcelas de
pagamento do imposto, Simples Nacional (SN), varia em proporção direta ao
faturamento mensal, em razão de sua alíquota de 11,40% incidir sobre o
faturamento, cuja faixa atual da Alfa se posiciona no intervalo de R$ 720.000,01 a
R$ 900.000,00. No mesmo grupo, vê-se que a empresa já apresenta débitos com o
SN, porquanto foi realizado o parcelamento do mesmo junto à Receita Federal, e
ainda assim, A dívida acumulada, segundo o gestor financeiro, é de R$ 264.345,23.

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4.1 Síntese operacional, projetada e apoiada em mapas auxiliares

Os mapas auxiliares são utilizados na programação do fluxo de caixa projetado, com


o fim de favorecer o planejamento das vendas e compras a prazo pela empresa Alfa.
Por intermédio desses mapas, é possível melhor vislumbrar os efeitos no resultado
das entradas e saídas financeiras por período. Este quadro sintético favorece os
ajustes da alocação dos resultados no relatório financeiro projetado para o segundo
semestre.

Com vistas a desenvolver a projeção dos resultados financeiros do segundo


semestre, e considerando o fato de que a empresa Alfa financia valores
significativos das compras de seus clientes, as entradas e saídas de caixa ocorridas
no primeiro semestre foram registradas no mapa auxiliar com o intuito de apresentar
ao gestor financeiro da Alfa, de maneira o mais concisa possível, as flutuações
financeiras futuras resultantes do confronto dos recebimentos e pagamentos.

Os ingressos de caixa recebidos pela Alfa, conforme visto anteriormente, se


resumem a 40% de suas entradas a vista e 60% a prazo, conforme dados fornecidos
pela responsável do financeiro da empresa. Desta forma, houve a necessidade de
elaboração de um mapa auxiliar que fornecesse de maneira projetada os valores
reais recebidos mês a mês.

Quadro 7: Mapa auxiliar de entradas de caixa à vista e a prazo referente ao período de 2014.1

Vendas/Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun

Total das vendas 81.005 110.017 40.651 60.650 88.936 48.976

Total a vista 40%) 32.402 44.007 16.260 24.260 35.574 19.590

Total a prazo (60%) 48.603 66.010 24.390 36.390 53.362 29.386

15.974 24.302 24.302

11.542 16.503 16.503 16.503 16.503


Fluxo das vendas 12.195 12.195
a prazo
18.195 18.195

17.787

Total do Fluxo das


vendas a prazo 27.516 24.302 40.805 28.698 46.892 52.485
Fonte: Elaborada pelo autor a partir de dados fornecidos pela empresa.
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Como pode ser observado no quadro 7, houve certa variação nas entradas de
caixa nos meses de janeiro a junho de 2014 como, por exemplo, o mês de fevereiro
está previsto o recebimento de R$ 110.017,00, enquanto no mês de março e junho,
respectivamente, R$ 40.651,00 e R$ 48.976,00.

De acordo com o sócio-diretor da empresa Alfa, vê-se que a empresa concede aos
clientes geralmente, trinta dias para o pagamento de seus serviços, com exceção de
algumas ordens de serviço onde será exigido um valor relativamente alto para sua
execução, é proposto ao cliente que seja pago 40% à vista, e o restante,
dependendo do fechamento da negociação, pode ser dividido em até duas vezes no
boleto bancário.

Quadro 8: Mapa auxiliar de saídas de caixa à vista e a prazo referente ao período de 2014.1
Compras/Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun
Total das
compras 19.740 26.774 25.479 37.454 35.741 32.179

Total a vista (20%) 3.948 5.355 5.096 7.491 7.148 6.436


Total a prazo
(80%) 15.792 21.419 20.383 29.963 28.593 25.743

9.841 7.896 7.896

10.710 10.710
Fluxo das 10.192 10.192
compras a prazo
14.982 14.982

14.296

Total do Fluxo
das compras a
prazo 9.841 7.896 18.606 20.901 25.173 29.278
Fonte: Elaborada pelo autor a partir de dados fornecidos pela empresa.

No quadro 8, que se refere ao mapa auxiliar de saídas de caixa a prazo, que


corresponde a 80% do total das compras, foram projetadas as quantias que sairão
do caixa mensalmente referente aos meses de julho a dezembro de 2014. Sendo
assim, os valores encontrados serão alocados no orçamento de caixa tais valores
que irão repercutir nas saídas de caixa concernente ao segundo semestre de 2014.

Se tratando das saídas de caixa à vista, que representa 20% do total das saídas,
aponta-se, que no mês de março, houve a menor quantia para pagamento, no valor

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de R$ 1.350,00. Porém, o mês de maior desembolso de caixa a vista R$ 8.684,00.
Vale também ressaltar que, o mês de maior desembolso de caixa a prazo será
outubro, com R$ 20.851,00 e em contrapartida, o mês com menor desembolso de
caixa será fevereiro, com R$ 6.630,00.

Os valores contidos nos mapas auxiliares irão auxiliar na composição do fluxo de


caixa corroborando a funcionalidade de se projetar o fluxo de caixa para o período
proposto.

De acordo com os registros anteriores que foram realizados a partir de dados


fornecidos pela empresa Alfa, será demonstrado a seguir o fluxo de caixa projetado
em relação ao período de julho a dezembro de 2014.

Para demonstrar os resultados alcançados com o presente estudo, foi empregado o


modelo de fluxo de caixa projetado idealizado por Hendriksen (1999), visto que
houve algumas adaptações com o intuito de aprimorar o uso do instrumento de
gestão junto à empresa estudada.

De acordo com Kassai apud Corrêa (2005):

O modelo de fluxo de caixa projetado contribui para o pequeno


empreendedor conhecer o funcionamento da empresa. Podem, desta forma,
lidar com projeções e simulações, aprendendo assim a compreender os
efeitos nas mudanças, de prazo, recebimentos e estocagem, aumento ou
diminuição da margem de vendas, controle de custos e outros fatores e,
mesmo que as previsões não se realizem, o manuseio do fluxo de caixa
proporcionará ao empreendedor análise dos pontos fracos e fortes de sua
empresa.

Sendo assim, a partir das informações dos registrados de todos os recebimentos e


pagamentos mensais previstos às atividades operacionais, além dos dados
coletados com o sócio-diretor da empresa Alfa, foi elaborado o relatório final do fluxo
de caixa projetado visando a evolução de conquista de mercado em termos
percentuais mensais.

Conforme foi visto no referencial teórico, a Atividade Operacional se refere a todos


os ingressos e desembolsos que são realizados mensalmente tomando por base os
relatórios referentes ao primeiro semestre de 2014. Espera-se um crescimento de

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conquista de mercado mensal próximo a 25%, onde esse percentual se refere a um
ingresso de caixa excedente de R$ 120.000,00 para o segundo semestre, devendo-
se, considerar o faturamento total aproximado de R$ 600.000,00 para o segundo
semestre. Estes dados foram predefinidos através de entrevista, e se tratam de
dados que serão tidos como metas para o semestre.

Quadro 9: Ingressos de caixa do fluxo de atividades operacionais


Fluxo de atividades operacionais  M7      M8      M9      M10      M11      M12    
Ingressos de caixa    
         
Pelas vendas do período          40.800              38.400          33.600              43.200          48.000              36.000    
Pelas vendas passadas          61.200              61.200          57.600              50.400          64.800              72.000    
Total das entradas      102.000              99.600          91.200              93.600      112.800          108.000    
Fonte: Elaborada pelo autor a partir de dados fornecidos pela empresa - Vide Anexo 4.

Conforme pode-se observar no quadro 1, os ingressos de caixa foram projetados em


consonância ao mapa auxiliar das entradas (vide quadro 7). Levando em conta a
prospecção pré-definida conforme o crescimento aguardado para o segundo
semestre de 2014, onde dos R$100.000 estimados mensalmente, onde, cerca de
R$80.000 reais é referente à media mensal do faturamento do primeiro semestre, e
R$20.000 corresponde a previsão esperada relativa ao crescimento de 25% do
semestre.

Quadro 10: Desembolsos de caixa do fluxo de atividades operacionais


Fluxo de atividades operacionais M7   M8   M9   M10   M11   M12  
Desembolsos de caixa    
         
Pagamento de Impostos    14.245     13.630        12.398        14.861        16.092     13.014    
Pagamento a Fornecedores    15.000     15.000        15.000        15.000        15.000     15.000    
Contas de funcionamento, incluindo salários
   23.000     23.000        23.000        23.000        23.000     23.000    
e pró-labore
Pagamento de publicidade (2% Vendas)        2.040        1.920            1.680            2.160            2.400        1.800    
Juros do Financiamento dos Imobilizados        7.500        7.333            7.167            7.000            6.833        6.667    
Juros de empréstimos para Capital de Giro    
         
Total das saídas    61.785     60.883        59.245        62.021        63.325     59.481    
Fonte: Elaborada pelo autor a partir de dados fornecidos pela empresa.

Se tratando dos desembolsos de caixa com atividades operacionais no quadro 2, os


gastos com fornecedores aumentaram significativamente. Visto que, se estima um
aumento de capital proveniente de serviços gerando custos tanto para materiais
destinados aos serviços, como é frisado na entrevista 1, quanto para mão de obra
qualificada, impostos e encargos sociais. Foi-se acrescentado despesas com
publicidade visando o aumento de conquista de mercado para os próximos meses.
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Vale destacar também que, a empresa não tem honrado com o Simples Nacional
mensalmente, por meio disto, fez-se necessário a realização de um novo
parcelamento consolidado desta dívida, junto a Receita Federal, no período de
sessenta meses no valor R$ 4.783 incluindo juros e multa.

Quadro 11: Fluxo de atividades de financiamentos e investimentos


Fluxo de atividades de financiamentos                        
Recebimentos de realização de capital    
         
     
(+) Tomada de empréstimos no início do mês    
149.600            
(+) Outros recebimentos de financiamento    
         
(-) Pagamento do principal empréstimo obtido 3.333   3.333   3.333   3.333   3.333   3.333  
(-) Outros pg. de atividades de financiamento    
         
(-) Pg. de dividendos    
         
(=) Atividade de Financiamento – TOTAL( c) 146.267     -­‐3.333     -­‐3.333     -­‐3.333     -­‐3.333     -­‐3.333    
Fluxo de atividades de Investimentos    
         
Recebimento do principal de empréstimos e
   
financiamentos concedidos          
Recebimento de venda de bens imobilizado    
         
Recebimento de Venda Investimento Permanente    
         
   
         
Pagamento na aquisição à vista de Investimentos
   
permanentes          
Pagamento de aquisição à vista de Bens do                                    
   
Imobilizado 47.510     47.510     42.047        
Pagamento na aquisição de Investimentos
   
temporários          
(=) Atividade de Investimento - TOTAL (d) -­‐47.510     -­‐47.510     -­‐42.047                
Fonte: Elaborada pelo autor a partir de dados fornecidos pela empresa.

Pode-se averiguar no quadro anterior, que se tratando das atividades de


financiamento, foi feito um empréstimo de R$149.600,00 para a aquisição de três
caminhonetes, visando maior fluidez e agilidade nos serviços, viabilizando assim, a
aquisição de novos clientes. Além do aumento da frota de veículos, será necessário
o investimento de dois geradores para reposição temporária, até que o serviço de
manutenção seja totalmente concluído gerando maior segurança na relação cliente e
empresa. Além disso, pensa-se também na ampliação dos serviços visando o
aluguel destes geradores.

Vale também enfatizar, que as parcelas mensais do pagamento dos empréstimos


são geradas a partir de 45 parcelas de R$ 3.333,33 a um juros de 5% ao mês (ver o
quadro 4).

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Considerando as variáveis das receitas de vendas recebidas, atém das despesas
fixas pagas e o caixa líquido gerado pelas operações, permite-se fazer uma breve
comparação entre o primeiro e o segundo semestre.

Quadro 12: Variáveis consideradas para análise do fluxo de caixa projetado


Descrição Sem 1 /14 Sem 2/14
Receita de Vendas Recebidas 430.235 607.200
Despesas Fixas Pagas 332.715 366.740
Caixa Líquido Gerado pelas Operações 101.321 217.203
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados fornecidos pela empresa.

A partir dos dados coletados, pode-se encontrar a relação entre o caixa líquido
gerado pelas operações e as despesas fixas pagas. Logo, teremos os índices
abaixo:

1º Semestre : 101.321/332.715 = 0,304527899


2º Semestre : 217.203/366.740 = 0,592253368
Gráfico 1: Caixa Líquido gerado em relação às despesas fixas

Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados fornecidos pela empresa

O gráfico do caixa Líquido gerado em relação às despesas fixas pagas nos permite
observar um crescimento projetado de 51% de geração de caixa do primeiro para o
segundo semestre, em relação a cada real de despesas fixas desembolsado.
É possível, em seguida, encontrar a relação entre as receitas de vendas recebidas e
as despesas fixas pagas. Portanto, teremos:
1º Semestre : 430.235/332.715 = R$ 1,29
2º Semestre : 607.200/366.740 = R$ 1,66
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Gráfico 2: Receitas de vendas recebidas em relação às despesas fixas pagas

Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados fornecidos pela empresa.

O gráfico das despesas fixas em relação às vendas nos permite observar um


crescimento projetado e expressivo de 60% da produtividade das despesas fixas.
Enquanto no primeiro semestre de 2014, para cada R$ 1,00 desembolsado com
pode ser observado R$ 2,40 de ingresso das vendas; no segundo, as projeções
apontam para o recebimento de R$ 3,00 para cada R$ 1,00 desembolsado com as
despesas fixas.

Pode-se também constatar, a relação entre o caixa líquido gerado e as receitas de


vendas recebidas. Teremos:

1º Semestre : 101.321/430.235 = R$ 0,24


2º Semestre : 217.203/607.200 = R$ 0,36
Gráfico 3: Caixa líquido gerado em relação às receitas de vendas recebidas

Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados fornecidos pela empresa

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O gráfico do caixa líquido gerado em relação às entradas das vendas nos permite
observar a projeção de 19% de crescimento das entradas líquidas de caixa, em
relação à cada real recebido, do segundo semestre em relação ao primeiro.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O fluxo de caixa é uma ferramenta imprescindível para o controle de recursos


financeiros de uma empresa. Se tratando de microempresas, torna-se essencial que
o proprietário aproprie-se deste instrumento que lhe permitirá projetar a empresa
visando crescimento de mercado gerando benefícios significativos para a empresa
como um todo.

A presente pesquisa atingiu seu objetivo geral de apresentar um estudo de


viabilidade na implantação de um fluxo de caixa projetado aplicado na empresa Alfa
do ramo de instalação e manutenção de grupos geradores.

Neste sentido, os objetivos específicos também foram alcançados, visto que, foi
constatado que a empresa Alfa não possui descasamentos operacionais
apresentando conformidade em seus lançamentos de despesas, apesar de
apresentar certa desorganização impossibilitando uma análise esmiuçada das
contas e posteriormente foi realizada a elaboração e análise do relatório de fluxo de
caixa projetado para o segundo semestre. A empresa precisa dar relevância às
pendências tributárias como forma de permanecer no regime de tributação Simples
Nacional, que é mais simplificado e menos oneroso para a empresa. Importante
destacar, que através do fluxo de caixa projetado, foi definido que a empresa teria a
possibilidade de crescimento de 25% para o segundo semestre projetando assim, os
ingressos, desembolsos e empréstimos. Desta forma, agindo de maneira planejada,
combateu-se a possibilidade da empresa passar por escassez de disponibilidades.

Por intermédio da análise de algumas variáveis, viu-se um crescimento projetado de


51% de geração de caixa para cara real de despesas fixas na relação entre caixa
líquido gerado e as despesas fixas realizadas. Percebeu-se no decorrer, a projeção
de 19% de crescimento das entradas líquidas de caixa com relação entre os caixas
gerados e as receitas de vendas do segundo semestre para o primeiro. Vale
também frisar o crescimento significativo de 60% da produtividade das despesas
fixas em relação às vendas.
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REFERÊNCIAS

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Liquidez das Empresas Através da Análise da Demonstração de Fluxos de
Caixa. Revista Contabilidade & Finanças FIPECAFI - FEA – USP, 2001.

BREALEY, R.; MYERS, S.; ALLEN, F. Princípios de Finanças Corporativas. São


Paulo, Mc-Graw-Hill, 2011.

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Elsevier. São Paulo, 2011.

DI AUGUSTINI, Carlos Alberto. Capital de Giro. São Paulo, 1996.

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São Paulo, 2002.

GREZOLE, Bruno. ELABORAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA PROJETADO PARA A


EMPRESA BBBGREZOLE & GREZOLE LTDA. Santa Catarina, 2013.

GROPPELLI, A.A.; NIKBAKHT, Ehsan. Administração Financeira. Editora Saraiva,


1999.

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Contabilidade. Caderno de estudos – FIPECAFI, São Paulo – SP. v. 9, n. 15, p. 41-
59, jan./jun. 1997.

PADOVEZE, Clóvis Luís. Introdução à Administração Financeira. São Paulo,


2011.

ROZA, Mariana Costa da; QUINTANA, Alexandre Costa. Demonstração dos


Fluxos de Caixa – Uma Análise de Artigos Científicos Publicados em
Periódicos Nacionais. Revista Catarinense da Ciência Contábil – CRCSC -
Florianópolis, v. 11, n. 32, p.57-72, abr./jul. 2012. Disponível em:
<http://revista.crcsc.org.br/revista/ojs-2.2.3-
06/index.php/CRCSC/article/download/1318/1215>. Acesso em: 21 ago.2014.

VASCONCELOS, Yumara Lúcia. Planejamento Financeiro. IESDE Brasil. Curitiba,


2008.

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