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RESUMO
ABSTRACT
This article intends, through a bibliographic survey of the existing literature, to discuss
the importance of controlling cash flows to plan financially and as a decision-making
management tool.
It begins with a brief conceptualization of the term cash flow, its peculiarities, existing
types, classifications and forms of elaboration. Then it is defined which is cash flow
statement, how to plan and prepare the cash flow statement, forms of presentation,
direct method and indirect method. Finally, an analysis is made through the headings
that demonstrate where the money is applied.
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Graduando em Ciências Contábeis na Faculdade Arnaldo, 2º 2022. E-mail: claudiobdmg@yahoo.com.br
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Professora Orientadora: Professora dos cursos de graduação, pós-graduação e MBA em administração, Gestão
de Pessoas e Educação. Mestre em Administração, pós-graduada em Psicologia de Aprendizagem e
desenvolvimento. E-mail: rachel.bicalho@fead.br
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INTRODUÇÃO
No atual mundo globalizado, não há espaço para empresas que não procurarem
acompanhar a evolução, tanto tecnológica quanto gerencial, ou seja, as firmas devem
procurar se modernizar; isso serve tanto para as grandes empresas, quanto para as
pequenas. E uma questão de sobrevivência para empresas é saber quanto devem e
quando pagará; quanto e quando receberá. E uma ferramenta indispensável para
gerenciar e acompanhar o movimento do dinheiro dentro das empresas chama-se
fluxo de caixa, este instrumento mostrará ao gestor financeiro; se a empresa está
precisando de financiamento, seja para capital de giro, ou para investir em bens de
capital, imobilizado; ou se a empresa está com sobras de caixa e estas deverão ser
aplicadas no melhor prazo, melhor rentabilidade, e o próprio fluxo de caixa indicará
por quanto tempo a sobra de caixa poderá ficar aplicada, uma vez que a empresa
precisará desse dinheiro, ou parte dele, em uma data futura; há empresas com tanto
dinheiro “sobrando” que o investimento é uma parte do negócio. Portanto, o fluxo de
caixa nas empresas será para fins gerenciais.
Por conseguinte, este trabalho tratará da importância do fluxo de caixa para tomada
de decisões nas empresas. E para amparar o gestor financeiro na tomada de
decisões, a contabilidade fornecerá as informações atuais e com qualidade para
alimentação do fluxo de caixa, para que este esteja sempre atualizado e qualificado.
A função do fluxo de caixa é identificar as entradas e saídas de moeda corrente, bem
como a visão antecipada do que pode ocorrer no caixa em determinado período de
tempo.
Constantemente as empresas deparam-se com situações financeiras desagradáveis.
Algumas com um déficit de caixa, outras com excesso de recursos. Tal fato ocorre,
muitas vezes, por que os gestores não utilizam ferramentas adequadas para os
auxiliarem na tomada de decisão. Por isso este trabalho é sobre a importância da
ferramenta fluxo de caixa para tomada de decisões nas empresas.
Para tentar responder essa pergunta o estudo tem como objetivo geral demonstrar a
utilização do fluxo de caixa como uma ferramenta essencial na gestão financeira;
através de referenciais teóricos.
Para uma empresa ter saúde financeira é fundamental que seu fluxo de caixa
apresente liquidez, mesmo diante de uma conjuntura econômica em inflação ou
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processo decisório para que se saiba onde melhor os recursos financeiros serão
alocados.
1. FLUXO DE CAIXA
Silva (2006, p.11) é o principal instrumento da gestão financeira que planeja, controla
e analisa as receitas, as despesas e os investimentos, considerando determinado
período projetado.
Pode-se também dizer que consiste numa representação gráfica (planilha) e
cronológica de entradas (ingressos) e saídas (desembolsos) de recursos monetários,
o que permite às empresas executar suas programações financeiras e operacionais,
projetadas para certo período de tempo.
É possível, a partir da elaboração do fluxo de caixa, verificar e planejar eventuais
excedentes e escassez de caixa, o que provocará medidas que venham sanar tais
situações.
É importante ressaltar que o caixa é o centro dos resultados, para tomada de decisões
financeiras, e representa a “disponibilidade imediata”, ou seja, é diferente do
“resultado econômico contábil”.
O caixa de uma empresa gera lucro quando há disponibilidade de recursos para
aplicação, que consequentemente receberá juros. Do mesmo modo, se não houver
caixa, isso impactará no resultado, porque a empresa utilizará recursos de terceiros,
pagando juros pela captação, para fazer frente aos compromissos assumidos, o que
tornará o resultado menor. O resultado econômico, isto é, o lucro de uma empresa,
pode ser diferente do resultado financeiro, que á a geração de caixa. O que se quer
dizer é que existe diferença entre lucro e caixa; mesmo que o caixa tenha liquidez,
não significa que se tenha lucro no decorrer do tempo.
Conforme Iudícibus, Marion e Faria (2009, p. 186), o fluxo de caixa tem o objetivo de
demonstrar a origem e a aplicação de todo dinheiro que transitou pelo caixa em um
determinado período e o resultado desse fluxo. O caixa considerado engloba as
contas Caixa e Bancos.
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(Silva 2006, p. 61) o orçamento de caixa faz parte do Orçamento geral de uma
empresa, que planeja as operações por períodos curtos de seis meses a um ano,
podendo ser de períodos menores. Nesse caso, ele é conhecido com previsão de
caixa ou projeção de fluxo de caixa.
Normalmente, o fluxo de caixa não é uniforme durante o mês, pois apresenta períodos
sazonais. Então, a projeção deve ser demonstrada diariamente para períodos
próximos. Quanto mais distante estiver o período de projeção, maior será o período
de incerteza a ele ligado, portanto, não tem sentido apresentar o fluxo de caixa dia a
dia para períodos mais distantes.
O fluxo de caixa deve ser projetado dia a dia para os primeiros 30 dias; para o segundo
e o terceiro mês, pode ser apresentado por semana ou quinzena; e do quarto ao sexto
mês pode ser apresentado por mês.
As projeções do fluxo de caixa devem ser atualizadas com base em fluxo efetivo,
fazendo os ajustes nas premissas e condições do mercado, para chegar o mais perto
possível do resultado financeiro efetivo. Na elaboração, uma análise é necessária
sobre a qualidade da informação antes do lançamento no fluxo de caixa.
A demonstração dos fluxos de Caixa, além de ser um importante documento contábil,
pode contribuir de forma expressiva para a gestão financeira, pois grande parte dos
fatos que ocorrem nas empresas envolve a movimentação de recursos financeiros.
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Sá (2006, p. 13) afirma que o fluxo de caixa realizado é o produto final da integração
das entradas e das saídas de caixa havidas em um determinado período. Quando o
relatório de fluxo de caixa apresenta apenas as contas, é chamado de “relatório no 1
nível”. Quando, além das contas, apresenta também as subcontas, é chamado de
“relatório no 2 nível”. O Planejamento financeiro é um conjunto de operações
financeiras – que podem ser empréstimos, aplicações financeiras ou resgates de
aplicações financeiras – realizadas para atingir um determinado objetivo. Quanto
melhores os resultados obtidos, melhor terá sido o planejamento financeiro.
Fluxo de caixa projetado é o produto final da integração das entradas e das saídas de
caixa que se imagina que ocorrerão no período projetado (SÁ, 2006).
Para que haja efetiva implantação, é preciso atender a alguns
requisitos como: apoio da direção da empresa, integração dos diversos
departamentos da empresa ao sistema de fluxo de caixa, definição do
fluxo de informações, qualidade dos dados, planilhas e mapas a serem
utilizados, calendários de entrega de dados, responsáveis pela
elaboração de várias projeções; escolha da planilha de fluxo de caixa
que atenda às necessidades da empresas, treinamento da pessoa ou
do pessoal que vai implantar o sistema de fluxo de caixa na empresa.
Conscientização dos responsáveis pelos departamentos para alcançar
os objetivos e as metas estabelecidos no fluxo de caixa. Criar controles
financeiros adequados, principalmente de movimentação bancária.
(SILVA, 2006, p. 63)
Sá (2006, p. 15) afirma que a contabilidade sempre conta uma história que já
aconteceu, ou seja, só olha para trás. A contabilidade não tem facilidade de olhar para
o futuro e, quando o faz (como acontece por ocasião do orçamento), não o faz
projetando os resultados dia a dia. Ora, o fato de a contabilidade não projetar
resultados dia a dia faz com que ela seja um instrumento absolutamente inadequado
para fazer o planejamento financeiro. Já o fluxo de caixa tanto olha para trás como
olha para frente.
Finalmente, quem quebra uma empresa não é a falta de lucro, e, sim, a falta de caixa.
(SÁ, 2006).
Silva (2006, p. 80) explica que o fluxo demonstra todas as entradas e saídas de
determinado período e apontará excedente ou escassez de recursos financeiros para
a formação do saldo final de caixa.
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Com a nova lei atual, a DFC deve demonstrar claramente, no mínimo, os três fluxos
financeiros: operacionais, investimentos e financiamentos.
Greco, Gärtner e Arend (2009, p. 130) classificam abaixo a lista de denominações utilizadas
na DFC:
Caixa: é o numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis;
Equivalentes de caixa: são as aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que
são prontamente conversíveis em caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de
mudança de valor;
Fluxos de caixa: são as entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa;
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Lopes (2009, p. 150) a DFC ou Demonstração dos fluxos de Caixa passou a ser
exigida a partir de 1º de janeiro de 2008, com a vigência da Lei nº 11.638, de 28 de
dezembro de 2007, para as empresas de capital aberto ou para as que sejam de
capital fechado, desde que estejam com patrimônio líquido superior a R$ 2.000.000,00
(dois milhões de reais). É provável que muitas empresas optem por elaborá-la, mesmo
não estando obrigadas, visto que ela substitui a Demonstração das Origens e
Aplicações de Recursos, oferece maior clareza e, acima de tudo, apresenta um foco
maior no movimento do ATIVO CIRCULANTE, o que facilita a avaliação da
capacidade de pagamento da empresa.
A estrutura básica da DFC: a lei 1.638, de 28 de dezembro de 2007, citada acima, no
seu artigo 188, inciso I, estabelece que a Demonstração dos fluxos de Caixa deverá
conter “as alterações ocorridas durante o exercício no saldo de caixa e equivalentes
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Balanço Patrimonial
BALANÇO PATRIMONIAL
CONTAS 31/12/2020 31/12/2021 VARIAÇÃO
Caixa 100 1.600 1.500
Bancos 100 10.000 9.900
Aplicações financeiras 10.000 12.000 2.000
Duplicatas a receber 20.000 50.000 30.000
Duplicatas descontadas 0 -10.000 -10.000
Provisão para créditos de
liquidação duvidosa -2.000 -3.000 -1.000
Estoques 30.000 40.000 10.000
Despesas pagas
antecipadamente 4.000 7.000 3.000
c) de salários -50.000 6
d) de juros -2.500 7
ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS
Recebimento pela venda de imobilizado 23.000 10
Pagamento pela compra de imobilizado -33.000 11
REDUÇÃO DO CAIXA EM ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS -10.000 12
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Aumento de Capital 10.000 13
Empréstimo de curto prazo 20.000 14
Distribuição de dividendos -1.000 15
ACRÉSCIMO DO CAIXA EM ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO 29.000 16
ATIVDADES DE INVESTIMENTOS
Recebimento pela venda de imobilizado 23.000 12
(-) Pagamento pela compra de imobilizado -33.000 13
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Aumento de Capital 10.000 14
(+) Empréstimo de curto prazo 20.000 15
(-) Distribuição de dividendos -1.000 16
6. DISCUSSÃO
3 . Duplicatas descontadas
BALANÇO PATRIMONIAL
CONTAS DO ATIVO 31/12/2020 31/12/2021
Saldo inicial Saldo final Variação
Duplicatas descontadas
0 -10.000 -10.000
BALANÇO PATRIMONIAL
CONTAS DO ATIVO 31/12/2020 31/12/2021
Saldo inicial Saldo final Variação
Estoques
30.000 40.000 10.000
BALANÇO PATRIMONIAL
CONTAS DO PASSIVO 31/12/2020 31/12/2021
Saldo inicial Saldo final Variação
Fornecedores
25.000 60.000 35.000
BALANÇO PATRIMONIAL
CONTAS DO PASSIVO 31/12/2020 31/12/2021
Saldo inicial Saldo final Variação
Provisão para imposto de renda e CSLL
5.000 2.600 -2.400
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BALANÇO PATRIMONIAL
CONTAS DO PASSIVO 31/12/2020 31/12/2021
Saldo inicial Saldo final Variação
Salários a pagar
30.000 15.000 -15.000
BALANÇO PATRIMONIAL
CONTAS DO ATIVO 31/12/2020 31/12/2021
Saldo inicial Saldo final Variação
Despesas pagas antecipadamente
4.000 7.000 3.000
ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS
BALANÇO PATRIMONIAL
CONTAS DO ATIVO 31/12/2020 31/12/2021 VARIAÇÃO
Saldo inicial Saldo final Variação
Imobilizado
50.000 60.000 10.000
14. Saldo final na conta de empréstimo: é igual ao saldo final menos o saldo inicial.
50.000 – 30.000 = 20.000
BALANÇO PATRIMONIAL
CONTAS DO PASSIVO 31/12/2020 31/12/2021
Saldo inicial Saldo final Variação
Empréstimos
30.000 50.000 20.000
BALANÇO PATRIMONIAL
CONTAS 31/12/2020 31/12/2021
Saldo inicial Saldo final Variação
Caixa 100 1.600 1.500
Bancos 100 10.000 9.900
Aplicações financeiras 10.000 12.000 2.000
Lopes (2009, p.153) explica que é fácil notar porque a Demonstração dos fluxos de
caixa foi instituída para substituir a Demonstração das Origens e Aplicações de
Recursos, aquela é de fato um relatório bem mais esclarecedor e muito mais fácil de
ser compreendido do que a DOAR. Apresenta as informações mais importantes, ou
seja, as que têm ligação direta com a movimentação do Caixa ou das Disponibilidades
da empresa. Todos os interessados na empresa, sejam proprietários, credores,
fornecedores, investidores ou outros, podem ver, por meio da Demonstração dos
Fluxos de caixa, o que motivou os aumentos e as reduções no grupo de contas
intitulado DISPONÍVEL.
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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
SILVA, Edson Cordeiro da. Como administrar o fluxo de caixa das empresas:
guia prático e objetivo de apoio aos executivos – 2. Ed. – São Paulo: Atlas, 2006.
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos e FARIA, Ana Cristina de. Introdução
à teoria da contabilidade: para o nível de graduação. 5. Ed. 2. Reimpressão. São
Paulo: Atlas, 2009.