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1. ESTRUTURA ECONÔMICO-FINANCEIRA DA
EMPRESA
1.1. OBJETIVOS
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DIREÇÃO FINANCEIRA
Pode definir-se como a composição dos diferentes recursos financeiros que a empresa
tem em determinado momento, entendendo por recursos financeiros todos os meios
que a empresa precisa para realizar os investimentos que lhe permitam a realização dos
seus objetivos de negócio. Dentro destes recursos podemos encontrar, por exemplo, o
capital social da empresa, os empréstimos a longo prazo de um banco, os fornecedores
de ativos fixos a longo prazo, etc.
Pode definir-se como aquela que determina os investimentos feitos para alcançar a
atividade da empresa. Aqui encontramos os imobilizados (máquinas, equipamentos
para o processo de informação), as matérias-primas, a tesouraria, etc.
▪ Balanço:
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Principais caraterísticas:
c) Desde uma perspectiva temporária incorpora uma visão estática, configurada como
um estado de fundos ou estoque.
Portanto, o balanço oferece informações de grande uso analítico, como mostrar, entre
outras relações, a liquidez, a solvência e a capacidade de endividamento da empresa.
▪ Ativo:
Passivo:
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▪ Ativo circulante:
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▪ Ativo fixo:
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Laborda e De Zuani (2004, pp. 66 y 67), pela sua parte, estabelecem que:
As duas definições são muito semelhantes em sua essência, já que mostram que o ciclo
financeiro, em suma, é o movimento constante de ativos para convertê-los em outros
tipos de recursos com os quais a entidade pode continuar a operar.
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▪ Ativos amortizáveis:
Alguns dos bens intangíveis que podem ser amortizados de acordo com a legislação
brasileira são as concessões de espaços públicos, as patentes, os direitos autorais,
softwares, franquias contratadas, os direitos de exploração de pontos comerciais,
etc.
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Sabemos que, como regra geral, os ativos imobilizados da empresa devem gerar
amortização, mas, podemos dizer que todos os ativos da empresa são amortizáveis?
▪ Capital circulante:
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É por isso que o capital variável, por sua forma de movimento, pertence ao capital
circulante, uma vez que realiza uma rotação completa em cada ciclo do capital. Quanto
mais rotações realize o capital ao longo de um ano, maior será a massa de valor
excedente que o capitalista obterá. A velocidade de rotação do capital variável
influencia diretamente no aumento da massa do valor excedente e da quota anual do
valor excedente, que é determinada pela relação entre a massa anual do valor
excedente e o capital variável. A velocidade de rotação do capital variável reflete-se
diretamente na magnitude do capital antecipado. Quanto maior seja o número de
rotações, menos capital circulante precisa o capitalista, permanecendo iguais as outras
condições.
O PMM é o período de tempo que decorre desde que a empresa investe uma unidade
monetária para obter matérias-primas, força de trabalho e outras despesas gerais de
fabricação para o processo de produção até que seja recuperado como resultado do
processo de vendas e da cobrança do produto. É o tempo que demora a empresa em
recuperar o dinheiro que investiu para lidar com as necessidades cíclicas do seu
processo de produção.
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a) Prazo médio de estocagem: esse é o tempo que decorre desde que uma unidade
monetária é investida na compra de matérias-primas até que são incorporadas no
processo de produção.
c) Prazo médio das vendas: o tempo decorrido desde a obtenção do produto acabado
até ser vendido.
d) Período médio de cobrança: o tempo decorrido desde a venda do produto até que o
cliente seja cobrado.
O prazo médio de maturação econômica parte do cálculo dos quatro processos em que
se decompõe:
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Rotação na =
PMa = 360 / na
Para obter o PMf primeiro calcula-se a rotação dos produtos fabricados no exercício. As
vezes que se renova o processo de fabrico será o quociente entre os consumos anuais e
o estoque médio de produtos em andamento:
Rotação nf =
Considerando o ano comercial de 360 dias, o número de dias que são utilizados de média
na fabricação será calculado dividindo o número de dias do ano entre as rotações:
PMf = 360/ nf
Para obter o PMv primeiro calcula-se a rotação dos estoques de produtos acabados, isto
é, quantas vezes por ano renova-se o armazém de produtos acabados. Será o quociente
entre as vendas anuais (avaliadas a preço de custo) dividido entre o estoque médio de
produtos acabados:
Rotação nv =
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Uma vez calculadas as rotações de produtos acabados que se realizam durante um ano,
os dias que de média permanecem os produtos acabados à espera de serem vendidos,
serão obtidos dividindo os dias do ano entre as rotações:
PMv=360/ nv
A fim de obter o prazo médio de cobrança, calculamos primeiro as vezes que se renova
a carteira de direitos de cobrança sobre os clientes no exercício:
Rotação nc =
O número de dias que, em média, leva a empresa para cobrar os créditos com os clientes
serão calculados dividindo o número de dias do ano entre as rotações:
PMc = 360/ nc
Temos calculado os dias que, em média, decorrem desde que as mercadorias entram no
armazém até a cobrança pela sua venda. No entanto, o ciclo dinheiro-mercadorias-
dinheiro não está completo. E é que a nossa empresa, por sua vez, pode atrasar o
pagamento das suas compras para os fornecedores, o que iria diminuir o período de dias
entre a cobrança e o pagamento. Se considerarmos o prazo médio de pagamento,
teremos o prazo de maturidade financeira.
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médio de pagamento calculamos primeiro as vezes que são renovadas as dívidas com
os fornecedores durante o ano:
Rotação np =
O número de dias que, em média, são necessários para pagar as dívidas com os
fornecedores serão calculados dividindo o número de dias do ano entre as rotações:
PMp: 360/np
Em uma empresa comercial os processos são mais simples. A razão é que os bens são
comprados e vendidos sem transformá-los. Portanto, não há prazo de produção.
Também não há nenhum prazo de vendas, pois não existem dois armazéns (de matérias-
primas e de produtos acabados, apenas há um: o das mercadorias). Portanto:
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Fundos Próprios
Imobilizado intangível
- Contribuições de capital
- Autofinanciamento
PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
Imobilizado material Ajustes por mudanças de
Financiamento valor
Ativo
Básico
não circulante
Subsídios, doações e
legados
Investimentos
mobiliários recebidos
Investimentos
financeiros a
Caixa
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Estes dados indicam que o armazém de matérias-primas foi renovado durante o ano
quase 14 vezes, ou seja, a cada 26,60 dias.
Estes dois dados indicam que o armazém de produtos em andamento foi renovado
durante o ano mais de 8 vezes, quase todos os meses e meio (45 dias).
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Com isto tudo, podemos concluir que o PMM desta empresa seria, seguindo a forma de
cálculo:
Nesse sentido, cada empresa enfatizará a importância de cada subprazo no seu processo
de produção, pois não é o mesmo um estaleiro dedicado à fabricação de barcos que
uma empresa de vendas de seguros. Da mesma forma, esses cinco subprazos podem ser
logicamente subdivididos em outros, dependendo da importância do subprazo que cada
empresa considere adequada e da sua influência. Devemos lembrar que tudo está
relacionado entre si, motivo pelo qual um período não pode ser nunca desprezado.
Para reduzir o prazo médio de maturação, a empresa pode ter uma série de meios ou
“aceleradores” que, agindo no ciclo do exercício, podem reduzir o seu prazo.
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▪ Imobilizado:
Nesta seção estão incluídos todos os bens ou inputs adquiridos pela empresa, seja para
vender diretamente ou para se submeter a um processo de transformação, assim como
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São considerados nesta seção todos os valores que já são eficazes ou os que podem ser
rapidamente transformados em disponíveis. Os ativos realizáveis a curto prazo incluem
os empregos não ligados ao processo produtivo, tais como o investimento em
excedentes de tesouraria em depósitos, empréstimos concedidos, assim como os
empregos ligados ao processo de produção, empréstimos a clientes, adiantamentos de
pagamento aos trabalhadores, etc
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permita obter uma rentabilidade máxima. É evidente que a empresa deve conseguir que
a rentabilidade dos seus investimentos seja mais elevada do que o custo das suas fontes
de financiamento.
Cada empresa deve estimar ela mesma quais são as fontes de financiamento que
precisa, quais as caraterísticas que devem ter, principalmente o custo e o prazo, e como
pode aceder a elas. Por exemplo, uma empresa pode considerar, a fim de abrir uma
nova linha de produção, que tipo de financiamento pode ser melhor: um aumento de
capital, ou um financiamento externo através de empréstimos de bancos, ou por
emissão de dívida a partir da própria empresa (obrigações).
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