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5.ª Aula
Fins do sistema fiscal » art. 103.º, n.º 1, da CPR; art. 5.º e art. 7.º da LGT.
Meios do sistema fiscal » art. 103.º, n.º 2 (princípio da reserva de lei em matéria
tributária), da CPR; art. 104.º (definição da estrutura básica do sistema fiscal)3 da CRP.
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Jónatas E. M. MACHADO e Paulo Nogueira da COSTA, Curso de Direito Tributário, 2.ª ed., Coimbra:
Coimbra Editora, 2012.
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Jónatas E. M. MACHADO e Paulo Nogueira da COSTA, Curso de Direito Tributário, 2.ª ed., Coimbra:
Coimbra Editora, 2012.
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Jónatas E. M. MACHADO e Paulo Nogueira da COSTA, Manual de Direito Fiscal, 2.ª ed., Coimbra: Editora
Almedina, 2018. p. 58.
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Jónatas E. M. MACHADO e Paulo Nogueira da COSTA, Curso de Direito Tributário, 2.ª ed., Coimbra:
Coimbra Editora, 2012.
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Dentre os princípios, destacam-se (a nominação pode variar) os seguintes:
PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE
PRINCÍPIO DA IGUALDADE
PRINCÍPIO DA NECESSIDADE TRIBUTÁRIA
PRINCÍPIO DO RESPEITO PELOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE TRIBUTÁRIA
PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA E DA PROTEÇÃO DA CONFIANÇA
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO JURISDICIONAL EFETIVA
PRINCÍPIO DA JUSTIÇA DISTRIBUTIVA
Ou seja, os tributos devem ser pagos por toda a população (pessoas singulares e
coletivas).
No art. 12.º da CRP: “1. Todos os cidadãos gozam dos direitos e estão sujeitos
aos deveres consignados na Constituição.”
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Jónatas E. M. MACHADO e Paulo Nogueira da COSTA, Curso de Direito Tributário, 2.ª ed., Coimbra:
Coimbra Editora, 2012.
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Porque a própria constituição assim o prevê no n.º 2 do mencionado art. 12.º da
CRP: “2. As pessoas coletivas gozam dos direitos e estão sujeitas aos deveres
compatíveis com a sua natureza”.
Sim, conforme prevê o art. 15.º da CRP: “1. Os estrangeiros e os apátridas que
se encontrem ou residam em Portugal gozam dos direitos e estão sujeitos aos
deveres do cidadão português.”
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Jónatas E. M. MACHADO e Paulo Nogueira da COSTA, Manual de Direito Fiscal, 2.ª ed., Coimbra: Editora
Almedina, 2018. p. 59.
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Jónatas E. M. MACHADO e Paulo Nogueira da COSTA, Manual de Direito Fiscal, 2.ª ed., Coimbra: Editora
Almedina, 2018. p. 60.
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Coimbra Editora, 2012.
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Ou seja, com isso quer-se dizer que não pode haver discriminação.
Também está prevista no art. 266.º da CRP: “1. A Administração Pública visa a
prossecução do interesse público, no respeito pelos direitos e interesses
legalmente protegidos dos cidadãos. 2. Os órgãos e agentes administrativos
estão subordinados à Constituição e à lei e devem actuar, no exercício das suas
funções, com respeito pelos PRINCÍPIOS DA IGUALDADE, da
PROPORCIONALIDADE, da justiça, da imparcialidade e da boa-fé.
A CRP também o prevê em seu art. 103.º, n.º 1: “1. a satisfação das
necessidades financeiras do Estado e outras entidades públicas e uma
REPARTIÇÃO JUSTA DOS RENDIMENTOS E DA RIQUEZA”.
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Primeira » os impostos devem operar uma redistribuição da riqueza e
tal não seria possível num sistema em que todos, apesar das diferenças
de riqueza, pagassem o mesmo valor de imposto.
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Almedina, 2018. p. 62.
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E como se dá esta concretização (realização da igualdade)?
O n.º 1 do art. 104 da CRP estabelece que: “1. O imposto sobre o rendimento
PESSOAL visa a diminuição das desigualdades e será ÚNICO e
PROGRESSIVO, tendo em conta as necessidades e os rendimentos do
agregado familiar”.
ii) Unidade do IRS » todos os rendimentos devem ser somados para se chegar à
alíquota (a taxa) a pagar.
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Almedina, 2018. p. 62.
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Exemplo: Se eu ganho um salário da empresa que eu trabalho e faço
trabalho extra (como autónomo), a unidade significa que deverei somar
estes rendimentos para se chegar a taxa que deverá ser aplicada.
E o que devemos considerar como pessoas nas mesmas condições para efeitos
de impostos?
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Igualdade vertical » diferenciação de contribuintes colocados em diferentes escalões
de rendimento no espectro socioeconómico.
O sistema tributário tem como finalidade assegurar a satisfação dos encargos públicos
globalmente considerados, de onde resulta a necessidade e a obrigatoriedade dos tributos. Isso
reflete-se, especialmente, na incondicionalidade do imposto, que se distingue das taxas pelo
facto de não supor a existências de uma contraprestação específica.14
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Almedina, 2018. p. 62.
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Jónatas E. M. MACHADO e Paulo Nogueira da COSTA, Manual de Direito Fiscal, 2.ª ed., Coimbra: Editora
Almedina, 2018. p. 63.
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Coimbra Editora, 2012.
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Jónatas E. M. MACHADO e Paulo Nogueira da COSTA, Manual de Direito Fiscal, 2.ª ed., Coimbra: Editora
Almedina, 2018. p. 65.
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Tem como finalidade assegurar a satisfação dos encargos públicos globalmente
considerados, razão pela qual surge a necessidade e a obrigatoriedade dos
tributos.
Do ponto de vista constitucional, deve-se procurar o justo e ótimo equilíbrio entre a eficácia
fiscal, o crescimento económico e a proteção e promoção dos direitos dos cidadãos, quer
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como contribuintes, quer como destinatários da atividade estadual. Embora a ordem de
valores constitucional seja imediatamente evidente, por exemplo, quando, em nome da
dignidade da pessoa humana, se salvaguarda o mínimo de existência (art. 70.º do CIRS), a
verdade é que a subordinação do sistema fiscal aos valores, princípios e regras da
Constituição é uma condição essencial da sua legitimidade. É nesse contexto que se
compreende a garantia de um direito de resistência fiscal (art. 103.º, n.º 3, da CRP).16
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
Jónatas E. M. MACHADO e Paulo Nogueira da COSTA, Manual de Direito Fiscal, 2.ª ed.,
Coimbra: Editora Almedina, 2018. p. 59-68.
Jónatas E. M. MACHADO e Paulo Nogueira da COSTA, Curso de Direito Tributário, 2.ª ed.,
Coimbra: Coimbra Editora, 2012. p. 43-66.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
José Casalta Nabais, Direito Fiscal, 7.ª Edição. Coimbra: Editora Almedina. p. 29-90.
Américo Fernando Brás Carlos, Impostos – Teoria Geral, 3.ª Edição. Coimbra: Editora
Almedina. p. 25-64.
J.L. Saldanha Sanches, Manual de Direito Fiscal, 2ª Edição. Coimbra: Coimbra Editora. p. 9-
30.
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Jónatas E. M. MACHADO e Paulo Nogueira da COSTA, Manual de Direito Fiscal, 2.ª ed., Coimbra: Editora
Almedina, 2018. p. 68.
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