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Artigo 13.º
(Princípio da igualdade)
Artigo 5.º
(Fins da tributação)
• Em suma:
Artigo 104.º
(Impostos)
Artigo 4.º
• 4 - Princípio da Equivalência
• Em suma:
Artigo 165.º
Artigo 103.º
(Sistema fiscal)
Artigo 8.º
• 6 - Princípio da Tipicidade
“3. Ninguém pode ser obrigado a pagar impostos que não hajam
sido criados nos termos da Constituição, que tenham natureza
retroactiva ou cuja liquidação e cobrança se não façam nos termos
da lei.”
Princípios Gerais do Direito Tributário
“Foi na revisão constitucional de 1997 que o legislador constituinte tomou a opção de consagrar, no n.º
3 do artigo 103.º da Constituição, o princípio geral de proibição de cobrança, pelo Estado, de impostos
retroactivos. Explicitou-se, aqui, diz a doutrina, algo que já decorria do princípio da protecção de
confiança e da ideia de Estado de direito nos termos do artigo 2.º da CRP (Cfr. Gomes Canotilho e Vital
Moreira, Constituição da República Portuguesa Anotada, Vol. I, Coimbra Editora, Coimbra, 2007, p.
1092 e ss).
Decorre deste preceito constitucional que qualquer norma fiscal desfavorável (não se entrando aqui na
questão de saber se normas fiscais favoráveis podem, e em que medida, ser retroactivas) será
constitucionalmente censurada quando assuma natureza retroactiva, sendo a expressão
«retroactividade» usada, aqui, em sentido próprio ou autêntico: proíbe-se a aplicação de uma lei fiscal
nova, desvantajosa, a um facto tributário ocorrido no âmbito da vigência da lei fiscal revogada (a lei
antiga) e mais favorável.”
Cfr. Acórdão do Tribunal Constitucional n.º128/09, Relatora Relatora: Conselheira Maria Lúcia Amaral.
Princípios Gerais do Direito Tributário
Alberto, gerente da sociedade XPTO, Lda., é notificado pela Administração Tributária e Aduaneira para vir
pagar um imposto sobre rendimento da sociedade, o qual tinha sido criado pelo Regulamento Municipal
n.º13/2018 da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão.
Tal imposto, conforme se pode ler do artigo 1.º, “Visa a tributação do rendimento das sociedades sediadas no
município e que utilizem as infra-estruturas municipais, nomeadamente águas, terras, instalações industriais,
etc.”
Desgostado com tal notificação, a qual coloca em sérias dúvidas a subsistência da própria actividade
societária, vem ter consigo, um afamado jurista em matéria fiscal, para que o aconselhe quanto à factualidade
descrita.
Quid Iuris?
Princípios Gerais do Direito Tributário
A sua amiga Irene, solicitadora, vem ter consigo para saber se esta
concessão de isenções seriam licitas.
Quid Iuris?
Princípios Gerais do Direito Tributário
Bernardete é notificada pela Administração Tributária para vir pagar a quantia de 2.700,00€ a título de
Imposto de Selo por a esta ter sido doada um veículo automóvel cujo valor de mercado estava avaliado
em 25.000,00€.
“Prevendo a Verba 1.1 e 1.2 da TG do CIS que são sujeitos a imposto a aquisição da propriedade por
doação e a título gratuito de bens imóveis, é entendimento da ATA que os veículos automóveis devem
ser equiparados economicamente aos bens imóveis, pelo que devem ser igualmente tratados em termos
fiscais.
Por este motivo, fica notificado para vir pagar a quantia de 2.700,00€”
Triste com esta situação Bernardete vem ter consigo para saber o que poderá fazer face a esta “triste”
(nas palavras de Bernardete) ideia da Administração Tributária.
Quid Iuris?
Princípios Gerais do Direito Tributário
Quid Iuris?
Princípios Gerais do Direito Tributário
Clara, uma humilde pensionista que viveu toda a sua vida na França, é
notificada para vir pagar a quantia de 900,00€ a título de IRS pelos
rendimentos de pensão obtidos durante o ano de 2017 e é também
notificada pelos serviços franceses para vir pagar a quantia de 678,00€
a título de l'imp t sur le revenu (imposto sobre o rendimento francês)
pelos mesmos rendimentos de pensão obtidos durante o mesmo ano.
Quid Iuris?
ô
Princípios Gerais do Direito Tributário
Imagine que em 31 de dezembro de 2019 foi publicado em DRE uma lei que determinava
que seria tributado a título de adicional de imposto sobre o valor acrescentado (AIVA)
todos os cafés em que fosse fornecido pacotes de açúcar superior a 4g. Tal imposto tinha
como objectivo incentivar a redução do consumo de açúcar e seria aplicado, também, a
todos os cafés que foram facturados desde 1 de Janeiro de 2019.
Horácio Cristino, um humilde comerciante do sector da restauração, vem ter consigo para
saber o valor de imposto que teria de pagar, pois, segundo palavras dele, “está com
dúvidas sobre este ridículo imposto”.
Quid Iuris?
Princípios Gerais do Direito Tributário
Isabel, residente em Loulé, é notificada pela ATA da revisão oficiosa da matéria colectável no qual foi
apurado que Isabel deveria pagar a quantia de 700,00€ a título de imposto sobre velocípedes do
município de Loulé, o qual tinha sido aprovado por Regulamento Municipal de 12 de Janeiro de 2019.
Tal imposto advinha da publicação da Lei n.º120/2015, de 14 de Novembro, o qual tinha determinado
que os municípios poderiam aprovar a criação de um imposto em matéria de velocípedes, não tendo sido
determinado qual o facto sujeito a tributação nem quem deveria suportar o imposto, sendo diferido essa
matéria para os municípios.
Isabel vem ter consigo, um(a) afamado(a) solicitador(a) para saber se poderiam impugnar tal liquidação
pois considerada tremendamente injusto o pagamento de tal imposto.
Quid Iuris?