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FISCALIDADE

Fiscalidade
• A Fiscalidade, é uma disciplina, que estuda os princípios, as normas
jurídicas e as técnicas do lançamento e cobrança de impostos.
Origem
• O termo “Fiscalidade”, deriva da palavra “fiscal”, que significa “do
rendimento público”: esta encontra por sua vez as suas raizes no la9m
“fiscus”, que quer dizer “cesto de dinheiro”. A e9mologia da palavra
induz, grosso modo, a ideia de cesto de dinheiro público. Entendida
nessa perspec9va, afigura-se clara, uma relação directa da fiscalidade
com os recebimentos em dinheiro realizados pelos poderes públicos,
ou seja, as receitas públicas.
Direito financeiro
• Direito Financeiro: é o ramo do Direito, cons/tuído por um conjunto
de normas jurídicas, isto é, princípios e regras que regulam a
obtenção, a gestão, o dispêndio e o controlo dos meios financeiros
públicos.
• O Direito Financeiro trata de normas de arrecadação de receitas, ou
seja, aborda a relação do contribuinte e o Estado por via do imposto.
• Podemos ainda dizer que o Direito Financeiro, é o conjunto de
normas, que regulam a ac/vidade financeira do Estado.
Direito tributário
• Podemos ainda dizer que o Direito tributário é o ramo do Direito
cons2tuido por um conjunto de normas reguladoras da arrecadação
de taxas, impostos, multas e outras receitas tributarias do Estado e
demais entes publicos.
• é um conjunto de normas juridicas que regulam o processo de
lançamento e cobrança de impostos, ou seja, é um ramo do Direito
Financeiro, que contem normas que regulam a ac2vidade financeira
do Estado.
Relações entre o Direito Fiscal com outros Ramos
do Direito
• Direito Cons+tucional
• Direito Administra+vo
• Direito Processual Civil
• Direito Penal
• Direito Civil
• Direito Internacional
Impostos gerais e Impostos especiais
• Impostos gerais: estão previstos na lei de forma a aplicarem-se a uma
determinada categoria de situações análogas..
I.G visa tributar uma categoria homogénea de situações como é o caso do
IRT que tributa todo o @po de rendimentos auferidos pelas pessoas
singulares e o II em relação aos rendimentos das pessoas colec@vas.
• Os impostos especiais: não obstante dizerem respeito a factos ou situações
abrangidos nos impostos gerais, são objecto de uma disciplina jurídica
especial.
Impostos Especiais apenas vão tributar uma categoria específica de
situações, é o caso dos impostos especiais sobre o consumo que apenas
tributam um @po de consumo (ex: imposto sobre o tabaco e também é o
caso do imposto do Jogo que tributa os rendimentos ob@dos pelas pessoas
colec@vas que levam a cabo a ac@vidade de Jogo)
Direito Constitucional
• Direito cons*tucional é o ramo do direito publico dedicado a estudar
as normas cons*tucionais, interpretando as normas de organização
dos poderes e dos direitos fundamentais, e Resulta da formulação
das Cons*tuições dos Estados ou nações. Ex: CRA
Direito Administra.vo
• Direito administra,vo é um ramo autônomo do direito público
interno que se concentra no estudo da Administração Pública e da
a,vidade de seus integrantes.
• Tem como objeto os órgãos, en,dades, agentes e a,vidades públicos,
e a sua meta é a sistema,zação dos fins desejados pelo Estado, ou
seja, o interesse público, regrado pelo princípio da legalidade.
Direito Processual Civil
• Esse ramo serve para criar estratégias essenciais para a supressão de
divergências de natureza não penal e não tratada em legislação
específica.
• Com suas linhas primordiais fundamentadas no Direito
Cons>tucional, o Direito Processual Civil abriga as regras do processo,
por meio do qual é desenvolvida a resolução da lide, isto é, a
estrutura que orienta os procedimentos a serem adotados com o
propósito de se garan>r um direito.
Direito Penal
• O direito penal é o conjunto de princípios e leis designados a
combater a criminalidade, mediante a imposição de sanção penal.
• As normas fiscais, impõem também obrigações aos cidadãos, cujo o
cumprimento é obrigatório sob pena de se aplicar sanções aos
incumpridores .
Direito Civil
• Trata-se do conjunto de normas jurídicas que regem os vínculos
pessoais ou patrimoniais entre en6dades/pessoas privadas, sejam
elas singulares ou jurídicas, de caráter privado ou público.
• O seu obje6vo consiste em proteger e defender os interesses da
pessoa na ordem moral e patrimonial.
Direito Internacional
• Trata-se de uma especialidade criada com a finalidade de englobar
um conjunto de regras estabelecidas pela sociedade, por meio de
seus representantes, que ajuda no controle e na regulamentação das
relações externas, bem como na comunhão entre os países.
A ac%vidade financeira do Estado
• A ac#vidade financeira do Estado é o conceito nuclear do Direito
Financeiro e sua compreensão está in5mamente ligada ao papel
desempenhado pelo Estado na sa5sfação das necessidades
experimentadas pelo povo governado na sa5sfação das necessidades
públicas.
• Historicamente, o Estado tem sua origem vinculada à cria5vidade dos
homens dirigida à sa5sfação de suas próprias necessidades.
• Através de suas funções estatais como os três poderes:legisla5vo,
Execu5vo e judicial, exercidas pelos órgãos cental e agentes que é
cons5tucionalmente estabelecidos.
Fontes do Direito Fiscal
• A Cons&tuição vigente na República de Angola, consagra no seu ar&go
101º a norma principal da Fiscalidade Angolana cujo o teor é o
seguinte:
• - “O sistema fiscal visa sa&sfazer as necessidades financeiras do
Estado e outras en&dades públicas, assegurar a realização da poli&ca
económica e social do Estado e proceder a uma justa repar&ção dos
rendimentos e da riqueza nacional”
• O ar#go 102º, nº 1, diz ainda:
• Os impostos só podem ser criados por Lei, que determina a sua
incidência, taxa, os beneNcios fiscais e as garan&as dos contribuintes.”
Fontes do Direito Fiscal
• A pirâmide hierárquica das fontes e dos diversos órgãos é a seguinte:
Cons;tuição --------------------------------------- Poder Cons;tuinte
Leis ------------------------------------------------- Assembleia Nacional
Decretos (Leis) ---------------------------------- Governo/Função Legisla;va
Decretos Execu;vos ---------------------------- Membros do Governo
A ac%vidade financeira do Estado
• Classificação das Receitas Públicas quanto a periocidade
• Ordinária é aquela da ro:na do serviço público e, assim, já prevista na
lei orçamentária.
• Especial: é aquela que ocorre excepcionalmente, não prevista na lei
orçamentária, havendo, então, necessidade de autorização legisla:va
especial para aprová-la.
• Extraordinária: é aquela que surge inesperadamente, como a
ocorrência de calamidade pública ou uma epidemia.
A ac%vidade financeira do Estado
• Classificação das Receitas Públicas quanto à origem
• Originária: Aquela que decorre da exploração do patrimônio estatal
(regime jurídico de Direito Privado)

• Derivada: Aquela que decorre da tributação (Regime Jurídico de


Direito Público).
Tributo
• Tributo é “toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo
valor nela se possa exprimir, que não cons:tua sanção de ato ilícito,
ins:tuída em lei e cobrada mediante a:vidade administra:va
plenamente vinculada”.
• Nos termos da lei, existem três :pos de tributos: os impostos, as
taxas e as contribuições (art. 3o, no 4, do CGT).
Imposto
• O art. 3, no 5 do CGT determina que “são impostos os tributos com
natureza unilateral, em virtude da sua obrigação não cons?tuir a
contrapar?da de qualquer prestação individualizada do estado e
demais ente públicos”.
Classificação dos impostos

• Os Impostos classificam: directos e indirectos

• impostos directos: são aqueles que incidem sobre as manifestações


imediatas (directas) de capacidade contribu8va (rendimento e
património)
• impostos indirectos: a8ngem as manifestações mediatas (indirectas)
de capacidade contribu8va (como acontece com imposto sobre o
consumo)
Impostos Pessoais (Subjec2vos) vs Impostos Reais
(Objec2vos)
• Impostos Pessoais são os que tomam em consideração à
pessoal/familiar do contribuinte (nível de rendimento, composição do
agregado familiar, etc.), como se sucede com o IRT
• Impostos Reais são aqueles que não atendem à situação
pessoal/familiar do contribuinte (sujeito passivo) (Ex: II, Imposto sobre
o consumo).
Impostos Estaduais vs Impostos Não-Estaduais
• Impostos Estaduais são aqueles em que o beneficiário é o Estado.
• Imposto Não-Estadual é aquele em que o beneficiário da receito do
imposto é uma outra en7dade que não o estado, como é o caso dos
impostos municipais.
Impostos periódicos e Impostos de obrigação
única
• Impostos periódicos o pressuposto de tributação apresenta uma certa
caracterís2ca de estabilidade ou con2nuidade, ou seja, a obrigação de
imposto é rela2va a situações estáveis que, normalmente se
prolongam no tempo, com uma periodicidade regular. Ex: o exercício
de uma ac2vidade comercial, industrial ou agrícola.
• Impostos de obrigação única esse pressuposto apresenta-se isolado e
mesmo quando se pode repe2r é tomado isoladamente. Estes
caracterizam-se por não serem suscepBveis de uma ocorrência
tendencialmente regular e previsível, porque o facto que a determina
se traduz na prá2ca de um acto instantâneo. Ex: imposto transmissão
de bens por morte, imposto sobre o consumo.
Impostos de quota fixa e Impostos de quota
variável
• Impostos de quota fixa o imposto a pagar por cada contribuinte pode ser
fixado na lei através da indicação de uma importância fixa
...Nestes impostos o montante da colecta é sempre o mesmo
independentemente do sujeito passivo.
• Impostos de quota variável vai-se indicando uma taxa ou taxas expressas
em percentagem, que aplicadas à matéria colectável determinam o
imposto a pagar (Ex: IRT).
...Ou seja, são de quota variável os impostos em que o montante a pagar
varia em função da matéria colectável (normalmente, através da aplicação
de um valor percentual uma taxa especifica à matéria colectável) .
Nos impostos de quota variável a taxa pode ser proporcional, progressiva,
regressiva e degressiva.
Impostos proporcionais, progressivos regressivos e
Degressivo

• impostos Proporcionais
são aqueles em que o montante de imposto a pagar cresce na mesma
proporção que a matéria colectável”. São aqueles que têm uma taxa
fixa, única e constante, qualquer que seja o valor da matéria colectável.
Assim, o imposto aumenta proporcionalmente ao aumento da matéria
colectável.
• Impostos Progressivo
São aqueles que a taxa aumenta a medida que cresce a matéria
colectável, o imposto aumenta mais que proporcionalmente, face
aumento da matéria colectavel. Ex: Imposto sobre as sucessões e
doações; IRT.
• Impostos Regressivos
O Estado pode exigir uma fracção crescente da matéria colectável,
mas baixando a taxa do imposto à medida que esta aumenta, ou seja, a
taxa média decresce quando o rendimento aumenta. Neste contexto,
estamos perante um imposto regressivo.
• Impostos Degressivos: são os Impostos que tem uma Taxa normal e
constante aplicável à Matéria Coletável a parDr de certo valor e Taxas
menores para escalões inferiores da Matéria Coletável.
Quer dizer, são impostos com um leque decrescente de taxas; a taxa
aplicável vai-se reduzindo, à medida que a matéria colectável aumenta.
No exemplo da figura, taxas de 10%, 9%, 8%, 7% e 6%, para uma
matéria colectável de 100, 200, 300, 400 e 500, respecDvamente.
TAXAS
• Taxas, cons)tuem contraprestação pecuniarias, exigidas por en)dades
públicas em virtude da prestação individualizada, concreta e objec)va de
um serviço público, da u)lização de um bem público, etc.
• As taxas, são pagamentos em dinheiro, feito pelos cidadãos à en)dades
públicas, com um caracter defni)vo, estabelecidos por Lei, como
pagamento dos serviços prestados pelo Estado ou pela u)lização de bens
públicos (Ex. Estradas, pontes, etc.).
• Existem várias taxas: Taxas judiciais, taxas administra)vas (ex. Registos
notariado, taxas de circulação, etc), Taxas Portuárias e aeroportuárias,
portagens, Taxas de entrada nos museus, taxas de serviços comunitários,
propinas, etc.
Contribuições
• Contribuições podem ser:
Especiais e de melhorias

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