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Utopia e Realidade
Cap. I
Utopia Realismo
é uma forma de reflexã o Os realistas tendem a
subjacente à revolta contra o ter uma visã o
presente e o desejo de um antropoló gica
futuro melhor. pessimista sobre as
Descreve uma sociedade possibilidades de se
imaginá ria onde os indivíduos estabelecerem
vivem nas condiçõ es político- relaçõ es de cooperaçã o
sociais que o autor acha ideais; está veis entre as
O seu conteú do corresponde à unidades.
necessidade sentida pelo É uma teoria estrutural
Definição Homem de transformaçã o e sobre a dinâ mica
criaçã o de um mundo melhor, competitiva de
a nível individual, mas acima distribuiçã o de
de tudo coletivo. capacidade de
materiais de poder
dentro de um sistema
aná rquico.
É também uma teoria-
guia para a pá tica dos
decisores políticos e
diplomatas.
Assume uma conceçã o
ontoló gica material-
naturalista e associal
das relaçõ es
internacionais. Ao
invés de assumir as
estruturas materiais e
de poder como
fenó menos sociais e
historicamente
construídos, o
Realismo olha para os
fatores de poder
material como
fenó menos naturais
Política Internacional:
É o termo usado para identificar as interaçõ es entre Estados além-fronteiras.
Sã o interaçõ es dirigidas diretamente pelos
Governantes ou pelos seus representantes.
Política Externa:
É a política de um ator que tem um objetivo de proteger os seus interesses e
promover os seus valores vis-à-vis (face to face) com outros atores para alem das
suas fronteiras.
É o conjunto de relaçõ es oficiais externas conduzidas por um ator independente
(normalmente um Estado) nas RI. Tem o objetivo de influenciar no sentido de
atingir os objetivos e interesses desejados e definidos pelos decisores (designados
também por defesa do interesse nacional).
A teoria deve ser julgada por trazer ordem e significado a vá rios fenó menos sem se
desconectarem, devendo ser empíricos e ló gicos
O problema das teorias é a diferença entre 2 tipos de escola com
conceitos/pensamentos diferentes sobre a natureza do homem.
1º escola acredita:
6 princípios do Realismo
(Morgenthau)
1º princípio:
Acredita nas das leis da política e na possibilidade de desenvolver uma teoria racional.
Acredita na possibilidade de distinguir na política entre verdade e opiniã o (entre o que
é verdadeiro objetiva e racionalmente, dando destaque à razã o), e o que é apenas um
julgamento subjetivo.
A natureza humana (na qual as leis da política têm as suas raízes) nã o mudou desde que
as filosofias clá ssicas da China, Índia e Grécia se esforçaram por descobrir estas leis.
É o teste desta hipó tese racional contra os factos reais e as suas consequências que dá
um significado teó rico aos factos da política internacional.
2º Princípio
Morgenthau fala de uma das leis objetivas e dá uma explicaçã o para isso, o que significa, os
Estados tem como objetivo primordial a sua sobrevivência, preocupando-se com os seus
interesses nacionais (que é ganhar mais poder de influência no sistema) e desta maneira
sendo egoístas, pois apenas/ou focam-se mais nos seus interesses que nos dos outros
Estados.
A lei objetiva ajuda a prever o que os que os Estados irã o fazer, e analisa o que os
Estados já fizeram.
Temos que maximizar a maneira de agir em relaçã o aos outros, tornando a relaçã o
assimétrica a nosso favor independentemente de haver diferenças ou desigualdades.
Ou seja, os Estados tentam maximizar o seu poder obtendo vantagens.
*Quanto mais soberano mais capacidades têm de desenvolver os seus interesses, o que
torna a política autó nima. *
Uma teoria realista da política internacional, por conseguinte, protegerá contra duas
falá cias populares: a preocupaçã o com os motivos e a preocupaçã o com as preferências
3º Princípio
No entanto, as "imagens do mundo" criadas por estas ideias têm muitas vezes servido
como interruptores que determinam os caminhos sobre os quais o dinamismo dos
interesses manteve as acõ es em movimento*.
O tipo de interesse que determina a açã o política num determinado período da histó ria
depende do contexto político e cultural em que a política externa é formulada.
O Poder muda consoante o seu conteú do e a forma da sua utilizaçã o sã o determinados
pelo ambiente político e cultural. Podendo compreender qualquer coisa que estabeleça
e mantenha o controlo do homem sobre o homem.
O realismo político nã o assume que as condiçõ es contemporâ neas em que a política
externa opera, com a sua extrema instabilidade e a ameaça sempre presente da
violência em larga escala, nã o possam ser alteradas.
O equilíbrio de poder é de facto um elemento permanente para todas as sociedades
pluralistas.
Se os fatores que deram origem a estas condiçõ es puderem ser duplicados na cena
internacional, condiçõ es semelhantes de estabilidade e paz prevalecerã o aí, tal como
prevaleceram durante longos períodos de histó ria entre certas naçõ es.
O que é verdade sobre o cará cter geral das relaçõ es internacionais é também verdade
sobre o Estado-naçã o como o ponto de referência ú ltimo da política externa
contemporâ nea.
Os realistas acreditam de facto que o interesse é o padrã o permanente pelo qual a açã o
política deve ser julgada e dirigida, a ligaçã o contemporâ nea entre o interesse e o
Estado-naçã o é um produto da histó ria e, por conseguinte, está destinado a
desaparecer no decurso da histó ria. Nada na posiçã o realista milita contra o
pressuposto de que a atual divisã o do mundo político em estados-naçã o será
substituída por unidades maiores de cará cter bastante diferente, mais de acordo com
as potencialidades técnicas e as exigências morais do mundo contemporâ neo.
A companhia de partes realistas com outras escolas de pensamento antes da questã o
importantíssima de como o mundo contemporâ neo deve ser transformado. O realista
está persuadido de que esta transformaçã o só pode ser conseguida através do trabalho
manipulaçã o das forças perenes que moldaram o passado como moldarã o o futuro.
O realista nã o pode ser persuadido de que podemos provocar essa transformaçã o,
confrontando uma realidade política que tem as suas pró prias leis com um ideal
abstrato que se recusa a ter em conta essas leis.
4º Princípio
Significa que os realistas têm mais conhecimento sobre os princípios morais (justiça,
igualdade, paz, etc…)
Os realistas acham que nã o podem ser aplicados aos Estados porque os mesmo têm
como prioridade os seus interesses nacionais (a sua sobrevivência é a sua primeira
prioridade).
*Por isso é que os princípios morais sã o modificados e usados de acordo com os interesses
nacionais dos Estados. *
Defende que os princípios morais universais não podem ser aplicados às ações dos
Estados na sua formulação abstrata universal, mas que devem ser filtrados através
das circunstâncias concretas do tempo e do lugar.
A ética na açã o dos juízes abstratos pela sua conformidade com a lei moral;
A ética política julga a açã o pelos seus conselhos políticos.
5º princípio
Nã o há valores morais
O que se aplica a um país nã o se aplica a outro
Respira a diversidade ideoló gica e o pluralismo cultural
6º Princípio
Anarquia Internacional
Política Internacional
Sistema internacional:
Ordem Internacional:
É o resultado da estrutura (material e ideacional) de processos e agentes que
num determinado tempo e espaço constituem e definem as relaçõ es
internacionais
É uma “fotografia” que revela quais sã o os poderes, as ideias, os processos, as
normas e as prá ticas políticas que caracterizam um determinado período
histó rico das relaçõ es internacionais.
Anarquia Internacional
Lowes Dickson
Direito Internacional:
*É impossível que se pare com as guerras, irá sempre haver pois as mesmas sã o
inerentes à política do poder*
Carta das Nações Unidas:
Criada pó s WWI e mostrou-se incapaz de garantir a paz (aka WWII aconteceu
logo a seguir)
Tem como objetivos:
o A manutençã o da paz e da segurança internacional.
o Respeito pelo princípio da igualdade de direitos e da autodeterminaçã o dos
povos.
o Cooperaçã o internacional na resoluçã o de problemas de cará ter econó mico,
social, cultural ou humanitá rio (como a promoçã o dos Direitos Humanos e
das liberdades fundamentais).
Segurança:
*estar seguro refere-se a objetivos a alcançar para alem da pró pria sobrevivência *
Dilema de Segurança
Teoria de Jonh Herz
Muitas das vezes os Estados juntam-se aos mais poderosos para nã o serem
prejudicados.
Como nã o sabemos as intençõ es verdadeiras dos outros Estados, temos que
jogar pelo seguro e proteger os nossos interesses (reagindo a capacidades e
nã o a intençõ es).
A segurança nunca é absoluta, por isso cabe a cada um garantir a sua, criando o
dilema de segurança
O dilema de segurança:
É um sistema aná rquico de Estados onde os Estados nã o podem confiar nas
intuiçõ es dos outros.
Diz que quando os Estados aumentam as suas capacidades de poder militar
para se defenderem, estã o automaticamente a diminuir a sal segurança por via
do efeito (nã o intencional) de aumentarem a insegurança os outros Estados,
sendo que estes sã o levados a reagir, aumentando também o seu armamento.
Devido a este dilema, os Estados que aumentam as suas capacidades de
segurança despoletam uma espiral de desconfianças e rivalidade militar nos
outros Estados.
Ao procurar inicialmente reforçar a sua segurança, o Estado dá origem a um
processo no qual ele acabará por sentir ainda mais insegura.
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Kissinger:
Fala do paradigma do Realismo
O realismo explora o conceito através das aná lises dos atores, das estruturas
dos sistemas e do modo de interaçã o entre relaçõ es internacionais
O realismo considera o Estado Naçã o o ator principal nas RI.
é um ator racional, o que significa tem princípios e objetivos e estabelece
uma hierarquia dos mesmos.
É um ator autó nomo.
Tem a habilidade de considera os objetivos coletivos ou os termos políticos
em interesses nacionais.
Legitimidade
é definida como a implicaçã o da existência do direito".
um Estado legítimo é considerado por outros Estados dentro do sistema como
um candidato a recursos, e que as queixas que este Estado tem com outros
Estados devem ser levadas a sério e resolvidas através do uso da diplomacia.
Legitimidade implica que os funcioná rios de um Estado estrangeiro
reconheçam a autoridade de um soberano dentro do Estado em busca da
Legitimidade é a base das relaçõ es produtivas entre Estados.
A legitimidade é importante para uma revoluçã o bem-sucedida, porque um
novo país deve ser visto por outros Estados legítimos como um verdadeiro
concorrente nas relaçõ es internacionais. O novo governo revolucioná rio tem de
ser considerado uma autoridade estabelecida, os pedidos e queixas têm de ser
levados a sério por outros Estados.
A capacidade das naçõ es para chegarem a acordo sobre o que constituía
legitimidade era um passo primordial, e a partir daí, era possível chegar a
acordo em direçã o a negociaçõ es, nas quais os pedidos e objetivos de cada
naçã o envolvida eram explicitamente delineados, compreendidos e acordados
pela outra respetiva.
Consenso:
O consenso pode ser definido como um acordo geral, unanimidade de opiniã o, o
juízo a que chegou a maioria dos interessados, solidariedade de grupo em
sentimento e crença (consenso").
O consenso de ideias e conceitos precisa de ser estabelecido antes que a
interaçã o entre Estados possa resultar em qualquer coisa concreta, como um
acordo sob a forma de um tratado.
O consenso também está relacionado com o conceito de legitimidade, tem de
haver acordo entre os Estados sobre quais sã o os elementos que consideram
um Estado legítimo e quais os componentes que devem ser satisfeitos para o
reconhecimento da autoridade estabelecida.
Quando os Estados discordam sobre o conceito fundamental do que é justo, as
relaçõ es internacionais tornam-se mais complexas. Quando um ou mais
Estados reivindicam a aplicabilidade universal da sua estrutura particular, as
pró prias estruturas tornam-se o problema.
A discordâ ncia sobre o sistema leva à incapacidade de definir até mesmo qual a
fonte de conflito. Assim, os funcioná rios estatais podem encontrar-se, discutir e
negociar, mas sem um consenso sobre o que é o conflito, estas reuniõ es sã o
inú teis. Nã o podem surgir relaçõ es concretas e progressivas entre Estados a
menos que ambos os Estados estejam de acordo sobre a legitimidade do
sistema e do conflito em questã o.
Ordem:
É definida como um arranjo regular ou harmonioso, o estado de paz, a liberdade de
comportamento confuso ou indisciplinado, e o respeito pela lei ou autoridade
adequada.