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A Administração Pública pratica várias atividades, trabalha o tempo todo, e dessas ativi-
dades pode surgir alguma ilegalidade. Assim, existe um controle feito pelo próprio órgão, mas
também o controle do Poder Legislativo ou do Poder Judiciário.
Exemplo: um servidor foi demitido de maneira ilegal. Não foram atendidos o contraditó-
rio e a ampla defesa. Pode ser que o próprio servidor questione de maneira administrativa,
recorrendo da decisão, e a Administração, percebendo o erro, pode anular a demissão e o
servidor ser reintegrado. Mas considere que a Administração não anule o ato. Assim, o servi-
dor pode entrar na Justiça e o juiz determinar a anulação daquele ato administrativo.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Controle Interno e Externo
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Outros exemplos: o Ministério da Fazenda vai controlar um ato praticado pela Receita
Federal; Ministério da Saúde/convênio realizado pelo SUS.
Art. 74, CF. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema
de controle interno com a finalidade de:
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos da União;
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orça-
mentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da
aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
Exemplo: um Ministério faz um convênio com uma ONG. Haverá transferência de recur-
sos públicos. Com isso, o Ministério fica responsável pelo controle.
b. Controle externo: é exercido por um Poder sobre os atos praticados por outro Poder.
10m
Exemplo: o Poder Judiciário anula um ato praticado pelo Poder Executivo, ou o chefe
do Executivo edita um decreto que exorbita do poder regulamentar; o controle exercido pelo
TCU sobre o Executivo ou Judiciário; a sustação, pelo Congresso Nacional, de atos normati-
vos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar (CF, art. 49, V) etc.
Controle finalístico: para a maior parte da doutrina, quando um Ministério controla a maior
parte de uma entidade, isso representa exemplo de controle interno.
Para a professora Maria Sylvia Zanella di Pietro, o controle por vinculação configura-se
como controle externo.
ANOTAÇÕES
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De toda forma, a única tutela admitida entre a Administração direta e indireta é o que se
chama de supervisão ministerial ou controle finalístico. Em caso de possível ilegalidade,
o ministério supervisor pode controlar.
15m
• Para Celso Antônio Bandeira de Mello é um controle interno exterior.
• O controle por subordinação é exemplo de controle interno.
• No controle por vinculação, não há subordinação administrativa.
Para a maioria das bancas, o controle por vinculação é um controle interno. Às vezes, o
CESPE considera como controle externo (Di Pietro) e, às vezes, interno.
DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2017) O controle interno é
exercido pela Administração Pública sobre seus próprios atos e sobre as atividades de
seus órgãos e das entidades descentralizadas a ela vinculadas.
20m
COMENTÁRIO
O controle pode ser de ofício ou a pedido. Atenção ao tempo da fiscalização.
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c. Controle popular
O cidadão pode propor uma ação popular com o objetivo de preservar a moralidade admi-
nistrativa.
Art. 5, LXXXIII, CF: qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular
ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade adminis-
trativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada
má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.
A Lei de Acesso à Informação também representa uma forma de controle popular (prin-
cípio da publicidade).
Art. 74, § 2º, CF: Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para,
na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.
25m Art. 31, § 3º, CF: As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposi-
ção de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimi-
dade, nos termos da lei.
DIRETO DO CONCURSO
5. (CESPE/MPC-PA/CONTROLE EXTERNO/2019) Acerca dos controles interno e externo
da administração pública, assinale a opção correta.
a. Cabe ao controle interno auxiliar o Poder Legislativo no julgamento das contas pres-
tadas anualmente pelo presidente da República.
b. No controle interno, ao verificar se a Administração tem respeitado disposições
imperativas no exercício de suas atribuições, dispensa-se a realização do controle
de mérito.
c. Os atos administrativos do Poder Executivo, do Legislativo e do Judiciário bem como
os atos de gestão de bens e valores públicos são objetos do controle externo.
d. O controle externo é efetivado por órgão pertencente à mesma estrutura do órgão ou
do poder responsável pela atividade controlada.
e. Hierarquicamente superior ao controle externo, o controle interno é único e atua sobre
toda a Administração Pública.
ANOTAÇÕES
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COMENTÁRIO
Controle de mérito gera a revogação do ato praticado. Autotutela representa a anulação ou
a revogação do ato. Não existe hierarquia entre o controle interno e externo.
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DIRETO DO CONCURSO
7. (CESPE/TCE-MG/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2018) Conforme a classifi-
cação das formas de controle administrativo, ao realizar auditoria de despesas efetu-
adas pelo Poder Executivo durante a execução do orçamento, o Tribunal de Contas
exerce controle
a. Externo e posterior.
b. Interno e prévio.
c. Interno e concomitante.
d. Interno e posterior.
e. Externo e concomitante.
GABARITO
1. C
2. C
3. E
4. C
5. c
6. E
7. e
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Rodrigo Cardoso.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
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