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CONTROLE ADMINISTRATIVO PELO PODER LEGISLATIVO E EXECUTIVO

DIREITO ADMINISTRATIVO II
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 3
DESENVOLVIMENTO 3
Controle da Administração Públíca pelo Poder Legislativo 3
Controle da administração Pública pelo Poder Executivo 4

CONCLUSÃO 7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 8
INTRODUÇÃO

Controle é o ato, efeito ou poder de controlar, dominar e governar. Ainda é


possivel conceitua-lo como a fiscalização exercida sobre as atividades de pessoas,
órgãos, departamentos, ou sobre produtos para que estas atividades, ou produtos,
não se desviem das normas preestabelelcidas .
O controle administrativo tem como objetivo assegurar a atuação da
Administração Pública de acordo aos princípios que lhe são atribuidos, dentre eles,
proporcionar à publicidade, legalidade, moralidade, finalidade pública,
impessoalidade e motivação. Já o controle Legislativo se manifesta através de atos
politicos e econômicos.
A Administração Pública, no exercício de suas funções sujeita-se ao controle
feito por parte dos Poderes Legislativo e Judiciário, além de exercer, ela mesma, o
controle de seus próprios atos.
O presente trabalho tem como intuito apresentar as caracteristicas e
conceitos no que confere ao controle exercido pelos Poderes Legislativo e Executivo
sobre a Administração Pública.

DESENVOLVIMENTO

Controle da Administração Públíca pelo Poder Legislativo

O controle exercido pelo Poder Legislativo deve limitar-se as hipóteses


apresentadas pela Constituição Federal, já que é exercido de tal modo a interferir
nas atribuições de outro Poder. Este controle atinge as entidades da Administração
Indireta e pode ser divido em dois tipos, o controle exercido no âmbito financeiro e o
exercido na esfera política.
O controle político aborda aspectos da legalidade e do mérito, apresenta-se
por meio de natureza política buscando sempre o interesse da população. Se
manifesta por meio de decreto-legislativo ou por meio de resolução de competência
do Congresso Nacional e Senado, que institui convocações de Ministros de Estado
ou titulares de órgãos subordinados à Presidência da República. É feito através de
encaminhamento de pedidos pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado
sendo dirigidos aos Ministros (as) para a apuração de irregularidades por meio das
CPI’s (Comissões Parlamentares de Inquérito).
O Poder Legislativo possui competência para processar e julgar o Presidente
e o Vice-Presidente da República, os Ministros de Estados e Comandantes da
Marinha, Exército e Aeronáutica. Também podem processar e julgar, Ministros do
Superior Tribunal Federal, membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho
Nacional do Ministério Púbico, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral
da União.
Há ainda a possibilidade do Congresso Nacional de sustar atos normativos do
Poder Executivo, permitindo ao Poder Legislativo por meio de provocação, controlar
a legalidade desses atos sem que dependa de prévia maifestação do Poder
Judiciário.
No que se refere ao controle financeiro, este se trata da fiscalização feita pelo
Poder Legislativo sobre aspectos financeiros, orçamentarios, operacionais,
patrimoniais e contábeis, assim como exposto nos artigos 70 a 75 da Constituição
Federal.
Tem como função a fiscalização financeira quando, fiscaliza os recursos
repassados pela União aos Estados, Municípios e Distrito Federal. Possibilita
consulta às despesas feitas anualmente pelo Presidente da República e oferece
informação referente a estas. Ainda há possibilidade de que seja feito julgamento,
e por meio deste, avalia as contas de administradores ou responsáveis pela
manutenção das contas públicas, e tem poder de sancionar eventuais
irregularidades previstas em lei.
Em casos de correção, quando observado ilegalidade nos atos, estabele
prazo para que seja feita as devidas providências para o cumprimento da lei e
recebe denúncias sobre irregularidades ou ilegalidades.
A atividade fiscalizatória é feita com o intuito de verificar as receitas e
despesas, a forma de execução do orçamento, seus resultados e quais acréscimos
ou diminuições patrimôniais precisam ser feitas.
Em relação aos aspectos a serem controlados, é de responsabilidade do
Poder Legislativo o controle de legalidade dos atos praticados, o controle de
legitimidade, o controle de economicidade, o controle de fidelidade funcional e o
controle de resultados de cumprimento de programas de trabalho e de metas.

Controle da administração Pública pelo Poder Executivo


O controle exercido pelo Poder Executivo sobre a Administração Pública pelo
Poder Executivo é feito por meio do controle interno. Entende-se por controle
interno todo o trabalho adotado por profissionais e organismos que exercem suas
atividades de forma a organizar atribuindo métodos e medidas dentro do interior de
uma entidade.
São ações já pré-estabelecidas pela própria Administração Pública, por meio
das quais olha para dentro de si de forma a incluir normas internas que definam
procedimentos, registros, tarefas e rotinas. É por meio destas ações estabelecidas
que o poder de autotutela permite que a Administração Pública reveja seus atos
praticados no que se refere a sua legalidade, inoportunidade e inconveniência.
O poder de autotutela se fundamenta nos principios estabelecidos na Carta
Magna que se referam a legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência. Quando, por meio de autoridade competente, constata-se ilegalidade dos
atos práticados de subordinados ou de si mesma, o controle pode ser estabelelcido
pex officio e pode ser feito por meio de recursos administrativos provocados pelos
administradores da instituição.
Os recursos administrativos são meios pelos quais os administradores podem
provocar a administração para que seja feita nova avaliação quanto aos atos
praticados pela Administração Pública, estes recursos podem ter efeito suspensivo
ou devolutivo.
O efeito suspensivo de um recurso suspende o efeito do ato práticado até o
momento da decisão do recurso. Quando já na lei se tem a previsão do efeito
suspensivo de determinado ato este não chega a produzir efeito, não causando,
portanto, nenhum tipo de lesão. Não havendo lesão, faltará o interesse para a
proporsitura da ação.
No entanto, quando a lei não prevê o recurso com efeito suspensivo, o ato
praticado não produz efeito, não causando lesão, e proporcionando a falta de
interesse de agir para a propositura da ação. Se assim o quiser, pode o interessado
propor ação judicial de modo a exaurir o prazor para propor a ação, sendo possivel
que se inicie a prescrição judicial surgindo o interesse de agir para ingressar em
juízo.
Hely Lopes Meirelles (2003) entende que, “o recurso administrativo com efeito
suspensivo produz de imediato duas consequências fundamentais: o impedimento
da fluência do prazo prescricional e a impossibilidade jurídica de utilização das vias
judiciárias para ataque ao ato pendente de decisão administrativa.”
Os recursos administrativos possuem fundamento constitucional no art. 5°
em seus incisos XXXIV e LV, o primeiro garante o direito de petição aos Poderes
Públicos em defesa de direitos contra a ilegalidade ou o abuso de poder. O segundo
trata sobre o contraditório e a ampla defesa aos litigantes.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de
taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra
ilegalidade ou abuso de poder;
[...]
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados
em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e
recursos a ela inerentes;
Dentro do direito de petição posto no art. 5, inciso XXXIV, há modalidades de
recursos administrativos que estabelece normas, procedimentos, competências e
outros requisitos necessários para o processo peticionário. Nesta modalidade estão,
a representação, a reclamação administrativa, o pedido de reconsideração, os
recursos hierárquivos próprios e impróprios e a revisão. Assim podemos defini-los:
● Representação: é feita de modo a denunciar as irreguraliedade perante a
própria Administração Pública ou ao MInistério Público e ao Tribunal de
Contas. Em casos de abuso de poder a representação estava disciplinada da
Lei n° 4.898/65, nesses casos a representação era dirigida a um autoridade
superior que possuia competência para aplicar a sanção a pessoa culpada.
Esta lei foi revogada pela n° 13.869/19 que nele define os crimes de abuso de
autoridade, o direito de representar deve sempre ser exercido perante a
autoriade a qual a pessoa esta subordina. Portanto, nos casos de abuso de
poder por parte do Poder Judiciário e do Ministério Público a competência
para julgar essa representação será a do Conselho Nacional do MInistério
Público e ao Coselho nacional da Magistratura.
● Reclamação Administrativa: è a forma pela qual o administrado, servidor
público ou não, compreende que há uma violação de um direito que lhe
causou lesão ou ameaça de lesão e que este ato precisa ser corrigido.
Segundo o art 6° do Decreto n° 20.910 a reclamação tem o prazo de 1 ano,
se já não tiver pré-estabelecido em lei.
● Pedido de reconsideração: onde a pessoa solicita que sej feita uma nova
ánalise do ato da autoridade que emitiu o pedido.
● Recurso hierárquico: é o pedido de nova analise direcionada a autoridade
superior a aquela que proferiu o ato, podendo ser próprio ou impróprio. No
recurso próprio, o recuso é direcionada a uma autoridade imediatamente
superior e não depende de previsão legal, pois decorre de hierárquia. Já no
recurso impróprio, é aquele dirigido a uma autoridade superior, mas de outro
orgão. Não decorre necessariamente de um ahierárquia, pois os órgãos não
estão integrados entre si, e por isso somente são cabivéis se previstos em
lei.
● Revisão: nos casos onde o servidor público é punido pela Administração e
solicita que seja feita um reexame da decisão proferida, pode ser requerida a
a qualquer tempo, por meio de terceiros, procurador ou pelo próprio
interessado.
Ainda há de se falar sobre a coisa julgada administrativa e a prescrição
administrativa.
A coisa julgada administrativa não possui o mesmo sentido dado no Direito
Judiciário, na esfera administrativa trata apenas de decisão que se tornou irretratável
pela própria Administração (DIPIETRO, 2022). Onde não havendo possibilidade do
atos administrativos serem revogados, faze-se então coisa julgada administrativa.
Já a prescrição administrativa trata sobre a perda de um prazo para que se
recorra de decisão administrativa, ou seja, a perda do prazo para que a própria
administração reveja seus atos. A título de exemplo, o prazo prescricional para a
pena de advertência é de 180 dias, de 2 anos para a suspensão e de 5 anos para a
de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo
em comissão.
No que se refere ao efeito devolutivo, este independe de norma legal e
retorna à autoridade competente para que seja feita a resolução d as questões
postas.

CONCLUSÃO

Ao longo do trabalho, pode-se obervar a importância que o controle dos


outros Poderes tem sobre a Administração Pública. Sendo o propósito da
Administração Pública o trabalho com função principal o interesse público e direitos
e interesses dos cidadãos, para que se construa e gerencia uma sociedade
bem-afortunada. É fundamental pensar que é necessário que se tenha de este
controle de forma interna e externa, com o intuito de haver uma regularização e
uma organização nos atos e ações praticadas por este ente.
Pode-se observar que não somente por parte do próprio Poder Executivo,
que, olha para dentro de si de forma a solucionar os problemas ali presentes e os
atos que em inconformidade com a Constituição Federal de 1988, a fim de
estabelecer soluções com o intuito de garantir o interesse público especialmente.
Mas, como também, a importância do Poder Legislativo ao olhar pelo lado de fora
para a Administração Pública, sempre com um olhar político, mostrando os anseios
da população através da sua evolução no tempo, como também, uma análise do
conteúdo econômico, a fim de, preservar as riquezas brasileiras evitando
irregularidades e a corrupção.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 35. ed. Rio de Janeiro: Forense,
2022.
BERWIG, Aldemir. Direito Administrativo. Ijuí: ed. Unijuí, 2019.
HORVATH, Miriam Vasconcelos Fiaux. Direito Administrativo. Barueri, São Paulo: Manole,
2011.
CAMPOS, Ana Cláudia. Direito administrativo facilitado. 2. ed. Rio de Janeiro: Método,
2021.
SPITZCOVSKY, Celso. Direito administrativo. 4. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021.

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