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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Controle da Gestão Pública


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CONTROLE DA GESTÃO PÚBLICA

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. Conforme o Instrumento “Para Avaliação da Gestão Pública” (Brasil, 2010), diversas ca-
racterísticas inerentes à natureza pública diferenciam as organizações da administração
pública das organizações da iniciativa privada. É incorreto apresentar como característica:
a. o controle social é requisito essência para a administração pública contemporânea
em regimes democráticos, o que resulta em garantia de transparência de suas ações
e atos e na institucionalização de canais de participação social, enquanto as orga-
nizações privadas estão fortemente orientadas para a preservação e proteção dos
interesses corporativos (dirigentes e acionistas).
b. a administração pública e as organizações privadas não podem fazer acepção de
pessoas, devem tratar a todos igualmente e com qualidade. O tratamento diferen-
ciado não é permitido por lei.
5m
c. a administração pública só pode fazer o que a lei permite, enquanto a iniciativa pri-
vada pode fazer tudo o que não estiver proibido por lei. A legalidade fixa os parâme-
tros de controle da administração e do administrador, para evitar desvios de conduta.
d. a administração pública tem o poder de regular e gerar obrigações e deveres para a
sociedade, assim as suas decisões e ações normalmente geram efeitos em larga escala
para a sociedade em áreas sensíveis. O Estado é a única organização que, de forma legí-
tima, detém este poder de constituir unilateralmente obrigações em relação a terceiros.
e. as organizações privadas buscam o lucro financeiro e formas de garantir a susten-
tabilidade do negócio. A administração pública busca gerar valor para a sociedade e
formas de garantir o desenvolvimento sustentável, sem perder de vista a obrigação
de utilizar os recursos de forma eficiente.

COMENTÁRIO
Pode-se trazer características da iniciativa privada para o setor público, mas há diferenças
entre elas.
ANOTAÇÕES

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b. acepção de pessoas: tratar as pessoas de forma diferente. As instituições privadas fa-


zem isso o tempo todo nos programas de fidelidade, por exemplo. Em regra, o setor público
não pode fazer isso, a menos que seja para uma igualdade material, com regras estabele-
cidas no ordenamento jurídico. Ex.: Estatuto do Idoso.
d. o Estado traz a regulação e fiscaliza o seu cumprimento.

2. Considerando-se os modelos teóricos de administração pública: patrimonialista, buro-


crático e gerencial, é correto afirmar que:
a. a Administração Pública burocrática acredita em uma racionalidade absoluta, pre-
gando o formalismo, rigidez e o rigor técnico.
b. a Administração Pública burocrática pensa na sociedade como um campo de conflito,
cooperação e incerteza, na qual os cidadãos defendem seus interesses e afirmam
suas posições ideológicas.
c. a Administração Pública burocrática prega a descentralização, com delegação de
poderes, atribuições e responsabilidades para os escalões inferiores.
d. a Administração Pública Gerencial é autorreferente e se concentra no processo, em
suas próprias necessidades e perspectivas, sem considerar a alta ineficiência envolvida.
e. a Administração Pública Gerencial assume que o modo mais seguro de evitar o nepo-
tismo e a corrupção é pelo controle rígido dos processos cm o controle de procedimentos.

COMENTÁRIO
a. O controle é para verificar se ele está fazendo o que a lei mandou. A racionalidade ab-
soluta é conseguir prever as consequências e antecipar as escolhas e colocar nas normas.
Isso é irreal, mas é um pressuposto do modelo burocrático.
b. na administração pública gerencial reconhece-se que existem disputas, cooperação,
concorrência e as coisas são imprevisíveis.
10m
c. quem faz a descentralização e aposta na delegação e coloca o poder de decidir no que
está atendendo o cidadão é a administração gerencial.
d. Administração pública burocrática.
e. Administração pública burocrática.
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3. De acordo com o modelo de administração pública burocrática, a corrupção pode ser


combatida sem a necessidade de controle rígido dos processos, mediante o uso de
indicadores de desempenho e controle de resultados.

COMENTÁRIO
Administração gerencial: o controle passa a ser focado no desempenho e resultados
alcançados.

O PULO DO GATO
Várias questões de prova vão exigir o conteúdo literal dos arts. 70 e 71.
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Controle na Constituição

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da


União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Con-
gresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Parágrafo único: Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada,
que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou
pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza
pecuniária.
A seguir, em seu artigo 71, a Constituição especifica o papel do controle externo:
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio
do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

ATENÇÃO
Aqui, define-se o titular do controle externo – o Congresso Nacional - e afirma-se o papel
do Tribunal de Contas da União (TCU)

O artigo 71 relaciona as competências próprias do TCU:


I – apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante
parecer prévio que deverá ser elaborado em 60 dias de seu recebimento;
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 Obs.: Quem julga é o Congresso Nacional.

II – julgar as contas dos administradores (...) responsáveis por dinheiros, bens e valores
públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas
pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra
irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
III – apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qual-
quer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem
como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias
posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;

O PULO DO GATO
Várias questões de prova vão cobrar as exceções do inciso III.

IV – realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de


Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legisla-
tivo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;
20m
V – fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a
União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;
VI – fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante con-
vênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a
Município;
VII – prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas
Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;

 Obs.: Não pode ser feita uma solicitação por um parlamentar.

VIII – aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de


contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa pro-
porcional ao dano causado ao erário;
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IX – assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao


exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
X – sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à
Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;
XI – representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
4. Sobre o controle da administração, o artigo 71 da Constituição Federal especifica as
competências dos Tribunais de Contas. Não é competência dos Tribunais de Contas:
a. representar o Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.
b. realizar inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentárias, ope-
racional e patrimonial.
c. assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao
exato cumprimento da lei, se verifica da ilegalidade.
d. apreciar, para fins de registro, as nomeações para cargos de provimento em comis-
são, na administração direta e indireta.
e. apreciar as contas prestadas anualmente pelos chefes do Poder Executivo.

COMENTÁRIO
d. traz a exceção do inciso III.

5. Os freios e contrapesos existentes entre os Poderes do Estado (Legislativo, Executivo


e Judiciário) são um exemplo de accountability:
25m
a. Societal.
b. Horizontal.
c. Vertical.
d. Hierárquica.
e. Governamental.

COMENTÁRIO
Todos os poderes estão no mesmo nível. Não há relação hierárquica entre eles.
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6. São propriedades esperadas do processo administrativo de controle, exceto:


a. Precisão.
b. Tempestividade.
c. Seletividade em função dos riscos.
d. Abordagem censitária.
e. Boa relação custo-benefício.

COMENTÁRIO
a. Precisão: respostas corretas para a melhor decisão.
b. Tempestividade: quando a informação chega tarde demais ela não serve para a tomada
de decisão.
c. Seletividade em função dos riscos: qual o impacto do evento negativo em relação aos
objetivos da organização. Onde o risco é muito pequeno, deixa-se no segundo plano. O
que tem risco maior fica em primeiro plano.
d. A abordagem deve ser por amostragem e não censitária.

7. Os avanços tecnológicos têm gerado ferramentas mais acessíveis que incentivam o


controle social e demandam novos aplicativos, no âmbito do governo eletrônico.

COMENTÁRIO
Controle social: controle feito com a participação de agentes da sociedade civil. As ferra-
mentas tecnológicas são fundamentais para esse controle.
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8. De acordo com Max Weber, em Economia e Sociedade, o grau de qualificação profis-


sional cresce continuamente na burocracia, até os níveis mais elevados da organiza-
ção. O topo da dominação é representado por um ou alguns elementos, que têm caráter
puramente burocrático.

COMENTÁRIO
A política tem que exercer controle sobre a burocracia. Quanto mais se sobre na estrutura
hierárquica, é quando se tem mais dominação e competência. Quando se chega ao topo,
há pessoas que são nomeadas de fora, eventualmente por governos. Essa nomeação não
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tem um caráter puramente burocrático, para que a instituição siga o modelo de governo
que foi eleito.

9. Os sistemas de controle interno e de controle externo da administração pública federal


se caracterizam por:
a. constituírem um mecanismo de retroalimentação de uso obrigatório pelos sistemas
de Planejamento e Orçamento.
b. no caso do controle interno, integrar o Poder Executivo; no caso do controle externo,
integrar o Poder Judiciário.
c. serem instâncias julgadoras das contas prestadas por gestores e demais responsá-
veis pelo uso de recursos públicos.
d. não poderem atuar ou se manifestar no caso de transferências voluntárias da União
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. e) serem autônomos entre si, não
havendo subordinação hierárquica entre um e outro.

COMENTÁRIO
a. Eles fornecem uma retroalimentação, mas nem sempre são utilizados pelo sistema de
planejamento e orçamento, porque o orçamento é uma escolha política.
c. Tribunais de Contas não é controle interno.
d. se o dinheiro é federal e é transferido a União, Estados, Distrito Federal e municípios, ele vai
ser fiscalizado pelo controle interno e externo federal. O que importa é a origem do dinheiro.

GABARITO
1. b
2. a
3. e
4. d
5. b
6. d
7. c
8. e
9. e

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Leonardo Albernaz.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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