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Auditoria e Controladoria
Coordenador da Disciplina
10ª Edição
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Realização
Autor
O termo Controle, no âmbito da administração pública, remete à ideia de limitar os poderes dos que
exercem o governo. Quanto ao sujeito que o exerce, o controle pode ser classificado em:
Estatal
Efetuado pelo Estado por meio de seus diversos órgãos com competência
prevista em lei; e
Social
Efetuado diretamente pelos cidadãos, nos termos da lei.
A origem e o conceito de Controle possuem várias versões, há quem afirme que a palavra tem origem
francesa, outros dizem ainda que a palavra surgiu de um erro etimológico, já outra versão atribui o
significado de controle ao termo fiscal em latim contra rolatus, que significa ação de verificar os escritos
ou as contas dos rolos.
VERSÃO TEXTUAL
Art. 75. O controle da execução orçamentária compreenderá:
A Constituição Federal reforça a obrigação de prestar contas estabelecida pelo artigo 93 do Decreto-
Lei 200/67, senão observe-se:
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou entidade pública que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a
União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
1
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que
utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos
quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Nota-se que ao contrário do sentido inicial, controle na administração pública não é exercido apenas
de forma subsequente, mas também de forma preventiva e concomitante.
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Auditoria e Controladoria
Aula 01: Controle Estatal
Entende-se probidade administrativa, como a conduta correta, honesta, legal do Agente Público, sem
prejuízo ao Erário ou desrespeito aos princípios da Administração. A Lei Federal 8.249/92 define agente
público como:
OBSERVAÇÃO
Nota-se por esta definição que poderão ser punidos por improbidade não só os servidores
públicos, como qualquer outra pessoa, implicando punição para os sujeitos ativos ou passivos do ato
de improbidade, beneficiados direta ou indiretamente com o ato ilícito. As penalidades envolvem
ressarcimento do dano, multa, perda do que foi obtido ilicitamente, perda da função pública,
suspensão dos direitos políticos e proibição de contratar com o poder público.
VERSÃO TEXTUAL
A legislação brasileira apresenta diversos dispositivos que estabelecem o controle de
recursos públicos com vistas a coibir a prática da improbidade, ou mesmo estimular a probidade
administrativa. Além da Constituição Federal, há a Lei Complementar nº. 101/2000, conhecida
como LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal e o Decreto-Lei nº. 200/67 que estabeleceu a
necessidade ampla dos agentes prestarem contas ao Estado.
Dentre as leis ordinárias, cabe mencionar a Lei Federal no. 4.320/64 que, do artigo 75 até o artigo 86,
menciona alguns tipos de controle a serem respeitados. Cruz (2012) afirma:
3
Podemos afirmar que a probidade administrativa acontece quando a conduta dos agentes é
suficiente para obedecer aos dispositivos previstos pelo artigo 37 da Constituição Federal, no
qual está o dever de cumprir os princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da
publicidade e da eficiência. Praticar a corrupção administrativa é uma forma de desvirtuar a
administração pública e, quase sempre, isso resulta em vantagens patrimoniais indevidas para
os agentes.
O artigo 1º traz a percepção indireta de que dinheiro, bem móvel, bem imóvel ou qualquer outra forma
de obter vantagem econômica, já tipifica a ocorrência da improbidade. O artigo 9º possui, além do caput,
12 incisos, dentre os quais, há aqueles em que o dano material ao patrimônio estatal está presente e
outros não, conforme se vê adiante:
Inciso I
i) receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer
outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão,
percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou
indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente
das atribuições do agente público;
Inciso II
ii) perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição,
permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços
pelas entidades referidas no art. 1° por preço superior ao valor de mercado;
Inciso III
iii) perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação,
permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente
estatal por preço inferior ao valor de mercado;
Inciso IV
iv) utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou
material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das
entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidores
públicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades;
Inciso V
v) receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para
tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico,
de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar
promessa de tal vantagem;
Inciso VI
vi) receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para
fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou
qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou
característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades
mencionadas no art. 1º desta lei;
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Inciso VII
vii) adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego
ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à
evolução do patrimônio ou à renda do agente público [...]
Inciso VIII
viii) incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou
valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art.
1° desta lei;
Inciso IX
ix) aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou
assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível
de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições
do agente público, durante a atividade;
Inciso X
x) perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de
verba pública de qualquer natureza;
Inciso XI
xi) receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente,
para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado;
Inciso XII
xii) usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do
acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei. (BRASIL,
1992, art. 9º)
Ressalte-se que o artigo 9 trata dos atos que se revertem em vantagens pessoais, mas conforme já
comentado, a improbidade tem pelo menos, mais duas outras formas de ocorrência. Disto, tratam os
artigos 10 e 11 da lei 8.249/92. O artigo 10 versa sobre o prejuízo ao erário público e o artigo 11, sobre o
desrespeito aos princípios da administração pública.
LEIA O ART. 10
Art. 10 Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário
qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial,
desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das
entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:
5
entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
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LEIA O ART. 11
Art. 11 Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os
princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os
deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e
notadamente:
Em suma, a probidade é uma postura de retidão frente a uma atribuição. Assim, todo e qualquer
agente público deve, no exercício de sua atividade, zelar pelos interesses coletivos, rejeitando qualquer
atitude que favoreça um interesse pessoal ou prejudique o interesse de toda uma sociedade.
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Auditoria e Controladoria
Aula 01: Controle Estatal
Legalidade
Quanto ao Princípio da Legalidade, este pode ser entendido a partir de
entendimento atribuído a Ricardo Cunha Chimenti et al. (2006, p. 194) que aborda as
limitações de conduta dos gestores sujeitos ao respeito desse dispositivo
constitucional:
Impessoalidade
O Princípio da Impessoalidade exige que o administrador público estatal oriente
seus atos e procedimentos por critérios objetivos, sem fazer distinções
fundamentadas em critérios pessoais ou preferências grupais. Toda atividade na
administração pública estatal deve ser praticada tendo por prioridade básica o
interesse público.
Moralidade
O Princípio da Moralidade é um dever para o administrador público estatal.
Consiste em não se limitar apenas em cumprir a lei no seu aspecto formal, devendo,
além disso, obedecer ao conjunto de valores inerentes aos seres humanos dentre os
quais estão: a justiça; equidade; e a eficiência.
Publicidade
O Princípio da Publicidade é um complemento para os demais, sendo ainda um
requisito da eficácia e da moralidade, pois, é por meio da divulgação oficial dos atos
da administração pública estatal, que se tornam conhecidos os atos da publicidade.
Entretanto, a forma de divulgar deve ser realizada de forma a propiciar acesso e
compreensão aos habitantes, pois a condição deles exercerem cidadania depende
inclusive da oportunidade de conhecer as atividades realizadas pelo Estado.
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Eficiência
A eficiência está ligada ao desempenho de fato implementado na gestão da
entidade, senão vejamos:
Eficiência está relacionada a custo, à forma pela qual os meios são geridos. É a
otimização dos recursos disponí¬veis, através da utilização de métodos, técnicas e
normas, visando ao menor esforço e ao menor custo à execução de tarefas (Reis e
Machado, 1998, p. 38).
Estes princípios constitucionais mantêm todos os atos do administrador público sob controle da lei.
Estes ensejam ainda, princípios aplicáveis à conduta do servidor, tais como, a honestidade, imparcialidade
e lealdade às instituições. O dever de agir com honestidade está ligado ao fato de aceitar e de descrever a
realidade como ela é. A imparcialidade consiste em tomar decisões isentas em relação aos gostos,
estímulos ou pressões de um ou outro segmento grupal ou até mesmo oriundo de um indivíduo. O dever
da lealdade às instituições consiste em atribuir aos interesses do órgão público estatal valor e supremacia
superior ao seu próprio interesse.
Dos princípios são geradas normas que norteiam o dia a dia das instituições. Estas normas formam
um conjunto denominado sistema de controles internos administrativos, cujos princípios são:
QUADRO 01
Quadro 1: Princípios do controle aplicáveis aos Recursos Humanos
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Peter e Machado (2014, Castro e Garcia (2008,
Princípio e autor p. 40-42) p. 65)
Descrição da tabela:
Princípio e autor: Pessoal Selecionado.
Peter e Machado (2003, p. 36): Seleção e treinamento de forma criteriosa e sistematizada, buscando melhor
rendimento e menores custos.
Castro e Garcia (2008, p. 65): O pessoal deve ser selecionado com critérios e, além disso, quem vai executar o
controle deve ter as referências conferidas e a conduta do seu passado investigadas.
QUADRO 02
Quadro 2: Outros Princípios do controle aplicáveis à Administração Pública
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Peter e Machado (2014, p. Castro e Garcia (2008, p.
Princípio e autor 40-42) 65)
Minimização da probabilidade de
falhas ou desvios quanto ao
atingimento de objetivos e metas.
Reconhece que o custo de um
controle não deve exceder aos
Relação custo/
benefícios que possa proporcionar.
benefício
Necessita de elementos e
mecanismos para identificação e
análise dos desvios em relação a
resultados ou procedimentos
previstos.
É imprescindível estabelecer o
controle dos fatos contábeis,
financeiros e operacionais, Preconiza que todas as fases do
Controle sobre objetivando que sejam efetuados ciclo de uma transação não
transações mediante atos legítimos, devem ser realizadas por único
relacionados com o objetivo do funcionário ou administrador.
órgão ou entidade e autorizados por
quem de direito.
Descrição da tabela:
Princípio e autor: Relação custo/ benefício.
Peter e Machado (2003, p. 36): Minimização da probabilidade de falhas ou desvios quanto ao atingimento de
objetivos e metas. Reconhece que o custo de um controle não deve exceder aos benefícios que possa
proporcionar. Necessita de elementos e mecanismos para identificação e análise dos desvios em relação a
resultados ou procedimentos previstos.
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instruções devem ser disciplinados e formalizados através de instrumentos eficazes, ou seja, nítidos objetivos
e emitidos por autoridade competente.
Castro e Garcia (2008, p. 65): Deve existir previsão de tarefas em manuais operacionais com as instruções
inerentes escritas em manual da organização de forma a evitar a ocorrência de erros e aumentar a eficiência.
QUADRO 03
Quadro 3: Aplicabilidade e adequação dos Princípios de Controle diante dos
Componentes da Classificação quanto ao Posicionamento entre Controlador e
Controlado
Controle
Princípio Controle Interno Externo Controle Social
Plenamente
Plenamente
aplicável, já que
Plenamente aplicável, apesar de
quem ocupa os
aplicável, vez que não contar com a
cargos ou exerce
Qualificação quem ocupa os estrutura inerente.
função como fiscal
adequada, cargos ou exerce Deve caminhar para
ou, agente do
treinamento e rodízio função como contar com estrutura
controle, auditor
de funcionários controller ou auditor própria e seguir esse
externo ou auditor
necessita aderir a princípio, com o
externo tem que
este princípio. auxílio do controle
seguir normas com
externo.
este fim.
Delegação de poderes
Plenamente Plenamente Plenamente
e determinação de
aplicável. aplicável. aplicável.
responsabilidades
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Visão e Panorama da Aplicabilidade
Controle
Princípio Controle Interno Externo Controle Social
Relativamente
aplicável por contar
com diversidade na
Instruções estrutura
Plenamente Plenamente
devidamente institucional e ampla
aplicável. aplicável.
formalizadas variedade
dimensional e, por
vezes, com estrutura
precária.
Relativamente
aplicável por contar
com diversidade na
Aderência às estrutura
Plenamente Plenamente
diretrizes e normas institucional e ampla
aplicável. aplicável.
legais variedade
dimensional e por
vezes com estrutura
precária.
Utilização de
Plenamente
processamento
aplicável.
eletrônico
Descrição da tabela:
Visão e Panorama da Aplicabilidade
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Controle Interno: Plenamente aplicável.
Controle Externo: Plenamente aplicável.
Controle Social: Plenamente aplicável.
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Auditoria e Controladoria
Aula 01: Controle Estatal
VERSÃO TEXTUAL
Art. 13 O controle das atividades da Administração Federal deverá exercer-se em todos os
níveis e em todos os órgãos, compreendendo, particularmente:
o controle, pela chefia competente, da execução dos programas e da observância das normas
que gover¬nam a atividade específica do órgão controlado;
o controle, pelos órgãos próprios de cada sistema, da observância das normas gerais que
regulam o exercí¬cio das atividades auxiliares;
o controle da aplicação dos dinheiros públicos e da guarda dos bens da União pelos órgãos
próprios do sistema de contabilidade e auditoria.
Com a Constituição Federal de 1988, o assunto foi tratado principalmente nos artigos 70 e 74
estabelecendo o sistema de controle. Há o controle externo exercido pelo sistema de Tribunal de Contas
como órgãos auxiliares do Poder Legislativo, conforme se vê adiante:
Art. 31
15
§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o
Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois
terços dos membros da Câmara Municipal.
Art.
74
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como
dos direitos e haveres da União;
O controle exercido pela própria administração no sentido de corrigir seus atos e fatos por iniciativa
de instâncias de monitoramento e avaliação do desempenho. Envolve o autocontrole, a supervisão e o
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acompanhamento que indicam para a retroalimentação e melhoria contínua das práticas de gestão. No
Brasil, o controle interno se apresenta estruturado da seguinte forma:
Administração direta
a) Normatização e Supervisão: Controladoria Geral da União e suas unidades
regionais.
Administração indireta
a) Unidades de Auditoria Interna (Decreto 3.591/2000 e 4.304/2002).
a) voltado para colaborar com o controle externo e zelar pela legalidade e regular emprego dos
recursos públicos; e
O controle interno pode dedicar-se a aspectos formais e focar a legalidade protegendo os gestores
diante de exigências do Poder Legislativo e dos Tribunais de Contas, como órgãos legitimados no
exercício do controle externo. Por outro lado, é possível voltar-se para aspectos substanciais e aplicar
controle de custos unitários associados com qualidade nos bens e serviços propiciados aos usuários dos
serviços públicos. Geralmente, o foco nos dois aspectos é de curta permanência e estabilidade, já que
recebe impactos que nem sempre são convergentes fazendo com que haja uma preponderância
estabelecida para um dos enfoques.
No Brasil, desde a vigência do Decreto-Lei nº. 200/67 prevaleceu o tipo centralizado em que o
Ministério da Fazenda e o Ministério do Planejamento exercem o comando do controle interno, da gestão
orçamentária e da contabilidade consolidada da União.
FÓRUM
Assista ao vídeo STJ Entrevista – Improbidade Administrativa [1] e participe do fórum
comentando sobre fatos que denotam a improbidade administrativa.
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ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
1. Pesquise e dê exemplos práticos ocorridos em seu município de aplicação dos princípios
constitucionais, conforme segue:
a. Legalidade
b. Impessoalidade
c. Moralidade
d. Publicidade
e. Eficiência
2. Comente o principio do Custo – benefício, aplicável às normas de controle interno
administrativo.
1 - https://www.youtube.com/watch?v=yg-phjthLWQ
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Auditoria e Controladoria
Aula 02: Controle Social e Transparência no Brasil
O controle social obteve tratamento menos destacado no enfoque decisório sobre recursos públicos
estatais no Brasil. Seu lugar de atuação está limitado por pouca matéria constitucionalmente legislada e
pela dependência do que é percebido nos órgãos de controle externo e inserido nos seus regimentos
internos.
Quando o controle social da administração pública é tratado pela Constituição Federal de 1988, não
desfruta do necessário destaque e fica encoberto timidamente junto aos dispositivos inerentes ao
controle interno:
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Parágrafo único. O relator ou o Tribunal não conhecerá de denúncia que não
observe os requisitos e formalidades prescritos no caput, devendo o
respectivo processo ser arquivado após comunicação ao denunciante.
Outros meios para o exercício do controle social, como denúncia aos órgãos de controle interno ou
como reclamações na Ouvidoria devem ser considerados. Nos órgãos de controle interno, é possível
tomar a iniciativa de abrir canais para recepcionar denúncias simplificadas e tratar da identificação
complementar antes de investigar.
OBSERVAÇÃO
Quanto ao uso da Ouvidoria, o processo pode ter dupla serventia: controle social ou
retroalimentação (feedback), a partir do grau de satisfação detido pelos serviços prestados aos
próprios usuários. A Ouvidoria é aplicada pelo órgão executor, ficando o interlocutor, ou interlocutora,
limitado à razoabilidade e ao conceito de autoanálise e de autoprovidência detido pelo prestador de
serviços.
Pode-se considerar o controle social na administração pública estatal com vários mecanismos
potenciais para uma exploração direta e indireta pelos indivíduos ou pelos grupos interessados. O que se
discute é a eficácia, vez que os resultados obtidos parecem indicar afastamento significativo dos
objetivos sociopolíticos, éticos e morais desejáveis para legitimar o processo praticado no sistema como
um todo.
Recentemente, a lei federal 12.527/11, a Lei de Acesso à Informação, veio a ser um instrumento de
fortalecimento do Controle Social, senão vejamos:
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Auditoria e Controladoria
Aula 02: Controle Social e Transparência no Brasil
Os jornais de grande circulação estão previstos de forma subjetiva, na legislação, pois a lei não
regulamentou o que seria considerado “de grande circulação” e atualmente, isto corresponde a cerca de
200 milhões de habitantes.
VERSÃO TEXTUAL
Em 1998, foi editada a Lei nº. 9.755/98, que dispõe sobre a criação de uma página na
internet, com o título Contas Públicas, pelo Tribunal de Contas da União. Segundo Platt Neto et al.
(2007, p. 89), esta foi “[...] a primeira iniciativa no sentido de incorporar a obrigatoriedade da
divulgação de informações das contas públicas na internet”. Nessa página, todos os poderes da
União, Estados, Distrito Federal e Municípios, administrações diretas e indiretas, devem publicar
suas contas, conforme regulamentado pela Instrução Normativa nº. 28/99 e Portaria nº. 275/00.
No entanto, ainda não existe previsão de pena pelo descumprimento deste dispositivo.
A Controladoria Geral da União (CGU), Órgão Central do Sistema de Controle Interno do Poder
Executivo Federal, vem incentivando a participação popular com o desenvolvimento de cursos e cartilhas
de conscientização e educação fiscal, que visam à formação de uma sociedade vigilante e atuante quanto
à lisura dos gastos públicos.
PARADA OBRIGATÓRIA
Destaque-se que a CGU mantém um portal de transparência e que até arrisca conceituações
sobre o controle social. Nesse portal, também, não se consegue esconder a vocação em cuidar de
focalizar desempenho dos municípios ao invés de estimular intervenções direcionadas à estrutura do
Poder Executivo Federal.
Outro mecanismo que ajuda na transparência e contribui para incrementar o controle social são
as audiências públicas, que, tecnicamente, devem ser bem estruturadas e precisam ter um processo
participativo que seja levado a sério (aquelas que não servem apenas para dar publicidade ao
processo, pois esse processo já é público, porém visa buscar elementos técnicos e propiciar a
participação de terceiros interessados no processo).
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Em 2000, a LRF trouxe a obrigatoriedade de publicação dos
instrumentos de transparência da gestão fiscal inclusive em meios
eletrônicos de acesso público. O artigo 51, embora direcionado para o
atendimento da União, criou condições para a transparência parcial nas
contas públicas. (BRASIL, 2000)
Em 2011, a Lei de Acesso à Informação (12.527/11) também se propõe a ser um reforço para a
Transparência. Veja o que diz o item IV do artigo 3º sobre uma das diretrizes da mencionada Lei:
Pelo inciso I do artigo 5º da Lei nº. 10.028/00 constitui infração administrativa contra as leis de
finanças públicas, deixar de divulgar ou de enviar ao Poder Legislativo e ao Tribunal de Contas o relatório
de gestão fiscal (BRASIL, 2000). A punição prevista no §1º do mesmo artigo é de multa de 30% dos
vencimentos anuais do agente que lhe der causa, sendo que o pagamento da multa é de responsabilidade
pessoal do agente, não da instituição. (BRASIL, 2000)
As disposições da Lei nº. 9.755/98 e da LRF, geraram uma transformação que privilegia a governança
eletrônica, já que a tecnologia traz uma eficiente contribuição na facilidade e rapidez para a divulgação
das contas públicas, influenciando na aplicação da transparência (BRASIL, 1998, 2000).
FÓRUM
Assista ao vídeo Pauta especial – Controle Social: o que é? [1] e participe do fórum comentando
sobre o papel da tecnologia no Controle Social.
ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
1. Pesquise e identifique na Lei nº 12.527/11, aspectos que favorecem o Controle Social e a
Transparência.
1 - https://www.youtube.com/watch?v=5IRl33B8_jw
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Auditoria e Controladoria
Aula 03: Fiscalização e Gestão Governamental
VERSÃO TEXTUAL
Ao ler na Carta Magna, o disposto para o controle externo, observa-se a menção direta ao
exercício da fiscalização, notadamente para áreas específicas tais como orçamentária,
financeira, operacional e patrimonial.
A matéria orçamentária trata, sobretudo, de aspectos inerentes ao planejamento pela vinculação com
previsão de ações a realizar num tempo futuro e fica formalizado em Lei. Portanto, para fiscalizar o
orçamento estatal há prestar atenção no ditame do artigo 77 da Lei Federal n° 4.320, de 17 de março de
1964:
OLHANDO DE PERTO
Definir os pontos de controle e os respectivos procedimentos a seguir, no momento da
fiscalização orçamentária, depende, portanto, do conhecimento técnico e do domínio do fluxo contábil
envolvido. Além disso, a delimitação de períodos para a prestação de contas, a obediência diante de
normas constitucionais e a percepção de dimensão temporal dos mandatos populares, plano de
governo, plano diretor e pactos sociodemocráticos e promessas documentadas das coligações
partidárias existentes são meios necessários para compor um controle externo eficiente.
VERSÃO TEXTUAL
Observa-se, em paralelo, a permanência de estruturas de fiscalização meramente formais e
impeditivas da eficiência operacional por conta de controles financeiros desatualizados, carentes
de bom senso administrativo e causadores de desperdícios como, por exemplo, o monitoramento
inflexível da despesa orçamentária na administração direta pelo nível de elementos da despesa e
a concentração orgânica equivocada para determinar o volume de bens e dos serviços sujeitos
às licitações.
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Uma vez abordadas as áreas orçamentária e financeira, existe a ocasião para abordar a fiscalização
contábil. Nesta, o ponto principal é o registro contábil e a qualidade do seu conteúdo. Princípios universais
da doutrina contábil devem ser seguidos e permitem avaliar a atuação dos fiscalizados.
Há uma atuante mobilização técnica no Brasil e ligações com entidades internacionais renovadoras
de normas interpretativas da doutrina. Exigências qualitativas exigem relevância e confiabilidade capazes
de garantir a comparabilidade e a materialidade dos dados registrados. Neles, a fidelidade representativa
deve estar assegurada pela tempestividade e pela neutralidade no emprego da técnica com destaque para
o valor preditivo e para o valor de retorno. O Financial Accounting Standards Board (FASB) quando
estabeleceu características qualitativas para a informação contábil mencionou, dentre outros, esses
componentes.
A fiscalização operacional implica exercer o controle concomitante e romper com hábitos culturais
arraigados na administração pública brasileira. É importante registrar que as adaptações são necessárias
numa estrutura diferenciada para as três esferas de governo em que dimensões múltiplas e composições
típicas devem ser consideradas.
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Auditoria e Controladoria
Aula 03: Fiscalização e Gestão Governamental
VERSÃO TEXTUAL
A organização do controle externo exercido pelo Poder Legislativo sobre o Poder Executivo
vem desde a época da proclamação da república, atingindo inicialmente a União, e sua evolução
ocorre gradativamente no Brasil, atingindo os Estados-membros, o Distrito Federal e os
Municípios.
Na Constituição de 1937 são remetidos, pelo artigo 114, para a lei, os assuntos que regulamentem a
organização dos Tribunais de Contas. Respectiva lei foi a Lei Constitucional no. 9 de 1945. Pode-se notar
que os membros do Tribunal de Contas, ao invés de aprovados pelo Congresso, após nomeação do
Presidente da República, passaram a ter essa confirmação pelo Conselho Federal.
Na Constituição Federal de 1967, alterada pela Emenda Constitucional n° 1/1969, ocorreu a tentativa
de extinguir os Tribunais de Contas Municipais, exceto o de São Paulo, conforme consta no artigo 191, nas
disposições transitórias e para dar guarida ao constante no artigo 16 que já mencionava incumbência
fiscalizadora para o controle interno municipal.
A Constituição Federal de 1988 trata do assunto nos artigos 70 até o artigo 75, alterando
substantivamente o disposto nas Cartas Magnas antes aqui mencionadas. Destacam-se, neste caso, as
seguintes modificações:
b) aumento da extensão para as pessoas físicas e jurídicas que utilizem, arrecadem, guardem ou
administrem dinheiro, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em
nome dela, assuma obrigações de natureza pecuniária;
d) reforço das possibilidades de sustação dos atos nocivos à administração pública e viabilização
da imputação de débito e aplicação de multa.
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Além disso, podemos ainda destacar a especificação, ainda mais detalhada dos requisitos para os
que pretendam ser ministros do Tribunal de Contas:
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Auditoria e Controladoria
Aula 03: Fiscalização e Gestão Governamental
E outra que visa apenas atender a uma imposição legal, e, sem quadro de pessoal próprio, essa
opção recorre aos cargos de confiança, servindo apenas para atuar como auxiliar do controle
externo ou justificante/homologador de atos administrativos sob a ótica legalista.
O propósito dos sistemas de controle interno é garantir que os objetivos gerenciais estejam
sendo atingidos, sendo que o termo “controle interno” abrange os controles administrativos
(procedimentos que regem os processos decisórios); e os controles contábeis (procedimentos
que regem a confiabilidade dos registros financeiros). Portanto, a responsabilidade pelo
controle interno cabe ao chefe de cada órgão público. Um órgão do governo central pode,
porém, ser designado para desenvolver uma abordagem padrão de controle interno a ser usada
por todos os órgãos públicos. (INTOSAI, 2001, p. 70)
A Lei Federal n° 4.320/64 estabelece que o sistema de Contabilidade é parte integrante do controle
interno. É importante ler e entender o contido no artigo 80, confirmando que:
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Auditoria e Controladoria
Aula 03: Fiscalização e Gestão Governamental
VERSÃO TEXTUAL
A Constituição Federal determina que o processo de planejamento governamental se
constitua a partir da integração entre o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei
Orçamentária Anual. As prioridades do governo compreendidas no espaço temporal de um PPA
são definidas pela Orientação Estratégica do Governo.
• o plano plurianual,
• as diretrizes orçamentárias e,
• o orçamento anual.
Por seu caráter inovador as novas disposições constitucionais, em vários e importantes aspectos,
estão na dependência de adequada regulação. Ciente dessa necessidade, o próprio constituinte de 1988
estabeleceu, no artigo 165, §9º, que lei complementar disporá sobre esses assuntos, em particular, sobre
a elaboração e a organização dos instrumentos Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA), e sobre as normas de gestão financeira e patrimonial da
administração pública.
No que diz respeito ao conteúdo do PPA, a norma geral resume-se ao disposto no artigo 165, §1º, da
CF:
Art.
165
28
como estabelecer as partes da programação que eventualmente poderão ficar
fora da regionalização.
A ideia é que o PPA seja o mais abrangente, com duração de quatro anos, sendo, portanto, um
instrumento de planejamento de longo prazo. A LDO, por ser subordinada ao PPA, não pode conter
dispositivos que o contrariem. Em caso de conflito entre as duas leis, prevalece o disposto no PPA. A
função primordial da LDO é fixar os parâmetros gerais para orientação do orçamento do ano seguinte,
estabelecendo suas metas e prioridades. A Lei Orçamentária Anual (LOA), por ser subordinada ao PPA e à
LDO, não pode conter dispositivos que os contrariem. Quando isso ocorrer, o PPA e a LDO, nessa ordem,
prevalecem. A LOA tem vigência anual e a sua função primordial é estimar a receita pública e fixar a
despesa para o exercício financeiro. A LOA é subdividida em:
A) Orçamento fiscal
Inclui os três Poderes da União, inclusive administração indireta, fundos e
fundações mantidos pelo poder público;
Dessa descrição básica, depreende-se que a intenção do constituinte foi estabelecer um processo de
planejamento, no qual o PPA daria os grandes rumos das políticas públicas, fixando os investimentos
prioritários e os principais programas de cada ministério. O PPA estabeleceria, portanto, metas
qualitativas e quantitativas:
• Que estradas seriam construídas, quantos quilômetros seriam construídos por ano;
• Quais os programas de assistência social prioritários, qual o público alvo desses programas,
quantas famílias seriam atendidas em cada um dos quatro anos de vigência do PPA;
29
Nesse nível de planejamento, a fixação de valores financeiros deveria ser algo secundário, apenas
para que se tivesse uma ideia global da consistência fiscal do PPA que seria uma declaração de intenções,
a serem realizadas dentro da medida das disponibilidades fiscais.
Caberia à LDO desdobrar as metas do PPA ano após ano, moldando-as de acordo com a realidade
fiscal, estabelecendo as prioridades para o orçamento do exercício seguinte a partir das disponibilidades
financeiras do governo. A LDO, portanto, estabeleceria os limites do possível dentro da ampla declaração
de intenções contida no PPA.
A LOA, por sua vez, seria a execução prática daquelas prioridades. Mais uma vez tais prioridades
seriam submetidas à realidade fiscal, visto que o ritmo da execução dos projetos e atividades dependeria
da efetiva entrada de recursos fiscais nos cofres do Tesouro Nacional.
OLHANDO DE PERTO
A CF determina que o processo de planejamento governamental se constitua a partir da
integração entre PPA, LDO e LOA. Existem na prática, entretanto, inconsistências temporais no prazo
de tramitação legislativa de tais leis orçamentárias, bem como inclusão de grande número de
emendas parlamentares, as quais resultam em incongruências relacionadas ao atendimento de
prioridades nas leis orçamentárias anuais. Apesar desse descompasso, certamente não é uma boa
solução antecipar, em vários meses, a apresentação da proposta do PPA, com a consequente redução
do necessário prazo de elaboração.
A questão dos prazos de elaboração e aprovação do PPA será melhor equacionada, se tratada
conjuntamente com as definições sobre o prazo de vigência do plano. No atual modelo, o PPA cobre o
período de quatro anos, e quando esgotada a vigência deste, aguardam-se a elaboração e a aprovação do
novo plano para que um novo ciclo de ação planejada se inicie. A interrupção do processo configura séria
ameaça à continuidade e à integração que, em muitos programas, projetos e ações são necessárias.
A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), por sua vez, introduziu progressos importantes no processo
orçamentário:
Progresso 01
Reforçou o papel da LDO como instrumento de imposição de equilíbrio fiscal.
Isso se fez por meio da determinação de que a LDO deve dispor sobre o equilíbrio de
receitas e despesas (o que basicamente significa estabelecer na LDO qual é o
superávit primário a ser obtido no próximo ano);
Progresso 02
Determinou que contivesse o anexo de Metas Fiscais que trata sobre a
composição do resultado fiscal, sobre a situação atuarial da previdência social;
Progresso 03
Determinou que contivesse o anexo de Riscos Fiscais que trata dos passivos
contingentes que possam vir a se tornar efetiva despesa pública.
30
Outro ponto fundamental tratado na LRF refere-se à execução do orçamento. Ali fica estabelecido que
o Poder Executivo deve, a partir da aprovação da Lei Orçamentária Anual, estabelecer uma programação
financeira e um cronograma de execução mensal de desembolso. Se, a cada bimestre, a execução de
receitas e despesas se mostrar incompatível com o cumprimento das metas de resultado primário e
nominal fixadas no Anexo de Metas Fiscais da LDO, fica aberta a possibilidade de contingenciamento do
orçamento que, no jargão técnico, é chamado de “limitação de empenho e movimentação financeira”. No
artigo 9º, a LRF estabeleceu que se faria uma verificação bimestral da realização da receita e, caso
houvesse frustração da arrecadação a ponto de comprometer as metas fiscais, ficaria autorizado o
contingenciamento.
Uma vez aprovada a LOA, o Poder Executivo executa o orçamento por meio da edição de decretos de
programação financeira, nos quais estabelece o cronograma de liberação dos recursos e os limites de
despesa de cada órgão e unidade orçamentária.
VERSÃO TEXTUAL
Conclui-se que o sistema de controle, em que prevalece a análise das prestações de contas
fundadas no exercício financeiro anual, quando o modelo de plano orçamentário é plurianual, não
favorece uma efetiva fiscalização. Não bastasse isso, temos, ainda, uma Lei de orçamento,
apenas autorizativa, portanto, com ausência da imposição decisória.
OBSERVAÇÃO
Observa-se, em paralelo, a permanência de estruturas de fiscalização meramente formais e
impeditivas da eficiência operacional por conta de controles financeiros desatualizados, carentes de
bom senso administrativo e causadores de desperdícios como, por exemplo, o monitoramento
inflexível da despesa orçamentária na administração direta pelo nível de elementos da despesa e a
concentração orgânica equivocada para determinar o volume de bens e dos serviços sujeitos às
licitações.
FÓRUM
Assista ao vídeo AGU Explica – sistemas de Controle da Administração Pública [1] e participe do
fórum comentando sobre as competências do Controle Externo e Interno no Brasil.
ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
1. Faça uma síntese dos avanços trazidos pela LRF para o processo orçamentário no Brasil.
2. Qual o papel da Contabilidade na fiscalização orçamentária, financeira e patrimonial?
3. Pesquise pela internet a norma do Conselho Federal de Contabilidade contida na Resolução 1374/11
e comente os requisitos de qualidade da informação contábil, justificando tanto o porquê destas
exigências como também em relação ao contador.
31
Fontes das Imagens
1 - https://www.youtube.com/watch?v=14tzqeV7GqE
32
Auditoria e Controladoria
Aula 04: Auditoria Governamental
VERSÃO TEXTUAL
Sabe-se, a partir das pesquisas de Lopes Sá (1993, p. 19), que a auditoria originou-se na
Suméria e existem evidências seguras da época. Trata-se do ano 2600 a.C., fato que com alguma
diferença de localização da data é, indiretamente, confirmado por Domenico Masi no livro Ócio
Criativo (2001).
Nesta última fonte, podemos obter a informação de que foi nesta época que foi descoberto o eixo,
fabricaram-se as primeiras rodas e com o auxílio da astronomia obtiveram-se condições propícias para o
comércio de longa distância. Podemos perceber que o relacionamento com os desconhecidos e as
consequentes diferenças culturais tornaram o ambiente propício para o surgimento da auditoria.
Hanson (apud LOPES SÁ, 1993, p. 20), como professor da Universidade de Havard, conceitua a
auditoria:
Cada órgão de controle externo ou do controle interno apontará, de acordo com suas peculiaridades, a
direção dos trabalhos que executa, pelo que serão estabelecidos objetivos que o exame de auditoria pode
atingir. A descrição não é exaustiva, isso significa dizer que existem outros objetivos que podem ser
acrescentados. A escolha dos objetivos que devam ser adotados, nem sempre é optativa, já que o controle
externo, o controle interno ou o controle social são em parte impositivos e, dependendo da entidade, já
existe a lista, na lei, dos que devem ser prioritariamente atendidos.
34
De acordo com a evolução dos processos administrativos, do domínio e da abrangência de inovações
tecnológicas são criadas novas necessidades de controle. A percepção evolutiva reflete inclusive na
Contabilidade, e as técnicas auditoriais devem ser ajustadas para acompanhar a nova realidade.
35
Auditoria e Controladoria
Aula 04: Auditoria Governamental
Consoante a vertente do trabalho, as técnicas de auditoria podem ser agrupadas. Cruz (2012)
apresenta a seguinte tipologia:
• Auditores independentes,
• Auditores fiscais,
36
• Funcionários do controle governamental sobre instituições financeiras,
Fiscalizar as transações sob as óticas financeira e patrimonial, bem como os registros delas
decorrentes e certificar-se da adequação dos controles internos parece ser o principal resultado a
apresentar. Utiliza:
• Contagens físicas;
• Prova de exatidão de cálculos e somas;
• Confirmação de saldos junto a terceiros;
• Exame de livros e registros fiscais;
• Exame de livros e registros contábeis e
• Recomendações denunciadoras e corretivas.
Já a auditoria de impacto da gestão procura, como uma de suas características, manter o auditado
distante, na fase de elaboração, uma vez que utiliza os dados e as informações publicadas. Com certa
habitualidade o gestor a que se refere o período analisado já teve o seu mandato terminado, o que atenua
possibilidades de marketing do êxito e das virtudes evidenciados ou, por outro lado, pressões e
abafamento de divulgação dos erros e fraudes detectados.
VERSÃO TEXTUAL
a) agentes do controle interno setoriais,
b) agentes do controle externo nas vésperas de períodos eleitorais,
c) auditores independentes contratados por gestores estreantes em mandatos,
d) planejadores e encarregados de monitoramento na área financeira e na área tributária, dentre
outros.
PARADA OBRIGATÓRIA
Suas finalidades são: averiguar a produção e a produtividade e avaliar os resultados alcançados
cotejando-os com objetivos e metas fixados para um determinado período, devendo respeitar a
tipicidade própria da entidade auditada, inclusive emitindo juízo de valor acerca da necessidade de sua
continuidade diante da efetividade e dos benefícios gerados. Ressalte-se que as multidimensões da
vida humana associada e o interesse público devem ser respeitados, evitando-se equivocadas
decisões motivadas apenas pelas regras e lógicas da economia, típicas de atividades lucrativas.
A Auditoria de Impacto da Gestão por sua vez, tem o dever de identificar desvios relevantes e de
apontar atividades e/ou departamentos fora do padrão de desempenho esperado. Utiliza, para tanto:
37
• Procedimentos de verificação da adequação ao custo-padrão;
• Testes de efetividade;
• Indicadores de desempenho;
Na auditoria operacional é comum que o auditado tenha vista do relatório e sobre este emita pontos
de concordância e de divergência. Além disso, nos limites adequados, e de conformidade com técnicas
apropriadas, podem ocorrer consultas ao auditado durante as análises.
OBSERVAÇÃO
Suas finalidades são: averiguar a produção e a produtividade e avaliar os resultados alcançados
cotejando-os com objetivos e metas fixados para um determinado período, devendo respeitar a
tipicidade própria da entidade auditada, inclusive emitindo juízo de valor acerca da necessidade de sua
continuidade diante da efetividade e dos benefícios gerados.
Tem por obrigações certificar a efetividade e oportunidade dos controles internos e apontar soluções
alternativas para melhoria do desempenho operacional, bem como para medir o grau de atendimento das
necessidades dos clientes e acompanhar, mediante indicadores do nível de eficiência e de eficácia, o
desvio em relação ao padrão-desafio. Utiliza procedimentos de:
38
- Prova de verificação e confirmação das evidências;
Por outro lado, do ponto de vista técnico, a auditoria poderá ser definida segundo o entendimento
pragmático da entidade e, a partir daí, desdobrada por tipos distintos, como o faz a CGU, que, possuindo
foco na modalidade fiscalizadora, enfatiza na sua classificação alguns tipos de auditoria, mediante a
instrução normativa na qual se encontra o seguinte:
A auditoria é o conjunto de técnicas que visa avaliar a gestão pública, pelos processos e
resultados gerenciais, e a aplicação de recursos públicos por entidades de direito público e
privado, mediante a confrontação entre uma situação encontrada com um determinado critério
técnico, operacional ou legal. Trata-se de uma importante técnica de controle do Estado na
busca da melhor alocação de seus recursos, não só atuando para corrigir os desperdícios, a
improbidade, a negligência e a omissão e, principalmente, antecipando-se a essas ocorrências,
buscando garantir os resultados pretendidos, além de destacar os impactos e benefícios
sociais advindos [...] A auditoria tem por objetivo primordial o de garantir resultados
operacionais na gerência da coisa pública. Essa auditoria é exercida nos meandros da máquina
pública em todas as unidades e entidades públicas federais, observando os aspectos relevantes
relacionados à avaliação dos programas de governo e da gestão pública. (BRASIL, 2001, p. 30)
Cada órgão de controle externo ou do controle interno terá suas peculiaridades para impor no
regimento interno ou documento equivalente elementos essenciais para fazer constar no conceito. Nesse
exposto pela CGU, podemos notar o interesse pela avaliação do desempenho gerencial da gestão pública,
seja a execução realizada diretamente por órgãos públicos ou por entidades contratadas ou conveniadas.
Faz, visivelmente, a opção pelo controle concomitante ou até mesmo pelo controle prévio manifestando
predileção por tentar influenciar os gestores na otimização aplicativa dos recursos públicos estatais.
39
governo e níveis de poder, bem como a aplicação de recursos públicos por entidades de direito
privado, quando legalmente autorizadas nesse sentido. (BRASIL, 2001, p. 32)
40
Este tipo de procedimento auditorial, consiste numa atividade de assessoramento
ao gestor público, com vistas a aprimorar as práticas dos atos e fatos
administrativos, sendo desenvolvida de forma tempestiva no contexto do setor
público, atuando sobre a gestão, seus programas governamentais e sistemas
informatizados.
V. Auditoria Especial
Objetiva o exame de fatos ou situações consideradas relevantes, de natureza
incomum ou extraordinária, sendo realizadas para atender determinação expressa
de autoridade competente. Classificam-se nesse tipo os demais trabalhos
auditoriais não inseridos em outras classes de atividades.
Além dos tipos de auditoria deve-se saber como executá-los. Em se tratando da CGU faz-se
transparentemente menção para esclarecer as formas de execução sendo admitida, inclusive a presença
de auditores não lotados diretamente nos órgãos próprios a quem cabe tradicionalmente executar as
atividades. Observe o que consta na Instrução Normativa n° 1, de 6 de abril de 2001 sobre as formas de
execução:
I. Direta
Trata-se das atividades de auditoria executadas diretamente por servidores em
exercício nos órgãos e unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo
Federal, sendo subdividas em:
II. Indireta
Trata-se das atividades de auditoria executadas com a participação de
servidores não lotados nos órgãos e unidades do Sistema de Controle Interno do
Poder Executivo Federal, que desempenham atividades de auditoria em quaisquer
instituições da Administração Pública Federal ou entidade privada.
III. Simplificada
Tratam-se das atividades de auditoria realizadas, por servidores em exercício
nos Órgãos Central, setoriais, unidades regionais ou setoriais do Sistema de Controle
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Interno do Poder Executivo Federal, sobre informações obtidas por meio de exame
de processos e por meio eletrônico, específico das unidades ou entidades federais,
cujo custo-benefício não justifica o deslocamento de uma equipe para o órgão. Essa
forma de execução de auditoria pressupõe a utilização de indicadores de
desempenho que fundamentam a opinião do agente executor das ações de controle.
(BRASIL, 2001, p. 33)
42
Auditoria e Controladoria
Aula 04: Auditoria Governamental
DICA
Para o estudo de auditoria recomenda-se o modelo de Peter e Machado (2014), pelo qual, você
poderá distinguir nitidamente o planejamento da auditoria como etapa de organização influenciadora
na qualidade da execução; e, além disso, perceberá que o envolvimento do auditado é possível e
desejável em vários pontos do desenvolvimento dos trabalhos auditoriais.
Tendo por base o Programa, são aplicados os procedimentos, visando à obtenção de evidências,
necessárias à emissão do relatório. Os procedimentos são eleitos de acordo com a confiabilidade
atribuída aos controles internos e com os objetivos estabelecidos para o trabalho.
43
desnecessários e o desperdício de recursos humanos e tempo. (BRASIL, 2001, p.
34)
Os Testes de Controle são aplicados para verificar a conformidade das práticas com os controles
internos.
✔ Inspeção
- Exame Físico (apoiado pelo cut-off)
- Exame de documentos originais
- Exame de registros: Ageing, Exame de liquidação subsequente, Exame de Escrituração, Exame de
Eventos subsequentes, Exame de Registros auxiliares, Testes de Superavaliação e de Subavaliação,
Correlação de informações, Manuseio de bancos de dados.
✔ Confirmação: Circularização Positiva, Circularização Negativa
✔ Recálculo
✔ Reexecução
✔ Entrevista ou Indagação
✔ Revisão Analítica
Técnica 01
Exame físico: O auditor deve examinar fisicamente os bens constantes na área sob exame
e assegurar-se de sua existência. No entanto, pode enfrentar algumas limitações quanto ao
conhecimento técnico do material objeto de exame. Além da identificação e da existência física,
implica também comprovar a propriedade, quantidade e a qualidade do bem.
Técnica 02
Confirmação: Consiste em obter, de uma fonte externa, a confirmação acerca de uma
determinada informação. Na auditoria contábil é também conhecido por Circularização. A
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responsabilidade da emissão é do auditado enquanto o envio e recepção estão a cargo do
auditor, a fim de garantir não só o recebimento por parte da fonte externa, bem como o sigilo da
informação.
Técnica 03
Exame de documentos originais: O auditor deve examinar a documentação hábil,
comparando-a com os registros. Este exame consiste em verificar a documentação em três
aspectos: Autenticidade, Aprovação, Normalidade e, Registro.
Técnica 04
Recálculo ou Conferência de Cálculos: É ao mesmo tempo a mais simples e mais efetiva
técnica de verificação. Na Auditoria Contábil consiste na conferência da exatidão aritmética dos
resultados, não devendo o auditor aceitar qualquer cálculo do auditado, tais como fitas ou
demonstrativos pré-elaborados.
Técnica 05
Investigação minuciosa: Significa examinar em profundidade uma determinada operação
ou registro. Não é necessariamente um procedimento, mas um enfoque que surge da
necessidade de detectar um item absolutamente incomum ou suspeito.
Técnica 06
Entrevista ou Indagação: Consiste na formulação de perguntas, visando obter
esclarecimentos adicionais. Este procedimento não pode ser realizado isoladamente, servindo
apenas para confirmar um indício ou abrir espaço para comprovação por outros meios
disponíveis. É uma técnica a ser utilizada com cautela, não só na elaboração das perguntas,
bem como no aproveitamento das respostas, podendo estas conter impressões pessoais que
distorcem a verdade dos fatos.
Técnica 07
Exame de registros auxiliares: O auditor compara as informações obtidas com as
constantes nos registros auxiliares, visando detectar alguma quebra de uniformidade.
Técnica 08
Correlação das informações: Consiste em estabelecer relações entre as diversas
informações levantadas. Na Auditoria Contábil, está intimamente ligada ao mecanismo de
partidas dobradas.
Técnica 09
Observação: Corresponde à atenção dada pelo auditor a qualquer atividade ou condição
ligada às informações sob levantamento. É um procedimento abstrato e está intimamente
ligado à perspicácia e experiência do auditor.
Técnica 10
Corte das operações (cut-off): Consiste em isolar documentos, objetos etc.
correspondentes a um período determinado. É, na verdade, um procedimento auxiliar,
preparando desta forma, as condições ideais para o desenvolvimento de um exame.
Técnica 11
45
Revisão Analítica: É a verificação do comportamento de valores significativos, através de
índices, quocientes, quantidades absolutas, decomposição, comparação ou outros meios, com
vista à identificação de situações atípicas.
Técnica 12
Eventos subsequentes: Consiste na avaliação de fatos de valor material ocorridos após o
período sob exame, mas que podem vir a alterar os fatos examinados.
Técnica 13
Exame de Liquidação subsequente: Identificar valores de transações do exercício
auditado, pagos ou recebidos em períodos posteriores.
Técnica 14
Exame da idade dos vencimentos (Ageing): Identificar valores a receber e a pagar ainda
não recebidos ou pagos, classificando-os pelo tempo que se encontram em aberto.
Técnica 15
Testes de Super e Sub Avaliação: Exames complementares que visam identificar saldos
superavaliados (registros indevidos) ou subavaliados (registros ausentes). Nos testes de
subavaliação, o auditor parte do fato e percorre todo o processo até chegar ao registro contábil,
podendo identificar que não foi registrado ou foi registrado erroneamente. Nos testes de
superavaliação, o auditor parte do registro contábil e percorre todo o processo até o fato,
podendo identificar que o fato registrado não existiu ou ocorreu de forma diferente.
46
Auditoria e Controladoria
Aula 04: Auditoria Governamental
VERSÃO TEXTUAL
A cada auditoria realizada, deve o auditor governamental elaborar relatório circunstanciado, o
qual deverá refletir o resultado dos exames realizados, em conformidade com o tipo de auditoria
realizada.
- Índice
- Introdução
• Nome da entidade ou órgão auditado
• Período da auditoria
• Condições de realização dos exames
- Desenvolvimento
• Situação constatada (Achados de auditoria), redigidos na forma de
manchetes
• Causas e Consequências
• Sugestões de melhoria ou recomendações
- Conclusões
Para usuários externos é emitido relatório na forma de parecer. Este é emitido quando o auditor
verificar e certificar as contas dos responsáveis pela aplicação, utilização ou guarda de bens e valores
públicos, e de todo aquele que der causa à perda, subtração, ou estrago de valores, bens e materiais de
propriedade ou responsabilidade do Poder público.
As normas de auditoria adotadas no Serviço Público Federal têm como tipos de Parecer de Auditoria:
Parecer Pleno
a) Parecer Pleno: emitido quando o auditor formar opinião de que na gestão dos
recursos públicos foram adequadamente observados os princípios de Legalidade,
Legitimidade e Economicidade;
Parecer Restritivo
b) Parecer Restritivo: emitido quando o auditor constatar falhas, omissões ou
impropriedades de natureza formal no cumprimento das normas e diretrizes
governamentais, quanto à legalidade, legitimidade e economicidade, e que, pela
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sua irrelevância ou imaterialidade, não caracterizem irregularidade de atuação dos
agentes responsáveis; e
Parecer de Irregularidade
c) Parecer de Irregularidade: emitido quando o auditor verificar a não observância
dos princípios de Legalidade, Legitimidade e Economicidade, constatando a
existência de desfalque, alcance, desvio de bens ou outra irregularidade de que
resulte prejuízo quantificável para a Fazenda Pública e/ou comprometam,
substancialmente, as demonstrações contábeis e a gestão dos agentes
responsáveis, no período ou exercício examinado.
No caso do controle interno, a CGU adota a prática do Parecer do dirigente do controle interno ser
baseado no Certificado de Auditoria, emitido pela unidade de auditoria, o qual acompanha o relatório
circunstanciado. Assim, nota-se que os relatórios de Auditoria governamental seguem princípios
universais que regem a confecção destes documentos, contudo observam aspectos legais da estrutura
administrativa do país.
FÓRUM
Assista ao vídeo Auditoria do Século XXI [1] e participe do fórum comentando sobre os impactos
das mudanças tecnológicas na atividade de auditoria.
ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
1. Pesquise em sítios da internet e compare os Relatórios dos Auditores Independentes, emitido
segundo as normas brasileiras de auditoria emanadas pelo Conselho Federal de Contabilidade, com
o Parecer de Auditoria emitido pelos órgãos de controle externo.
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Auditoria e Controladoria
Aula 04: Auditoria Governamental
REVISÃO UNIDADE I
Controle estatal: Noções Introdutórias; Probidade Administrativa; Princípios da Administração
Pública.
REVISÃO UNIDADE II
Controle social e Transparência: Noções de Controle Social e Transparência.
UNIDADE VI - PARTE I
Auditoria Governamental: Noções Introdutórias, Tipo, Procedimentos de Auditoria, Relatórios de
Auditoria.
UNIDADE VI - PARTE II
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Auditoria Governamental: Noções Introdutórias, Tipo, Procedimentos de Auditoria, Relatórios de
Auditoria
1 - https://www.youtube.com/watch?v=L38RgLU-bQs
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