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FINANCEIRA
[Subtítulo do documento]
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[NOME DA EMPRESA]
[Endereço da empresa]
❖ O TC
2 - Os dirigentes e os trabalhadores das entidades públicas são responsáveis disciplinar, financeira, civil e criminalmente pelos seus
atos e omissões de que resulte violação das normas de execução orçamental, nos termos do artigo 271.º da Constituição – cf. art.º
72º, nºs 1 e 2 da LEO (Lei nº 151/2015 de 11.09
Responsabilidade pessoal 1. Quem pode ser responsável por uma infração financeira? Pessoas
singulares, que gerem e utilizam dinheiros públicos, independentemente da natureza da entidade
a que pertençam e que sejam o agente ou agentes (não o órgão ou serviço) da ação tipificada
pela lei como infração financeira ou possam ser considerados responsáveis – cf. art.ºs 5º, nº 2,
al. e), 61º, nºs 1, 3 e 4 e 67º, nº 3, todos da LOPTC; 2. Que tipo de responsabilidade? a) Direta
(causa imediata), quanto ao agente ou agentes da ação – cf. art.º 62º, nº 2 LOPTC; b)
Subsidiária (causa mediata), nos casos previstos no nº 3 daquele art.º 62º: c) Solidária, nos
casos previstos no art.º 64º LOPTC
Responsabilidade culposa: A responsabilidade financeira exige uma atuação com culpa (dolo
ou negligência) do autor do facto ilícito – cf. art.ºs 61º, nº 1 e 67º, nºs 3 e 4 da LOPTC e art.ºs
14º e 15º do Cp. Não há responsabilidade obj na responsabilidade financeira (ao contrário do
que pode ocorre no civil)
Por outro lado, a não arrecadação de receitas leva há reposição : nos casos de pratica de
autorização ou sancionamento com dolo ou culpa grave que impliquem a n liquidação, cobrança
ou entrega de receitas com a violação das normas, o tc pode condenar o responsável a repor as
quantias ( Exemplo do funcionário 8 anos- 6 meses)
Pedro Caeiro, que considerou estarmos perante um «ramo de direito rebelde», afastando-se de
uma conceção unitária da responsabilidade financeira: enquanto a responsabilidade financeira
reintegratória tem como epicentro o dano, a responsabilidade financeira sancionatória centra-
se no delito financeiro. A autonomia das duas modalidades assenta na existência de diferentes
finalidades e pressupostos. Quanto à sua natureza, a responsabilidade financeira sancionatória
foi enquadrada numa noção ampla de direito disciplinar, não configurando um ramo autónomo
de responsabilidade. Por seu turno, o Prof Paulo Mota Pinto cuidou da dimensão civilista ou
ressarcitória da RP reintegratória, tratando de aflorar os pressupostos desta modalidade de
RP. Questionando se estaremos perante uma verdadeira responsabilidade civil, adiantou haver
lugar a uma responsabilidade por violação de deveres ou por má gestão. Considerou ainda
este Professor que a RP reintegratória terá sempre de ser uma responsabilidade por culpa, não
sendo, pois, admissível, a seu ver, uma responsabilidade objetiva. A inversão do ónus da prova
surge-lhe como um aspeto a esclarecer.
- A auditoria é o meio fundamental das ações de controlo do Tribunal de Contas e podem ser de
diversa tipologia: auditorias financeiras, auditorias de resultados, auditorias de conformidade,
auditorias combinadas, auditorias de seguimento. - As auditorias consubstanciam-se num
processo sistemático e objetivo de exame e obtenção de evidências, suficientes e apropriadas,
em função da finalidade da auditoria - A efetivação de responsabilidades financeiras depende
da realização de boas auditorias, inquéritos ou inspeções.
Auditoria de conformidade - assume uma especial importância no apuramento de responsabilidades financeiras, tem por objetivo
verificar se as operações foram realizadas e registadas de acordo com os princípios, normas contabilísticas e de controlo interno e
demais legislação aplicável, no âmbito de atos, contratos, orçamentos, programas e projetos da responsabilidade de gestores e
entidades públicas, centrando-se na obtenção de evidências suficientes e apropriadas relacionadas com o cumprimento dos critérios
definidos
3.º e 3.º-A da Lei 34/87, para o efeito de aplicação do regime penal nela consagrado, são
considerados titulares de cargos políticos e de altos cargos públicos: Artigo 3.º Cargos políticos
1 – São cargos políticos, para os efeitos da presente lei: a) O de Presidente da República; b) O
PAR; c) O de deputado da AR d) O de membro do Gov (…)
Será ainda oportuno referir a criação, em 2008, do Conselho de Prevenção da Corrupção, a que preside,
por inerência, o Presidente do Tribunal de Contas. Ao Conselho, que funciona junto do Tribunal de
Contas mas com inteira autonomia relativamente a este, compete, designadamente, centralizar a recolha
e tratamento da informação necessária à deteção e prevenção da corrupção; dar parecer sobre a
elaboração de legislação e regulamentação nacional ou internacional de prevenção ou repressão da
corrupção; avaliar regularmente a eficácia dos instrumentos jurídicos e das medidas administrativas
adotadas pela administração pública e pelo sector empresarial público para a prevenção e combate da
corrupção; e colaborar na adoção de medidas internas de carácter preventivo, como sejam os códigos
de conduta e as ações de formação dos agentes da administração pública.
“ Se o Est tem o dever de exigir dos contribuintes um comportamento correto e de penalizar infrações
ficais, estes têm o direito de exigir do estado que ponha de pé mecanismos adequados a controlar a
utilização dos dinheiros públicos e aa atuação dos agentes da decisão financ”. Os titulares dos cargos
públicos bem como funcionários públicos estão por força da crp sujeitos a responsabilidade política,
civil e criminal” que são todas cumuláveis com a responsabilidade financeira
A garantia do princípio da confiança, como fundamento e regra básica de quaisquer poderes exercidos
sobre dinheiros públicos, efetiva-se, quer através da definição de regras específicas sobre a gestão de
dinheiros públicos como pela obrigação de prestar contas, e assim dá-se o respetivos controlo
“A atividade financeira pública é suscetível de uma análise que contraponha a atividade ao controlo;
integram esta função os procedimentos que se destinam a garantir que aqueles que são responsáveis pela
atividade financeira respeitem os objetivos e critérios a que deve obedecer, procurando garantir que esta
corresponda ao interesse público respeitando as regras e os critérios a que está sujeita por lei e os
objetivos que lhe estão politicamente fixados.
A gestão de dinheiros alheios pressupõe a responsabilidade perante o respetivo titular, não podendo haver
funções financ (sejam pol ou meramente adm) sem formas adequadas de responsabilização.
Neste sentido, a jurisdição de contas será constituída pelas funções do TC, que é uma atividade específica
e materialmente jurisdicional: a aplicação da lei a casos concretos, no julgamento das contas, com a
definição e efetivação, se for o caso, das resp a que houver lugar.
O julgamento das contas. “Esta é uma atividade constituída pela determinação da correção e legalidade das contas
apresentadas no final do exercício ou da gerência financeira (em pr anual), por todos os responsáveis por dinheiros
públicos (os que cobram receitas ou pagam despesas; os que autorizam o respetivo pagamento), verificando a
respetiva legalidade: todos eles designados por contáveis em termos amplos. Trata-se, pois, de um processo de
prestação de contas que é legalmente obrigatório para todos os gerentes ou administradores que respondem, no plano
administrativo, por valores públicos, quer os patrimoniais em geral, quer os especialmente constituídos por dinheiros
públicos, devendo justificar a fidelidade da sua gestão, a correção contabilística e a legalidade dos atos praticados no
fim dessa gestão”. “A prestação de contas obrigatória dos contáveis, exatores ou pagadores púbicos resulta do velho
princípio (...) segundo o qual todo o administrador de bens alheios deve prestar contas dessa administração”.
O julgamento da conta pode ser apenas em declarar a correção da conta apresentada, ou em declarar a
“fidelidade, correção e legalidade da gestão financeira dos responsáveis”. No primeiro caso - refere
SOUSA FRANCO - “na técnica financeira portuguesa, declara-se correto o ajustamento da conta, isto é,
os valores globais da gestão financeira do ano e o seu resultado final que transita para o ano seguinte. No
segundo caso dá-se quitação aos responsáveis, declarando-os livres de qualquer responsabilidade para
com a Fazenda Nacional ou, se não houver condições para dar quitação por haver ilegalidades ou
irregularidades relevantes ou falta de valores geradores de dívida, condenar-se-ão os responsáveis a repor
os valores que faltam ou a pagar multas ou a sofrer outras penas ou efeitos jurídicos sancionatórios por
ilicitudes ocorridas no período financeiro relativamente ao qual se apresentam contas”.