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Contratação Pública e

fiscalização prévia do Tribunal de


Contas

Guilherme W. d’Oliveira Martins


FDL/IDEFF/CIDEEFF
Fiscalização prévia de contratos públicos
pelo Tribunal de Contas

 ROTEIRO

 Natureza, âmbito da actuação e estrutura do Tribunal de


Contas;
 Entidades sujeitas a fiscalização prévia;
 Actos e contratos sujeitos a fiscalização prévia;
 Finalidade da fiscalização prévia;
 Decisão dos processos e respectivos efeitos;
 Jurisprudência mais relevante;
Natureza, âmbito da actuação e
estrutura do Tribunal de Contas
 Cfr. artigo 214.º da CRP: órgão jurisdicional supremo de fiscalização
financeira;
 LOPTC - Lei de Organização e Processo do Tribunal de Contas
Lei n.º 98/97, de 26-8. Sucessivamente alterada pelas:
 –Lei n.º 87-B/98, de 31-12
 –Lei n.º 1/2001, de 4-1
 –Lei n.º 55-B/2004, de 30-12
 –Lei n.º 48/2006, de 29-8
 –Lei 35/2007, de 13-8
 –Lei n.º 3-B/2010, de 28-4
 –Lei n.º 61/2011, de 7-12
 –Lei n.º 2/2012, de 6-1
 –Lei n.º 20/2015, de 9-3
 –Lei n.º 42/2016, de 28/12


TRIBUNAL DE CONTAS
estrutura orgânica
Alterações mais recentes

 Alargamento da fiscalização prévia a novas


entidades;

 Alargamento do controlo prévio a outros contratos;

 Alteração quanto aos efeitos do visto;

 Clarificação da responsabilidade financeira pela


violação de regras de contratação pública;
FISCALIZAÇÃO PRÉVIA
ENTIDADES SUJEITAS A FISCALIZAÇÃO PRÉVIA
(art.º 5.º, n.º 1, al. c))

 Entidades sujeitas a fiscalização prévia:

 Estado
 Regiões Autónomas
 Autarquias Locais, respectivas associações e
federações e áreas metropolitanas
 Institutos Públicos
 Instituições de Segurança Social
ENTIDADES SUJEITAS A FISCALIZAÇÃO PRÉVIA
(art.º 5.º, n.º 1, al. c))

 Entidades sujeitas a fiscalização prévia (continuação):

 Associações públicas, associações de entidades


públicas ou de entidades públicas e privadas com
financiamento ou controlo público
 Empresas públicas
 Empresas municipais, intermunicipais e regionais
ENTIDADES SUJEITAS A FISCALIZAÇÃO PRÉVIA
(art.º 5.º, n.º 1, al. c))

 Entidades sujeitas a fiscalização prévia (continuação):

 Entidades de qualquer natureza


 A) Criadas pelo Estado ou outras entidades públicas;
 B) Para desempenhar funções administrativas originariamente a cargo da AP;
 C) Com encargos suportados por financiamento directo, ou indirecto, da entidade
que as criou;

 Cfr. Relatório de Auditoria n.º 19/2011-1.ª S: interpretação da parte final do artigo 5.º,
n.º 1, alínea c) - (funções administrativos, financiamento público)
FISCALIZAÇÃO PRÉVIA
ACTOS SUJEITOS A FISCALIZAÇÃO PRÉVIA

 Actos geradores de despesa;


 Actos que representem encargos e responsabilidades,
directos ou indirectos;
 Actos geradores do aumento da dívida pública fundada dos
serviços e fundos autónomos;
 Actos que modifiquem as condições gerais de empréstimos
visados;
 Lei n.º 50/2012: constituição de empresas locais e aquisição de
participações locais;
ACTOS SUJEITOS A FISCALIZAÇÃO PRÉVIA
(arts. 46.º, 47.º e 48.º)

 Contratos escritos de obras públicas, aquisições de bens e


serviços e outras aquisições patrimoniais que impliquem
despesa de valor ≥ 350 000 €;

 Contratos que estejam ou aparentem estar relacionados entre


si que, no conjunto, atinjam aquele limiar;

 Minutas dos contratos acima referidos quando os seus


encargos, ou parte deles, devam ser satisfeitos no acto da sua
celebração;
ACTOS SUJEITOS A FISCALIZAÇÃO PRÉVIA
(arts. 46.º, 47.º e 48.º)

-No caso das associações de entidades e das empresas públicas, municipais,


intermunicipais e regionais, esses contratos só estão sujeitos a visto se forem
de valor ≥ 5 000 000 €;
-Actos ou contratos que formalizem modificações objectivas a contratos
visados e impliquem agravamento financeiro, qualquer que seja o seu valor;
-Actos ou contratos que formalizem modificações objectivas a contratos não
visados que agravem o seu valor em termos de se atingir, no total, o limiar
para sujeição a fiscalização prévia;
-Com excepção dos actos ou contratos que, no âmbito de empreitadas já
visadas, titulem a execução de trabalhos a mais ou de suprimento de erros e
omissões, os quais ficam sujeitos a fiscalização concomitante e sucessiva;
FISCALIZAÇÃO PRÉVIA DO TC

 FINALIDADE (cfr. arts. 5.º, n.º 1, al. c) e 44.º)


 Verificação da “legalidade financeira”
 “O Tribunal de Contas, em sede de visto prévio, pode conhecer, em
princípio, de todos os vícios do acto ou contrato, podendo a recusa
de visto ocorrer por violação de qualquer tipo de norma, desde a
Constituição até uma norma regulamentar, passando por norma
legal ou de direito europeu”.
 “em sede de fiscalização prévia há uma redução do âmbito do
conhecimento do Tribunal, quanto às ilegalidades relevantes”
FISCALIZAÇÃO PRÉVIA
FINALIDADE
(arts. 5.º, n.º 1, al. c) e 44.º)

 VERIFICAR:
 Se não existe desconformidade dos actos com as leis em vigor,
que implique:
 Nulidade
 Violação directa de norma financeira
 Ilegalidade que altere ou possa alterar o resultado financeiro
 Se os encargos têm cabimento em verba orçamental própria
 Se estão observados os limites e finalidades do endividamento
«LEGALIDADE FINANCEIRA»

(Lei 98/97-art.ºs5.º, 44.º, 50.º, 54.º, 55.º, 59.º e segs.)


Legalidade e regularidade das operações
Nulidade, cabimento orçamental, violação de normas
financeiras, ilegalidade que altere ou possa alterar o
resultado financeiro
Alcance, desvio de dinheiros ou valores públicos,
pagamentos indevidos (ilegalidade, dano, contraprestação
adequada), violação de normas financeiras no domínio da
contratação pública que gerem obrigação de indemnizar,
ilegalidade na não cobrança de receitas
«LEGALIDADE FINANCEIRA»

(Lei 98/97-art.ºs5.º, 44.º, 50.º, 54.º, 55.º, 59.º e segs.)

Violação de normas sobre a execução dos orçamentos


Violação de normas sobre a assunção, autorização ou pagamento de despesas públicas
ou compromissos
Violação de normas relativas à gestão e controlo orçamental, de tesouraria e de
património
Adiantamentos não previstos na lei
Utilização de empréstimos ou valores públicos em finalidade diversa da legalmente
prevista
Ultrapassagem de limites de endividamento
Execução de contatos não visados
«LEGALIDADE FINANCEIRA»

(Lei 98/97-art.ºs5.º, 44.º, 50.º, 54.º, 55.º, 59.º e segs.)

(LEO, LFL)
Princípios orçamentais: estabilidade, sustentabilidade, equidade
intergeracional, anualidade, não consignação, especificação, economia,
eficiência e eficácia
Regras orçamentais: limites de endividamento
Regras sobre o processo orçamental
Regime de execução orçamental
«LEGALIDADE FINANCEIRA»

Regime de execução orçamental


Nenhuma despesa pode ser autorizada sem que, cumulativamente:

O facto gerador da obrigação respeite as normas legais aplicáveis


Tenha inscrição orçamental, cabimento e os seus pagamentos se
enquadrem no orçamento do ano ou em programas para anos futuros
Satisfaça os requisitos de economia, eficiência e eficácia
Princípios da autorização da despesa e do pagamento
A realização de despesas com aquisições de bens, serviços e
empreitadas está sujeita ao regime da contratação pública
«LEGALIDADE FINANCEIRA»

(LFL e RJAL)
As deliberações de qualquer órgão das autarquias locais que
determinem ou autorizem a realização de despesas não permitidas por lei
são nulas

(CPA)
Nulidade;
Desvio de poder;
Atos que criem obrigações pecuniárias não previstas na lei;
Atos praticados com preterição total do procedimento previsto na lei;
JURISPRUDÊNCIA
FINALIDADE DA FISCALIZAÇÃO PRÉVIA

Acórdão n.º 18/2008-1.ª S/PL


Verificação da legalidade financeira
Vinculações legais
Art.º42.º, n.º 6, da LEO

Acórdãos ns.º 9/2012-1.ªS/SS e 2/2015-1.ªS/PL


Verificação da cobertura orçamental e de disponibilidades

Acórdão n.º 1/2009-FJ/25.Mai/PG


Verificação dos limites de endividamento
FISCALIZAÇÃO PRÉVIA

 EFEITOS (art. 45.º)

 Os contratos podem produzir efeitos não financeiros antes do


visto;
 Os pagamentos não podem ser feitos antes do visto mas
 Os contratos de valor ≥ 950 000 € não podem produzir
quaisquer efeitos antes do visto
 Excepto em caso de ajustes directos por urgência imperiosa
(art.º 45.º, n.º 5)
EFEITOS DA FISCALIZAÇÃO PRÉVIA
(art. 45.º)

 Em caso de produção de efeitos antes do visto, e na hipótese de


ocorrer recusa de visto, os efeitos devem cessar após a
notificação da decisão

 Nesse caso, os pagamentos correspondentes aos efeitos


produzidos podem ser feitos após aquela notificação, desde
que o seu valor não ultrapasse a programação financeira
contratualmente estabelecida para o mesmo período

 O recurso tem efeito suspensivo


JURISPRUDÊNCIA

EFEITOS DA FISCALIZAÇÃO PRÉVIA

Acórdãos n.ºs143/05, 48/08, 57/08-1.ª S/SS


Acórdãos n.ºs40/03-1.ª S/PL e 78/05-1.ª S/SS
Relatório 18/2011-1.ª S

Realização de pagamentos antes do visto


Responsabilidade por infracções financeiras (vide art. 65.º)
FISCALIZAÇÃO PRÉVIA
REMESSA DOS PROCESSOS
(arts. 81.º e 82.º)

Os processos devem ser instruídos de acordo com as Instruções da


1.ª Secção
(Resolução 14/2011-DR. 2.ª Série, de 16/08/11)
Quando haja efeitos antes do visto, os processos devem ser
remetidos ao TC no prazo de 20 dias úteis a contar do início da
produção de efeitos
Este prazo pode ser prorrogado pelo Presidente do TC até 45 dias
Os processos devolvidos devem ser de novo remetidos ao TC no
prazo de 20 dias a contar da recepção
FISCALIZAÇÃO PRÉVIA
INCUMPRIMENTO DOS PRAZOS DE REMESSA DOS PROCESSOS
(arts. 81.º,82.º, 66.º e 77.º)

Cessam imediatamente todos os efeitos, sob pena de


responsabilização financeira
A inobservância dos prazos dá lugar a multa aplicável ao
responsável
O responsável pelo envio dos processos ao TC é o dirigente
máximo do serviço ou o presidente do órgão executivo ou de
administração, salvo delegação de competência ou disposição
especial
As multas são aplicadas nos próprios processos pelos Juízes da 1.ª
Secção
FISCALIZAÇÃO PRÉVIA
DECISÃO DOS PROCESSOS
(art. 85.º)

 Os processos devem ser decididos no prazo de 30 dias


úteis após o registo de entrada
 Em caso de solicitação de elementos, o prazo suspende-
se até à sua entrega
 Decorridos 5 dias úteis sobre o termo do prazo sem que
tenha sido recebida comunicação da decisão, os serviços
podem iniciar a execução dos actos (visto tácito)
DECISÃO DOS PROCESSOS
(arts. 44.º, 83.º, 84.º, 85.º, 96.º, 101.º)

 Declaração de conformidade
 Concessão de visto
 Recusa do visto
 Visto com recomendações
DECISÃO DOS PROCESSOS
(arts. 82.º a 84.º, 85.º, 86.º,96.º a 103.º)

Verificação preliminar pela Direcção-Geral


Quando não há dúvidas de legalidade é emitida declaração de conformidade,
homologada pelos Juízes de turno
Havendo dúvidas de legalidade, o processo é apresentado a sessão diária de visto (2
Juízes de turno)
Em caso de desacordo entre os Juízes de turno ou de existir fundamento de
recusa de visto, o processo é apreciado e decidido em Subsecção (3 Juízes)
O Presidente pode alargar a discussão e votação a todos os Juízes do Plenário da
1.ª Secção
Pode ser interposto recurso, no prazo de 15 dias, para o Plenário da 1.ª Secção
Em caso de jurisprudência contraditória pode ser interposto recurso
extraordinário para fixação de jurisprudência, a julgar pelo Plenário Geral do TC
JURISPRUDÊNCIA

PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS DETECTADAS EM


CONTRATOS SUBMETIDOS A VISTO

Vide: http://www.tcontas.pt/pt/actos/sintese-1s.shtme
relatórios anuais de atividades
ILEGALIDADES EM PROCESSOS DE
CONTRATAÇÃO PÚBLICA

 Em 2016, as ilegalidades identificadas em processos de contratação pública (visto)


respeitaram:
 A) Cerca de 62% a questões relativas aos procedimentos de contratação (escolha, regras,
lançamento e tramitação);
 B) 8% a deficiências dos contratos
25% a questões referentes à submissão a visto (prazos, contratos relacionados, efeitos);
 C) 5% a questões orçamentais e de compromissos;

JURISPRUDÊNCIA
PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS

Insuficiências de dotação financeira, de autorização para a assumpção de encargos


em anos futuros, de confirmação tutelar, de aprovação de financiamento externo ou
de comprovação da existência de fundos disponíveis (Acórdãos 62/2011-1.ª
S/SS,9/2012-1.ªS/SS, 22/2012-1.ªS/PL, 5/2013-1.ªS/PL, 19,31 e 34/2014-1.ªS/SS, 4 e 12/2015-
1.ªS/SS, 3 e 7/2015-1.ªS/PL, 12/2015-1.ªS/SS,15/2016-1.ªS/SS)
Lançamento de procedimentos de contratação sem assegurar a necessária
cabimentação
Falta das autorizações necessárias nas compras centralizadas
Prestação de serviços sem autorizações, comprovações de financiamento ou
contratos (Acórdãos 34/2013-1.ªS/SS, 12/2014-1.ªS/SS e 6 e 21/2014-1.ªS/PL)
Falta de fundamentação (de facto e de direito) das decisões de escolha dos
procedimentos (Acórdão 8/2011-1.ª S/PL)
JURISPRUDÊNCIA
PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS

Nomeação de júris por mandatos alargados (Acórdãos 42/2009-


1.ªS/SS e 27/2009-1.ªS/PL)
Delegação de poderes nos júris para aprovação de erros e
omissões (Acórdão 8/2010-1.ªS/SS)
Inexistência de projectos de execução (Acórdão 5/2010-1.ªS/SS)
Inexistência de planos de prevenção e de gestão de resíduos de
construção e demolição (Acórdão 3/2010-1.ªS/PL)
Aquisição de serviços não externalizáveis(Acórdãos
36/2014-1.ªS/SS e 10/2015-1.ªS/PL)
Contratos sem limitação de aquisições ou despesa
JURISPRUDÊNCIA
PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS

Utilização de procedimentos não concursais ou inadequados na adjudicação de


contratos

Acórdão 111/2009-1.ªS/SS (permutas de bens presentes por bens futuros)


Acórdão 112/2009-1.ªS/SS (errada qualificação do contrato como de aquisição de
serviços)
Acórdão 123/2009-1.ªS/SS (adjudicação efectuada por entidade privada em bem
público, com encargos para a entidade pública)
Acórdão 2/2011-1.ª S/PL (locação financeira/operacional)
Acórdão 22/2011-1.ªS/PL (fornecimento de pessoal médico)
Acórdãos 39/2010-1.ªS/SS e 15/2013-1.ªS/SS (serviços jurídicos)
Acórdão 34/2013-1.ªS/SS (ausência de qualquer tramitação)
JURISPRUDÊNCIA
PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS

Utilização de procedimentos não concursais ou inadequados na adjudicação de contratos


Acórdãos 8/2011-1.ª S/PL, 4/2012-1.ª S/SS , 11/2013-1.ª S/PL , 26/2013-1.ªS/SS, 27 e
40/2014-1.ªS/SS , 16/2014-1.ªS/PL e 16/2015-1.ªS/PL(urgência imperiosa)
Acórdão 4/2015-1.ªS/SS (medidas especiais de segurança)
Acórdãos 154/2009-1.ªS/SS, 41/2010-1.ª S/SS , 9/2015-1.ªS/SS, 14/2016-1.ªS/PL (in house)
Acórdãos 4, 5 e 7/2014-1.ªS/PL (contratação excluída)
Acórdãos 40/2010-1.ª S/SS, 31/2011-1.ªS/SS, 16, 23 e 32/2011-1.ªs/PL (ilegalidade de
regulamentos de compras e ajustes directos abaixo dos limiares comunitários)
Acórdão 25/2014-1.ªS/SS (motivos técnicos)
Acórdão 1/2015-1.ªs/SS (exclusividade)
Acórdão 4/2012-1.ª S/PL (modernização parque escolar)
Acórdãos 20, 26, 35 e 36/2011-1.ªS/PL, 10/2015-1.ªS/SS (vinculação a acordos-quadro)
JURISPRUDÊNCIA
PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS

Irregularidades na modalidade e publicitação dos procedimentos


e nos prazos concedidos para apresentação de propostas
Acórdãos 3, 7, 24 e 31-1.ª S/PL (concursos públicos urgentes)
Acórdão 150/09-1.ª S/SS (publicitação no JOUE, empresas
municipais)
Acórdão 107/2009-1.ªS/SS (concepção construção)
Lançamento de PPPI sem procedimento concorrencial e/ou os
necessários estudos (Acórdãos 23/2012-1.ª S/PL, 7/2013-1.ªS/PL,
24/2013-1.ªS/SS e 4/2015-1.ªS/PL)
JURISPRUDÊNCIA
PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS

Ilegalidade de regras concursais


Acórdãos 2/2012-1.ªS/SS , 7/2013-1.ªS/PL , 13/2013-1.ªS/PL, 27, 30 e 31/2013-1.ªS/SS,
5,6, 18, 29, 32 , 37 e 38/2014-1.ªS/SS, 18 e 23/2014-1.ªS/PL , 3/2015-1.ªS/SS, 11/2015-
1.ªS/PL, 10 e 15/2016-1.ªS/SS e 6/2016-1.ªS/PL (modelo de avaliação
insuficientemente especificado, desadequado ao critério de adjudicação ou à
respectiva finalidade)
Acórdãos 42/2008-1.ªS/SS e 132/2009-1.ª S/SS (elementos da avaliação das
propostas que dizem respeito aos concorrentes)
Acórdãos 172/2009-1.ªS/SS, 42/2009-1.ªS/SS e 27/2009-1.ªS/PL (especificações
técnicas discriminatórias)
Acórdão 61/2011-1.ªS/SS (exigências relacionadas com a capacidade técnica e
financeira em concursos públicos)
JURISPRUDÊNCIA
PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS

Ilegalidade de regras concursais


Acórdãos 165/2009-1.ªS/SS e 8/2010-1.ªS/PL (exigência de alvarás
excessivos)
Acórdão 1/2011-1.ªS/SS (Exigência de documentos de habilitação a todos
os concorrentes)
Acórdão 109/2008-1.ªS/SS , Relatório n.º 19/2011-1.ªS (Previsão de fases de
negociação em procedimentos que não a admitem)
Acórdão 23/2014-1.ªS/PL (estabelecimento de parâmetros mínimos de
preço, não admissíveis face ao regime do preço anormalmente baixo)
Acórdão 11/2015-1.ª S/SS (exclusões com base em exigências redundantes
e excessivas)
JURISPRUDÊNCIA
PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS
Desrespeito pelas regras dos procedimentos
Acórdãos 160/2009-1.ªS/SS e 11/2013-1.ªS/SS(Deficiente aplicação dos critérios de avaliação das
propostas)
Acórdão 30/2010-1.ªS/SS (exclusões ilegais de concorrentes, por razões meramente formais)
Acórdão 19/2011-1.ªS/SS (adjudicação a proposta que excedia o preço base unitário)
Acórdãos 9 e 10/2012-1.ªS/SSe 23/2012-1.ªS/PL(adjudicação a propostas que não respeitavam as
exigências do caderno de encargos)
Acórdão 9/2012-1.ªS/SS (alterações da proposta antes da adjudicação)
Adjudicação a vários concorrentes sem respeito pelo critério de adjudicação
Acórdão 1/2011-1.ªS/SS(exclusão de propostas por não entrega de documentos de habilitação)
Acórdão 23/2013-1.ªS/SS (promiscuidade entre os concorrentes)
Acórdãos 24/2014-1.ªS/PL , 14 e 17/2015-1.ªS/SS e 3 e 4/2016-1.ªS/PL (violação de regras de
imparcialidade)
JURISPRUDÊNCIA
PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS

Falta de fundamentação do relatório de análise das propostas e da adjudicação


(Acórdãos 51/2009-1.ªS/SS, 42/2009-1.ªS/SS e 27/2009-1.ªS/PL)
Alteração de proposta pelo júri (Acórdão 18/2015-1.ªS/SS)
Falta de alvará adequado(Acórdãos 8/2011-1.ªS/SS e 12/2011-1.ª S/PL)
Falta de notificação da adjudicação aos outros concorrentes
Aprovação da minuta antes de comprovada a prestação de caução
Insuficiências de caução
Prazos contratuais excessivos(Acórdãos 34/2010-1.ªS/SS , 3/2012-1.ªS/PL e 9/2015-1.ª
S/SS)
Aquisições de imóveis sem justificação e avaliação
Retroactividade indevida dos contratos(Acórdãos 16/2009-1.ªS/PL, 4 e
6/2012-1.ªS/SS, 34/2013-1.ªS/SS , 6 e 21/2014-1.ªS/PL, 8/2015-1.ª S/SS)
JURISPRUDÊNCIA
PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS

 Contratos-programa de financiamento municipal a empresas locais


ilegalmente constituídas(Acórdãos11/2014 e 19/2015-1.ªS/PL)
 Contratos-programa de financiamento municipal a empresas locais que
deveriam legalmente ter sido extintas(Acórdãos24 e 36/2013-1.ªS/SS, 9,
26 e 41/2014-1.ªS/SS, 20/2014-1.ªS/PL e 5/2015-1.ªS/PL)
 Contratos programa e de gestão sem objectivos e indicadores de
eficiência e eficácia (ou sua fixação inadequada) e sem avaliação da
razoabilidade das contrapartidas (Acórdãos17/2013-1.ªS/PL e 4/2016-
1.ªS/SS)
 Transferência financeira para empresa local sem o título adequado
(Acórdão n.º 33/2014-1.ªS/SS)
JURISPRUDÊNCIA
PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS

 Contratos de prestação de serviços entre municípios e empresas locais


sem demonstração de que o preço estabelecido é um preço de
mercado(Acórdãos4 e 5/2013-1.ªS/SS)
 Constituição ou fusão de empresas locais e aquisição de participações
locais sem a adequada demonstração de viabilidade e racionalidade
económico-financeira(Acórdãos22 e 32/2013-1.ªS/SS, 3, 7, 20 e 35/2014-
1.ªS/SS, 14/2014-1.ªS/PL e 8, 9 e 13/2015-1.ªS/PL, 3 e 5/2016-1.ªS/SS, 16/2016-
1.ªS/PL, 6/2017-1.ªS/SS) ou sem enquadramento nas atribuições
municipais(Acórdão5/2016-1.ª S/PL)
 Constituição de cooperativas por Juntas de Freguesias em habilitação
legal (Acórdão n.º 5/2015-1.ªS/SS)
JURISPRUDÊNCIA
PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS

 Reforços de capital para financiamento de


investimentos proibido por lei (Acórdão 2/2017-1.ªS/SS);
 Financiamento ilegal de associação (Acórdãos n. ºs
6/2016-1.ªS/SS e 17/2016-1.ªS/PL);
 Prazos contratuais excessivos (Acórdão 14/2016-1.ªS/PL);
 Sobreposição de contratos;
JURISPRUDÊNCIA
PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS

 Seguros de saúde ilegais (Acórdãos 1/2016-1.ªS/PL e 7/2016-1.ªS/SS);


 Modificação do objecto de sociedade inicialmente constituída na sequência
de concurso e consequente ajuste directo de nova prestação de
serviços(Acórdãos 65/2011-1.ªS/SS e 9/2013-1.ªS/PL);
 Modificação das prestações, da duração de contrato ou dos modelos de
partilha de riscos e receitas sem novo concurso (Acórdãos 20/2010-1.ªS/SS,
28/2010-1.ªS/PL, 6/2013-1.ªS/PL e 22/2014-1.ªS/PL);
 Contratos adicionais para a realização de obra nova e de trabalhos não
imprevisíveis (Relatórios 8/2010 e 1/2016-1.ªS);
 Incumprimento dos prazos de remessa dos processos ao TC, nos casos em
que os contratos produzem efeitos antes do visto: infracção punível com
multa (art.º 66.º LOPTC);

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