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Legisla ç ã o

Esquematizada
Disposições Gerais e Cadin

ISS São Paulo

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TÍTULO V 3
DISPOSIÇÕES GERAIS RELATIVAS AOS TRIBUTOS MUNICIPAIS 3
CAPÍTULO I 3
OMISSÃO DE RECEITA 3
CAPÍTULO II 7
COMPENSAÇÃO DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS COM DÉBITOS TRIBUTÁRIOS 7
CAPÍTULO III 11
POLÍTICA DE DESJUDICIALIZAÇÃO 11
Seção I 12
Dos Acordos 12
Seção II 12
Da Mediação e Arbitragem 12
Seção III 13
Da Transação Tributária 13
Seção IV 19
Da Transação Por Adesão 19
CAPÍTULO V 25
DEMAIS DISPOSIÇÕES GERAIS RELATIVAS AOS TRIBUTOS MUNICIPAIS 25
TÍTULO VI 38
CADASTRO INFORMATIVO MUNICIPAL – CADIN MUNICIPAL 38

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TÍTULO V

DISPOSIÇÕES GERAIS RELATIVAS AOS TRIBUTOS MUNICIPAIS

CAPÍTULO I

OMISSÃO DE RECEITA
Art. 578. Constitui infração à legislação tributária a omissão de receita,
caracterizada como a não escrituração contábil ou fiscal, pelo sujeito passivo, de
receitas por ele auferidas, que acarrete a redução da base de cálculo de tributo de
competência do Município.

Art. 579. Caracterizam-se ainda como omissão de receita, sem prejuízo de outros
comportamentos enquadráveis no artigo anterior:

I - a supressão ou redução de tributo, mediante conduta definida como crime contra


a ordem tributária;

II - a entrada de numerário, de origem não comprovada por documento hábil;

III - a escrituração de suprimentos sem documentação hábil, idônea ou


coincidente, em datas e valores, com as importâncias entregues pelo supridor, ou
sem comprovação da disponibilidade financeira deste;

IV - a falta de escrituração nos livros contábeis de pagamentos efetuados;

V - a ocorrência de saldo credor nas contas do ativo circulante ou do realizável;

VI - a efetivação de pagamento sem a correspondente disponibilidade financeira;

VII - qualquer irregularidade verificada em máquinas registradoras, relógios,


“hardwares”, “softwares” ou similares, utilizados pelo contribuinte, que importe em
supressão ou redução de tributo, ressalvados os casos de defeitos devidamente
comprovados por oficinas ou profissionais habilitados;

VIII - a indicação na escrituração contábil de saldo credor de caixa;

IX - a falta de emissão de nota fiscal na prestação de serviços;

X - os saldos bancários e aplicações financeiras mantidos em instituição financeira


sem origem desses recursos.

Art. 580. Os infratores sujeitam-se à multa equivalente a 100% do valor do tributo


suprimido, atualizada monetariamente na forma da legislação municipal, sem prejuízo
de outras sanções porventura aplicáveis.

Art. 581. A imposição da multa prevista no artigo anterior:

I - não exclui a obrigação do infrator de pagar o tributo com incidência de multa


moratória, juros e atualização monetária;

II - não exime o infrator do cumprimento das obrigações tributárias acessórias e


de outras sanções cíveis, administrativas ou criminais que couberem.

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Art. 582. Verificada a ocorrência de quaisquer das hipóteses previstas nos artigos 578
e 579, a Administração Tributária Municipal deverá arbitrar a base de cálculo do
tributo devido.

Art. 583. O Executivo regulamentará os procedimentos administrativos e operacionais


para a execução do disposto nesta lei.

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Omissão de Receita

Omissão de receita

Caracterizada como a não escrituração contábil ou fiscal, pelo


sujeito passivo, de receitas por ele auferidas, que acarrete a redução
da base de cálculo de tributo.

Caracterizam-se como omissão de receita:

A supressão ou redução de tributo, mediante conduta definida como


crime contra a ordem tributária;

A entrada de numerário, de origem não comprovada por documento


hábil;

A escrituração de suprimentos sem documentação hábil, idônea ou


coincidente, em datas e valores, com as importâncias entregues pelo
supridor, ou sem comprovação da disponibilidade financeira deste;

A falta de escrituração nos livros contábeis de pagamentos


efetuados;

A ocorrência de saldo credor nas contas do ativo circulante ou do


realizável;

A efetivação de pagamento sem a correspondente disponibilidade


financeira;

Qualquer irregularidade verificada em máquinas registradoras,


relógios, “hardwares”, “softwares” ou similares, utilizados pelo
contribuinte, que importe em supressão ou redução de tributo,
ressalvados os casos de defeitos devidamente comprovados por oficinas
ou profissionais habilitados;

A indicação na escrituração contábil de saldo credor de caixa;

A falta de emissão de nota fiscal na prestação de serviços;

Os saldos bancários e aplicações financeiras mantidos em


instituição financeira sem origem desses recursos.

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Multa

Os infratores sujeitam-se à multa equivalente a 100% do valor do


tributo suprimido, atualizada monetariamente, sem prejuízo de
outras sanções porventura aplicáveis.

Atenção!

A imposição da multa:

Não exclui a obrigação do infrator de pagar o tributo com incidência de


multa moratória, juros e atualização monetária;
Não exime o infrator do cumprimento das obrigações tributárias
acessórias e de outras sanções cíveis, administrativas ou criminais
que couberem.

Arbitramento

A Administração Tributária Municipal deverá arbitrar a base de cálculo do


tributo devido no caso de ocorrência de omissão de receitas.

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CAPÍTULO II

COMPENSAÇÃO DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS COM DÉBITOS TRIBUTÁRIOS

Art. 584. A restituição de tributos administrados pela Secretaria Municipal da


Fazenda será efetuada depois de verificada a ausência de débitos tributários em
nome do sujeito passivo.

§ 1º Existindo débitos tributários, nas condições especificadas nesta lei, o crédito da


restituição será utilizado para quitação desses débitos mediante compensação.

§ 2º Fica dispensada a verificação prevista no “caput” deste artigo para restituições


de valor igual ou inferior ao estabelecido por ato do Secretário Municipal da
Fazenda.

Art. 585. A compensação poderá alcançar os débitos oriundos de tributos


administrados pela Secretaria Municipal da Fazenda, parcelados ou não, exceto
os débitos inscritos em Dívida Ativa e aqueles objeto de contestação pelo sujeito
passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão administrativa ou judicial.

Parágrafo único. Os débitos a serem compensados abrangem o valor original do


lançamento do tributo e multa, a atualização monetária e os juros de mora.

Art. 586. A compensação será efetivada de ofício, nos termos definidos em


regulamento, não cabendo ao sujeito passivo indicar débitos à compensação.

§ 1º Caso o crédito a ser restituído seja inferior ao valor do débito, o saldo


remanescente será cobrado pela Fazenda Pública.

§ 2º Caso o débito a ser compensado seja inferior ao crédito, o respectivo saldo


será restituído ao sujeito passivo.

Art. 587. Após a apuração dos valores da compensação de ofício, a Administração


Tributária notificará o sujeito passivo, que deverá se manifestar no prazo de 30
dias, contados da data da notificação.

§ 1º Apresentada a concordância expressa do sujeito passivo ou decorrido o prazo


previsto no “caput” deste artigo sem a sua manifestação, a compensação será
efetuada e certificada no processo de restituição.

§ 2º Havendo manifestação de discordância do sujeito passivo, a compensação e a


restituição ficarão suspensas até a decisão definitiva ou até que o débito a ser
compensado seja liquidado.

§ 3º A manifestação de discordância do sujeito passivo afasta a compensação


quando o débito a ser compensado for objeto de parcelamento ou de moratória,
devendo o pedido de restituição prosseguir de forma independente.

Art. 588. As disposições desta lei não se aplicam aos tributos incluídos no âmbito do
Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – Simples Nacional.

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Art. 589. O Executivo regulamentará os procedimentos administrativos e operacionais
para a execução do disposto nesta lei.

Art. 590. Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a
partir da entrada em vigor da regulamentação prevista no artigo anterior.

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Compensação de Créditos Tributários
com Débitos Tributários

Restituição

A restituição será efetuada depois de verificada a ausência de débitos


tributários em nome do sujeito passivo.

Compensação

Existindo débitos tributários, o crédito da restituição será utilizado para


quitação desses débitos mediante compensação.

A compensação não será utilizada para:

Débitos inscritos em Dívida Ativa

Débitos objeto de contestação pelo sujeito passivo, antes do trânsito


em julgado da respectiva decisão administrativa ou judicial.

A compensação será efetivada de ofício, não cabendo ao sujeito passivo


indicar débitos à compensação.

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Após a apuração dos valores da compensação de ofício, a
Administração Tributária notificará o sujeito passivo, que deverá se
manifestar no prazo de 30 dias, contados da data da notificação.

Apresentada a concordância expressa do sujeito passivo ou


decorrido o prazo sem a sua manifestação, a compensação será
efetuada e certificada no processo de restituição.

Havendo manifestação de discordância do sujeito passivo, a


compensação e a restituição ficarão suspensas até a decisão
definitiva ou até que o débito a ser compensado seja liquidado.

Restituição x Compensação

Crédito a ser restituído o saldo remanescente


seja INFERIOR ao valor será cobrado pela
do débito Fazenda Pública.

Débito a ser o respectivo saldo será


compensado seja
INFERIOR ao valor do restituído ao sujeito
crédito passivo.

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CAPÍTULO III

POLÍTICA DE DESJUDICIALIZAÇÃO
Art. 591. Esta Lei institui a Política de Desjudicialização no âmbito da Administração
Pública Municipal Direta e Indireta, com os seguintes objetivos:

I - reduzir a litigiosidade;

II - estimular a solução adequada de controvérsias;

III - promover, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos;

IV - aprimorar o gerenciamento do volume de demandas administrativas e


judiciais.

Parágrafo único. A política de que trata esta Lei visa atender às disposições das Leis
Federais nº 10.259, de 12 de julho de 2001, nº 12.153, de 22 de dezembro de 2009, nº
13.105, de 16 de março de 2015 – Código de Processo Civil, e nº 13.140, de 26 de
junho de 2015, bem como das leis que vierem a substituí-las.

Art. 592. A Política de Desjudicialização será coordenada pela Procuradoria Geral


do Município, cabendo-lhe, dentre outras ações:

I - dirimir, por meios autocompositivos, os conflitos entre órgãos e entidades da


Administração Pública Municipal Direta e Indireta;

II - avaliar a admissibilidade de pedidos de resolução de conflitos, por meio de


composição, no caso de controvérsia entre particular e a Administração Pública
Municipal Direta e Indireta;

III - requisitar, aos órgãos e entidades da Administração Pública Municipal,


informações para subsidiar sua atuação;

IV - promover o arbitramento das controvérsias não solucionadas por meios


autocompositivos, na hipótese do inciso I;

V - promover, no âmbito de sua competência e quando couber, a celebração de


termo de ajustamento de conduta nos casos submetidos a meios autocompositivos;

VI - fomentar a solução adequada de conflitos, no âmbito de seus órgãos de


execução;

VII - propor, em regulamento, a organização e a uniformização dos procedimentos


e parâmetros para a celebração de acordos envolvendo a Administração Direta, bem
como as autarquias e fundações representadas judicialmente pela Procuradoria Geral
do Município, nos termos desta Lei;

VIII - disseminar a prática da negociação;

IX - coordenar as negociações realizadas por seus órgãos de execução;

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X - identificar e fomentar práticas que auxiliem na prevenção da litigiosidade;

XI - identificar matérias elegíveis à solução consensual de controvérsias.

Seção I

Dos Acordos
Art. 593. Os acordos de que trata esta Lei poderão consistir somente no
pagamento de débitos inscritos na dívida ativa municipal limitados até o valor de
R$ 510.000,00 para as dívidas tributárias e não tributárias, em parcelas mensais e
sucessivas, não se aplicando aos acordos firmados em Programas de Parcelamento
Incentivado – PPI anteriores à publicação desta Lei, regidos por legislação própria.

§ 1º A efetivação do parcelamento, por qualquer forma, implica confissão


irretratável do débito e renúncia ao direito sobre o qual se funda a defesa ou
recurso interposto no âmbito administrativo ou judicial, observando-se o
regramento próprio dos créditos municipais, inclusive em relação aos acréscimos
legais.

§ 2º Independentemente da origem ou natureza do débito, se inadimplida qualquer


parcela, após 60 dias, instaurar-se-á o processo de execução ou nele prosseguir-
se-á pelo saldo consolidado originalmente, devidamente corrigido, subtraindo-se os
valores já pagos.

Art. 594. Quando a controvérsia envolver a Administração Direta, bem como as


autarquias e fundações representadas judicialmente pela Procuradoria Geral do
Município, a autorização para a realização dos acordos previstos nesta Lei, inclusive
os judiciais, será conferida pelo Procurador Geral do Município, diretamente ou
mediante delegação.

Parágrafo único. Fica obrigatória a participação do advogado quando a solução


consensual da dívida ocorrer em processos judiciais já em trâmite.

Seção II

Da Mediação e Arbitragem
Art. 595. Para fins da Política de Desjudicialização de que trata a Lei nº 17.324, de 18
de março de 2020, os débitos tributários inscritos em dívida ativa relativos ao
desenquadramento do regime especial de recolhimento do ISS das sociedades
uniprofissionais, previsto no artigo 231, que tenham valor total de até R$ 510.000,00,
ficam sujeitos a acordos, transações ou remissões.

§ 1º Conforme disposto pelo Capítulo II da Lei nº 17.324, de 2020, os acordos de


qualquer espécie, incluindo transação tributária, até o limite de R$ 510.000,00, podem
englobar reduções, até a integralidade, de multas e juros de mora, bem como do
principal e de atualização monetária, desde que motivados, na forma do regulamento.

§ 2º Nas transações tributárias de que trata o “caput” deste artigo e a Lei nº 17.324,
de 2020, com causas de valor até 20 salários mínimos federais, as partes

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comparecerão para realizar a transação, podendo ser assistidas por advogados;
nas causas de valor superior, a assistência é obrigatória.

Seção III

Da Transação Tributária
Art. 596. Esta Seção estabelece os requisitos e as condições para que o Município,
as suas autarquias e fundações, e os devedores ou partes adversas realizem
transação resolutiva de litígio relativo à cobrança de créditos de natureza tributária e
não tributária inscritos em dívida ativa.

§ 1º O Município, em juízo de oportunidade e conveniência, poderá celebrar transação


em quaisquer das modalidades de que se trata esta Seção, sempre que,
motivadamente, entender que a medida atenda ao interesse público.

§ 2º Para fins de aplicação e regulamentação desta Seção desta Lei, serão


observados, dentre outros, os princípios da isonomia, da capacidade contributiva,
da transparência, da moralidade, da razoável duração dos processos e da
eficiência e, resguardadas as informações protegidas por sigilo, o princípio da
publicidade.

§ 3º Aplica-se o disposto na Seção III desta Lei:

I - (VETADO)

II - à dívida ativa municipal inscrita, de natureza tributária e não tributária, cobrada


judicial ou extrajudicialmente pela Procuradoria Geral do Município, nos termos do
art. 87 da Lei Orgânica do Município.

III - no que couber, à dívida ativa de autarquias e fundações municipais cuja


inscrição e cobrança, judicial e extrajudicial, sejam legalmente atribuídas à
Procuradoria Geral do Município;

IV - às execuções fiscais e às ações antiexacionais, principais ou incidentais, que


questionem a obrigação a ser transacionada, parcial ou integralmente;

V - excepcionalmente, conforme disposto em lei especial, à débitos não inscritos


em dívida ativa.

§ 4º A transação de créditos de natureza tributária será realizada nos termos do art.


171 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966.

Art. 597. Para fins da Seção III desta Lei, são modalidades de transação:

I - transação por adesão a proposta da Procuradoria Geral do Município, nos


termos e condições estabelecidos em edital;

II - transação individual proposta pela Procuradoria Geral do Município;

III - transação individual proposta por devedor com dívida ativa inscrita em
montante expressivo e reduzida capacidade de pagamento, conforme definido em ato

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do Procurador Geral do Município, ou por devedor em recuperação judicial ou
extrajudicial.

Parágrafo único. As propostas de transação, em quaisquer de suas modalidades,


serão apresentadas pelo devedor ou divulgadas pela Procuradoria Geral do
Município em plataforma digital específica disponibilizada na internet, integrada aos
sistemas da dívida ativa.

Art. 597-A. É vedada a transação:

I - relativa a créditos tributários e não tributários que não estejam inscritos em dívida
ativa, ressalvado o disposto no art. 8º, § 3º, V;

II - relativa a créditos tributários e não tributários inscritos em dívida ativa cuja


arrecadação seja vinculada a órgãos, fundos ou despesas;

III - relativa a multas aplicadas pelo Tribunal de Contas do Município;

IV - relativa a multas aplicadas em decorrência da responsabilização de pessoas


jurídicas, na forma da Lei Federal nº 12.846, de 1º de agosto de 2013;

V - relativa a multas aplicadas pela prática de atos de improbidade administrativa;

VI - que resulte em crédito para o devedor dos débitos transacionados;

VII - com a aplicação de reduções em acumulação com quaisquer outras


asseguradas na legislação em relação aos débitos transacionados.

Art. 598. A proposta de transação deverá expor os meios para a extinção dos
créditos nela contemplados e estará condicionada, no mínimo, à assunção dos
seguintes compromissos pelo devedor:

I - não utilizar a transação de forma abusiva, com a finalidade de limitar, falsear ou


prejudicar de qualquer forma a livre concorrência ou a livre iniciativa econômica;

II - não utilizar pessoa natural ou jurídica interposta para ocultar ou dissimular a


origem ou a destinação de bens, de direitos e de valores, seus reais interesses ou a
identidade dos beneficiários de seus atos, em prejuízo da Fazenda Pública municipal;

III - não alienar nem onerar bens ou direitos sem a devida comunicação ao órgão
da Fazenda Pública municipal competente, quando exigível em decorrência de lei; e

IV - desistir dos embargos à execução e de outras ações antiexacionais que


tenham por objeto os débitos transacionados, bem como renunciar ao direito sobre
o qual se fundam, apresentando em juízo, para tanto, requerimento de extinção dos
respectivos processos com resolução do mérito, nos termos da alínea "c" do inciso III
do caput do art. 487 da Lei Federal nº 13.105, de 16 de março de 2015, no prazo de
60 dias contados da adesão, em caso de proposta de transação formulada pela
Procuradoria Geral do Município, ou do ato de deferimento de transação individual
proposta pelo devedor, devendo ainda, no mesmo prazo, proceder ao recolhimento
das respectivas custas e despesas processuais;

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V - aceitar, em caráter irretratável e irrevogável, a recepção de notificações
eletrônicas, dispensando-se a sua publicação no Diário Oficial da Cidade,
considerando-se o devedor notificado no prazo de 10 dias contados da
disponibilização da notificação diretamente em plataforma digital específica
disponibilizada na internet pela Procuradoria Geral do Município.

Art. 598-A. Os débitos inscritos em dívida ativa abrangidos pela transação serão
consolidados na data da apresentação ou adesão à proposta.

§ 1º Para fins do disposto no caput deste artigo, sobre os débitos inscritos abrangidos
pela transação, neles incluída a multa, incidirão atualização monetária, juros de mora,
custas, despesas processuais e honorários advocatícios devidos em razão do
procedimento de cobrança, nos termos da legislação aplicável.

§ 2º No caso de pagamento parcelado, o valor da verba honorária a que se refere o §


1º deste artigo deverá ser recolhido em idêntico número de parcelas e corrigido pelos
mesmos índices aplicáveis ao saldo devedor consolidado na transação com a
aplicação de eventuais reduções.

Art. 598-B. A transação, em quaisquer de suas modalidades, poderá contemplar os


seguintes benefícios, aplicados isolada ou cumulativamente sobre os débitos
consolidados na forma do art. 598-A desta Lei:

I - concessão de descontos em multas e juros;

II - concessão de parcelamento;

III - oferecimento de prazos e formas de pagamento especiais, incluídos o


diferimento e a moratória;

IV - o oferecimento, a substituição ou a alienação de garantias e de constrições.

§ 1º Os descontos referidos no inciso I do caput deste artigo observarão o limite


máximo de 95%.

§ 2º Os benefícios previstos nos incisos II e III do caput deste artigo observarão o


prazo máximo de 120 meses para a quitação dos débitos transacionados.

§ 3º Na hipótese de o benefício a ser concedido na transação configurar-se em


parcelamento, diferimento ou moratória, ao valor, por ocasião do pagamento de cada
parcela pelo devedor será acrescido juros equivalentes à taxa referencial do Sistema
Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC, acumulada mensalmente, calculados a
partir do mês subsequente ao da formalização do requerimento até o mês anterior ao
do pagamento, e de 1% relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo
efetuado.

§ 4º Se a transação envolver parcelamento:

I - ato específico do Procurador Geral do Município estabelecerá o valor mínimo da


prestação;

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II - o valor das custas devidas ao Estado em face da cobrança judicial dos débitos
deverá ser recolhido integralmente, juntamente com a primeira prestação.

§ 5º Excepcionalmente, mediante ato específico do Procurador Geral do Município, por


razões de força maior, a transação poderá envolver desconto sobre o valor principal
atualizado dos débitos inscritos em dívida ativa classificados como irrecuperáveis ou
de difícil recuperação, desde que, com a aplicação dos descontos em multas e juros,
não resulte em redução superior a 65% do valor total dos créditos a serem
transacionados.

§ 6º Na transação, quando os débitos não estiverem ajuizados, os mesmos descontos


incidentes sobre as multas deverão ser aplicados sobre a verba honorária.

§ 7º Na transação, poderão ser aceitas quaisquer modalidades de garantia


previstas em lei, inclusive garantias reais ou fidejussórias, seguro garantia, cessão
fiduciária de direitos creditórios, alienação fiduciária de bens imóveis, bem como
créditos líquidos e certos do contribuinte em desfavor do Município, reconhecidos em
decisão transitada em julgado.

Art. 598-C. As transigências referidas no art. 598-B serão fixadas pelo Procurador
Geral do Município:

I - nos editais de transação por adesão, a partir de estudos técnicos;

II - nas propostas individuais de transação propostas pela Procuradoria Geral do


Município;

III - no ato que decidir sobre propostas individuais propostas por devedores.

Parágrafo único. A fixação dos descontos, prazos e formas de pagamento


especiais e as condições de parcelamento observarão critérios preferencialmente
objetivos, considerados isolada ou cumulativamente, dentre os quais,
exemplificativamente, os seguintes:

I - grau de recuperabilidade das dívidas;

II - temporalidade das dívidas;

III - existência e grau de liquidez de garantias;

IV - existência de depósitos judiciais;

V - capacidade contributiva do devedor;

VI - probabilidade de êxito em demandas judiciais;

VII - frustração dos meios ordinários e convencionais de cobrança;

VIII - custos envolvidos na cobrança judicial.

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Art. 599. A proposta de transação não suspende a exigibilidade dos créditos por
ela abrangidos nem o andamento das respectivas execuções fiscais.

§ 1º O disposto no “caput” não afasta a possibilidade de suspensão do processo


judicial por convenção das partes, conforme o disposto no inciso II do “caput” do
artigo 313 da Lei nº 13.105, de 2015.

§ 2º O termo de transação, quando cabível, preverá a anuência das partes para fins de
suspensão convencional do processo de que trata o inciso II do “caput” do artigo 313
da Lei nº 13.105, de 2015, até a extinção dos créditos nos termos do disposto no § 6º
deste artigo ou eventual rescisão.

§ 3º A proposta de transação aceita e homologada suspende a exigibilidade dos


créditos tributários, mas não implica novação dos créditos por ela abrangidos.

§ 4º A aceitação da transação pelo devedor constitui confissão irretratável e


irrevogável dos créditos por ela abrangidos.

§ 5º (VETADO)

§ 6º Os créditos abrangidos pela transação somente serão extintos quando


integralmente cumpridas as condições previstas no respectivo termo.

§ 7º Caso envolva parcelamento, o não pagamento de parcela única ou da


primeira parcela da transação em até 60 dias contados do seu vencimento
implicará no seu cancelamento.

§ 8º Os valores depositados em juízo para garantia de ações judiciais incluídas na


transação serão integralmente imputados no valor líquido dos débitos, resolvendo-se o
saldo devedor por meio de pagamento ou parcelamento na própria transação e o saldo
credor por devolução em uma das ações em que os depósitos foram efetuados.

§ 9º Considera-se valor líquido dos débitos o valor a ser transacionado, depois da


aplicação de eventuais reduções.

§ 10 Quando a transação deferida envolver diferimento, moratória ou parcelamento,


aplica-se, para todos os fins, o disposto na lei tributária, especialmente nos incisos I e
VI do caput do art. 151 da Lei Federal nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código
Tributário Nacional).

Art. 600. Implicará a rescisão da transação:

I - o descumprimento das condições, das cláusulas ou dos compromissos


assumidos;

II - a constatação, pelo credor, de ato tendente ao esvaziamento patrimonial do


devedor como forma de fraudar o cumprimento da transação, ainda que realizado
anteriormente à sua celebração;

III - (VETADO)

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IV - a ocorrência de alguma das hipóteses rescisórias adicionalmente previstas no
respectivo termo de transação; ou

V - a comprovação de falsa declaração que ensejou a transação.

VI - a decretação da falência ou de extinção, pela liquidação, da pessoa jurídica


transigente;

VII - que contemplar parcelamento ou forma de pagamento especial,


independentemente de prévia notificação, se:

a) constatado o inadimplemento de 3 parcelas, consecutivas ou não, por


mais de 90 dias, ou o inadimplemento de qualquer parcela ou de eventual saldo
devedor verificado por mais de 90 dias contados a partir do primeiro dia útil
subsequente à data de vencimento da última prestação; e

b) o saldo devedor remanescente não for integralmente pago até o último


dia útil do mês subsequente à ocorrência de qualquer das hipóteses previstas na
alínea "a" do inciso VII deste artigo.

§ 1º (VETADO)

§ 2º É admitida a regularização do vício que ensejaria a rescisão durante o prazo


concedido para a impugnação, preservada a transação em todos os seus termos.

§ 3º Com exceção da hipótese prevista no inciso VII do caput deste artigo, o devedor
será notificado acerca da rescisão da transação, sendo facultada a apresentação de
impugnação, dotada de efeito suspensivo, no prazo de 30 dias.

§ 4º Ressalvada a hipótese prevista no inciso VII do caput deste artigo, no mesmo


prazo previsto para a impugnação, fica facultada ao devedor a regularização do vício
que ensejou a rescisão, preservada a transação em todos os seus termos, desde que
regularmente pagas as prestações que lhe são inerentes.

Art. 601. A rescisão da transação:

I - implicará o afastamento dos benefícios concedidos e a cobrança integral das


dívidas, deduzidos os valores já pagos, sem prejuízo de outras consequências
previstas no termo individual ou no edital para adesão a transação;

II - acarretará a imputação dos valores pagos na vigência da transação rescindida


aos débitos originais, nos termos da lei, como se transação não tivesse havido,
incluindo os acréscimos legais e processuais cabíveis, sem prejuízo de outras
consequências previstas no termo individual ou no edital para adesão a transação.

Parágrafo único. Aos contribuintes com transação rescindida é vedada, pelo prazo
de 2 anos, contado da data de rescisão, a formalização de nova transação, ainda
que relativa a débitos distintos.

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Seção IV

Da Transação Por Adesão


Art. 602. As propostas de transação por adesão serão divulgadas pela
Procuradoria Geral do Município, mediante editais disponibilizados em plataforma
digital específica disponibilizada na rede mundial de computadores.

§ 1º Os editais especificarão as exigências e as condições a serem cumpridas, as


reduções ou concessões oferecidas, os prazos e as formas de pagamento admitidas,
observados os termos, condições e parâmetros previamente estabelecidos nesta Lei.

§ 2º É vedada a acumulação das reduções oferecidas pelo edital com quaisquer


outras asseguradas na legislação em relação aos créditos abrangidos pela proposta
de transação.

§ 3º O edital estabelecerá o prazo para adesão à transação e eventual limitação de


sua abrangência a créditos que se encontrem em determinadas etapas do
macroprocesso tributário ou que sejam referentes a determinados períodos de
competência.

§ 4º A celebração de transação, nos termos definidos no edital de que se trata o


“caput”, compete:

I – (REVOGADO); e

II - à Procuradoria-Geral do Município, nas demais hipóteses legais.

Art. 603. A transação será rescindida quando:

I - contrariar decisão judicial definitiva prolatada antes da celebração da transação;

II - for comprovada a existência de prevaricação, concussão ou corrupção


passiva na sua formação;

III - ocorrer dolo, fraude, simulação, erro essencial quanto à pessoa ou quanto ao
objeto do conflito; ou

IV - for constatada a inobservância de quaisquer disposições desta Lei ou do


edital.

Parágrafo único. A rescisão da transação e sua eventual adesão por parte do


sujeito passivo não autorizam a restituição ou a compensação de importâncias pagas,
compensadas ou incluídas em parcelamentos cuja opção tenha ocorrido anteriormente
à celebração do respectivo termo.

Art. 603-A. Ato do Procurador Geral do Município disciplinará:

I - os procedimentos necessários à aplicação do disposto nesta Seção, inclusive


quanto à rescisão da transação;

II - a possibilidade de condicionar a transação ao pagamento de entrada, à


apresentação de garantia e à manutenção das garantias já existentes;

19
III - as situações em que a transação somente poderá ser celebrada por adesão,
autorizado o não conhecimento de eventuais propostas de transação individual;

IV - o formato e os requisitos da proposta de transação e os documentos que


deverão ser apresentados;

V - os parâmetros para aferição do grau de recuperabilidade das dívidas, quando


houver seu emprego como critério para a fixação dos descontos, prazos e formas de
pagamento especiais e as condições de parcelamento;

VI - os parâmetros para aceitação da transação individual e a concessão de


descontos.

§ 1º Resguardados os dados pessoais, a intimidade e o sigilo fiscal, haverá a


divulgação em meio eletrônico das partes, valores e modalidades das transações que
forem deferidas, ficando vedada a publicização da situação econômica ou financeira
dos proponentes ou aderentes a terceiros.

§ 2º As informações e a metodologia empregada pela Procuradoria Geral do Município


para classificar o devedor de acordo com o grau de recuperabilidade da dívida são
considerados sigilosos, podendo ser divulgados exclusivamente ao próprio devedor ou
ao seu representante legalmente constituído.

Art. 603-B. A transação prevista nesta Seção, em quaisquer de suas modalidades,


não caracteriza renúncia de receita para fins do disposto no art. 14 da Lei
Complementar Federal nº 101, de 4 de maio de 2000.

Art. 603-C. Aplica-se subsidiariamente à transação o disposto na Seção I deste


Capítulo, naquilo que for compatível com as disposições desta Seção.

20
Política de
Desjudicialização

Objetivos:

Reduzir a litigiosidade;

Estimular a solução adequada de controvérsias;

Promover, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos;

Aprimorar o gerenciamento do volume de demandas


administrativas e judiciais.

A Política de Desjudicialização será coordenada pela Procuradoria Geral do


Município, cabendo-lhe, dentre outras ações:

Dirimir, por meios autocompositivos, os conflitos entre órgãos e entidades da


Administração Pública Municipal Direta e Indireta;

Avaliar a admissibilidade de pedidos de resolução de conflitos, por meio de


composição, no caso de controvérsia entre particular e a Administração Pública
Municipal Direta e Indireta;

Requisitar, aos órgãos e entidades da Administração Pública Municipal,


informações para subsidiar sua atuação;

Promover o arbitramento das controvérsias não solucionadas por meios


autocompositivos, na hipótese do inciso I;

Promover, no âmbito de sua competência e quando couber, a celebração de


termo de ajustamento de conduta nos casos submetidos a meios
autocompositivos;

Fomentar a solução adequada de conflitos, no âmbito de seus órgãos de


execução;

21
Propor, em regulamento, a organização e a uniformização dos procedimentos e
parâmetros para a celebração de acordos envolvendo a Administração Direta,
bem como as autarquias e fundações representadas judicialmente pela
Procuradoria Geral do Município, nos termos desta Lei;

Disseminar a prática da negociação;

Coordenar as negociações realizadas por seus órgãos de execução;

Identificar e fomentar práticas que auxiliem na prevenção da litigiosidade;

Identificar matérias elegíveis à solução consensual de controvérsias.

Acordos

Os acordos poderão consistir somente no pagamento de débitos inscritos


na dívida ativa municipal limitados até o valor de R$ 510.000,00 para as
dívidas tributárias e não tributárias, em parcelas mensais e sucessivas

Atenção! não se aplica aos acordos firmados em Programas de


Parcelamento Incentivado – PPI anteriores à publicação desta Lei

22
A efetivação do parcelamento implicará na:

Confissão irretratável do débito;

Renúncia ao direito sobre o qual se funda a defesa ou recurso


interposto no âmbito administrativo ou judicial.

Se inadimplida qualquer parcela, após 60 dias, instaurar-se-á o processo


de execução ou nele prosseguir-se-á pelo saldo consolidado originalmente,
devidamente corrigido, subtraindo-se os valores já pagos.

É obrigatória a participação do advogado quando a solução


consensual da dívida ocorrer em processos judiciais já em trâmite.

Transação Tributária

Isonomia

Capacidade contributiva

Transparência

Princípios da
transação Moralidade

Razoável duração dos processos

Eficiência

publicidade (resguardadas as
informações protegidas por sigilo)

23
Modalidades de transação

Transação por adesão a proposta da Procuradoria Geral do Município,


Transação individual proposta pela Procuradoria Geral do Município;
Transação individual proposta por devedor com dívida ativa inscrita em
montante expressivo e reduzida capacidade de pagamento, conforme
definido em ato do Procurador Geral do Município, ou por devedor em
recuperação judicial ou extrajudicial.

Caso envolva parcelamento, o não pagamento de parcela única ou da primeira


parcela da transação em até 60 dias contados do seu vencimento implicará no seu
cancelamento.

24
CAPÍTULO V

DEMAIS DISPOSIÇÕES GERAIS RELATIVAS AOS TRIBUTOS MUNICIPAIS


Art. 608. São pessoalmente responsáveis:

I - o adquirente do imóvel, pelos débitos do alienante existentes à data do título


de transferência, salvo quando conste deste prova de quitação, limitada esta
responsabilidade, nos casos de arrematação em hasta pública, ao montante do
respectivo preço;

II - o espólio pelos débitos do “de cujus”, existentes à data da abertura da


sucessão;

III - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos débitos do espólio


existentes à data da adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do
quinhão, legado ou meação;

IV - a pessoa jurídica resultante de fusão, transformação ou incorporação, pelos


débitos das sociedades fusionadas, transformadas ou incorporadas, existentes à data
daqueles atos.

Parágrafo único. O disposto no inciso IV aplica-se aos casos de extinção de pessoas


jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja
continuada por qualquer sócio remanescente ou seu espólio, sob a mesma ou outra
razão social ou sob firma individual.

Art. 609. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por
qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou
profissional e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão
social, ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo
ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato:

I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou


atividade;

II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar,


dentro de 6 meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em
outro ramo de comércio, indústria ou profissão.

Art. 610. Respondem solidariamente com o contribuinte, em casos em que não se


possa exigir deste o pagamento do tributo, nos atos em que intervierem ou pelas
omissões por que forem responsáveis:

I - os pais, pelos débitos dos filhos menores;

II - os tutores e curadores, pelos débitos dos seus tutelados ou curatelados; III - os


administradores de bens de terceiros, pelos débitos destes;

IV - o inventariante, pelos débitos do espólio;

V - o síndico e o comissário, pelos débitos da massa falida ou do concordatário;

25
VI - os sócios, no caso de liquidação de sociedades de pessoas, pelos débitos destas.

Art. 611. O proprietário de lote fiscal resultante de área maior já desdobrada,


englobada ou remembrada, em situação de débito, inscrito ou não na dívida ativa,
perante a Municipalidade, não responderá solidariamente pelo débito da área
maior, tornando-se responsável apenas pela parte da dívida correspondente à sua
fração.

Art. 612. Considera-se domicílio tributário do sujeito passivo o território do


Município.

Art. 613. Enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública, poderão ser efetuados
lançamentos omitidos, por qualquer circunstância, nas épocas próprias, bem como
lançamentos complementares de outros viciados por irregularidade ou erro de fato.

Parágrafo único. No caso deste artigo, o débito decorrente do lançamento anterior,


quando quitado, será considerado como pagamento parcial do crédito resultante
do lançamento complementar.

Art. 614. Salvo disposição em contrário constante desta Consolidação, o processo


tributário administrativo do Município é o regulado pela legislação municipal em vigor.

Art. 615. Os Títulos do Tesouro do Município, instituídos pela Lei nº 7.945, de 29 de


outubro de 1973, terão poder liberatório, pelo seu valor de resgate, 30 dias após
seu vencimento, para pagamento de quaisquer tributos municipais.

Art. 616. Os débitos para com a Fazenda Municipal, de qualquer natureza, inclusive
fiscal, constituídos ou não, inscritos ou não, quando não pagos até a data do
vencimento, serão atualizados monetariamente pela variação do Índice de Preços ao
Consumidor Amplo – IPCA, apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
– IBGE, observado o seguinte:

I - débitos vencidos a partir de 1º de fevereiro de 2002 serão atualizados,


mensalmente, pela variação acumulada entre os índices divulgados no mês do
vencimento da obrigação e no mês anterior ao do efetivo pagamento;

II - débitos vencidos até 1º de janeiro de 2000 serão atualizados até essa data pela
legislação então vigente. A partir de então serão atualizados pela variação do IPCA
acumulada até 1º de fevereiro de 2002;

III - débitos vencidos entre 1º de janeiro de 2000 e 1º de fevereiro de 2002 serão


atualizados pela variação do IPCA acumulada nesse período;

IV - os débitos de que tratam os incisos II e III deste artigo serão atualizados,


mensalmente, a partir de 1º de fevereiro de 2002, na forma do inciso I.

§ 1º A Secretaria Municipal da Fazenda fica autorizada a divulgar coeficiente de


atualização monetária, para os fins do disposto no “caput” deste artigo.

§ 2º A atualização monetária e os juros de mora incidirão sobre o valor integral do


crédito, neste compreendida a multa.

26
§ 3º Os juros moratórios serão calculados à razão de 1% ao mês, sobre o montante
do débito corrigido monetariamente, calculados a partir do mês imediato ao
vencimento, sendo contado como mês completo qualquer fração dele.

§ 4º Em caso de extinção do índice previsto no “caput” deste artigo, será adotado


outro índice criado por legislação federal e que reflita a perda do poder aquisitivo da
moeda.

Art. 617. A atualização estabelecida na forma do artigo anterior aplicar-se-á,


inclusive, aos débitos cuja cobrança seja suspensa por medida administrativa ou
judicial, salvo se o interessado houver depositado, em moeda, a importância
questionada.

§ 1º Na hipótese de depósito parcial, far-se-á a atualização da parcela não


depositada.

§ 2º O depósito elide, ainda, a aplicação da multa moratória, dos juros ou de


ambos, consoante seja efetuado antes do prazo fixado para a incidência da multa,
dos juros ou de ambos.

Art. 618. O valor do depósito, se devolvido por terem sido julgados procedentes
reclamações, recursos ou medidas judiciais, será atualizado monetariamente, em
consonância com as disposições desta Consolidação.

Art. 619. Fica extinta, a partir de 1º de janeiro de 1996, a Unidade de Valor Fiscal do
Município de São Paulo – UFM.

§ 1º Em todos os dispositivos da legislação tributária municipal onde figura a Unidade


de Valor Fiscal do Município de São Paulo – UFM, passa a figurar, a partir de 1º de
janeiro de 1996, em substituição a essa unidade, a Unidade Fiscal de Referência –
UFIR, ou qualquer outra unidade monetária de conta fiscal federal que, a qualquer
tempo, seja utilizada em seu lugar.

§ 2º Sem prejuízo da substituição prevista no § 1º deste artigo, quando a expressão


monetária dos tributos, multas tributárias, multas moratórias, alíquotas, pisos, tetos,
faixas de tributação – ou qualquer outro valor de natureza tributária constante da
legislação tributária municipal – for determinada por uma quantidade de Unidade de
Valor Fiscal do Município de São Paulo – UFM, fica o numeral representativo desta
quantidade multiplicado pelo fator 47,66096, a partir de 1º de janeiro de 1996.

Art. 620. Os valores que, na legislação vigente, estejam fixados em Unidades Fiscais
de Referência – UFIR, serão convertidos em Reais, observando-se a equivalência de
R$ 1,0641 para cada UFIR, cujo valor ora adotado corresponde àquele fixado para 1º
de janeiro de 2000.

Art. 621. A partir do exercício de 2001, inclusive, os valores convertidos na forma do


artigo anterior serão atualizados, em 1º de janeiro de cada exercício, pela variação do
Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, apurado pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística – IBGE, acumulada no exercício anterior.

27
Parágrafo único. Em caso de extinção do índice previsto no “caput” deste artigo, será
adotado outro índice criado por legislação federal e que reflita a perda do poder
aquisitivo da moeda.

Art. 622. As unidades responsáveis da Prefeitura, uma vez decorridos os prazos


recursais sem o devido recolhimento ou os prazos estabelecidos em lei para
pagamento, deverão remeter à Procuradoria Geral do Município, no prazo máximo
de 90 dias, os expedientes relativos a débitos de natureza tributária e não-tributária
para apuração de liquidez e certeza do crédito, consequente inscrição na Dívida Ativa
e imediata adoção de providências de cobrança amigável ou judicial.

Art. 623. A devolução dos tributos indevidamente pagos, ou pagos a maior, será
feita pelo seu valor corrigido monetariamente de acordo com os índices oficiais
adotados para atualização dos débitos fiscais, até a regular intimação do interessado
para receber a importância a ser devolvida.

Art. 624. Fica vedada a concessão de isenção ou benefício de natureza tributária,


bem como a outorga de qualquer forma de licenciamento e certificação ambiental
pelo Poder Público Municipal, aos proprietários de imóveis localizados no Município
de São Paulo que tenham descumprido Termo de Compromisso Ambiental – TCA
ou Termo de Ajustamento de Conduta Ambiental – TAC firmados com órgão
ambiental municipal.

Parágrafo único. As restrições estabelecidas no “caput” deste artigo aplicam-se não


só aos proprietários, mas solidariamente a todos que sejam responsáveis a
qualquer título, tais como concessionários, compromissários, locatários e
comodatários, pessoas físicas ou jurídicas, por imóveis localizados no Município de
São Paulo, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.

Art. 625. As restrições de que trata o artigo anterior serão suspensas quando:

I - for comprovado o cumprimento integral do Termo de Compromisso Ambiental –


TCA ou do Termo de Ajustamento de Conduta – TAC, quando for o caso;

II - for apresentado laudo emitido pelo órgão público ambiental competente,


quando for o caso, comprovando o cumprimento das exigências legais;

III - for apresentado comprovante do pagamento de multas, quando for o caso;

IV - for apresentado atestado de regularização, expedido pela vigilância sanitária,


quando for o caso, de controle, monitoramento e responsabilização do agente
contaminador.

Art. 626. O Município de São Paulo fica proibido de conceder incentivo ou


benefício fiscal a pessoa jurídica em cujo respectivo quadro societário figure
pessoa condenada por corrupção de qualquer espécie ou improbidade
administrativa, por decisão judicial transitada em julgado.

§ 1º O controle das pessoas que incidam na proibição de que trata o “caput” será
efetuado por sistema informatizado, gerido conjuntamente pela Secretaria Municipal

28
da Fazenda, pela Procuradoria Geral do Município e pela Controladoria Geral do
Município, na forma do regulamento.

§ 2º Até que o sistema de que trata o § 1º seja disponibilizado, a Administração


Municipal deverá exigir das pessoas jurídicas solicitantes declaração de seu
representante legal, sob as penas da lei, inclusive do art. 299 do Código Penal, de
que não incide nas vedações de que trata esta Lei.

§ 3º O sistema de que trata o § 1º deverá, também, efetuar o controle das pessoas


físicas que estejam proibidas de receber incentivos ou benefícios fiscais por efeito de
sentença condenatória transitada em julgado, bem como daquelas condenadas por
corrupção de qualquer espécie ou improbidade administrativa.

§ 4º A partir da disponibilização do sistema de que trata o § 1º, ficará igualmente


vedada a concessão de benefícios ou incentivos fiscais a pessoas físicas que nele
constem como condenadas por corrupção de qualquer espécie ou improbidade
administrativa, mesmo que tal vedação não tenha sido expressamente estabelecida
como efeito da respectiva sentença condenatória.

§ 5º O sistema de que trata o § 1º deverá ser disponibilizado até o dia 31 de


dezembro de 2023.

§ 6º A isenção de que trata a Lei nº 14.493, de 9 de agosto de 2007, possui natureza


indenizatória, e destina-se à recomposição, no todo ou em parte, dos prejuízos
materiais sofridos pelo respectivo titular do imóvel atingido por enchente, pelo que não
se aplica àquele benefício fiscal a vedação de que trata o “caput” deste artigo, ficando
vedada, para sua concessão, a consulta ao sistema de que trata o § 1º, ou a exigência
da declaração de que trata o § 2º.

§ 7º O § 6º deste artigo produzirá efeitos para requerimentos de isenção cuja causa de


pedir sejam enchentes ocorridas a partir de 1º de janeiro de 2022.

Art. 627. As empresas que celebrarem acordo de leniência, após o cumprimento


das sanções previstas na Lei Federal nº 12.846, de 1° de agosto de 2013,
especialmente o pagamento de multas pelos atos ilícitos praticados, terão suspensa
a vedação prevista no artigo anterior.

Art. 628. Os créditos tributários inscritos na dívida ativa do Município de São


Paulo poderão ser extintos pelo devedor, pessoa física ou jurídica, parcial ou
integralmente, mediante dação em pagamento de bem imóvel, situado neste
Município, a qual só se aperfeiçoará após a aceitação expressa da Fazenda
Municipal, observados o interesse público, a conveniência administrativa e os critérios
dispostos nesta lei.

Parágrafo único. Quando o crédito for objeto de execução fiscal, a proposta de


dação em pagamento poderá ser formalizada em qualquer fase processual,
desde que antes da designação de praça dos bens penhorados, ressalvado o
interesse da Administração de apreciar o requerimento após essa fase.

Art. 629. Para os efeitos desta lei, só serão admitidos imóveis comprovadamente
livres e desembaraçados de quaisquer ônus ou dívidas, exceto aquelas apontadas

29
junto ao Município de São Paulo, e cujo valor, apurado em regular avaliação, seja
compatível com o montante do crédito fiscal que se pretenda extinguir.

Parágrafo único. De acordo com o artigo 930 do Código Civil, a dação em


pagamento poderá ser formalizada através de imóvel de terceiro, em benefício do
devedor, desde que este intervenha como anuente na operação, tanto no
requerimento previsto nesta lei, quanto na respectiva escritura.

Art. 630. O procedimento destinado à formalização da dação em pagamento


compreenderá as seguintes etapas, sucessivamente:

I - análise do interesse e da viabilidade da aceitação do imóvel pelo Município;

II - avaliação administrativa do imóvel;

III - lavratura da escritura de dação em pagamento, que acarretará a extinção das


ações, execuções e embargos relacionados ao crédito tributário que se pretenda
extinguir.

Art. 631. Fica o Poder Executivo autorizado a instituir autoridade certificadora digital,
para fins de emissão de documentos fiscais exigidos pela legislação tributária
municipal, conforme dispuser o regulamento.

Art. 632. Fica a Procuradoria Geral do Município autorizada a não ajuizar ações ou
execuções fiscais de débitos tributários e não tributários de valores consolidados
iguais ou inferiores a R$ 15.000,00.

§ 1º O valor consolidado a que se refere o "caput" é o resultante da atualização do


respectivo débito originário, mais os encargos e os acréscimos legais ou
contratuais vencidos até a data da apuração.

§ 2º Na hipótese de existência de vários débitos de um mesmo devedor inferiores


ao limite fixado no "caput" que, consolidados por identificação de inscrição cadastral
na Dívida Ativa, superarem o referido limite, deverá ser ajuizada uma única
execução fiscal.

§ 3º Fica ressalvada a possibilidade de propositura de ação judicial cabível nas


hipóteses de valores consolidados inferiores ao limite estabelecido no "caput" deste
artigo, a critério do Procurador Geral do Município.

§ 4º O valor previsto no "caput" poderá ser atualizado monetariamente, a critério do


Executivo, mediante ato do Procurador Geral do Município, ouvida a Secretaria
Municipal da Fazenda, sempre no mês de janeiro de cada ano, de acordo com a
variação, nos 12 meses imediatamente anteriores, do Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo – IPCA, apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
– IBGE, ou outro índice que venha a substituí-lo.

§ 5º A Procuradoria Geral do Município poderá, mediante portaria, estabelecer pisos


de ajuizamento diferenciados de acordo com a natureza do crédito, respeitado o limite
previsto no “caput” deste artigo.

30
Art. 633. Fica autorizada a compensação pelo Município de São Paulo, na forma do
artigo 170 da Lei Federal nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário
Nacional), de créditos tributários detidos pelo Município de São Paulo em face de
empresas estatais municipais, cujo controle societário lhe pertença (Município),
com débitos de qualquer natureza, inclusive os decorrentes de ações subscritas e
não integralizadas em dinheiro pelo Município.

Parágrafo único. A compensação de que trata o “caput” deste artigo não poderá
ocorrer em prejuízo da participação de eventuais acionistas minoritários, aos quais
deverá ser assegurado o direito de preferência de que trata o artigo 171 da Lei Federal
nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976.

Art. 634. O Poder Executivo publicará, no prazo de até 30 dias anteriores ao envio
ao Poder Legislativo dos projetos de Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e de Lei
Orçamentária Anual – LOA o Relatório Simplificado de Arrecadação Tributária
Municipal – RSATM, referente ao semestre civil imediatamente anterior ao semestre
em que for publicado.

§ 1º O relatório de que trata o “caput” deste artigo será publicado em sítio da


internet, permitindo o acesso público, por pessoa física ou jurídica,
independentemente de justificativa.

§ 2º O sistema possibilitará download do arquivo a qualquer interessado no


recebimento de cópia digital do relatório.

Art. 635. O Relatório Simplificado de Arrecadação Tributária Municipal – RSATM


conterá as seguintes informações, dentre outras que se fizerem necessárias para sua
implementação:

I - montante arrecadado de tributos no semestre, discriminado por tributo e


segregado pelo que foi arrecadado através de parcelamento, dívida ativa ou
recolhimento espontâneo;

II - com relação ao Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS e ao Imposto


Predial e Territorial Urbano – IPTU, número de contribuintes:

a) adimplentes;

b) inadimplentes;

III - valor da renúncia fiscal por tributo, para os tributos de arrecadação própria do
Município;

IV - com relação ao IPTU, valor arrecadado por distrito.

Art. 636. Ressalvado em qualquer hipótese o sigilo fiscal, o Poder Executivo


encaminhará à Câmara Municipal, semestralmente, e disponibilizará em seu sítio
na rede mundial de computadores, relatório contendo, no mínimo, receita
potencial do programa, número de adesões e valores totais incluídos no programa
de pessoas físicas e jurídicas, e, no caso do Imposto sobre Serviços – ISS, a adesão
segregada por itens constantes da lista de serviços anexa à Lei Complementar nº

31
116, de 31 de julho de 2003, número de parcelamentos ativos de pessoas físicas e
jurídicas, número de parcelamentos rompidos de pessoas físicas e jurídicas.

Parágrafo único. O Poder Executivo não efetuará a divulgação relativa ao ISS de que
trata o “caput”, tampouco os incluirá na segregação a que se refere sua parte final,
quanto os itens da lista de serviços para os quais, em razão das características dos
respectivos prestadores ou de seu número reduzido, tal divulgação ou segregação
permita a potencial identificação dos prestadores.

32
Demais Disposições Gerais Relativa
aos Tributos Municipais

Atenção!

Alguns tópicos são idênticos ao CTN.

Responsabilidade

1. Responsabilidade Pessoal:

São pessoalmente responsáveis:

O adquirente do imóvel, pelos débitos do alienante existentes à


data do título de transferência, salvo quando conste deste prova
de quitação, limitada esta responsabilidade, nos casos de
arrematação em hasta pública, ao montante do respectivo preço;

O espólio pelos débitos do “de cujus”, existentes à data da


abertura da sucessão;

O sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos débitos do


espólio existentes à data da adjudicação, limitada esta
responsabilidade ao montante do quinhão, legado ou meação;

A pessoa jurídica resultante de fusão, transformação ou


incorporação, pelos débitos das sociedades fusionadas,
transformadas ou incorporadas, existentes à data daqueles atos.

33
2. Responsabilidade por Sucessão:

A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer
título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional
e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social, ou sob
firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou
estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato:

Integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou


atividade;

Subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou


iniciar, dentro de 6 meses a contar da data da alienação, nova atividade no
mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.

3. Responsabilidade Solidária (com características de subsidiária)

Respondem solidariamente com o contribuinte, em casos em que não se possa


exigir deste o pagamento do tributo, nos atos em que intervierem ou pelas
omissões por que forem responsáveis:

Os pais, pelos débitos dos filhos menores;

Os tutores e curadores, pelos débitos dos seus tutelados ou


curatelados; III - os administradores de bens de terceiros, pelos
débitos destes;

O inventariante, pelos débitos do espólio;

O síndico e o comissário, pelos débitos da massa falida ou do


concordatário;

Os sócios, no caso de liquidação de sociedades de pessoas, pelos


débitos destas.

34
Dívida Ativa

As unidades responsáveis da Prefeitura, uma vez decorridos os prazos recursais


sem o devido recolhimento ou os prazos estabelecidos em lei para pagamento,
deverão remeter à Procuradoria Geral do Município, no prazo máximo de 90 dias,
os expedientes relativos a débitos de natureza tributária e não-tributária para
apuração de liquidez e certeza do crédito, consequente inscrição na Dívida Ativa e
imediata adoção de providências de cobrança amigável ou judicial.

Proibições de
isenções/Benefícios

Fica vedada a concessão de isenção ou benefício de natureza tributária, bem


como a outorga de qualquer forma de licenciamento e certificação ambiental pelo
Poder Público Municipal, aos proprietários de imóveis localizados no Município de
São Paulo que tenham descumprido Termo de Compromisso Ambiental – TCA ou
Termo de Ajustamento de Conduta Ambiental – TAC firmados com órgão
ambiental municipal.

vedada a concessão de
isenção ou benefício para
aqueles que descumpram

Termo de Compromisso Termo de Ajustamento de


Ambiental – TCA Conduta Ambiental – TAC

As restrições aplicam-se a todos que sejam responsáveis a qualquer título

35
As restrições serão suspensas quando:

For comprovado o cumprimento integral do Termo de Compromisso Ambiental


TCA ou do Termo de Ajustamento de Conduta TAC, quando for o caso;

For apresentado laudo emitido pelo órgão público ambiental competente,


quando for o caso, comprovando o cumprimento das exigências legais;

For apresentado comprovante do pagamento de multas, quando for o caso;

For apresentado atestado de regularização, expedido pela vigilância sanitária,


quando for o caso, de controle, monitoramento e responsabilização do agente
contaminador.

Proibições de
incentivos/Benefícios

O Município de São Paulo fica proibido de conceder incentivo ou benefício fiscal a


pessoa jurídica em cujo respectivo quadro societário figure pessoa condenada por
corrupção de qualquer espécie ou improbidade administrativa, por decisão
judicial transitada em julgado.

O controle das pessoas que incidam na proibição será efetuado por sistema
informatizado

Até que o sistema seja disponibilizado, a Administração Municipal deverá exigir


das pessoas jurídicas solicitantes declaração de seu representante legal

O sistema deverá, também, efetuar o controle das pessoas físicas que estejam
proibidas de receber incentivos ou benefícios fiscais por efeito de sentença
condenatória transitada em julgado, bem como daquelas condenadas por
corrupção de qualquer espécie ou improbidade administrativa.

O sistema deverá ser disponibilizado até o dia 31 de dezembro de 2023.

As empresas que celebrarem acordo de leniência terão suspensa a vedação


prevista

36
Dação em Pagamento

Os créditos tributários inscritos na dívida ativa do Município de São Paulo poderão


ser extintos pelo devedor mediante dação em pagamento de bem imóvel

Obs: Quando o crédito for objeto de execução fiscal, a proposta de dação em


pagamento poderá ser formalizada em qualquer fase processual, desde que
antes da designação de praça dos bens penhorados

Requisitos

Imóveis situados no município de São Paulo

imóveis comprovadamente livres e desembaraçados de quaisquer ônus ou


dívidas, exceto aquelas apontadas junto ao Município de São Paulo, e cujo valor,
apurado em regular avaliação, seja compatível com o montante do crédito fiscal

Etapas

O procedimento destinado à formalização da dação em pagamento


compreenderá as seguintes etapas, sucessivamente:

Análise do interesse e da viabilidade da aceitação do imóvel pelo Município;


Avaliação administrativa do imóvel;
Lavratura da escritura de dação em pagamento, que acarretará a extinção das
ações, execuções e embargos relacionados ao crédito tributário que se
pretenda extinguir.

37
TÍTULO VI

CADASTRO INFORMATIVO MUNICIPAL – CADIN MUNICIPAL

Art. 637. Fica criado o Cadastro Informativo Municipal – CADIN MUNICIPAL,


contendo as pendências de pessoas físicas e jurídicas perante órgãos e entidades
da Administração Pública Direta e Indireta do Município de São Paulo.

Art. 638. São consideradas pendências passíveis de inclusão no CADIN


MUNICIPAL:

I - as obrigações pecuniárias vencidas e não pagas; e

II - a ausência de prestação de contas, exigível em razão de disposição legal ou


cláusulas de convênio, acordo ou contrato.

Art. 639. A existência de registro no CADIN MUNICIPAL impede os órgãos e


entidades da Administração Municipal de realizarem os seguintes atos, com
relação às pessoas físicas e jurídicas a que se refere:

I - celebração de convênios, acordos, ajustes ou contratos que envolvam o


desembolso, a qualquer título, de recursos financeiros;

II - repasses de valores de convênios ou pagamentos referentes a contratos;

III - concessão de auxílios e subvenções;

IV - concessão de incentivos fiscais e financeiros.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às operações destinadas à


composição e regularização das obrigações e deveres objeto de registro no
CADIN MUNICIPAL, sem desembolso de recursos por parte do órgão ou da entidade
credora.

Art. 640. A inclusão de pendências no CADIN MUNICIPAL deverá ser realizada no


prazo de até 30 dias, contados da inadimplência, pelas seguintes autoridades:

I - Secretário Municipal, no caso de inadimplência com relação a deveres


subordinados à respectiva Pasta;

II - Superintendente, no caso de inadimplência com relação a deveres subordinados à


respectiva Autarquia Municipal;

III - Presidente, no caso de inadimplência com relação a deveres subordinados à


respectiva Empresa Municipal.

IV - demais autoridades, nos termos do regulamento.

§ 1º A atribuição prevista no “caput” deste artigo poderá ser delegada, pelas


autoridades ali indicadas, a servidor lotado na respectiva Secretaria, Autarquia ou
Empresa Municipal, mediante ato devidamente publicado no Diário Oficial do
Município.

38
§ 2º A inclusão no CADIN no prazo previsto no “caput” deste artigo somente será
feita após a comunicação por escrito, seja via postal ou telegráfica, ao devedor,
no endereço indicado no instrumento que deu origem ao débito, considerando-se
entregue após 15 dias da respectiva expedição.

§ 3º A comunicação ao devedor, prevista no § 2º deste artigo, poderá,


alternativamente, ser realizada por meio do DEC – Domicílio Eletrônico do
Cidadão Paulistano, instituído pela Lei nº 15.406, de 8 de julho de 2011.

Art. 641. O CADIN MUNICIPAL conterá as seguintes informações:

I - identificação do devedor, na forma do regulamento;

II - data da inclusão no cadastro;

III - órgão responsável pela inclusão.

Art. 642. Os órgãos e entidades da Administração Municipal manterão registros


detalhados das pendências incluídas no CADIN MUNICIPAL, permitindo irrestrita
consulta pelos devedores aos seus respectivos registros, nos termos do regulamento.

Art. 643. A inexistência de registro no CADIN MUNICIPAL não configura


reconhecimento de regularidade de situação, nem elide a apresentação dos
documentos exigidos em lei, decreto e demais atos normativos.

Art. 644. O registro do devedor no CADIN MUNICIPAL ficará suspenso nas


hipóteses em que a exigibilidade da pendência objeto do registro estiver
suspensa, nos termos da lei.

Parágrafo único. A suspensão do registro não acarreta a sua exclusão do CADIN


MUNICIPAL, mas apenas a suspensão dos impedimentos previstos no artigo 639.

Art. 645. Uma vez comprovada a regularização da situação que deu causa à
inclusão no CADIN MUNICIPAL, o registro correspondente deverá ser excluído no
prazo de até 5 dias úteis pelas autoridades indicadas no artigo 640.

Art. 646. A inclusão ou exclusão de pendências no CADIN MUNICIPAL sem


observância das formalidades ou fora das hipóteses previstas nesta lei, sujeitará o
responsável às penalidades cominadas no Estatuto do Servidor ou na Consolidação
das Leis Trabalhistas.

Art. 647. A Secretaria Municipal da Fazenda será a gestora do CADIN MUNICIPAL,


sem prejuízo da responsabilidade das autoridades indicadas no artigo 640.

Parágrafo único. A Controladoria Geral do Município fiscalizará os procedimentos de


inclusão e exclusão de registros no CADIN MUNICIPAL

Art. 648. O descumprimento, pela autoridade administrativa ou por seu delegado, dos
deveres impostos pelo artigo 640 será considerado falta de cumprimento dos deveres
funcionais para fins de aplicação das penalidades previstas no artigo 184 da Lei nº
8.989, de 29 de outubro de 1979.

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Parágrafo único. A aplicação das penalidades previstas no artigo 184 da Lei nº 8.989,
de 29 de outubro de 1979, não exclui a responsabilidade do servidor por todos os
prejuízos que seu ato ou sua omissão tenham eventualmente causado ao Município.

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Cadastro Informativo
Municipal – Cadin Municipal

Contém as pendências de pessoas físicas e jurídicas perante órgãos e entidades


da Administração Pública Direta e Indireta do Município de São Paulo.

São consideradas pendências


passíveis de inclusão no CADIN
MUNICIPAL

A ausência de prestação de
As obrigações pecuniárias contas, exigível em razão de
vencidas e não pagas disposição legal ou cláusulas de
convênio, acordo ou contrato.

Impedimentos

A existência de registro no CADIN MUNICIPAL impede os órgãos e entidades da


Administração Municipal de realizarem os seguintes atos, com relação às pessoas
físicas e jurídicas a que se refere:

Celebração de convênios, acordos, ajustes ou contratos que envolvam o


desembolso, a qualquer título, de recursos financeiros;
Repasses de valores de convênios ou pagamentos referentes a contratos;
Concessão de auxílios e subvenções;
Concessão de incentivos fiscais e financeiros.

não se aplica às operações destinadas à composição e regularização das


obrigações e deveres objeto de registro no CADIN MUNICIPAL, sem desembolso
de recursos por parte do órgão ou da entidade credora.

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Prazos

• A inclusão de pendências deverá ser realizada no prazo de até 30 dias,


contados da inadimplência
• A exclusão de pendência deverá ser realizada no prazo de até 5 dias úteis

Comunicação

Por escrito, seja via postal ou telegráfica, ao devedor, no endereço indicado no


instrumento que deu origem ao débito, considerando-se entregue após 15 dias da
respectiva expedição.

A comunicação poderá, ser realizada por meio do DEC – Domicílio Eletrônico do


Cidadão Paulistano,

Atenção!

A inexistência de registro no CADIN MUNICIPAL não configura reconhecimento de


regularidade de situação, nem elide a apresentação dos documentos exigidos em
lei, decreto e demais atos normativos.

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