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º 98/97, de 26 de Agosto
respetiva parcela anual;
i) Os fluxos financeiros com a União Europeia, bem como o grau de observância dos compromissos
com ela assumidos.
2 - O relatório e parecer sobre a Conta Geral do Estado emite um juízo sobre a legalidade e a
correção financeira das operações examinadas, podendo pronunciar-se sobre a economia, a
eficiência e a eficácia da gestão e, bem assim, sobre a fiabilidade dos respetivos sistemas de
controlo interno.
3 - No relatório e parecer sobre a Conta Geral do Estado podem ainda ser formuladas recomendações
à Assembleia da República ou ao Governo, em ordem a ser supridas as deficiências de gestão
orçamental, tesouraria, dívida pública e património, bem como de organização e funcionamento dos
serviços.
Artigo 42.º
Contas das regiões autónomas
1 - O relatório e parecer sobre as contas das regiões autónomas é preparado pela respetiva secção
regional e, seguidamente, aprovado por um coletivo para o efeito constituído pelo Presidente do
Tribunal de Contas e pelos juízes de ambas as secções regionais.
2 - O coletivo a que se refere o número anterior reúne-se na sede da secção regional responsável
pela preparação do relatório e parecer.
3 - Ao relatório e parecer sobre as contas das regiões autónomas é aplicável o disposto no artigo
41.º, com as devidas adaptações.
Artigo 43.º
Relatório anual
1 - A atividade desenvolvida pelo Tribunal de Contas e pelos seus serviços de apoio consta de um
relatório.
2 - O relatório é elaborado pelo Presidente e aprovado pelo plenário geral, após o que é publicado e
apresentado ao Presidente da República, à Assembleia da República, ao Governo e aos órgãos de
governo próprio das regiões autónomas, no tocante à respetiva secção regional, até ao dia 31 de
maio do ano seguinte àquele a que diga respeito.
3 - Para a elaboração do relatório referido nos números anteriores devem os juízes das secções
regionais remeter ao Presidente o respetivo relatório até ao dia 30 de abril do ano seguinte àquele a
que diga respeito.
SECÇÃO II
Da fiscalização prévia
Artigo 44.º
Finalidade do visto. Fundamentos da recusa do visto
1 - A fiscalização prévia tem por fim verificar se os atos, contratos ou outros instrumentos geradores
de despesa ou representativos de responsabilidades financeiras diretas ou indiretas estão conformes
às leis em vigor e se os respetivos encargos têm cabimento em verba orçamental própria.
2 - Nos instrumentos geradores de dívida pública, a fiscalização prévia tem por fim verificar,
designadamente, a observância dos limites e sublimites de endividamento e as respetivas
finalidades, estabelecidas pela Assembleia da República.
a) Nulidade;
b) Encargos sem cabimento em verba orçamental própria ou violação direta de normas financeiras;
4 - Nos casos previstos na alínea c) do número anterior, o Tribunal, em decisão fundamentada, pode
conceder o visto e fazer recomendações aos serviços e organismos no sentido de suprir ou evitar no
futuro tais ilegalidades.
5 - (Revogado.)
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1 - Os atos, contratos e demais instrumentos sujeitos à fiscalização prévia do Tribunal de Contas
podem produzir todos os seus efeitos antes do visto ou da declaração de conformidade, exceto
quanto aos pagamentos a que derem causa e sem prejuízo do disposto nos números seguintes.
2 - Nos casos previstos no número anterior, a recusa do visto implica apenas ineficácia jurídica dos
respetivos atos, contratos e demais instrumentos após a data da notificação da respetiva decisão aos
serviços ou organismos interessados.
4 - Os atos, contratos e demais instrumentos sujeitos à fiscalização prévia do Tribunal de Contas cujo
valor seja superior a (euro) 950 000 não produzem quaisquer efeitos antes do visto ou declaração de
conformidade.
a) Todos os atos de que resulte o aumento da dívida pública fundada dos serviços e fundos do Estado
e das regiões autónomas com autonomia administrativa e financeira, e das demais entidades
referidas nas alíneas c) a e) do n.º 1 do artigo 2.º, bem como os atos que modifiquem as condições
gerais de empréstimos visados;
b) Os contratos de obras públicas, aquisição de bens e serviços, bem como outras aquisições
patrimoniais que impliquem despesa nos termos do artigo 48.º, quando reduzidos a escrito por força
da lei;
c) As minutas dos contratos de valor igual ou superior ao fixado nas leis do Orçamento nos termos do
artigo 48.º, cujos encargos, ou parte deles, tenham de ser satisfeitos no ato da sua celebração;
d) Os atos ou contratos que formalizem modificações objetivas a contratos visados e que impliquem
um agravamento dos respetivos encargos financeiros ou responsabilidades financeiras;
e) Os atos ou contratos que formalizem modificações objetivas a contratos não visados que
impliquem um agravamento dos respetivos encargos financeiros ou responsabilidades financeiras em
valor superior ao previsto no artigo 48.º
2 - Para efeitos das alíneas b), c), d) e e) do número anterior, consideram-se contratos os acordos,
protocolos, apostilhas ou outros instrumentos de que resultem ou possam resultar encargos
financeiros ou patrimoniais.
3 - Para efeitos da alínea e) do n.º 1, considera-se que o valor superior ao previsto no artigo 48.º
deve resultar da soma do valor inicial ao de anteriores modificações objetivas.
6 - Para efeitos do n.º 1, são remetidos ao Tribunal de Contas os documentos que representem,
titulem ou deem execução aos atos e contratos ali enumerados.
a) Os atos e contratos praticados ou celebrados pelas entidades referidas nas alíneas a), b) e c) do
n.º 2 do artigo 2.º, e que não se enquadrem na parte final da alínea c) do n.º 1 do artigo 5.º, de valor
inferior a (euro) 5 000 000, bem como os atos do Governo e dos Governos Regionais que não
determinem encargos orçamentais ou de tesouraria e se relacionem exclusivamente com a tutela e
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gestão dessas entidades;
f) Os contratos de aquisição de serviços celebrados com instituições sem fins lucrativos que tenham
por objeto os serviços de saúde e de caráter social mencionados no anexo ii-B da Diretiva n.º
2004/18/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de março, bem como os contratos de
aquisição de serviços celebrados com instituições sem fins lucrativos que tenham por objeto os
serviços de educação e formação profissional mencionados no referido anexo, que confiram
certificação escolar ou certificação profissional;
g) Os contratos e demais instrumentos jurídicos que tenham por objeto a prestação de serviços de
elaboração e revisão de projeto, fiscalização de obra, empreitada ou concessão destinada à
promoção, reabilitação e aquisição de imóveis para habitação acessível ou pública ou o alojamento
estudantil;
2 - O limite referido no número anterior, quanto ao valor global dos atos e contratos que estejam ou
aparentem estar relacionados entre si, é de 950 000 (euro).
SECÇÃO III
Da fiscalização concomitante
Artigo 49.º
Fiscalização concomitante
1 - O Tribunal de Contas pode realizar fiscalização concomitante:
a) Através de auditorias da 1.ª Secção aos procedimentos e atos administrativos que impliquem
despesas de pessoal e aos contratos que não devam ser remetidos para fiscalização prévia por força
da lei, bem como à execução de contratos visados;
2 - Se, nos casos previstos no número anterior, se apurar a ilegalidade de procedimento pendente ou
de ato ou contrato ainda não executado, deve a entidade competente para autorizar a despesa ser
notificada para remeter o referido ato ou contrato à fiscalização prévia e não lhe dar execução antes
do visto, sob pena de responsabilidade financeira.
3 - Os relatórios de auditoria realizados nos termos dos números anteriores podem ser instrumentos
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