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ADMINISTRAÇÃO

PÚBLICA
Políticas Públicas

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Políticas Públicas
Adriel Sá

Políticas Públicas............................................................................................................3
1. Conceito de Política Pública. .........................................................................................3
2. Tipologias de Políticas Públicas e Aspectos Administrativos, técnicos, Econômicos
e Financeiros...................................................................................................................3
3. Influências e Atores nas Políticas Públicas. . ................................................................9
4. Ciclo de Políticas Públicas......................................................................................... 10
4.1. Agenda.................................................................................................................... 12
4.2. Elaboração. ............................................................................................................ 13
4.3. Formulação. ........................................................................................................... 14
4.4. Implementação...................................................................................................... 18
4.5. Avaliação.. .............................................................................................................. 18
5. Indicadores de Políticas Públicas. ............................................................................. 20
Resumo.........................................................................................................................23
Mapas Mentais.............................................................................................................. 27
Questões de Concurso...................................................................................................29
Gabarito........................................................................................................................56
Gabarito Comentado. .................................................................................................... 58

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POLÍTICAS PÚBLICAS

1. Conceito de Política Pública

Conceituar política pública exige, primeiramente, entendermos o termo “política”. De ma-


neira bem simples e direta, podemos conceituar uma política como uma regra básica que
orienta uma tomada de decisão.
Anote aí termos usuais que se vinculam ao conceito de política: guia, orientação, parâmetros.
Agora, adentrando ao conceito de política pública, é importante destacarmos que o termo
“pública” não caracteriza uma ação exclusiva do Estado, mas envolve um conjunto de atores,
ou seja, Estado e sociedade. Assim, política pública é um fluxo de decisões públicas, com
ações do Estado e sociedade, a fim de prover a manutenção do equilíbrio social.
No entanto, e é muito importante que se destaque isso, sabemos que o Estado possui
responsabilidades que se encontram dentro de limites, sejam eles humanos, financeiros ou
físicos. Nesse sentido, ainda que as políticas públicas envolvam atores da sociedade, o gover-
no é que possui a “última palavra”. É dizer, ainda que haja delegação de decisões, as políticas
públicas são somas das atividades dos governos que influenciam a vida dos cidadãos. Anote
aí: política pública, em seu sentido mais estrito, é o que o governo escolhe fazer ou não fazer.

2. Tipologias de Políticas Públicas e Aspectos Administrativos, técnicos,


Econômicos e Financeiros1

Primeiramente, por sua relevância para o tema, vamos destacar a abordagem das arenas,
desenvolvida por Theodore J. Lowi2. Esta tipologia distingue quatro tipos de políticas públicas:
• Políticas distributivas: aquelas que alocam bens ou serviços a frações específicas da
sociedade (categorias de pessoas, localidades, regiões, grupos sociais etc.) mediante
recursos provenientes da coletividade como um todo. Podem relacionar-se ao exercício
1
Baseado no magistério de Maria das Graças Rua e Roberta Romanini, in: RUA, M. G.; ROMANINI, R. Para aprender políticas
públicas. Brasília: IGEPP, 2013.
2
LOWI, T. J. Four Systems of Policy, Politics, and Choice. Public Administration Review, v. 32, n. 4, p. 298-310, jul/ago. 1972.

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de direitos, ou não. Podem ser assistencialistas, ou não. Podem ser clientelistas, ou não.
Ex.: implementação de hospitais e escolas, construção de pontes e estradas, revitaliza-
ção de áreas urbanas, salário-desemprego, benefícios de prestação continuada, progra-
mas de renda mínima, subsídios a empreendimentos econômicos etc.
• Políticas redistributivas: aquelas que distribuem bens ou serviços a segmentos particula-
rizados da população por intermédio de recursos oriundos de outros grupos específicos.
São conflituosas e nem sempre virtuosas. Ex.: reforma agrária, distribuição de royalties do
petróleo, política de transferência de recursos inter-regionais, política tributária etc.
• Políticas regulatórias: aquelas que estabelecem imperativos (obrigatoriedades), inter-
dições e condições por meio das quais podem e devem ser realizadas determinadas
atividades ou admitidos certos comportamentos. Seus custos e benefícios podem ser
disseminados equilibradamente ou podem privilegiar interesses restritos, a depender
dos recursos de poder dos atores abarcados. Elas podem variar de regulamentações
simples e operacionais a regulações complexas, de grande abrangência. Ex.: Código de
Trânsito, Lei de Eficiência Energética, Código Florestal, Legislação Trabalhista etc.
• Políticas constitutivas ou estruturadoras: aquelas que consolidam as regras do jogo po-
lítico. São as normas e os procedimentos sobre as quais devem ser formuladas e imple-
mentadas as demais políticas públicas. Ex.: regras constitucionais diversas, regimentos
das Casas Legislativas e do Congresso Nacional etc.

Robert H. Salisbury3 procurou avançar a partir da tipologia de Lowi, acentuando as relações


entre as modalidades de políticas e o seu contexto institucional. A análise dessas variáveis dá
origem à seguinte tipologia:
• Políticas distributivas: aquelas advindas da combinação de um padrão de demandas
altamente fragmentado, pulverizado, com um sistema de decisão também disperso;
• Políticas redistributivas: aquelas que, devido ao padrão de conflito e às correlações de
força que estabelecem entre os atores, exprimem demandas fortemente concentradas
ou agregadas, processadas por um sistema decisório igualmente concentrado e centra-
lizado para enfrentar as pressões dos atores em conflito;
3
SALISBURY, R. H. The Analysis of Public Policy: the search for theories and roles. In: RANNEY, A. (Org.). Political Science
and Public Policy. Chicago: Markham, 1968. p. 151-175.

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• Políticas regulatórias: aquelas em que, devido à multiplicidade de interesses envolvidos,


o padrão de demandas é fortemente fragmentado, porém as decisões são produzidas
por um sistema decisório intensamente concentrado;
• Políticas autorregulatórias: aquelas caracterizadas por demandas concentradas diante
de um sistema decisório fragmentado.

James Q. Wilson4 construiu uma tipologia cujo critério é o padrão de distribuição dos be-
nefícios e dos custos:
• Políticas clientelistas: as quais têm benefícios concentrados e custos dispersos, ou seja:
toda a sociedade arca com o seu custo para que alguns grupos tenham benefícios. Ex.:
subsídios, renúncias fiscais etc. Importante destacar que essa nomenclatura não adota
o termo “clientelismo” como sistema de intermediação de interesses, no qual há uma
apropriação privada de bens públicos e sua troca por bens privados, mas tão somente as
políticas orientadas a determinadas clientelas, no sentido de seus beneficiários.
• Políticas majoritárias: nas quais os custos e benefícios são distribuídos pela coletivida-
de. Ex.: serviços públicos de saúde, segurança pública, energia, educação etc.
• Políticas empreendedoras: nas quais os benefícios são coletivos e os custos ficam con-
centrados sobre certas categorias. Implicam mudanças que oneram alguns em benefí-
cio de todos. Ex.: reforma administrativa, política ambiental etc.
• Políticas de grupos de interesses: nas quais os custos e benefícios estão concentrados
sobre certas categorias, ou seja: alguns grupos arcam com todo o custo e outros grupos
recebem todo o benefício. Ex.: reforma agrária, política tributária etc.

O autor William. T. Gormley5 identifica quatro padrões de políticas regulatórias, cada um de-
les envolvendo uma configuração própria de participantes, de critérios de escolha ou decisão
e de distorções:
• Políticas de sala operatória: caracterizam-se por elevada complexidade e muita saliência,
ou seja: exigem profundo conhecimento técnico e têm muita visibilidade, chamando bas-
tante a atenção da sociedade. Ex.: legislação sobre OGMs (transgênicos), licenciamento
de medicamentos e normas para procedimentos complexos relativos à saúde etc.
4
WILSON, J. Q. Political Organizations. New York: Basic Books. 1973.
5
GORMLEY, W. T. Regulatory Issue Networks in a Federal System. Polity, v. 18, n.4, p. 595-620, 1986.

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• Políticas de audiência: apresentam baixa complexidade, porém muita saliência. Sua


formulação não demanda conhecimentos especializados, mas atrai muita atenção do
público, frequentemente porque envolvem ideologia e valores. Ex.: cotas raciais, descri-
minalização do aborto e do uso de drogas etc.
• Políticas de sala de reuniões: exibem elevada complexidade técnica, mas tem pouca
saliência, sendo pouco visíveis e recebendo pouca atenção da população em geral. Ex.:
Lei de Eficiência Energética, política cambial, política tributária, regulamentação do setor
financeiro etc.
• Políticas de baixo escalão: agregam reduzida complexidade técnica e pouca saliência.
Caracterizam-se por não exigirem conhecimentos específicos e conquistam pouca aten-
ção popular. Habitualmente, estão relacionadas a rotinas administrativas, regulamentos
simples etc.

Gunnel Gustafsson6 sugere que as políticas públicas sejam divididas nos seguintes tipos:
• Políticas reais: são aquelas que os governantes possuem a intenção efetiva de imple-
mentar e possuem o conhecimento requerido para isso. Nesse caso, selecionam-se as
estratégias e alocam-se os recursos com a finalidade de que os problemas políticos
sejam, de fato, resolvidos;
• Políticas simbólicas: são aquelas que ocorrem quando, mesmo em posse do conhecimen-
to necessário, os governantes não têm intenção de implementar as políticas. Elas podem
até ser formuladas, com o objetivo de oferecer uma aparente resposta às demandas, con-
tudo não há compromisso algum, por parte governantes, com sua implementação;
• Pseudopolíticas: são aquelas que os governantes têm a real intenção de implementar, po-
rém, não dispõem do conhecimento essencial para tal fim. Podem ser observadas quando
os governantes procuram especialistas em formulação de projetos, consultores etc., indi-
cando seu interesse em formular e implementar políticas efetivas; no entanto, um exame
mais atento mostra que eles enfrentam problemas de baixa capacidade de gestão, o que
compromete as possibilidades de atender efetivamente às demandas por políticas públi-
cas. Hoje, no Brasil, muitos estados e municípios encontra-se nessa situação;
6
GUSTAFSSON, G. Symbolic and Pseudo Policies as Responses to Diffusion of Power. Policy Sciences, v.15, n. 3, p. 269-287,
1983.

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• Políticas sem sentido: são aquelas que os governantes não pretendem implementar,
nem contam com o saber necessário para tanto. São proposições descabidas, sem fun-
damentos no conhecimento técnico, e que são usadas somente como discurso político,
sem compromisso para com a satisfação das demandas.

Michael Hill e Peter Hupe7 expõem a seguinte tipologia:


• Política regulatória competitiva: associada às regulamentações que limitam a oferta de
bens e serviços a um ator ou a um pequeno grupo de atores - por exemplo, as conces-
sões para explorar linhas aéreas ou canais de televisão.
• Política regulatória protetora: associadas às regulamentações destinadas a controlar to-
das as atividades que sejam potencialmente prejudiciais ou perigosas para os indivíduos -
como a exploração de determinadas formas de energia, a utilização de certas substâncias
na indústria ou a comercialização de fármacos e produtos químicos em geral etc.

Outra classificação citada pelas autoras é própria do domínio das políticas sociais:
• Políticas compensatórias: são implementadas com o propósito de minimizar distorções
sociais profundas. Ex.: políticas de cotas, políticas de demarcação de terras indígenas etc.
• Políticas emancipatórias: aquelas que se dirigem ao empoderamento e à autonomiza-
ção dos grupos sociais inicialmente vulneráveis, de modo a promover sua independên-
cia frente a ação do Estado. Ex.: reforma agrária, inclusão produtiva, qualificação profis-
sional etc.

Elenaldo Celso Teixeira8 lança dois critérios relevantes para classificar as políticas públicas.
Quanto à natureza ou ao grau de intervenção na realidade, as políticas públicas podem ser:
• Políticas estruturais: destinam-se a interferir em relações estruturais como renda, em-
prego, produtividade etc. Ex.: política de geração de empregos, política de desenvolvi-
mento produtivo (industrial e outras) etc.
• Políticas conjunturais ou emergenciais: representam intervenções tópicas, orientadas para
aliviar uma situação temporária. Ex.: a redução da fome, como o Programa Fome Zero.
7
HILL, M.; HUPE, P. Implementing Public Policy. London: SAGE, 2010.
8
TEIXEIRA, E. C. O Papel das Políticas Públicas no Desenvolvimento Local e na Transformação da Realidade. Salvador:
Bahia, 2002.

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Já tomando como critério a abrangência dos possíveis benefícios, o mesmo autor retro
(Elenaldo Celso Teixeira) qualifica as políticas públicas como:
• Políticas universais: aquelas anunciadas a todos os cidadãos. Ex.: o SUS.
• Políticas segmentais: aquelas que caracterizam um fator determinado (como idade, con-
dição física, gênero etc.). Ex. Estatuto do Idoso e política de cotas no Ensino Superior.
• Políticas fragmentadas: aquelas designadas a grupos específicos dentro de cada seg-
mento da sociedade. O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) brasileiro é
exemplo de uma política fragmentada, por estar direcionado às famílias com crianças
em situação de trabalho, entre a parcela mais pobre da população.

Por fim, tendo como critério o setor de atividade governamental em que operam, as políti-
cas públicas podem ser classificadas em:
• Políticas sociais: aquelas destinadas a prover o exercício de direitos sociais como edu-
cação, seguridade social (saúde, previdência e assistência), habitação etc.
• Políticas econômicas: aquelas cujo intuito é a gestão da economia interna e a promoção
da inserção do país na economia externa. Ex.: política monetária, cambial, fiscal, agríco-
la, industrial, comércio exterior etc.
• Políticas de infraestrutura: aquelas dedicadas a assegurar as condições para a imple-
mentação e a consecução dos objetivos das políticas econômicas e sociais. Ex.: política
de transporte rodoviário, hidroviário, ferroviário, marítimo e aéreo (aviação civil); energia
elétrica; combustíveis; petróleo e gás; gestão estratégica da geologia, mineração e trans-
formação mineral; oferta de água; gestão de riscos e resposta a desastres; comunica-
ções; saneamento básico; mobilidade urbana e trânsito etc.
• Políticas de Estado: aquelas que visam garantir o exercício da cidadania, a ordem in-
terna, a defesa externa e as condições essenciais à soberania nacional. Ex.: política de
direitos humanos, segurança pública, defesa, relações exteriores etc.

Ainda, sob uma perspectiva econômico-financeira, podemos dizer que o Estado exerce
suas atividades em torno de três funções básicas:
• Função alocativa: relaciona-se à alocação de recursos por parte do governo a fim de
oferecer bens públicos (ex. rodovias, segurança), bens semipúblicos ou meritórios (ex.
educação e saúde), desenvolvimento (ex. construção de usinas) etc.

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• Função distributiva: é a redistribuição de rendas realizada através das transferências,


dos impostos e dos subsídios governamentais. Um bom exemplo é a destinação de par-
te dos recursos provenientes de tributação ao serviço público de saúde, serviço o qual é
mais utilizado por indivíduos de menor renda.
• Função estabilizadora: é a aplicação das diversas políticas econômicas a fim de promo-
ver o emprego, o desenvolvimento e a estabilidade, diante da incapacidade do mercado
em assegurar o atingimento de tais objetivos.

3. Influências e Atores nas Políticas Públicas

Vimos que, apesar de as políticas públicas não se vincularem exclusivamente à ação do Es-
tado, elas devem estar integradas a um conjunto de políticas governamentais. Nesse sentido,
temos diferentes prioridades em função de urgências, relevâncias ou jogo político.
Podemos afirmar, portanto, que essas prioridades não são definidas apenas pelos plane-
jadores públicos, ou seja, não são determinadas só pela razão técnica; o poder político e sua
capacidade de articulação dentro do sistema é o que realmente determina as prioridades.

Nós afirmamos que a política pública, em seu sentido mais estrito, é o que o governo es-
colhe fazer ou não fazer, lembra?

Essa opção de escolha possui relação com as chamadas idiossincrasias, um termo que se
refere à maneira de ver, sentir e reagir peculiar de cada pessoa. Assim, a expressão idiossincrasia
aplicada às políticas públicas permite a abertura de novas portas para que outros atores re-
formulem, teoricamente, o planejamento, coexistindo a realidade de vários atores pensando e
encontrando soluções diversas para iguais problemas.
Assim, é comum em provas a afirmação de que as políticas públicas fazem parte de um
sistema de problemas não estruturados ou quase estruturados. Em outras palavras, os pro-
blemas que envolvem políticas públicas, apesar de determinado por regras e políticas gover-
namentais, não são precisos, nem invariáveis e nem iguais para todos. Ora, os atores sociais
criam as regras e, às vezes, mudam para poder solucionar os problemas.

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Pois bem! Os atores das políticas públicas são grupos que apresentam reivindicações ou
executam ações. Aqui entra o conceito de “arenas políticas”.
De forma mais resumida possível, arena política é a delimitação imaginária de determinado
campo onde são discutidas as políticas públicas. Note que a expressão “imaginária” elimina
qualquer senso de cada o conceito envolva espaço físico; então, as Assembleias Legislativas
ou o Congresso Nacional, por exemplo, não podem ser incluídos no conceito de arenas políti-
cas.
Reforçando: arenas são espaços imaginários onde atores interagem em uma política públi-
ca, configurando preferências e expectativas quanto a ganhos e perdas. Envolvem forças polí-
ticas e relações entre atores políticos em torno de um tema de política pública que pode vir a
existir. Daí ser chamada de arena, pois nesse espaço imaginário são mobilizados os conflitos,
as alianças e as negociações entre os atores.
De forma ampla e genérica, temos dois tipos de atores: os chamados estatais, oriundos do
Governo ou do Estado, e os denominados privados, oriundos da sociedade civil.
Os atores estatais são aqueles que exercem funções públicas no Estado, tendo sido eleitos
pela sociedade para um cargo por tempo determinado (parlamentares), ou atuando de forma
permanente, como os servidores públicos, os chamados burocratas do Estado. São exemplos
os políticos, os designados para funções de direção, chefia e assessoramento, magistrados
etc.
Os atores privados são aqueles que não possuem vínculo direto com a estrutura admi-
nistrativa do Estado. Aí os exemplos são diversos: imprensa, centros de pesquisa, grupos de
pressão (interesses e hobbies), associações da sociedade civil, entidades de representação de
classes; sindicatos patronais e trabalhadores.

4. Ciclo de Políticas Públicas


A partir da predefinição do problema, podemos dizer que o processo, elaboração ou ciclo
de políticas públicas contempla os seguintes momentos9:
• Construção da agenda: é a incorporação de uma demanda na lista de prioridades do
poder público.
9
SARAVIA, E. Introdução à Teoria da Política Pública. In: SARAVIA, Enrique; FERRAREZI, Elisabete (Orgs.). Políticas Públicas:
coletânea. Volume 1. Brasília: ENAP, 2006, p. 21-42.

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• Elaboração: é a identificação e delimitação de um problema atual ou potencial, o levan-


tamento das possíveis alternativas para sua solução, a avaliação dos custos e benefí-
cios de cada uma delas e a definição das prioridades (predomina a visão técnica).
• Formulação: é a seleção e a especificação da alternativa mais conveniente, declarando-
-se a decisão adotada, definindo seus objetivos e seu marco jurídico, administrativo e
financeiro (critérios políticos assumem papel mais importante).
• Implementação: é o planejamento e a organização do aparelho administrativo e dos re-
cursos humanos, financeiros, materiais e tecnológicos para executar uma política.
• Execução: é o conjunto das ações destinado a atingir os objetivos estabelecidos pela
política.
• Acompanhamento: é o processo sistemático de supervisão da execução, objetivando
assegurar a consecução dos objetivos estabelecidos.
• Avaliação: é a mensuração e análise dos efeitos produzidos na sociedade pelas políticas
públicas, especialmente no que diz respeito às realizações obtidas e às consequências
previstas e não previstas, desejadas e não desejadas.

Dentre essas etapas, vamos detalhar algumas que merecem aprofundamentos, conside-
rando as questões de provas de concursos.
Esquematizando:

AGENDA Reconhecimento de um problema de relevância pública

ELABORAÇÃO Identificação e delimitação do problema

FORMULAÇÃO Processo de criação de alternativas

IMPLEMENTAÇÃO Planejamento e organização do aparelho administrativo

EXECUÇÃO Pôr em prática a política

ACOMPANHAMENTO Supervisão da execução

AVALIAÇÃO Mensuração e análise dos efeitos produzidos na sociedade

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Algumas literaturas podem apresentar outras etapas, tais como: formação da agenda (se-
leção das prioridades), formulação de políticas (apresentação de soluções ou alternativas),
processo de tomada de decisão (escolha das ações), implementação (execução das ações)
e avaliação.

4.1. Agenda

A lista de problemas sociais é imensa, concorda? Assim, ainda que inúmeras necessida-
des sejam reconhecidas, só serão prioridades do poder público se forem incluídas nas agen-
das de políticas públicas.
Assim, a agenda de políticas públicas lista problemas ou assuntos que chamam a atenção
de atores governamentais e de cidadãos em geral.
Um termo bastante utilizado na concepção de políticas públicas é a “não decisão”, consi-
derada um estado inerte que resiste ao debate público. Significa determinadas temáticas que
contrariam os códigos de valores de uma sociedade ou ameaçam fortes interesses e enfren-
tam obstáculos diversos e de variada intensidade à sua transformação de um “estado de coi-
sas” em um “problema político” – e, portanto, à sua inclusão na agenda governamental
O início de uma política pública, portanto, ocorre por meio do reconhecimento de um pro-
blema de relevância pública, também denominado de momento da montagem da agenda, plei-
to ou necessidade social.
A autora Maria das Graças Rua 10 destaca que existem, basicamente, três tipos de deman-
das: as demandas novas, as demandas recorrentes e as demandas reprimidas.
As demandas novas são aquelas que resultam do surgimento de novos atores políticos
ou de novos problemas. Novos atores são aqueles que já existiam antes, mas não eram orga-
nizados; quando passam a se organizar para pressionar o sistema político, aparecem como
novos atores políticos. Novos problemas, por sua vez, são problemas que ou não existiam
10
Artigo “Análise de Políticas Públicas: Conceitos Básicos”. Acesso em 05/06/2018: https://aprender.ead.unb.br.

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efetivamente antes - como a AIDS, por exemplo - ou que existiam apenas como “estados de
coisas”, pois não chegavam a pressionar o sistema e se apresentar como problemas políticos
a exigirem solução. Um exemplo é a questão ambiental.
As demandas recorrentes são aquelas que expressam problemas não resolvidos ou mal
resolvidos, e que estão sempre voltando a aparecer no debate político e na agenda governa-
mental. Quando se acumulam as demandas e o sistema não consegue encaminhar soluções
aceitáveis, ocorre o que se denomina “sobrecarga de demandas”: uma crise que ameaça a
estabilidade do sistema. Dependendo da sua gravidade e da sua duração, pode levar até mes-
mo à ruptura institucional. Mesmo que isto não ocorra, o sistema passa a lidar com crises de
governabilidade: pressões resultantes da combinação do excesso ou complexidade de deman-
das - novas ou recorrentes - com withinputs contraditórios e redução do apoio ou suporte.
As demandas reprimidas são aquelas constituídas por “estados de coisas” ou por não
decisões.
Quando uma demanda é incluída na agenda, esse fato social adquiriu status de “problema
público”, transformando-os em objeto de debates e controvérsias políticas. Portanto, a etapa
de construção de agendas consiste em organizar as demandas sociais.
A mesma autora (2009)11 leciona que, para um “estado de coisas” tornar-se um problema
político, passando a figurar como um item da agenda, é necessário que apresente pelo menos
uma das seguintes características:
• Mobilize ação política: seja ação coletiva de grandes grupos, seja ação coletiva de pe-
quenos grupos dotados de fortes recursos de poder, seja ação de atores individuais
estrategicamente situados;
• Constitua uma situação de crise, calamidade ou catástrofe, de maneira que o ônus de
não dar uma resposta ao problema seja maior que o ônus de ignorá-lo; e
• Constitua uma situação de oportunidade, ou seja, uma situação na qual algum ator rele-
vante perceba vantagens, a serem obtidas com o tratamento daquele problema.

4.2. Elaboração

A etapa de elaboração de políticas públicas considera a identificação e a delimitação de


problemas públicos atuais ou potenciais da sociedade, ou seja, as demandas listadas na agenda, a
11
RUA, M. das G. Políticas públicas. Brasília: CAPES-UAB, 2009.

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determinação das possíveis alternativas para sua solução ou satisfação, a avaliação dos cus-
tos e efeitos de cada uma delas e, claro, o estabelecimento de prioridades.

4.3. Formulação

A etapa de formulação inclui a seleção e especificação da alternativa considerada mais


conveniente para cada demanda, a declaração da decisão adotada, seus objetivos e seus mar-
cos jurídico, administrativo e financeiro.
Em suma, a fase de formulação de uma política pública refere-se ao processo de criação
de opções sobre o que fazer a respeito de um problema público, incluindo-se a identificação de
restrições técnicas e políticas à ação do Estado.

4.3.1. Formulação de Programas e Projetos

A formulação de programas e projetos está inserida nos conceitos essenciais do processo


de planejamento.
De início, precisamos diferenciar alguns conceitos. O planejamento é um conceito mais
amplo que não pode ser confundido com o “plano”, com o “programa” ou com o “projeto”. Es-
ses três últimos são meios pelos quais o planejamento se expressa, ok?
O autor Carvalho (1978, apud TEIXEIRA, 2009)12 nos apresenta, de forma bem didática,
cada um desses meios e a sua função no interior do processo de planejamento de políticas
públicas:
Plano - É o documento mais abrangente e geral, que contém estudos, análises situacionais
ou diagnósticos necessários à identificação dos pontos a serem atacados, dos programas e
projetos necessários, dos objetivos, estratégias e metas de um governo, de um Ministério, de
uma Secretaria ou de uma Unidade.
Programa - É o documento que indica um conjunto de projetos cujos resultados permitem
alcançar o objetivo maior de uma política pública.

12
TEIXEIRA, J. B. Formulação, administração e execução de políticas públicas. Serviço Social: Direitos Sociais e Competên-
cias Profissionais, Brasília: CFESS, 2009.

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Adriel Sá

Projeto - É a menor unidade do processo de planejamento. Trata-se de um instrumento téc-


nico-administrativo de execução de empreendimentos específicos, direcionados para as mais
variadas atividades interventivas e de pesquisa no espaço público e no espaço privado.
A distinção básica entre plano, programa e projeto está, portanto, no nível de agregação
de decisões e no detalhamento das operações de execução, ou seja, o plano tem maior ní-
vel de agregação de decisões que o programa e este, mais que o projeto. Por outro lado, o
projeto tem maior detalhamento das operações a serem executadas que o programa e este,
mais que o plano.
Apenas como exemplo da importância do plano dentro no contexto das políticas públicas
no Brasil, vejamos a previsão do art. 182 da CF/1988 (Capítulo II – Da Política Urbana, Título
VII – Da Ordem Econômica e Financeira), que assim destaca (grifei):

Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções so-
ciais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte
mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.

Note que, apesar de estar tratando apenas da política de desenvolvimento urbano, a evi-
dência de o plano ser essencial ao ciclo de políticas públicas está clara, ao limitar, constitucio-
nalmente, a dispensa desse meio apenas a cidades com menos de 20 mil habitantes!

4.3.2. Processo de Decisão

Apesar de alguns autores considerarem a etapa de processo decisório uma fase distinta da
etapa de formulação, vamos considerar a corrente majoritária e as bancas organizadoras, que
incluem o processo decisório dentro da etapa de formulação de políticas públicas, ok?
Vamos lá! Alguns métodos são citados em provas com maior incidência. Portanto, é nes-
ses que iremos nos concentrar! Sem dúvida que, no âmbito das políticas públicas, os atores
possuem interesses a realizar; assim, é razoável supor que o fazem de forma racional, ou seja,
mediante a escolha de meios adequados à consecução das suas preferências (finalidades). É
por isso que dizemos que, no contexto das políticas públicas, prevalece a ideia de racionalida-
de no processo decisório.

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Mas o que é racionalidade, professor?

A Teoria da Escolha Racional propõe que todos os indivíduos são limitados; no entanto,
sabem o que querem e, dentro dessa ideia, são capazes de ordenar hierarquicamente suas
preferências e procuram escolher - entre as alternativas de ação disponíveis - as que forem
mais satisfatórias, isto é, mais compatíveis com o que preferem, tanto em termos de custos
como de benefícios.
Feita essa consideração, os autores Wu, Ramesh, Howlett e Fritzen (2014) 13destacam que
a tomada de decisão em políticas públicas pode ser realizada a partir de três modelos:
• Modelo de decisão racional: é construído sobre o pressuposto de que as consequências
de cada opção de política pública alternativa podem ser conhecidas com antecedência.
De acordo com esse modelo, os tomadores de decisão devem escolher a opção que
maximize o alcance de seus objetivos, valores e metas individuais.
• Modelo de decisão incremental: analisa a tomada de decisão pública como um proces-
so com restrição de tempo e informação, caracterizado por conflitos, negociações e
compromisso entre os tomadores de decisão com interesses próprios.
• Modelo de decisão de lata de lixo: aplica-se quando há um grande número de tomado-
res de decisão e uma grande dose de incerteza sobre as causas dos problemas e suas
soluções.

Questão 1 (IBFC/PROFISSIONAL DE NÍVEL SUPERIOR/SMASDH CUIABÁ/ADMINISTRA-


DOR/2019) A tomada de decisão é a função de política pública em que se decide tomar um
curso de ação (ou não ação) para tratar de um problema de políticas. Cientistas de políticas
públicas usam uma variedade de modelos para capturar a dinâmica da tomada de decisão de
políticas públicas. Acerca desse assunto, assinale a alternativa correta.
a) o modelo de decisão “racional” analisa a tomada de decisão pública como um processo
com restrição de tempo e informação, caracterizado por conflitos, negociações e compromis-
so entre os tomadores de decisão com interesses próprios
13
WU, X.; RAMESH, M.; HOWLETT, M.; FRITZEN, S. Guia de Políticas Públicas: Gerenciando Processos. Brasília: ENAP, 2014.

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b) o modelo de decisão “incremental” se aplica quando há muitos tomadores de decisão e uma


grande dose de incerteza sobre as causas dos problemas e suas soluções
c) a tomada de decisão de política pública consiste na presença de uma ou mais propostas
de política pública a serem decididas com base na sua relação com a possível resolução do
problema de política pública, definida em fases anteriores do processo
d) o modelo de “lata de lixo” é construído sobre o pressuposto de que as consequências de
cada opção de política pública alternativa podem ser conhecidas com antecedência

Letra c.
Como vimos, a tomada de decisão em políticas públicas pode ser realizada a partir de três
modelos:
• Modelo de decisão racional: os tomadores de decisão devem escolher a opção que ma-
ximize o alcance de seus objetivos, valores e metas individuais.
• Modelo de decisão incremental: analisa a tomada de decisão pública como um proces-
so com restrição de tempo e informação, caracterizado por conflitos, negociações e
compromisso entre os tomadores de decisão com interesses próprios.
• Modelo de decisão de lata de lixo: aplica-se quando há muitos tomadores de decisão e
uma grande dose de incerteza sobre as causas dos problemas e suas soluções.
Ainda de acordo com os mesmos autores, a tomada de decisão de política pública consiste
na presença de uma ou mais propostas de política pública a ser decididas com base na sua
relação com a possível resolução do problema de política pública definido em fases anteriores
do processo.
Logo, temos que:
A letra A se refere ao modelo de decisão incremental.
A letra B se refere ao modelo de decisão de lata de lixo.
A letra C se refere ao conceito de tomada de decisão de política pública.
A letra D se refere ao modelo de decisão racional, onde o tomador de decisão teria todas as in-
formações necessárias ao seu alcance para tomar uma decisão perfeita (quase uma utopia!).

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4.4. Implementação
A fase de implementação de políticas públicas é constituída pelo planejamento e organiza-
ção do aparelho administrativo e dos recursos humanos, financeiros, materiais e tecnológicos
necessários para executar uma política. Trata-se da preparação para pôr em prática a política
pública, a elaboração de todos os planos, programas e projetos que permitirão executá-la.
Para Rua e Romanini (2013)14, a implementação de políticas públicas é analisada por três
modelos:
Top-down (de cima para baixo, iterativo), que estabelece que formulação e implementação
são etapas rigorosamente separadas e diferenciadas, seja porque envolve atores diferentes,
seja porque envolve distintos graus de autoridade e de complexidade. Neste modelo, os políti-
cos formulam e decidem, e comandam os burocratas, que executam as suas decisões, imple-
mentando a política. Aqui temos um fluxo formulação - implementação;
Bottom-up (de baixo para cima, interativo), que propõe que a política seja concebida a
partir da base, das percepções das demandas e das experiências de resolução dos problemas
desenvolvidos pelos atores situados nos escalões inferiores da Administração (chamados bu-
rocratas “no nível de rua”). As práticas estabelecidas a partir da base seriam institucionaliza-
das nos níveis superiores, consolidando-se como política pública. Aqui temos um fluxo imple-
mentação - formulação;
Interativo-iterativo, onde não há um fluxo único nem da formulação para a implementação
(modelo top-down), nem desta em direção à formulação (modelo bottom-up). Em lugar dis-
so, haveria um processo complexo, de idas e vindas, entre as diversas fases do ciclo, dando
origem a várias etapas de decisão, que iriam sendo reformuladas conforme as reações dos
diversos atores à agenda que se formou, ao curso assumido pelas decisões e aos impactos da
implementação.

4.5. Avaliação

A avaliação consiste na mensuração e análise, a posteriori, dos efeitos produzidos ou a se-


rem produzidos na sociedade pelas políticas públicas. Ela confronta os resultados alcançados
com os objetivos e metas previamente estabelecidos.
14
RUA, M. G.; ROMANINI, R. Para aprender políticas públicas. Brasília: IGEPP, 2013.

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Ao citarmos o termo “a posteriori”, isso não quer dizer a necessidade de que a ação de avalia-
ção exija o término da implementação de uma política pública. A expressão apenas afirma a
necessidade de haver algo a ser avaliado, mesmo sendo apenas algo “no papel”, algo apenas
planejado.
Então, anote aí: A avaliação não está, portanto, circunscrita ao momento posterior e final à im-
plementação de uma política pública.

Assim, no setor público, a avaliação refere-se a julgamentos detalhados e criteriosos, como


por exemplo, a consecução de metas em um programa de redução da exclusão social ou de
melhoria da saúde dos idosos.
A avaliação de políticas públicas ocorre por meio da avaliação dos programas e proje-
tos. Essa mensuração busca apresentar elementos de julgamento e aprovação das decisões,
ações e resultados dessas políticas. É claro que essa etapa também precisa ser capaz de pro-
por algo a respeito da política que está sendo avaliada, ou seja, é a etapa que mostra ajustes
a serem feitos.
Um detalhe importante é que a avaliação de políticas públicas deve estar integrada a todo
o ciclo de sua gestão, ou seja, desde a identificação do problema, o levantamento das alterna-
tivas, o planejamento e a formulação de uma intervenção na realidade, o acompanhamento de
sua implementação, os consequentes ajustes a serem adotados, e até as decisões sobre sua
manutenção, seu aperfeiçoamento, sua mudança de rumo ou sua interrupção.
É por isso que estudamos as políticas públicas como um ciclo, com etapas bem definidas,
mas interligadas entre si!
São muitas as finalidades da avaliação de políticas públicas encontradas na doutrina, den-
tre as quais, temos que:
• viabiliza as atividades de controle (interno, externo, por instituições públicas e social);
• proporciona transparência e accountability às ações de governo;

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• desenvolve e melhora estratégias de intervenção na realidade;


• proporciona empoderamento, promoção social, desenvolvimento institucional e demo-
cratização da atividade pública.

5. Indicadores de Políticas Públicas

O planejamento da avaliação de uma política pública compreende a definição de critérios,


indicadores e padrões. Os critérios mais conhecidos são a eficiência, eficácia e efetividade.
O conceito de eficiência, na maioria das vezes, está vinculado ao operacional, associan-
do-se à análise de custos e prazos na implantação de uma política, programa, projeto ou
atividade.
O conceito de eficácia refere-se à análise da contribuição no cumprimento de metas e ob-
jetivos da política, programa, projeto ou atividade.
O conceito de efetividade diz respeito à relação entre os resultados alcançados e as trans-
formações ocorridas (grau de qualidade do resultado).
Em suma, temos:
• Eficiência: relaciona produtos com seus custos (financeiros, humanos, tempo).
• Eficácia: relaciona atividades com seus produtos iniciais, intermediários e finais (metas
e objetivos).
• Efetividade: relaciona produtos com seus efeitos na realidade que se quer transformar,
ou seja, consequências.

No entanto, outros critérios podem ser citados, como economicidade, celeridade, tempes-
tividade, equidade, sustentabilidade etc.
A aplicação de critério requer a utilização de indicadores, que são unidades de medida que
funcionam como sinais de alguma tendência, característica, resultado, comportamento. Para
chegarmos às conclusões necessárias, estabelecemos padrões que aplicamos aos indicado-
res de cada critério.
Em suma, o padrão designa o nível que o indicador deve atingir para que se possa conside-
rar que o critério correspondente foi satisfeito.

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Vamos ver um exemplo:

Utilizando o critério de equidade gênero, podemos construir um indicador que nos apresente
o percentual de mulheres com oportunidade de emprego na área financeira equivalente aos
homens no exercício da mesma função. O padrão para concluirmos pela existência da equida-
de de gênero seria 50%.

Pois bem vistos esses conceitos iniciais, destacamos que o Programa Nacional de Gestão
Pública e Desburocratização (Gespública) apresenta, além da eficiência, eficácia e efetividade,
mais três categorias básicas de indicadores de desempenho no âmbito da Administração Pú-
blica brasileira.
Esses indicadores compõem o chamado “modelo da Cadeia de Valor e dos 6Es do Desem-
penho” e se constitui das dimensões de esforço e de resultado desdobradas em outras dimen-
sões do desempenho. As dimensões de esforço são economicidade, execução e excelência; e
as dimensões de resultado são eficiência, eficácia e efetividade. Vejamos:
Efetividade: são os impactos gerados pelos produtos/serviços, processos ou projetos. A
efetividade está vinculada ao grau de satisfação ou ainda ao valor agregado, a transformação
produzida no contexto em geral. Esta classe de indicadores, mais difícil de ser mensurada
(dada a natureza dos dados e o caráter temporal), está relacionada com a missão da institui-
ção. Por exemplo, se uma campanha de vacinação realmente imunizar e diminuiu a incidência
de determinada doença entre as crianças, a campanha foi efetiva. Indicadores de efetividade
podem ser encontrados na dimensão estratégica do Plano Plurianual (PPA).
Eficácia: é a quantidade e qualidade de produtos e serviços entregues ao usuário (benefi-
ciário direto dos produtos e serviços da organização). Por exemplo, se, na mesma campanha
citada, a meta de vacinação é imunizar 100.000 crianças e este número foi alcançado ou supe-
rado, a campanha foi eficaz. Indicadores de eficácia podem ser definidos a partir da Carta de
Serviços do órgão.
Eficiência: é a relação entre os produtos/serviços gerados (outputs) com os insumos utili-
zados, relacionando o que foi entregue e o que foi consumido de recursos, usualmente sob a
forma de custos ou produtividade. Por exemplo: uma campanha de vacinação é mais eficiente

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quanto menor for o custo, ou seja, quanto menor for o custo da campanha, mantendo-se os
objetivos propostos.
Execução: refere-se à realização dos processos, projetos e planos de ação conforme estabe-
lecidos. Indicadores de execução podem ser encontrados no monitoramento das ações do PPA.
Excelência: é a conformidade a critérios e padrões de qualidade/excelência para a reali-
zação dos processos, atividades e projetos na busca da melhor execução e economicidade,
sendo um elemento transversal. Indicadores e padrões de excelência podem ser encontrados
no Instrumento de Avaliação da Gestão Pública (IAGP).
Economicidade: está alinhada ao conceito de obtenção e uso de recursos com o menor
ônus possível, dentro dos requisitos e da quantidade exigidas pelo input, gerindo adequada-
mente os recursos financeiros e físicos. Indicadores de economicidade podem ser encontra-
dos nas unidades de suprimentos.
As seis categorias de indicadores estão relacionadas a algum dos elementos da cadeia de
valor, que representa a atuação da ação pública desde a obtenção dos recursos até a geração
dos impactos provenientes dos produtos/serviços. Os elementos dessa cadeia de valor são:
• Insumos (inputs);
• Processos/Projetos (ações);
• Produtos/serviços (outputs);
• Impactos (outcomes).

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RESUMO
• Política pública é um fluxo de decisões públicas, com ações do Estado e sociedade, a
fim de prover a manutenção do equilíbrio social. Em seu sentido mais estrito, é o que o
governo escolhe fazer ou não fazer.
– Políticas distributivas: aquelas que alocam bens ou serviços a frações específicas da
sociedade (categorias de pessoas, localidades, regiões, grupos sociais etc.) median-
te recursos provenientes da coletividade como um todo.
– Políticas redistributivas: aquelas que distribuem bens ou serviços a segmentos par-
ticularizados da população por intermédio de recursos oriundos de outros grupos
específicos.
– Políticas regulatórias: aquelas que estabelecem imperativos (obrigatoriedades), in-
terdições e condições por meio das quais podem e devem ser realizadas determina-
das atividades ou admitidos certos comportamentos.
– Políticas constitutivas ou estruturadoras: aquelas que consolidam as regras do jogo
político. São as normas e os procedimentos sobre as quais devem ser formuladas e
implementadas as demais políticas públicas.
– Políticas autorregulatórias: aquelas caracterizadas por demandas concentradas
diante de um sistema decisório fragmentado.
– Políticas clientelistas: as quais têm benefícios concentrados e custos dispersos, ou
seja: toda a sociedade arca com o seu custo para que alguns grupos tenham benefícios.
– Políticas majoritárias: nas quais os custos e benefícios são distribuídos pela cole-
tividade.
– Políticas empreendedoras: nas quais os benefícios são coletivos e os custos ficam
concentrados sobre certas categorias. Implicam mudanças que oneram alguns em
benefício de todos.
– Políticas de grupos de interesses: nas quais os custos e benefícios estão concentra-
dos sobre certas categorias, ou seja: alguns grupos arcam com todo o custo e outros
grupos recebem todo o benefício.

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– Políticas de sala operatória: caracterizam-se por elevada complexidade e muita sali-


ência, ou seja: exigem profundo conhecimento técnico e têm muita visibilidade, cha-
mando bastante a atenção da sociedade.
– Políticas de audiência: apresentam baixa complexidade, porém muita saliência. Sua
formulação não demanda conhecimentos especializados, mas atrai muita atenção
do público, frequentemente porque envolvem ideologia e valores.
– Políticas de sala de reuniões: exibem elevada complexidade técnica, mas tem pouca
saliência, sendo pouco visíveis e recebendo pouca atenção da população em geral.
– Políticas de baixo escalão: agregam reduzida complexidade técnica e pouca saliên-
cia. Caracterizam-se por não exigirem conhecimentos específicos e conquistam pou-
ca atenção popular.
– Políticas reais: são aquelas que os governantes possuem a intenção efetiva de imple-
mentar e possuem o conhecimento requerido para isso.
– Políticas simbólicas: são aquelas que ocorrem quando, mesmo em posse do conhe-
cimento necessário, os governantes não têm intenção de implementar as políticas.
– Pseudopolíticas: são aquelas que os governantes têm a real intenção de implemen-
tar, porém, não dispõem do conhecimento essencial para tal fim.
– Políticas sem sentido: são aquelas que os governantes não pretendem implementar,
nem contam com o saber necessário para tanto.
– Política regulatória competitiva: associada às regulamentações que limitam a oferta
de bens e serviços a um ator ou a um pequeno grupo de atores.
– Política regulatória protetora: associadas às regulamentações destinadas a contro-
lar todas as atividades que sejam potencialmente prejudiciais ou perigosas para os
indivíduos.
– Políticas compensatórias: são implementadas com o propósito de minimizar distor-
ções sociais profundas.
– Políticas emancipatórias: aquelas que se dirigem ao empoderamento e à autonomi-
zação dos grupos sociais inicialmente vulneráveis, de modo a promover sua indepen-
dência frente a ação do Estado.

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– Políticas estruturais: destinam-se a interferir em relações estruturais como renda,


emprego, produtividade etc.
– Políticas conjunturais ou emergenciais: representam intervenções tópicas, orienta-
das para aliviar uma situação temporária.
– Políticas universais: aquelas anunciadas a todos os cidadãos.
– Políticas segmentais: aquelas que caracterizam um fator determinado (como idade,
condição física, gênero etc.).
– Políticas fragmentadas: aquelas designadas a grupos específicos dentro de cada
segmento da sociedade.
– Políticas sociais: aquelas destinadas a prover o exercício de direitos sociais.
– Políticas econômicas: aquelas cujo intuito é a gestão da economia interna e a promo-
ção da inserção do país na economia externa.
– Políticas de infraestrutura: aquelas dedicadas a assegurar as condições para a imple-
mentação e a consecução dos objetivos das políticas econômicas e sociais.
– Políticas de Estado: aquelas que visam garantir o exercício da cidadania, a ordem
interna, a defesa externa e as condições essenciais à soberania nacional.
• Arenas políticas são espaços imaginários onde atores interagem em uma política públi-
ca, configurando preferências e expectativas quanto a ganhos e perdas.
– De forma ampla e genérica, temos dois tipos de atores: os chamados estatais, oriundos
do Governo ou do Estado, e os denominados privados, oriundos da sociedade civil.
• O processo, elaboração ou ciclo de políticas públicas contempla os seguintes momentos:
– Construção da agenda: é a incorporação de uma demanda na lista de prioridades do
poder público.
– Elaboração: é a identificação e delimitação de um problema atual ou potencial, o le-
vantamento das possíveis alternativas para sua solução, a avaliação dos custos e be-
nefícios de cada uma delas e a definição das prioridades (predomina a visão técnica).
– Formulação: é a seleção e a especificação da alternativa mais conveniente, declaran-
do-se a decisão adotada, definindo seus objetivos e seu marco jurídico, administrati-
vo e financeiro (critérios políticos assumem papel mais importante).

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– Implementação: é o planejamento e a organização do aparelho administrativo e dos


recursos humanos, financeiros, materiais e tecnológicos para executar uma política.
– Execução: é o conjunto das ações destinado a atingir os objetivos estabelecidos pela
política.
– Acompanhamento: é o processo sistemático de supervisão da execução, objetivando
assegurar a consecução dos objetivos estabelecidos.
– Avaliação: é a mensuração e análise dos efeitos produzidos na sociedade pelas polí-
ticas públicas, especialmente no que diz respeito às realizações obtidas e às conse-
quências previstas e não previstas, desejadas e não desejadas.
◦ Efetividade são os impactos gerados pelos produtos/serviços, processos ou pro-
jetos.
◦ Eficácia é a quantidade e qualidade de produtos e serviços entregues ao usuário
(beneficiário direto dos produtos e serviços da organização).
◦ Eficiência é a relação entre os produtos/serviços gerados (outputs) com os insu-
mos utilizados, usualmente sob a forma de custos ou produtividade.
◦ Execução refere-se à realização dos processos, projetos e planos de ação confor-
me estabelecidos.
◦ Excelência é a conformidade a critérios e padrões de qualidade/excelência para
a realização dos processos, atividades e projetos na busca da melhor execução e
economicidade.
◦ Economicidade: está alinhada ao conceito de obtenção e uso de recursos com o
menor ônus possível, dentro dos requisitos e da quantidade exigidas pelo input.

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MAPAS MENTAIS
Fluxo de decisões públicas, com ações do Estado e sociedade, a fim de prover a manutenção do equilíbrio social

Políticas distributivas: aquelas que alocam bens ou serviços a frações específicas da sociedade (categorias de pessoas, localidades,
Espaços imaginários onde atores interagem em regiões, grupos sociais etc.) mediante recursos provenientes da coletividade como um todo.
uma política pública, configurando preferências e Arenas políticas
expectativas quanto a ganhos e perdas. Políticas redistributivas: aquelas que distribuem bens ou serviços a segmentos particularizados da população por intermédio de
recursos oriundos de outros grupos específicos.

Políticas regulatórias: aquelas que estabelecem imperativos (obrigatoriedades), interdições e condições por meio das quais podem
e devem ser realizadas determinadas atividades ou admitidos certos comportamentos.
Construção da agenda: é a incorporação de uma
demanda na lista de prioridades do poder público. Políticas constitutivas ou estruturadoras: normas e os procedimentos sobre as quais devem ser formuladas e implementadas as
demais políticas públicas.
Elaboração: é a identificação e delimitação de Ciclo de políticas
um problema atual ou potencial, o levantamento públicas Políticas autorregulatórias: aquelas caracterizadas por demandas concentradas diante de um sistema decisório fragmentado.
das possíveis alternativas para sua solução, a
avaliação dos custos e benefícios de cada uma Políticas clientelistas: aquelas que têm benefícios concentrados e custos dispersos, ou seja: toda a sociedade arca com o seu custo
delas e a definição das prioridades (predomina para que alguns grupos tenham benefícios.
a visão técnica).
Políticas majoritárias: nas quais os custos e benefícios são distribuídos pela coletividade.
Processo de
Formulação: é a seleção e a especificação da al-
Políticas empreendedoras: nas quais os benefícios são coletivos e os custos ficam concentrados sobre certas categorias, implicam
ternativa mais conveniente, declarando-se a deci- formulação e
mudanças que oneram alguns em benefício de todos.
são adotada, definindo seus objetivos e seu mar- desenvolvimento
co jurídico, administrativo e financeiro (critérios Políticas e grupos de interesses: nas quais os custos e benefícios estão concentrados sobre certas categorias, ou seja: alguns grupos
políticos assumem papel mais importante). de políticas arcam com todo o custo e outros grupos recebem todo o benefício.

Políticas de sala operatória: caracterizam-se por elevada complexidade e muita saliência, ou seja: exigem profundo conhecimento
técnico e têm muita visibilidade, chamando bastante a atenção da sociedade.

Políticas de audiência: apresentam baixa complexidade, porém muita saliência. Sua formulação não demanda conhecimentos especia-
lizados, mas atrai muita atençao do público, frequentemente porque envolvem ideologia e valores.
Política pública
Políticas de sala de reuniões: exibem elevada complexidade técnica, mas tem pouca saliência, sendo pouco visíveis e recebendo pouca
atenção da população em geral.

Políticas de baixo escalão: agregam reduzida complexidade técnica e pouca saliência. Caracterizam-se por não exigirem conhecimen-
tos específicos e conquistam pouca atenção popular.

Políticas reais: são aquelas que os governantes possuem a intenção efetiva de implementar e possuem o conhecimento requerido
para isso.

Políticas simbólicas: são aquelas que ocorrem quando, mesmo em posse do conhecimento necessário, os governantes não têm inten-
ção de implementar as políticas.

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Pseudopolíticas: são aquelas que os governantes têm a real intenção de implementar, porém não dispõem do conhecimento essencial
para tal fim.
Implementação: é o planejamento e a organiza-
ção do aparelho administrativo e dos recursos Políticas sem sentido: são aquelas que os governantes não pretendem implementar, nem contam com o saber necessário para tanto.
humanos, financeiros, materiais e tecnológicos
para executar uma política.
Política regulatória competitiva: associada às regulamentações que limitam a oferta de bens e serviços a um ator ou a um pequeno
grupo de atores.
Execução: é o conjunto das ações destinado a Ciclo de políticas
atingir os objetivos estabelecidos pela política. Política regulatória protetora: associadas às regulamentações destinadas a controlar todas as atividades que sejam potencialmente
públicas
prejudiciais ou perigosas para os indivíduos.
Acompanhamento: é o processo sistemático de
supervisão da execução, objetivando assegurar a
Políticas compensatórias: são implementadas com o propósito de minimizar distorções sociais profundas.
consecução dos objetivos estabelecidos.

Avaliação: é a mensuração e análise dos efeitos Políticas emancipatórias: aquelas que se dirigem ao empoderamento e à autonomização dos grupos sociais inicialmente vulneráveis,
produzidos na sociedade pelas políticas públi- de modo a promover sua independência frente a ação do Estado
cas, especialmente no que diz respeito às reali- Processo de
zações obtidas e às consequências previstas e formulação e Políticas estruturais: destinam-se a interferir em relações estruturais, como renda, emprego, produtividade etc.
não previstas, desejadas e não desejadas.
desenvolvimento
de políticas Políticas conjunturais ou emergenciais: representam intervenções tópicas, orientadas para aliviar uma situação temporária.

Políticas universais: aquelas anunciadas a todos os cidadãos.

Políticas segmentais: aquelas que caracterizam um fator determinado (como idade, condição física, gênero etc.).

Política pública Políticas fragmentadas: aquelas designadas a grupos específicos dentro de cada segmento da sociedade.

Políticas sociais: aquelas destinadas a prover o exercício de direitos sociais.

Políticas econômicas: aquelas cujo intuito é a gestão da economia interna e a promoção da inserção do país na economia externa.

Políticas de infraestrutura: aquelas dedicadas a assegurar as condições para a implementação e a consecução dos objetivos das
políticas econômicas e sociais.

Políticas de Estado: aquelas que visam garantir o exercício da cidadania, a ordem interna, a defesa externa e as condições essenciais
à soberania nacional.

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Adriel Sá

QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (CESPE/CONSULTOR LEGISLATIVO/SEN/ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA/2002)
Quanto às formas de exercício de funções públicas, julgue o item que se segue.
Embora a formulação de políticas públicas seja uma responsabilidade indelegável do Poder
Executivo, algumas funções auxiliares de representação de interesses podem ser atribuídas a
outros agentes públicos ou privados.

Questão 2 (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/AUDITORIA GO-


VERNAMENTAL/2011) Em relação às políticas públicas, julgue o item subsequente.
Quanto à abrangência dos seus possíveis resultados, as políticas públicas podem ser univer-
sais, segmentais, fragmentadas e focais.

Questão 3 (CESPE/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO GRANDE


DO NORTE/2015) Julgue o item seguinte a respeito de planejamento e avaliação das políticas
públicas.
Obstáculos institucionais, como a existência de grupos sociais fortes, podem ser barreiras à
formulação eficaz de uma política pública.

Questão 4 (CESPE/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DA ATIVIDADE CINEMATOGRÁFI-


CA E AUDIOVISUAL/2005) As exigências teóricas, metodológicas e técnicas apropriadas à
avaliação de problemas complexos e das intervenções, igualmente complexas, tais como as
políticas públicas, com as quais devem ser atacados, não são supridas pelas disciplinas aca-
dêmicas e suas especializações nem pelas técnicas de pesquisas convencionais oriundas das
ciências da natureza. As políticas públicas, dadas as suas idiossincrasias estruturais, caracte-
rizam-se como problemas quase estruturados. A respeito das características dessas políticas
públicas, julgue o item subsequente.
Esse tipo de problema é determinado por regras imprecisas e variáveis, que não são iguais
para todos. Os atores sociais criam as regras e, às vezes, as mudam para poder solucionar os
problemas.

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Questão 5 (CESPE/TÉCNICO DE FINANÇAS/AL/2002) Julgue o item a seguir, relaciona-


do à gestão de políticas públicas.
A implementação de políticas públicas é o aspecto mais importante e o mais contemplado
pela literatura especializada na gestão de políticas públicas.

Questão 6 (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-PI/2016/ADAPTADA) Em relação às


políticas públicas e ao processo de comunicação, julgue o item.
A partir da predefinição do problema, o processo ou ciclo de políticas públicas contempla os
seguintes momentos: agenda, elaboração, formulação, implementação, execução, acompa-
nhamento e avaliação.

Questão 7 (CESPE/ANALISTA GESTÃO EMPRESARIAL/SERPRO/2008) Com relação à


gestão pública, julgue o item que se seguem.
As demandas recorrentes por políticas públicas são aquelas não resolvidas ou mal resolvi-
das. Quando se acumulam sem uma solução satisfatória, dependendo de sua duração e gra-
vidade, podem levar a crises de governabilidade que, no limite, chegam a provocar rupturas
institucionais.

Questão 8 (CESPE/ANALISTA DE GESTÃO/TCE-PE/JULGAMENTO/2017) Com relação


a políticas públicas no Brasil, julgue o item seguinte.
A inclusão de uma necessidade da população nas prioridades do poder público refere-se à
etapa de construção de agendas do processo de formulação e desenvolvimento de políticas
públicas.

Questão 9 (CESPE/ANALISTA EXECUTIVO EM METROLOGIA E QUALIDADE/INME-


TRO/2010/ADAPTADA) Com relação a políticas públicas e programas governamentais, as-
sinale a opção correta.
Os novos ambientes e o novo contexto social afetam minimamente a elaboração de políticas
públicas e o quadro institucional do Estado.

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Questão 10 (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/2014) Julgue o


item subsecutivo, relativo às políticas públicas.
Conforme a abordagem de racionalidade econômica para a proposição de políticas públicas, o
processo decisório acerca da agenda política é aberto ao debate público.

Questão 11 (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-PI/2016/ADAPTADA) Em relação às po-


líticas públicas e ao processo de comunicação, julgue o item.
A abordagem racional refere-se à análise e formulação de políticas públicas e consiste em dar
foco ao processo político.

Questão 12 (CESPE/AUDITOR-FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/TCE-SC/2016) Com refe-


rência ao planejamento e à avaliação de políticas públicas no Brasil, julgue o item subsequente.
O método de formulação de políticas públicas denominado racional-compreensivo parte do
pressuposto de que, considerando-se as preferências mais relevantes da sociedade, a inter-
venção por meio de políticas públicas deve fundamentar-se em ampla análise prévia dos pro-
blemas sociais.

Questão 13 (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-PI/2016/ADAPTADA) Em relação às po-


líticas públicas e a outros aspectos a elas relacionados, julgue o item.
Pesquisar um assunto, filtrá-lo, estabelecer prospecções, explicitação de valores e objetivos a
serem alcançados são algumas das etapas da fase de formulação de políticas públicas, de-
pendendo o alcance dessas propostas do grau de racionalidade do processo decisório.

Questão 14 (CESPE/ANALISTA EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA PLENO/MCT/2012) A respei-


to das fases de políticas públicas, julgue o próximo item.
De acordo com o modelo bottom-up, a implementação transforma e adapta as políticas originais.

Questão 15 (CESPE/TÉCNICO DE FINANÇAS/AL/2002) Julgue o item a seguir, relacionado


à gestão de políticas públicas.
Políticas públicas são predominantemente iniciativas autônomas das instâncias governamen-
tais dotadas de responsabilidades legais sobre determinadas áreas de atuação ou questões
de interesse público.

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Questão 16 (CESPE/ANALISTA EXECUTIVO EM METROLOGIA E QUALIDADE/INME-

TRO/2010/ADAPTADA) Com relação a políticas públicas e programas governamentais, assi-

nale a opção correta.

As políticas públicas direcionam-se ao enfrentamento de problemas de uma parcela restrita de

indivíduos da sociedade, por meio da ação de toda a coletividade.

Questão 17 (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/2014) Julgue o

item subsecutivo, relativo às políticas públicas.

Ao planejar uma política pública, devem estar claros seu objeto e seus mecanismos de plane-

jamento e de avaliação.

Questão 18 (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2008) Com refe-

rência aos conceitos e situações aplicáveis à administração pública, bem como à experiência

e à legislação brasileira nesse setor, julgue o item.

As políticas são formas de atuar de uma organização, que refletem os objetivos estratégicos

e orientam os gerentes e demais empregados ou servidores em relação às situações que exi-

gem decisão e julgamento.

Questão 19 (CESPE/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/2015) Julgue o item

a seguir, relativo a políticas públicas e planejamento governamental.

As políticas públicas correspondem à soma das atividades articuladas pelos governos para

melhorar a vida dos cidadãos. As decisões e análises sobre políticas públicas implicam res-

ponder às seguintes questões: Quem ganha o quê? Por quê? e Que diferença isso faz?

Questão 20 (CESPE/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/2013) Julgue o pró-


ximo item, relativo a finanças e políticas públicas.

Uma condição básica para elaboração e execução de políticas públicas é o aparelhamento do

estado, com capacidade técnica e governabilidade.

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Questão 21 (CESPE/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DA ATIVIDADE CINEMATOGRÁFI-


CA E AUDIOVISUAL/2005) As exigências teóricas, metodológicas e técnicas apropriadas à
avaliação de problemas complexos e das intervenções, igualmente complexas, tais como as
políticas públicas, com as quais devem ser atacados, não são supridas pelas disciplinas aca-
dêmicas e suas especializações nem pelas técnicas de pesquisas convencionais oriundas das
ciências da natureza. As políticas públicas, dadas as suas idiossincrasias estruturais, caracte-
rizam-se como problemas quase estruturados. A respeito das características dessas políticas
públicas, julgue o item subsequente.
As variáveis que constituem o problema são dadas, enumeráveis, conhecidas e finitas.

Questão 22 (CESPE/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DA ATIVIDADE CINEMATOGRÁFI-


CA E AUDIOVISUAL/2005) As exigências teóricas, metodológicas e técnicas apropriadas à
avaliação de problemas complexos e das intervenções, igualmente complexas, tais como as
políticas públicas, com as quais devem ser atacados, não são supridas pelas disciplinas aca-
dêmicas e suas especializações nem pelas técnicas de pesquisas convencionais oriundas das
ciências da natureza. As políticas públicas, dadas as suas idiossincrasias estruturais, caracte-
rizam-se como problemas quase estruturados. A respeito das características dessas políticas
públicas, julgue o item subsequente.
Os atores sociais criam possibilidades de solução cujos conceitos para compreendê-las e suas
restrições não são conhecidos previamente.

Questão 23 (CESPE/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DA ATIVIDADE CINEMATOGRÁFI-


CA E AUDIOVISUAL/2005) As exigências teóricas, metodológicas e técnicas apropriadas à
avaliação de problemas complexos e das intervenções, igualmente complexas, tais como as
políticas públicas, com as quais devem ser atacados, não são supridas pelas disciplinas aca-
dêmicas e suas especializações nem pelas técnicas de pesquisas convencionais oriundas das
ciências da natureza. As políticas públicas, dadas as suas idiossincrasias estruturais, caracte-
rizam-se como problemas quase estruturados. A respeito das características dessas políticas
públicas, julgue o item subsequente.
O problema específico está isolado de outros problemas e no caso de haver uma sequência
com outros, a solução de cada um não afeta a solução dos seguintes.

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Questão 24 (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/2014) Julgue o


item subsecutivo, relativo às políticas públicas.
A agenda política mostra as questões públicas a serem tratadas pelo Estado, sua prioridade e
importância.

Questão 25 (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PE/2017) Acerca das agên-


cias reguladoras e da construção de agendas de políticas públicas, julgue o item a seguir.
No processo de construção da agenda de políticas públicas, define-se a lista dos problemas ou
dos assuntos que chamam a atenção de atores governamentais e cidadãos em geral.

Questão 26 (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-PI/2016/ADAPTADA) Em relação às polí-


ticas públicas e a outros aspectos a elas relacionados, julgue o item.
Entende-se por políticas públicas um conjunto de decisões e ações destinadas à resolução de
demandas sociais; por isso, essas demandas sempre alcançam a agenda governamental das
autoridades públicas decisórias.

Questão 27 (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-PE/2017) A formulação e o desenvolvi-


mento de políticas públicas seguem etapas sequenciais no chamado ciclo de políticas públi-
cas. Nesse ciclo, uma tarefa típica da etapa de construção de agendas consiste em
a) organizar as demandas sociais.
b) realizar estudo técnico de soluções para um problema público.
c) construir alianças políticas.
d) julgar os efeitos previstos para uma política pública.
e) designar atores responsáveis pela execução de tarefas intermediárias para a implementa-
ção de um programa público.

Questão 28 (CESPE/TÉCNICO DE FINANÇAS/AL/2002) Julgue o item a seguir, relacionado


à gestão de políticas públicas.
A mobilização dos atores resulta na percepção de certos problemas e, consequentemente, na
sua inclusão na agenda política.

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Questão 29 (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2013) Com rela-


ção à construção de agenda, formulação e avaliação de políticas públicas, julgue o item sub-
sequente.
A ocorrência de eventos ou crises pode suscitar a emergência de problemas ou assuntos, não
sendo suficiente, contudo, para impelir a entrada de um assunto na agenda.

Questão 30 (CESPE/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL/2016) No que se refere à conceitua-


ção de políticas públicas no Estado moderno e ao processo de elaboração dessas políticas,
julgue o seguinte item.
Independentemente da tipologia adotada, é comum às políticas públicas o fato de se constitu-
írem em espaços de poder onde se disputam recursos e a visão de mundo que orienta a ação
sobre a realidade.

Questão 31 (CESPE/AUDITOR DO ESTADO/CAGE RS/2018) Vários atores participam e in-


fluenciam, direta ou indiretamente, o processo de formulação de políticas públicas, a exemplo
de atores estatais ou públicos, entre os quais se incluem
a) os burocratas e os designados politicamente.
b) as organizações de terceiro setor e os meios de comunicação.
c) os empresários e as sociedades civis organizadas.
d) os grupos de interesse e os fornecedores.
e) os políticos e os grupos de pressão.

Questão 32 (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2015) Julgue o


próximo item, relativo à política pública e sua forma de avaliação.
Do processo de formulação de uma política pública participam, basicamente, dois tipos de
atores: os estatais e os privados.

Questão 33 (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2011) Em relação


às políticas públicas, julgue o item subsequente.
As políticas públicas são implementadas por governos, em parceria ou não com outras ins-
tituições sociais, com objetivo de realizar ações socialmente relevantes e economicamente
viáveis.

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Questão 34 (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2011) Em relação


às políticas públicas, julgue o item subsequente.
Quanto à sua natureza, as políticas públicas podem ser estruturais, conjunturais ou emer-
genciais.

Questão 35 (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2011) Em relação


às políticas públicas, julgue o item subsequente.
Quanto aos seus impactos sobre as relações sociais, as políticas públicas podem ser classifi-
cadas como distributivas, redistributivas ou regulatórias.

Questão 36 (CESPE/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL/2016) No que se refere à conceitua-


ção de políticas públicas no Estado moderno e ao processo de elaboração dessas políticas,
julgue o seguinte item.
Políticas públicas distributivas são menos conflituosas que políticas redistributivas, uma vez
que os recursos destinados às distributivas são alocados pelo Estado, não ficando explícito
quem paga ou quem perde com as decisões tomadas pelo poder público.

Questão 37 (CESPE/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL/2016) No que se refere à conceitua-


ção de políticas públicas no Estado moderno e ao processo de elaboração dessas políticas,
julgue o seguinte item.
A fase de formulação de uma política pública refere-se ao processo de criação de opções so-
bre o que fazer a respeito de um problema público, incluindo-se a identificação de restrições
técnicas e políticas à ação do Estado.

Questão 38 (CESPE/SOCIÓLOGO/DPU/2016) Considerando os planos, programas e confe-


rências produzidos e promovidos pelo governo federal no processo de formulação e imple-
mentação de políticas públicas no Brasil, julgue o item seguinte.
A formulação de políticas públicas deve ser compreendida como o processo por meio do qual
os governos traduzem seus propósitos em programas e ações, que produzirão os resultados
ou as mudanças desejadas no mundo real.

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Questão 39 (CESPE/ANALISTA DE GESTÃO/TCE-PE/2017) Acerca da formulação e imple-


mentação de políticas públicas e do planejamento na administração pública, julgue o item
seguinte.
A formulação e a implementação de políticas públicas são processos idênticos, razão por que
esses termos podem ser utilizados de forma intercambiável.

Questão 40 (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-PI/2016/ADAPTADA) Em relação às polí-


ticas públicas e ao processo de comunicação, julgue o item.
A implementação de uma política pública é o momento em que se efetiva a ação e se coloca
em prática a decisão política, inexistindo pré-condição para tanto.

Questão 41 (CESPE/ANALISTA EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA PLENO/MCT/2012) Acerca


de burocracia e dos tipos de políticas públicas, julgue o item que se segue.
A atuação da burocracia “no nível de rua” pode interferir no processo de implementação de
políticas públicas.

Questão 42 (CESPE/OFICIAL DE INTELIGÊNCIA/ÁREA 3/2018) A respeito de formulação,


análise e avaliação de políticas públicas, julgue o item que se segue.
A extinção é considerada a última fase do ciclo de políticas públicas porque trata da reflexão
sobre os limites das políticas públicas, seu esgotamento e sua substituição por novas políti-
cas.

Questão 43 (FGV/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO/MPE RJ/ADMINISTRATIVA/2016)


Na formulação de políticas públicas de combate ao uso de drogas, é importante reconhecer o
papel dos assistentes sociais como agentes no nível de rua. A forma pela qual a atuação des-
ses profissionais se insere numa relação coerente de causa e efeito somente pode ser obser-
vada em retrospecto, dada a natureza emergente de suas práticas cotidianas. Suas decisões
baseiam-se no seu discernimento, a cada momento, e os resultados nem sempre podem ser
previstos com confiança.
É correto considerar que a formulação de uma política pública, nesse contexto, seja do tipo:

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a) caótica;
b) complicada;
c) complexa;
d) desordenada;
e) simples.

Questão 44 (FGV/ANALISTA AMBIENTAL/INEA/ASSISTENTE SOCIAL/2013) Os movi-


mentos sociais que atuam no campo democrático reivindicam a implementação de políticas
públicas
a) focais.
b) amplas.
c) universais.
d) seletivas.
e) fragmentadas.

Questão 45 (FGV/CONSULTOR DE ORÇAMENTOS/SEN/CONSULTORIA E ASSESSORA-


MENTO EM ORÇAMENTOS/ASSESSORAMENTO EM ORÇAMENTOS/2008) Os objetivos de
uma política reguladora de Estado tradicionalmente, são:
a) defesa da concorrência e dos usuários de serviços públicos.
b) defesa da concorrência e manutenção da responsabilidade fiscal.
c) defesa dos usuários de serviços públicos e da responsabilidade fiscal.
d) defesa das empresas prestadoras de serviços públicos e responsabilidade fiscal.
e) defesa dos princípios da privatização de estatais e da concorrência.

Questão 46 (FGV/AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO DO TCM-RJ/2008) Existem


vários aspectos que diferenciam o processo de planejamento de políticas públicas entre na-
ções desenvolvidas e em desenvolvimento. No caso destas, há uma tendência de explicar suas
falhas com base em:
a) aspectos político-institucionais, capacidade financeira e capacidade técnica.
b) problemas políticos, capacidade financeira e carência de recursos humanos qualificados.

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c) carência de recursos humanos, aspectos político-institucionais e burocratização da admi-


nistração pública.
d) problemas de implementação, carência de recursos humanos e burocratização.
e) problemas de implementação, aspectos políticos e dificuldades de gestão.

Questão 47 (FGV/ANALISTA DA PROCURADORIA/PGE RO/ADMINISTRADOR/2015) Ana-


lise o trecho a seguir.
“A administração pública brasileira, mesmo quando incipiente, esteve sempre marcada pelo
desempenho de funções vicárias e compensatórias, desempenhando um papel de segurar po-
sição e função a significativo contingente de pessoas, colaborando para a formação de parte
expressiva das elites nacionais. Este processo acabou por deformá-la, atrelando-a ao cumpri-
mento de encargos não administrativos e vinculando toda a sua sistemática aos mecanismos
de trocas políticas e legitimação do Estado.”
A administração pública descrita associa-se à noção de Estado:
a) autoritário e burocrático;
b) participativo e do bem-estar;
c) oligárquico e patrimonial;
d) profissional e pós-burocrático;
e) empreendedor e regulador.

Questão 48 (FGV/TÉCNICO DE FOMENTO C/BADESC/ANALISTA DE RISCO DE CRÉDI-


TO/2010) Com relação à concepção neoliberal do Estado não é correto afirmar que:
a) o Estado deve se manter isolado das pressões do setor privado.
b) o Estado deve reduzir o tamanho da administração pública.
c) o Estado deve reduzir o tamanho do setor público.
d) o Estado deve apoiar-se em decisões discricionárias do que em regras.
e) o Estado deve delegar as decisões a unidades independentes que não cedam às pressões
políticas.

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Questão 49 (FGV/FISCAL DE SERVIÇOS MUNICIPAIS/PREF SALVADOR/2019) No proces-


so de formulação de políticas públicas, existem situações em que a discussão sobre um issue
fica restrita ao tratamento dentro das comunidades técnicas, grupos de poder e subsistemas
políticos, inibindo o surgimento de novas ideias.
A ocorrência dessa situação é chamada de
a) armadilha mixed-scanning.
b) judicialização das políticas públicas.
c) formação bottom-up.
d) monopólio da política pública.
e) incrementalismo redundante.

Questão 50 (FGV/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO/MPE AL/GESTÃO PÚBLICA/2018)


Determinado município decidiu mudar radicalmente sua política de IPTU. Por essa nova políti-
ca, a partir do ano de 2019, todos os imóveis avaliados em até 200 mil reais terão isenção de
IPTU, e aqueles com valores superiores a 1 milhão de reais serão tributados em dobro, garan-
tindo a manutenção do valor arrecadado e o financiamento das políticas urbanas.
O caso apresentado, segundo a tipologia de políticas públicas de Theodore Lowi, é um exem-
plo de política
a) constitutiva.
b) regulatória.
c) redistributiva.
d) distributiva.
e) intervencionista.

Questão 51 (FGV/ANALISTA LEGISLATIVO/ALERO/ADMINISTRAÇÃO/2018) Conforme a


tipologia de políticas públicas, apresentada no modelo de Lowi, assinale a opção que indica
um exemplo de Política pública redistributiva.
a) Política de emergência para vítimas de enchente.
b) Campanha de vacinação contra febre amarela.
c) Programa de reforma agrária.
d) Distribuição de cestas básicas.
e) Elaboração do código do consumidor.

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Questão 52 (FGV/ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO GOVERNAMEN-


TAL/SEPOG RO/2017) Correlacione as tipologias listadas a seguir aos seus respectivos
conceitos.
1. Consistem na distribuição de recursos a determinados segmentos da sociedade ou a regi-
ões especificas e, em geral, demandam controle social por meio de conselhos ou de outras
formas de participação popular. Não implica em custos diretos (ou diretamente percebidos)
para a parcela da sociedade não beneficiada.
2. Destinam-se à definição das “regras do jogo” político, em termos de estrutura e modo de
acesso ao poder, bem como as formas de negociação política.
3. Tem o intuito de redistribuir renda e direitos, por meio do deslocamento de recursos das
camadas mais privilegiadas financeiramente para as menos (ou economicamente ativas para
inativas). Impõem perdas concretas para determinados grupos sociais e ganhos incertos para
outros.
4. Normatizam o funcionamento de serviços públicos ou a oferta de recursos públicos. São
concretizadas por meio de decretos, portarias, ordens e proibições. As normas produzidas
podem tratar a comunidade de forma isonômica ou, por vezes, atender a interesses mais
restritos.
 (  ) Políticas Distributivas
 (  ) Políticas Redistributivas
 (  ) Políticas Constitutivas
 (  ) Políticas Regulatórias

Assinale a opção que mostra corretamente a correlação, de cima para baixo.


a) 1, 2, 3 e 4.
b) 1, 3, 2 e 4.
c) 1, 4, 3 e 2.
d) 1, 2, 4 e 3.
e) 1, 3, 4 e 2.

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Questão 53 (FGV/ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO GOVERNAMEN-


TAL/SEPOG RO/2017) A literatura aponta as principais etapas ou fases para o processo de
formulação de políticas públicas.
1. Identificação do problema
2. Construção da agenda
3. Formulação de alternativas (políticas públicas)
4. Tomada de decisão
5. Implementação
6. Avaliação
Assinale a opção que descreve como ficou conhecida essa dinâmica.
a) Ciclo de políticas públicas.
b) Manual de políticas públicas.
c) Problema público.
d) Diagnóstico situacional.
e) Decisão política.

Questão 54 (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/2014) Julgue o


item subsecutivo, relativo às políticas públicas.
Ao planejar uma política pública, devem estar claros seu objeto e seus mecanismos de plane-
jamento e de avaliação.

Questão 55 (CESPE/ANALISTA EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA PLENO/MCT)/2012) Julgue


o item a seguir, relativos a políticas públicas.
No campo de análise das políticas públicas, essas políticas funcionam como inputs do siste-
ma político.

Questão 56 (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2013) Com rela-


ção à construção de agenda, formulação e avaliação de políticas públicas, julgue o item sub-
sequente.
A avaliação de uma política pública compreende a definição de critérios, indicadores e padrões.

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Questão 57 (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2015) Julgue o


próximo item, relativo à política pública e sua forma de avaliação.
A coleta e a análise de todos os dados disponíveis são requisitos necessários para a constru-
ção de indicadores que visem avaliar a qualidade de programas governamentais.

Questão 58 (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PR/2016) De acordo com


determinado segmento da doutrina especializada, os governos devem optar por políticas
cujos ganhos sociais superem os custos pelo maior valor e devem evitar políticas em que os
custos excedam os ganhos. Esse método de avaliação das políticas públicas corresponde ao
modelo
a) sistêmico.
b) institucional.
c) de processo.
d) racional.
e) incremental.

Questão 59 (CESPE/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DO DF/2002) Os governos fede-


ral, estaduais e municipais celebram a adoção de um novo modelo de planejamento governa-
mental, a partir do advento da última geração de planos plurianuais. Tais iniciativas, referen-
ciadas na experiência federal, introduzem a noção de programas, um conjunto articulado de
ações voltadas a resultados preestabelecidos que podem ser mensurados e acompanhados
sob a responsabilidade de gerentes específicos. A implementação de tal iniciativa é tarefa
de alta complexidade, haja vista a grande diversidade de órgãos, entidades e esferas gover-
namentais, e envolve questões pertinentes à própria concepção de gestão por programas.
Nesse sentido, julgue o item a seguir, relativo a aspectos problemáticos na implementação
desses novos planos plurianuais.
A alteração dos resultados programados do plano de forma a mantê-los realistas e desafia-
dores em face das constantes mudanças conjunturais é provocada e facilitada por revisões
legais.

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Questão 60 (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/CADE/2014) Julgue o item a


seguir, referente à avaliação de políticas públicas.
Os avaliadores de uma política pública, para conduzir os seus trabalhos de forma objetiva e
independente, não devem interagir com os formuladores dessa política.

Questão 61 (CESPE/ANALISTA DE GESTÃO/TCE-PE/2017) Com relação a políticas públi-


cas no Brasil, julgue o item seguinte.
A última etapa do ciclo de políticas públicas é a avaliação, que consiste na mensuração de
resultados e de impactos com o propósito de compará-los às metas originais.

Questão 62 (CESPE/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO GRANDE


DO NORTE/2015) Julgue o item seguinte a respeito de planejamento e avaliação das políticas
públicas.
Para simplificar o processo de avaliação dos programas de governo, deve ser único e exclusivo
o indicador de desempenho de cada programa.

Questão 63 (CESPE/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO GRANDE


DO NORTE/2015) Julgue o item seguinte a respeito de planejamento e avaliação das políticas
públicas.
O uso da economicidade como indicador de desempenho visa estabelecer o grau com que o
programa atinge as metas e os objetivos traçados.

Questão 64 (CESPE/AUDITOR-FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/TCE-SC/2016) Com refe-


rência ao planejamento e à avaliação de políticas públicas no Brasil, julgue o item subsequente.
Com base no modelo de cadeia de valor, insumos, processos, produtos e impactos são os ele-
mentos que devem ser considerados no desenvolvimento de indicadores para a avaliação de
programas.

Questão 65 (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/2014) Julgue o


item subsecutivo, relativo às políticas públicas.
A avaliação de uma política pública deve ser realizada após o término de sua implementação,
uma vez que não é possível realizar controle parcial.

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Questão 66 (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-PI/2016/ADAPTADA) Em relação às polí-


ticas públicas e ao processo de comunicação, julgue o item.
A abordagem racional refere-se à análise e formulação de políticas públicas e consiste em dar
foco ao processo político.

Questão 67 (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-PI/2016/ADAPTADA) Em relação às po-


líticas públicas e ao processo de comunicação, julgue o item.
A partir da predefinição do problema, o processo ou ciclo de políticas públicas contempla os
seguintes momentos: agenda, elaboração, formulação, implementação, execução, acompa-
nhamento e avaliação.

Questão 68 (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-PE/2017) A formulação e o desenvolvi-


mento de políticas públicas seguem etapas sequenciais no chamado ciclo de políticas públi-
cas. Nesse ciclo, uma tarefa típica da etapa de construção de agendas consiste em
a) organizar as demandas sociais.
b) realizar estudo técnico de soluções para um problema público.
c) construir alianças políticas.
d) julgar os efeitos previstos para uma política pública.
e) designar atores responsáveis pela execução de tarefas intermediárias para a implementa-
ção de um programa público.

Questão 69 (CESPE/ANALISTA DE GESTÃO/TCE-PE/2017) Com relação a políticas públi-


cas no Brasil, julgue o item seguinte.
A inclusão de uma necessidade da população nas prioridades do poder público refere-se à
etapa de construção de agendas do processo de formulação e desenvolvimento de políticas
públicas.

Questão 70 (CESPE/ANALISTA DE GESTÃO/TCE-PE/2017) No que se refere ao planeja-


mento estratégico e à avaliação das políticas públicas, julgue o item subsequente.
De acordo com os princípios da gestão por resultados, a avaliação de resultados de um dado
programa inicia-se antes mesmo da execução do programa em questão: o objetivo é garantir
que o desenho programático da intervenção atenda integralmente ao que foi planejado.

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Questão 71 (CESPE/TECNÓLOGO EM GESTÃO PÚBLICA/EBSERH/2018) Acerca de avalia-


ções de políticas públicas e programas governamentais, julgue o item seguinte.
A avaliação de um programa deve ser realizada à luz dos contextos sociais pelos quais o pro-
grama é implantado.

Questão 72 (QUADRIX/ANALISTA/SERPRO/2014) Para alcançar resultados em diversas


áreas e promover o bem-estar da sociedade, os governos se utilizam de políticas públicas. Seu
processo de formulação, também chamado de Ciclo das Políticas Públicas, apresenta diversas
fases. Entre as alternativas apontadas, a primeira fase seria:
a) avaliação.
b) processo de tomada de decisão (escolha das ações).
c) formulação de políticas (apresentação de solução e alternativas).
d) processo eleitoral (escolha de representantes).
e) formação da agenda.

Questão 73 (CEPERJ/ANALISTA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO/SEPLAG RJ/2010)


A dinâmica da política pública brasileira compreende várias etapas. A alternativa que condiz
com a etapa da Avaliação é:
a) conjunto de ações destinadas a atingir os objetivos estabelecidos pela política pública.
b) seleção e especificação da alternativa considerada mais conveniente.
c) instante em que as questões públicas surgem e formam correntes de opinião ao seu redor e
que contribuem para a formação de agendas com questões que merecem políticas definidas.
d) momento em que fatos sociais adquirem status de “problema político”, transformando-se
em objeto de debate e controvérsia.
e) instrumento de responsabilidade para informar aos usuários e/ou beneficiários e à socieda-
de em geral sobre desempenho e impactos.

Questão 74 (FGV/ANALISTA/TJ SC/ADMINISTRATIVO/2018) Um dos indicadores de de-


sempenho relacionados à avaliação de políticas públicas se baseia no aspecto da efetividade.
Pode ser considerado um exemplo de política pública efetiva relacionada à segurança:
a) alocação de contingente policial em área perigosa de um município;

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b) descontos na munição adquirida para operações especiais em comunidades;


c) redução da criminalidade em uma região litorânea;
d) aquisição de uma nova frota de carros para a Polícia Militar;
e) eliminação de desperdício de papéis em delegacias.

Questão 75 (FGV/ANALISTA/TJ SC/ADMINISTRATIVO/2015) O modelo de bem-estar so-


cial caracterizado por garantir a todos os cidadãos serviços essenciais, mesclando mecanis-
mos de renda mínima, redistribuição e substituição de renda, respeitando mínimos historica-
mente definidos e equipamentos coletivos públicos para prestação de serviços, é denominado:
a) residual;
b) residual-institucional;
c) meritocrático-institucional;
d) meritocrático-particularista;
e) institucional-redistributivo.

Questão 76 (FGV/TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO/DPE-RJ/ADMINISTRA-


ÇÃO/2014) Nos tempos atuais, a interação entre indivíduos, empresas e outras organizações
nacionais e internacionais, bem como entre Estados, intensificou-se ainda mais como conse-
quência da globalização das finanças e do comércio, facilitada pela evolução das comunica-
ções e da informática. Em relação a Redes de Políticas Públicas, é correto afirmar que
a) não podem ser utilizadas como ferramentas analíticas sobre as relações entre os atores que
interagem num determinado setor das Políticas Públicas.
b) são metáforas para destacar que a elaboração de Políticas Públicas envolve um grande nú-
mero e ampla variedade de atores.
c) estão diretamente ligadas à soberania nacional e que as Políticas Públicas estão desvincu-
ladas de qualquer tipo de acordos internacionais.
d) não podem ser consideradas como alternativas ao modelo hierárquico de mercado.
e) são um conjunto de relações consideradas instáveis, de natureza hierárquica e inde-
pendentes.

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Questão 77 (FGV/TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO/DPE-RJ/ADMINISTRA-


ÇÃO/2014) Os modelos de elaboração de Políticas Públicas que aspiram à generalidade descon-
sideram o fato de que diferentes ambientes sociais, que configuram a situação em que é feita a
escolha da política, aparentemente levam os tomadores de decisão a fazer opções significativa-
mente distintas. Deste modo, para que haja adequabilidade de um modelo teórico, deve-se levar
em conta que
a) não existe diferença entre a busca de um modelo para os países desenvolvidos e os países
em desenvolvimento.
b) o analista deve vincular-se com rigidez a um modelo em particular, não devendo, necessa-
riamente, ter que observar os aspectos do ambiente em estudo.
c) nem sempre há necessidade de identificar e estruturar os aspectos da política a ser analisada.
d) esse modelo deve estar ligado às metas fixadas e como produto da participação das massas.
e) na elaboração de políticas, as percepções e os interesses dos atores individuais estão pre-
sentes em todos os estágios.

Questão 78 (FGV/TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO/DPE-RJ/ADMINISTRA-


ÇÃO/2014) Além dos objetivos relacionados à eficiência e eficácia dos processos de gestão
pública, a avaliação de políticas é decisiva para o processo de aprendizagem institucional e
também contribuiria para a busca e à obtenção de ganhos das ações governamentais em ter-
mos de satisfação dos usuários e de legitimidade social e política. Por essas e outras razões,
tem sido ressaltada a sua importância, pois
a) o reconhecimento formal da avaliação de políticas, no Brasil, se traduz em processos de
avaliação sistemáticos e consistentes que subsidiam a gestão pública.
b) os processos de avaliação de políticas vêm se tornando crescentemente institucionalizados
no contexto da administração pública brasileira.
c) no plano do discurso, produz automaticamente a apropriação dos processos de avaliação
como ferramentas de gestão, sem percebê-los como um dever.
d) isso exige o empenho das estruturas político-governamentais na adoção da avaliação como
prática aleatória nas suas ações.
e) representam um potente instrumento de gestão na medida em que são utilizados durante
determinados ciclos da gestão.

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Questão 79 (FGV/TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO/DPE-RJ/ADMINISTRA-


ÇÃO/2014) A formulação da Agenda de Políticas Públicas muda com o tempo. Se o custo dos
serviços médicos é um item importante na agenda, por exemplo, as autoridades envolvidas
podem considerar seriamente uma variedade de alternativas relacionadas àquele problema,
como a regulamentação direta dos custos hospitalares, a introdução de incentivos ao sistema
para estimular a regulação de mercado, o pagamento dos custos dos consumidores por meio
de um abrangente seguro de saúde nacional, decretar os seguros parciais para casos de catás-
trofes, a nacionalização do sistema em um esquema de medicina socializada, ou nada fazer
a respeito do assunto. A Agenda na formulação de Políticas Públicas pode ser considerada
como
a) a pauta de uma reunião, onde assuntos são pré-determinados e levados a uma análise críti-
ca pelas autoridades e sociedade civil.
b) o tipo de plano que as autoridades desejam que seja adotado, mesmo que possuam inten-
ções veladas.
c) o objetivo no qual as políticas públicas devem focar, dado que será a razão de todo o progra-
ma de governo, independentemente das mudanças que a sociedade possa sofrer.
d) a ferramenta que possibilitará, ao governo, determinar as ações que, durante toda a sua
gestão, deverão nortear os poderes legislativo, executivo e judiciário.
e) um alvo, em dado momento, de séria atenção, tanto da parte das autoridades governamen-
tais como de pessoas fora do governo, mas estreitamente associadas às autoridades.

Questão 80 (FGV/TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO/DPE-RJ/ADMINISTRA-


ÇÃO/2014) Programas no âmbito do setor público apresentados aos órgãos de financiamento
devem estar relacionados a problemas específicos em determinado contexto. Muitos progra-
mas não resistem à análise preliminar por não deixarem claro o problema que visam resolver.
Um gestor público interessado em propor um programa deve justificar a motivação para o
investimento a ser realizado. As técnicas de solução de problemas podem ser de grande valia
na medida em que estão centradas na identificação de

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a) uma hipótese de solução específica.


b) uma situação negativa existente que se quer ver solucionada.
c) uma situação imaginária que se quer simular.
d) uma situação negativa hipotética que se quer ver solucionada.
e) uma ausência de solução.

Questão 81 (FGV/ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO GOVERNAMEN-


TAL/SEPOG RO/2017) As avaliações administrativas combinam diferentes tipos de ativida-
des de monitoramento e avaliação de impacto por parte dos gestores públicos.
As opções a seguir apresentam tipos de avaliação de políticas públicas, à exceção de uma.
Assinale-a.
a) Avaliações de esforços: são tentativas de medir a quantidade de insumos do programa en-
volvido na política (pessoal, comunicação, transporte etc.) e devem ser calculados em termos
dos custos monetários. Seu propósito é estabelecer uma linha de base de dados.
b) Avaliações de desempenho: determina o que a política pública está produzindo, muitas ve-
zes independentemente dos objetivos definidos, produzindo benchmark (ponto de referência)
ou dados de desempenho, que são utilizados como insumos para as avaliações mais abran-
gentes e profundas.
c) Avaliações de processo: examinam os métodos organizacionais, incluindo as regras e os
procedimentos operacionais, utilizados para executar programas. Seu objetivo normalmente é
ver se um processo pode ser simplificado e tornado mais eficiente.
d) Avaliações de eficiência: tentam avaliar os custos de um programa e julgar se a mesma
quantidade e qualidade de produtos poderiam ser alcançadas de forma mais eficiente, ou seja,
por um custo menor. Os insumos e produtos são o alicerce desse tipo de avaliação.
e) Avaliações de adequação de desempenho (ou de eficácia): são realizadas de forma ad hoc
por atores como a mídia, partidos políticos, grupos de interesse, líderes comunitários e cam-
panhas de relações públicas ou lobby lançadas por organizações não governamentais. Essas
avaliações geralmente são realizadas para oferecer aconselhamento independente.

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Questão 82 (FGV/ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO GOVERNAMEN-


TAL/SEPOG RO/2017) Avaliar uma política pública pressupõe que exista definição prévia de
critérios e padrões, monitorados por intermédio de indicadores.
Em relação ao momento em que se realiza a avaliação, assinale (V) para a afirmativa verdadeira e
(F) para a falsa.
 (  ) ex ante – realizada com o intuito de verificar a viabilidade do programa ou projeto e ocor-
re em momento anterior ao início do mesmo.
 (  ) ex post – destina-se a investigar em que medida o programa ou projeto atingiu os resul-
tados esperados por seus formuladores
 (  ) ex tunc – julga se o programa ou projeto deve continuar ou não.
a) V - F - F.
b) F - V - F.
c) V - V - F.
d) F - F - V.
e) F - V - V.

Questão 83 (FGV/ANALISTA/TJ SC/ADMINISTRATIVO/2015) Podemos compreender


como Políticas Públicas o conjunto de ações, planos, metas e objetivos traçados pelos go-
vernos a fim de alcançar o bem-estar social. Assim, a formulação de Políticas Públicas, bem
como a determinação do bem-estar da sociedade, é atribuição do governo e não da sociedade.
Entretanto, a sociedade e seus diversos grupos de interesse podem participar de parte do pro-
cesso de formulação dessas Políticas. A parte do processo em que há participação direta da
sociedade e de seus grupos de interesse é:
a) a formação de agenda;
b) a formulação de diretrizes;
c) o processo de tomada de decisão;
d) a implementação;
e) a avaliação.

Questão 84 (VUNESP/ANALISTA DE TECNOLOGIA/SEDUC SP/TECNOLOGIA DA INFOR-


MAÇÃO/2014) A avaliação sistemática, contínua e eficaz é uma ferramenta gerencial

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poderosa, fornecendo aos formuladores e gestores de políticas públicas condições para au-
mentar a eficiência e a efetividade dos
a) indicativos de auditoria.
b) materiais e equipamentos propícios.
c) cargos necessários.
d) processos estipulados.
e) recursos aplicados.

Questão 85 (VUNESP/ASSISTENTE/AMLURB/GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS/2016)


Leio o trecho.
Art. 1º – Fica criado o Programa de Restrição ao Trânsito de Veículos Automotores no Município
de São Paulo (…).
Art. 2º – O Programa ora criado objetiva a melhoria das condições do trânsito, por meio da redu-
ção do número de veículos em circulação nas vias públicas, com base no dígito final da placa de
licenciamento, ficando proibida a circulação, nos horários fixados (…).
Trata-se de um excerto do Decreto n. 37.085, de 3 de outubro de 1997, que regulamentou a lei
que instituía o rodízio de veículos automotores na cidade de São Paulo. Tal decisão do poder
público municipal, na época experimental e que se tornou permanente, caracteriza-se como
uma política pública
a) alocativa.
b) regulatória.
c) constitutiva.
d) distributiva.
e) estabilizadora.

Questão 86 (VUNESP/ASSISTENTE/AMLURB/GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS/2016)


Assinale a alternativa que apresenta uma política pública tipicamente redistributiva, conside-
rando a tipologia e os critérios de Theodore Lowi.
a) Gratuidade na passagem de transporte coletivo municipal para idosos.
b) Implantação de praças de atendimento ao cidadão em subprefeituras.
c) Redução do limite de velocidade em ruas, avenidas e marginais.

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d) Definição de regras de participação da sociedade civil nas políticas públicas.


e) Programa de reforma agrária em grandes propriedades rurais improdutivas.

Questão 87 (VUNESP/ASSISTENTE/AMLURB/GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS/2016)


Ainda que incomum, a fase do processo de políticas públicas em que o problema é percebido
como resolvido, as leis e ações que ativavam a política pública são compreendidas como inefi-
cazes ou o problema perdeu progressivamente importância e saiu da agenda, é definida como:

a) monitoramento.
b) insulamento burocrático.
c) agenda-setting.
d) formulação de alternativas.
e) extinção.

Questão 88 (VUNESP/ASSISTENTE/AMLURB/GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS/ 2016)


A etapa de formulação de políticas públicas envolve, dentre outras atividades, o desenho de
alternativas como um momento em que são analisados os vários caminhos para que um obje-
tivo possa ser alcançado. Cada uma das alternativas, além de requerer diferentes recursos, vai
necessitar de mecanismos que induzam ao comportamento desejado.

Assinale a alternativa que descreve corretamente um desses mecanismos.


a) O mecanismo de premiação busca influenciar o comportamento por meio de estímulos ne-
gativos.
b) O mecanismo de conscientização busca influenciar o comportamento por meio da constru-
ção e apelo ao senso de dever moral.
c) O mecanismo de coerção busca influenciar o comportamento por meio de estímulos posi-
tivos.
d) O mecanismo de soluções técnicas busca influenciar o comportamento por meio de recom-
pensa material ou punições.
e) O mecanismo de persuasão busca influenciar o comportamento por meio da aplicação de
práticas e equipamentos.

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Questão 89 (VUNESP/ASSISTENTE/AMLURB/GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS/2016)


A etapa de implementação de políticas públicas necessita de instrumentos, ou seja, meios
disponíveis para transformar as intenções políticas em ações concretas. Assinale a alternativa
que descreve corretamente um desses instrumentos.
a) Regulamentação: instrumento regulatório que extingue regras, normas e procedimentos.
b) Subsídio: instrumento fiscal que onera e desincentiva algumas atividades.
c) Transferência de renda: instrumento econômico de inibição da prestação direta de serviço
público.
d) Terceirização de serviço público: instrumento administrativo que transfere a execução de
algum serviço para uma organização privada.
e) Impostos e taxas: instrumento fiscal que incentiva ou premia alguma atividade.

Questão 90 (VUNESP/ASSISTENTE/AMLURB/GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS/2016)


Um técnico da Prefeitura Municipal de São Paulo, durante o processo de avaliação dos servi-
ços públicos de limpeza, propôs como um dos indicadores a frequência da coleta de lixo por
semana. Trata-se de um indicador de
a) efeito.
b) produto.
c) processo.
d) resultado.
e) impacto.

Questão 91 (VUNESP/ANALISTA/PREF SP/INFORMAÇÕES, CULTURA E DESPORTO/2015)


Com relação aos tipos de política pública, é correto afirmar que as políticas redistributivas
a) concedem benefícios concentrados para algumas categorias de atores e impõem custos
concentrados a outras categorias de atores.
b) geram benefícios específicos para determinados grupos sociais e implicam custos difusos
para toda a coletividade.
c) estabelecem padrões de comportamento para grupos de atores numa arena de baixo confli-
to entre os diversos grupos sociais.

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d) são políticas que definem competências, jurisdições e regras para a disputa política entre
diferentes setores sociais.
e) têm como objetivo a implantação de um projeto de governo, por meio de programas e ações
voltados para toda a sociedade.

Questão 92 (VUNESP/ANALISTA/PREF SP/INFORMAÇÕES, CULTURA E DESPORTO/


2015) O processo de elaboração de políticas públicas pode ser compreendido como um ciclo,
no qual as diferentes fases sequenciais e interdependentes de uma política pública podem ser
visualizadas. A fase denominada “formação da agenda” corresponde à definição dos
a) critérios para a tomada de decisão.
b) destinatários de uma política pública.
c) temas ou problemas considerados relevantes.
d) mecanismos de avaliação a serem aplicados.
e) instrumentos disponíveis para a implementação.

Questão 93 (VUNESP/ANALISTA DE POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO GOVERNAMEN-


TAL/PREF SP/2015) O transporte público na cidade de São Paulo representa uma política
pública
a) empreendedora.
b) redistributiva.
c) distributiva.
d) majoritária.
e) regulatória.

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GABARITO
1. C 28. C 55. E
2. Anulado 29. C 56. C
3. C 30. C 57. E
4. C 31. a 58. d
5. E 32. C 59. E
6. C 33. Anulado 60. C
7. C 34. Anulado 61. C
8. C 35. C 62. E
9. E 36. C 63. E
10. E 37. C 64. C
11. E 38. C 65. E
12. C 39. E 66. E
13. C 40. E 67. C
14. C 41. C 68. a
15. E 42. C 69. C
16. E 43. c 70. E
17. C 44. c 71. C
18. C 45. a 72. e
19. C 46. a 73. e
20. C 47. c 74. c
21. E 48. d 75. e
22. C 49. d 76. b
23. E 50. c 77. e
24. C 51. c 78. b
25. C 52. b 79. e
26. E 53. a 80. b
27. a 54. C 81. e

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82. c
83. a
84. e
85. b
86. e
87. e
88. b
89. d
90. c
91. a
92. c
93. c

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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (CESPE/CONSULTOR LEGISLATIVO/SEN/ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA/2002)
Quanto às formas de exercício de funções públicas, julgue o item que se segue.
Embora a formulação de políticas públicas seja uma responsabilidade indelegável do Poder
Executivo, algumas funções auxiliares de representação de interesses podem ser atribuídas a
outros agentes públicos ou privados.

Certo.
De fato, o conceito de política pública envolve um conjunto de ações atividades desenvolvidas
de forma solidária e subsidiária entre Estado e sociedade.
Ainda, devemos lembrar que as atividades que são consideradas de interesse público, mas
que não devam ou necessitam ser providas exclusivamente pelo poder público, podem ser
descentralizadas ou mesmo delegadas a agentes privados. Entre essas, encontra-se a maior
parte dos serviços sociais, como, por exemplo, os serviços de educação e de saúde, que são
oferecidos tanto por instituições públicas como privadas.

Questão 2 (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/AUDITORIA GO-


VERNAMENTAL/2011) Em relação às políticas públicas, julgue o item subsequente.
Quanto à abrangência dos seus possíveis resultados, as políticas públicas podem ser univer-
sais, segmentais, fragmentadas e focais.

Anulado.
A banca anulou o item, alegando controvérsia sobre o tema na literatura especializada.
Na realidade, a banca misturou em seu enunciado duas tipologias: a mais clássica, que iden-
tifica as políticas públicas como universalizadas ou focalizadas e a classificação que divide
as políticas em universais, segmentais ou fragmentadas. Vejamos.
As políticas universalistas são aquelas que direcionam os recursos públicos a todos os cida-
dãos, enquanto políticas focalizadas buscam redirecionar estes recursos para os mais pobres,
por meio de instrumentos que os selecionem como beneficiários diretos.

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Já a outra classificação destaca que as políticas universais são aquelas anunciadas a todos os
cidadãos; as políticas segmentais são aquelas que caracterizam um fator determinado (como
idade, condição física, gênero etc.); e, as políticas fragmentadas são aquelas designadas a
grupos específicos dentro de cada segmento da sociedade.

Questão 3 (CESPE/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO GRANDE


DO NORTE/2015) Julgue o item seguinte a respeito de planejamento e avaliação das políticas
públicas.
Obstáculos institucionais, como a existência de grupos sociais fortes, podem ser barreiras à
formulação eficaz de uma política pública.

Certo.
De fato, indivíduos com interesses comuns reúnem-se em grupos, formais ou informais, para
manifestar ou impor suas demandas aos governos. Vimos, no final do mês de maio de 2018,
a classe dos caminhoneiros alavancando diversas paralisações por todo o território nacional,
forçando o governo a rever diversas políticas de incentivos fiscais (grupo X) para atender aos
pleitos da categoria (grupo Y), em especial, alterando diversas políticas no preço dos combus-
tíveis (grupo Z).
Outros exemplos de grupos sociais podem ser citados, como os sindicatos, as organizações
não governamentais, empresas, partidos políticos etc.
Assim, possíveis mudanças nas políticas podem ser vistas como resultado de mudanças na
capacidade de influência desses grupos, formando barreiras à formulação eficaz de uma de-
terminada política pública.

Questão 4 (CESPE/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DA ATIVIDADE CINEMATOGRÁFI-


CA E AUDIOVISUAL/2005) As exigências teóricas, metodológicas e técnicas apropriadas à
avaliação de problemas complexos e das intervenções, igualmente complexas, tais como as
políticas públicas, com as quais devem ser atacados, não são supridas pelas disciplinas aca-
dêmicas e suas especializações nem pelas técnicas de pesquisas convencionais oriundas das

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ciências da natureza. As políticas públicas, dadas as suas idiossincrasias estruturais, caracte-


rizam-se como problemas quase estruturados. A respeito das características dessas políticas
públicas, julgue o item subsequente.
Esse tipo de problema é determinado por regras imprecisas e variáveis, que não são iguais
para todos. Os atores sociais criam as regras e, às vezes, as mudam para poder solucionar os
problemas.

Certo.
Uma das características das políticas públicas é a sua maneira de ser vista por cada ator da
arena. Portanto, o ator que planeja determinada política pública não está fora da realidade, pois
essa realidade que ele planeja contém outros sujeitos criativos, que também planejam, ou seja,
visualizam cada detalhe de uma política pública de maneira peculiar.

Questão 5 (CESPE/TÉCNICO DE FINANÇAS/AL/2002) Julgue o item a seguir, relacionado


à gestão de políticas públicas.
A implementação de políticas públicas é o aspecto mais importante e o mais contemplado
pela literatura especializada na gestão de políticas públicas.

Errado.
É claro que não há como afirmarmos qual seria o aspecto mais importante e mais contempla-
do pela literatura especializada na gestão de políticas públicas. Aliás, a ideia é de um ciclo,
com etapas interdependentes e inter-relacionadas entre si.

Questão 6 (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-PI/2016/ADAPTADA) Em relação às po-


líticas públicas e ao processo de comunicação, julgue o item.
A partir da predefinição do problema, o processo ou ciclo de políticas públicas contempla os
seguintes momentos: agenda, elaboração, formulação, implementação, execução, acompa-
nhamento e avaliação.

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Certo.
Anote aí: (1) agenda, (2) elaboração, (3) formulação, (4) implementação, (5) execução, (6)
acompanhamento e (7) avaliação.

Questão 7 (CESPE/ANALISTA GESTÃO EMPRESARIAL/SERPRO/2008) Com relação à


gestão pública, julgue o item que se seguem.
As demandas recorrentes por políticas públicas são aquelas não resolvidas ou mal resolvidas.
Quando se acumulam sem uma solução satisfatória, dependendo de sua duração e gravidade,
podem levar a crises de governabilidade que, no limite, chegam a provocar rupturas institucio-
nais.

Certo.
A questão trata das diferentes tipologias de demandas, apresentando o conceito e as caracte-
rísticas das demandas recorrentes.

Questão 8 (CESPE/ANALISTA DE GESTÃO/TCE-PE/JULGAMENTO/2017) Com relação a


políticas públicas no Brasil, julgue o item seguinte.
A inclusão de uma necessidade da população nas prioridades do poder público refere-se à
etapa de construção de agendas do processo de formulação e desenvolvimento de políticas
públicas.

Certo.
Quando uma demanda é incluída na agenda, esse fato social adquiriu status de “problema pú-
blico”, transformando-os em objeto de debates e controvérsias políticas. Portanto, a etapa de
construção de agendas consiste em organizar as demandas sociais.

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Questão 9 (CESPE/ANALISTA EXECUTIVO EM METROLOGIA E QUALIDADE/INME-


TRO/2010/ADAPTADA) Com relação a políticas públicas e programas governamentais, assi-
nale a opção correta.
Os novos ambientes e o novo contexto social afetam minimamente a elaboração de políticas
públicas e o quadro institucional do Estado.

Errado.
Como assim, “minimamente”? O contexto moderno de políticas públicas envolve um ambiente
dinâmico; logo, os novos ambientes e o novo contexto social afetam de forma essencial (e não
minimamente) a elaboração de políticas públicas e o quadro institucional do Estado.

Questão 10 (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/2014) Julgue o


item subsecutivo, relativo às políticas públicas.
Conforme a abordagem de racionalidade econômica para a proposição de políticas públicas, o
processo decisório acerca da agenda política é aberto ao debate público.

Errado.
O processo decisório que é aberto ao debate público é o da abordagem da formulação respon-
sável, e não o da racionalidade-econômica. A abordagem da racionalidade-econômica preconi-
za que todos os pleitos não podem ser satisfeitos devido a um fator fundamental: os recursos
são limitados. Assim, as decisões fecham-se sobre o aparato estatal, minimizando a partici-
pação social na definição e implementação de políticas públicas.

Questão 11 (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-PI/2016/ADAPTADA) Em relação às polí-


ticas públicas e ao processo de comunicação, julgue o item.
A abordagem racional refere-se à análise e formulação de políticas públicas e consiste em dar
foco ao processo político.

Errado.
O modelo que dá foco ao processo político é o modelo da política burocrática, e não o modelo
da política racional.

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Questão 12 (CESPE/AUDITOR-FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/TCE-SC/2016) Com refe-


rência ao planejamento e à avaliação de políticas públicas no Brasil, julgue o item subsequente.
O método de formulação de políticas públicas denominado racional-compreensivo parte do
pressuposto de que, considerando-se as preferências mais relevantes da sociedade, a inter-
venção por meio de políticas públicas deve fundamentar-se em ampla análise prévia dos pro-
blemas sociais.

Certo.
Perceba que esse modelo considera as informações completas e corretas, ou seja, possui uma
análise ampla, prévia e exaustiva, buscando sempre otimizar os valores e objetivos. A diferença
desse método (racional-compreensivo) para o método da racionalidade limitada (a ser visto logo
adiante) é que, no primeiro temos uma análise exaustiva e o cálculo das consequências, enquan-
to no segundo temos uma análise não exaustiva, devido à incerteza e à informação limitada.

Questão 13 (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-PI/2016/ADAPTADA) Em relação às polí-


ticas públicas e a outros aspectos a elas relacionados, julgue o item.
Pesquisar um assunto, filtrá-lo, estabelecer prospecções, explicitação de valores e objetivos a
serem alcançados são algumas das etapas da fase de formulação de políticas públicas, de-
pendendo o alcance dessas propostas do grau de racionalidade do processo decisório.

Certo.
A racionalidade, quando limitada, pode tornar o processo mais lento. Logo, um assunto, seu
filtro, prospecções, valores e objetivos, são informações que podem ou não estar à disposição
do tomador de decisão.

Questão 14 (CESPE/ANALISTA EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA PLENO/MCT/2012) A respei-


to das fases de políticas públicas, julgue o próximo item.
De acordo com o modelo bottom-up, a implementação transforma e adapta as políticas
originais.

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Certo.
O modelo bottom-up é um modelo de baixo para cima; portanto, é dizer que esse modelo ana-
lisa as demandas em sua base, pelos atores de escalões inferiores, remodelando as políticas
públicas originalmente concebidas pelo alto escalão.

Questão 15 (CESPE/TÉCNICO DE FINANÇAS/AL/2002) Julgue o item a seguir, relacionado


à gestão de políticas públicas.
Políticas públicas são predominantemente iniciativas autônomas das instâncias governamen-
tais dotadas de responsabilidades legais sobre determinadas áreas de atuação ou questões
de interesse público.

Errado.
Políticas públicas não são predominantemente iniciativas autônomas das instâncias gover-
namentais, mas decisões que contam com a participação de diversos setores da sociedade.

Questão 16 (CESPE/ANALISTA EXECUTIVO EM METROLOGIA E QUALIDADE/INME-


TRO/2010/ADAPTADA) Com relação a políticas públicas e programas governamentais, assi-
nale a opção correta.
As políticas públicas direcionam-se ao enfrentamento de problemas de uma parcela restrita de
indivíduos da sociedade, por meio da ação de toda a coletividade.

Errado.
Nem sempre uma política pública será restrita a uma pequena parcela da sociedade, como
por exemplo, uma política pública econômica, que alcança toda a parcela da sociedade.

Questão 17 (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/2014) Julgue o


item subsecutivo, relativo às políticas públicas.
Ao planejar uma política pública, devem estar claros seu objeto e seus mecanismos de plane-
jamento e de avaliação.

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Certo.
Políticas públicas exigem planejamento. E planejamento implica a formulação de um ou vários
planos detalhados para conseguir um perfeito equilíbrio entre o que se quer e o que se pede,
ou seja, equilíbrio entre as necessidades e as demandas com os recursos de que se dispõe.

Questão 18 (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2008) Com refe-


rência aos conceitos e situações aplicáveis à administração pública, bem como à experiência
e à legislação brasileira nesse setor, julgue o item.
As políticas são formas de atuar de uma organização, que refletem os objetivos estratégicos
e orientam os gerentes e demais empregados ou servidores em relação às situações que exi-
gem decisão e julgamento.

Certo.
Como vimos, o conceito de políticas envolve diretrizes de ação. A questão, lógico, situa-se no
âmbito das políticas públicas, envolvendo diretrizes, objetivos e metas de uma administração
pública.

Questão 19 (CESPE/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/2015) Julgue o item


a seguir, relativo a políticas públicas e planejamento governamental.
As políticas públicas correspondem à soma das atividades articuladas pelos governos para
melhorar a vida dos cidadãos. As decisões e análises sobre políticas públicas implicam res-
ponder às seguintes questões: Quem ganha o quê? Por quê? e Que diferença isso faz?

Certo.
Ainda que as políticas públicas envolvam atores da sociedade, o governo é que possui a “últi-
ma palavra”. Política pública é a soma das atividades dos governos, que agem diretamente ou
através de delegação, e que influenciam a vida dos cidadãos.

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Questão 20 (CESPE/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/2013) Julgue o pró-


ximo item, relativo a finanças e políticas públicas.
Uma condição básica para elaboração e execução de políticas públicas é o aparelhamento do
estado, com capacidade técnica e governabilidade.

Certo.
Questão dada, não é mesmo?
A questão trata de dois conceitos importantes nos estudos sobre políticas públicas: gover-
nança e governabilidade. Enquanto a governança se relaciona com a competência técnica e
gerencial do governo, a governabilidade se refere à dimensão estatal do exercício do poder, ou
seja, compreende a capacidade do governo de tomar decisões.

Questão 21 (CESPE/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DA ATIVIDADE CINEMATOGRÁFI-


CA E AUDIOVISUAL/2005) As exigências teóricas, metodológicas e técnicas apropriadas à
avaliação de problemas complexos e das intervenções, igualmente complexas, tais como as
políticas públicas, com as quais devem ser atacados, não são supridas pelas disciplinas aca-
dêmicas e suas especializações nem pelas técnicas de pesquisas convencionais oriundas das
ciências da natureza. As políticas públicas, dadas as suas idiossincrasias estruturais, caracte-
rizam-se como problemas quase estruturados. A respeito das características dessas políticas
públicas, julgue o item subsequente.
As variáveis que constituem o problema são dadas, enumeráveis, conhecidas e finitas.

Errado.
Vimos que as idiossincrasias nas políticas públicas nos permitem afirmar que o sistema é de
problemas não estruturados ou quase estruturados, pois os atores sociais criam as regras e,
às vezes, mudam para poder solucionar os problemas.
Assim, as políticas públicas fazem parte de um sistema onde as variáveis não são dadas, não
são todas enumeráveis, nem todas conhecidas e tampouco finitas.

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Questão 22 (CESPE/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DA ATIVIDADE CINEMATOGRÁFI-


CA E AUDIOVISUAL/2005) As exigências teóricas, metodológicas e técnicas apropriadas à
avaliação de problemas complexos e das intervenções, igualmente complexas, tais como as
políticas públicas, com as quais devem ser atacados, não são supridas pelas disciplinas aca-
dêmicas e suas especializações nem pelas técnicas de pesquisas convencionais oriundas das
ciências da natureza. As políticas públicas, dadas as suas idiossincrasias estruturais, caracte-
rizam-se como problemas quase estruturados. A respeito das características dessas políticas
públicas, julgue o item subsequente.
Os atores sociais criam possibilidades de solução cujos conceitos para compreendê-las e suas
restrições não são conhecidos previamente.

Certo.
É isso mesmo, não é?
Segundo Carlos Matus15, no âmbito das políticas públicas, as fronteiras do problema e do
sistema são difusas, a solução de um problema facilita ou dificulta a solução de outros e as
possibilidades de solução do problema são criadas pelos atores e são potencialmente infinitas
em número.

Questão 23 (CESPE/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DA ATIVIDADE CINEMATOGRÁFI-


CA E AUDIOVISUAL/2005) As exigências teóricas, metodológicas e técnicas apropriadas à
avaliação de problemas complexos e das intervenções, igualmente complexas, tais como as
políticas públicas, com as quais devem ser atacados, não são supridas pelas disciplinas aca-
dêmicas e suas especializações nem pelas técnicas de pesquisas convencionais oriundas das
ciências da natureza. As políticas públicas, dadas as suas idiossincrasias estruturais, caracte-
rizam-se como problemas quase estruturados. A respeito das características dessas políticas
públicas, julgue o item subsequente.
O problema específico está isolado de outros problemas e no caso de haver uma sequência
com outros, a solução de cada um não afeta a solução dos seguintes.

15
MATUS, C. Política, planejamento e governo. Brasília: IPEA, 1993.

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Errado.
Considerando a análise de políticas públicas, todo tomador de decisão pode se deparar com
um problema específico, que tanto pode ser isolado em relação aos demais problemas, como
enfatizado em comparação com os demais.
Assim, esses problemas podem ser selecionados e classificados de acordo com seu nível de
importância. No entanto, havendo uma relação de dependência entre problemas detectados,
a solução individual afetará a solução conjunta. Exemplo: um dado problema específico no
contexto do planejamento de orçamento público e sua consequente opção de solução poderá
ensejar uma cadeia de eventos a se estender por todo o ciclo orçamentário.

Questão 24 (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/2014) Julgue o


item subsecutivo, relativo às políticas públicas.
A agenda política mostra as questões públicas a serem tratadas pelo Estado, sua prioridade e
importância.

Certo.

Como afirma a questão anterior, a inclusão de uma necessidade da população nas prioridades

do poder público refere-se à etapa de construção de agendas do processo de formulação e

desenvolvimento de políticas públicas.

Uma agenda de políticas públicas é uma lista de prioridades inicialmente estabelecidas, às

quais os governos devem dedicar suas energias e atenções, e entre as quais os atores lutam

arduamente para incluir as questões de seu interesse.

Questão 25 (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PE/2017) Acerca das agên-

cias reguladoras e da construção de agendas de políticas públicas, julgue o item a seguir.

No processo de construção da agenda de políticas públicas, define-se a lista dos problemas ou

dos assuntos que chamam a atenção de atores governamentais e cidadãos em geral.

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Certo.

A etapa da agenda considera a inclusão de determinado pleito ou necessidade social na agen-

da governamental, ou seja, na lista de prioridades do poder público.

Frequentemente, a inclusão na agenda induz e justifica uma intervenção pública legítima sob

a forma de decisão das autoridades públicas.

Questão 26 (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-PI/2016/ADAPTADA) Em relação às po-

líticas públicas e a outros aspectos a elas relacionados, julgue o item.

Entende-se por políticas públicas um conjunto de decisões e ações destinadas à resolução de

demandas sociais; por isso, essas demandas sempre alcançam a agenda governamental das

autoridades públicas decisórias.

Errado.

De fato, as políticas públicas podem ser entendidas como um conjunto de decisões e ações

destinadas à resolução de demandas sociais. No entanto, não é toda demanda que será con-

siderada problema público, alcançando a sua inclusão na agenda governamental.

Questão 27 (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-PE/2017) A formulação e o desenvolvi-

mento de políticas públicas seguem etapas sequenciais no chamado ciclo de políticas públi-

cas. Nesse ciclo, uma tarefa típica da etapa de construção de agendas consiste em

a) organizar as demandas sociais.

b) realizar estudo técnico de soluções para um problema público.

c) construir alianças políticas.


d) julgar os efeitos previstos para uma política pública.
e) designar atores responsáveis pela execução de tarefas intermediárias para a implementa-
ção de um programa público.

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Letra a.
É para não errar, ok?
Quando falamos em construção de agendas, estamos organizando a prioridade de demandas
sociais que serão objetos de intervenção legítima do governo!
Logo, a etapa de construção de agendas consiste em organizar as demandas sociais.

Questão 28 (CESPE/TÉCNICO DE FINANÇAS/AL/2002) Julgue o item a seguir, relacionado


à gestão de políticas públicas.
A mobilização dos atores resulta na percepção de certos problemas e, consequentemente, na
sua inclusão na agenda política.

Certo.
Como enfatizamos, de forma bem simples, podemos dizer que o processo de formação de
uma política pública começa a partir da identificação de um problema ou de um estado de
coisas que demande uma intervenção governamental.
No entanto, também sabemos que, para que uma questão entre na agenda governamental, não
basta ser considerada problemática. É preciso também que se torne um problema político a
partir de mobilização política, por meio da qual atores articulados consigam fazer com que a
situação seja reconhecida como problema e entre na agenda governamental.
Apesar de a banca ter considerado a assertiva como certa, isso não ocorre de forma automá-
tica, ou seja, não basta apenas a mobilização de atores para que determinado problema entre
na agenda; é necessário, ainda, que o Estado queira aceitar e incluir essa demanda.

Questão 29 (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2013) Com rela-


ção à construção de agenda, formulação e avaliação de políticas públicas, julgue o item sub-
sequente.
A ocorrência de eventos ou crises pode suscitar a emergência de problemas ou assuntos, não
sendo suficiente, contudo, para impelir a entrada de um assunto na agenda.

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Certo.
Como se afirmou na questão anterior, para entrar na agenda governamental, não basta que
uma questão seja considerada problemática. É preciso, além da mobilização de atores, que
essa demanda também que se torne um problema político.
Assim, temos que a ocorrências de crises ou eventos não dependerá apenas de seu caráter
emergencial para que possa adentrar à agenda pública; isso porque, determinadas temáticas
que contrariam os códigos de valores de uma sociedade ou ameaçam fortes interesses, podem
enfrentar obstáculos diversos e de variada intensidade à sua transformação de um “estado de
coisas” em um “problema político” - e, portanto, à sua inclusão na agenda governamental.

Questão 30 (CESPE/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL/2016) No que se refere à conceitua-


ção de políticas públicas no Estado moderno e ao processo de elaboração dessas políticas,
julgue o seguinte item.
Independentemente da tipologia adotada, é comum às políticas públicas o fato de se constitu-
írem em espaços de poder onde se disputam recursos e a visão de mundo que orienta a ação
sobre a realidade.

Certo.
Esses espaços de poder que o item apresenta são as chamadas “arenas políticas”, ou seja,
a delimitação imaginária de determinado campo onde são discutidas as políticas públicas.
Nesse espaço imaginário são mobilizados os conflitos, as alianças e as negociações entre os
atores chamados estatais e os atores denominados privados.

Questão 31 (CESPE/AUDITOR DO ESTADO/CAGE RS/2018) Vários atores participam e in-


fluenciam, direta ou indiretamente, o processo de formulação de políticas públicas, a exemplo
de atores estatais ou públicos, entre os quais se incluem
a) os burocratas e os designados politicamente.
b) as organizações de terceiro setor e os meios de comunicação.
c) os empresários e as sociedades civis organizadas.
d) os grupos de interesse e os fornecedores.
e) os políticos e os grupos de pressão.

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Letra a.
Cada arena política tem uma configuração de atores bastante diferente, com prevalência de
alguns sobre outros.
A questão apresenta exemplos de atores públicos na alternativa A. Os burocratas são aqueles
que compõem o corpo de funcionários públicos de um Estado. Os designados politicamente
são aqueles indicados pelos políticos eleitos para desempenhar funções de direção, chefia e
assessoramento na Administração Pública.
As alternativas B, C e D apresentam exemplos de atores privados. A alternativa E apresenta
um exemplo de ator público e um exemplo de ator provado.

Questão 32 (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2015) Julgue o


próximo item, relativo à política pública e sua forma de avaliação.
Do processo de formulação de uma política pública participam, basicamente, dois tipos de
atores: os estatais e os privados.

Certo.
Os atores básicos na formulação das políticas públicas são: os chamados estatais, oriundos
do Governo ou do Estado, e os denominados privados, oriundos da sociedade civil.

Questão 33 (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2011) Em relação


às políticas públicas, julgue o item subsequente.
As políticas públicas são implementadas por governos, em parceria ou não com outras ins-
tituições sociais, com objetivo de realizar ações socialmente relevantes e economicamente
viáveis.

Anulado.
A banca anulou a questão, justificando controvérsia na literatura sobre o tema.
A redação da questão parece ter sido retirada de um texto da Maria Paula Dallari Bucci, que
afirma que as políticas públicas são “programas de ação governamental visando coordenar os
meios à disposição do Estado e as atividades privadas, para a realização de objetivos social-
mente relevantes e politicamente determinados”.

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Notem que a banca alterou o final da definição, trocando a expressão “politicamente determi-
nados” - o que estaria realmente certo, pois as escolhas são definidas por meio da política - por
“economicamente viáveis” - o que não é necessariamente certo e envolve alguma polêmica na
literatura. Não é difícil concluirmos pela inviabilidade econômica de muitas políticas públicas
implementadas.

Questão 34 (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2011) Em relação


às políticas públicas, julgue o item subsequente.
Quanto à sua natureza, as políticas públicas podem ser estruturais, conjunturais ou emer-
genciais.

Anulado.
A banca, nesse certame, fez uma “lambança” sobre o assunto. Mais uma vez, o item foi anula-
do devido à controvérsia do tema na literatura especializada.
De fato, há os três tipos de políticas públicas citados, mas os autores que adotam essa clas-
sificação identificam apenas duas: as estruturais, de um lado, e as conjunturais, que também
são chamadas de emergenciais, de outro. Note que, pela redação, “conjunturais” não seria
sinônimo de “emergenciais”, mas outra espécie. Daí o motivo da anulação.
Relembrando:
Políticas estruturais: destinam-se a interferir em relações estruturais como renda, emprego,
produtividade etc. Ex.: política de geração de empregos, política de desenvolvimento produtivo
(industrial e outras) etc.
Políticas conjunturais ou emergenciais: representam intervenções tópicas, orientadas para
aliviar uma situação temporária. Ex.: a redução da fome, como o Programa Fome Zero.

Questão 35 (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2011) Em relação


às políticas públicas, julgue o item subsequente.
Quanto aos seus impactos sobre as relações sociais, as políticas públicas podem ser classifi-
cadas como distributivas, redistributivas ou regulatórias.

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Certo.
A questão se refere à tipologia clássica de Lowi, segundo a qual as políticas públicas podem
ser de natureza distributiva, redistributiva ou regulatória, conforme seu impacto sobre as rela-
ções sociais.
Notem que a questão faz menção a três das quatro classificações possíveis. Na verdade, isso
se justifica pelo fato de que os três primeiros tipos, mencionados na questão, são direcionadas
diretamente às relações sociais; enquanto o quarto tipo, ao contrário, foca o sistema político
que determinará as demais políticas públicas.

Questão 36 (CESPE/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL/2016) No que se refere à conceitua-


ção de políticas públicas no Estado moderno e ao processo de elaboração dessas políticas,
julgue o seguinte item.
Políticas públicas distributivas são menos conflituosas que políticas redistributivas, uma vez
que os recursos destinados às distributivas são alocados pelo Estado, não ficando explícito
quem paga ou quem perde com as decisões tomadas pelo poder público.

Certo.
A questão trata de duas das classificações da tipologia de Theodore Lowi.
As políticas distributivas são aquelas que alocam bens ou serviços a frações específicas da
sociedade (categorias de pessoas, localidades, regiões, grupos sociais etc.) mediante recur-
sos provenientes da coletividade como um todo.
Já as políticas redistributivas são aquelas que distribuem bens ou serviços a segmentos par-
ticularizados da população por intermédio de recursos oriundos de outros grupos específicos.
São conflituosas e nem sempre virtuosas. Ex.: reforma agrária, distribuição de royalties do
petróleo, política de transferência de recursos inter-regionais, política tributária etc.

Questão 37 (CESPE/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL/2016) No que se refere à conceitua-


ção de políticas públicas no Estado moderno e ao processo de elaboração dessas políticas,
julgue o seguinte item.

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A fase de formulação de uma política pública refere-se ao processo de criação de opções so-
bre o que fazer a respeito de um problema público, incluindo-se a identificação de restrições
técnicas e políticas à ação do Estado.

Certo.
A etapa de formulação de políticas públicas inclui a seleção e especificação da alternativa
considerada mais conveniente para cada demanda, a declaração da decisão adotada, seus
objetivos e seus marcos jurídico, administrativo e financeiro.

Questão 38 (CESPE/SOCIÓLOGO/DPU/2016) Considerando os planos, programas e confe-


rências produzidos e promovidos pelo governo federal no processo de formulação e imple-
mentação de políticas públicas no Brasil, julgue o item seguinte.
A formulação de políticas públicas deve ser compreendida como o processo por meio do qual
os governos traduzem seus propósitos em programas e ações, que produzirão os resultados
ou as mudanças desejadas no mundo real.

Certo.
O item apresenta o conceito de políticas públicas conforme a autora Celina Souza16:
Campo do conhecimento que busca, ao mesmo tempo, “colocar o governo em ação” e/ou
analisar essa ação (variável independente) e, quando necessário, propor mudanças no rumo
ou curso dessas ações e ou entender por que o como as ações tomaram certo rumo em lugar
de outro (variável dependente). Em outras palavras, o processo de formulação de política pú-
blica é aquele através do qual os governos traduzem seus propósitos em programas e ações,
que produzirão resultados ou as mudanças desejadas no mundo real.
Num conceito mais amplo, podemos entender a formulação de políticas públicas como tudo
aquilo que um governo faz e deixa de fazer, com todos os impactos de suas ações e de suas
omissões.

16
SOUZA, C. Políticas públicas: questões temáticas e de pesquisa. Caderno CRH, Salvador, n. 39, jul./dez. 2003.

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Questão 39 (CESPE/ANALISTA DE GESTÃO/TCE-PE/2017) Acerca da formulação e imple-


mentação de políticas públicas e do planejamento na administração pública, julgue o item
seguinte.
A formulação e a implementação de políticas públicas são processos idênticos, razão por que
esses termos podem ser utilizados de forma intercambiável.

Errado.
A formulação e a implementação de políticas públicas não são processos idênticos!
Como vimos, formulação e a implementação são etapas distintas do ciclo de políticas públi-
cas.
A formulação é o momento onde se formulam soluções e alternativas para o problema, poden-
do ser entendido como o momento de diálogo entre intenções e ações.
A implementação envolve uma série de preparação nos sistemas ou atividades da administra-
ção pública.

Questão 40 (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-PI/2016/ADAPTADA) Em relação às polí-


ticas públicas e ao processo de comunicação, julgue o item.
A implementação de uma política pública é o momento em que se efetiva a ação e se coloca
em prática a decisão política, inexistindo pré-condição para tanto.

Errado.
O momento de efetivação é o momento de execução, e não implementação!
Relembrando: a implementação é o planejamento e a organização; a execução é a colo-
cação em prática!
Assim, o outro erro está no fato de que a execução exige a pré-condição da implementação!

Questão 41 (CESPE/ANALISTA EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA PLENO/MCT/2012) Acerca


de burocracia e dos tipos de políticas públicas, julgue o item que se segue.

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A atuação da burocracia “no nível de rua” pode interferir no processo de implementação de


políticas públicas.

Certo.
Vimos que a atuação da burocracia “no nível de rua” é um dos modelos de implementação de
políticas públicas (bottom-up). Logo, esse modelo pode interferir no processo de implementa-
ção de políticas públicas!

Questão 42 (CESPE/OFICIAL DE INTELIGÊNCIA/ÁREA 3/2018) A respeito de formulação,


análise e avaliação de políticas públicas, julgue o item que se segue.
A extinção é considerada a última fase do ciclo de políticas públicas porque trata da refle-
xão sobre os limites das políticas públicas, seu esgotamento e sua substituição por novas
políticas.

Certo.
A questão se baseia na literatura de Secchi (2011)17. Segundo o autor, o ciclo de políticas pú-
blicas (policy cycle) possui sete fases no processo:
• Identificação do problema;
• Formação da agenda;
• Formulação de alternativas;
• Tomada de decisão;
• Implementação;
• Avaliação; e
• Extinção.
Na identificação do problema, o problema se considera como a discrepância entre o status
quo e uma situação ideal possível. Um problema público é a diferença entre o que é, e aquilo
que se gostaria que fosse a realidade pública.
17
SECCHI, L. Políticas Públicas: conceitos, esquemas de análise, casos práticos. São Paulo: Cengage Learning,
2011.

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O seguinte passo é a formação da agenda. A agenda é um conjunto de problemas ou temas


entendidos como relevantes.

Na terceira etapa, ou seja, na formulação de alternativas, é o momento em que são elaborados

métodos, programas, estratégias ou ações que poderão alcançar os objetivos estabelecidos.

Já a tomada de decisão representa o momento em que os interesses dos atores são equacio-

nados e as intenções (objetivos e métodos) de enfrentamento de um problema público são

explicitadas.

A implementação da política pública busca visualizar, por meio de instrumentos analíticos

mais estruturados, os obstáculos e as falhas que costumam acometer essa fase do processo

nas diversas áreas de política pública (saúde, educação, habitação, saneamento, políticas de

gestão etc.).

A avaliação é o processo de julgamentos deliberados sobre a validade de propostas para a

ação pública, bem como, sobre o sucesso ou a falha de projetos que foram colocados em

prática.

Por fim, a última etapa, a extinção da política, origina-se com base em três causas: o problema

que originou a política é percebido como resolvido; os programas, as leis ou as ações que ati-

vavam a política pública são percebidos como ineficazes; ou o problema perdeu importância.

É nesta fase que faz uma reflexão sobre os limites das políticas públicas, seu esgotamento e

necessidade de substituição por novas políticas.

Questão 43 (FGV/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO/MPE RJ/ADMINISTRATIVA/2016)

Na formulação de políticas públicas de combate ao uso de drogas, é importante reconhecer o

papel dos assistentes sociais como agentes no nível de rua. A forma pela qual a atuação des-

ses profissionais se insere numa relação coerente de causa e efeito somente pode ser obser-

vada em retrospecto, dada a natureza emergente de suas práticas cotidianas. Suas decisões

baseiam-se no seu discernimento, a cada momento, e os resultados nem sempre podem ser

previstos com confiança.

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É correto considerar que a formulação de uma política pública, nesse contexto, seja do tipo:

a) caótica;
b) complicada;
c) complexa;
d) desordenada;
e) simples.

Letra c.
A questão trata dos universos ordenados e não ordenados de políticas públicas.
Os contextos SIMPLES e COMPLICADO assumem um universo ordenado, onde as relações
de causa e efeito são perceptíveis e as respostas corretas podem ser determinadas com base
nos fatos.
O contexto SIMPLES é o domínio das melhores práticas, no qual a relação entre causa e efeito
é evidente para todos, sendo caracterizado pela estabilidade. Nesse contexto, a abordagem
utilizada para resolução de problemas é: sentir (entender), categorizar (escolher a alternativa
com base em protocolos e/ou procedimentos) e responder.
O contexto COMPLICADO é o domínio dos especialistas, no qual a relação entre causa e efeito
exige uma análise mais aprofundada, o que às vezes necessita de conhecimentos específicos.
Diferentemente do simples, o contexto complicado pode conter diversas respostas corretas,
embora haja uma clara relação entre causa e efeito, porém nem todos conseguem enxergar.
Nesse contexto a abordagem utilizada é: sentir, analisar (para escolher a melhor alternativa ou
boa prática) e responder.
Os contextos COMPLEXO e CAÓTICO não são ordenados, não havendo relação imediatamen-
te aparente entre causa e efeito, e o caminho a seguir é determinado com base em padrões
emergentes e intuição.
O contexto COMPLEXO é o domínio da emergência, no qual as relações entre causa e efeito só
podem ser percebidas em retrospecto, mas não antes. Nesse contexto, é impossível descobrir
uma resposta certa. A abordagem adotada é: sondar (probe), sentir (entender) e responder.
Aqui o desconhecido predomina sobre o conhecido, o que exige levantamento de fatos antes
da tomada de decisão, visando minimizar a imprevisibilidade.

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O contexto CAÓTICO é o domínio da resposta rápida, no qual não existe uma relação entre
causa e efeito ao nível de sistema. Buscar uma resposta certa é inútil. É impossível determinar
a relação entre causa e efeito, pois esta sofre mudança constante e não há padrões controlá-
veis. Aqui a abordagem é: agir, sentir e responder. Nesta situação não se sabe nada e nem se
consegue saber. O contexto, o sistema e as condições de contorno estão sem restrições, não
existe nenhuma previsibilidade e também não existem maneiras de mensuração. É uma opor-
tunidade de se realizar uma mudança radical.
Assim, pelos destaques, confirmamos o gabarito pela letra C.

Questão 44 (FGV/ANALISTA AMBIENTAL/INEA/ASSISTENTE SOCIAL/2013) Os movi-


mentos sociais que atuam no campo democrático reivindicam a implementação de políticas
públicas
a) focais.
b) amplas.
c) universais.
d) seletivas.
e) fragmentadas.

Letra c.
Na literatura encontramos diversas tipologias que tratam das políticas públicas. Tomando
como critério a abrangência dos possíveis benefícios das políticas públicas, estas podem ser:
a) Políticas Universais: aquelas anunciadas a todos os cidadãos. Ex.: o SUS. Perceba que aqui
se enquadra o enunciado da questão.
b) Políticas Segmentais: aquelas que caracterizam um fator determinado (como idade, condi-
ção física, gênero etc.). Ex. Estatuto do Idoso e política de cotas no Ensino Superior;
c) Políticas Fragmentadas: aquelas designadas a grupos específicos dentro de cada segmen-
to da sociedade. O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) brasileiro é exemplo
de uma política fragmentada, por estar direcionado às famílias com crianças em situação de
trabalho, entre a parcela mais pobre da população.
Assim, nosso gabarito é a letra C.

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Questão 45 (FGV/CONSULTOR DE ORÇAMENTOS/SEN/CONSULTORIA E ASSESSORA-


MENTO EM ORÇAMENTOS/ASSESSORAMENTO EM ORÇAMENTOS/2008) Os objetivos de
uma política reguladora de Estado tradicionalmente, são:
a) defesa da concorrência e dos usuários de serviços públicos.
b) defesa da concorrência e manutenção da responsabilidade fiscal.
c) defesa dos usuários de serviços públicos e da responsabilidade fiscal.
d) defesa das empresas prestadoras de serviços públicos e responsabilidade fiscal.
e) defesa dos princípios da privatização de estatais e da concorrência.

Letra a.
Segundo leciona Alketa Peci, que é docente da Fundação Getúlio Vargas, tradicionalmente, os
objetivos de uma política reguladora são a defesa da concorrência e a defesa do usuário dos
serviços públicos. A regulação visa manter o chamado equilíbrio econômico-financeiro, sem
permitir que os consumidores sejam lesados ou mesmo negligenciados pelos prestadores
dos serviços.
Embora muitas vezes esses objetivos sejam apresentados como não conflitantes entre si, sob
o argumento de que a defesa da concorrência cria condições favoráveis ao usuário do serviço
público, na prática nem sempre isso ocorre. Uma política forte de defesa da concorrência não
abre espaço para o uso de subsídios a tarifas voltadas para as camadas desfavorecidas da
população.
Assim, pelos grifos, nosso gabarito é a letra A.

Questão 46 (FGV/AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO DO TCM-RJ/2008) Existem


vários aspectos que diferenciam o processo de planejamento de políticas públicas entre na-
ções desenvolvidas e em desenvolvimento. No caso destas, há uma tendência de explicar suas
falhas com base em:
a) aspectos político-institucionais, capacidade financeira e capacidade técnica.
b) problemas políticos, capacidade financeira e carência de recursos humanos qualificados.

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c) carência de recursos humanos, aspectos político-institucionais e burocratização da admi-


nistração pública.
d) problemas de implementação, carência de recursos humanos e burocratização.
e) problemas de implementação, aspectos políticos e dificuldades de gestão.

Letra a.
A questão aborda o conhecimento do texto de José Antônio Puppim de Oliveira, à época pro-
fessor adjunto FGV, banca organizadora da prova.
Segundo José Antônio Puppim de Oliveira,
um dos debates na literatura internacional é o estudo da implementação e do processo de
planejamento nos países em desenvolvimento. Alguns autores não fazem distinção em seus
modelos e estudos entre os países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento (Van Meter
e Van Horn, 1975), mas boa parte da literatura internacional faz essa divisão. Os debates nas
duas divisões tomam rumos diferentes e influenciam uns aos outros (Grindle, 1980). A divisão
desenvolvido/em desenvolvimento tem em suas raízes a premissa, que nunca foi testada, de
que as condições e o processo de planejamento nos dois tipos de países são substancialmen-
te diferentes.
Existem vários aspectos para tentar diferenciar o processo de planejamento de políticas públi-
cas entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Há uma tendência a explicar as falhas
de políticas públicas em países em desenvolvimento por vários motivos, entre os quais desta-
cam-se os aspectos político-institucionais, financeiros e técnicos (Oliveira, 2002):
Primeiro, estão os aspectos políticos e institucionais. O sistema político, Estado e sociedade
civil nos países em desenvolvimento não estão articulados e nem funcionando de maneira
apropriada. Muitos Estados em países em desenvolvimento foram criados recentemente (não
inclui o Brasil no caso). Alguns saíram há poucas décadas do colonialismo, outros foram cria-
dos por divisões internas. Assim, em muitos desses países o Estado ainda está se formando.
Outros tiveram longos períodos de ditaduras, o que inibiu a sociedade civil e o bom funciona-
mento do sistema político, e consequentemente a atuação do Estado. O economista Joel Mig-
dal, um dos primeiros acadêmicos especializados em países em desenvolvimento, caracteri-
zaria esses países como sociedades fortes em Estados fracos (Migdal, 1988). Isto dificultaria
a articulação da sociedade e Estado.

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Um segundo aspecto para explicar a diferença em países desenvolvidos e em desenvolvimen-


to é a capacidade financeira. Esta geralmente é a razão mais direta para explicar as falhas em
planejamento nos países em desenvolvimento. Os países em desenvolvimento têm menos
recursos para serem aplicados nas diversas áreas, com isso a capacidade desses países de
levar adiante políticas públicas de maneira que tenham resultados efetivos é limitada. Muitos
desses países ou regiões dependem de doações ou empréstimos das agências multilaterais.
Terceiro, a capacidade técnica de gestionar o planejamento de políticas públicas é apontada
como outro limitador dos países em desenvolvimento. Faltam recursos humanos capacitados
e motivados, equipamentos, experiência e competência técnica dos órgãos responsáveis para
planejar as políticas públicas. Muitas vezes existe uma centralização exagerada do processo
de planejamento (Manor, 1999), falta uma articulação entre as diversas agências responsáveis
para o bom andamento de determinadas políticas públicas ou até mesmo aparecem conflitos
entre os órgãos no mesmo nível ou diferentes níveis de governo. Esses conflitos limitam o
processo de planejamento.
Portanto, nosso gabarito é a letra A.

Questão 47 (FGV/ANALISTA DA PROCURADORIA/PGE RO/ADMINISTRADOR/2015) Ana-


lise o trecho a seguir.
“A administração pública brasileira, mesmo quando incipiente, esteve sempre marcada pelo
desempenho de funções vicárias e compensatórias, desempenhando um papel de segurar po-
sição e função a significativo contingente de pessoas, colaborando para a formação de parte
expressiva das elites nacionais. Este processo acabou por deformá-la, atrelando-a ao cumpri-
mento de encargos não administrativos e vinculando toda a sua sistemática aos mecanismos
de trocas políticas e legitimação do Estado.”
A administração pública descrita associa-se à noção de Estado:
a) autoritário e burocrático;
b) participativo e do bem-estar;
c) oligárquico e patrimonial;
d) profissional e pós-burocrático;
e) empreendedor e regulador.

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Letra c.
Primeiramente, vejamos alguns destaques importantes no texto:
“A administração pública brasileira, mesmo quando incipiente, esteve sempre marcada pelo
desempenho de funções vicárias e compensatórias, desempenhando um papel de segurar po-
sição e função a significativo contingente de pessoas, colaborando para a formação de parte
expressiva das elites nacionais. Este processo acabou por deformá-la, atrelando-a ao cumpri-
mento de encargos não administrativos e vinculando toda a sua sistemática aos mecanismos
de trocas políticas e legitimação do Estado.”
O texto deixa claro que se trata de um Estado com a administração pública patrimonial e oligár-
quica presentes. Vejamos os conceitos:
Administração patrimonialista: de acordo com esse modelo, a administração pública deve
atender aos interesses do governante, que faz uso do poder. Suas maiores características são
corrupção, nepotismo e domínio de grupos de interessa na administração pública.
Oligarquia: quando o texto fala em colaborar para formação expressiva de elites nacionais,
está relacionando a oligarquia. A oligarquia é justamente isso, um regime político em que o
poder é exercido por um pequeno grupo de pessoas, pertencentes ao mesmo partido, classe
ou família.
Assim, nosso gabarito é, de fato, a letra C.
Vamos analisar os outros tipos de administração pública ligado a noção de Estado:
Burocrático: modelo de administração racional com normas excessivas e exaustivas; no seu
surgimento, o objetivo era de melhorar a eficiência das organizações. Deve funcionar com base
em normas, leis e regulamentos, independentemente das vontades pessoais dos agentes. En-
tre as principais características do modelo burocrático estão o profissionalismo, a impessoa-
lidade e o formalismo.
Pós-burocracia: surge com as ideias da Nova Gestão Pública ou gerencialismo. Modelo base-
ado nos resultados, descentralização, flexibilização nas relações de trabalho, busca da eficiên-
cia e excelência na prestação de serviços públicos.
Estado empreendedor: a gestão pública empreendedora busca melhorar a governança, reduzir
custos e aumentar a qualidade dos serviços prestados. As políticas públicas orientadas por
missões é o que tornam um Estado empreendedor, ou seja, políticas desenvolvimentistas.

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Estado regulador: o Estado Regulador se caracteriza por sua atuação indireta na economia
e na sociedade, mas sempre visando ao interesse coletivo. Pode-se dizer que se trata de um
modelo estatal misto, situado entre o Estado absenteísta (liberal) e o Estado produtor (social).
Estado participativo: ligado à ideia de democracia e gestão pública transparente.
Estado de bem-estar social: um tipo de organização política e econômica que coloca o Estado
como agente da promoção social e organizador da economia.

Questão 48 (FGV/TÉCNICO DE FOMENTO C/BADESC/ANALISTA DE RISCO DE CRÉDI-


TO/2010) Com relação à concepção neoliberal do Estado não é correto afirmar que:
a) o Estado deve se manter isolado das pressões do setor privado.
b) o Estado deve reduzir o tamanho da administração pública.
c) o Estado deve reduzir o tamanho do setor público.
d) o Estado deve apoiar-se em decisões discricionárias do que em regras.
e) o Estado deve delegar as decisões a unidades independentes que não cedam às pressões
políticas.

Letra d.
Neoliberalismo é uma doutrina proposta por economistas franceses, alemães e norte-ame-
ricanos, na primeira metade do XX, voltada para a adaptação dos princípios do liberalismo
clássico às exigências de um Estado regulador e assistencialista, que deveria controlar par-
cialmente o funcionamento do mercado.
Assim, o Estado neoliberal conta mais com as regras, com a legalidade, do que com decisões
discricionárias.
A letra A está correta, pois o neoliberalismo prega que o Estado deve se manter isolado das
pressões privadas.
As letras B e C estão corretas, pois reduzir o tamanho do setor público, ou seja, da administra-
ção pública, é uma das metas do neoliberalismo.
A letra E está correta, pois o neoliberalismo prega a descentralização do poder, com delegação
de decisões para unidades independentes e que não cedam às pressões políticas.

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Questão 49 (FGV/FISCAL DE SERVIÇOS MUNICIPAIS/PREF SALVADOR/2019) No proces-


so de formulação de políticas públicas, existem situações em que a discussão sobre um issue
fica restrita ao tratamento dentro das comunidades técnicas, grupos de poder e subsistemas
políticos, inibindo o surgimento de novas ideias.
A ocorrência dessa situação é chamada de
a) armadilha mixed-scanning.
b) judicialização das políticas públicas.
c) formação bottom-up.
d) monopólio da política pública.
e) incrementalismo redundante.

Letra d.
De forma bem direta, um issue é um ponto importante na política pública, que significa “ques-
tão” ou “ponto controverso”. Num exemplo bem simples, qual o principal issue no projeto de ir
jantar fora? Um issue seria ONDE, em QUAL RESTAURANTE?
Note que a questão fala em restrição dentro de determinados grupos de interesses. Ora, quan-
do decisões são dominadas por um número pequeno de participantes, que compartilham um
entendimento comum (uma imagem) sobre uma questão, esses grupos acabam criando mo-
nopólios de políticas, limitando o acesso de novos atores e restringindo o surgimento de novas
ideias. Daí a correção da letra D.
Sobre a letra A, mixed-scanning (sondagem mista ou exploração combinada) é um modelo de
processo decisório a partir de dois tipos de decisão: (1) as decisões fundamentais ou estru-
turantes, que são aquelas de maior abrangência e de maiores consequências no longo prazo;
e (2) as decisões ordinárias ou discretas, que têm menor escopo, impacto mais localizado e
estão subordinadas às decisões estruturantes.
Sobre a letra B, a judicialização das políticas públicas refere-se ao controle dos atos e omis-
sões dos gestores públicos pelo Judiciário.

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Sobre a letra C, o modelo bottom-up (de baixo para cima, interativo) propõe que a política seja
concebida a partir da base, das percepções das demandas e das experiências de resolução
dos problemas desenvolvidos pelos atores situados nos escalões inferiores da Administração
(chamados burocratas “no nível de rua”).
Sobre a letra E, no contexto do enunciado, um issue restrito ao tratamento dentro das comuni-
dades técnicas, grupos de poder e subsistemas políticos produzem decisões incrementais, e
não incrementalismo redundante.

Questão 50 (FGV/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO/MPE AL/GESTÃO PÚBLICA/2018)


Determinado município decidiu mudar radicalmente sua política de IPTU. Por essa nova políti-
ca, a partir do ano de 2019, todos os imóveis avaliados em até 200 mil reais terão isenção de
IPTU, e aqueles com valores superiores a 1 milhão de reais serão tributados em dobro, garan-
tindo a manutenção do valor arrecadado e o financiamento das políticas urbanas.
O caso apresentado, segundo a tipologia de políticas públicas de Theodore Lowi, é um exem-
plo de política
a) constitutiva.
b) regulatória.
c) redistributiva.
d) distributiva.
e) intervencionista.

Letra c.
Segundo Theodore J. Lowi18, temos quatro tipos de políticas públicas:
Políticas distributivas: aquelas que alocam bens ou serviços a frações específicas da socie-
dade (categorias de pessoas, localidades, regiões, grupos sociais etc.) mediante recursos pro-
venientes da coletividade como um todo. Podem relacionar-se ao exercício de direitos, ou não.
Podem ser assistencialistas, ou não. Podem ser clientelistas, ou não. Ex.: implementação de
hospitais e escolas, construção de pontes e estradas, revitalização de áreas urbanas, salário-
-desemprego, benefícios de prestação continuada, programas de renda mínima, subsídios a
empreendimentos econômicos etc.
18
LOWI, T. J. Four Systems of Policy, Politics, and Choice. Public Administration Review, v. 32, n. 4, p. 298-310, jul/ago. 1972.

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Políticas redistributivas: aquelas que distribuem bens ou serviços a segmentos particulari-


zados da população por intermédio de recursos oriundos de outros grupos específicos. São
conflituosas e nem sempre virtuosas. Ex.: reforma agrária, distribuição de royalties do petróleo,
política de transferência de recursos inter-regionais, política tributária etc.
Políticas regulatórias: aquelas que estabelecem imperativos (obrigatoriedades), interdições
e condições por meio das quais podem e devem ser realizadas determinadas atividades ou
admitidos certos comportamentos. Seus custos e benefícios podem ser disseminados equi-
libradamente ou podem privilegiar interesses restritos, a depender dos recursos de poder dos
atores abarcados. Elas podem variar de regulamentações simples e operacionais a regulações
complexas, de grande abrangência. Ex.: Código de Trânsito, Lei de Eficiência Energética, Códi-
go Florestal, Legislação Trabalhista etc.
Políticas constitutivas ou estruturadoras: aquelas que consolidam as regras do jogo político.
São as normas e os procedimentos sobre as quais devem ser formuladas e implementadas as
demais políticas públicas. Ex.: regras constitucionais diversas, regimentos das Casas Legisla-
tivas e do Congresso Nacional etc.
Agora, observe que o município realizou uma redistribuição, considerando a renda daqueles
que ganham “muito mais” em relação àqueles que ganham “muito menos”! Daí o nosso gaba-
rito ser a letra C.

Questão 51 (FGV/ANALISTA LEGISLATIVO/ALERO/ADMINISTRAÇÃO/2018) Conforme a


tipologia de políticas públicas, apresentada no modelo de Lowi, assinale a opção que indica
um exemplo de Política pública redistributiva.
a) Política de emergência para vítimas de enchente.
b) Campanha de vacinação contra febre amarela.
c) Programa de reforma agrária.
d) Distribuição de cestas básicas.
e) Elaboração do código do consumidor.

Letra c.
Vamos relembrar!
Políticas redistributivas são aquelas que distribuem bens ou serviços a segmentos particula-
rizados da população por intermédio de recursos oriundos de outros grupos específicos. São

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conflituosas e nem sempre virtuosas. Ex.: reforma agrária, distribuição de royalties do petróleo,
política de transferência de recursos inter-regionais, política tributária etc.
Note que a letra C é um exemplo que apresentamos em aula para esse tipo de política pública!
Considerando a tipologia de Lowi, temos nas demais alternativas:
a) Política de emergência para vítimas de enchente. DISTRIBUTIVA.
b) Campanha de vacinação contra febre amarela. DISTRIBUTIVA.
d) Distribuição de cestas básicas. DISTRIBUTIVA.
e) Elaboração do código do consumidor. REGULATÓRIA.

Questão 52 (FGV/ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO GOVERNAMEN-


TAL/SEPOG RO/2017) Correlacione as tipologias listadas a seguir aos seus respectivos con-
ceitos.
1. Consistem na distribuição de recursos a determinados segmentos da sociedade ou a regi-
ões especificas e, em geral, demandam controle social por meio de conselhos ou de outras
formas de participação popular. Não implica em custos diretos (ou diretamente percebidos)
para a parcela da sociedade não beneficiada.
2. Destinam-se à definição das “regras do jogo” político, em termos de estrutura e modo de
acesso ao poder, bem como as formas de negociação política.
3. Tem o intuito de redistribuir renda e direitos, por meio do deslocamento de recursos das
camadas mais privilegiadas financeiramente para as menos (ou economicamente ativas para
inativas). Impõem perdas concretas para determinados grupos sociais e ganhos incertos para
outros.
4. Normatizam o funcionamento de serviços públicos ou a oferta de recursos públicos. São
concretizadas por meio de decretos, portarias, ordens e proibições. As normas produzidas
podem tratar a comunidade de forma isonômica ou, por vezes, atender a interesses mais
restritos.
 (  ) Políticas Distributivas
 (  ) Políticas Redistributivas
 (  ) Políticas Constitutivas
 (  ) Políticas Regulatórias

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Assinale a opção que mostra corretamente a correlação, de cima para baixo.


a) 1, 2, 3 e 4.
b) 1, 3, 2 e 4.
c) 1, 4, 3 e 2.
d) 1, 2, 4 e 3.
e) 1, 3, 4 e 2.

Letra b.
Mais uma questão sobre a tipologia de Lowi!
Políticas distributivas: aquelas que alocam bens ou serviços a frações específicas da socie-
dade (categorias de pessoas, localidades, regiões, grupos sociais etc.) mediante recursos pro-
venientes da coletividade como um todo. Podem relacionar-se ao exercício de direitos, ou não.
Podem ser assistencialistas, ou não. Podem ser clientelistas, ou não. Ex.: implementação de
hospitais e escolas, construção de pontes e estradas, revitalização de áreas urbanas, salário-
-desemprego, benefícios de prestação continuada, programas de renda mínima, subsídios a
empreendimentos econômicos etc.
Políticas redistributivas: aquelas que distribuem bens ou serviços a segmentos particulari-
zados da população por intermédio de recursos oriundos de outros grupos específicos. São
conflituosas e nem sempre virtuosas. Ex.: reforma agrária, distribuição de royalties do petróleo,
política de transferência de recursos inter-regionais, política tributária etc.
Políticas regulatórias: aquelas que estabelecem imperativos (obrigatoriedades), interdições
e condições por meio das quais podem e devem ser realizadas determinadas atividades ou
admitidos certos comportamentos. Seus custos e benefícios podem ser disseminados equi-
libradamente ou podem privilegiar interesses restritos, a depender dos recursos de poder dos
atores abarcados. Elas podem variar de regulamentações simples e operacionais a regulações
complexas, de grande abrangência. Ex.: Código de Trânsito, Lei de Eficiência Energética, Códi-
go Florestal, Legislação Trabalhista etc.
Políticas constitutivas ou estruturadoras: aquelas que consolidam as regras do jogo político.
São as normas e os procedimentos sobre as quais devem ser formuladas e implementadas as

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demais políticas públicas. Ex.: regras constitucionais diversas, regimentos das Casas Legisla-
tivas e do Congresso Nacional etc.
Logo, nossa correlação é:
Políticas Distributivas - 1. Consistem na distribuição de recursos a determinados segmentos
da sociedade ou a regiões especificas e, em geral, demandam controle social por meio de
conselhos ou de outras formas de participação popular. Não implica em custos diretos (ou
diretamente percebidos) para a parcela da sociedade não beneficiada.
Políticas Redistributivas - 3. Tem o intuito de redistribuir renda e direitos, por meio do des-
locamento de recursos das camadas mais privilegiadas financeiramente para as menos (ou
economicamente ativas para inativas). Impõem perdas concretas para determinados grupos
sociais e ganhos incertos para outros.
Políticas Constitutivas - 2. Destinam-se à definição das “regras do jogo” político, em termos
de estrutura e modo de acesso ao poder, bem como as formas de negociação política.
Políticas Regulatórias - 4. Normatizam o funcionamento de serviços públicos ou a oferta de
recursos públicos. São concretizadas por meio de decretos, portarias, ordens e proibições. As
normas produzidas podem tratar a comunidade de forma isonômica ou, por vezes, atender a
interesses mais restritos.

Questão 53 (FGV/ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO GOVERNAMEN-


TAL/SEPOG RO/2017) A literatura aponta as principais etapas ou fases para o processo de
formulação de políticas públicas.
1. Identificação do problema
2. Construção da agenda
3. Formulação de alternativas (políticas públicas)
4. Tomada de decisão
5. Implementação
6. Avaliação
Assinale a opção que descreve como ficou conhecida essa dinâmica.
a) Ciclo de políticas públicas.

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b) Manual de políticas públicas.


c) Problema público.
d) Diagnóstico situacional.
e) Decisão política.

Letra a.
Questão que faz você chorar de emoção na hora da prova!
O processo, elaboração ou ciclo de políticas públicas contempla os seguintes momentos:

Questão 54 (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/2014) Julgue o


item subsecutivo, relativo às políticas públicas.
Ao planejar uma política pública, devem estar claros seu objeto e seus mecanismos de plane-
jamento e de avaliação.

Certo.
Vamos resolver a questão apenas tomando como base um conceito de políticas públicas19 (grifei):
Sistema de decisões públicas que visa a ações ou omissões, preventivas ou corretivas, destina-
das a manter ou modificar a realidade de um ou vários setores da vida social, por meio da definição
19
SARAVIA, E.; FERRAREZI, E. Políticas Públicas. Coletânea. Brasília: ENAP, 2006.

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de objetivos e estratégias de atuação e da alocação dos recursos necessários para atingir os


objetivos estabelecidos.

Questão 55 (CESPE/ANALISTA EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA PLENO/MCT)/2012) Julgue


o item a seguir, relativos a políticas públicas.
No campo de análise das políticas públicas, essas políticas funcionam como inputs do siste-
ma político.

Errado.
As políticas públicas são outputs (e não inputs), resultantes da atividade política. Os inputs
(entradas) são as demandas.

Questão 56 (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2013) Com rela-


ção à construção de agenda, formulação e avaliação de políticas públicas, julgue o item sub-
sequente.
A avaliação de uma política pública compreende a definição de critérios, indicadores e padrões.

Certo.
Avaliar uma política pública é examinar seu processo de implementação, a fim de conhecer
melhor o estado da política e o nível de redução do problema que a gerou. Assim, essa avalia-
ção compreende a definição de critérios, indicadores e padrões.
Critérios são mecanismos que servem como base para escolhas e julgamentos. Indicadores
são artifícios que podem ser criados para medir input (entrada), output (saída) e outcome (re-
sultado). Por fim, os padrões dão referências para a formulação dos indicadores.

Questão 57 (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2015) Julgue o


próximo item, relativo à política pública e sua forma de avaliação.
A coleta e a análise de todos os dados disponíveis são requisitos necessários para a constru-
ção de indicadores que visem avaliar a qualidade de programas governamentais.

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Errado.
Captou o erro?
Quem pretende sair utilizando todos os dados, acaba não medindo nada!

Questão 58 (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PR/2016) De acordo com


determinado segmento da doutrina especializada, os governos devem optar por políticas cujos
ganhos sociais superem os custos pelo maior valor e devem evitar políticas em que os custos
excedam os ganhos. Esse método de avaliação das políticas públicas corresponde ao modelo
a) sistêmico.
b) institucional.
c) de processo.
d) racional.
e) incremental.

Letra d.
No modelo racional, vimos que a política é um cumprimento eficiente de metas, isto é, se a ra-
zão entre os valores alcançados e os recursos despendidos for maior que zero, então, a política
é racional.

Questão 59 (CESPE/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DO DF/2002) Os governos fede-


ral, estaduais e municipais celebram a adoção de um novo modelo de planejamento governa-
mental, a partir do advento da última geração de planos plurianuais. Tais iniciativas, referen-
ciadas na experiência federal, introduzem a noção de programas, um conjunto articulado de
ações voltadas a resultados preestabelecidos que podem ser mensurados e acompanhados
sob a responsabilidade de gerentes específicos. A implementação de tal iniciativa é tarefa de
alta complexidade, haja vista a grande diversidade de órgãos, entidades e esferas governa-
mentais, e envolve questões pertinentes à própria concepção de gestão por programas. Nesse
sentido, julgue o item a seguir, relativo a aspectos problemáticos na implementação desses
novos planos plurianuais.

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A alteração dos resultados programados do plano de forma a mantê-los realistas e desafia-

dores em face das constantes mudanças conjunturais é provocada e facilitada por revisões

legais.

Errado.

Aqui, certamente, a expressão “resultados programados” trata-se dos objetivos do plano. Ora,

as políticas públicas possuem um ciclo; e, se estamos falando de ciclo, obviamente que esta-

mos lidando com algo circular, contínuo. Pois bem! Esse ciclo é que permite que, após a ava-

liação, correções e ajustes possam ser inseridos no planejamento.

Daí temos o erro item: o primeiro é que esses ajustes são provocados pelo próprio ciclo, e não

por revisões legais. Ainda que determinada revisão legal seja necessária, isso é algo que torna

o processo mais complexo, e não mais facilitado.

Questão 60 (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/CADE/2014) Julgue o item a

seguir, referente à avaliação de políticas públicas.

Os avaliadores de uma política pública, para conduzir os seus trabalhos de forma objetiva e

independente, não devem interagir com os formuladores dessa política.

Certo.

A avaliação de políticas públicas deve estar integrada a todo o ciclo de sua gestão, ou seja,

desde a identificação do problema até as decisões sobre sua manutenção, seu aperfeiçoa-

mento, sua mudança de rumo ou sua interrupção.

Questão 61 (CESPE/ANALISTA DE GESTÃO/TCE-PE/2017) Com relação a políticas públi-


cas no Brasil, julgue o item seguinte.
A última etapa do ciclo de políticas públicas é a avaliação, que consiste na mensuração de
resultados e de impactos com o propósito de compará-los às metas originais.

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Certo.
Afirmação que está bem coerente com o que vimos até aqui. A avaliação consiste na mensuração
e análise dos efeitos produzidos ou a serem produzidos na sociedade pelas políticas públicas.
Ela confronta os resultados alcançados com os objetivos e metas previamente estabelecidos.

Questão 62 (CESPE/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO GRANDE


DO NORTE/2015) Julgue o item seguinte a respeito de planejamento e avaliação das políticas
públicas.
Para simplificar o processo de avaliação dos programas de governo, deve ser único e exclusivo
o indicador de desempenho de cada programa.

Errado.
É claro que não! Em termos de avaliação, o que se quer medir é que vai determinar quais cri-
térios, indicadores e padrões podem ser utilizados.
No entanto, é importante que se diga que o contrário também não é verdade, ou seja, não po-
demos utilizar indicadores em números ilimitados, caso contrário, a efetividade da medição
fica comprometida.
Em suma, os indicadores devem ser utilizados na medida do contexto, e não de forma única ou
ilimitada. Nada disso de “quanto mais melhor!”.

Questão 63 (CESPE/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO GRANDE


DO NORTE/2015) Julgue o item seguinte a respeito de planejamento e avaliação das políticas
públicas.
O uso da economicidade como indicador de desempenho visa estabelecer o grau com que o
programa atinge as metas e os objetivos traçados.

Errado.
O grau com que o programa atinge as metas e os objetivos traçados se relaciona com indica-
dor de eficácia, e não economicidade.
A economicidade está alinhada ao conceito de obtenção e uso de recursos com o menor ônus
possível.

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Questão 64 (CESPE/AUDITOR-FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/TCE-SC/2016) Com refe-


rência ao planejamento e à avaliação de políticas públicas no Brasil, julgue o item subsequente.
Com base no modelo de cadeia de valor, insumos, processos, produtos e impactos são os ele-
mentos que devem ser considerados no desenvolvimento de indicadores para a avaliação de
programas.

Certo.
O chamado “modelo da Cadeia de Valor e dos 6Es do Desempenho” se constitui das dimen-
sões de esforço e de resultado desdobradas nas dimensões de esforço (economicidade, exe-
cução e excelência) e de resultado (eficiência, eficácia e efetividade).
Essas categorias de indicadores estão relacionadas a algum dos elementos da cadeia de valor,
que representa a atuação da ação pública desde a obtenção dos recursos até a geração dos
impactos provenientes dos produtos/serviços. Os elementos dessa cadeia de valor são:
Insumos (inputs);
Processos/Projetos (ações);
Produtos/serviços (outputs);
Impactos (outcomes).

Questão 65 (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/2014) Julgue o


item subsecutivo, relativo às políticas públicas.
A avaliação de uma política pública deve ser realizada após o término de sua implementação,
uma vez que não é possível realizar controle parcial.

Errado.
Será mesmo que não, depois de tudo que vimos aqui nessa aula?
Conforme o momento em que a avaliação acontece, podemos ter a avaliação ex ante, avalia-
ção de meio-termo e avaliação ex post, ou seja, antes, durante e após!

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Questão 66 (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-PI/2016/ADAPTADA) Em relação às polí-


ticas públicas e ao processo de comunicação, julgue o item.
A abordagem racional refere-se à análise e formulação de políticas públicas e consiste em dar
foco ao processo político.

Errado.
A abordagem ou modelo racional se preocupa com a razão entre os valores alcançados e os
recursos despendidos for maior que zero.
O item descreve, na verdade, a abordagem ou modelo de processos, que visa identificar como
os processos se dão a partir do comportamento dos atores políticos.

Questão 67 (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-PI/2016/ADAPTADA) Em relação às polí-


ticas públicas e ao processo de comunicação, julgue o item.
A partir da predefinição do problema, o processo ou ciclo de políticas públicas contempla os
seguintes momentos: agenda, elaboração, formulação, implementação, execução, acompa-
nhamento e avaliação.

Certo.
Como vimos, temos as seguintes etapas:
• Construção da agenda: é a incorporação de uma demanda na lista de prioridades do
poder público.
• Elaboração: é a identificação e delimitação de um problema atual ou potencial, o levan-
tamento das possíveis alternativas para sua solução, a avaliação dos custos e benefí-
cios de cada uma delas e a definição das prioridades (predomina a visão técnica).
• Formulação: é a seleção e a especificação da alternativa mais conveniente, declaran-
do-se a decisão adotada, definindo seus objetivos e seu marco jurídico, administrativo
e financeiro (critérios políticos assumem papel mais importante).
• Implementação: é o planejamento e a organização do aparelho administrativo e dos re-
cursos humanos, financeiros, materiais e tecnológicos para executar uma política.

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• Execução: é o conjunto das ações destinado a atingir os objetivos estabelecidos pela


política.
• Acompanhamento: é o processo sistemático de supervisão da execução, objetivando
assegurar a consecução dos objetivos estabelecidos.
• Avaliação: é a mensuração e análise dos efeitos produzidos na sociedade pelas políti-
cas públicas, especialmente no que diz respeito às realizações obtidas e às consequên-
cias previstas e não previstas, desejadas e não desejadas.

Questão 68 (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-PE/2017) A formulação e o desenvolvi-


mento de políticas públicas seguem etapas sequenciais no chamado ciclo de políticas públi-
cas. Nesse ciclo, uma tarefa típica da etapa de construção de agendas consiste em
a) organizar as demandas sociais.
b) realizar estudo técnico de soluções para um problema público.
c) construir alianças políticas.
d) julgar os efeitos previstos para uma política pública.
e) designar atores responsáveis pela execução de tarefas intermediárias para a implementa-
ção de um programa público.

Letra a.
No tocante ao ciclo da política pública, o primeiro momento é o da agenda ou da inclusão de
determinado pleito ou necessidade social na agenda, na lista de prioridades, do poder público.

Na sua acepção mais simples, a noção de “inclusão na agenda” designa o estudo e a explicita-

ção do conjunto de processos que conduzem os fatos sociais a adquirir status de “problema

público”, transformando-os em objeto de debates e controvérsias políticas na mídia. Frequen-

temente, a inclusão na agenda induz e justifica uma intervenção pública legítima sob a forma

de decisão das autoridades públicas. Ou seja, a etapa de construção de agendas consiste em

organizar as demandas sociais.

Uma agenda de políticas públicas é uma lista de prioridades inicialmente estabelecidas, às quais

os governos devem dedicar suas energias e atenções, e entre as quais os atores lutam arduamente para

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incluir as questões de seu interesse. Dada essa quantidade de interesses coexistentes, não há
como negar também a existência de várias “agendas”. Essas outras “agendas”, na verdade,
pertencem a grupos de atores e se referem, por exemplo, a questões que preocupam diversos
atores políticos e sociais, ou que dizem respeito à sociedade como um todo, não se restrin-
gindo a este ou aquele governo, como por exemplo, “agenda do Estado” ou “agenda da socie-
dade”. Essa última pode ser visualizada em temas como desigualdade social, violência, meio
ambiente.

Questão 69 (CESPE/ANALISTA DE GESTÃO/TCE-PE/2017) Com relação a políticas públi-


cas no Brasil, julgue o item seguinte.
A inclusão de uma necessidade da população nas prioridades do poder público refere-se à
etapa de construção de agendas do processo de formulação e desenvolvimento de políticas
públicas.

Certo.
Como vimos, o primeiro momento é o da agenda ou da inclusão de determinado pleito ou ne-
cessidade social na agenda, na lista de prioridades, do poder público.
Uma agenda de políticas públicas é uma lista de prioridades inicialmente estabelecidas, às
quais os governos devem dedicar suas energias e atenções, e entre as quais os atores lutam
arduamente para incluir as questões de seu interesse.

Questão 70 (CESPE/ANALISTA DE GESTÃO/TCE-PE/2017) No que se refere ao planeja-


mento estratégico e à avaliação das políticas públicas, julgue o item subsequente.
De acordo com os princípios da gestão por resultados, a avaliação de resultados de um dado
programa inicia-se antes mesmo da execução do programa em questão: o objetivo é garantir
que o desenho programático da intervenção atenda integralmente ao que foi planejado.

Errado.
Como avaliar o resultado de algo que ainda nem começou? Logo, não há como medir os re-
sultados antes do início da ação respectiva. Em um programa teremos as entradas (inputs), a

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transformação e os resultados (outputs). O processo de acompanhamento e monitoramento


poderá ocorrer durante a execução. Já o processo de avaliação dos resultados ocorrerá após
a entrega do produto ou serviço (outputs).

Questão 71 (CESPE/TECNÓLOGO EM GESTÃO PÚBLICA/EBSERH/2018) Acerca de avalia-


ções de políticas públicas e programas governamentais, julgue o item seguinte.
A avaliação de um programa deve ser realizada à luz dos contextos sociais pelos quais o pro-
grama é implantado.

Certo.
De fato, são determinantes para as políticas públicas a estrutura social da sociedade, ou seja,
os fatos sociais. A avaliação começa pelo usuário, e não pelo programa em si.
E, lembre-se: a avaliação exige, apenas, algo a ser avaliado, mesmo sendo apenas algo “no
papel”, algo apenas planejado.

Questão 72 (QUADRIX/ANALISTA/SERPRO/2014) Para alcançar resultados em diversas


áreas e promover o bem-estar da sociedade, os governos se utilizam de políticas públicas. Seu
processo de formulação, também chamado de Ciclo das Políticas Públicas, apresenta diversas
fases. Entre as alternativas apontadas, a primeira fase seria:
a) avaliação.
b) processo de tomada de decisão (escolha das ações).
c) formulação de políticas (apresentação de solução e alternativas).
d) processo eleitoral (escolha de representantes).
e) formação da agenda.

Letra e.
Sinteticamente, as etapas do ciclo de políticas públicas, primeiramente reconhecem um
problema (também denominado por momento da montagem da agenda) como de relevân-
cia pública.

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Depois de reconhecido o problema, o passo seguinte é a formulação da política, ou seja, o


momento no qual, dentro do governo, se formulam soluções e alternativas para o problema,
podendo ser entendido como o momento de diálogo entre intenções e ações.
Somente após a fase de formulação estão dadas as condições para a tomada de decisão, que
abarca o processo de escolha pelo governo de uma solução específica ou uma combinação de
soluções, em um dado curso de ação ou não ação.
Dando continuidade ao ciclo da política, segue-se a fase de implementação, definida como o
momento de colocar uma determinada solução em prática, ou seja, a execução das atividades.
Esta fase envolve uma série de sistemas ou atividades da administração pública: o sistema
gerencial e decisório, os sistemas de informação, os agentes implementadores da política, os
sistemas logísticos e operacionais (recursos materiais, financeiros), dentre outros.
A última fase do ciclo da política é a avaliação, compreendida como a análise e elucidação
do critério ou critérios que fundamentam determinada política esclarecendo as razões que a
tornam preferível a qualquer outra.
O primeiro momento, portanto, é o da agenda ou da inclusão de determinado pleito ou necessi-
dade social na agenda, na lista de prioridades, do poder público. Na sua acepção mais simples,
a noção de “inclusão na agenda” designa o estudo e a explicitação do conjunto de processos
que conduzem os fatos sociais a adquirir status de “problema público”, transformando-os em
objeto de debates e controvérsias políticas na mídia. Frequentemente, a inclusão na agenda
induz e justifica uma intervenção pública legítima sob a forma de decisão das autoridades
públicas.

Questão 73 (CEPERJ/ANALISTA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO/SEPLAG RJ/2010)


A dinâmica da política pública brasileira compreende várias etapas. A alternativa que condiz
com a etapa da Avaliação é:
a) conjunto de ações destinadas a atingir os objetivos estabelecidos pela política pública.
b) seleção e especificação da alternativa considerada mais conveniente.
c) instante em que as questões públicas surgem e formam correntes de opinião ao seu redor e
que contribuem para a formação de agendas com questões que merecem políticas definidas.

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d) momento em que fatos sociais adquirem status de “problema político”, transformando-se


em objeto de debate e controvérsia.
e) instrumento de responsabilidade para informar aos usuários e/ou beneficiários e à socieda-
de em geral sobre desempenho e impactos.

Letra e.
Análise das alternativas:
A dinâmica da política pública brasileira compreende várias etapas. A alternativa que condiz
com a etapa da Avaliação é:
a) Errada. A execução é que é o conjunto de ações destinado a atingir os objetivos estabele-
cidos pela política. É pôr em prática efetiva a política, é a sua realização. Essa etapa inclui o
estudo dos obstáculos, que normalmente se opõem à transformação de enunciados em resul-
tados, e especialmente, a análise da burocracia.
b) Errada. A formulação é que inclui a seleção e especificação da alternativa considerada mais
conveniente, seguida de declaração que explicita a decisão adotada, definindo seus objetivos
e seu marco jurídico, administrativo e financeiro.
c) Errada. Aqui temos a etapa da agenda, ou seja, o momento da inclusão de determinado plei-
to ou necessidade social na agenda, na lista de prioridades, do poder público.
d) Errada. Essa é mais uma das características da etapa da agenda propriamente dita. Na sua
acepção mais simples, a noção de “inclusão na agenda” designa o estudo e a explicitação do
conjunto de processos que conduzem os fatos sociais a adquirir status de “problema público”,
transformando-os em objeto de debates e controvérsias políticas na mídia. Frequentemente, a
inclusão na agenda induz e justifica uma intervenção pública legítima sob a forma de decisão
das autoridades públicas.
e) Certa. Eis uma função da etapa avaliação. A avaliação consiste na mensuração e análise
dos efeitos produzidos na sociedade pelas políticas públicas, especialmente no que diz respei-
to às realizações obtidas e às consequências previstas e não previstas.

Questão 74 (FGV/ANALISTA/TJ SC/ADMINISTRATIVO/2018) Um dos indicadores de de-


sempenho relacionados à avaliação de políticas públicas se baseia no aspecto da efetividade.
Pode ser considerado um exemplo de política pública efetiva relacionada à segurança:

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a) alocação de contingente policial em área perigosa de um município;


b) descontos na munição adquirida para operações especiais em comunidades;
c) redução da criminalidade em uma região litorânea;
d) aquisição de uma nova frota de carros para a Polícia Militar;
e) eliminação de desperdício de papéis em delegacias.

Letra c.
O conceito de efetividade diz respeito à relação entre os resultados alcançados e as transfor-
mações ocorridas (grau de qualidade do resultado).
Note que, no caso das alternativas, apenas a letra C satisfaz essa relação.
Vejamos as demais alternativas:
a) alocação de contingente policial em área perigosa de um município; ainda não se refere a
resultados, mas apenas de medida implementada.
b) descontos na munição adquirida para operações especiais em comunidades; refere-se ao
conceito de eficiência (custos), que está vinculado ao operacional, associando-se à análise
de custos e prazos na implantação de uma política, programa, projeto ou atividade.
d) aquisição de uma nova frota de carros para a Polícia Militar; ainda não se refere a resultados,
mas apenas de medida implementada.
e) eliminação de desperdício de papéis em delegacias. Também se refere ao conceito de efi-
ciência (custos).

Questão 75 (FGV/ANALISTA/TJ SC/ADMINISTRATIVO/2015) O modelo de bem-estar so-


cial caracterizado por garantir a todos os cidadãos serviços essenciais, mesclando mecanis-
mos de renda mínima, redistribuição e substituição de renda, respeitando mínimos historica-
mente definidos e equipamentos coletivos públicos para prestação de serviços, é denominado:
a) residual;
b) residual-institucional;
c) meritocrático-institucional;
d) meritocrático-particularista;
e) institucional-redistributivo.

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Letra e.
O Estado de Bem-Estar resulta da reforma do modelo de Estado Liberal, na tentativa de superar
as crises de legitimidade. É a junção da tradicional garantia das liberdades individuais com o
reconhecimento, como direitos coletivos, de certos serviços sociais que o Estado providencia,
intervindo na vida dos cidadãos e nos mecanismos de mercado, a fim de proporcionar oportu-
nidades iguais a todos.
Mesmo já tendo lançado âncora na sociedade europeia desde Bismarck (Alemanha), apenas
na Inglaterra dos anos 1940 é que o termo Estado de Bem-Estar Social (Welfare State) irá con-
cretizar o seu princípio fundamental. Esse princípio seria o de que independentemente da sua
renda, todos (e não apenas alguns) os cidadãos teriam direito de ser protegidos contra situa-
ções de dependência de longa duração (velhice, invalidez) ou de curta (doença, desemprego).
Assim, de acordo com os postulados centrais do Estado de Bem-Estar Social, qualquer pessoa
teria direito a cobertura da saúde e da educação pública (serviços públicos), bem como auxílio
em caso de desemprego e outros benefícios (pagamentos em dinheiro). Ou seja, o Estado (ins-
titucional), com base em critérios igualitários para a distribuição de recursos, produtos e servi-
ços, efetua a redistribuição (redistributivo) adequada às necessidades como uma concepção
de direitos que devem ser garantidos igualmente a todos cidadãos. É um sistema universal.

Questão 76 (FGV/TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO/DPE-RJ/ADMINISTRA-


ÇÃO/2014) Nos tempos atuais, a interação entre indivíduos, empresas e outras organizações
nacionais e internacionais, bem como entre Estados, intensificou-se ainda mais como conse-
quência da globalização das finanças e do comércio, facilitada pela evolução das comunica-
ções e da informática. Em relação a Redes de Políticas Públicas, é correto afirmar que
a) não podem ser utilizadas como ferramentas analíticas sobre as relações entre os atores que
interagem num determinado setor das Políticas Públicas.
b) são metáforas para destacar que a elaboração de Políticas Públicas envolve um grande nú-
mero e ampla variedade de atores.
c) estão diretamente ligadas à soberania nacional e que as Políticas Públicas estão desvincu-
ladas de qualquer tipo de acordos internacionais.
d) não podem ser consideradas como alternativas ao modelo hierárquico de mercado.

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e) são um conjunto de relações consideradas instáveis, de natureza hierárquica e inde-


pendentes.

Letra b.
Política pública é um sistema de decisões públicas que visa a ações ou omissões, preventivas
ou corretivas, destinadas a manter ou modificar a realidade de um ou vários setores da vida
social, por meio da definição de objetivos e estratégias de atuação e da alocação dos recursos
necessários para atingir os objetivos estabelecidos.
Redes de Políticas Públicas (policy networks) são redes informais ao redor de políticas se-
toriais específicas. As policy networks não são estruturas do tipo institucional hierárquico e
organizado. Na verdade, são pouco organizadas e com controle mútuo informal, ou seja, metá-
foras, sendo acessadas tão regularmente por seus integrantes que se desenvolvem entre eles
relações de confiança e de pertencimento.

Questão 77 (FGV/TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO/DPE-RJ/ADMINISTRA-


ÇÃO/2014) Os modelos de elaboração de Políticas Públicas que aspiram à generalidade des-
consideram o fato de que diferentes ambientes sociais, que configuram a situação em que
é feita a escolha da política, aparentemente levam os tomadores de decisão a fazer opções
significativamente distintas. Deste modo, para que haja adequabilidade de um modelo teórico,
deve-se levar em conta que
a) não existe diferença entre a busca de um modelo para os países desenvolvidos e os países
em desenvolvimento.
b) o analista deve vincular-se com rigidez a um modelo em particular, não devendo, necessa-
riamente, ter que observar os aspectos do ambiente em estudo.
c) nem sempre há necessidade de identificar e estruturar os aspectos da política a ser
analisada.
d) esse modelo deve estar ligado às metas fixadas e como produto da participação das
massas.
e) na elaboração de políticas, as percepções e os interesses dos atores individuais estão
presentes em todos os estágios.

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Letra e.
A questão trata, especificamente, da influência dos atores na política pública.
Apesar de não se referir exclusivamente à ação estatal, toda política pública está integrada
dentro de um conjunto de políticas governamentais. Nesse sentido, cada política pública pode
depender do contexto vigente de determinada política de governo, ou seja, diferentes priori-
dades em função de urgências, relevâncias ou jogo político.
Assim, as políticas públicas, inicialmente, são detalhadamente planejadas: fixação de metas
quantitativas pelos organismos centrais de planejamento; subordinação ao crescimento eco-
nômico; e determinação do futuro com base em projeções das tendências do passado. No en-
tanto, as prioridades definidas pelos planejadores não são determinadas só pela razão técnica:
o poder político dos diferentes setores da vida social e sua capacidade de articulação dentro
do sistema político são os que realmente determinam as prioridades.
É nessa visualização que apresentamos os atores das políticas públicas, entendidos como
grupos que integram o Sistema Político, apresentando reivindicações ou executando ações.
Segundo Rapoport (1980)20, a dinâmica das relações entre os atores pode obedecer a três pa-
drões: lutas, jogos e debates.
As lutas são padrões de interação extremamente conflituosos, que acontecem quando as pre-
ferências dos atores são inconciliáveis e a vitória dos interesses de cada um corresponde à
derrota dos demais. O objetivo da luta é eliminar o inimigo.
Os jogos são as situações que possuem como lógica a competição e a consequente vitória
sobre o adversário em uma circunstância específica, sem eliminá-lo do processo, de tal modo
que ele possa se tornar um aliado num momento posterior.
Por fim, os debates são circunstâncias nas quais cada um dos atores procura convencer o ou-
tro da superioridade dos seus argumentos e da adequação de suas propostas, de tal maneira
que vence o debate aquele que se mostrar capaz de mudar a preferência do seu o adversário,
transformando-o em um aliado. Aqui, a lógica é a da persuasão.

Questão 78 (FGV/TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO/DPE-RJ/ADMINISTRA-


ÇÃO/2014) Além dos objetivos relacionados à eficiência e eficácia dos processos de gestão
pública, a avaliação de políticas é decisiva para o processo de aprendizagem institucional e
20
RAPOPORT, A. Lutas, Jogos e Debates. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1980.

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também contribuiria para a busca e à obtenção de ganhos das ações governamentais em ter-
mos de satisfação dos usuários e de legitimidade social e política. Por essas e outras razões,
tem sido ressaltada a sua importância, pois
a) o reconhecimento formal da avaliação de políticas, no Brasil, se traduz em processos de
avaliação sistemáticos e consistentes que subsidiam a gestão pública.
b) os processos de avaliação de políticas vêm se tornando crescentemente institucionalizados
no contexto da administração pública brasileira.
c) no plano do discurso, produz automaticamente a apropriação dos processos de avaliação
como ferramentas de gestão, sem percebê-los como um dever.
d) isso exige o empenho das estruturas político-governamentais na adoção da avaliação como
prática aleatória nas suas ações.
e) representam um potente instrumento de gestão na medida em que são utilizados durante
determinados ciclos da gestão.

Letra b.
A banca assinalou, como gabarito para a questão, a letra B. No entanto, se observarmos a lite-
ratura, Maria das Graças Rua21 afirma que os processos de avaliação de políticas vêm se tor-
nando crescentemente institucionalizados nos países desenvolvidos, e não na administração
pública brasileira. Inclusive, quanto ao contexto nacional, a autora diz que o Brasil ainda está
um pouco distante dessa realidade. Vejamos o trecho que contraria o gabarito da questão:

Além dos objetivos relacionados à eficiência e eficácia dos processos de gestão pública, a ava-
liação é decisiva para o processo de aprendizagem institucional e também contribuiria para a
busca e obtenção de ganhos das ações governamentais em termos de satisfação dos usuários
e de legitimidade social e política. Por essas e outras razões, tem sido ressaltada a importância
dos processos de avaliação para a reforma das políticas públicas, modernização e democrati-
zação da gestão pública.
Nos países desenvolvidos os processos de avaliação de políticas vêm se tornando crescen-
temente institucionalizados. Isso exige o empenho das estruturas político-governamentais
na adoção da avaliação como prática regular e sistemática de suas ações, na regulação das
21
Políticas Públicas. AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS, PROGRAMAS E PROJETOS
GOVERNAMENTAIS. Maria das Graças Rua.

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práticas avaliativas e no fomento de uma cultura de avaliação integrada aos processos geren-
ciais (Hartz, 2001).
No Brasil, a importância da avaliação das políticas públicas é reconhecida em documentos
oficiais e científicos, mas esse reconhecimento formal ainda não se traduz em processos de
avaliação sistemáticos e consistentes que subsidiem a gestão pública (Hartz et Pouvourville,
1998). O consenso no plano do discurso, não produz automaticamente a apropriação dos
processos de avaliação como ferramentas de gestão, pois frequentemente a tendência é per-
cebê-los como um dever, ou até mesmo como uma ameaça, impostos por alguma instância de
governo ou por organismos financiadores internacionais (grifos nossos).

Note que os trechos em destaques corroboram a incorreção tanto da alternativa A quando da


alternativa B. Também, corrigem as alternativas C e D.
Já para a alternativa E, temos a correção baseada em outro trecho da autora:

A avaliação representa um potente instrumento de gestão na medida em que pode – e deve -


ser utilizada durante todo o ciclo da gestão, subsidiando desde o planejamento e formulação
de uma intervenção, o acompanhamento de sua implementação, os consequentes ajustes a
serem adotados, e até as decisões sobre sua manutenção, aperfeiçoamento, mudança de rumo
ou interrupção.

Logo, concluímos que a questão merecia ser anulada, o que não ocorreu, com a banca manten-
do o gabarito como a letra B.

Questão 79 (FGV/TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO/DPE-RJ/ADMINISTRA-


ÇÃO/2014) A formulação da Agenda de Políticas Públicas muda com o tempo. Se o custo dos
serviços médicos é um item importante na agenda, por exemplo, as autoridades envolvidas
podem considerar seriamente uma variedade de alternativas relacionadas àquele problema,
como a regulamentação direta dos custos hospitalares, a introdução de incentivos ao sistema
para estimular a regulação de mercado, o pagamento dos custos dos consumidores por meio
de um abrangente seguro de saúde nacional, decretar os seguros parciais para casos de catás-
trofes, a nacionalização do sistema em um esquema de medicina socializada, ou nada fazer
a respeito do assunto. A Agenda na formulação de Políticas Públicas pode ser considerada
como
a) a pauta de uma reunião, onde assuntos são pré-determinados e levados a uma análise críti-
ca pelas autoridades e sociedade civil.

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b) o tipo de plano que as autoridades desejam que seja adotado, mesmo que possuam inten-
ções veladas.
c) o objetivo no qual as políticas públicas devem focar, dado que será a razão de todo o progra-
ma de governo, independentemente das mudanças que a sociedade possa sofrer.
d) a ferramenta que possibilitará, ao governo, determinar as ações que, durante toda a sua
gestão, deverão nortear os poderes legislativo, executivo e judiciário.
e) um alvo, em dado momento, de séria atenção, tanto da parte das autoridades governamen-
tais como de pessoas fora do governo, mas estreitamente associadas às autoridades.

Letra e.
O primeiro ponto numa política pública se refere ao momento da agenda ou da inclusão de
determinado pleito ou necessidade social na agenda, na lista de prioridades, do poder público.
Na sua acepção mais simples, a noção de “inclusão na agenda” designa o estudo e a explicita-
ção do conjunto de processos que conduzem os fatos sociais a adquirir status de “problema
público”, transformando-os em objeto de debates e controvérsias políticas na mídia.
Uma agenda de políticas públicas é uma lista de prioridades inicialmente estabelecidas, às
quais os governos devem dedicar suas energias e atenções, e entre as quais os atores lutam
arduamente para incluir as questões de seu interesse.
Rua (2009)22 leciona que para um “estado de coisas” tornar-se um problema político, passan-
do a figurar como um item da agenda governamental, é necessário que apresente pelo menos
uma das seguintes características:
• mobilize ação política: seja ação coletiva de grandes grupos, seja ação coletiva de pe-
quenos grupos dotados de fortes recursos de poder, seja ação de atores individuais
estrategicamente situados;
• constitua uma situação de crise, calamidade ou catástrofe, de maneira que o ônus de
não dar uma resposta ao problema seja maior que o ônus de ignorá-lo; e
• constitua uma situação de oportunidade, ou seja, uma situação na qual algum ator rele-
vante perceba vantagens, a serem obtidas com o tratamento daquele problema.

22
RUA, M. G. Políticas públicas. Brasília: CAPES-UAB, 2009.

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Questão 80 (FGV/TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO/DPE-RJ/ADMINISTRA-


ÇÃO/2014) Programas no âmbito do setor público apresentados aos órgãos de financiamento
devem estar relacionados a problemas específicos em determinado contexto. Muitos progra-
mas não resistem à análise preliminar por não deixarem claro o problema que visam resolver.
Um gestor público interessado em propor um programa deve justificar a motivação para o
investimento a ser realizado. As técnicas de solução de problemas podem ser de grande valia
na medida em que estão centradas na identificação de
a) uma hipótese de solução específica.
b) uma situação negativa existente que se quer ver solucionada.
c) uma situação imaginária que se quer simular.
d) uma situação negativa hipotética que se quer ver solucionada.
e) uma ausência de solução.

Letra b.
O conflito se inicia a partir de um impasse. Considerando o ambiente organizacional, os con-
flitos são imanentes à própria estrutura organizacional, sendo, portanto, fenômenos naturais
que dela emanam. Daí, é uma situação concreta e existente, requerendo uma solução também
concreta, e não uma hipótese. Assim sendo, incorretas as alternativas A (hipótese), C (situação
imaginária) e D (situação negativa hipotética).
Ainda, reforçando a ideia de que o conflito requer uma solução real, e considerando os confli-
tos como resultado comum da organização, o gestor deve saber desativá-los a tempo e evitar
a sua eclosão. Daí a alternativa E (ausência de solução) estar incorreta.
Logo, as técnicas de solução de problemas podem ser de grande valia na medida em que estão
centradas na identificação de uma situação negativa existente que se quer ver solucionada.

Questão 81 (FGV/ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO GOVERNAMEN-


TAL/SEPOG RO/2017) As avaliações administrativas combinam diferentes tipos de ativida-
des de monitoramento e avaliação de impacto por parte dos gestores públicos.
As opções a seguir apresentam tipos de avaliação de políticas públicas, à exceção de uma.
Assinale-a.

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a) Avaliações de esforços: são tentativas de medir a quantidade de insumos do programa en-


volvido na política (pessoal, comunicação, transporte etc.) e devem ser calculados em termos
dos custos monetários. Seu propósito é estabelecer uma linha de base de dados.
b) Avaliações de desempenho: determina o que a política pública está produzindo, muitas ve-
zes independentemente dos objetivos definidos, produzindo benchmark (ponto de referência)
ou dados de desempenho, que são utilizados como insumos para as avaliações mais abran-
gentes e profundas.
c) Avaliações de processo: examinam os métodos organizacionais, incluindo as regras e os
procedimentos operacionais, utilizados para executar programas. Seu objetivo normalmente é
ver se um processo pode ser simplificado e tornado mais eficiente.
d) Avaliações de eficiência: tentam avaliar os custos de um programa e julgar se a mesma
quantidade e qualidade de produtos poderiam ser alcançadas de forma mais eficiente, ou seja,
por um custo menor. Os insumos e produtos são o alicerce desse tipo de avaliação.
e) Avaliações de adequação de desempenho (ou de eficácia): são realizadas de forma ad hoc
por atores como a mídia, partidos políticos, grupos de interesse, líderes comunitários e cam-
panhas de relações públicas ou lobby lançadas por organizações não governamentais. Essas
avaliações geralmente são realizadas para oferecer aconselhamento independente.

Letra e.
Segundo a literatura, existem cinco tipos principais de avaliações administrativas, que com-
binam diferentes tipos de atividades de monitoramento e avaliação de impacto por parte dos
gestores públicos:
a) Avaliações de esforços: são tentativas de medir a quantidade de insumos do programa en-
volvido na política (pessoal, comunicação, transporte etc.) devem ser calculados em termos
dos custos monetários. Seu propósito é estabelecer uma linha de base de dados que pode ser
usada para outras avaliações de eficiência ou qualidade de entrega do serviço.
b) Avaliações de desempenho: examinam os produtos do programa, em vez de insumos, o
número de leitos hospitalares ou vagas em escolas, por exemplo. Seu principal objetivo é sim-
plesmente de terminar o que a política pública está produzindo, muitas vezes independentemente

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dos objetivos definidos. Esse tipo de avaliação produz benchmark (ponto de referência) ou da-
dos de desempenho, que são utilizados como insumos para as avaliações mais abrangentes
e profundas.
c) Avaliações de processo: examinam os métodos organizacionais, incluindo as regras e pro-
cedimentos operacionais, utilizados para executar programas. Seu objetivo normalmente é ver
se um processo pode ser simplificado e tornado mais eficiente.
d) Avaliações de eficiência: tentam avaliar os custos de um programa e julgar se a mesma
quantidade e qualidade de produtos poderiam ser alcançadas de forma mais eficiente, ou seja,
por um custo menor. Os insumos e produtos são o alicerce desse tipo de avaliação.
e) Avaliações de adequação de desempenho (ou de eficácia): comparam o desempenho de
um determina do programa aos seus objetivos propostos para determinar se o programa está
atingindo suas metas e/ou se as metas precisam ser ajustadas em função do cumprimento
do programa. Esse também é o tipo de avaliação mais difícil de realizar. As necessidades de
informação são imensas e o nível de sofisticação exigido para conduzir o processo é mais alto
do que o que há geralmente disponível no governo.
Note que a alternativa E está incorreta, trocando a definição de Avaliações de adequação de
desempenho (ou de eficácia) por um outro tipo de avaliação, denominado Avaliação Lobby.

Questão 82 (FGV/ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO GOVERNAMEN-


TAL/SEPOG RO/2017) Avaliar uma política pública pressupõe que exista definição prévia de
critérios e padrões, monitorados por intermédio de indicadores.
Em relação ao momento em que se realiza a avaliação, assinale (V) para a afirmativa verdadei-
ra e (F) para a falsa.
 (  ) ex ante – realizada com o intuito de verificar a viabilidade do programa ou projeto e ocor-
re em momento anterior ao início do mesmo.
 (  ) ex post – destina-se a investigar em que medida o programa ou projeto atingiu os resul-
tados esperados por seus formuladores
 (  ) ex tunc – julga se o programa ou projeto deve continuar ou não.

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a) V - F - F.
b) F - V - F.
c) V - V - F.
d) F - F - V.
e) F - V - V.

Letra c.
Conforme o momento em que a avaliação acontece, podemos ter a avaliação ex ante, avalia-
ção de meio-termo e avaliação ex post.
Avaliação ex ante: é uma concepção holística, iniciando no momento em que se define o pro-
blema ou a necessidade que justifica uma política pública, um programa ou um projeto. Ocorre
antes de se decidir como será feita uma intervenção, e não antes de a implementação, de fato,
tornar-se realidade.
Avaliação, meio-termo ou intermediária: refere-se estritamente ao momento do tempo em
que é realizada a avaliação e, portanto, ao estágio da intervenção que é submetido à avaliação.
Compreende as avaliações intermediárias ou de meio-termo quando se trata de intervenções
do tipo “atividade” (bens e serviços de produção ou prestação continuada) e as avaliações
finais, de efeitos e de impactos.
Avaliação ex post: em se tratando de uma perspectiva generalizada, refere-se, primeiramente, à
avaliação que é concebida sem relação com o planejamento e nem mesmo com o processo de
implementação, sendo adotada quando a política pública, o programa ou o projeto se encontra
consolidado ou em fase final.
Note que apenas as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras, já que não temos uma avaliação do tipo
ex tunc construída, simplesmente, para verificar se o programa deve ou não continuar.

Questão 83 (FGV/ANALISTA/TJ SC/ADMINISTRATIVO/2015) Podemos compreender


como Políticas Públicas o conjunto de ações, planos, metas e objetivos traçados pelos go-
vernos a fim de alcançar o bem-estar social. Assim, a formulação de Políticas Públicas, bem
como a determinação do bem-estar da sociedade, é atribuição do governo e não da sociedade.

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Políticas Públicas
Adriel Sá

Entretanto, a sociedade e seus diversos grupos de interesse podem participar de parte do pro-
cesso de formulação dessas Políticas. A parte do processo em que há participação direta da
sociedade e de seus grupos de interesse é:
a) a formação de agenda;
b) a formulação de diretrizes;
c) o processo de tomada de decisão;
d) a implementação;
e) a avaliação.

Letra a.
Quanto à etapa da formação da agenda, essa é a etapa que considera, de forma mais abran-
gente, diversos atores.
É impossível para os atores públicos concentrarem suas atenções e atenderem a todos os
problemas existentes em uma sociedade, dado que estes são abundantes e os recursos ne-
cessários para solucioná-los, escassos.
Por isso, é necessário que se estabeleçam quais questões serão tratadas pelo governo. Tal
processo envolve a emergência, o reconhecimento e a definição das questões que serão tra-
tadas e, como consequência, quais serão deixadas de lado. E isso, é claro, não poderia ser
realizado sem a participação da sociedade diretamente interessada.

Questão 84 (VUNESP/ANALISTA DE TECNOLOGIA/SEDUC SP/TECNOLOGIA DA INFOR-


MAÇÃO/2014) A avaliação sistemática, contínua e eficaz é uma ferramenta gerencial podero-
sa, fornecendo aos formuladores e gestores de políticas públicas condições para aumentar a
eficiência e a efetividade dos
a) indicativos de auditoria.
b) materiais e equipamentos propícios.
c) cargos necessários.
d) processos estipulados.
e) recursos aplicados.

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Políticas Públicas
Adriel Sá

Letra e.
A questão está colocada no contexto da avaliação de programas e projetos de políticas púbi-
cas e a necessidade crucial e urgente de se obter maior eficiência e maior impacto nos inves-

timentos governamentais em programas sociais.

Observe o texto adiante, de Frederico Lustosa da Costa e José Cezar Castanhar23, professores

da FGV, de onde a questão foi retirada:

A avaliação sistemática, contínua e eficaz desses programas pode ser um instrumento fundamental
para se alcançar melhores resultados e proporcionar uma melhor utilização e controle dos recursos
neles aplicados, além de fornecer aos formuladores de políticas sociais e aos gestores de progra-
mas dados importantes para o desenho de políticas mais consistentes e para a gestão pública mais
eficaz. Independentemente da conjuntura de crise, a avaliação de desempenho sempre teve impor-
tância no setor público. Na medida em que os serviços públicos não têm um mercado consumidor
competitivo que possa servir como medida da qualidade e eficácia de sua prestação, sobretudo pelo
comportamento da demanda, o Estado é obrigado a proceder à avaliação regular de seus progra-
mas e atividades.

Logo, a resposta é a letra E.

Questão 85 (VUNESP/ASSISTENTE/AMLURB/GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS/2016)


Leio o trecho.
Art. 1º – Fica criado o Programa de Restrição ao Trânsito de Veículos Automotores no Município
de São Paulo (…).
Art. 2º – O Programa ora criado objetiva a melhoria das condições do trânsito, por meio da redu-
ção do número de veículos em circulação nas vias públicas, com base no dígito final da placa de
licenciamento, ficando proibida a circulação, nos horários fixados (…).
Trata-se de um excerto do Decreto n. 37.085, de 3 de outubro de 1997, que regulamentou a lei
que instituía o rodízio de veículos automotores na cidade de São Paulo. Tal decisão do poder
público municipal, na época experimental e que se tornou permanente, caracteriza-se como
uma política pública

23
Avaliação de programas públicos: desafios conceituais e metodológicos. Artigo apresentada no 22º Encontro Anual da
Anpad, Foz do Iguaçu, de 27 a 30-9-1998.

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Políticas Públicas
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a) alocativa.
b) regulatória.
c) constitutiva.
d) distributiva.
e) estabilizadora.

Letra b.
Políticas regulatórias são aquelas que estabelecem imperativos (obrigatoriedades), interdi-
ções e condições por meio das quais podem e devem ser realizadas determinadas atividades
ou admitidos certos comportamentos.
Seus custos e benefícios podem ser disseminados equilibradamente ou podem privilegiar inte-
resses restritos, a depender dos recursos de poder dos atores abarcados.
Elas podem variar de regulamentações simples e operacionais a regulações complexas, de
grande abrangência. Ex.: Código de Trânsito, Lei de Eficiência Energética, Código Florestal, Le-
gislação Trabalhista etc.
Sobre a letra A, uma política com função alocativa relaciona-se à alocação de recursos por
parte do governo a fim de oferecer bens públicos, bens semipúblicos ou meritórios, desenvol-
vimento etc.
Sobre a letra C, políticas constitutivas são aquelas que consolidam as regras do jogo político.
São as normas e os procedimentos sobre as quais devem ser formuladas e implementadas as
demais políticas públicas.
Sobre a letra D, uma política com função distributiva é a redistribuição de rendas realizada
através das transferências, dos impostos e dos subsídios governamentais.
Sobre a letra E, uma política com função estabilizadora é a aplicação das diversas políticas
econômicas a fim de promover o emprego, o desenvolvimento e a estabilidade, diante da inca-
pacidade do mercado em assegurar o atingimento de tais objetivos.

Questão 86 (VUNESP/ASSISTENTE/AMLURB/GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS/2016)


Assinale a alternativa que apresenta uma política pública tipicamente redistributiva, conside-
rando a tipologia e os critérios de Theodore Lowi.

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Políticas Públicas
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a) Gratuidade na passagem de transporte coletivo municipal para idosos.


b) Implantação de praças de atendimento ao cidadão em subprefeituras.
c) Redução do limite de velocidade em ruas, avenidas e marginais.
d) Definição de regras de participação da sociedade civil nas políticas públicas.
e) Programa de reforma agrária em grandes propriedades rurais improdutivas.

Letra e.
Como sabemos, a abordagem das arenas, desenvolvida por Theodore J. Lowi24, é uma tipolo-
gia que distingue quatro tipos de políticas públicas:
Políticas distributivas: aquelas que alocam bens ou serviços a frações específicas da socie-
dade (categorias de pessoas, localidades, regiões, grupos sociais etc.) mediante recursos pro-
venientes da coletividade como um todo. Podem relacionar-se ao exercício de direitos, ou não.
Podem ser assistencialistas, ou não. Podem ser clientelistas, ou não. Ex.: implementação de
hospitais e escolas, construção de pontes e estradas, revitalização de áreas urbanas, salário-
-desemprego, benefícios de prestação continuada, programas de renda mínima, subsídios a
empreendimentos econômicos etc.
Políticas redistributivas: aquelas que distribuem bens ou serviços a segmentos particulari-
zados da população por intermédio de recursos oriundos de outros grupos específicos. São
conflituosas e nem sempre virtuosas. Ex.: reforma agrária, distribuição de royalties do petróleo,
política de transferência de recursos inter-regionais, política tributária etc.
Políticas regulatórias: aquelas que estabelecem imperativos (obrigatoriedades), interdições
e condições por meio das quais podem e devem ser realizadas determinadas atividades ou
admitidos certos comportamentos. Seus custos e benefícios podem ser disseminados equi-
libradamente ou podem privilegiar interesses restritos, a depender dos recursos de poder dos
atores abarcados. Elas podem variar de regulamentações simples e operacionais a regulações
complexas, de grande abrangência. Ex.: Código de Trânsito, Lei de Eficiência Energética, Códi-
go Florestal, Legislação Trabalhista etc.
Políticas constitutivas ou estruturadoras: aquelas que consolidam as regras do jogo político.
São as normas e os procedimentos sobre as quais devem ser formuladas e implementadas as
24
LOWI, T. J. Four Systems of Policy, Politics, and Choice. Public Administration Review, v. 32, n. 4, p. 298-310, jul/ago. 1972.

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demais políticas públicas. Ex.: regras constitucionais diversas, regimentos das Casas Legisla-
tivas e do Congresso Nacional etc.
Analisando as alternativas, podemos fazer as seguintes correlações:
a) Gratuidade na passagem de transporte coletivo municipal para idosos. DISTRIBUTIVA.
b) Implantação de praças de atendimento ao cidadão em subprefeituras. DISTRIBUTIVA.
c) Redução do limite de velocidade em ruas, avenidas e marginais. REGULATÓRIA.
d
 ) Definição de regras de participação da sociedade civil nas políticas públicas. REGULATÓRIA.
e) Programa de reforma agrária em grandes propriedades rurais improdutivas. REDISTRIBUTIVAS.

Questão 87 (VUNESP/ASSISTENTE/AMLURB/GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS/2016)


Ainda que incomum, a fase do processo de políticas públicas em que o problema é percebido
como resolvido, as leis e ações que ativavam a política pública são compreendidas como inefi-
cazes ou o problema perdeu progressivamente importância e saiu da agenda, é definida como:
a) monitoramento.
b) insulamento burocrático.
c) agenda-setting.
d) formulação de alternativas.
e) extinção.

Letra e.
A questão se baseia na literatura de Secchi (2011)25. Segundo o autor, o ciclo de políticas pú-
blicas (policy cycle) possui sete fases no processo:
• Identificação do problema;
• Formação da agenda;
• Formulação de alternativas;
• Tomada de decisão;
• Implementação;
• Avaliação; e
• Extinção.
25
SECCHI, L. Políticas Públicas: Conceitos, Esquemas de Análise, Casos Práticos. São Paulo: Cengage Learning,
2011.

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Políticas Públicas
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Na identificação do problema, o problema se considera como a discrepância entre o status


quo e uma situação ideal possível. Um problema público é a diferença entre o que é, e aquilo
que se gostaria que fosse a realidade pública.
O seguinte passo é a formação da agenda. A agenda é um conjunto de problemas ou temas
entendidos como relevantes.
Na terceira etapa, ou seja, na formulação de alternativas, é o momento em que são elaborados
métodos, programas, estratégias ou ações que poderão alcançar os objetivos estabelecidos.
Já a tomada de decisão representa o momento em que os interesses dos atores são equacio-
nados e as intenções (objetivos e métodos) de enfrentamento de um problema público são
explicitadas.
A implementação da política pública busca visualizar, por meio de instrumentos analíticos
mais estruturados, os obstáculos e as falhas que costumam acometer essa fase do processo
nas diversas áreas de política pública (saúde, educação, habitação, saneamento, políticas de
gestão etc.).
A avaliação é o processo de julgamentos deliberados sobre a validade de propostas para a
ação pública, bem como, sobre o sucesso ou a falha de projetos que foram colocados em
prática.
Por fim, a última etapa, a extinção da política, origina-se com base em três causas: o problema
que originou a política é percebido como resolvido; os programas, as leis ou as ações que ati-
vavam a política pública são percebidos como ineficazes; ou o problema perdeu importância.
É nesta fase que faz uma reflexão sobre os limites das políticas públicas, seu esgotamento e
necessidade de substituição por novas políticas.

Questão 88 (VUNESP/ASSISTENTE/AMLURB/GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS/2016)


A etapa de formulação de políticas públicas envolve, dentre outras atividades, o desenho de
alternativas como um momento em que são analisados os vários caminhos para que um obje-
tivo possa ser alcançado. Cada uma das alternativas, além de requerer diferentes recursos, vai
necessitar de mecanismos que induzam ao comportamento desejado.
Assinale a alternativa que descreve corretamente um desses mecanismos.

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a) O mecanismo de premiação busca influenciar o comportamento por meio de estímulos


negativos.
b) O mecanismo de conscientização busca influenciar o comportamento por meio da constru-
ção e apelo ao senso de dever moral.
c) O mecanismo de coerção busca influenciar o comportamento por meio de estímulos positivos.
d) O mecanismo de soluções técnicas busca influenciar o comportamento por meio de recom-
pensa material ou punições.
e) O mecanismo de persuasão busca influenciar o comportamento por meio da aplicação de
práticas e equipamentos.

Letra b.
Segundo Secchi (2010)26, a etapa de formulação de políticas públicas é constituída dos es-
forços de construção e combinação de construção de alternativas de solução, estabelecendo
objetivos e estratégias das mesmas, bem como o estudo das respectivas potenciais consequ-
ências. Assim, a formulação de alternativas consiste na elaboração de métodos, programas,
estratégias ou ações para alcançar os objetivos traçados.
Em tal formulação, diz o autor, o formulador dispõe de quatro mecanismos para a indução do
comportamento:
• Premiação: influenciar comportamentos com prêmios positivos;
• Coerção: influenciar comportamentos com prêmios negativos;
• Conscientização: influenciar comportamentos por meio da construção e apelo ao senso
de dever moral; e
• soluções técnicas: influência indireta por meio de soluções práticas.
Cada um desses tem um custo de elaboração quanto ao tempo adequado para produzir efeitos
práticos sobre os comportamentos, devendo este ser investigado pelo formulador.
Assim, analisando as alternativas, temos:
a) O mecanismo de premiação busca influenciar o comportamento por meio de estímulos
negativos. COERÇÃO.
26
SECCHI, L. Políticas públicas: conceitos, esquemas de análise, casos práticos. 2. ed. São Paulo: Cengage Lear-
ning, 2010.

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b) O mecanismo de conscientização busca influenciar o comportamento por meio da constru-


ção e apelo ao senso de dever moral.
c) O mecanismo de coerção busca influenciar o comportamento por meio de estímulos posi-
tivos. PREMIAÇÃO.
d) O mecanismo de soluções técnicas busca influenciar o comportamento por meio de re-
compensa material ou punições. PREMIAÇÃO ou COERÇÃO.
e) O mecanismo de persuasão busca influenciar o comportamento por meio da aplicação de
práticas e equipamentos. SOLUÇÕES TÉCNICAS.

Questão 89 (VUNESP/ASSISTENTE/AMLURB/GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS/2016)


A etapa de implementação de políticas públicas necessita de instrumentos, ou seja, meios
disponíveis para transformar as intenções políticas em ações concretas. Assinale a alternativa
que descreve corretamente um desses instrumentos.
a) Regulamentação: instrumento regulatório que extingue regras, normas e procedimentos.
b) Subsídio: instrumento fiscal que onera e desincentiva algumas atividades.
c) Transferência de renda: instrumento econômico de inibição da prestação direta de serviço
público.
d) Terceirização de serviço público: instrumento administrativo que transfere a execução de
algum serviço para uma organização privada.
e) Impostos e taxas: instrumento fiscal que incentiva ou premia alguma atividade.

Letra d.
Segundo Sechi (2016)27, após o diagnóstico e a definição do problema público a ser enfren-
tado, passa-se a analisar as alternativas de solução e descobrir qual delas é a mais apropria-
da. Soluções podem ser genéricas ou também chamadas de instrumentos de política pública,
possuem variações e estão à disposição da administração pública para enfrentar problemas
públicos
27
SECCHI, L. Análise de políticas públicas: diagnóstico de problemas, recomendação de soluções. São Paulo: Cengage,
2016.

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O autor apresenta alguns desses instrumentos:


Regulamentação - Proibir algo. Detalhar legislação. Elaborar regras mais claras e precisas. De-
terminar preços, quantidades, padrões de informação (rótulos obrigatórios). Aumentar penali-
dade por infração. Ampliar público suscetível à punição ou recompensa. Melhorar recompensa
por bom comportamento.
Desregulamentação - Liberalizar algo. Simplificar legislação. Extinguir regras e processos ine-
ficientes (desburocratização). Liberalizar preços, quantidades e padrões de informação. Dimi-
nuir penalidade por infração. Restringir público suscetível à punição ou recompensa. Diminuir
recompensa por bom comportamento.
Aplicação da lei - Treinar ou aumentar o número da força de fiscalização. Criar unidade espe-
cializada ou envolver a população nos esforços de fiscalização. Aumentar ou diminuir a frequ-
ência e o rigor da punição. Aumentar ou diminuir a frequência das recompensas. Aumentar ou
diminuir a abrangência do público-alvo da fiscalização. Facilitar ou dificultar as chances de os
infratores recorrerem das punições. Facilitar ou dificultar o regime de recompensa. Criar sina-
lizadores automáticos (fire alarms).
Impostos e taxas - Criar ou abolir um imposto ou taxa. Alterar a alíquota. Alterar a base de
cálculo. Alterar a abrangência do público pagante. Melhorar os mecanismos de coleta de um
imposto ou taxa.
Empréstimo, subsídios e incentivos fiscais - Criar ou abolir um empréstimo, subsídio ou incen-
tivo fiscal. Alterar o valor ou percentual. Alterar a base de cálculo do incentivo. Alterar a abran-
gência dos beneficiários. Melhorar os mecanismos de fornecimento do empréstimo, subsídio
ou incentivo fiscal.
Prestação direta de serviço público - Criar um novo serviço, obra ou órgão público. Expandir
um serviço, obra ou órgão existente. Aumentar o orçamento público destinado ao serviço, obra
ou órgão. Focar a atuação dos serviços ou órgãos públicos. Juntar serviços, obras e órgãos em
unidade centralizada. Melhorar o acesso público ao serviço, obra ou órgão público.
Privatização, terceirização e mercantilização de serviço público - Vender propriedade pública.
Repassar prestação de serviço para entidade privada, mantendo a provisão pública. Manter

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a prestação de serviço por ente público cobrando provisão privada (mensalidade, anuidade,
taxa). Repassar a prestação de serviço para entidade privada e tornar a provisão privada. Criar
ou ampliar parceria público-privada. Criar ou ampliar mecanismo de vales (vouchers).
Informação ao público - Divulgar benefícios, prejuízos, riscos e certezas. Divulgar rankings.
Padronizar formatação da informação. Simplificar e customizar apresentação da informação.
Produzir e publicizar informação. Determinar transparência de informação. Dar assistência
técnica. Capacitar.
Campanha e Mobilização - Sensibilizar e alterar valores socialmente aceitos. Realizar muti-
rões. Articular manifestações. Articular campanhas e mobilização com outros atores.
Seguros governamentais - Instituir ou extinguir seguros governamentais (contra catástrofes,
imprevistos). Expandir ou restringir público beneficiário dos seguros. Aumentar ou diminuir va-
lor do prêmio do seguro. Facilitar ou dificultar recuperação da indenização do seguro. Obrigar,
desobrigar e subsidiar seguros.
Transferência de renda - Criar ou abolir bolsas. Alterar o valor ou percentual das bolsas. Alterar
a base de cálculo das bolsas. Alterar a abrangência dos beneficiários. Melhorar os mecanis-
mos de fornecimento das bolsas.
Discriminação seletiva positiva - Criar ou abolir uma discriminação seletiva de bolsas (cotas).
Alterar o percentual das cotas. Alterar a base discriminatória. Alterar a abrangência do público
beneficiário. Melhorar mecanismos de distinção do público beneficiário.
Prêmios e concursos - Criar rankings, prêmios e concursos. Aumentar os benefícios aos ven-
cedores. Ampliar o número ou a proporção de vencedores. Ampliar a abrangência.
Certificados e selos - Criar ou detalhar mecanismo de registro ou licença. Ampliar o número ou
proporção de organizações certificadas. Ampliar a abrangência ou benefícios dos certificados
ou selos.
Assim, sabemos que todas as alternativas apresentam esses instrumentos, mas suas concei-
tuações são equivocadas em quatro delas. Vejamos:
a) Regulamentação: instrumento regulatório que extingue (CRIA) regras, normas e procedi-
mentos.
b) Subsídio: instrumento fiscal que onera (DESONERA) e desincentiva (INCENTIVA) algumas
atividades.

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c) Transferência de renda: instrumento econômico de inibição (EXECUÇÃO) da prestação direta


de serviço público.
d) Terceirização de serviço público: instrumento administrativo que transfere a execução de
algum serviço para uma organização privada.
e) Impostos e taxas: instrumento fiscal que incentiva ou premia (ONERA) alguma atividade.

Questão 90 (VUNESP/ASSISTENTE/AMLURB/GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS/2016)


Um técnico da Prefeitura Municipal de São Paulo, durante o processo de avaliação dos servi-
ços públicos de limpeza, propôs como um dos indicadores a frequência da coleta de lixo por
semana. Trata-se de um indicador de
a) efeito.
b) produto.
c) processo.
d) resultado.
e) impacto.

Letra c.
As letras B, C, D e E são tipos de indicadores apresentados no Guia Federal (BRASIL, 2012)28.
Vejamos uma breve explicação desses tipos de indicadores:
• Indicadores de insumo: possuem relação direta com os recursos (humanos, materiais e
financeiros) necessários para a implementação do programa. Eles medem a disponibili-
dade desses recursos antes da implementação do programa.
• Indicadores de processo: indicam o andamento das atividades do programa e o esforço
feito para a obtenção dos resultados. Portanto, são medidas aferidas durante a imple-
mentação do programa.
• Indicadores de produto: medem a entrega dos produtos (bens e serviços) ao público-al-
vo, o alcance das metas físicas estabelecidas para o programa. São medidas que, em
geral, podem ser aferidas no curto prazo após a implementação do programa.
28
BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Orçamento Federal. Secretaria de Planejamento
e Investimentos Estratégicos. Indicadores - Orientações Básicas Aplicadas à Gestão Pública. Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão. Coordenação de Documentação e Informação – Brasília: MP, 2012.

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• Indicadores de resultado: indicam, direta ou indiretamente, os benefícios para o público


alvo decorrentes das ações executadas e dos produtos entregues pelo programa. Tipi-
camente, são indicadores que aferem as consequências da implementação do progra-
ma no curto/médio prazo.
• Indicadores de impacto: são medidas de natureza abrangente e multidimensional que
medem um conjunto de ações, não podendo ser relacionadas à execução de um pro-
grama específico. Assim, medem um conjunto de iniciativas governamentais no médio/
longo prazo. Por esse motivo, são medidas pouco usadas/úteis para a gestão de um
programa específico, mesmo que se espere que a implementação desse programa con-
tribua de alguma forma para a alteração desse tipo de indicador.
Assim, no exemplo dado (a frequência da coleta de lixo por semana), trata-se de um indicador
de processo.
Por fim, a letra A (indicador de efeito) se refere à efetividade, ou seja, efeitos positivos ou nega-
tivos na realidade advindos da intervenção.

Questão 91 (VUNESP/ANALISTA/PREF SP/INFORMAÇÕES, CULTURA E DESPOR-


TO/2015) Com relação aos tipos de política pública, é correto afirmar que as políticas redistri-
butivas
a) concedem benefícios concentrados para algumas categorias de atores e impõem custos
concentrados a outras categorias de atores.
b) geram benefícios específicos para determinados grupos sociais e implicam custos difusos
para toda a coletividade.
c) estabelecem padrões de comportamento para grupos de atores numa arena de baixo confli-
to entre os diversos grupos sociais.
d) são políticas que definem competências, jurisdições e regras para a disputa política entre
diferentes setores sociais.
e) têm como objetivo a implantação de um projeto de governo, por meio de programas e ações
voltados para toda a sociedade.

Letra a.
Políticas redistributivas são aquelas que distribuem bens ou serviços a segmentos particula-
rizados da população por intermédio de recursos oriundos de outros grupos específicos. Ou

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seja, concedem benefícios concentrados para algumas categorias de atores e impõem custos
concentrados a outras categorias de atores.

Questão 92 (VUNESP/ANALISTA/PREF SP/INFORMAÇÕES, CULTURA E DESPORTO/


2015) O processo de elaboração de políticas públicas pode ser compreendido como um ciclo,
no qual as diferentes fases sequenciais e interdependentes de uma política pública podem ser
visualizadas. A fase denominada “formação da agenda” corresponde à definição dos
a) critérios para a tomada de decisão.
b) destinatários de uma política pública.
c) temas ou problemas considerados relevantes.
d) mecanismos de avaliação a serem aplicados.
e) instrumentos disponíveis para a implementação.

Letra c.
Segundo Secchi (2011)29, o ciclo de políticas públicas (policy cycle) possui sete fases no pro-
cesso:
• Na identificação do problema, o problema se considera como a discrepância entre o
status quo e uma situação ideal possível. Um problema público é a diferença entre o que
é, e aquilo que se gostaria que fosse a realidade pública.
• O seguinte passo é a formação da agenda. A agenda é um conjunto de problemas ou
temas entendidos como relevantes.
• Na terceira etapa, ou seja, na formulação de alternativas, é o momento em que são ela-
borados métodos, programas, estratégias ou ações que poderão alcançar os objetivos
estabelecidos.
• Já a tomada de decisão representa o momento em que os interesses dos atores são
equacionados e as intenções (objetivos e métodos) de enfrentamento de um problema
público são explicitadas.

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SECCHI, L. Políticas Públicas: conceitos, esquemas de análise, casos práticos. São Paulo: Cengage Learning,
2011.

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Políticas Públicas
Adriel Sá

• A implementação da política pública busca visualizar, por meio de instrumentos analí-


ticos mais estruturados, os obstáculos e as falhas que costumam acometer essa fase
do processo nas diversas áreas de política pública (saúde, educação, habitação, sanea-
mento, políticas de gestão etc.).
• A avaliação é o processo de julgamentos deliberados sobre a validade de propostas
para a ação pública, bem como, sobre o sucesso ou a falha de projetos que foram colo-
cados em prática.
• Por fim, a última etapa, a extinção da política, origina-se com base em três causas:
o problema que originou a política é percebido como resolvido; os programas, as leis
ou as ações que ativavam a política pública são percebidos como ineficazes; ou o
problema perdeu importância. É nesta fase que faz uma reflexão sobre os limites
das políticas públicas, seu esgotamento e necessidade de substituição por novas
políticas.
Assim, temos:
a) critérios para a tomada de decisão. FORMULAÇÃO DE ALTERNATIVAS.
b) destinatários de uma política pública. IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA.
c) temas ou problemas considerados relevantes. FORMAÇÃO DA AGENDA.
d) mecanismos de avaliação a serem aplicados. AVALIAÇÃO.

e) instrumentos disponíveis para a implementação. IMPLEMENTAÇÃO.

Questão 93 (VUNESP/ANALISTA DE POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO GOVERNAMEN-

TAL/PREF SP/2015) O transporte público na cidade de São Paulo representa uma política

pública
a) empreendedora.
b) redistributiva.
c) distributiva.
d) majoritária.
e) regulatória.

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Políticas Públicas
Adriel Sá

Letra c.
Políticas distributivas são aquelas que alocam bens ou serviços a frações específicas da so-
ciedade (categorias de pessoas, localidades, regiões, grupos sociais etc.) mediante recursos
provenientes da coletividade como um todo. Podem relacionar-se ao exercício de direitos, ou
não. Podem ser assistencialistas, ou não. Podem ser clientelistas, ou não.
Sobre a letra A, políticas empreendedoras são aquelas nas quais os benefícios são coletivos
e os custos ficam concentrados sobre certas categorias. Implicam mudanças que oneram al-
guns em benefício de todos. Ex.: reforma administrativa, política ambiental etc.
Sobre a letra B, políticas redistributivas são aquelas que, devido ao padrão de conflito e às
correlações de força que estabelecem entre os atores, exprimem demandas fortemente con-
centradas ou agregadas, processadas por um sistema decisório igualmente concentrado e
centralizado para enfrentar as pressões dos atores em conflito.
Sobre a letra D, políticas majoritárias são aquelas nas quais os custos e benefícios são
distribuídos pela coletividade. Ex.: serviços públicos de saúde, segurança pública, energia,
educação etc.
Sobre a letra E, políticas regulatórias são aquelas que estabelecem imperativos (obrigatorieda-
des), interdições e condições por meio das quais podem e devem ser realizadas determinadas
atividades ou admitidos certos comportamentos.

Adriel Sá
Professor de Direito Administrativo, Administração Geral e Administração Pública em diversos cursos
presenciais e telepresenciais. Servidor público federal da área administrativa desde 1999 e, atualmente,
atuando no Ministério Público Federal. Formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal
de Santa Catarina, com especialização em Gestão Pública. Foi militar das Forças Armadas por 11 anos,
sempre atuando nas áreas administrativas. É coautor da obra “Direito Administrativo Facilitado” e autor da
obra “Administração Geral e Pública - Teoria Contextualizada em Questões”, ambas publicadas pela Editora
Juspodivm.

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