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CONHECIMENTOS

ESPECÍFICOS
Políticas Públicas

Livro Eletrônico
Conhecimentos Específicos
Políticas Públicas
Adriel Sá

Sumário
Políticas Públicas. . ...........................................................................................................................................................3
1. Conceito de Política Pública..................................................................................................................................3
2. Tipologias de Políticas Públicas de Theodore Lowi...............................................................................8
3. Ciclo de Políticas Públicas. . .................................................................................................................................12
3.1. Agenda..........................................................................................................................................................................15
3.2. Elaboração. . ...............................................................................................................................................................17
3.3. Formulação. . .............................................................................................................................................................20
3.4. Implementação.. .....................................................................................................................................................22
3.5. Avaliação (Análise das Estratégias e dos Resultados das Políticas Públicas).............. 22
4. Controle Social. . ..........................................................................................................................................................31
5. Coordenação Executiva – Problemas de Articulação Versus Fragmentação das
Ações Executivas...........................................................................................................................................................34
5.1. Panorama das Políticas Públicas no Brasil...........................................................................................35
Resumo................................................................................................................................................................................37
Mapa Mental.....................................................................................................................................................................39
Questões de Concurso................................................................................................................................................40
Gabarito...............................................................................................................................................................................49
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................50

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Políticas Públicas
Adriel Sá

POLÍTICAS PÚBLICAS

1. Conceito de Política Pública


Conceituar política pública exige, primeiramente, entendermos o termo “política”. De
maneira bem simples e direta, podemos conceituar uma política como uma regra básica que
orienta uma tomada de decisão.
Anote aí alguns termos usuais que se vinculam ao conceito de política: guia, orientação,
parâmetros.
Agora, adentrando ao conceito de política pública, é importante destacarmos que o termo
“pública” não caracteriza uma ação exclusiva do Estado, mas envolve um conjunto de atores,
ou seja, Estado e sociedade. Assim, política pública é um fluxo de decisões públicas, com
ações do Estado e sociedade, a fim de prover a manutenção do equilíbrio social.
No entanto, e é muito importante que se destaque isso, sabemos que o Estado possui
responsabilidades que se encontram dentro de limites, sejam eles humanos, financeiros ou
físicos. Nesse sentido, ainda que as políticas públicas envolvam atores da sociedade, o go-
verno é que possui a “última palavra”.
É dizer, ainda que haja delegação de decisões, as políticas públicas são somas das ativi-
dades dos governos que influenciam a vida dos cidadãos. Anote aí: política pública, em seu
sentido mais estrito, é o que o governo escolhe fazer ou não fazer.

001. (CEBRASPE-CESPE/CONSULTOR LEGISLATIVO/SENADO FEDERAL/ADMINISTRAÇÃO


PÚBLICA/2002) Quanto às formas de exercício de funções públicas, julgue o item que se segue.
Embora a formulação de políticas públicas seja uma responsabilidade indelegável do Poder
Executivo, algumas funções auxiliares de representação de interesses podem ser atribuídas a
outros agentes públicos ou privados.

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De fato, o conceito de política pública envolve um conjunto de ações atividades desenvolvidas


de forma solidária e subsidiária entre Estado e sociedade.
Ainda, devemos lembrar que as atividades que são consideradas de interesse público, mas que
não devam ou necessitam ser providas exclusivamente pelo poder público, podem ser descen-
tralizadas ou mesmo delegadas a agentes privados. Entre essas, encontra-se a maior parte dos
serviços sociais, como, por exemplo, os serviços de educação e de saúde, que são oferecidos
tanto por instituições públicas como privadas.
Certo.

002. (QUADRIX/ANALISTA TÉCNICO/CFP/CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS/2016) A cria-


ção e consolidação da área “Políticas Públicas” como ciência deve-se a alguns estudiosos
pioneiros e a suas respectivas teorias. Sobre tais estudiosos e suas teorias, assinale a afir-
mativa incorreta.
a) H. Laswell introduz a expressão policy analysis (análise de política pública), ainda nos anos
30, como forma de conciliar conhecimento científico acadêmico com a produção empírica
dos governos.
b) H. Simon introduziu o conceito de racionalidade limitada dos decisores públicos (policy
makers), argumentando, todavia, que a racionalidade poderia ser maximizada pela criação de
estruturas que enquadrassem o comportamento dos atores.
c) Para Q. Wilson, a “política pública faz a política”, ou seja, as políticas públicas encontram
diferentes formas de apoio ou de rejeição e que disputas em torno das decisões passam por
uma abordagem de arenas diferenciadas.
d) C. Lindblom questionou a ênfase dada pelo racionalismo e propôs a incorporação de outras
variáveis à formulação e à análise de políticas públicas, tais como as relações de poder e a
integração entre as diferentes fases do processo decisório.
e) D. Easton estudou a política pública como um sistema aberto, ou seja, sob o ponto de vista
de como todo o ciclo é afetado pelo ambiente recebendo entradas dos partidos, da mídia e de
outros grupos de interesse.

Questão totalmente “fora da curva”, baseada no artigo “Políticas Públicas: uma revisão da lite-
ratura”, de Celina Souza1.
Segundo a autora, considera-se que a área de políticas públicas contou com quatro grandes
“pais” fundadores: H. Laswell, H. Simon, C. Lindblom e D. Easton.

1
https://www.scielo.br/j/soc/a/6YsWyBWZSdFgfSqDVQhc4jm/?format=pdf&lang=pt. Acesso em 08/02/2023.

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Laswell (1936) introduz a expressão policy analysis (análise de política pública), ainda nos anos
30, como forma de conciliar conhecimento científico/acadêmico com a produção empírica dos
governos (letra A) e também como forma de estabelecer o diálogo entre cientistas sociais, grupos
de interesse e governo.
Simon (1957) introduziu o conceito de racionalidade limitada dos decisores públicos (policy makers),
argumentando, todavia, que a limitação da racionalidade poderia ser minimizada pelo conhecimento
racional. Para Simon, a racionalidade dos decisores públicos é sempre limitada por problemas tais
como informação incompleta ou imperfeita, tempo para a tomada de decisão, autointeresse dos
decisores, etc., mas a racionalidade, segundo Simon, pode ser maximizada até um ponto satisfatório
pela criação de estruturas (conjunto de regras e incentivos) que enquadre o comportamento dos
atores e modele esse comportamento na direção de resultados desejados, impedindo, inclusive, a
busca de maximização de interesses próprios (letra B).
Lindblom (1959; 1979) questionou a ênfase no racionalismo de Laswell e Simon e propôs a incor-
poração de outras variáveis à formulação e à análise de políticas públicas, tais como as relações
de poder e a integração entre as diferentes fases do processo decisório (letra D) o que não teria
necessariamente um fim ou um princípio. Daí por que as políticas públicas precisariam incorporar
outros elementos à sua formulação e à sua análise além das questões de racionalidade, tais como
o papel das eleições, das burocracias, dos partidos e dos grupos de interesse.
Easton (1965) contribuiu para a área ao definir a política pública como um sistema, ou seja, como
uma relação entre formulação, resultados e o ambiente. Segundo Easton, políticas públicas recebem
inputs dos partidos, da mídia e dos grupos de interesse (letra E), que influenciam seus resultados
e efeitos.

A letra C (nosso gabarito) está incorreta porque o pensamento é de Theodor Lowi, e não Q.
Wilson. Segundo a autora referenciada,

Theodor Lowi (1964; 1972) desenvolveu a talvez mais conhecida tipologia sobre política pública,
elaborada através de uma máxima: a política pública faz a política. Com essa máxima Lowi quis
dizer que cada tipo de política pública vai encontrar diferentes formas de apoio e de rejeição e que
disputas em torno de sua decisão passam por arenas diferenciadas. Para Lowi, a política pública
pode assumir quatro formatos.

Letra c.

003. (QUADRIX/ANALISTA TÉCNICO/CFP/CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS/2016) Das di-


versas definições e modelos sobre políticas públicas, os elementos ou características abaixo
estão presentes ou fazem parte de todas elas, exceto:
a) A política pública permite distinguir entre o que o governo pretende fazer e o que, de fato, ele faz.
b) Ela envolve atores formais e informais e diferentes níveis de decisão e é materializada prin-
cipalmente através da ação direta ou indireta dos governos.
c) A política pública é abrangente e não se limita a leis e regras, sendo composta por um con-
junto de ações do governo que irão produzir efeitos específicos.

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d) Envolve a tomada de decisão racional por parte dos decisores através da criação de estru-
turas que enquadrem o comportamento dos atores na direção da redistribuição de benefícios
para coletividade.
e) Política pública é a soma das atividades dos governos, que agem diretamente ou através de
delegação, e que influenciam a vida dos cidadãos.

Note que a questão pede a alternativa incorreta.


A questão tempo por base, mais uma vez, o artigo “Políticas Públicas: uma revisão da literatura”,
de Celina Souza2.
As alternativas A, B, C e E são conceitos e definições apresentados pela autora referenciada:

Peters (1986) segue o mesmo veio: política pública é a soma das atividades dos governos, que
agem diretamente ou através de delegação, e que influenciam a vida dos cidadãos. (Letra D)
[...]
Das diversas definições e modelos sobre políticas públicas, podemos extrair e sintetizar seus
elementos principais:
A política pública permite distinguir entre o que o governo pretende fazer e o que, de fato, faz. (Letra A)
A política pública envolve vários atores e níveis de decisão, embora seja materializada através dos
governos, e não necessariamente se restringe a participantes formais, já que os informais são
também importantes. (Letra B)
A política pública é abrangente e não se limita a leis e regras. (Letra C)
A política pública é uma ação intencional, com objetivos a serem alcançados.
A política pública, embora tenha impactos no curto prazo, é uma política de longo prazo.
A política pública envolve processos subsequentes após sua decisão e proposição, ou seja, implica
também implementação, execução e avaliação.

Sobre a letra D, perceba que a alternativa descreve um dos modelos possíveis de decisão, ou
seja, não se aplica a toda e qualquer política (o enunciado fala do que é comum a todas as
políticas públicas), mas apenas àquelas que envolvem um dos modelos (no caso, o modelo de
racionalidade limitada). Vamos tratar disso mais à frente, fique tranquilo(a)!
Segundo a autora do artigo,

Para Simon, a racionalidade dos decisores públicos é sempre limitada por problemas tais como
informação incompleta ou imperfeita, tempo para a tomada de decisão, autointeresse dos deci-
sores, etc., mas a racionalidade, segundo Simon, pode ser maximizada até um ponto satisfatório
pela criação de estruturas (conjunto de regras e incentivos) que enquadre o comportamento dos
atores e modele esse comportamento na direção de resultados desejados, impedindo, inclusive, a
busca de maximização de interesses próprios.

Letra d.

2
https://www.scielo.br/j/soc/a/6YsWyBWZSdFgfSqDVQhc4jm/?format=pdf&lang=pt. Acesso em 08/02/2023.

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004. (QUADRIX/ADI/ABDI/NÍVEL SUPERIOR ESPECIALISTA/RELAÇÕES INSTITUCIO-


NAIS/2013) Uma das preocupações durante a formulação de políticas públicas é buscar
definir os principais problemas a serem tratados pela administração de forma a maximizar
o bem-estar social com os recursos disponíveis. Para isso, o formulador deve procurar re-
presentar da melhor forma possível o interesse público. Em nossa sociedade esse interesse
público, que resulta nas políticas do governo, é constituído:
a) Pelas pressões de grupos tanto nacionais como internacionais, envolvendo, portanto, gover-
nos estrangeiros.
b) Pelos interesses dos políticos eleitos pelos cidadãos que têm a função de representar seus
interesses.
c) Pela competição entre os diversos grupos ou segmentos da sociedade que buscam garantir
seus interesses.
d) Por meio de consensos entre os cidadãos e grupos políticos envolvendo questões relevantes
para o conjunto.
e) Pelas opiniões presentes na cabeça de cidadãos, independentemente do nível participa-
ção política.

Questão tranquila, já que a ideia de políticas públicas é consensualmente estabelecida por atores
públicos ou estatais (Estado e seus agentes, ou seja, políticos eleitos e servidores públicos) e
privados ou não estatais (sociedade em geral).
a) Errada. Extrapola a ideia de políticas públicas incluindo governos estrangeiros. Nem de longe
as pressões internacionais são de interesse público nacional!
b) Errada. Políticos eleitos são atores públicos que têm a função de representar interesses da
sociedade, e não os seus (ao menos, teoricamente)!
d) Errada. O conflito é mais presente na arena política que o consenso! E, ainda assim, quase
todos consensos são estabelecidos em cima de conflitos.
e) Errada. A opinião dos cidadãos geralmente carrega ideias que se vinculam ao nível de parti-
cipação política. Da mesma forma, as opiniões presentes na cabeça de cidadãos sem sempre
refletem o interesse público.
Letra c.

005. (QUADRIX/ADI/ABDI/NÍVEL SUPERIOR ESPECIALISTA/RELAÇÕES INSTITUCIO-


NAIS/2013) Durante o processo de criação e implementação de uma política pública, os
elementos políticos participantes são denominados atores. Esses atores se dividem em dois
grupos, os estatais e os privados. Indique a alternativa que mostre em que consiste cada grupo
a) Estatais: elementos nacionais. Privados: elementos internacionais.
b) Estatais: representantes públicos. Privados: elementos oriundos da iniciativa privada,
como empresas.

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c) Estatais: elementos oriundos da sociedade civil, imprensa, sindicatos e entidades represen-


tativas. Privados: elementos oriundos da iniciativa privada, como empresas.
d) Estatais: o conjunto dos cidadãos. Privados: elementos oriundos da sociedade civil, como a
imprensa, sindicatos e entidades representativas.
e) Estatais: políticos eleitos e servidores públicos. Privados: elementos oriundos da sociedade
civil, como a imprensa, sindicatos e entidades representativas.

Como vimos, a ideia de políticas públicas é consensualmente estabelecida por atores públicos
ou estatais (Estado e seus agentes, ou seja, políticos eleitos e servidores públicos) e privados
ou não estatais (sociedade em geral, como a imprensa, sindicatos e entidades representativas).
Letra e.

2. Tipologias de Políticas Públicas de Theodore Lowi3


Quando falamos em tipologias, precisamos entender um universo de literaturas e autores.
E o problema se agrava no sentido de que, geralmente, as bancas não fornecem as literaturas
que serão cobradas em provas.
Sendo assim, vamos considerar a abordagem mais comuns, desenvolvida por Theodore
J. Lowi. Esta tipologia distingue quatro tipos de políticas públicas:
• Políticas distributivas: aquelas que alocam bens ou serviços a frações específicas da
sociedade (categorias de pessoas, localidades, regiões, grupos sociais etc.) mediante
recursos provenientes da coletividade como um todo. Podem relacionar-se ao exercício
de direitos, ou não. Podem ser assistencialistas, ou não. Podem ser clientelistas, ou não.

Ex.: implementação de hospitais e escolas, construção de pontes e estradas, revitalização de


áreas urbanas, salário-desemprego, benefícios de prestação continuada, programas de renda
mínima, subsídios a empreendimentos econômicos etc.

• Políticas redistributivas: aquelas que distribuem bens ou serviços a segmentos particula-


rizados da população por intermédio de recursos oriundos de outros grupos específicos.
São conflituosas e nem sempre virtuosas.

Ex.: reforma agrária, distribuição de royalties do petróleo, política de transferência de recursos


inter-regionais, política tributária etc.

3
LOWI, T. J. Four Systems of Policy, Politics, and Choice. Public Administration Review, v. 32, n. 4, p. 298-310, jul/ago. 1972.

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• Políticas regulatórias: aquelas que estabelecem imperativos (obrigatoriedades), inter-


dições e condições por meio das quais podem e devem ser realizadas determinadas
atividades ou admitidos certos comportamentos. Seus custos e benefícios podem ser
disseminados equilibradamente ou podem privilegiar interesses restritos, a depender dos
recursos de poder dos atores abarcados. Elas podem variar de regulamentações simples
e operacionais a regulações complexas, de grande abrangência.

Ex.: Código de Trânsito, Lei de Eficiência Energética, Código Florestal, Legislação Trabalhista etc.
• Políticas constitutivas ou estruturadoras: aquelas que consolidam as regras do jogo
político. São as normas e os procedimentos sobre as quais devem ser formuladas e
implementadas as demais políticas públicas.

Ex.: regras constitucionais diversas, regimentos das Casas Legislativas e do Congresso Nacio-
nal etc.

006. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2011) Em


relação às políticas públicas, julgue o item subsequente.
Quanto aos seus impactos sobre as relações sociais, as políticas públicas podem ser classifi-
cadas como distributivas, redistributivas ou regulatórias.

A questão se refere à tipologia clássica de Lowi, segundo a qual as políticas públicas podem ser de
natureza distributiva, redistributiva ou regulatória, conforme seu impacto sobre as relações sociais.
Notem que a questão faz menção a três das quatro classificações possíveis. Na verdade, isso
se justifica pelo fato de que os três primeiros tipos, mencionados na questão, são direcionadas
diretamente às relações sociais; enquanto o quarto tipo, ao contrário, foca o sistema político
que determinará as demais políticas públicas.
Certo.

007. (QUADRIX/ANALISTA TÉCNICO/CFP/CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS/2016) Há po-


líticas públicas que buscam oferecer serviços às pessoas das camadas mais baixas através
de recursos oriundos das pessoas que compõem as camadas mais altas da sociedade. Tais
políticas atingem uma grande parte da população e são vistas como direitos sociais. Como
exemplos de tais políticas, temos:
a) as redistributivas, como o cálculo do valor de IPTU de acordo com a presunção de poder
aquisitivo.
b) as distributivas, como no caso de programas habitacionais para população de baixa renda.

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c) as redistributivas, como a doação de cadeiras de rodas para deficientes físicos em determi-


nadas cidades.
d) as distributivas, como a oferta de serviço de pavimentação de ruas e saneamento básico.
e) as regulatórias, como a limitação de venda, propaganda e distribuição de certos produtos.

A banca fez uma confusão louca. Isso porque o examinador não se atentou ao fato de que uma
classificação não exclui a outra.
Assim, por exemplo, podemos ter classificação do tipo “setor de atividade” (sociais, econômi-
cas, infraestrutura ou de Estado), ou do tipo “por atores” (distributiva, redistributiva, regulatória
e constitutiva).
No entanto, uma política de habitação pode ser, ao mesmo tempo, social e distributiva. E aí a
falta de técnica da banca gerou esse problema. Assim, temos:
a) as redistributivas, como o cálculo do valor de IPTU de acordo com a presunção de poder aquisitivo.
Correta! Foi o gabarito dado pela banca! É uma política distributiva! Observe o esquema:

Note que a política tributária é, de fato, um exemplo de política distributiva.


b) as distributivas, como no caso de programas habitacionais para população de baixa renda.
Certa. A banca acreditou que sendo uma política social (classificação por setor de atividade),
um programa habitacional para população de baixa renda não poderia ser uma política distri-
butiva. Errou feio!
c) as redistributivas, como a doação de cadeiras de rodas para deficientes físicos em determi-
nadas cidades.
Errada. De fato, a doação de cadeiras de rodas para deficientes físicos se trata de uma política
distributiva.
d) as distributivas, como a oferta de serviço de pavimentação de ruas e saneamento básico.

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Certa. A banca acreditou que sendo uma política de infraestrutura (classificação por setor de
atividade), a oferta de serviço de pavimentação de ruas e saneamento básico não poderia ser
uma política distributiva. Mais uma vez, errou feio!
e) as regulatórias, como a limitação de venda, propaganda e distribuição de certos produtos.
Certa. As políticas regulatórias enfatizam obrigatoriedade, interdições e condições (limitação
de venda, propaganda e distribuição de certos produtos). Novamente, a banca “comeu mosca”!
Apesar de tudo isso, a banca não alterou seu gabarito e manteve-o como a letra A.
Letra a.

008. (QUADRIX/ADI/ABDI/NÍVEL SUPERIOR ESPECIALISTA/RELAÇÕES INSTITUCIO-


NAIS/2013) No campo da política pública, diversos modelos foram criados para explicar sua
dinâmica. Theodore J. Lowi desenvolveu a mais conhecida das classificações de políticas
públicas, dividindo-as em quatro tipos: distributivas, regulatórias, redistributivas e constitu-
tivas. Uma política pública brasileira recente como o Programa Bolsa Família, por exemplo,
seria classificada como:
a) Distributiva, já que distribui dinheiro público para famílias de baixa renda que se encaixam
nas especificações do programa.
b) Regulatória, pois se trata de uma tentativa de melhor equilibrar a desigualdade social no país.
c) Distributiva, já que atinge um pequeno espectro da população, possuindo um caráter favorecedor.
d) Redistributiva, pois beneficia um grupo grande de pessoas, com consequências sociais a
longo prazo.
e) Constitutiva, devido ao grande alcance que o programa possui, atingindo uma larga parcela
da população.

Vamos rever nosso esquema:

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Perceba que a transferência de recursos faz parte das políticas redistributivas!


Sobre as demais alternativas:
a) Distribuir dinheiro público para famílias de baixa renda se trata de uma política redistributiva.
b) Equilibrar a desigualdade social é característica de política redistributiva.
c) Caráter favorecedor é característica da política redistributiva.
e) O fato de atingir pouca ou larga parcela da população não é caráter definidor para ser uma
política redistributiva.
Letra d.

3. Ciclo de Políticas Públicas


Uma política pública surge por meio de um problema identificado. E a partir da predefi-
nição de um determinado problema, podemos dizer que o processo, elaboração ou ciclo de
políticas públicas contempla os seguintes momentos4:
• Construção da agenda: é a incorporação de uma demanda na lista de prioridades do
poder público.
• Elaboração: é a identificação e delimitação de um problema atual ou potencial, o levanta-
mento das possíveis alternativas para sua solução, a avaliação dos custos e benefícios
de cada uma delas e a definição das prioridades (predomina a visão técnica).
• Formulação: é a seleção e a especificação da alternativa mais conveniente, declarando-
-se a decisão adotada, definindo seus objetivos e seu marco jurídico, administrativo e
financeiro (critérios políticos assumem papel mais importante).
• Implementação: é o planejamento e a organização do aparelho administrativo e dos re-
cursos humanos, financeiros, materiais e tecnológicos para executar uma política.
• Execução: é o conjunto das ações destinado a atingir os objetivos estabelecidos pela
política.
• Acompanhamento: é o processo sistemático de supervisão da execução, objetivando
assegurar a consecução dos objetivos estabelecidos.
• Avaliação: é a mensuração e análise dos efeitos produzidos na sociedade pelas políticas
públicas, especialmente no que diz respeito às realizações obtidas e às consequências
previstas e não previstas, desejadas e não desejadas.
Esquematizando:

4
SARAVIA, E. Introdução à Teoria da Política Pública. In: SARAVIA, Enrique; FERRAREZI, Elisabete (Orgs.). Políticas Públicas:
coletânea. Volume 1. Brasília: ENAP, 2006, p. 21-42.

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No entanto, devemos ter em mentes outras opções e variações de ciclos, tais como
o seguinte:

009. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR DO ESTADO/SECONT ES/ADMINISTRAÇÃO/2022) Acerca


do processo de formulação e desenvolvimento de políticas públicas, julgue o item a seguir.
Os componentes fundamentais de formulação e desenvolvimento de políticas públicas re-
sumem-se em atores, recursos, instituições e níveis de governo encarregados de conduzir a
situação-problema.

As principais etapas ou fases para o processo de formulação de políticas públicas podem en-
volver algumas etapas, que se diferenciam em alguns aspectos de autor para autor. Um exem-
plo diferente do que vimos até agora seria as seguintes etapas: (1) identificação do problema;

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(2) construção da agenda; (3) formulação das políticas públicas; (4) tomada de decisões; (5)
implementação; e (6) avaliação.
Note que o “esqueleto” se mantém, independente de um autor ou de outro. Agora, observe que
o item foi totalmente alheio a essa ideia de agenda, formulação, decisão, implementação e
avaliação, trazendo etapas totalmente equivocadas!
Errado.

Dentre essas etapas, vamos detalhar algumas que merecem aprofundamentos, conside-
rando as questões de provas de concursos.
Esquematizando:

010. (QUADRIX/ANALISTA TÉCNICO/CFP/CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS/2016) Consi-


dere as seguintes fases do ciclo de políticas públicas:
I – Agenda.
II – Formulação.
III – Implementação.
IV – Avaliação.
Considere também as seguintes descrições, que são descrições de cada uma dessas fases:
a) Definem-se os objetivos das políticas públicas, as ações que serão desenvolvidas e suas me-
tas avaliando alternativas de forma objetiva e levando-se em conta questões como viabilidade
financeira, legal e política.
b) Elementos como burocracia, disputa por poder, contexto social, econômico e tecnológico,
recursos políticos e econômicos, capacidade do setor responsável pela execução e o apoio
político podem afetar esta fase.
c) Decorre da impossibilidade de atender a todos os problemas da sociedade, mesmo consi-
derando o ordenamento constitucional, pois os recursos necessários para as ações são insu-
ficientes frente a todas as demandas.
d) A coleta de dados permite a análise da efetividade e da sustentabilidade das ações desenvol-
vidas, possibilitando correção, prevenção de erros e criação de novas informações para futuras
políticas públicas.
Relacionando, de forma coerente e correta, as fases com suas respectivas descrições, temos:
a) I-A, II-C, III-D e IV-B.
b) I-C, II-A, III-D e IV-B.
c) I-C, II-A, III-B e IV-D.
d) I-D, II-A, III-B e IV-C.
e) I-C, II-B, III-A e IV-D.

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A correlação correta é:
(II. Formulação) A. Definem-se os objetivos das políticas públicas, as ações que serão desen-
volvidas e suas metas avaliando alternativas de forma objetiva e levando-se em conta questões
como viabilidade financeira, legal e política.
(III. Implementação) B. Elementos como burocracia, disputa por poder, contexto social, econômico
e tecnológico, recursos políticos e econômicos, capacidade do setor responsável pela execução
e o apoio político podem afetar esta fase.
(I. Agenda) C. Decorre da impossibilidade de atender a todos os problemas da sociedade, mesmo
considerando o ordenamento constitucional, pois os recursos necessários para as ações são
insuficientes frente a todas as demandas.
(IV. Avaliação) D. A coleta de dados permite a análise da efetividade e da sustentabilidade das
ações desenvolvidas, possibilitando correção, prevenção de erros e criação de novas informações
para futuras políticas públicas.
Em suma, temos:
• Formação da AGENDA: o reconhecimento de uma situação como problema político (de-
finição do problema, análise do problema);
• Formação das ALTERNATIVAS e tomada de DECISÃO: propostas para resolução dos
problemas;
• IMPLEMENTAÇÃO: as decisões tomadas deixam de ser apenas intenções e passam a ser
intervenção na realidade prática (normalmente é acompanhada do MONITORAMENTO);
• AVALIAÇÃO: um conjunto de procedimento para julgar os resultados de uma política e
promover ajustes.
Letra c.

3.1. Agenda
A lista de problemas sociais é imensa, concorda? Assim, ainda que inúmeras necessidades
sejam reconhecidas, só serão prioridades do poder público se forem incluídas nas agendas
de políticas públicas.
Assim, a agenda de políticas públicas lista problemas, assuntos ou demandas que chamam
a atenção de atores governamentais e de cidadãos em geral.
Um termo bastante utilizado na concepção de políticas públicas é a “não-decisão”, con-
siderada um estado inerte que resiste ao debate público. Significa determinadas temáticas
que contrariam os códigos de valores de uma sociedade ou ameaçam fortes interesses e
enfrentam obstáculos diversos e de variada intensidade à sua transformação de um “estado
de coisas” em um “problema político” – e, portanto, à sua inclusão na agenda governamental

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Quando uma demanda é incluída na agenda, esse fato social adquiriu status de “problema
público”, transformando-os em objeto de debates e controvérsias políticas. Portanto, a etapa
de construção de agendas consiste em organizar as demandas sociais.

011. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-PI/2016/ADAPTADA) Em relação às


políticas públicas e a outros aspectos a elas relacionados, julgue o item.
Entende-se por políticas públicas um conjunto de decisões e ações destinadas à resolução de
demandas sociais; por isso, essas demandas sempre alcançam a agenda governamental das
autoridades públicas decisórias.

De fato, as políticas públicas podem ser entendidas como um conjunto de decisões e ações
destinadas à resolução de demandas sociais. No entanto, não é toda demanda que será con-
siderada problema público, alcançando a sua inclusão na agenda governamental.
Errado.

012. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA DE GESTÃO/TCE-PE/2017) Com relação a políticas


públicas no Brasil, julgue o item seguinte.
A inclusão de uma necessidade da população nas prioridades do poder público refere-se à etapa
de construção de agendas do processo de formulação e desenvolvimento de políticas públicas.

Como vimos, o primeiro momento é o da agenda ou da inclusão de determinado pleito ou ne-


cessidade social na agenda, na lista de prioridades, do poder público.
Uma agenda de políticas públicas é uma lista de prioridades inicialmente estabelecidas, às
quais os governos devem dedicar suas energias e atenções, e entre as quais os atores lutam
arduamente para incluir as questões de seu interesse.
Certo.

013. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL/CODEVASF/


ADMINISTRAÇÃO/2021) Acerca dos conteúdos referentes à políticas públicas, agendas pú-
blicas, conceitos de planejamento e avaliação de programas e projetos, julgue o próximo item.
A formação de agenda pública é um processo decisório com relação aos assuntos que irão
integrar a agenda governamental e envolve exclusivamente questões dos poderes Executivo e
Legislativo.

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Em provas, sempre temos que ter cuidado com esses termos restritivos. Os temas que podem
compor a agenda pública podem ser locais, nacionais ou regionais e podem estar relacionados
aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Errado.

014. (QUADRIX/ANALISTA/SERPRO/GESTÃO EMPRESARIAL/2014) Para alcançar resultados


em diversas áreas e promover o bem-estar da sociedade, os governos se utilizam de políticas
públicas. Seu processo de formulação, também chamado de Ciclo das Políticas Públicas,
apresenta diversas fases. Entre as alternativas apontadas, a primeira fase seria:
a) avaliação.
b) processo de tomada de decisão (escolha das ações).
c) formulação de políticas (apresentação de solução e alternativas)
d) processo eleitoral (escolha de representantes).
e) formação da agenda

Como vimos, o primeiro momento do ciclo de políticas públicas é o da agenda ou da inclusão de


determinado pleito ou necessidade social na agenda, na lista de prioridades do poder público.
Na sua acepção mais simples, a noção de “inclusão na agenda” designa o estudo e a explicitação
do conjunto de processos que conduzem os fatos sociais a adquirir status de “problema público”!
Letra e.

3.2. Elaboração
A etapa de elaboração de políticas públicas considera a identificação e a delimitação
de problemas públicos atuais ou potenciais da sociedade, ou seja, as demandas listadas na
agenda, a determinação das possíveis alternativas para sua solução ou satisfação, a avaliação
dos custos e efeitos de cada uma delas e, claro, o estabelecimento de prioridades.

3.2.1. Análise de Políticas Públicas


Os autores Gordon, Lewis e Young (1977)5 indicam sete variedades de análise de políti-
ca pública:
• Estudos do conteúdo da política (studies of policy content): procuram descrever e explicar
a gênese e o desenvolvimento de políticas particulares. Essa análise geralmente investiga
um ou mais casos a fim de determinar como uma política surgiu, como foi implementada
e quais foram os resultados.

5
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5894487/mod_resource/content/1/Ham_Hill_completo.pdf. Acesso em 08/02/2023.

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• Estudos do processo de elaboração de políticas (studies of policy process): a atenção é


dirigida aos estágios pelos quais passam questões e procura-se avaliar a influência de
diferentes fatores no desenvolvimento da questão.
• Estudos de resultados de políticas (studies of policy outputs): procuram explicar por que
os níveis de gasto ou de provisão de serviços variam entre diferentes áreas e que tomam
políticas como variáveis dependentes e tentam compreendê-las em termos de fatores
sociais, econômicos, tecnológicos e outros.
• Estudos de avaliação (evaluation studies): são muitas vezes chamados de estudos de
impacto por se voltarem ao impacto que as políticas têm sobre a população, podendo
ser descritivos ou prescritivos.
• Estudo da elaboração de políticas (information for policy-making): dados são ordenados
a fim de auxiliar fazedores de política a tomarem decisões. Informações para a política
podem ser obtidas de estudos efetuados dentro do próprio governo, como parte de um
processo regular de monitoramento, ou fornecidas por analistas de políticas acadêmicos
preocupados com a aplicação de seu conhecimento a problemas práticos.
• Estudos da defesa de processos (process advocacy): procuram melhorar a natureza dos
sistemas de elaboração de políticas. É manifestada em tentativas de melhorar a máquina
do governo por intermédio da realocação de funções e tarefas, e de esforços para au-
mentar a base para a escolha entre políticas mediante o desenvolvimento de sistemas
de planejamento e de novos enfoques para avaliação de opções.
• Estudos de defesa de políticas (policy advocacy): atividade de pressionar pela adoção de
opções e ideias específicas no processo de elaboração de políticas, seja individualmente,
seja em associação com outros, frequentemente por intermédio de um grupo de pressão.

015. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR DO ESTADO/SECONT ES/ADMINISTRAÇÃO/2022) A


respeito do processo de formulação e desenvolvimento de políticas, julgue o item subsequente.
Na implementação de políticas públicas, a finalidade da análise de riscos é auxiliar a tomada
de decisões por meio da identificação dos riscos que necessitam de tratamento e da prioridade
para a sua mitigação.

Se estamos falando de análise de riscos, estamos tratando da etapa de elaboração ou formu-


lação, e não implementação.
O GUIA PRÁTICO DE ANÁLISE EX ANTE - AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS destaca que é;

fundamental identificar os riscos à política a ser implementada, determinando-se fatores com alta
probabilidade de influir sobre seu processo de execução e caracterizando-os em detalhe suficiente
para que se possa desenvolver uma estratégia para sua mitigação. Nessa linha, o plano de imple-
mentação deve vir acompanhado de um plano de gestão de riscos.

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Perceba que o Guia destaca “política a ser implementada” e também fala de um “plano de im-
plementação”. Logo, não estamos tratando da fase de implementação da política pública, mas
sim da fase de elaboração/formulação (desenho da política).
Errado.

016. (QUADRIX/PESQUISADOR EM PSICOLOGIA/CRP 1/DF/2012) Entre as várias escolhas


que o analista deve realizar no decorrer de uma análise de política, uma é crucial: o tipo de
trabalho que pretende desenvolver. A opção do analista depende de sua perspectiva ideológica,
objetivo, posição que ocupa no ambiente político etc. Alinhe os números arábicos e romanos
de acordo com a variedade da análise e sua respectiva característica.
1. Estudo do conteúdo das políticas.
2. Estudo da elaboração das políticas.
3. Estudo do resultado das políticas.
4. Avaliação de políticas.
I – Procura explicar como os gastos e serviços variam em diferentes áreas, razão por que to-
mam as políticas como variáveis dependentes e tentam compreendê-las em termos de fatores
sociais, econômicos, tecnológicos e outros.
II – Procura identificar o impacto que as políticas têm sobre o contexto socioeconômico, o
ambiente político, a população.
III – Os analistas dirigem a atenção para estágios por que passam questões e avaliam a influên-
cia de diferentes fatores, sobretudo na formulação das políticas.
IV – Os analistas procuram descrever e explicar a gênese e o desenvolvimento de políticas, isto
é, determinar como elas surgiram, como foram implementadas e quais foram os seus resultados.
A sequência correta encontra-se em:
a) 1-I, 2-II, 3-III e 4-IV.
b) 1-II, 2-III, 3-I e 4-IV.
c) 1-IV, 2-III, 3-I e 4-II.
d) 1-III, 2-I, 3-II e 4-IV.
e) 1-IV, 2-II, 3-III e 4-I.

A correlação correta, conforme vimos, é:


1. Estudo do conteúdo das políticas. IV. Os analistas procuram descrever e explicar a gênese e o
desenvolvimento de políticas, isto é, determinar como elas surgiram, como foram implementadas
e quais foram os seus resultados.
2. Estudo da elaboração das políticas. III. Os analistas dirigem a atenção para estágios por que
passam questões e avaliam a influência de diferentes fatores, sobretudo na formulação das
políticas.

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3. Estudo do resultado das políticas. I. Procura explicar como os gastos e serviços variam em
diferentes áreas, razão por que tomam as políticas como variáveis dependentes e tentam com-
preendê-las em termos de fatores sociais, econômicos, tecnológicos e outros.
4. Avaliação de políticas. II. Procura identificar o impacto que as políticas têm sobre o contexto
socioeconômico, o ambiente político, a população.
Em suma, temos o seguinte:
• Conteúdo: como as políticas surgiram
• Elaboração: estágios e influência de fatores
• Resultado: fatores sociais, econômicos, tecnológicos e outros
• Avaliação: impacto sobre o contexto
Letra c.

3.3. Formulação
A etapa de formulação inclui a seleção e especificação da alternativa considerada mais
conveniente para cada demanda, a declaração da decisão adotada, seus objetivos e seus
marcos jurídico, administrativo e financeiro.
Em suma, a fase de formulação de uma política pública refere-se ao processo de criação
de opções sobre o que fazer a respeito de um problema público, incluindo-se a identificação
de restrições técnicas e políticas à ação do Estado.

017. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO


NORTE/2015) Julgue o item seguinte a respeito de planejamento e avaliação das políticas públicas.
Obstáculos institucionais, como a existência de grupos sociais fortes, podem ser barreiras à
formulação eficaz de uma política pública.

De fato, indivíduos com interesses comuns reúnem-se em grupos, formais ou informais, para ma-
nifestar ou impor suas demandas aos governos. Vimos, no final do mês de maio de 2018, a classe
dos caminhoneiros alavancando diversas paralisações por todo o território nacional, forçando o
governo a rever diversas políticas de incentivos fiscais (grupo X) para atender aos pleitos da ca-
tegoria (grupo Y), em especial, alterando diversas políticas no preço dos combustíveis (grupo Z).
Outros exemplos de grupos sociais podem ser citados, como os sindicatos, as organizações
não-governamentais, empresas, partidos políticos etc.
Assim, possíveis mudanças nas políticas podem ser vistas como resultado de mudanças na
capacidade de influência desses grupos, formando barreiras à formulação eficaz de uma de-
terminada política pública.
Certo.

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3.3.1. Processo de Decisão


Apesar de alguns autores considerarem a etapa de processo decisório uma fase distinta
da etapa de formulação, vamos considerar a corrente majoritária e as bancas organizadoras,
que incluem o processo decisório dentro da etapa de formulação de políticas públicas, ok?
Vamos lá! Alguns métodos são citados em provas com maior incidência. Portanto, é nes-
ses que iremos nos concentrar! Sem dúvida que, no âmbito das políticas públicas, os atores
possuem interesses a realizar; assim, é razoável supor que o fazem de forma racional, ou seja,
mediante a escolha de meios adequados à consecução das suas preferências (finalidades).
É por isso que dizemos que, no contexto das políticas públicas, prevalece a ideia de raciona-
lidade no processo decisório.

Mas o que é racionalidade, Professor?

A Teoria da Escolha Racional propõe que todos os indivíduos são limitados; no entanto, sabem
o que querem e, dentro dessa ideia, são capazes de ordenar hierarquicamente suas preferências
e procuram escolher - entre as alternativas de ação disponíveis - as que forem mais satisfatórias,
isto é, mais compatíveis com o que preferem, tanto em termos de custos como de benefícios.

3.3.1.1. Modelos de Tomada de Decisão em Política Pública


Feita essa consideração, a tomada de decisão em políticas públicas pode ser realizada
a partir de quatro modelos:

• as consequências de cada opção de política pública alternativa podem ser conhecidas


RACIONALIDADE com antecedência
ABSOLUTA • tomada de decisão que maximize o alcance de seus objetivos (opções ótimas)
• complexidade e limitações cognitivas e informativas
RACIONALIDADE • tomada de decisão é um esforço para escolher opções satisfatórias, mas não
LIMITADA necessariamente ótimas
• processo com restrição de tempo e informação
INCREMENTAL • conflitos, negociações e compromisso entre os tomadores de decisão

LATA DE LIXO • existem vários problemas e poucas soluções

018. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA DE APOIO À ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA/DP DF/AD-


MINISTRAÇÃO/2022) No que se refere ao planejamento e à avaliação de políticas públicas,
julgue o próximo item.
Ao escolher a melhor opção possível considerando os benefícios calculados, o responsável
pela formulação de um programa ou projeto de política pública adota a racionalidade absoluta.

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A racionalidade absoluta postula que os tomadores de decisão devem escolher a opção que
maximize o alcance de seus objetivos, valores e metas individuais.
Observe o quadro comparativo6:

Modelos Condições cognitivas Critério de decisão


Racionalidade absoluta Certeza Otimização
Racionalidade limitada Incerteza Satisfação
Modelo incremental Parcialidade (interesses) Acordo
Modelo “lata de lixo” Ambiguidade Casual

Certo.

3.4. Implementação
A fase de implementação de políticas públicas é constituída pelo planejamento e organiza-
ção do aparelho administrativo e dos recursos humanos, financeiros, materiais e tecnológicos
necessários para executar uma política. Trata-se da preparação para pôr em prática a política
pública, a elaboração de todos os planos, programas e projetos que permitirão executá-la.

3.5. Avaliação (Análise das Estratégias e dos Resultados das Políticas


Públicas)
A avaliação consiste na mensuração e análise, a posteriori, dos efeitos produzidos ou a
serem produzidos na sociedade pelas políticas públicas. Ela confronta os resultados alcan-
çados com os objetivos e metas previamente estabelecidos.

O PULO DO GATO
Ao citarmos o termo “a posteriori”, isso não quer dizer a necessidade de que a ação de avaliação
exija o término da implementação de uma política pública. A expressão apenas afirma a necessi-
dade de haver algo a ser avaliado, mesmo sendo apenas algo “no papel”, algo apenas planejado.
Então, anote aí: A avaliação não está, portanto, circunscrita ao momento posterior e final à im-
plementação de uma política pública.

6
SECCHI, L. Políticas públicas: conceitos, casos práticos, questões de concursos 3.ed. São Paulo, SP: Cengage, 2019.

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Assim, no setor público, a avaliação refere-se a julgamentos detalhados e criteriosos,


como por exemplo, a consecução de metas em um programa de redução da exclusão social
ou de melhoria da saúde dos idosos.
A avaliação de políticas públicas ocorre por meio da avaliação dos programas e projetos.
Essa mensuração busca apresentar elementos de julgamento e aprovação das decisões, ações
e resultados dessas políticas. É claro que essa etapa também precisa ser capaz de propor algo a
respeito da política que está sendo avaliada, ou seja, é a etapa que mostra ajustes a serem feitos.
Um detalhe importante é que a avaliação de políticas públicas deve estar integrada a todo
o ciclo de sua gestão, ou seja, desde a identificação do problema, o levantamento das alter-
nativas, o planejamento e a formulação de uma intervenção na realidade, o acompanhamento
de sua implementação, os consequentes ajustes a serem adotados, e até as decisões sobre
sua manutenção, seu aperfeiçoamento, sua mudança de rumo ou sua interrupção.
É por isso que estudamos as políticas públicas como um ciclo, com etapas bem definidas,
mas interligadas entre si!
São muitas as finalidades da avaliação de políticas públicas encontradas na doutrina,
dentre as quais, temos que:
• viabiliza as atividades de controle (interno, externo, por instituições públicas e social);
• proporciona transparência e accountability às ações de governo;
• desenvolve e melhora estratégias de intervenção na realidade;
• proporciona empoderamento, promoção social, desenvolvimento institucional e demo-
cratização da atividade pública.

019. (QUADRIX/ADI/ABDI/Nível Superior Especialista/Relações Institucionais/2013) ‘’A avalia-


ção é um elemento crucial para as Políticas Públicas. O fato de ser apresentada como última
etapa não significa que ela seja uma ferramenta para ser utilizada apenas quando o tempo
de atuação da Política Pública acaba.”/http://www.biblioteca.sebrae.com.br. ‘’Políticas Públi-
cas Conceitos e Práticas’’, in Série Políticas Públicas, volume VII). Esse processo tem como
finalidade possibilitar à administração:
I – Ganhar informações úteis que podem ser utilizadas para melhores resultados nas próximas
políticas públicas.
II – Prestar contas de seus atos, justificando suas ações e explicando sua tomada de decisões.
III – Afastar da discussão grupos contrários ao programa, aumentando o controle da adminis-
tração sobre o projeto.
IV – Identificar os problemas de diferentes naturezas que podem estar impedindo o sucesso
do programa.
V – Saber se os recursos que foram destinados estão produzindo resultados de acordo com
o esperado.

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a) I, II, IV e V, apenas.
b) I, II, III e V, apenas.
c) I, IV e V, apenas.
d) II, IV e V, apenas.
e) Todos.

Análise dos itens:


I – Correto. Caso haja discrepâncias, é necessária a correção para futuras discussões e
implementações.
II – Correto. A avaliação de políticas públicas envolve demonstrar eficiência e as possibilidades
de correção.
III – Incorreto. Políticas públicas envolvem disputas e jogo de poder. É necessário compreender
a complexidade de vontades e o domínio de interesses.
IV – Correto. Avaliação é identificação de falhas e correção de curso!
V – Correto. A avaliação envolve comparar o que foi planejado com os resultados obtidos!
Letra a.

3.5.1. Tipos de Avaliação de Políticas Públicas


As diversas tipologias permitem discriminar as avaliações conforme critérios ou pontos
de vista. Vamos, mais uma vez, nos basear pelo magistério de Maria das Graças Rua7.
De um modo geral, considerando o foco ou objeto, as avaliações podem ser: jurídica ou
de conformidade, de desempenho, de processo e de produto.
• Avaliação jurídica ou avaliação de conformidade: corresponde ao exame da conformidade
dos atos do gestor em relação à lei, na condução da política pública, programa ou projeto.
• Avaliação de desempenho: refere-se ao que se faz com relação a uma política, programa
ou projeto. Compreende dois subtipos:
• Institucional, que tem como finalidade apreciar em que medida uma instituição realiza a
missão que lhe foi atribuída, mediante a consecução dos seus objetivos e o cumprimento
de suas metas.
• Pessoal, que se destina a averiguar em que medida cada indivíduo em uma instituição cumpre
suas atribuições e contribui para o alcance dos objetivos e metas da instituição. Também
focaliza a produtividade do desempenho pessoal e a qualidade dos serviços prestados.
• Avaliação de processo: significa o conjunto de ações destinadas a produzir um bem ou
serviço ou a desencadear alguma mudança numa dada realidade.

7
RUA, M.G. “As Políticas Públicas e a Juventude dos Anos 90” in CNPD (Comissão Nacional de População e Desenvolvimento),
Jovens Acontecendo na Trilha das Políticas Públicas, Brasília 1998, pp. 731-752.

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• Avaliação de produto: é toda avaliação cujo foco recai sobre os produtos de uma política,
programa ou projeto, em suas várias dimensões. São modalidades dessa classificação:
− Avaliação de resultados: tem por objeto os resultados, também chamados de “outputs”,
significando bens ou serviços de um programa ou projeto que são necessários para
que seus objetivos finais sejam alcançados. Mas, também, pode focalizar os resulta-
dos obtidos com uma política, programa ou projeto, indicados como seus objetivos de
curto prazo ou intermediários, chamados de “outcomes”. Parte de uma perspectiva da
intervenção como um todo.
− Avaliação de impactos: trata-se de avaliação de um ou mais resultados de médio ou
longo prazo, definidos como “impactos”, ou seja, consequências dos resultados imedia-
tos. Parte mais de uma perspectiva da visão dos clientes ou destinatários da política.
− Avaliação de qualidade: o produto pode ser avaliado, também, quanto à sua qualidade.
Ou seja, a capacidade de um bem ou serviço atender às expectativas do seu público-alvo.

020. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/CADE/2014) Julgue o


item a seguir, referente à avaliação de políticas públicas.
Um dos objetivos da avaliação de desempenho é averiguar se a condução da política ou do
programa pelo gestor está em conformidade com a legislação vigente.

O item trouxe o conceito de avaliação jurídica ou avaliação de conformidade, e não de avaliação


de desempenho.
A avaliação jurídica ou avaliação de conformidade corresponde ao exame da conformidade dos
atos do gestor em relação à lei, na condução da política pública, programa ou projeto.
Já a avaliação de desempenho se refere ao que se faz com relação a uma política, programa ou projeto.
Errado.

021. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA DE APOIO À ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA/DP DF/AD-


MINISTRAÇÃO/2022) No que se refere ao planejamento e à avaliação de políticas públicas,
julgue o próximo item.
A avaliação de uma política pública orientada a resultados deve focar aspectos que são consi-
derados a partir da perspectiva dos destinatários da política.

A avaliação de uma política pública orientada aos impactos é que deve focar aspectos que são
considerados a partir da perspectiva dos destinatários da política.
Errado.

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Conforme o momento em que a avaliação acontece, podemos ter a avaliação ex ante,


avaliação de meio-termo e avaliação ex post.
• Avaliação ex ante: é uma concepção holística, iniciando no momento em que se define
o problema ou a necessidade que justifica uma política pública, um programa ou um
projeto. Ocorre antes de se decidir como será feita uma intervenção, e não antes de a
implementação, de fato, tornar-se realidade. Esse tipo de avaliação:
− tem natureza “formativa”;
− integra as discussões em torno da formulação das alternativas de solução; e
− envolve a tomada de decisão, informando sobre:
◦ os seus riscos e as suas limitações;
◦ as vantagens a maximizar;
◦ a consistência entre objetivos e meios;
◦ a viabilidade e suficiência dos insumos;
◦ a pertinência das soluções à esfera de atuação das organizações abarcadas na
intervenção pretendida.
Mais restritamente, a avaliação ex ante consiste na estimativa prévia de eficiência e de im-
pacto do desenho de determinada intervenção. A avaliação ex ante de eficiência corresponde,
especificamente, ao cálculo de custos de cada alternativa. Ou seja, diz respeito à construção
de uma matriz de custos, que contém todos os custos que se espera que uma intervenção
requeira em cada período de execução, divididos entre as diversas categorias de custos. Já
a avaliação ex ante de impacto relaciona-se à estimação do impacto de cada alternativa, de-
rivado dos objetivos propostos.
• Avaliação meio-termo ou intermediária: refere-se estritamente ao momento do tempo
em que é realizada a avaliação e, portanto, ao estágio da intervenção que é submetido à
avaliação. Compreende as avaliações intermediárias ou de meio-termo quando se trata de
intervenções do tipo “atividade” (bens e serviços de produção ou prestação continuada)
e as avaliações finais, de efeitos e de impactos.
Em suma, podemos dizer que as avaliações de meio-termo buscam identificar se as ações
implementadas até o momento estão gerando os impactos esperados, ou se são necessárias
correções de rumo para que os objetivos sejam alcançados ao final da implementação do projeto.
• Avaliação ex post: em se tratando de uma perspectiva generalizada, refere-se, primeira-
mente, à avaliação que é concebida sem relação com o planejamento e nem mesmo com
o processo de implementação, sendo adotada quando a política pública, o programa ou o
projeto se encontra consolidado ou em fase final. Uma segunda acepção genérica alude
estritamente ao momento do tempo em que é realizada a avaliação e, portanto, ao estágio
da intervenção que é submetido à avaliação. Nesse sentido, a avaliação ex post compreen-
de tanto as avaliações intermediárias ou de meio-termo (quando se trata de intervenções
que estão sendo realizadas a tempo suficiente para que sejam reconhecidos tanto os seus
processos como os seus produtos) como as avaliações finais, de efeitos e de impactos.

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Restritamente, a avaliação ex post não diz respeito ao momento em que se pensa ou se


planeja a avaliação. O foco, nessa hipótese, recai sobre o que é calculado: o custo efetivo
de cada alternativa, pelo mesmo processo de análise de custos da avaliação ex ante, porém
tendo como referência os valores efetivamente despendidos. Embora usando os mesmos
procedimentos de cálculo, na avaliação ex post, os impactos são mensurados por meio da
comparação entre a situação inicial da população-alvo (baseline) e a sua situação ao final de
um período determinado de tempo.
É possível também comparar os impactos observados com os impactos estimados na
avaliação ex ante, a fim de verificar se a seleção de alternativas de intervenção foi ótima.

022. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PE/AUDITORIA DE


CONTAS PÚBLICAS/2017) No que se refere ao planejamento estratégico e à avaliação das
políticas públicas, julgue o item subsequente.
Por meio das avaliações de meio-termo, ou de processo, é possível aplicar correções à fase
final da implementação de programas e projetos.

Em suma, as avaliações de meio-termo permitem a avaliação do que se identificou até o mo-


mento e o que se espera alcançar no final.
A partir dessa comparação deve-se fazer uma avaliação buscando identificar se as ações im-
plementadas estão gerando os impactos esperados, ou se são necessárias correções de rumo
para que os objetivos sejam alcançados ao final da implementação do projeto.
Certo.

Conforme a finalidade ou função da avaliação, podemos ter: avaliação de conformidade,


avaliação formativa e avaliação somativa.
• Avaliação de conformidade: corresponde ao exame da aderência à lei dos atos normativos
da política pública, do programa ou do projeto e também dos atos do gestor na condução
das suas atividades, inclusive, na gestão da “coisa pública”. Também é conhecida como
avaliação de accountability. Esse tipo de avaliação predomina nas instituições de controle
interno e externo, sendo seu objeto, precipuamente, o processo e não os resultados das
políticas públicas.
• Avaliação formativa: também conhecida como “retroalimentadora”, tem por função
proporcionar informações úteis à equipe gestora da política pública, do programa ou do
projeto, com o propósito de aperfeiçoá-los durante o ciclo da execução; ou aos planeja-
dores, com vistas a poderem realizar a atualização contínua dos programas ou projetos,
de sorte a maximizar seus objetivos.

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A avaliação formativa pode ocorrer como avaliação ex ante ou como avaliação interme-
diária. Sua finalidade é subsidiar a tomada de decisão que sucede durante o processo da
política pública, em relação à estrutura ou ao desenho do programa ou projeto, aos ajustes
necessários, às melhorias da gestão etc. Tem a natureza de diagnóstico parcial e contextual
e leva a decisões sobre o desenvolvimento do programa ou projeto, inclusive modificações e
revisões deles. Com a realização da avaliação formativa, o programa ou projeto passa cons-
tantemente por reformulações.
Suas perguntas são do tipo: O que tem funcionado? O que deve ser melhorado? Como
podem ser realizados aperfeiçoamentos?
• Avaliação somativa: tem por função subsidiar decisões finais sobre a continuidade ou
não de um programa ou um projeto associado à determinada política pública, como redi-
mensionamento do público-alvo, mitigação de efeitos colaterais etc. Pode ocorrer tanto
como avaliação intermediária, desde que em estágios avançados, quanto na modalidade
de avaliação final, ex post, e costuma adotar a avaliação externa ou mista. Representa
tanto um instrumento de gestão como de responsabilização e, especialmente, de aprendi-
zagem organizacional. Leva a decisões terminativas sobre a execução, a continuidade ou
o encerramento de um programa ou um projeto. Esse tipo de verificação adota medidas
válidas e confiáveis em coletas de dados pouco frequentes.
As perguntas às quais a avaliação somativa deve responder são: Quais foram os resulta-
dos obtidos? Quanto custou? Quem foi beneficiado? Quais os índices de efetividade? Houve
consequências inesperadas? Positivas ou Negativas? Que lições podem ser extraídas?
Conforme a origem da equipe que as realiza, podemos ter: avaliação interna, avaliação
externa e avaliação mista.
• Avaliação interna: é aquela em que a intervenção (política pública, programa ou projeto) é
avaliada por uma equipe envolvida com sua implementação. Não se trata de autoavaliação,
que ocorre quando o objeto avaliado é o desempenho da equipe ou de seus membros.
Na avaliação interna, o objeto avaliado é a intervenção, seus processos e seus produtos,
a consecução dos objetivos e das metas etc. A grande dificuldade da avaliação interna
reside na distorção da perspectiva do avaliador devido à excessiva proximidade com o
objeto, além de todos os possíveis vícios resultantes da endogeneidade. Em contrapartida,
há familiaridade profunda dos avaliadores com o universo relacionado à gestão daquela
temática ou área setorial.
• Avaliação externa: aquela realizada por uma equipe que não possui envolvimento com
a implementação da política pública, do programa ou do projeto. Podem ser consultores
externos (independentes), agentes do controle interno (como a Controladoria Geral da
União) ou do controle externo (como o Tribunal de Contas da União) e até mesmo equi-
pes do próprio órgão responsável pela intervenção, desde que não estejam diretamente
atuantes na implementação.

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Não obstante as vantagens do distanciamento do objeto examinado, a desvantagem principal


desse tipo de avaliação está no fato de que quanto mais distantes da realidade da gestão, mais
dificuldades têm os avaliadores externos para compreender em profundidade o objeto avaliado.
• Avaliação mista: é aquela conduzida por uma equipe interna em parceria com outra, ex-
terna. As duas formulam o plano de avaliação e constroem os instrumentos avaliativos
juntas. Em seguida, separam-se para aplicar os instrumentos e analisar os dados. Depois,
unem-se novamente para comparar suas conclusões e chegar a um termo comum, mes-
mo que existam discrepâncias em seus achados.
Esse tipo permite superar tanto as distorções próprias da avaliação interna quanto as
dificuldades derivadas do distanciamento excessivo que é próprio da avaliação externa. As
vantagens da avaliação mista estão na combinação de diferentes pontos de vista, na apren-
dizagem que ambas as equipes ganham e no relatório de avaliação ser bastante preciso.
Todavia, ela só se aplica em situações nas quais seja necessária uma grande exatidão das
conclusões, devido ao seu elevado custo de execução.
Importante destacar que a banca CEBRASPE vem cobrando trechos do “GUIA PRÁTICO DE
ANÁLISE EX POST”8, da Casa Civil. O Guia traz algumas linhas de análise de políticas públicas:
• AVALIAÇÃO DE DESENHO: engloba a análise da teoria do programa, verificando a sua
consistência e lógica, ou coerência interna. Trata-se de um processo analítico para iden-
tificar a existência de erros ou falhas no desenho e propor mudanças a fim de superá-los;
• AVALIAÇÃO EXECUTIVA: permite, de forma prática e rápida, identificar em qual elemento ou em
qual processo da cadeia de valor da política há maior chance de ocorrerem aprimoramentos;
• AVALIAÇÃO DE IMPLEMENTAÇÃO OU AVALIAÇÃO DE PROCESSOS: é por meio dessa abor-
dagem que se identifica se a execução das políticas públicas vem ocorrendo conforme os
normativos existentes e o desenho estabelecido (ou seja, identifica se a execução obedece ao
desenho formulado e atenta para a transformação de insumos em produtos para a população;
• AVALIAÇÃO DE GOVERNANÇA DA POLÍTICA PÚBLICA: diz respeito à análise das estru-
turas, das funções, dos processos e das tradições organizacionais para garantir que as
ações planejadas (políticas) sejam executadas de tal maneira que atinjam seus objetivos
e resultados de forma transparente;
• AVALIAÇÃO DE RESULTADOS: ajuda a responder se há variáveis de resultados e de im-
pactos da política definidas, mensuráveis e disponíveis;
• AVALIAÇÃO DE IMPACTO: é um tipo de avaliação que busca demarcar, na vida dos be-
neficiários, a diferença atribuída à política de forma inequívoca;
• ABORDAGEM DA AVALIAÇÃO ECONÔMICA APRESENTADA: é uma das formas disponí-
veis para se responder sobre o retorno econômico e social da política;
• ANÁLISE DE EFICIÊNCIA: é uma abordagem que utiliza metodologias estatísticas e eco-
nométricas para mensurar a eficiência técnica dos gastos setoriais e temáticos.

8
Avaliação de políticas públicas: guia prático de análise ex post, volume 1 / Casa Civil da Presidência da República, Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada. Brasília: Ipea, 2018.

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023. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA DA DEFENSORIA PÚBLICA/DPE RO/ADMINISTRA-


ÇÃO/2022) A avaliação de uma política pública mediante a verificação da eficiência quanto
à gestão dos recursos aplicados, qualidade e tempestividade das entregas previstas, consta-
tação de acertos e erros com vistas a oportunizar melhorias é considerada uma avaliação de
a) desenho.
b) impacto.
c) implementação.
d) governança.
e) resultado.

Segundo o GUIA, a avaliação de implementação permite avaliar se os recursos são geridos de


forma econômica e eficiente e se os produtos são entregues com a qualidade, na quantidade
e na tempestividade adequadas aos beneficiários previamente definidos. Também é objetivo
desse tipo de avaliação compreender o que está ou não dando certo, quais grupos conseguem
obter o produto esperado e sob que circunstâncias isso ocorre, oportunizando a implementação
de melhorias ou de aprimoramentos na política avaliada.
Sobre a letra A, a avaliação de desenho na etapa ex post consiste em revisitar o desenho esta-
belecido na formulação da política, analisando os pressupostos assumidos anteriormente, as
evidências mais recentes – tanto para a performance do desenho atual quanto para desenhos
alternativos experimentados em políticas similares –, os incentivos gerados, a população a ser
focalizada e priorizada, entre outros elementos.
Sobre a letra B, é por meio da avaliação de impacto que verificamos se de fato a política está
gerando os resultados e impactos esperados, conforme definido no âmbito da política em seus
normativos e no seu modelo lógico.
Sobre a letra D, a avaliação de governança verifica como a liderança, a estratégia e o controle
da política permitem e contribuem para a produção dos resultados esperados e para o alcance
dos seus objetivos.
Sobre a letra E, a avaliação de resultado estuda de forma exploratória os indicadores de resul-
tados e impactos esperados com a política.
Os diversos tipos de avaliações ex post apresentadas pelo GUIA são os seguintes:

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Letra c.

Em suma, temos:

4. Controle Social
Já começamos ressaltando que os espaços participativos na gestão de políticas públicas
não enfraquecem os mecanismos tradicionais de representação política, mas os complemen-
tam e os fortalecem.

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Assim, Conselhos Gestores de Políticas Públicas, Audiências Públicas, Conferências Públi-


cas, propostas legislativas de iniciativa popular, todas previstas legalmente, e os Orçamentos
Participativos, ainda não formalizados legalmente, são arranjos que se vinculam diretamente
às políticas públicas, desde a sua formulação até a sua avaliação e controle.
Além desses listados, podemos apresentar outras formas de participação social9:
• Mesas de negociação e diálogo: instâncias de discussão e construção de propostas para
temas específicos, que reúnem os setores diretamente interessados na questão que
motivou a sua constituição. De um modo geral, são desfeitas ao dar cabo de sua tarefa,
como, por exemplo, as pautas nacionais de reivindicações.
• Ouvidorias: espaços para a ação individual de críticas, sugestões, reclamações, denúncias
e outros, para a melhoria do serviço público;
• Consultas e audiências públicas: instrumentos do diálogo para a busca de soluções para
as demandas sociais ao longo da discussão sobre de obras e políticas públicas.
Desses órgãos, os mais “badalados” são os Conselhos Gestores de Políticas Públicas. Em
suma, são instrumentos mediadores da relação Estado-sociedade, sendo compostos tanto por
representantes (os conselheiros) do poder público quanto da sociedade civil organizada. Portan-
to, são instâncias institucionalizadas de expressão, de representação e de participação social.
Considerando a competência decisória, os conselhos de gestão podem ter caráter:
• Fiscalizador: conselhos que fiscalizam as contas públicas e emitem parecer conclusivo;
• Deliberativo: conselhos que possuem como funções o caráter decisório sobre as políticas
públicas;
• Consultivo: conselhos que têm a responsabilidade de apreciar determinado assunto que
lhes são apresentados;
• Normativo: conselhos que reinterpretam as normas vigentes e criam novas normas;
• Propositivo: conselhos que propõem ações ao Poder Executivo.
Mas queremos dar um especial destaque, também, às Organizações Não Governamentais
(ONG’s). Segundo a Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais, as ONGs são
instituições atuantes em diversas áreas, como educação, organização e participação popular,
justiça e promoção de direitos, fortalecimento de outras ONGs e/ou movimentos populares,
relação de gênero e discriminação sexual, saúde, meio ambiente, trabalho e renda, questões
urbanas, arte e cultura, entre outras.
As principais características dessas organizações são as seguintes10:
• São entidades formais e com certa permanência institucional: a organização deve estar
estruturada, com reuniões regulares, representantes reconhecidos e trabalhos consoli-
dados como regulares. Incluem-se as organizações que, embora não estejam inscritas
nos órgãos públicos de registro de pessoas jurídicas, possuam um grau significativo de
estrutura interna e permanência temporal.

9
DIAS, R.; MATOS, F. C. Políticas públicas: princípios, propósitos e processos. São Paulo: Atlas, 2012.
10
VI CONFERENCIA REGIONAL DE ISTR PARA AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE. 8 al 11 noviembre de 2007, Salvador de Bahía,
Brasil. Organizan: ISTR y CIAGS/UFBA.

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• São privadas, mas com fins públicos: apesar das ONGs oferecerem bens (materiais ou
simbólicos) de finalidade pública, estas não fazem parte do aparelho estatal. Surgem
da iniciativa privada de cidadãos que se organizam com finalidade(s) social(ais) espe-
cífica(s). Ressalta-se que não há restrições ao recebimento de verbas públicas nem à
participação de representantes do governo nos conselhos de gestão, desde que não
constituam a maioria nestes.
• São instituições independentes: as ONGs não estão subordinadas a qualquer outra es-
trutura organizacional maior, como universidades, igrejas, partidos, empresas ou estado.
Desta forma, pastorais das igrejas, departamentos universitários, segmentos empresariais,
ainda que realizem trabalhos semelhantes aos das ONGs, não serão assim classificados.
É fato que, na prática, essas organizações sofrem pressão de todos os lados: cooperação
internacional, partidos políticos, governos, igrejas etc.
• Possuem certo grau de participação voluntária: No mínimo o quadro de sua diretoria e/
ou conselho deliberativo são voluntários.
• Não distribuem excedentes financeiros: caso exista algum excedente financeiro, este deve
ser aplicado inteiramente na organização e em seus projetos, não podendo ser repassado
para seus associados, membros ou funcionários.

Falemos, agora, do controle social!


O controle social, entendido como a participação do cidadão na gestão pública, é um
mecanismo de prevenção da corrupção e de fortalecimento da cidadania.
O controle social envolve a fiscalização, o monitoramento e o controle das ações da Ad-
ministração Pública, aproximando a sociedade (ou os chamados atores sociais) do Estado,
abrindo a oportunidade de os cidadãos acompanharem as ações dos governos e cobrarem
uma boa gestão pública.
O controle social possui, como um de seus mecanismos, a transparência, que trata do
efetivo acesso do cidadão às informações governamentais. O princípio da transparência da
gestão pública surgiu a partir da necessidade de a sociedade conhecer como foram utilizados
os recursos que ela transferiu ao Estado para que este gerisse a máquina pública. Assim, seus
pressupostos dizem respeito à evolução e consecução do controle social, que se encontram
intimamente relacionados às atividades desenvolvidas pelo Estado.

024. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA LEGISLATIVO/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2014) Em


relação ao Estado, às políticas públicas e à participação política, julgue o próximo item.
Restringem-se às conferências e aos conselhos de políticas públicas os canais de participação
da sociedade brasileira nos processos de políticas públicas.

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Vimos que os arranjos que se vinculam diretamente às políticas públicas, desde a sua formulação
até a sua avaliação e controle incluem Conselhos Gestores, Audiências Públicas, Conferências
Públicas, propostas legislativas de iniciativa popular, Orçamentos Participativos, além de asso-
ciações, movimentos, fóruns, ONG’s, e outros tantos espaços para o exercício de participação
da sociedade brasileira nos processos de políticas públicas.
Errado.

025. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/1998) O processo


político brasileiro recente revela uma profunda fragmentação da sociedade com efeitos dire-
tos na proliferação de partidos políticos que não possuem uma clara diferenciação entre si.
Como consequência desse fato, a representação de interesses da sociedade e as relações
entre os Poderes Executivo e Legislativo têm peculiaridades bastante demarcadas no caso
brasileiro. Com o auxílio dessa afirmação, julgue os itens seguintes.
Complementando os partidos na representação e na participação política da sociedade brasileira,
as organizações não-governamentais tornaram-se, legitimamente, instrumentos de represen-
tação da sociedade perante o Congresso Nacional e os poderes executivos federal, estadual e
municipal, especialmente no que diz respeito ao combate à pobreza e a outros assuntos sociais.

As ONG’s atuam em diversas áreas, tais como educação, organização e participação popular,
justiça e promoção de direitos, fortalecimento de outras ONGs e/ou movimentos populares,
relação de gênero e discriminação sexual, saúde, meio ambiente, trabalho e renda, questões
urbanas, arte e cultura, combate à pobreza, como afirmado na questão, entre outras.
Certo.

5. Coordenação Executiva – Problemas de Articulação Versus


Fragmentação das Ações Executivas
Segundo leciona Celina Souza11, uma das principais características da gestão das políti-
cas públicas é a sua FRAGMENTAÇÃO. Isto significa que as ações são executadas de modo
separado e descoordenado, seja dentro do próprio ente (agências e ministérios diferentes
executando diversas ações) ou através de entes distintos, com a União, os estados e os mu-
nicípios executando políticas públicas sem uma harmonização dos esforços.
Desse modo, as estruturas das políticas públicas foram desenvolvidas sem um planeja-
mento e uma coordenação. Órgãos eram criados sem ter a devida preocupação em observar
que outros órgãos já existiam e tinham o mesmo objetivo.

11
SOUZA, C. Coordenação de políticas públicas. Brasília/DF: Enap, 2018.

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Instituições voltadas para áreas como saúde, educação e habitação, etc. foram criados
sem uma preocupação em uma atuação consistente e coerente do Estado e sem uma atuação
efetiva e eficiente.
Naturalmente, isto acarreta a superposição de atividades, com desperdícios de recursos
e baixa efetividade das políticas. A COORDENAÇÃO EXECUTIVA visa, portanto, que todos os
agentes atuem de modo conjunto, de forma coerente.
A coordenação na perspectiva da política pública se desdobra principalmente em dois
momentos: no da formulação da política e no da sua implementação.
Do primeiro participam os diversos atores e instituições com interesses na política que
será formulada. Na fase da implementação, dois tipos de coordenação são requeridos:
• a vertical, quando diferentes níveis de governo participam da política; e
• a horizontal, entre organizações que compõem o mesmo nível de governo.
Algumas causas influenciaram a relevância da coordenação de políticas públicas:
• o recurso público para ações governamentais passou a ser mais escasso do que no
passado;
• pressões para a redução das despesas públicas, assim como demanda dos cidadãos
para pagamento de menos impostos e para a transparência no uso dos recursos;
• inclusão de vários grupos minoritários como beneficiários de políticas públicas, tais como
crianças e adolescentes, mulheres, idosos, indígenas, deficientes.
A coordenação pode assumir três modalidades: mercado, hierarquia e redes.
• Mercado: a sua virtude está na capacidade de coordenar decisões independentes de con-
sumidores e produtores. A mesma lógica seria também aplicada ao setor público, caso
suas atividades possam ser precificadas. Agências semipúblicas independentes, como as
organizações sociais no Brasil, seriam as soluções para os problemas de coordenação.
• Hierarquia: envolve obediência a uma instância superior.
• Redes: são caracterizadas pela não hierarquia e por relações horizontais entre os
participantes.

5.1. Panorama das Políticas Públicas no Brasil


Anos 80:
• políticas públicas impactadas por um governo autoritário
• sociedade com pouca legitimidade;
• crise econômica e fiscal de grandes proporções;
• governo federal comandava os recursos e centralizava diversas decisões em relação às
políticas públicas;
• papel dos estados brasileiros era subsidiário e residual, tendo uma atuação mais voltada
para a execução e implementação das políticas.

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Anos 90 em diante:
• os estados, que estavam mais próximos da realidade, poderiam avaliar se a política pú-
blica estava ou não sendo eficiente;
• os governos centrais entenderam que a participação dos estados era fundamental para
que as políticas públicas tivessem sucesso;
• O agenciamento de recursos federais pelos governos estaduais acabou sendo um espaço
de troca de favores entre os governantes centrais e regionais (clientelismo).

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RESUMO
• Política pública é um fluxo de decisões públicas, com ações do Estado e sociedade, a
fim de prover a manutenção do equilíbrio social. Em seu sentido mais estrito, é o que o
governo escolhe fazer ou não fazer.
• Tipos de políticas públicas
− Políticas distributivas: aquelas que alocam bens ou serviços a frações específicas da
sociedade (categorias de pessoas, localidades, regiões, grupos sociais etc.) mediante
recursos provenientes da coletividade como um todo.
− Políticas redistributivas: aquelas que distribuem bens ou serviços a segmentos particula-
rizados da população por intermédio de recursos oriundos de outros grupos específicos.
− Políticas regulatórias: aquelas que estabelecem imperativos (obrigatoriedades), inter-
dições e condições por meio das quais podem e devem ser realizadas determinadas
atividades ou admitidos certos comportamentos.
− Políticas constitutivas ou estruturadoras: aquelas que consolidam as regras do jogo
político. São as normas e os procedimentos sobre as quais devem ser formuladas e
implementadas as demais políticas públicas.
• Ciclo de políticas públicas
− Construção da agenda: é a incorporação de uma demanda na lista de prioridades do
poder público.
− Elaboração: é a identificação e delimitação de um problema atual ou potencial, o
levantamento das possíveis alternativas para sua solução, a avaliação dos custos e
benefícios de cada uma delas e a definição das prioridades (predomina a visão técnica).
− Formulação: é a seleção e a especificação da alternativa mais conveniente, declaran-
do-se a decisão adotada, definindo seus objetivos e seu marco jurídico, administrativo
e financeiro (critérios políticos assumem papel mais importante).
− Implementação: é o planejamento e a organização do aparelho administrativo e dos
recursos humanos, financeiros, materiais e tecnológicos para executar uma política.
− Execução: é o conjunto das ações destinado a atingir os objetivos estabelecidos pela
política.
− Acompanhamento: é o processo sistemático de supervisão da execução, objetivando
assegurar a consecução dos objetivos estabelecidos.
− Avaliação: é a mensuração e análise dos efeitos produzidos na sociedade pelas políticas
públicas, especialmente no que diz respeito às realizações obtidas e às consequências
previstas e não previstas, desejadas e não desejadas.
• Tipos de avaliação
− Avaliações formais: baseadas em procedimentos sistemáticos e incluem coleta formal
das evidências que embasam a emissão de opinião.

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− Avaliação jurídica ou avaliação de conformidade: exame da conformidade dos atos


do gestor em relação à lei, na condução da política pública, programa ou projeto.
− Avaliação de desempenho: refere-se ao que se faz com relação a uma política, pro-
grama ou projeto.
− Avaliação de processo: conjunto de ações destinadas a produzir um bem ou serviço
ou a desencadear alguma mudança numa dada realidade.
− Avaliação de produto: toda avaliação cujo foco recai sobre os produtos de uma política,
programa ou projeto, em suas várias dimensões.
◦ Avaliação de resultados: tem por objeto os resultados, também chamados de “ou-
tputs”, significando bens ou serviços de um programa ou projeto que são necessários
para que seus objetivos finais sejam alcançados.
◦ Avaliação de impactos: trata-se de avaliação de um ou mais resultados de médio ou longo
prazo, definidos como “impactos”, ou seja, consequências dos resultados imediatos.
◦ Avaliação de qualidade: o produto pode ser avaliado, também, quanto à sua qualidade.
− Avaliação ex ante: é uma concepção holística, iniciando no momento em que se define o
problema ou a necessidade que justifica uma política pública, um programa ou um projeto.
− Avaliação meio-termo ou intermediária: refere-se estritamente ao momento do tempo
em que é realizada a avaliação e, portanto, ao estágio da intervenção que é submetido
à avaliação.
− Avaliação ex post: refere-se, em especial, à avaliação que é concebida sem relação
com o planejamento e nem mesmo com o processo de implementação, sendo ado-
tada quando a política pública, o programa ou o projeto se encontra consolidado ou
em fase final.
− Avaliação de conformidade: corresponde ao exame da aderência à lei dos atos nor-
mativos da política pública, do programa ou do projeto e também dos atos do gestor
na condução das suas atividades, inclusive, na gestão da “coisa pública”.
− Avaliação formativa: também conhecida como “retroalimentadora”, tem por função
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− Avaliação somativa: tem por função subsidiar decisões finais sobre a continuidade ou
não de um programa ou um projeto associado à determinada política pública, como
redimensionamento do público-alvo, mitigação de efeitos colaterais etc.
− Avaliação interna: é aquela em que a intervenção (política pública, programa ou projeto)
é avaliada por uma equipe envolvida com sua implementação.
− Avaliação externa: aquela realizada por uma equipe que não possui envolvimento com
a implementação da política pública, do programa ou do projeto.
− Avaliação mista: é aquela conduzida por uma equipe interna em parceria com outra,
externa.

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CEBRASPE-CESPE/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DA ATIVIDADE CINEMATOGRÁ-
FICA E AUDIOVISUAL/2005) As exigências teóricas, metodológicas e técnicas apropriadas
à avaliação de problemas complexos e das intervenções, igualmente complexas, tais como
as políticas públicas, com as quais devem ser atacados, não são supridas pelas disciplinas
acadêmicas e suas especializações nem pelas técnicas de pesquisas convencionais oriundas
das ciências da natureza. As políticas públicas, dadas as suas idiossincrasias estruturais,
caracterizam-se como problemas quase estruturados. A respeito das características dessas
políticas públicas, julgue o item subsequente.
Esse tipo de problema é determinado por regras imprecisas e variáveis, que não são iguais
para todos. Os atores sociais criam as regras e, às vezes, as mudam para poder solucionar
os problemas.

002. (CEBRASPE-CESPE/TÉCNICO DE FINANÇAS/AL/2002) Julgue o item a seguir, relacio-


nado à gestão de políticas públicas.
A implementação de políticas públicas é o aspecto mais importante e o mais contemplado pela
literatura especializada na gestão de políticas públicas.

003. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA DE GESTÃO/TCE-PE/2017) Com relação a políticas


públicas no Brasil, julgue o item seguinte.
A inclusão de uma necessidade da população nas prioridades do poder público refere-se à etapa
de construção de agendas do processo de formulação e desenvolvimento de políticas públicas.

004. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA PLENO/MCT/2012) A


respeito das fases de políticas públicas, julgue o próximo item.
De acordo com o modelo bottom-up, a implementação transforma e adapta as políticas originais.

005. (CEBRASPE-CESPE/TÉCNICO DE FINANÇAS/AL/2002) Julgue o item a seguir, relacio-


nado à gestão de políticas públicas.
Políticas públicas são predominantemente iniciativas autônomas das instâncias governamen-
tais dotadas de responsabilidades legais sobre determinadas áreas de atuação ou questões
de interesse público.

006. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/2014) Julgue


o item subsecutivo, relativo às políticas públicas.
Ao planejar uma política pública, devem estar claros seu objeto e seus mecanismos de plane-
jamento e de avaliação.

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007. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2008) Com


referência aos conceitos e situações aplicáveis à administração pública, bem como à expe-
riência e à legislação brasileira nesse setor, julgue os itens.
As políticas são formas de atuar de uma organização, que refletem os objetivos estratégicos e
orientam os gerentes e demais empregados ou servidores em relação às situações que exigem
decisão e julgamento.
008. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA/MPU/2015) Julgue o item a seguir, relativo a políticas
públicas e planejamento governamental.
As políticas públicas correspondem à soma das atividades articuladas pelos governos para me-
lhorar a vida dos cidadãos. As decisões e análises sobre políticas públicas implicam responder
às seguintes questões: Quem ganha o quê? Por quê? E que diferença isso faz?
009. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA/MPU/2013) Julgue o próximo item, relativo a finanças
e políticas públicas.
Uma condição básica para elaboração e execução de políticas públicas é o aparelhamento do
estado, com capacidade técnica e governabilidade.
010. (CEBRASPE-CESPE/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DA ATIVIDADE CINEMATOGRÁ-
FICA E AUDIOVISUAL/2005) As exigências teóricas, metodológicas e técnicas apropriadas
à avaliação de problemas complexos e das intervenções, igualmente complexas, tais como
as políticas públicas, com as quais devem ser atacados, não são supridas pelas disciplinas
acadêmicas e suas especializações nem pelas técnicas de pesquisas convencionais oriundas
das ciências da natureza. As políticas públicas, dadas as suas idiossincrasias estruturais,
caracterizam-se como problemas quase estruturados. A respeito das características dessas
políticas públicas, julgue o item subsequente.
O problema específico está isolado de outros problemas e no caso de haver uma sequência
com outros, a solução de cada um não afeta a solução dos seguintes.
011. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/2014) Julgue
o item subsecutivo, relativo às políticas públicas.
A agenda política mostra as questões públicas a serem tratadas pelo Estado, sua prioridade e
importância.
012. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PE/2017) Acerca das
agências reguladoras e da construção de agendas de políticas públicas, julgue o item a seguir.
No processo de construção da agenda de políticas públicas, define-se a lista dos problemas ou
dos assuntos que chamam a atenção de atores governamentais e cidadãos em geral.
013. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TER-PE/2017) A formulação e o desen-
volvimento de políticas públicas seguem etapas sequenciais no chamado ciclo de políticas
públicas. Nesse ciclo, uma tarefa típica da etapa de construção de agendas consiste em

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a) organizar as demandas sociais.


b) realizar estudo técnico de soluções para um problema público.
c) construir alianças políticas.
d) julgar os efeitos previstos para uma política pública.
e) designar atores responsáveis pela execução de tarefas intermediárias para a implementação
de um programa público.
014. (CEBRASPE-CESPE/TÉCNICO DE FINANÇAS/AL/2002) Julgue o item a seguir, relacio-
nado à gestão de políticas públicas.
A mobilização dos atores resulta na percepção de certos problemas e, consequentemente, na
sua inclusão na agenda política.
015. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2013) Com relação
à construção de agenda, formulação e avaliação de políticas públicas, julgue o item subsequente.
A ocorrência de eventos ou crises pode suscitar a emergência de problemas ou assuntos, não
sendo suficiente, contudo, para impelir a entrada de um assunto na agenda.
016. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL/INSS/2016) No que se refere à
conceituação de políticas públicas no Estado moderno e ao processo de elaboração dessas
políticas, julgue o seguinte item.
Independentemente da tipologia adotada, é comum às políticas públicas o fato de se constituí-
rem em espaços de poder onde se disputam recursos e a visão de mundo que orienta a ação
sobre a realidade.
017. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR DO ESTADO/CAGE-RS/2018) Vários atores participam
e influenciam, direta ou indiretamente, o processo de formulação de políticas públicas, a
exemplo de atores estatais ou públicos, entre os quais se incluem
a) os burocratas e os designados politicamente.
b) as organizações de terceiro setor e os meios de comunicação.
c) os empresários e as sociedades civis organizadas.
d) os grupos de interesse e os fornecedores.
e) os políticos e os grupos de pressão.
018. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2015) Julgue
o próximo item, relativo à política pública e sua forma de avaliação.
Do processo de formulação de uma política pública participam, basicamente, dois tipos de
atores: os estatais e os privados.
019. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL/INSS/2016) No que se refere à
conceituação de políticas públicas no Estado moderno e ao processo de elaboração dessas
políticas, julgue o seguinte item.
Políticas públicas distributivas são menos conflituosas que políticas redistributivas, uma vez
que os recursos destinados às distributivas são alocados pelo Estado, não ficando explícito
quem paga ou quem perde com as decisões tomadas pelo poder público.

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020. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL/INSS/2016) No que se refere à


conceituação de políticas públicas no Estado moderno e ao processo de elaboração dessas
políticas, julgue o seguinte item.
A fase de formulação de uma política pública refere-se ao processo de criação de opções so-
bre o que fazer a respeito de um problema público, incluindo-se a identificação de restrições
técnicas e políticas à ação do Estado.
021. (CEBRASPE-CESPE/SOCIÓLOGO/DPU/2016) Considerando os planos, programas e
conferências produzidos e promovidos pelo governo federal no processo de formulação e
implementação de políticas públicas no Brasil, julgue o item seguinte.
A formulação de políticas públicas deve ser compreendida como o processo por meio do qual
os governos traduzem seus propósitos em programas e ações, que produzirão os resultados
ou as mudanças desejadas no mundo real.
022. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA DE GESTÃO/TCE-PE/2017) Acerca da formulação e
implementação de políticas públicas e do planejamento na administração pública, julgue o
item seguinte.
A formulação e a implementação de políticas públicas são processos idênticos, razão por que
esses termos podem ser utilizados de forma intercambiável.
023. (CEBRASPE-CESPE/OFICIAL DE INTELIGÊNCIA/ABIN/2018) A respeito de formulação,
análise e avaliação de políticas públicas, julgue o item que se segue.
A extinção é considerada a última fase do ciclo de políticas públicas porque trata da reflexão
sobre os limites das políticas públicas, seu esgotamento e sua substituição por novas políticas.
024. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/2014) Julgue
o item subsecutivo, relativo às políticas públicas.
Ao planejar uma política pública, devem estar claros seu objeto e seus mecanismos de plane-
jamento e de avaliação.
025. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA PLENO/MCT/2012)
Julgue o item a seguir, relativos a políticas públicas.
No campo de análise das políticas públicas, essas políticas funcionam como inputs do siste-
ma político.
026. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2013) Com relação
à construção de agenda, formulação e avaliação de políticas públicas, julgue o item subsequente.
A avaliação de uma política pública compreende a definição de critérios, indicadores e padrões.
027. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2015) Julgue
o próximo item, relativo à política pública e sua forma de avaliação.
A coleta e a análise de todos os dados disponíveis são requisitos necessários para a construção
de indicadores que visem avaliar a qualidade de programas governamentais.

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028. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA DE GESTÃO/TCE-PE/2017) Com relação a políticas


públicas no Brasil, julgue o item seguinte.
A última etapa do ciclo de políticas públicas é a avaliação, que consiste na mensuração de
resultados e de impactos com o propósito de compará-los às metas originais.
029. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO GRAN-
DE DO NORTE/2015) Julgue o item seguinte a respeito de planejamento e avaliação das
políticas públicas.
Para simplificar o processo de avaliação dos programas de governo, deve ser único e exclusivo
o indicador de desempenho de cada programa.
030. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO GRAN-
DE DO NORTE/2015) Julgue o item seguinte a respeito de planejamento e avaliação das
políticas públicas.
O uso da economicidade como indicador de desempenho visa estabelecer o grau com que o
programa atinge as metas e os objetivos traçados.
031. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/TCE-SC/2016) Com re-
ferência ao planejamento e à avaliação de políticas públicas no Brasil, julgue o item subsequente.
Com base no modelo de cadeia de valor, insumos, processos, produtos e impactos são os elementos
que devem ser considerados no desenvolvimento de indicadores para a avaliação de programas.
032. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/2014) Julgue
o item subsecutivo, relativo às políticas públicas.
A avaliação de uma política pública deve ser realizada após o término de sua implementação,
uma vez que não é possível realizar controle parcial.
033. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TER-PE/2017) A formulação e o desen-
volvimento de políticas públicas seguem etapas sequenciais no chamado ciclo de políticas
públicas. Nesse ciclo, uma tarefa típica da etapa de construção de agendas consiste em
a) organizar as demandas sociais.
b) realizar estudo técnico de soluções para um problema público.
c) construir alianças políticas.
d) julgar os efeitos previstos para uma política pública.
e) designar atores responsáveis pela execução de tarefas intermediárias para a implementação
de um programa público.
034. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA DE GESTÃO/TCE-PE/2017) No que se refere ao plane-
jamento estratégico e à avaliação das políticas públicas, julgue o item subsequente.
De acordo com os princípios da gestão por resultados, a avaliação de resultados de um dado
programa inicia-se antes mesmo da execução do programa em questão: o objetivo é garantir
que o desenho programático da intervenção atenda integralmente ao que foi planejado.

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035. (CEBRASPE-CESPE/TECNÓLOGO EM GESTÃO PÚBLICA/EBSERH/2018) Acerca de


avaliações de políticas públicas e programas governamentais, julgue o item seguinte.
A avaliação de um programa deve ser realizada à luz dos contextos sociais pelos quais o pro-
grama é implantado.
036. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-PI/2016/ADAPTADA) Em relação às
políticas públicas e ao processo de comunicação, julgue o item.
A implementação de uma política pública é o momento em que se efetiva a ação e se coloca
em prática a decisão política, inexistindo pré-condição para tanto.
037. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/TCE-SC/ADMINIS-
TRAÇÃO/2016) Com referência ao planejamento e à avaliação de políticas públicas no Brasil,
julgue o item subsequente.
As avaliações informais de programas e projetos de governo carecem de coleta formal de evidên-
cias e dependem da experiência do avaliador, ao passo que as avaliações formais baseiam-se
em procedimentos sistemáticos que alicerçam a emissão de opinião.
038. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/CADE/2014) Julgue o
item a seguir, referente à avaliação de políticas públicas.
Um dos objetivos da avaliação de desempenho é averiguar se a condução da política ou do
programa pelo gestor está em conformidade com a legislação vigente.
039. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/CADE/2014) Julgue o
item a seguir, referente à avaliação de políticas públicas.
Na análise do custo-benefício de um programa, é essencial que os custos e os benefícios desse
programa sejam transformados em unidades monetárias.
040. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/CADE/2014) Julgue o
item a seguir, referente à avaliação de políticas públicas.
A análise de custo-efetividade de um programa é recomendada sempre que houver dificuldade
na estimativa dos benefícios desse programa em valores monetários.
041. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO
NORTE/2015) Julgue o item seguinte a respeito de planejamento e avaliação das políticas públicas.
A análise custo-efetividade exige a monetarização dos impactos causados pela política pública.
042. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/TCE-MG/ADMINISTRA-
ÇÃO/2018) Assinale a opção que indica a avaliação que busca verificar se determinada
política pública responde a um problema bem delimitado e evita a ocorrência de erros de
formulação e desenho.
a) avaliação de resultados
b) avaliação ex post
c) avaliação de processos
d) avaliação ex ante
e) avaliação de performance

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043. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO/IBAMA/2022) No que diz respeito


a políticas públicas, julgue o item seguinte.
Um programa para atendimento de uma política pública deve ter um objetivo compreensível,
conciso e essencial, e o conjunto de objetivos das ações que compõem o programa deve ser
tratado de maneira hierarquizada, em função da essencialidade.
044. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA DE APOIO À ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA/DP DF/
ADMINISTRAÇÃO/2022) Quanto aos aspectos de intermediação de interesses, mudanças
institucionais, construção de agendas e políticas públicas, julgue o item seguinte.
As demandas do público sobre algum tipo de ação concreta do Estado em relação a determi-
nado assunto que cause preocupação, mesmo que não desperte a atenção dos membros do
governo, fazem parte da agenda governamental.
045. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR DO ESTADO/SECONT ES/ADMINISTRAÇÃO/2022) A
respeito do processo de formulação e desenvolvimento de políticas, julgue o item subsequente.
Custos mensais envolvidos e quantidade de horas de serviço mensais a serem distribuídas na
implantação de determinada política pública são exemplos de indicadores de projeto.
046. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR DO ESTADO/SECONT ES/ADMINISTRAÇÃO/2022) A
respeito do processo de formulação e desenvolvimento de políticas, julgue o item subsequente.
O modelo lógico utilizado para o desenho e a implementação de uma política pública constitui-se
das seguintes fases: levantamento de insumos; identificação das atividades a serem realizadas;
observação dos resultados; e avaliação dos impactos.
047. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO/IBAMA/2022) No que diz respeito
a políticas públicas, julgue o item seguinte.
A avaliação executiva de uma política pública fornece subsídios aos gestores para que possam
promover o aprimoramento e redirecionamento de ações, caso necessário.
048. (CEBRASPE-CESPE/ATIVIDADES TÉCNICAS DE COMPLEXIDADE GERENCIAL/MJSP/
TÉCNICO ESPECIALIZADO EM FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO/2021) Julgue o item seguinte,
referentes a planejamento de políticas públicas, avaliação ex ante e avaliação ex post.
Na análise ex ante de uma política pública, fica dispensada a estimativa de custos quando os
fatores de análise forem de difícil mensuração, desde que os benefícios fiquem claramente
evidenciados.
049. (CEBRASPE-CESPE/ATIVIDADES TÉCNICAS DE COMPLEXIDADE GERENCIAL/MJSP/
TÉCNICO ESPECIALIZADO EM FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO/2021) Julgue o item seguinte,
referentes a planejamento de políticas públicas, avaliação ex ante e avaliação ex post.
Quando se identificar que há fragmentação na execução de uma política pública devido à exis-
tência de mais de uma instituição atuando com o mesmo objetivo, será necessária a intervenção
governamental.

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050. (CEBRASPE-CESPE/CONSULTOR LEGISLATIVO/SEN/ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA/2002)


Quanto às formas de exercício de funções públicas, julgue o item que se segue.
Instâncias representativas, tais como conselhos, fóruns e comitês, devem ter caráter estrita-
mente consultivo.
051. (CEBRASPE-CESPE/SOCIÓLOGO/DPU/2016) Considerando os planos, programas e
conferências produzidos e promovidos pelo governo federal no processo de formulação e
implementação de políticas públicas no Brasil, julgue o item seguinte.
Nos países de frágil tradição democrática, as políticas públicas deveriam ser globais, em três
sentidos: a) por dizerem respeito ao Estado, e não apenas ao governo; b) por não deverem se
restringir ao período de um único governo; e c) por necessariamente contarem, em sua elabo-
ração, com a participação do Judiciário.
052. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE PE/JUDICIÁRIA/2017) Os conse-
lhos de gestão responsáveis por estabelecer as diretrizes para as políticas públicas em suas
respectivas áreas de atuação são conhecidos como
a) deliberativos.
b) executivos.
c) fiscalizadores.
d) normativos.
e) consultivos.
053. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/AUDITORIA
GOVERNAMENTAL/2015) Julgue o próximo item, relativo a política pública e sua forma de
avaliação.
Para que tenha validade, o controle social de determinada política pública deve ser realizado
por movimentos sociais organizados, capazes de avaliar de forma técnica e objetiva cada ação
relativa a tal política.
054. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/2014) Julgue
os itens subsecutivos, relativos às políticas públicas.
Os conselhos de políticas setoriais são um mecanismo disponível para o controle social dos
cidadãos em relação à proposição de políticas públicas.
055. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/1998) Uma das
características da sociedade democrática contemporânea é a crescente capacidade associa-
tiva, quer para a defesa de direitos gerais ou específicos, quer para a prestação de serviços
sociais. A respeito desse fenômeno, julgue os seguintes itens.
A ideia de controle social apoia-se na prerrogativa de o cidadão poder solicitar, em alguns casos,
auditoria de gestão em organizações estatais.

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056. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR GOVERNAMENTAL/CGE PI/GERAL/2015) Julgue o item


a seguir, relativo à evolução da administração pública.
A transparência, referente à possibilidade de acesso do cidadão às informações governamentais,
é um elemento essencial para o controle do aparelho do Estado pela sociedade.
057. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉCNICO
E ADMINISTRATIVO/PLANEJAMENTO E GESTÃO/2008) Com referência aos conceitos e
situações aplicáveis à administração pública, bem como à experiência e à legislação brasileira
nesse setor, julgue os itens.
Com vistas à democratização do controle social, a Constituição Federal conferiu, exclusiva-
mente a organizações não governamentais criadas com o objetivo de acompanhar e avaliar
a execução orçamentária e financeira do governo, a prerrogativa de formular denúncias sobre
irregularidades aos órgãos de controle interno, que deverão investigá-las e instruí-las perante
os tribunais de contas das respectivas jurisdições, aos quais caberá manifestar-se em instância
final sobre as referidas denúncias.
058. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO GRAN-
DE DO NORTE/2015) Acerca de modelos e conceitos relacionados à administração pública,
julgue o item que se segue.
A participação social está entre as formas de se promover centralização do processo decisório,
pois cada ator social toma decisão a respeito do que lhe cabe.
059. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/TCE-SC/CONTRO-
LE EXTERNO/ADMINISTRAÇÃO/2016) Acerca da transparência na administração pública,
julgue o item a seguir.
Controle e participação social podem ocorrer tanto no planejamento quanto na execução das
ações de governo.

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GABARITO

1. C 36. E
2. E 37. C
3. C 38. E
4. C 39. C
5. E 40. C
6. C 41. E
7. C 42. d
8. C 43. C
9. C 44. E
10. E 45. E
11. C 46. E
12. C 47. C
13. a 48. E
14. C 49. C
15. C 50. e
16. C 51. E
17. a 52. D
18. C 53. E
19. C 54. C
20. C 55. E
21. C 56. C
22. E 57. E
23. C 58. E
24. C 59. C
25. E
26. C
27. E
28. C
29. E
30. E
31. C
32. E
33. a
34. E
35. C

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GABARITO COMENTADO
001. (CEBRASPE-CESPE/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DA ATIVIDADE CINEMATOGRÁ-
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à avaliação de problemas complexos e das intervenções, igualmente complexas, tais como
as políticas públicas, com as quais devem ser atacados, não são supridas pelas disciplinas
acadêmicas e suas especializações nem pelas técnicas de pesquisas convencionais oriundas
das ciências da natureza. As políticas públicas, dadas as suas idiossincrasias estruturais,
caracterizam-se como problemas quase estruturados. A respeito das características dessas
políticas públicas, julgue o item subsequente.
Esse tipo de problema é determinado por regras imprecisas e variáveis, que não são iguais
para todos. Os atores sociais criam as regras e, às vezes, as mudam para poder solucionar os
problemas.

Uma das características das políticas públicas é a sua maneira de ser vista por cada ator da
arena. Portanto, o ator que planeja determinada política pública não está fora da realidade, pois
essa realidade que ele planeja contém outros sujeitos criativos, que também planejam, ou seja,
visualizam cada detalhe de uma política pública de maneira peculiar.
Certo.

002. (CEBRASPE-CESPE/TÉCNICO DE FINANÇAS/AL/2002) Julgue o item a seguir, relacio-


nado à gestão de políticas públicas.
A implementação de políticas públicas é o aspecto mais importante e o mais contemplado pela
literatura especializada na gestão de políticas públicas.

É claro que não há como afirmarmos qual seria o aspecto mais importante e mais contemplado
pela literatura especializada na gestão de políticas públicas. Aliás, a ideia é de um ciclo, com
etapas interdependentes e inter-relacionadas entre si.
Errado.

003. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA DE GESTÃO/TCE-PE/2017) Com relação a políticas


públicas no Brasil, julgue o item seguinte.
A inclusão de uma necessidade da população nas prioridades do poder público refere-se à
etapa de construção de agendas do processo de formulação e desenvolvimento de políti-
cas públicas.

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Quando uma demanda é incluída na agenda, esse fato social adquiriu status de “problema pú-
blico”, transformando-os em objeto de debates e controvérsias políticas. Portanto, a etapa de
construção de agendas consiste em organizar as demandas sociais.
Certo.

004. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA PLENO/MCT/2012) A


respeito das fases de políticas públicas, julgue o próximo item.
De acordo com o modelo bottom-up, a implementação transforma e adapta as políticas originais.

O modelo bottom-up é um modelo de baixo para cima; portanto, é dizer que esse modelo ana-
lisa as demandas em sua base, pelos atores de escalões inferiores, remodelando as políticas
públicas originalmente concebidas pelo alto escalão.
Certo.

005. (CEBRASPE-CESPE/TÉCNICO DE FINANÇAS/AL/2002) Julgue o item a seguir, relacio-


nado à gestão de políticas públicas.
Políticas públicas são predominantemente iniciativas autônomas das instâncias governamen-
tais dotadas de responsabilidades legais sobre determinadas áreas de atuação ou questões
de interesse público.

Políticas públicas não são predominantemente iniciativas autônomas das instâncias gover-
namentais, mas decisões que contam com a participação de diversos setores da sociedade.
Errado.

006. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/2014) Julgue


o item subsecutivo, relativo às políticas públicas.
Ao planejar uma política pública, devem estar claros seu objeto e seus mecanismos de plane-
jamento e de avaliação.

Políticas públicas exigem planejamento. E planejamento implica a formulação de um ou vários


planos detalhados para conseguir um perfeito equilíbrio entre o que se quer e o que se pede,
ou seja, equilíbrio entre as necessidades e as demandas com os recursos de que se dispõe.
Certo.

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007. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2008) Com


referência aos conceitos e situações aplicáveis à administração pública, bem como à expe-
riência e à legislação brasileira nesse setor, julgue os itens.
As políticas são formas de atuar de uma organização, que refletem os objetivos estratégicos e
orientam os gerentes e demais empregados ou servidores em relação às situações que exigem
decisão e julgamento.

Como vimos, o conceito de políticas envolve diretrizes de ação. A questão, lógico, situa-se no
âmbito das políticas públicas, envolvendo diretrizes, objetivos e metas de uma administra-
ção pública.
Certo.

008. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA/MPU/2015) Julgue o item a seguir, relativo a políticas


públicas e planejamento governamental.
As políticas públicas correspondem à soma das atividades articuladas pelos governos para me-
lhorar a vida dos cidadãos. As decisões e análises sobre políticas públicas implicam responder
às seguintes questões: Quem ganha o quê? Por quê? e Que diferença isso faz?

Ainda que as políticas públicas envolvam atores da sociedade, o governo é que possui a “últi-
ma palavra”. Política pública é a soma das atividades dos governos, que agem diretamente ou
através de delegação, e que influenciam a vida dos cidadãos.
Certo.

009. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA/MPU/2013) Julgue o próximo item, relativo a finanças


e políticas públicas.
Uma condição básica para elaboração e execução de políticas públicas é o aparelhamento do
estado, com capacidade técnica e governabilidade.

Questão dada, não é mesmo?


A questão trata de dois conceitos importantes nos estudos sobre políticas públicas: governança
e governabilidade. Enquanto a governança se relaciona com a competência técnica e geren-
cial do governo, a governabilidade se refere à dimensão estatal do exercício do poder, ou seja,
compreende a capacidade do governo de tomar decisões.
Certo.

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010. (CEBRASPE-CESPE/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DA ATIVIDADE CINEMATOGRÁ-


FICA E AUDIOVISUAL/2005) As exigências teóricas, metodológicas e técnicas apropriadas
à avaliação de problemas complexos e das intervenções, igualmente complexas, tais como
as políticas públicas, com as quais devem ser atacados, não são supridas pelas disciplinas
acadêmicas e suas especializações nem pelas técnicas de pesquisas convencionais oriundas
das ciências da natureza. As políticas públicas, dadas as suas idiossincrasias estruturais,
caracterizam-se como problemas quase estruturados. A respeito das características dessas
políticas públicas, julgue o item subsequente.
O problema específico está isolado de outros problemas e no caso de haver uma sequência
com outros, a solução de cada um não afeta a solução dos seguintes.

Considerando a análise de políticas públicas, todo tomador de decisão pode se deparar com
um problema específico, que tanto pode ser isolado em relação aos demais problemas, como
enfatizado em comparação com os demais.
Assim, esses problemas podem ser selecionados e classificados de acordo com seu nível de
importância. No entanto, havendo uma relação de dependência entre problemas detectados,
a solução individual afetará a solução conjunta. Exemplo: um dado problema específico no
contexto do planejamento de orçamento público e sua consequente opção de solução poderá
ensejar uma cadeia de eventos a se estender por todo o ciclo orçamentário.
Errado.

011. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/2014) Julgue


o item subsecutivo, relativo às políticas públicas.
A agenda política mostra as questões públicas a serem tratadas pelo Estado, sua prioridade e
importância.

Como afirma a questão anterior, a inclusão de uma necessidade da população nas prioridades
do poder público refere-se à etapa de construção de agendas do processo de formulação e
desenvolvimento de políticas públicas.
Uma agenda de políticas públicas é uma lista de prioridades inicialmente estabelecidas, às
quais os governos devem dedicar suas energias e atenções, e entre as quais os atores lutam
arduamente para incluir as questões de seu interesse.
Certo.

012. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PE/2017) Acerca das


agências reguladoras e da construção de agendas de políticas públicas, julgue o item a seguir.
No processo de construção da agenda de políticas públicas, define-se a lista dos problemas ou
dos assuntos que chamam a atenção de atores governamentais e cidadãos em geral.

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A etapa da agenda considera a inclusão de determinado pleito ou necessidade social na agenda


governamental, ou seja, na lista de prioridades do poder público.
Frequentemente, a inclusão na agenda induz e justifica uma intervenção pública legítima sob
a forma de decisão das autoridades públicas.
Certo.

013. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TER-PE/2017) A formulação e o desen-


volvimento de políticas públicas seguem etapas sequenciais no chamado ciclo de políticas
públicas. Nesse ciclo, uma tarefa típica da etapa de construção de agendas consiste em
a) organizar as demandas sociais.
b) realizar estudo técnico de soluções para um problema público.
c) construir alianças políticas.
d) julgar os efeitos previstos para uma política pública.
e) designar atores responsáveis pela execução de tarefas intermediárias para a implementação
de um programa público.

É para não errar, ok?


Quando falamos em construção de agendas, estamos organizando a prioridade de demandas
sociais que serão objetos de intervenção legítima do governo!
Logo, a etapa de construção de agendas consiste em organizar as demandas sociais.
Letra a.

014. (CEBRASPE-CESPE/TÉCNICO DE FINANÇAS/AL/2002) Julgue o item a seguir, relacio-


nado à gestão de políticas públicas.
A mobilização dos atores resulta na percepção de certos problemas e, consequentemente, na
sua inclusão na agenda política.

Como enfatizamos, de forma bem simples, podemos dizer que o processo de formação de uma
política pública começa a partir da identificação de um problema ou de um estado de coisas
que demande uma intervenção governamental.
No entanto, também sabemos que, para que uma questão entre na agenda governamental, não
basta ser considerada problemática. É preciso também que se torne um problema político a
partir de mobilização política, por meio da qual atores articulados consigam fazer com que a
situação seja reconhecida como problema e entre na agenda governamental.

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Apesar de a banca ter considerado a assertiva como certa, isso não ocorre de forma automática,
ou seja, não basta apenas a mobilização de atores para que determinado problema entre na
agenda; é necessário, ainda, que o Estado queira aceitar e incluir essa demanda.
Certo.

015. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2013) Com


relação à construção de agenda, formulação e avaliação de políticas públicas, julgue o item
subsequente.
A ocorrência de eventos ou crises pode suscitar a emergência de problemas ou assuntos, não
sendo suficiente, contudo, para impelir a entrada de um assunto na agenda.

Como se afirmou na questão anterior, para entrar na agenda governamental, não basta que uma
questão seja considerada problemática. É preciso, além da mobilização de atores, que essa
demanda também que se torne um problema político.
Assim, temos que a ocorrências de crises ou eventos não dependerá apenas de seu caráter
emergencial para que possa adentrar à agenda pública; isso porque, determinadas temáticas
que contrariam os códigos de valores de uma sociedade ou ameaçam fortes interesses, podem
enfrentar obstáculos diversos e de variada intensidade à sua transformação de um “estado de
coisas” em um “problema político” - e, portanto, à sua inclusão na agenda governamental.
Certo.

016. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL/INSS/2016) No que se refere à


conceituação de políticas públicas no Estado moderno e ao processo de elaboração dessas
políticas, julgue o seguinte item.
Independentemente da tipologia adotada, é comum às políticas públicas o fato de se constituí-
rem em espaços de poder onde se disputam recursos e a visão de mundo que orienta a ação
sobre a realidade.

Esses espaços de poder que o item apresenta são as chamadas “arenas políticas”, ou seja, a
delimitação imaginária de determinado campo onde são discutidas as políticas públicas. Nesse
espaço imaginário são mobilizados os conflitos, as alianças e as negociações entre os atores
chamados estatais e os atores denominados privados.
Certo.

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017. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR DO ESTADO/CAGE-RS/2018) Vários atores participam


e influenciam, direta ou indiretamente, o processo de formulação de políticas públicas, a
exemplo de atores estatais ou públicos, entre os quais se incluem
a) os burocratas e os designados politicamente.
b) as organizações de terceiro setor e os meios de comunicação.
c) os empresários e as sociedades civis organizadas.
d) os grupos de interesse e os fornecedores.
e) os políticos e os grupos de pressão.

Cada arena política tem uma configuração de atores bastante diferente, com prevalência de
alguns sobre outros.
A questão apresenta exemplos de atores públicos na letra A. Os burocratas são aqueles que
compõem o corpo de funcionários públicos de um Estado. Os designados politicamente são
aqueles indicados pelos políticos eleitos para desempenhar funções de direção, chefia e asses-
soramento na Administração Pública.
As letras B, C e D apresentam exemplos de atores privados. A letra E apresenta um exemplo de
ator público e um exemplo de ator privado.
Letra a.

018. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2015) Julgue


o próximo item, relativo à política pública e sua forma de avaliação.
Do processo de formulação de uma política pública participam, basicamente, dois tipos de
atores: os estatais e os privados.

Os atores básicos na formulação das políticas públicas são: os chamados estatais, oriundos
do Governo ou do Estado, e os denominados privados, oriundos da sociedade civil.
Certo.

019. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL/INSS/2016) No que se refere à


conceituação de políticas públicas no Estado moderno e ao processo de elaboração dessas
políticas, julgue o seguinte item.
Políticas públicas distributivas são menos conflituosas que políticas redistributivas, uma vez
que os recursos destinados às distributivas são alocados pelo Estado, não ficando explícito
quem paga ou quem perde com as decisões tomadas pelo poder público.

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A questão trata de duas das classificações da tipologia de Theodore Lowi.


As políticas distributivas são aquelas que alocam bens ou serviços a frações específicas da
sociedade (categorias de pessoas, localidades, regiões, grupos sociais etc.) mediante recursos
provenientes da coletividade como um todo.
Já as políticas redistributivas são aquelas que distribuem bens ou serviços a segmentos par-
ticularizados da população por intermédio de recursos oriundos de outros grupos específicos.
São conflituosas e nem sempre virtuosas.

Ex.: reforma agrária, distribuição de royalties do petróleo, política de transferência de recursos


inter-regionais, política tributária etc.
Certo.

020. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL/INSS/2016) No que se refere à


conceituação de políticas públicas no Estado moderno e ao processo de elaboração dessas
políticas, julgue o seguinte item.
A fase de formulação de uma política pública refere-se ao processo de criação de opções so-
bre o que fazer a respeito de um problema público, incluindo-se a identificação de restrições
técnicas e políticas à ação do Estado.

A etapa de formulação de políticas públicas inclui a seleção e especificação da alternativa


considerada mais conveniente para cada demanda, a declaração da decisão adotada, seus
objetivos e seus marcos jurídico, administrativo e financeiro.
Certo.

021. (CEBRASPE-CESPE/SOCIÓLOGO/DPU/2016) Considerando os planos, programas e


conferências produzidos e promovidos pelo governo federal no processo de formulação e
implementação de políticas públicas no Brasil, julgue o item seguinte.
A formulação de políticas públicas deve ser compreendida como o processo por meio do qual
os governos traduzem seus propósitos em programas e ações, que produzirão os resultados
ou as mudanças desejadas no mundo real.

O item apresenta o conceito de políticas públicas conforme a autora Celina Souza12:

12
SOUZA, C. Políticas públicas: questões temáticas e de pesquisa. Caderno CRH, Salvador, n. 39, jul./dez. 2003.

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Campo do conhecimento que busca, ao mesmo tempo, “colocar o governo em ação” e/ou analisar
essa ação (variável independente) e, quando necessário, propor mudanças no rumo ou curso des-
sas ações e ou entender por que o como as ações tomaram certo rumo em lugar de outro (variável
dependente). Em outras palavras, o processo de formulação de política pública é aquele através
do qual os governos traduzem seus propósitos em programas e ações, que produzirão resultados
ou as mudanças desejadas no mundo real.

Num conceito mais amplo, podemos entender a formulação de políticas públicas como tudo aquilo
que um governo faz e deixa de fazer, com todos os impactos de suas ações e de suas omissões.
Certo.

022. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA DE GESTÃO/TCE-PE/2017) Acerca da formulação e imple-


mentação de políticas públicas e do planejamento na administração pública, julgue o item seguinte.
A formulação e a implementação de políticas públicas são processos idênticos, razão por que
esses termos podem ser utilizados de forma intercambiável.

A formulação e a implementação de políticas públicas não são processos idênticos!


Como vimos, formulação e a implementação são etapas distintas do ciclo de políticas públicas.
A formulação é o momento onde se formulam soluções e alternativas para o problema, podendo
ser entendido como o momento de diálogo entre intenções e ações.
A implementação envolve uma série de preparação nos sistemas ou atividades da administra-
ção pública.
Errado.

023. (CEBRASPE-CESPE/OFICIAL DE INTELIGÊNCIA/ABIN/2018) A respeito de formulação,


análise e avaliação de políticas públicas, julgue o item que se segue.
A extinção é considerada a última fase do ciclo de políticas públicas porque trata da reflexão
sobre os limites das políticas públicas, seu esgotamento e sua substituição por novas políticas.

A questão se baseia na literatura de Secchi (2011)13. Segundo o autor, o ciclo de políticas públi-
cas (policy cycle) possui sete fases no processo:
• Identificação do problema;
• Formação da agenda;
• Formulação de alternativas;
• Tomada de decisão;
• Implementação;
• Avaliação; e
• Extinção.

13
SECCHI, L. Políticas Públicas: conceitos, esquemas de análise, casos práticos. São Paulo: Cengage Learning, 2011.

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Na identificação do problema, o problema se considera como a discrepância entre o status quo


e uma situação ideal possível. Um problema público é a diferença entre o que é, e aquilo que se
gostaria que fosse a realidade pública.
O seguinte passo é a formação da agenda. A agenda é um conjunto de problemas ou temas
entendidos como relevantes.
Na terceira etapa, ou seja, na formulação de alternativas, é o momento em que são elaborados
métodos, programas, estratégias ou ações que poderão alcançar os objetivos estabelecidos.
Já a tomada de decisão representa o momento em que os interesses dos atores são equacio-
nados e as intenções (objetivos e métodos) de enfrentamento de um problema público são
explicitadas.
A implementação da política pública busca visualizar, por meio de instrumentos analíticos
mais estruturados, os obstáculos e as falhas que costumam acometer essa fase do processo
nas diversas áreas de política pública (saúde, educação, habitação, saneamento, políticas de
gestão, etc.).
A avaliação é o processo de julgamentos deliberados sobre a validade de propostas para a ação
pública, bem como, sobre o sucesso ou a falha de projetos que foram colocados em prática.
Por fim, a última etapa, a extinção da política, origina-se com base em três causas: o problema
que originou a política é percebido como resolvido; os programas, as leis ou as ações que ati-
vavam a política pública são percebidos como ineficazes; ou o problema perdeu importância.
É nesta fase que faz uma reflexão sobre os limites das políticas públicas, seu esgotamento e
necessidade de substituição por novas políticas.
Certo.

024. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/2014) Julgue


o item subsecutivo, relativo às políticas públicas.
Ao planejar uma política pública, devem estar claros seu objeto e seus mecanismos de plane-
jamento e de avaliação.

Vamos resolver a questão apenas tomando como base um conceito de políticas públicas14 (grifei):

Sistema de decisões públicas que visa a ações ou omissões, preventivas ou corretivas, destinadas
a manter ou modificar a realidade de um ou vários setores da vida social, por meio da definição
de objetivos e estratégias de atuação e da alocação dos recursos necessários para atingir os
objetivos estabelecidos.

Certo.

14
SARAVIA, E.; FERRAREZI, E. Políticas Públicas. Coletânea. Brasília: ENAP, 2006.

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025. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA PLENO/MCT/2012)


Julgue o item a seguir, relativos a políticas públicas.
No campo de análise das políticas públicas, essas políticas funcionam como inputs do siste-
ma político.

As políticas públicas são outputs (e não inputs), resultantes da atividade política. Os inputs
(entradas) são as demandas.
Errado.

026. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2013) Com


relação à construção de agenda, formulação e avaliação de políticas públicas, julgue o item
subsequente.
A avaliação de uma política pública compreende a definição de critérios, indicadores e padrões.

Avaliar uma política pública é examinar seu processo de implementação, a fim de conhecer me-
lhor o estado da política e o nível de redução do problema que a gerou. Assim, essa avaliação
compreende a definição de critérios, indicadores e padrões.
Critérios são mecanismos que servem como base para escolhas e julgamentos. Indicadores
são artifícios que podem ser criados para medir input (entrada), output (saída) e outcome (re-
sultado). Por fim, os padrões dão referências para a formulação dos indicadores.
Certo.

027. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2015) Julgue


o próximo item, relativo à política pública e sua forma de avaliação.
A coleta e a análise de todos os dados disponíveis são requisitos necessários para a construção
de indicadores que visem avaliar a qualidade de programas governamentais.

Captou o erro?
Quem pretende sair utilizando todos os dados, acaba não medindo nada!
Errado.

028. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA DE GESTÃO/TCE-PE/2017) Com relação a políticas


públicas no Brasil, julgue o item seguinte.
A última etapa do ciclo de políticas públicas é a avaliação, que consiste na mensuração de
resultados e de impactos com o propósito de compará-los às metas originais.

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Afirmação que está bem coerente com o que vimos até aqui. A avaliação consiste na mensuração
e análise dos efeitos produzidos ou a serem produzidos na sociedade pelas políticas públicas.
Ela confronta os resultados alcançados com os objetivos e metas previamente estabelecidos.
Certo.

029. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO GRAN-


DE DO NORTE/2015) Julgue o item seguinte a respeito de planejamento e avaliação das
políticas públicas.
Para simplificar o processo de avaliação dos programas de governo, deve ser único e exclusivo
o indicador de desempenho de cada programa.

É claro que não! Em termos de avaliação, o que se quer medir é que vai determinar quais cri-
térios, indicadores e padrões podem ser utilizados.
No entanto, é importante que se diga que o contrário também não é verdade, ou seja, não po-
demos utilizar indicadores em números ilimitados, caso contrário, a efetividade da medição
fica comprometida.
Em suma, os indicadores devem ser utilizados na medida do contexto, e não de forma única ou
ilimitada. Nada de “quanto mais melhor!”.
Errado.

030. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO GRAN-


DE DO NORTE/2015) Julgue o item seguinte a respeito de planejamento e avaliação das
políticas públicas.
O uso da economicidade como indicador de desempenho visa estabelecer o grau com que o
programa atinge as metas e os objetivos traçados.

O grau com que o programa atinge as metas e os objetivos traçados se relaciona com indicador
de eficácia, e não economicidade.
A economicidade está alinhada ao conceito de obtenção e uso de recursos com o menor
ônus possível.
Errado.

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031. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/TCE-SC/2016) Com re-


ferência ao planejamento e à avaliação de políticas públicas no Brasil, julgue o item subsequente.
Com base no modelo de cadeia de valor, insumos, processos, produtos e impactos são os elementos
que devem ser considerados no desenvolvimento de indicadores para a avaliação de programas.

O chamado “modelo da Cadeia de Valor e dos 6Es do Desempenho” se constitui das dimensões
de esforço e de resultado desdobradas nas dimensões de esforço (economicidade, execução
e excelência) e de resultado (eficiência, eficácia e efetividade).
Essas categorias de indicadores estão relacionadas a algum dos elementos da cadeia de valor,
que representa a atuação da ação pública desde a obtenção dos recursos até a geração dos
impactos provenientes dos produtos/serviços. Os elementos dessa cadeia de valor são:
• Insumos (inputs);
• Processos/Projetos (ações);
• Produtos/serviços (outputs);
• Impactos (outcomes).
Certo.

032. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/2014) Julgue


o item subsecutivo, relativo às políticas públicas.
A avaliação de uma política pública deve ser realizada após o término de sua implementação,
uma vez que não é possível realizar controle parcial.

Será mesmo que não, depois de tudo que vimos aqui nessa aula?
Conforme o momento em que a avaliação acontece, podemos ter a avaliação ex ante, avaliação
de meio-termo e avaliação ex post, ou seja, antes, durante e após!
Errado.

033. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TER-PE/2017) A formulação e o desen-


volvimento de políticas públicas seguem etapas sequenciais no chamado ciclo de políticas
públicas. Nesse ciclo, uma tarefa típica da etapa de construção de agendas consiste em
a) organizar as demandas sociais.
b) realizar estudo técnico de soluções para um problema público.
c) construir alianças políticas.
d) julgar os efeitos previstos para uma política pública.
e) designar atores responsáveis pela execução de tarefas intermediárias para a implementação
de um programa público.

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No tocante ao ciclo da política pública, o primeiro momento é o da agenda ou da inclusão de


determinado pleito ou necessidade social na agenda, na lista de prioridades, do poder público.
Na sua acepção mais simples, a noção de “inclusão na agenda” designa o estudo e a explicita-
ção do conjunto de processos que conduzem os fatos sociais a adquirir status de “problema
público”, transformando-os em objeto de debates e controvérsias políticas na mídia. Frequen-
temente, a inclusão na agenda induz e justifica uma intervenção pública legítima sob a forma
de decisão das autoridades públicas. Ou seja, a etapa de construção de agendas consiste em
organizar as demandas sociais.
Uma agenda de políticas públicas é uma lista de prioridades inicialmente estabelecidas, às quais
os governos devem dedicar suas energias e atenções, e entre as quais os atores lutam arduamente
para incluir as questões de seu interesse. Dada essa quantidade de interesses coexistentes, não
há como negar também a existência de várias “agendas”. Essas outras “agendas”, na verdade,
pertencem a grupos de atores e se referem, por exemplo, a questões que preocupam diversos
atores políticos e sociais, ou que dizem respeito à sociedade como um todo, não se restringindo
a este ou aquele governo, como por exemplo, “agenda do Estado” ou “agenda da sociedade”.
Essa última pode ser visualizada em temas como desigualdade social, violência, meio ambiente.
Letra a.

034. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA DE GESTÃO/TCE-PE/2017) No que se refere ao plane-


jamento estratégico e à avaliação das políticas públicas, julgue o item subsequente.
De acordo com os princípios da gestão por resultados, a avaliação de resultados de um dado
programa inicia-se antes mesmo da execução do programa em questão: o objetivo é garantir
que o desenho programático da intervenção atenda integralmente ao que foi planejado.

Como avaliar o resultado de algo que ainda nem começou? Logo, não há como medir os re-
sultados antes do início da ação respectiva. Em um programa teremos as entradas (inputs), a
transformação e os resultados (outputs). O processo de acompanhamento e monitoramento
poderá ocorrer durante a execução. Já o processo de avaliação dos resultados ocorrerá após
a entrega do produto ou serviço (outputs).
Errado.

035. (CEBRASPE-CESPE/TECNÓLOGO EM GESTÃO PÚBLICA/EBSERH/2018) Acerca de


avaliações de políticas públicas e programas governamentais, julgue o item seguinte.
A avaliação de um programa deve ser realizada à luz dos contextos sociais pelos quais o pro-
grama é implantado.

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De fato, são determinantes para as políticas públicas a estrutura social da sociedade, ou seja,
os fatos sociais. A avaliação começa pelo usuário, e não pelo programa em si.
E, lembre-se: a avaliação exige, apenas, algo a ser avaliado, mesmo sendo apenas algo “no
papel”, algo apenas planejado.
Certo.

036. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-PI/2016/ADAPTADA) Em relação às


políticas públicas e ao processo de comunicação, julgue o item.
A implementação de uma política pública é o momento em que se efetiva a ação e se coloca
em prática a decisão política, inexistindo pré-condição para tanto.

O momento de efetivação é o momento de execução, e não implementação!


Relembrando: a implementação é o planejamento e a organização; a execução é a colocação
em prática!
Assim, o outro erro está no fato de que a execução exige a pré-condição da implementação!
Errado.

037. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/TCE-SC/ADMINIS-


TRAÇÃO/2016) Com referência ao planejamento e à avaliação de políticas públicas no Brasil,
julgue o item subsequente.
As avaliações informais de programas e projetos de governo carecem de coleta formal de evidên-
cias e dependem da experiência do avaliador, ao passo que as avaliações formais baseiam-se
em procedimentos sistemáticos que alicerçam a emissão de opinião.

A avaliação formal é a análise planejada na realidade, baseado em critérios explícitos e mediante


procedimentos reconhecidos de coleta e análise de informação sobre seu conteúdo, estrutura,
processo, produtos, qualidade efeitos e/ou impactos. Essa é a diferença para a avaliação infor-
mal, que carece de procedimentos sistemáticos e de coleta formal de evidências.
Certo.

038. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/CADE/2014) Julgue o


item a seguir, referente à avaliação de políticas públicas.
A avaliação ex-post de políticas públicas, delineada quando a política, o programa ou o projeto
já se encontram consolidados ou em fase final, refere-se à avaliação que é concebida sem que
haja relação com planejamento ou mesmo com o processo de implementação dessas políticas.

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A avaliação ex ante tem início no momento em que se define o problema ou a necessidade que
justifica uma política pública, um programa ou um projeto. A avaliação meio-termo ocorre con-
comitantemente ao desenvolvimento da política, programa ou projeto. Já a avaliação ex post é
concebida sem relação com o planejamento e nem mesmo com o processo de implementação,
sendo adotada quando a política pública, o programa ou o projeto se encontra consolidado ou
em fase final.
Certo.

039. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/CADE/2014) Julgue o


item a seguir, referente à avaliação de políticas públicas.
Na análise do custo-benefício de um programa, é essencial que os custos e os benefícios desse
programa sejam transformados em unidades monetárias.

É exatamente isso!
Sabemos que, do ponto de vista ético, existem custos que são imensuráveis. Por exemplo,
qual o custo da violência ou da miséria? Ainda assim, avaliações trabalham com mensuração,
ou seja, medida de algo. Daí a importância de se transformar em medidas custos como o da
violência ou da miséria, como por exemplo, custos de medidas de mitigação no enfrentamento
desses problemas.
Por fim, lembramos de que a avaliação custo-benefício corresponde à estimação dos benefícios
tangíveis e intangíveis de um programa e os custos de sua realização.
Certo.

040. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/CADE/2014) Julgue o


item a seguir, referente à avaliação de políticas públicas.
A análise de custo-efetividade de um programa é recomendada sempre que houver dificuldade
na estimativa dos benefícios desse programa em valores monetários.

A análise custo-efetividade é uma variante da análise custo-benefício. Isso porque enquanto a


custo benefício considera, além dos custos, a estimativa dos benefícios tangíveis e intangíveis de
um programa, a análise custo-efetividade considera somente os custos, mas não os benefícios.
Certo.

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041. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO


NORTE/2015) Julgue o item seguinte a respeito de planejamento e avaliação das políticas públicas.
A análise custo-efetividade exige a monetarização dos impactos causados pela política pública.

Na avaliação ou análise custo-efetividade, somente os custos são estimados em unidades


monetárias. Os impactos causados, ou seja, quaisquer resultados são expressos de alguma
outra forma quantitativa, mas não monetarizada.
Vamos relembrar o exemplo da aula:
Em um programa de distribuição de renda a famílias com crianças carentes, o custo-efetividade
pode ser expresso da seguinte forma: “cada R$ 1.000,00 dispendidos pelo programa aumentam
os níveis de escolaridade, na média, em 1 ano para cada 100 crianças”.
Errado.

042. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/TCE-MG/ADMINISTRAÇÃO/2018)


Assinale a opção que indica a avaliação que busca verificar se determinada política pública responde
a um problema bem delimitado e evita a ocorrência de erros de formulação e desenho.
a) avaliação de resultados
b) avaliação ex post
c) avaliação de processos
d) avaliação ex ante
e) avaliação de performance

Como vimos, a avaliação ex ante inicia-se no momento em que se define o problema ou a neces-
sidade que justifica uma política pública, um programa ou um projeto. Ocorre antes de se decidir
como será feita uma intervenção, e não antes de a implementação, de fato, tornar-se realidade.
Sobre a letra A, a avaliação de resultados tem por objeto os resultados, também chamados de
“outputs”, significando bens ou serviços de um programa ou projeto que são necessários para
que seus objetivos finais sejam alcançados.
Sobre a letra B, a avaliação ex post refere-se, em especial, à avaliação que é concebida sem
relação com o planejamento e nem mesmo com o processo de implementação, sendo adotada
quando a política pública, o programa ou o projeto se encontra consolidado ou em fase final.
Sobre a letra C, a avaliação de processos envolve o conjunto de ações destinadas a produzir
um bem ou serviço ou a desencadear alguma mudança numa dada realidade.
Sobre a letra E, a avaliação de performance refere-se ao mesmo conceito amplo de avaliação
de desempenho.
Letra d.

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043. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO/IBAMA/2022) No que diz respeito


a políticas públicas, julgue o item seguinte.
Um programa para atendimento de uma política pública deve ter um objetivo compreensível,
conciso e essencial, e o conjunto de objetivos das ações que compõem o programa deve ser
tratado de maneira hierarquizada, em função da essencialidade.

A questão se baseia no GUIA PRÁTICO DE ANÁLISE EX ANTE - AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚ-


BLICAS, do Governo Federal (2018).
Segundo o Guia, a política pública é formulada ou desenhada para atuar sobre a fonte ou a causa
de um determinado problema ou conjunto de problemas, sendo sua solução ou minimização
considerada o objetivo geral da ação pública. Muitas vezes esta última reconhece os efeitos,
mas é incapaz de definir e atingir a causa do problema. Essa distinção entre causa e efeito
precisa estar clara para uma boa definição dos objetivos da política.
O objetivo caracteriza-se por ser: essencial, controlável, mensurável, operacional, decomposto,
conciso e inteligível (Turnpenny et al., 2015).
Essas características ideais dependem da extensão e da multiplicidade do objetivo, bem como da
amplitude do público-alvo a ser focado e dos instrumentos disponíveis para a ação pública, que, por
sua vez, estão associados ao resultado esperado e à meta prevista na política pública formatada.
Dadas as condições ou contextos específicos para a formatação e a implantação de uma nova
ação pública, o conjunto de objetivos da política pública deve ser tratado em termos de hie-
rarquias ou prioridades (essencialidade).
Certo.

044. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA DE APOIO À ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA/DP DF/


ADMINISTRAÇÃO/2022) Quanto aos aspectos de intermediação de interesses, mudanças
institucionais, construção de agendas e políticas públicas, julgue o item seguinte.
As demandas do público sobre algum tipo de ação concreta do Estado em relação a determi-
nado assunto que cause preocupação, mesmo que não desperte a atenção dos membros do
governo, fazem parte da agenda governamental.

Como já sabemos, não é todo e qualquer tipo de problema público que entrará na agenda
governamental.
Errado.

045. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR DO ESTADO/SECONT ES/ADMINISTRAÇÃO/2022) A


respeito do processo de formulação e desenvolvimento de políticas, julgue o item subsequente.
Custos mensais envolvidos e quantidade de horas de serviço mensais a serem distribuídas na
implantação de determinada política pública são exemplos de indicadores de projeto.

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Mais uma questão baseada no GUIA PRÁTICO DE ANÁLISE EX ANTE - AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS
PÚBLICAS, do Governo Federal (2018).
Segundo o Guia, podemos considerar três âmbitos de controle aos quais atribuir indicadores:
• Processos: onde se encontram os indicadores de insumos e atividades, por meio dos quais
pode-se acompanhar a execução do programa, verificar sua aderência ao planejamento
e seu desempenho. Custos, quantidade de inscritos em uma política ou quantidade de
horas de serviço a serem distribuídas são alguns exemplos de indicadores de processo.
• Produtos: estão relacionados às entregas diretas da política, que devem ser sempre
quantificáveis. Incluem dados como quantidade de estruturas físicas implantadas, nú-
mero de beneficiários atendidos (total, por unidade, por funcionários etc.), porcentagem
de beneficiários satisfeitos com o programa, entre outros.
• Resultados: correspondente aos componentes de resultados e impactos do modelo lógico.
Tais indicadores identificam e quantificam as mudanças ocorridas na realidade do públi-
co-alvo de um programa entre seu início e fim, permitindo a avaliação do atingimento ou
não dos efeitos esperados. Trata-se de parâmetros como alterações da renda, do desem-
penho dos alunos, da confiança dos beneficiários, da qualidade de vida de determinada
comunidade e eliminação completa do problema (analfabetismo, trabalho infantil etc.).
Assim, custos mensais envolvidos e quantidade de horas de serviço mensais a serem distribuí-
das na implantação de determinada política pública são exemplos de indicadores de processo,
e não projeto!
Errado.

046. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR DO ESTADO/SECONT ES/ADMINISTRAÇÃO/2022) A


respeito do processo de formulação e desenvolvimento de políticas, julgue o item subsequente.
O modelo lógico utilizado para o desenho e a implementação de uma política pública constitui-se
das seguintes fases: levantamento de insumos; identificação das atividades a serem realizadas;
observação dos resultados; e avaliação dos impactos.

Outra questão baseada no GUIA PRÁTICO DE ANÁLISE EX ANTE - AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS


PÚBLICAS, do Governo Federal (2018).
No entanto, note que as próprias etapas do referido modelo citam observação dos resultados
e avaliação dos impactos. Logo, não se trata de ações de implementação, mas de avaliação.
Pois bem! Considerando o Guia, o modelo lógico é amplamente utilizado nos sistemas de mo-
nitoramento e avaliação de políticas públicas de diversos países.

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O modelo lógico é um passo a passo estruturado justamente de forma a demonstrar como


recursos e atividades geram produtos, resultados e seus respectivos impactos. Ele deverá ser
composto pelos fluxos explicitados na figura a seguir:

Errado.

047. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO/IBAMA/2022) No que diz respeito


a políticas públicas, julgue o item seguinte.
A avaliação executiva de uma política pública fornece subsídios aos gestores para que possam
promover o aprimoramento e redirecionamento de ações, caso necessário.

Como vimos, a AVALIAÇÃO EXECUTIVA permite, de forma prática e rápida, identificar em qual elemento
ou em qual processo da cadeia de valor da política há maior chance de ocorrerem aprimoramentos.
Nesse sentido, o GUIA PRÁTICO DE ANÁLISE EX POST diz que o objetivo primeiro da avaliação
executiva é dispor de informações que apoiem a gestão da política pública. Espera-se que, por
meio dessa avaliação, seja possível identificar fragilidades relacionadas, especialmente, ao seu
desenho, à sua gestão e implementação.
O resultado da avaliação deve oferecer subsídios para que possam ser propostas, se necessário,
recomendações com oportunidades efetivas de aprimoramento e correção de rumos.
Para o bom uso da avaliação e o seu compartilhamento de forma ampla, é de fundamental
importância que os textos sejam objetivos, concisos e precisos, com o foco nas informações
centrais de cada seção que irá compor o documento de avaliação.
Certo.

048. (CEBRASPE-CESPE/ATIVIDADES TÉCNICAS DE COMPLEXIDADE GERENCIAL/MJSP/


TÉCNICO ESPECIALIZADO EM FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO/2021) Julgue o item seguinte,
referentes a planejamento de políticas públicas, avaliação ex ante e avaliação ex post.
Na análise ex ante de uma política pública, fica dispensada a estimativa de custos quando os fatores
de análise forem de difícil mensuração, desde que os benefícios fiquem claramente evidenciados.

Dispensar estimativa de custos? Sem chances!


Segundo o GUIA PRÁTICO DE ANÁLISE EX ANTE - AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS, do Governo
Federal (2018), antes de implementar a ação governamental, precisa-se estimar os custos e os
benefícios esperados, ainda que essa análise possa ser ponderada por fatores de difícil mensuração.

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Essa relação de custo-benefício deve ser apresentada aos tomadores de decisão e estar trans-
parente para a sociedade como um todo. A qualidade das informações obtidas e das decisões
tomadas na análise ex ante afeta sobremaneira o desenvolvimento do ciclo da política pública,
afetando o nível de desenvolvimento e a qualidade da política pública executada.
Errado.

049. (CEBRASPE-CESPE/ATIVIDADES TÉCNICAS DE COMPLEXIDADE GERENCIAL/MJSP/


TÉCNICO ESPECIALIZADO EM FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO/2021) Julgue o item seguinte,
referentes a planejamento de políticas públicas, avaliação ex ante e avaliação ex post.
Quando se identificar que há fragmentação na execução de uma política pública devido à exis-
tência de mais de uma instituição atuando com o mesmo objetivo, será necessária a intervenção
governamental.

A questão está situada no contexto da análise de diagnóstico do problema na etapa de execução


da política pública, que tem como finalidade assegurar que o diagnóstico que ensejou a criação
dessa política estava correto e verificar se tal percepção se mantém atual.
Segundo o GUIA PRÁTICO DE ANÁLISE EX POST, é importante analisar se os objetivos da política
estão alinhados aos programas de governo estabelecidos no Plano Plurianual (PPA). Da mesma
forma, a relevância do problema também pode emergir do alinhamento do enfrentamento desse
problema com metas e compromissos internacionais que eventualmente tenham sido assumi-
dos pelo Brasil. Ou seja, é necessário haver coerência entre as políticas regionais e nacionais.
O Guia diz que, para certo problema ou objetivo ratificado pelo país, é importante avaliar quais
são as políticas que também se direcionam a eles, verificando as relações entre essas diferentes
políticas – se elas se complementam ou se sobrepõem para o alcance do esperado.
Definir e propor uma atuação de forma integrada entre políticas que focam o mesmo problema
ou que possuem os mesmos objetivos pode aumentar a chance de sucesso do atingimento das
metas e dos compromissos assumidos, além de, muitas vezes, ser mais racional e econômico.
Outro passo relevante para que a intervenção governamental seja eficaz é analisar se a política
pública está sendo implementada de forma integrada e coordenada. Para isso, recomenda-se
o uso do método FSD (fragmentação, sobreposição, duplicidade e lacunas):
• Fragmentação: é a existência de mais de uma instituição governamental (ou mais de uma
unidade dentro de uma instituição governamental) que atua na resolução do problema
ou na intervenção pública sem coordenação plena, havendo, assim, oportunidades para
melhorar a prestação do serviço público.
• Sobreposição: várias políticas ou instituições agem sobre o mesmo problema e com
objetivos parecidos, atuando em atividades, estratégias semelhantes ou sobre o mesmo
público-alvo para alcançar esses objetivos.

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• Duplicidade: define-se pela existência de instituições ou políticas públicas diferentes que


entregam os mesmos serviços ou produtos à sociedade.
• Lacuna: ausência de execução de políticas, processos, atores, mecanismos institucionais,
benefícios ou beneficiários para que a intervenção tenha mais eficácia e efetividade.
Certo.

050. (CEBRASPE-CESPE/CONSULTOR LEGISLATIVO/SEN/ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA/2002)


Quanto às formas de exercício de funções públicas, julgue o item que se segue.
Instâncias representativas, tais como conselhos, fóruns e comitês, devem ter caráter estrita-
mente consultivo.

As instâncias representativas são arranjos institucionais governamentais definidos na legislação


ordinária para concretizar a participação e controle social preconizados na CF/88. São órgãos que
articulam participação, deliberação e controle do Estado; ou seja, não são apenas órgãos consultivos.
Errado.

051. (CEBRASPE-CESPE/SOCIÓLOGO/DPU/2016) Considerando os planos, programas e


conferências produzidos e promovidos pelo governo federal no processo de formulação e
implementação de políticas públicas no Brasil, julgue o item seguinte.
Nos países de frágil tradição democrática, as políticas públicas deveriam ser globais, em três
sentidos: a) por dizerem respeito ao Estado, e não apenas ao governo; b) por não deverem se
restringir ao período de um único governo; e c) por necessariamente contarem, em sua elabo-
ração, com a participação do Judiciário.

Ora, se determinado país possui uma democracia incipiente, o desafio está em formular políticas
públicas que promovam a inclusão social. Por exemplo, políticas públicas que contem com a
participação de ONGs, empresas, igrejas, mídia, grupos étnicos etc. O erro do item, portanto,
está na menção da participação do Poder Judiciário, e não do conjunto da sociedade civil.
Errado.

052. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE PE/JUDICIÁRIA/2017) Os conse-


lhos de gestão responsáveis por estabelecer as diretrizes para as políticas públicas em suas
respectivas áreas de atuação são conhecidos como
a) deliberativos.
b) executivos.
c) fiscalizadores.
d) normativos.
e) consultivos.

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Considerando a competência decisória, os conselhos de gestão podem ter caráter:


• Fiscalizador: conselhos que fiscalizam as contas públicas e emitem parecer conclusivo;
• Deliberativo: conselhos que possuem como funções o caráter decisório sobre as políticas
públicas;
• Consultivo: conselhos que têm a responsabilidade de apreciar determinado assunto que
lhes são apresentados;
• Normativo: conselhos que reinterpretam as normas vigentes e criam novas normas;
• Propositivo: conselhos que propõem ações ao Poder Executivo.
Letra d.

053. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/TCU/AUDITORIA GO-


VERNAMENTAL/2015) Julgue o próximo item, relativo a política pública e sua forma de avaliação.
Para que tenha validade, o controle social de determinada política pública deve ser realizado
por movimentos sociais organizados, capazes de avaliar de forma técnica e objetiva cada ação
relativa a tal política.

Não é preciso que exista um movimento social organizado para que este ente faça o controle
social. O controle social pode ser exercido tanto por entes institucionalizados (os Conselhos,
por exemplo) ou não institucionalizados (como as associações ou grupos informais).
Ainda, destaca-se que o controle social pode ser realizado diretamente pelo cidadão. Assim,
um cidadão comum, por exemplo, cumprindo com suas missões na sociedade, pode realizar
controle social da mesma forma que uma entidade organizada.
Errado.

054. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/2014) Julgue


os itens subsecutivos, relativos às políticas públicas.
Os conselhos de políticas setoriais são um mecanismo disponível para o controle social dos
cidadãos em relação à proposição de políticas públicas.

A estrutura dos Conselhos Gestores foi instituída por legislações setoriais específicas, considerando
uma composição paritária entre representantes do Poder Executivo e instituições da sociedade civil.
Esses conselhos são chamados setoriais por abarcarem algumas áreas de políticas públicas,
como saúde, educação, cultura, assistência social, meio ambiente etc. Daí a afirmação correta
de que esses órgãos são, de fato, um mecanismo disponível para o controle social dos cidadãos
em relação à proposição de políticas públicas.
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055. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/1998) Uma das


características da sociedade democrática contemporânea é a crescente capacidade associa-
tiva, quer para a defesa de direitos gerais ou específicos, quer para a prestação de serviços
sociais. A respeito desse fenômeno, julgue os seguintes itens.
A ideia de controle social apoia-se na prerrogativa de o cidadão poder solicitar, em alguns casos,
auditoria de gestão em organizações estatais.

O controle social é entendido como a participação do cidadão na gestão pública, na fiscalização,


no monitoramento e no controle das ações da Administração Pública.
Note que, apesar de o controle social alcançar a ação de fiscalização, a auditoria é algo interno
ao órgão. Comumente, esse tipo de atividade é determinado pelo próprio órgão ou por órgão
institucional de controle externo.
Por fim, quando considerado o contexto individual do cidadão, o sentido da expressão “fiscalização”
é mais no contexto de cobrança de uma boa gestão pública, e não a atividade fiscalizatória em si!
Errado.

056. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR GOVERNAMENTAL/CGE PI/GERAL/2015) Julgue o item


a seguir, relativo à evolução da administração pública.
A transparência, referente à possibilidade de acesso do cidadão às informações governamentais,
é um elemento essencial para o controle do aparelho do Estado pela sociedade.

O princípio da transparência da gestão pública surgiu a partir da necessidade de a sociedade


conhecer como foram utilizados os recursos que ela transferiu ao Estado para que este geris-
se a máquina pública. A expressão transparência possui sonoridade de límpido, claro, visível,
sem mácula.
Na linguagem cotidiana, transparência pode referir-se a alguém ou alguma coisa sobre a qual
não paira quaisquer dúvidas. Como regra, o termo transparência pode ser visto ou interpretado
com o sentido de clareza, visibilidade.
Os pressupostos que dizem respeito à evolução e consecução do controle social se encontram
intimamente relacionados às atividades desenvolvidas pelo Estado em prol da transparên-
cia pública.
Assim, pela transparência, as informações produzidas no setor público terão ressonância po-
sitiva na sociedade, se esta, em contrapartida, dispuser de meios para interpretá-las, avaliá-las
e, assim, puder influenciar o ciclo de decisão governamental.
Certo.

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057. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉCNICO


E ADMINISTRATIVO/PLANEJAMENTO E GESTÃO/2008) Com referência aos conceitos e
situações aplicáveis à administração pública, bem como à experiência e à legislação brasileira
nesse setor, julgue os itens.
Com vistas à democratização do controle social, a Constituição Federal conferiu, exclusiva-
mente a organizações não governamentais criadas com o objetivo de acompanhar e avaliar
a execução orçamentária e financeira do governo, a prerrogativa de formular denúncias sobre
irregularidades aos órgãos de controle interno, que deverão investigá-las e instruí-las perante
os tribunais de contas das respectivas jurisdições, aos quais caberá manifestar-se em instância
final sobre as referidas denúncias.

O enunciado apresenta diversos erros. Vejamos o conteúdo da CF/88 sobre o tema:

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das
entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade,
aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Art. 74. (...)
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou
ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da
lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União (grifos nossos).

Perceba que a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial (COFOP)


será exercida pelo controle externo ou pelo sistema de controle interno de cada Poder. Outro ponto
é que a Constituição conferiu a prerrogativa de denunciar para qualquer cidadão, partido político,
associação ou sindicato, e esta denúncia é perante o Tribunal de Contas da União (TCU), órgão
de controle externo. Todavia, cabe ressaltar que, caso o controle interno tome ciência de qualquer
irregularidade ou ilegalidade, deverá dar ciência ao TCU, sob pena de responsabilidade solidária.
Errado.

058. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO GRAN-


DE DO NORTE/2015) Acerca de modelos e conceitos relacionados à administração pública,
julgue o item que se segue.
A participação social está entre as formas de se promover centralização do processo decisório,
pois cada ator social toma decisão a respeito do que lhe cabe.

A participação social está entre as formas de se promover a descentralização do processo


decisório.

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O controle social é requisito essencial para a administração pública contemporânea em regimes


democráticos, o que implica em garantia de transparência de suas ações e atos e na institu-
cionalização de canais de participação social. Em suma, as instâncias de participação social
contribuem para que os cidadãos se tornem efetivamente partícipes na atividade pública.
Errado.

059. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/TCE-SC/CONTRO-


LE EXTERNO/ADMINISTRAÇÃO/2016) Acerca da transparência na administração pública,
julgue o item a seguir.
Controle e participação social podem ocorrer tanto no planejamento quanto na execução das
ações de governo.

Com o controle social, o cidadão pode verificar se o governo está agindo de acordo com as
necessidades da população, além de influenciar nas decisões, planejamento e execução das
ações do governo.
Certo.

Adriel Sá
Professor de Direito Administrativo, Administração Geral e Administração Pública em diversos cursos
presenciais e telepresenciais. Servidor público federal da área administrativa desde 1999 e, atualmente,
atuando no Ministério Público Federal. Formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal
de Santa Catarina, com especialização em Gestão Pública. Foi militar das Forças Armadas por 11 anos,
sempre atuando nas áreas administrativas. É coautor da obra “Direito Administrativo Facilitado” e autor da
obra “Administração Geral e Pública - Teoria Contextualizada em Questões”, ambas publicadas pela Editora
Juspodivm.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para IVO JOSE DO NASCIMENTO SILVA - 07271211462, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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