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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO PÚBLICO
CRUZEIRO NOVO - DF
2019
FACULDADE UNYLEYA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO PÚBLICO
CRUZEIRO NOVO - DF
2019
FACULDADE UNYLEYA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO PÚBLICO
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________
(Nelson Mandela)
Eu, Zenaide Ribas dos Prazeres,
AGRADECIMENTOS
Eu, Zenaide Ribas dos Prazeres,
Este trabalho tem por objetivo compreender, de maneira não exaustiva, o controle
dos atos da administração pública realizados Pelos Poderes (Executivo, Legislativo
e Judiciário) que objetiva a orientação e correção que um Poder, órgão ou
autoridade exerce sobre a conduta funcional de outro. Em seguida trata-se entender
os meios de controle e a suas modalidades a cargo dos Poderes: Executivo e
Judiciário. E também, compreender a importância da atuação do Tribunal de Contas
da União, órgão que integra o Poder Legislativo, e as espécies de controle nos quais
podemos citar o controle político e o financeiro. Por fim, estudar o sistema
jurisdicional e os limites de intervenção do judiciário nos atos administrativos da
Administração Pública. Assim, no Brasil, qualquer atuação administrativa está
condicionada aos princípios expressos no art. 37 da Constituição brasileira. O
controle da administração pública é regulamentado através de diversos atos
normativos, que trazem regras, modalidades e instrumentos para a organização
desse controle.
Palavras-chave: Controle.Legalidade.Poderes.Interno.Externo.Atos.Administração
pública.
ABSTRACT
The objective of this work is to understand, improve and disassociate the objectives
of the public administration of Executive Power (Executive, Legislative and Judicial)
that aim at guiding and correcting a governmental task. Next, it is means of control
and its forms of load: Executive and Judiciary. It is also important that it be important
for the Court of Audit of the Union to be integrated into the Legislative Branch, and
that control policies can be defined as political and financial control. Through the
exercise of jurisdiction and the limits of judicial intervention in the administrative
organs of the Public Administration. Thus, in Brazil, any edited company is
conditioned to the principles expressed in art. 37 of the Brazilian Constitution. The
control of public administration is regulated through normative acts, which bring rules,
modalities and instruments for the organization of control.
INTRODUÇÃO..............................................................................................................10
CAPÍTULO I O CONTROLE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS PELA A
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO SEU PODER DE AUTOTUTELA.........................13
1.1 Anulação e Revogação......................................................................................................14
1.2 Meios de Controle Administrativos....................................................................................15
1.2.1 Recurso Administrativo...................................................................................................15
1.2.1.1 Modalidade de Recurso Administrativo........................................................................16
1.2. Fiscalização Hierárquica...................................................................................................18
1.2.3 Controle Ministerial......................................................................................................... 18
CAPÍTULO II O CONTROLE LEGISLATIVO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA......................................................................................20
2.1 Espécies de Controle........................................................................................................21
2.2.1 Controle Político............................................................................................................. 21
4.2.2 Fiscalização Financeira e Orçamentária.......................................................................23
4.2.2.1 Atribuições do Tribunal de Contas..............................................................................24
CAPÍTULO III O CONTROLE JUDICIAL DOS ATOS ADMINISTRATIVOS DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA......................................................................................27
3.1 Sistema de Jurisdição.......................................................................................................27
3.2 Limites de intervenção do Judiciário nos atos administrativos...........................................29
3.3 Atos Vinculados e Discricionários......................................................................................30
3.4 Meios de Controles dos Atos Administrativos Pelo Poder Judiciário.................................32
3.4.1 Justiça Comum............................................................................................................... 32
3.4.2 Justiça Especial..............................................................................................................34
CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................36
REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS...............................................................................38
10
INTRODUÇÃO
desenvolvimento do trabalho: José dos Santos Carvalho Filho, Hely Lopes Meirelles
e Maria Sylvia Zanella Di Pietro. A pesquisa está formalizada em um capítulo e três
títulos. O capítulo, único, tratará do controle dos atos da Administração Pública a sua
finalidade, estrutura e abrangência e também verifica a constitucionalidade,
legalidade e compatibilidade dos atos com os princípios gerais do direito
administrativo.
Logo no primeiro título, caminha-se para o estudo do controle dos atos
administrativos pela a Administração Pública no seu poder de autotutela. Neste
caso, entende-se que no âmbito do regime jurídico administrativo, a noção de
autotutela é concebida como um princípio da atuação da Administração Pública que
possui o poder de controlar os próprios atos, anulando-os quando ilegais ou
revogando-os quando inconvenientes ou inoportunos. Assim, a Administração não
precisa recorrer ao Poder Judiciário para corrigir os seus atos, podendo fazê-lo
diretamente.
Ainda neste título, discorrerá sobre os meios de controle administrativos
que pode ser exercido, basicamente, em fiscalização hierárquica e recurso
administrativo.
Já no segundo título, buscará compreensão do controle legislativo dos
atos administrativos da Administração Pública. Aqui, entende-se que o controle que
o Poder Legislativo exerce sobre a Administração Pública tem que se limitar às
hipóteses previstas na Constituição Federal, uma vez que implica interferência de
um poder nas atribuições dos outros dois; alcança os órgãos do poder Executivo,
as entidades da Administração indireta e o próprio Poder Judiciário, quando
executa função administrativa.
No desenrolar da abordagem, traz a compreensão sobre espécie de
controle, tais como: controle político e fiscalização financeira e orçamentária.
Destaca-se também o papel do Tribunal de Contas da União, que é um
órgão integrante do Congresso Nacional e tem a função de auxiliá-lo no controle
financeiro externo da Administração Pública.
Ainda será objeto desse trabalho, previsto no terceiro título, o controle
judicial dos atos administrativos da Administração Pública, neste caso, tem o
objetivo de mostrar que o Poder Judiciário, é o guardião da Constituição Federal e
deve assegurar a harmonia dos três poderes, de forma equilibrada e independente,
com autonomia para assegurar o cumprimento das normas constitucionais revendo
12
à Administração Pública, só pode ser revogado por ela, não cabendo ao Judiciário
fazê-lo, exceto no exercício de sua atividade secundária administrativa, ou seja, só
pode revogar seus próprios atos administrativos. Neste caso, seus efeitos são
proativos, ex nunc, sendo válidas todas as situações atingidas antes da revogação.
Se a revogação é total, chama-se ab-rogação; se parcial, derrogação.
DI Pietro, (2014 p. 261) também leciona que a revogação é o ato
administrativo discricionário pelo qual a administração extingue um ato válido, por
razões de oportunidade e conveniência. E explica que como a revogação atinge um
ato que foi editado em conformidade com a lei, ela não retroage; os seus efeitos se
produzem a partir da própria revogação; são efeitos ex nunc (a partir de agora).
Para Meirelles, (2012, p. 216).
órgão administrativo em que foi praticado o ato. Pode ser interposta ainda que
nenhuma norma o institua expressamente; é decorrência da hierarquia.
Para Di Pietro, (2014 p. 817 e 818) Recurso Hierárquico Próprio é aquele
imediatamente superior, dentro do mesmo órgão em que o ato foi praticado. Ele é
decorrência da hierarquia e, por isso mesmo, independe de previsão legal [...]. Já o
Recurso Hierárquico Impróprio é dirigido a autoridade de outro órgão não integrada
na mesma hierarquia daquele que proferiu o ato. Precisamente é por isso chamado
de impróprio. Não decorrendo da hierarquia, ele só é cabível se previsto
expressamente em lei. A hipótese mais comum é a de recurso contra ato praticado
por dirigente de autarquia, interposta perante o Ministério a que a mesma se acha
vinculada ou perante o Chefe do Poder Executivo, dependendo do que estabeleça a
lei[...].
Quanto a Revisão, este, é o recurso que o servidor público, em caso de
punição pela Administração Pública, utiliza-se para reexame em casos de surgirem
fatos novos suscetíveis de demonstrar a sua inocência.
Nas palavras de Meirelles, (2011 p. 746): Revisão do Processo é meio
previsto para o reexame da punição imposta ao servidor ou ao administrado, a
pedido ou de ofício, quando se aduzir fato novo ou circunstância suscetível de
justificar sua inocência ou a inadequação da penalidade aplicada, não podendo
resultar agravamento da sanção (cf. art. 65 e seu parágrafo único da lei). 9.784/99.
Ela tem caráter de Recurso.
Já Representação é a denúncia de irregularidades feita perante a própria
Administração. Para Carvalho Filho, (2008 p. 909) "Representação é o recurso
administrativo pelo qual o recorrente, denunciando irregularidade, ilegalidades e
condutas abusivas oriundos de agentes da Administração, postula a apuração e a
regularização dessas situações".
No que tange a Reclamação, trata-se de oposição expressa a atos da
Administração que afetam direitos ou interesses legítimos do interessado (está
previsto no decreto 20.910 de 06/01/1932); Carvalho Filho, (2008 p. 910) também
fala que a reclamação é a modalidade de recurso em que o interessado postula a
revisão de ato que lhe prejudica direito ou interesse. Sua característica é
exatamente essa: o recorrente há de ser o interessado direto na correção do ato que
entende prejudicial. Nesse ponto difere da Representação, que admite o pedido
formulado por qualquer pessoa.
18
Com efeito, conforme ensina Maria Sylvia Zanella Di Pietro, (2014 p. 811), o controle
administrativo abrange a supervisão ministerial exercida sobre os órgãos da
Administração Direta (espécie de controle interno, fundamentada no poder de
autotutela), assim como a supervisão ministerial exercida sobre as entidades da
Administração Indireta (espécie de controle externo, fundamentada no poder de
tutela).
Assim, percebe-se que os ministérios controlam seus órgãos e as
pessoas da administração indireta federal por meio do denominado controle
ministerial. O controle ministerial é exemplo de controle interno, pois se dá quando
um Ministério controla seus próprios órgãos (subordinados); e externo, quando
controla as entidades vinculadas (supervisão ministerial).
20
Ainda sobre o (artigo 52, VI, VII e VIII da CF/88), o texto expressa que é
competência do Senado - fixar, por proposta do Presidente da República, limites
globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios; dispor sobre limites globais e condições para as
operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo poder
público federal; dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da
União em operações de crédito externo e interno.
Neste sentido, Carvalho Filho (2008 p. 962) leciona que: "a origem do
controle é o Poder Judiciário. No sistema equilibrado de Poderes, o Judiciário
assume a relevante missão de examinar a legalidade e a constitucionalidade de atos
e leis. É o poder judiciário por excelência, sempre distanciado dos interesses
políticos que figuram frequentemente no Executivo e no Legislativo”.
Cada ordenamento jurídico possui mecanismos próprios para esse
controle. Neste sentido, as atividades administrativas e jurisdicionais no âmbito de
sua atuação apresentam dois sistemas fundamentais, a saber: o sistema do
contencioso administrativo e o sistema de unidade de jurisdição.
O primeiro deles é o sistema francês, baseado na separação absoluta dos
poderes as quais são decididas pelo chamado “contencioso administrativo” formado
por órgãos de o próprio Poder Executivo. Neste caso, o Judiciário não interfere nas
questões em que o Estado é parte.
Quanto ao sistema contencioso, Carvalho Filho, (2008 p. 965) assevera
que:
É notório que o controle judicial poderá incidir sobre qualquer tipo de ato
administrativo e tem a finalidade de assegurar a atuação administrativa. Neste
sentido, Di Pietro, (2014 p. 828) leciona que "o poder Judiciário tem competência
para examinar os atos da Administração Pública de qualquer natureza, sejam gerais
ou individuais, unilaterais ou bilaterais, vinculados ou discricionários, mas sempre
sob aspecto da legalidade e, agora, pela constituição, também sob o aspecto da
moralidade (arts. 5º, inciso LXXIII, e 37) ”.
Meirelles, (2011 p. 776) explica que:
Daí por que o Judiciário terá que examinar o ato arguido de discricionário,
primeiro, para verificar se realmente o é; segundo, para apurar se a
descrição não desbordou para arbítrio. (MEIRELLES, 2011 p. 777)
Nesse mesmo sentido, nos casos que vise à proteção dos interesses
coletivos ou difusos, tal como é o caso da ação popular ou da ação civil pública, e
ainda pelo uso da ação direta de inconstitucionalidade ou da ação declaratória de
constitucionalidade também são vias para provocar a Justiça Comum.
Essa orientação doutrinária e jurisprudencial já passou para o nosso Direito
legislado, como se vê no art. 5º, LXIX, da CJ e da Lei de Mandado de
Segurança (Lei 12.016/2009, art. 1º), que admitem para coibir ilegalidade ou
abuso de poder de qualquer autoridade, como, também, está na lei de ação
popular, que enumera os vícios de legalidade nulificadores dos atos lesivos
ao patrimônio público (Lei 4.717/65, arts. 2º, 3º e 4º), e, ainda, na lei de
ação civil pública, que reprime ou impede danos ao meio ambiente, ao
consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e
paisagístico (Lei 7.347/85, art. 1º) e a qualquer outro interesse difuso [...]
(MEIRELLES, 2011 P. 777)
tese[...]. Para ele, o controle judicial desses atos é especial na medida em que não
podem ser questionados pelas ações comuns. O controle judicial cinge-se aos
parâmetros fixados na Constituição e, como é evidente, não pode excedê-los. Por
outro lado, esse controle não é propriamente de legalidade, mas sim de
constitucionalidade, porque cabe ao Judiciário confrontar o ato legislativo com a
Constituição.
Para Meirelles, (2011 p. 781). Esses atos ficam sujeitas a anulação
judicial pela via especial por meio da ação direta de inconstitucionalidade e pela
ação declaratória de constitucionalidade, tanto para a lei em tese como para os
demais atos normativos. E assim é porque a lei em tese e os atos normativos,
enquanto regras gerais e abstratas, não atingem os direitos individuais e
permanecem inatacáveis por ações ordinárias ou, mesmo, por mandado de
segurança.
Quanto aos atos interna corporis são aqueles praticados dentro da
competência interna e exclusiva dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário.
Di Pietro, (2014 p. 828), leciona que:
Quanto aos atos interna corporis (Regimento dos atos colegiados), em regra
não são apreciados pelo Poder Judiciário, porque se limita a estabelecer
normas sobre o funcionamento interno dos órgãos; no entanto, se
exorbitarem em seu conteúdo, ferindo direitos individuais e coletivos,
poderão também ser apreciado pelo Poder Judiciário.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS
CARVALHO FILHO, José dos Santos, Manual de Direito Administrativo, 21ª, Ed.,
Lumen Juris (2009);
MEIRELLES Hely Lopes, Direito Administrativo Brasileiro, 38ª, Ed., atualizada até
a Emenda Constitucional 68, de 21.12.2011 (2011)
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella, Direito Administrativo, 27ª, Ed., atlas (2014)