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Gera um efeito em cascata que resultará em diminuição do capital de giro da organização, que

pode evoluir para um cenário de descapitalização.

Oneração pela escolha errada do regime tributário

A escolha errada do regime tributário é outro fator que afeta negativamente a gestão
financeira, pois, pode gerar a incidência de impostos além do que é aplicável ao
empreendimento, ou seja, a execução incorreta dos impostos vai dar origem em desembolsos
financeiros além do que o capital de giro comporta e que é adequado ao porte e área de
atuação da empresa.

Oneração por penalidades

Os erros na gestão dos impostos podem desencadear problemas legais para a empresa junto
aos órgãos fiscalizadores, que em consequência, estará sujeita à penalidade em forma de
multas.

O problema tem início pelo fato da ocorrência inesperada desse tipo de sanção, que em
consequência, afeta a gestão financeira em não contar com esse tipo de desembolso no
transcurso do seu orçamento para o período. E, dependendo do valor dessa penalidade, a área
de gestão financeira terá forte impacto na sua disponibilidade de recursos, e necessitará agir
de forma reativa na busca de capital de giro para cobrir tais gastos inesperados.

A importância da gestão tributária

O planejamento e gestão tributária exerce função fundamental para as operações da


organização e o bom uso dos seus recursos financeiros. Essa área tem como principais
atividades realizar estudos na esfera da legislação tributária, com o objetivo de reduzir os
desembolsos financeiros nessa área.

Assim, a gestão tributária busca diminuir os impactos dos impostos sobre a gestão financeira,
de modo a proporcionar o direcionamento desses recursos a outras áreas da organização e
que possam gerar maior valor agregado.

Logo, a gestão tributária exerce grande importância em toda a organização, pois, proporciona
um ambiente avançado de conhecimentos que proporcionam o pleno emprego dos incentivos
fiscais e tributários previstos em lei, bem como orienta as operações na trajetória de evitar
alguns dos fatos gerados dos impostos, que incluem a exclusão e extinção do crédito
tributário.

Planejamento financeiro
Não é possível falar dos impactos dos impostos sem abordarmos os desafios e oportunidades
do planejamento financeiro, de modo que, são necessários vários estudos para que a empresa
alcance o patamar de superação dos reflexos negativos de uma alta carga tributária.

Por esse motivo, o planejamento financeiro deve contar com o apoio da área fiscal e de todo o
know-how de uma tesouraria estratégica, para que seja possível implantar as seguintes
estratégias:

Estratégia planejamento financeiro – impostos

• Provisionamento para pagamento de impostos — essa parte do planejamento financeiro é


fundamental para garantir a liquidez e saúde financeira do empreendimento, de modo que, a
cada período fiscal será criada uma reserva para o pagamento dos impostos, o que garante
poder de decisão e antecedência aos fatos;

• Planejamento antes e depois da incidência dos impostos — planejar as finanças somente


após a ocorrência do fato gerador dos impostos traz inconsistência nessa atividade. Logo, o
planejamento deve ser realizado antes e depois da incidência dos tributos, sendo possível,
assim, visualizar o seu real impacto sobre cada operação da empresa;

• Criação de cenários — criar cenários financeiros é essencial para que os gestores estratégicos
se antecipem a qualquer tipo de ocorrência, pois, terão soluções estabelecidas antes que os
fatos se instaurem. Dessa forma, a criação de um planejamento financeiro para cada situação,
baseada em um cenário pessimista, um provável e um otimista, é o mais apropriado para uma
ágil tomada de decisão.

Assim, após estabelecer as estratégias da gestão tributária e um planejamento financeiro


coerente, será possível diminuir os impactos negativos dos impostos sobre a liquidez da
empresa.

Os impostos e o processo de tomada de decisão

Como dissemos no decorrer desse artigo, a carga tributária brasileira é uma das maiores do
mundo, ao ponto de afetar diretamente o processo de tomada de decisão estratégica e a
gestão financeira.

Dessa forma, a tomada de decisão — principalmente as que envolvem os fluxos monetários e


de capital de giro — deve levar em consideração a análise dos cenários, os impostos
envolvidos e as consequências (positivas e negativas) previstas no planejamento, que podem
afetar a gestão financeira do empreendimento.

Vale ressaltar que o processo de tomada de decisão engloba a correta precificação dos
produtos e serviços comercializados pela empresa, de modo que, inclua na sua base de cálculo
os impostos diretos e indiretos, mas, que não perca o valor agregado e percebido pelo cliente
de forma positiva.

E como estão os reflexos dos impostos na gestão financeira da sua empresa?

Você consegue prever e analisar todos os cenários possíveis em tempo real?

Compartilhe conosco as suas experiências!

Autor: Rafael Lima

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