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CURSO DE
GESTÃO DE FARMÁCIAS E
DROGARIAS
Aluno:
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CURSO DE
GESTÃO DE FARMÁCIAS E
DROGARIAS
MÓDULO IV
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dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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MÓDULO IV
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TABELA 14 - INVESTIMENTO INICIAL (ANTES DA INAUGURAÇÃO)
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TABELA 15 - CUSTOS (DESPESAS FIXAS COM FUNCIONÁRIOS)
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TABELA 17 - CUSTOS (DESPESAS VARIÁVEIS)
Sendo custos:
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O Capital de Giro também é um indicador importante que sustenta as
operações diárias da farmácia ou drogaria e depende das vendas, política de
crédito, estoque e financiamentos, podendo ser ativo e passivo:
Capital de Giro Ativo – engloba todos os bens, valores (tangíveis e
inatingíveis) e direitos a receber da farmácia ou drogaria, podendo ser Ativo
Circulante, que corresponde ao dinheiro disponível em curto prazo, ou ainda o
Ativo Imobilizado, que corresponde ao conjunto de itens de difícil conversão
em dinheiro, como as máquinas, veículos, ações, maquinários, etc.;
Capital de Giro Passivo – corresponde a todas as obrigações da
farmácia ou drogaria, estendendo-se ao Passivo Circulante, cujas
obrigações financeiras são de curto prazo, como fornecedores, salários,
impostos, etc.
Logo:
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O próximo passo após a identificação do Capital de Giro é o Ciclo de Caixa,
que é definido pelas seguintes variáveis:
Tempo Médio de Estocagem (TE);
Tempo Médio de Pagamento pelo Cliente (TPC);
Tempo Médio de Pagamento ao Fornecedor (TPF).
Assim:
14 FORMAÇÃO DE PREÇO
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perfil de atendimento;
metas de lucratividade.
Equação 1:
Nesse caso o preço é fixado pelo mercado e para praticá-lo é importante que
as despesas fixas sejam reduzidas para acompanhar os índices de mercado frente
às concorrentes mais experientes e com alto impacto, caso contrário, o
estabelecimento encontrará dificuldade em ser competitivo, pois estará com preço
de venda muito além do que a concorrência.
Equação 2:
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GRÁFICO 6 - COMPOSIÇÃO DE VENDAS
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Para calcular o CMV é preciso somar os impostos e o valor obtido será
dividido pelo faturamento geral do mês, conforme a fórmula:
Nesse caso é preciso reduzi-lo, como por exemplo, comprando com maior
desconto, pois significa que o lucro está abaixo do esperado.
Já o próximo gráfico mostra a situação contrária: CMV menor do que o lucro.
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Neste caso, com o resultado menor do que a meta, significa que a empresa
está atingindo seus objetivos financeiros, negociando bem os descontos de entrada
de produtos e selecionando melhor os seus fornecedores.
Logo, para que uma empresa tenha lucro, é preciso que haja precisão e
estratégia ao calcular o preço de venda para que seja adequado ao perfil e realidade
de custos da farmácia ou drogaria. O entendimento da Margem de Contribuição,
nesta fase, é essencial, pois é um indicador de quanto cada serviço ou produto
vendido contribui para pagar as despesas fixas mensais e quanto contribui para
formação do lucro.
Para calculá-la deve-se subtrair o Preço de Venda da Soma das Despesas
Fixas e Variáveis e dividir pelo Preço de Venda. Multiplica-se por 100 e tem-se o
percentual do preço, ou seja, o valor obtido significa que toda vez que vender esse
produto ou serviço, o empresário terá de guardar esse valor até completar a quantia
que precisa para pagar as despesas fixas da empresa.
Complementando a Margem de Contribuição, tem-se o Ponto de Equilíbrio,
que representa a quantidade de venda que precisa ser realizada mensalmente de
determinado produto ou serviço para gerar receitas suficientes para pagar todas as
despesas variáveis geradas e todas as despesas fixas que a empresa tiver no mês.
Analiticamente, o Ponto de Equilíbrio indica:
se o volume de vendas for inferior ao Ponto de Equilíbrio significa que a
empresa terá prejuízo, já que a mesma não terá dinheiro suficiente para
pagar as despesas fixas;
se o volume de vendas for superior ao Ponto de Equilíbrio significa que a
empresa está acumulando lucro, ou seja, é um indicador positivo.
Assim, para acumular lucro é necessário vender acima do Ponto de
Equilíbrio, e esse ponto pode ser calculado da seguinte maneira: soma das
despesas fixas divididas pela margem de contribuição. Logo, o Ponto de Equilíbrio
precisa ser acima desse resultado para obter lucro.
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15 GESTÃO TRIBUTÁRIA E ANÁLISE DE MARGEM
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TABELA 18 - PRINCIPAIS TRIBUTOS FEDERAIS
PARA FARMÁCIAS E DROGARIAS
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compra, uma vez que o valor de venda preconizado pelo Governo geralmente não é
praticado, pois a farmácia ou drogaria acaba dando desconto ao cliente, praticando
assim um valor menor. Os produtos de higiene, perfumaria e cosméticos (HPC)
também têm uma margem de lucro preconizada pela Secretaria da Fazenda para
calcular o ICMS, porém o ICMS para essas categorias é calculado pelo valor
máximo ao consumidor (PMC).
Assim, cada Estado define um percentual de ICMS a ser pago e as regras e
valores de descontos sobre o PMC, assim como as regras e o percentual para
crédito do ICMS na compra, que pode diminuir ou aumentar.
Exemplo: supõe-se que um medicamento de referência custe pelo Preço
Máximo ao Consumidor (PMC) o valor de R$ 100,00 e pertence à lista negativa (não
incide PIS/COFINS), com margem de lucro de 33,05%. O preço de fábrica desse
medicamento (vendido pela distribuidora) custe R$ 75,15 em que já está inserido o
valor do ICMS pela distribuidora. A alíquota do Estado é de 17%, ou seja, o ICMS
recolhido para o Estado, após a venda do produto, será de R$ 17,00 (17% do PMC)
em que a distribuidora repassará de crédito à drogaria R$ 12,78 e a drogaria
recolherá R$ 4,22 que, de acordo com o sistema adotado pelo Estado, já estará
cobrado à drogaria na nota fiscal emitida pela distribuidora, ficando responsável pelo
recolhimento aos cofres públicos.
Sem o redutor, a drogaria pagaria à distribuidora R$ 75,15 + R$ 4,22, que
equivale ao valor de R$ 79,38, recolhido pela distribuidora o imposto devido ao
Estado pela drogaria.
Em geral, os Estados beneficiam as farmácias e drogarias com um redutor
de 10% do ICMS para medicamentos de marca, ou seja, considera que os produtos
serão vendidos com 10% de desconto e o valor total do ICMS devido (ICMS devido
pela farmácia ou drogaria e pelo distribuidor) será de R$ 15,30 e a drogaria irá
recolher apenas R$ 2,52, uma vez que a distribuidora já recolheu R$ 12,78. Logo, a
drogaria irá pagar R$ 77,67, onde R$ 77,67 referem-se ao valor do medicamento e
R$ 2,52 de Imposto.
Logo, neste exemplo, o valor do ICMS é de R$ 2,52 sobre o valor do PMC.
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TABELA 20 - PRINCIPAIS TRIBUTOS MUNICIPAIS
PARA FARMÁCIAS E DROGARIAS
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No final de cada ano, mais especificamente até o dia 31 de dezembro, as
empresas precisam definir o regime tributário que irão aderir no ano subsequente.
Logo, trata-se de uma escolha que precisa ser bem planejada para que o montante
de carga tributária a ser paga seja o mínimo possível no decorrer do ano e que seja
fundamentada na análise de projeções para o próximo exercício levando em conta:
faturamento esperado;
custo de mão de obra;
custo de mercadoria vendida;
lucro bruto esperado;
lucro líquido esperado.
É imprescindível que esses dados sejam analisados por um profissional
especializado (contador, por exemplo), para que sejam feitas simulações até chegar
ao melhor regime tributário. Vale ressaltar que algumas farmácias e drogarias,
principalmente as de pequeno porte, recolhem impostos acima do que deveriam
pagar por desconhecimento da legislação, daí a importância de contratar um
especialista na área.
Muitas empresas que recolhem mais tributos do que deveria, geralmente,
não segregam os produtos vendidos, como os pertencentes à Lista Positiva, Lista
Negativa e o ICMS pago na fonte, ou seja, que tem Substituição Tributária (ST). Nos
cadernos de preços, como o Guia da Farmácia, os medicamentos estão segregados
por cores, onde:
Preto = Medicamentos da Lista Negativa, em que o PIS e COFINS são
recolhidos em toda cadeia, ou seja, indústria, distribuidor e farmácia ou
drogaria. Porém o valor correspondente à farmácia ou drogaria já foi
recolhido pela indústria, assim, caso a farmácia cadastre errado ou o
contador desconheça a legislação que permite a segregação da lista de
medicamentos por cores, a farmácia ou drogaria acaba pagando novamente
os dois tributos sem necessidade;
Azul = Medicamentos da Lista Positiva, como os medicamentos de uso
contínuo, os anti-inflamatórios e os antibióticos, ou seja, os produtos que não
recolhem PIS e COFINS, pois os mesmos têm tarifa zero, uma vez que os
impostos já estão embutidos no valor da mercadoria adquirida, não cabendo
à farmácia ou drogaria nenhum recolhimento;
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Verde = Medicamentos da Lista Neutra, em que a farmácia ou drogaria
recolhe o PIS e COFINS, ou seja, os dois tributos são recolhidos e pagos
pela farmácia ou drogaria.
Logo, para que não se pague mais tributos do que deveria, é essencial que
seja subdividida a receita por incidência de tributação em cada produto,
considerando a legislação vigente e a tabela correta para viabilizar o cálculo.
Dentre as opções de recolhimento de impostos federais, tem-se: Lucro Real,
Lucro Presumido, Lucro Arbitrado ou Simples Nacional.
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15.3 SIMPLES NACIONAL
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necessário fazer o cálculo do ICMS pelo método débito/crédito, em que o imposto
calculado continua sendo o mesmo valor de quando é calculado sobre a diferença.
Exemplo: o PMC de um medicamento é de R$ 10,00 e o preço de custo de
compra com desconto concedido pelo fornecedor é de R$ 9,00 (10%). O preço de
venda oficial é de R$ 13,82 e, com desconto de 12,% para o cliente, sai por R$
12,16. Para calcular o ICMS por Substituição Tributária, subtrai-se o ICMS sobre
venda do ICMS a ser pago:
ICMS sobre a venda: R$ 12,16 multiplicado por 17% = R$2,07;
Crédito do ICMS sobre compra: R$ 9,00 multiplicado por 17% = R$1,53;
Logo, o ICMS a ser pago = ICMS sobre a venda subtraído do ICMS a
ser pago (R$ 2,07 - R$ 1,53 = R$ 0,54, que equivale a 4,44% sobre o preço
de venda).
Logo, infere-se um determinado preço de venda do produto (geralmente
PMC) e sobre ele aplica-se o percentual de ICMS, gerando o valor do imposto. Do
valor do ICMS, subtrai-se o valor do crédito de compra, que é o valor do ICMS sobre
o preço de custo da compra, já com desconto do fornecedor. Os valores do ICMS de
cada produto são somados e acrescentados no valor total da nota fiscal, onde o
ICMS será pago no boleto que acompanha a nota fiscal de compra.
A maioria dos Estados opta por esse tipo de recolhimento de ICMS.
Assim, para as práticas administrativas, são obrigações da contabilidade:
controlar e acompanhar os registros dos Recursos Humanos (RH);
emitir relatório mensal com os resultados contábeis e repassar para a
administração da farmácia ou drogaria;
preparar os Livros de Registros Contábeis previstos em legislação;
realizar as obrigações fiscais definidas pelos órgãos governamentais;
preparar as Guias de Recolhimento Fiscais.
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Relação da Venda dos Produtos por Categoria Fiscal (Tributados e
Substituição Tributária);
Relatório de Comissões e Horas Extras dos Funcionários.
Além disso, alguns cuidados devem ser tomados nas atividades diárias para
que os cálculos e emissão de relatórios pela contabilidade não sejam prejudicados:
em caso de pane na impressora fiscal, a contabilidade deverá
disponibilizar aos vendedores, de imediato, blocos de nota fiscal manual;
preservar o lacre inserido na impressora fiscal e notificar ao contador
caso seja rompido;
nas notas fiscais de vendas emitidas deverão constar os números dos
cupons fiscais que as compõem – no caso de nota fiscal eletrônica, esse
procedimento já é automático;
as vendas realizadas via cartão deverão disparar o TEF e,
concomitantemente, emitir o cupom fiscal;
os documentos fiscais devem ser arquivados em locais que garantam a
preservação dos mesmos por, no mínimo, cinco anos para blocos de notas
fiscais, leitura Z de impressora fiscal, mapa de caixa, livros contábeis e guias
de pagamentos fiscais. E permanentemente para documentos do INSS, de
funcionários e da Receita Federal.
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A Lista de Preços de Medicamentos (Preço de Fábrica e Preço Máximo ao
Consumidor) é disponibilizada mensalmente nos cadernos de preços, como por
exemplo, o Guia da Farmácia, bem como no site da ANVISA.
Por meio do site (<http://portal.anvisa.gov.br>), clica-se na opção de Pós-
Comercialização/Pós-Uso, o campo Regulamentação de Mercado e Publicações
Regulação Econômica. Neste campo a Lista de Preços de Medicamentos é
periodicamente atualizada, conforme ilustra a figura a seguir.
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Na figura seguinte, destaque para os valores dos percentuais de ICMS para
o Preço de Fábrica (PF) e Preço Máximo ao Consumidor (PCM) na linha hachurada
em azul escuro.
Por fim, a Figura 42 mostra, na linha hachurada em azul claro, que a lista
apresenta os medicamentos classificados por Laboratório Farmacêutico.
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FIGURA 42, LISTA DE PREÇOS DE MEDICAMENTOS
DISPONIBILIZADA PELA ANVISA
FIM DO MÓDULO IV
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BELINKY, A. et al. Pesquisa nº. 7 - 2006: Como e por que os brasileiros praticam o
consumo consciente? 1. ed. São Paulo: Instituto Akatu, 2007.
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