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FINANÇAS

TUDO SOBRE
GESTÃO DE CUSTOS
PARA PEQUENAS
EMPRESAS
FINANÇAS
TUDO SOBRE GESTÃO
DE CUSTOS PARA
PEQUENAS EMPRESAS
1 Controle e instrumento de tomada de decisões..........5

2 Gestão de custos, o que é e como


aplicar ao negócio........................................................7
Sumário
3 Custos fixos e variáveis ...............................................9

4 Principais erros cometidos na gestão de custos.......13

5 Como racionalizar custos e investimentos................15

6 Estabelecendo metas de crescimento atreladas


às metas de eficiência em custos..............................19

7 Apuração de custos para formação


do preço de vendas...................................................22

8 Quando usar o método de centro de custos?...........24

9 Determinação de um pró-labore no
seu planejamento financeiro......................................25

10 Principais termos e conceitos utilizados na


contabilidade de custos.............................................26

11 Conclusão..................................................................27
TUDO SOBRE GESTÃO
DE CUSTOS PARA
PEQUENAS EMPRESAS
1 CONTROLE E INSTRUMENTO DE
TOMADA DE DECISÕES
Contabilidade de custos é a técnica
destinada a identificar, mensurar e
registrar os Custos dos Produtos
Vendidos (consequentemente,
valorizando os estoques), sendo
utilizada tanto para controle quanto
como instrumento de tomada de
decisões.

Todos os dispêndios que uma


empresa precisa fazer para realizar
as suas atividades são chamados
de custos.

A gestão de custos é o
gerenciamento inteligente dos
gastos de uma empresa. Isso inclui
tanto a criação de um produto
como a oferta de um serviço.

Nessa definição, enquadram-se


os insumos, a energia elétrica,
o transporte, a mão de obra, os
equipamentos, etc.

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Dessa forma, a contabilidade de custos se apresenta como
uma ferramenta estratégica para a gestão, já que se constitui
como uma das fontes mais ricas de informação, permitindo
ao empreendedor identificar oportunidades de investimento,
aumentar a margem de lucro, tomar decisões estratégicas
mais conscientemente, além de dar mais segurança no
desempenho da empresa.

Saiba neste ebook como realizar uma gestão eficiente de


custos no seu negócio, aprendendo o passo a passo para a
implantação deste controle.

Compreenda qual a relação direta que os custos fixos


possuem na definição de estratégia do preço de vendas dos
seus produtos ou serviços.

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2 GESTÃO DE CUSTOS, O QUE É E
COMO APLICAR AO NEGÓCIO
O objetivo de gerar lucro e rentabilidade a uma empresa está
ligado à forma com que ela é gerenciada, principalmente
quando falamos de sua administração de custos. A gestão
de negócios passa pelo controle das contas internas e por
ações que aumentem os resultados de forma a fazer a balança
empresarial pender para o lado favorável à organização.

A gestão de custos deve ser feita de maneira organizada


para ser eficiente, e o empreendedor responsável por ela
deve saber, antes de tudo, que gerenciar custos não é cortá-
los, apenas: é saber o que cortar, quando e como manter a
produtividade sem a estrutura anterior.

Além disso, é imprescindível entender que os custos estão


relacionados a todos os investimentos necessários ao
crescimento da empresa – e as duas coisas, em essência,
são bastante diferentes.

São custos empresariais os insumos, a mão de obra, a


energia elétrica, o transporte, os equipamentos e o aluguel
ou parcela de compra do local onde a empresa está sediada,
para ficarmos apenas em alguns exemplos.

E, sem fazer ideia dos valores para cada um desses e tantos


outros itens nas tabelas de custos, o empresário não tem
como fazer um cálculo básico e vital para a sobrevivência no
mercado: a margem de lucro.

Contabilizar custos deve fazer parte de uma rotina diária de


lançamentos de qualquer empresa, uma vez que a gestão
lida primordialmente com a correta informação dos números.

Se estiverem errados, eles podem interferir diretamente nos


resultados, tanto fazendo o dinheiro escoar quanto maquiando
débitos que de fato, existem.

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Além disso, por erros na gestão de custos, a empresa pode
perder produtividade e, em consequência, seu poder de fazer
caixa.

Os principais objetivos da gestão de custos são, além de


reunir todas as informações sobre quanto a empresa gasta
e investe, planejar e desenvolver operações que possam
aumentar sua base de lucratividade e amparar a tomada
de decisão dos gestores quanto às práticas futuras da
organização.

Em contrapartida a uma boa gestão de custos, a empresa


recolhe inúmeros benefícios, tornando-se mais organizada
no âmbito contábil e, também, mais competitiva.

Nesse grupo, podemos citar:


Diminuição do risco de falência da empresa.
Maior escopo de informação para precificar corretamente.
Queda em gastos que acabam por se tornar desperdícios.
Aumento das margens de lucro.
Possibilidade de negociação com fornecedores.

Mais qualidade em produtos e serviços.

Em resumo, uma gestão de custos bem feita vai manter


a saúde organizacional da empresa e prepará-la para
momentos de turbulência através de um ativo tão desejado
quanto escasso: a antecipação.
A partir do entendimento das contas e da noção de quanto
a empresa precisa faturar para operar no azul é possível agir
diariamente com mais eficiência e precisão, além de priorizar o
que, de fato, é importante para o crescimento organizacional.
Para obter sucesso, escore-se nos principais alicerces da
gestão de custos: controle de compras e vendas, equilíbrio
no custo-benefício e coleta regular de dados financeiros.

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3 CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS
Custos fixos são todos aqueles
que fazem parte da rotina
orçamentária da empresa e
mantêm o mesmo nível de
desembolso ao longo do tempo,
fazendo com que o empreendedor
saiba, exatamente, quanto vai
gastar a cada mês.
A menos que haja reajustes
programados, eles permanecem
iguais e não dependem
completamente do volume de
produção, o que significa que,
não importa se a empresa vende
mais ou menos, eles terão que
ser pagos.
Alguns exemplos de custos fixos empresariais são aluguéis,
salários, despesas com serviços de segurança e limpeza,
manutenção de equipamentos, internet e telefonia corporativa,
etc.
Já os custos variáveis acompanham de perto o ritmo de
produção do empreendimento, sofrendo variações de acordo
com o volume de trabalho e o tempo de ocorrência.
O preço de uma matéria-prima, por exemplo, pode ser
um custo variável, já que seu valor final acompanha a
disponibilidade, pela lei da oferta e demanda, e pode impactar
na margem de lucro da sua empresa.
Outros exemplos de custos variáveis são despesas com água
e energia, cursos e palestras, manutenções ou consertos
inesperados, dentre outros.

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Alguns custos fixos podem se tornar variáveis dependendo
do contexto. É o caso dos salários que pagam pela mão de
obra.
Ainda que o salário seja programado todos os meses e,
portanto, o gestor financeiro sabe qual é seu valor, podem
ocorrer horas extras e reembolsos de despesas que
acarretam custo variável para ser somado ao fim do período.

O contrário também pode ocorrer: um custo variável pode


se aproximar de um fixo quando a empresa tem políticas de
controle financeiro e contra o desperdício.

Todos os gastos variáveis podem ser colocados dentro de


um patamar ideal e, assim, ser considerado no grupo de
fixos, desde o racionamento de energia até as diretrizes da
compra de material de escritório.

Quem caracteriza, de fato, os custos fixos e variáveis é a


natureza de cada empreendimento, uma vez que esses
conceitos são flutuantes.

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O que o empreendedor não deve se esquecer, nunca, é de
considerar todos os seus custos no momento da precificação
de um produto ou serviço, para não correr o risco de “pagar
para trabalhar”.

Para isso, é preciso manter o controle das finanças, com


conhecimento de gastos, observação do fluxo de caixa e
atenção para onde vai o capital que entra na empresa.

O registro de custos deve ser disciplinado e dividido por


categorias para que suas nuances possam servir de boa
informação ao gestor.

E nunca é tarde para começar: a contabilização de custos


fixos e variáveis também pode ser retroativa, já que o contador
pode fazer um levantamento das contas passadas com o
propósito de estabelecer um histórico de despesas e, assim,
projetar custos futuros.

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O planejamento financeiro é a chave para entender, classificar
e revisar cada custo que uma empresa tem. Através dele
fica mais fácil fazer não só o gerenciamento de custos, mas,
também, de todas as outras necessidades financeiras da
organização.

Como detalhar os custos da empresa

Passo 1: identifique o que são custos fixos e variáveis

Passo 2: coloque ambos em uma tabela de custos, em


colunas diferentes

Passo 3: preencha cada coluna com a descrição do


custo e seu valor final, mês a mês

Exemplos de custos fixos e variáveis para


compor sua tabela:
Fixos – aluguel, conta de luz, conta de telefone e internet,
taxas bancárias, salários de funcionários, manutenções
programadas.

Variáveis – impostos, comissões sobre vendas, manutenção


inesperada de equipamentos, hora extra, reformas.

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4 PRINCIPAIS ERROS COMETIDOS NA
GESTÃO DE CUSTOS

Um dos maiores gargalos da administração financeira,


principalmente de micro e pequenas empresas, é a gestão
de custos.

Como muitos empresários não conhecem a fundo as


questões contábeis, acabam incorrendo em equívocos que
podem trazer consequências ao empreendimento, das mais
brandas às mais graves. O mundo perfeito seria não cometer
nenhum erro.

Mas, para isso, o levantamento de dados financeiros da


empresa deve ser feito com disciplina e atenção, evitando os
primeiros problemas a partir daí, e, se possível, contar com
um escritório de contabilidade, que vai ajudar o negócio a se
manter organizado enquanto o micro ou pequeno empresário
se preocupa em fazê-lo se destacar perante a concorrência.

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Além disso, existem outros erros que podem ser facilmente
evitados em uma gestão mais organizada e que, ainda assim,
são considerados corriqueiros.
Veja os principais:
Para implantar uma gestão de custos eficiente, planeje a
área nos mínimos detalhes com a ajuda de um escritório de
contabilidade. Por fim, contrate mão de obra qualificada
para fazer sua manutenção.
Desconhecer se a empresa está dando lucro ou prejuízo.
A entrada de dinheiro no caixa não significa lucro. Para
ser considerado lucro, o caixa deve pagar as despesas
todas da empresa e ainda ter algo a guardar – que é a
margem de lucratividade. Um controle de caixa atencioso
pode fornecer a resposta para essa questão.
Precificar errado os produtos e serviços, sem levar em
consideração os custos fixos e variáveis em cada preço.
Não fazer investimentos em mão de obra qualificada e
sistemas de gestão que ajudem a empresa a se organizar.

Para implantar uma gestão de custos eficiente, planeje a


área nos mínimos detalhes, com a ajuda de um escritório de
contabilidade, e contrate mão de obra qualificada para fazer
sua manutenção.
O salário de bons profissionais, que muitas empresas veem
como gasto, é, na realidade, um investimento nas melhorias
de infraestrutura.
Através de uma equipe cautelosa, capaz de executar o
planejamento estratégico de gastos, mantenha o controle
sobre tudo o que entra e sai da empresa – e, se precisar, use
sistemas de gestão para isso.
É indispensável ter um gerenciamento eficiente de custos,
gastos e despesas para que a saúde financeira da empresa
renda boas perspectivas de futuro.

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5 COMO RACIONALIZAR CUSTOS
E INVESTIMENTOS
O princípio básico da lucratividade é gastar menos do
que ganha, uma vez que gastar o mesmo significa apenas
compensação e gastar a mais é operar no prejuízo. Contudo,
gastar menos do que ganha não significa cortar custos à
revelia ou parar de gastar em todas as áreas.

Algumas coisas precisam ser pagas, ainda que não retornem


em produtividade e lucro, porque são o que fazem a empresa
funcionar. Um aluguel de imóvel de sede, por exemplo:
cortar seu gasto não significa economizar; significa não ter
onde abrigar a empresa.

Portanto, o primeiro passo para racionalizar custos de


maneira inteligente é saber onde dá para cortar, diminuindo
o endividamento e evitando desperdícios.

Só com conhecimento de todas as despesas e a construção


de bons hábitos para administrar, o gestor conseguirá,
efetivamente, cortar economizando.

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Para isso, é imprescindível a tomada de duas atitudes
imediatas: começar a perceber o real valor por trás dos
gastos e registrar todos os custos, inclusive os menores,
que uma empresa tem.

A percepção de valor vem de entender qual é o ganho


que cada despesa, custo ou gasto gera à empresa. O
valor é diferente do preço e ambas as coisas devem ser
consideradas em uma política de redução de custos.

Por exemplo: se ter uma máquina de café dentro do


escritório deixa os colaboradores mais felizes e produtivos,
com eficácia comprovada, não é isso que você deve tirar de
cena para conseguir mais economia.

Que tal tentar pela confecção de papel timbrado e envelopes


– que, embora seja muito legal, não tem tanta utilidade agora
que sua equipe gerencia todas as comunicações por e-mail?

Às vezes, o gasto que você vai ter com algo que não traz
nenhum valor ao sistema empresarial é bem maior do que
aquele que de fato traz, mas parece supérfluo.

É por isso que nenhuma decisão de corte deve ser tomada


sem que todos os custos sejam colocados em papel e
repensados em seus mínimos detalhes. Um passo em falso
e a reaquisição de algo que se corta pode se tornar ainda
mais custosa.

Outra forma de racionalizar custos e investimentos é através


do registro minucioso de tudo o que a empresa gasta e
investe – e, no segundo grupo, quais são os rendimentos.

Todo o dinheiro deve ser acompanhado de perto, pois os


gargalos costumam surgir de onde a gente menos espera.

Um exemplo: comprar um computador para um funcionário


novo é um gasto e tanto, tão perceptível que pode
desequilibrar a reserva financeira de uma só vez.

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Os gestores costumam olhar para esse tipo de gasto/
investimento com ressalvas, mas se esquecem do troco de
dois reais do lanche da padaria, ou de reembolsar dez reais
do caixa que foram utilizados para pagar o estacionamento.

Os gastos pequenos, não raramente, ficam de fora, e podem


acabar inflando a perda de capital.

A racionalização também passa por boas práticas de


utilização dos recursos empresariais. Desligar equipamentos,
para economizar energia elétrica, usar a iluminação natural
sempre que possível, não desperdiçar materiais de limpeza,
de alimentação e de escritório e evitar a compra de materiais
paliativos, como copos de plástico, são alguns exemplos de
como cortar custos, fixos e variáveis, sem mexer na qualidade
da produção.

Se trata apenas de adotar novos hábitos para que o consumo


seja mais consciente e, a partir dele, a economia seja real.

A educação financeira empresarial pode não apenas ajudar


uma organização a economizar da forma certa, mas,
também, a aumentar sua rotina produtiva para a geração de
lucratividade.

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Passo a passo para uma realização
de cortes consciente

Pensando em diminuir os custos da empresa e aumentar


seus resultados? Esse é o planejamento ideal para conseguir
bons resultados na empreitada:

Elabore um orçamento viável para o ano que atue como


uma espécie de “grande custo fixo”. As equipes terão
esse valor a gastar e nada além disso, precisando rever
seus custos de produção e pensar onde a economia pode
ser feita.

Projete suas vendas para o mesmo período, contando com


os obstáculos da macroeconomia e a sazonalidade, se
esse critério se aplicar ao negócio. O objetivo é entender
se as vendas podem superar ou não o valor estipulado
para orçamento – ou seja, se a empresa vai gastar mais ou
menos do que vai ganhar.

Aplique na lista de vendas todas as deduções e despesas


variáveis de cada uma delas, de forma a perceber qual é a
real margem de lucro de cada produto ou serviço.

Levante os custos de produção em busca de gargalos


ou desperdícios. Enquanto você verá alguns custos
apertados, outros podem estar escoando dinheiro. Atentar-
se às causas que levam a empresa a perder rentabilidade
é crucial para fazer os cortes certos.

Não se esqueça de começar todo o processo com as


despesas operacionais ou gastos fixos, que são todas as
coisas que não podem ser cortadas sem que o impacto à
organização seja negativo.

São exemplos desse modelo de custos os gastos com


administração, as despesas comerciais, financeiras e
tributárias.

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6 ESTABELECENDO METAS DE
CRESCIMENTO ATRELADAS ÀS
METAS DE EFICIÊNCIA EM CUSTOS
Empresas que querem
crescer precisam ter metas
que estabeleçam de onde
ela vai sair e para onde quer
chegar – e em quanto tempo.
Quando objetivos são
definidos e as pessoas
envolvidas em cada um
deles sabem qual é a
responsabilidade de cada
uma em cada meta, o
sucesso é uma realidade
possível.
Estabelecer metas demanda
planejamento, que começa
pela análise da situação da
empresa.
É o “saber onde está” da sua lista de objetivos. A análise
deve ser feita em relação ao momento presente, incluindo
tanto as partes boas quanto as ruins.
Você deve demonstrar nesse planejamento sua situação em
relação às dívidas, volume de vendas, número de clientes e
posicionamento de mercado, dentre outros fatores que sejam
relevantes à natureza do seu negócio.
Além de olhar para dentro, é indispensável olhar para os
lados e checar o que a concorrência anda fazendo, e se a
situação das outras empresas corrobora ou invalida suas
metas. Digamos, por exemplo, que seu mercado está
especificamente retraído.

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Nem sua empresa e nem as principais concorrentes está
conseguindo estabelecer crescimento agora. Se colocar
como meta atingir 50% a mais de faturamento em dois meses,
nesse cenário, você corre o risco de se frustrar e, em casos
graves, comprometer as finanças com algo que o mercado
não dava como certo.

Além de ter esse panorama, dar uma boa olhada na


concorrência também pode indicar ameaças que ainda não
chegaram até você ou boas oportunidades de virar o jogo a
seu favor.

Muitas empresas gostam de usar metodologias para a


definição de metas, e uma das melhores é chamada SMART,
na sigla em inglês. Esse método engloba cinco variáveis
para definir uma boa meta. Ela deve ser E – específica (em
inglês, a palavra specific começa com S), M – mensurável,
A – alcançável, R – relevante e T – temporal.

Em outras palavras, ela precisa:

Ter uma razão de ser.

Apresentar resultados que possam ser comprovados.

Ser realista ao cenário em que a empresa se encontra.

Ser relevante para o negócio, de fato que vire uma


prioridade.

Ter data de início e data para terminar.

Dando um exemplo da vida cotidiana para entender o método


SMART, temos a meta de emagrecer. Quem fala que só quer
emagrecer, sem estabelecer nenhum critério para isso, vai
ter um desejo em mãos, mas dificilmente ele se tornará uma
meta e, portanto, também não será cumprido.

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Por outro lado, quanto ela
quer emagrecer? Em quanto
tempo? Os números são
importantes, pois eles vão
se provar mensuráveis e, na
sequência, realistas.

Se a pessoa fala que quer perder 20


quilos em 2 dias, continua tendo um
desejo que, por questões óbvias, não irá
se realizar. É preciso dar um passo além.

Portanto, uma pessoa que quer eliminar


20 quilos em um ano, começando em
primeiro de janeiro e terminando em 31
de dezembro, através de reeducação
alimentar e prática de exercícios físicos
às segundas, quartas e sextas, visando melhoria
da qualidade de vida e aumento de autoestima,
sua meta está completa, mensurável, realista, tem
propósito e é temporal.

Se seguir seus próprios princípios, a pessoa tem


muito mais chances de conseguir dessa forma do
que dizendo, apenas, que quer emagrecer.

Com a empresa é a mesma coisa: se você não colocar


no papel todas as variáveis da sua meta, ela pode ser
apenas mais um desejo. Mas, se destrinchá-la em números
e características, entenderá melhor o que fazer para, de fato,
alcançá-la.

As metas podem ser divididas em partes menores, se


forem de longo prazo, para que todos os seus indicadores
sejam cumpridos em etapas. Lembre-se que metas não são
engessadas, podendo receber reajustes a qualquer momento,
caso o gestor acredite que eles ajudarão a empresa a alcançar
seu objetivo final.

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7 APURAÇÃO DE CUSTOS PARA
FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDAS
O valor de um produto ou serviço não pode ser inventado
da cabeça do gestor e nem copiado dos concorrentes, pois,
nesses casos, ele carrega o gene do desastre.

O preço, assim como a margem de contribuição e lucro, deve


começar a ser formado pela apuração de custos de produção
ou repasse. Isso significa que todos os custos fixos, variáveis
e as despesas devem constar no valor final de um insumo no
mercado.

A equação é:

Custo + Lucro + Despesas variáveis = Preço de venda

Assim, a apuração de custos vem dos elementos da


contabilidade que dão ao gestor as informações necessárias
para a definição de preço, como controles de estoque, horas
de produção, descontos em negociações e outros fatores
relevantes.

Para definir seu preço final de venda, mensure tudo o que


você gasta para que seu produto final fique pronto, desde
viagens para compras de matérias-primas até o frete da
entrega.

Se você não fizer isso, pode acabar esquecendo de colocar


no preço algum custo que será coberto com sua margem
de lucro, diminuindo-a significativamente. Essa realidade é
indesejada, uma vez que a empresa saudável é capaz de
gerar lucros e, em resumo, é para isso que ela foi aberta, em
primeiro lugar.

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A título de exemplificação, eis os maiores custos envolvidos
nos produtos e serviços da maioria das empresas brasileiras:

Aluguel. Frete.
Infraestrutura. Comissões sobre venda.
Equipamentos. Encargos financeiros.
Mão de obra. Matéria-prima.
Pagamento de impostos Embalagens.
e tributos.

Se todos esses custos fizerem parte da realidade da sua


empresa, todos devem ser aplicados na precificação final. Se
outros ainda forem necessários para fechar sua lista, devem
ser incluídos na equação.

Ter controle e apuração de custos é a forma mais sensata


de precificar porque, através disso, você consegue impor
uma margem de lucro real e negociar em cima dela, não
descapitalizando a empresa para agradar os clientes.

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8 QUANDO USAR O MÉTODO
DE CENTRO DE CUSTOS?
Um centro de custos é a representação de cada
segmento que, em sua autonomia, faz a própria
administração financeira, levantando receitas e
despesas de maneira independente.

Quando juntos, todos os centros de custos são


chamados de “empresa completa”. Geralmente
são precisos três centros de custo para a
designação do título de empresa completa:
administração, vendas e publicidade. Outros
podem surgir e complementar, mas esses são
os centros considerados básicos.

Apesar disso, não são obrigatórios. Ter ou não


um centro de custos depende do tamanho da
organização e suas conveniências.

Uma empresa MEI, por exemplo, dificilmente terá


necessidade – ou estrutura – para compor um centro de
custos. A partir do momento em que o empreendedor
decide por ter centros de custos, cada área contemplada vai
levantar as despesas operacionais para seu funcionamento.

A partir da aprovação de um orçamento para ela, deverá


administrar esses recursos para alcançar seus objetivos.
Se duas áreas diferentes têm custos iguais, ainda assim é
melhor que os centros sejam divididos, para que o gestor
saiba quem gastou o que.

Se sua empresa optar por operar orçamentos em centros de


custos, o principal benefício percebido é o resumo financeiro
de custos e despesas relativos a toda a estrutura empresarial.

Dessa forma, fica mais fácil alocar verbas, pensar cortes


de gastos e entender, em profundidade, quais são as
necessidades de funcionamento de cada área.

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9 DETERMINAÇÃO DE UM PRÓ-
LABORE NO SEU PLANEJAMENTO
FINANCEIRO
O pró-labore é uma espécie de salário que se paga aos sócios
de uma empresa a partir de seu trabalho na organização. Um
sócio que não trabalha dentro da empresa, por exemplo, não
receberá o pró-labore. Apenas participará dos lucros.

Mesmo que não tenha todos os direitos trabalhistas de um


funcionário regular, o pró-labore vem atrelado ao pagamento
do tributo da previdência social. Esse detalhe não pode ser
deixado de lado nos custos da empresa, uma vez que é um
custo fixo e pode causar desequilíbrio no caixa ao fim do
mês.

Esse salário pode ser determinado da forma que os sócios


quiserem, a partir de um salário mínimo. Quanto maior o pró-
labore, maiores os encargos financeiros.

Recebê-lo não significa, no entanto, que o sócio não


terá participação nos lucros. As duas remunerações
são diferentes e todos os sócios têm direito a receber os
dividendos conforme registro contratual, tendo ou não um
pró-labore.

É importante conceder o pró-labore para evitar que as contas


pessoais dos sócios e a conta da empresa se misturem.

Quando não há provisão de recursos para os sócios, muitas


vezes eles precisam tirar seus ganhos diretamente do caixa
da empresa, o que é errado e desorganiza as finanças
organizacionais.

Com o pró-labore, isso não ocorre – ou, pelo menos, não


com tanta regularidade.

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10 PRINCIPAIS TERMOS E CONCEITOS
UTILIZADOS NA CONTABILIDADE DE
CUSTOS
Se você não é contador, mas precisa entender das finanças
por ser você a administrar sua empresa, veja os principais
verbetes da gestão de custos que não podem passar batidos:

Custo: é o gasto global de produção de mercadoria ou


prestação de serviços. Ou seja, tudo o que está envolvido
no desenvolvimento da sua atividade-fim é um custo.
Desembolso: é tudo o que uma empresa paga para que
suas atividades sejam cumpridas dentro de variações na
rotina – como pagar um táxi para que um funcionário vá a
uma reunião emergencial com cliente, por exemplo.
Investimento: é a aplicação de valores em atividades,
equipamentos ou reservas financeiras com o intuito de
gerar rentabilidade. Alguns investimentos vão melhorar
a produtividade, dando força de trabalho imediata e
aumentando os ganhos diretos de um empreendimento.
Perda: é consumo involuntário ou anormal de
equipamentos, insumos, estoques ou processos que
podem se converter em custo. Ela pode ocorrer por
fatores externos, como roubos e acidentes, ou internos,
como falta de armazenamento adequado para estoque ou
erro de caixa.
Sistema de produção conjunta: é quando duas ou mais
empresas que produzem as mesmas mercadorias ou
serviços se juntam na etapa de produção para atingir larga
escala e diminuir os custos para todos os envolvidos.
Sistema de produção contínua: é a fabricação em série
de produtos padronizados, em acumulação por ordem,
encomenda ou processo. O intuito de utilizá-lo é diminuir
os custos de produção em larga escala.

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11 CONCLUSÃO
Para que a gestão de custos
da sua empresa dê certo, é
essencial que você planeje
cada passo, através de um
cronograma de curto, médio e
longo prazo.
Como vimos, o ideal é
detalhar, neste planejamento,
as atividades contempladas
como metas, mostrando sua
importância para a estrutura
empresarial e o retorno ao
investimento.
Custear é diferente de gastar, que é diferente de ter despesas.
Entender essa tríade com clareza é o que pode fazer do
controle financeiro uma área sustentável. Em mercados cada
vez mais competitivos, manter a empresa em estabilidade e
sempre com alta demanda é questão de sobrevivência. É por
isso que entender as finanças, em todas as suas dinâmicas, é
indispensável.
Se você quer montar um planejamento estratégico de gestão
de custos para a sua organização, mas ainda não consegue
ver por onde começar, conte com a gente.
O Sebrae tem consultorias especializadas em ajudar
empresários de micro e pequenas iniciativas a organizar suas
finanças, perceber oportunidades de negócios e gastar com
efetividade, evitando o desperdício.
Os resultados de uma empresa estão intimamente ligados
com o que ela faz na sua rotina diária. Quanto mais assertivo –
e conscientemente econômico – for o processo de produção,
distribuição e vendas, mais crescimento a instituição pode
almejar.

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www.sebraeatende.com.br 0800 570 0800

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