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Olá, cursista!

O Governo do Estado do Espírito Santo por meio do


Programa Qualificar ES oferta cursos
de qualificação profissional, possibilitando
qualificação do cidadão que procura aperfeiçoar seu
conhecimento, com vistas a melhor qualidade de vida.

O curso de Assistente de Contabilidade é destinado


aos profissionais que atuam ou desejam atuar, dentro
de uma empresa no setor fiscal, setor público,
auditores, peritos contábeis, e para pessoas que
pretendem montar seu próprio negócio.

Nesse curso, você verá que o campo de atuação deste


profissional é bem amplo, existem vagas em diversos
segmentos como indústrias, escritórios, bancos, casas
comerciais e lojas. É importante ressaltar que a
contabilidade não se restringe apenas às empresas,
ela também faz parte do dia a dia de qualquer pessoa,
ajudando a controlar os gastos como: despesas
domésticas, educação, manutenção do carro etc.

ASSISTENTE DE CONTABILIDADE
MÓDULO 4
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apresentação do módulo

Fonte: Vecteezy

Caro cursista, você chegou ao último módulo do curso de Assistente de


Contabilidade! Dando continuidade ao conhecimento adquirido até aqui,
você aprenderá sobre a análise dos demonstrativos financeiros
como ferramenta adequada para a tomada de decisões na empresa,
as técnicas de análise e o uso de índices. A relevância desse estudo
está na obtenção de subsídios para a tomada de decisões por parte
dos usuários da informação contábil, como administradores,
investidores, bancos, governo, trabalhadores, entre outros.

Serão apresentados os principais aspectos relacionados a


transações de compra e venda de mercadorias, abordando, inclusive,
o tratamento contábil dos principais impostos incidentes nessas
transações.

Boa leitura!
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ANÁLISE HORIZONTAL DO BALANÇO

Uma análise de balanço é denominada “horizontal” quando se


comparam contas do ativo com contas do passivo, geralmente com
o objetivo de examinar a sua variação. Esta variação pode ser
expressa sob a forma percentual.

A análise horizontal tem por objetivo fazer o comparativo entre


diferentes períodos de uma demonstração financeira. Isso pode ser
feito por qualquer um dos três relatórios que mencionamos
anteriormente: Balanço Patrimonial, DRE ou Fluxo de Caixa. Assim também se
chama a análise que examina uma conta em separado, comparando
os seus valores ao longo de exercícios sociais (BOZZA, 2019).

A ideia aqui é avaliar o crescimento ou a evolução de uma empresa


com o passar do tempo. Ou seja, se o resultado vem apresentando
algum tipo de evolução ou não ao longo de um determinado período.

Desta forma, é possível traçar comparativos e encontrar uma


tendência (positiva ou negativa) para os próximos anos, algo
especialmente importante para investidores.

Além disso, é possível ainda usar esses resultados para realizar uma
avaliação em relação a outros concorrentes ou mesmo ao segmento
como um todo. Assim, dá para entender qual a situação do negócio
em termos de um desempenho superior ou inferior ao mercado.

Vale destacar que não existe uma linha obrigatória, mas o


comparativo deve ser sempre da mesma categoria. Ou seja, você
pode avaliar a variação entre o passivo não circulante de dois anos,
um comparativo de receitas ou das despesas operacionais. Qualquer
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linha dos demonstrativos pode ser avaliada de maneira
comparativa, desde que entre si.

Como calcular a análise horizontal?

O cálculo da análise horizontal é extremamente simples. Basta dividir o


valor atual pelo seu valor anterior (também chamado de valor base)
e diminuir por (-1). Assim, encontra-se o valor da variação entre os
períodos de avaliação.

A fórmula, portanto, é a seguinte:

AH = (Valor Atual / Valor Base) – 1

ANÁLISE VERTICAL DO BALANÇO

Se a análise horizontal trata de comparar resultados ao longo do tempo


(ou seja, em uma linha horizontal), a análise vertical consiste em focar
em um mesmo período. Estamos falando, portanto, de uma
avaliação de cima para baixo.

De acordo com Bozza (2019), o objetivo passa a ser encontrar a


representatividade de uma linha ou conta em relação ao seu total.
Assim, é mais fácil perceber quais são os indicadores mais
importantes ao resultado da organização e que, portanto, merecem
mais atenção.

Ademais, essa é uma forma de facilitar a identificação de pontos que


melhoraram ou pioraram com o passar do tempo. Isso porque o
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volume financeiro de um ativo ou passivo pode mudar sem afetar
diretamente o resultado.

Quando se olha para a representatividade daquela conta (ou linha)


fica mais fácil realizar esse tipo de interpretação. Assim, grandes
mudanças de representatividade são facilmente identificadas.

Como calcular a análise vertical?

Assim como o que você viu para a análise horizontal, o cálculo da análise
vertical é bastante simples. Basta dividir a conta que você deseja
analisar pelo total do grupo.

A fórmula da análise vertical é a seguinte:

AV = Valor da conta / Valor total do grupo de contas

FLUXO DE CAIXA

O fluxo de caixa tem por objetivo o controle de todas as movimentações


financeiras do negócio, tanto de entrada quanto de saída de capital.
Essa gestão pode ser semanal, quinzenal ou mensal. Varia de acordo
com o interesse e organização da empresa.

Para um bom controle de fluxo de caixa, é necessário garantir registros


detalhados de ganhos e gastos, com disciplina e sem erros. Para
tornar o processo mais eficiente, todas as receitas e despesas, por
menores que sejam, precisam ser registradas. É comum, em
pequenas empresas, que essa organização seja feita em planilhas,
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como as apresentadas anteriormente. É preciso separar saldo inicial
do caixa e contas correntes e das aplicações de curto prazo.

Trata-se de uma ferramenta que permite o controle preciso da


movimentação financeira real (que aconteceu de fato) que uma
empresa apresenta em determinado período. É por essas e outras,
que o fluxo de caixa não vai ter nada a ver com vendas e sim com
entradas reais de caixa na empresa (MENDES, 2015).

Vamos tratar alguns passos para a elaboração e controle eficiente de


um fluxo de caixa:

Primeiro passo: organizar as contas. Saber onde estão os recursos da


empresa. Essa empresa tem mais de uma conta corrente? Ela possui
caixinha?

Segundo passo: identificar o valor inicial disponível em cada conta e


determinar uma data fixa para conferência desses valores. Os
valores serão comparados com a planilha, ajudando a identificar
falhas e corrigi-las.

Terceiro passo: agora é preciso categorizar despesas e receitas, pois


números isolados não dizem nada, correto? Pois se fosse assim, era
só manter a conta no banco e não fazer mais nada.

Na próxima página, veremos um exemplo prático de um modelo de


fluxo de caixa.

Observe com atenção!


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Fonte: Acervo Qualificar ES

No fluxo de caixa exemplificado na figura foi adotado como modelo o


período semanal, apenas como demonstração, sendo usual e
recomendado o período diário.

Vamos agora compreender alguns itens presentes no modelo


exibido.

Saldo Inicial: é o valor constante no caixa no início do período


considerado para a elaboração do Fluxo.

Entradas de Caixa: são as vendas realizadas à vista, duplicatas, cheques


pré-datados e faturas de cartão de crédito.
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Saídas de Caixa: corresponde a pagamentos de fornecedores, pró-labore
(retiradas dos sócios), aluguéis, impostos, folha de pagamento, água,
luz, telefone e outros, entre eles alguns descritos em nosso modelo.

Saldo Operacional: representa o valor obtido de entradas menos as


saídas de caixa na respectiva data.

Saldo Final de Caixa: representa o valor obtido da soma do Saldo Inicial


com o Saldo Operacional. Permite constatar a real sobra ou falta de
dinheiro em seu negócio no período considerado e passa a ser o
Saldo Inicial do próximo período.

LIQUIDEZ CORRENTE

Muitos analistas sugerem que esse é o mais importante índice de


uma análise de demonstrações financeiras. Ele é obtido pela
fórmula:

Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante

Seu quociente representa o quanto a empresa dispõe, em valores


imediatamente disponíveis ou direitos conversíveis rapidamente em
dinheiro, para saldar suas obrigações de curto prazo.

Em outras palavras, seu resultado indica quantos reais a empresa


possui em bens e direito de curto prazo (ativo circulante) para fazer
face a cada real (R$) de dívidas de curto prazo que a empresa tem a
pagar (passivo circulante).
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Liquidez Seca

Esse índice muito se assemelha ao da liquidez corrente,


diferenciando-se apenas por não conter em seu dividendo (número
que será dividido pelo divisor) o valor dos estoques. Com efeito, esse
índice se obtém pelo quociente da seguinte divisão:

Liquidez Seca = (Ativo Circulante – Estoques) / Passivo Circulante

Dessa forma, esse quociente trará sempre um índice menor ou igual


ao índice de liquidez corrente, e é de análise recomendada quando a
utilização do estoque como disponibilidade exigir cautela, o que é
muito comum, já que a liquidez do estoque depende de sua venda
para se concretizar.

Liquidez Imediata

Esse é o mais conservador dos Índices de Liquidez. Também


denominado Índice de Liquidez Absoluta ou Índice de Liquidez
Instantânea, esse índice revela o quanto uma empresa dispõe
imediatamente para saldar suas dívidas de curto prazo. É obtido pela
aplicação da fórmula:

Liquidez Imediata = Disponível / Passivo Circulante

Assim, excluindo-se além dos estoques as contas e valores a


receber, são considerados no dividendo apenas os valores de caixa,
de saldos bancários e de aplicações financeiras. O quociente
representará quantos reais a empresa terá imediatamente disponível
para cada real de dívida de curto prazo que possui.
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Liquidez Geral

A análise de balanço também traz o Índice de Liquidez Geral. Esse


índice serve para detectar a saúde financeira da empresa de forma
global (no que se refere à liquidez) e se difere dos anteriores
principalmente por ser mais abrangente, ocupando-se da avaliação
da situação de longo prazo da empresa (os três índices anteriores
avaliam a situação de curto prazo). A fórmula para obtenção do seu
quociente é:

Liquidez Geral = (Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo) /


(Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo)

Assim, o índice de liquidez geral indica quanto a empresa possui em


dinheiro, bens e direitos realizáveis à curto e longo prazo, para fazer
face à totalidade de suas dívidas.

ÍNDICES OPERACIONAIS

Os índices operacionais permitem que o analistaCINESTÉSICO


conheça a
evolução da atividade operacional da empresa, como os prazos de
rotação dos estoques, a idade média dos estoques, o prazo de
recebimento de vendas e prazo de pagamentos das compras.

Rotação dos Estoques (RE)

Com o índice de rotação dos estoques (ou giro dos estoques) se


procura medir quantas vezes uma empresa vendeu seu estoque em
um determinado período. Serve para avaliar sua competitividade e
mensurar seu desempenho em seu segmento. É sempre desejável
um índice que denote um alto giro de estoque.

E = Custo das Vendas Estoques


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Idade Média dos Estoques (IME)

O prazo médio de rotação dos estoques revela o período em que os


produtos ou mercadorias permanecem armazenados pela empresa
até o momento da venda. Sua fórmula evidenciará ao final quantas
vezes os estoques se renovaram tendo como base dois períodos
consecutivos. Ela é a seguinte:

IME = 360 (dias do ano) / RE

Prazo Médio de Cobrança (PMC)

Índice que reflete o tempo necessário para que uma empresa cobre
seus haveres, auxiliando na avaliação da política de crédito e
cobrança das empresas. Se o índice revelar que o período médio de
cobrança é superior ao prazo médio do setor (ou da própria política
de crédito da empresa), será sinal de necessidade de revisão da
gestão do setor de cobrança. A fórmula é a seguinte:

PMC = Clientes x 360 (dias do ano) / Vendas Brutas

Prazo Médio de Pagamento (PMP)

Esse índice destaca o tempo médio que uma determinada empresa


despende para honrar seus compromissos com fornecedores, ou
seja, para lhes pagar o que pactuaram. Assim, quanto maior for o
prazo médio de pagamento, maior é a parcela da atividade da
empresa que é financiada pelos fornecedores. Para esse cálculo
utiliza-se a seguinte fórmula:

IME = Fornecedores X 360 (dias do ano) / Custo das Vendas


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OS ÍNDICES FINANCEIROS

Nessa passagem destacamos alguns indicadores financeiros de


vital importância para investidores, bancos, credores, analistas de
mercado e outros agentes interessados nas demonstrações
financeiras das empresas, são eles: Margem Líquida (ML); Retorno sobre os
Ativos (ROA); Retorno sobre o Investimento (ROI); Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE)
e Grau de Alavancagem Financeira (GAF). Vejamos:

Margem Líquida (ML)

Também deriva da análise de balanço o indicador de Margem Líquida (ML).


Numa análise financeira esse indicador é útil para expressar a
relação entre o lucro líquido da empresa e a sua receita líquida de
vendas. A Margem Líquida define a porcentagem de cada R$ 1,00 de
vendas que restou após a dedução de todos os custos e de todas as
despesas, inclusive a do imposto de renda, e seu cálculo se dá pela
aplicação da seguinte fórmula:

ML = Lucro Líquido / Receita Líquida de Vendas

Retorno sobre os Ativos (ROA)

A função do ROA, que é mais um indicador extremamente importante


na análise financeira das empresas, é mensurar quanto uma
empresa obteve de lucro líquido em relação à totalidade de seus
investimentos, ou seja, demonstrar qual seu potencial de geração de
lucros. A fórmula do ROA é a seguinte:

ROA = Lucro Líquido x 100 / Total do Ativo


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Retorno sobre o Investimento (ROI)

O ROI é um dos mais consagrados indicadores financeiros. Do inglês


Return on Investiment, o ROI tem o objetivo de traçar uma relação entre os
ganhos gerados pelo investimento e o montante total investido. Para
determinação desse indicador utiliza-se a seguinte equação:

ROI = Resultado Líquido / Investimento

Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE)

Possivelmente o principal indicador de rentabilidade utilizado por


analistas de mercado, o ROE (Return On Equity) visa medir a taxa de
retorno promovida pelo investimento de captação direta dos
acionistas, ou seja, esse indicador evidenciará para o investidor
quanto a empresa gerou de retorno em face ao que ela captou de
seus próprios acionistas. A fórmula do ROE é assim:

ROE = Lucro Líquido x 100 / Patrimônio Líquido

Grau de Alavancagem Financeira (GAF)

O grau de alavancagem financeira (GAF) é um indicador que revela o quanto


de capital de terceiros (oriundo de empréstimos, ações preferenciais,
debêntures, etc.) há na estrutura de capital de uma empresa. Esse
indicador nos dá noções do apetite a riscos que determinada
empresa tem, além de ajudar a mensurar seu próprio risco
financeiro. Sua fórmula de cálculo é a seguinte:

GAF = ROE / ROA

6.1 Os Indicadores de Custo de Capital

O conhecimento em torno dos indicadores de custo de capital não é


só importante para o próprio empresário, para que ele possa
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conhecer esse fundamental elemento que afeta sua lucratividade,
como também para investidores e credores, para que saibam de
antemão algumas características da empresa para qual
disponibilizarão recursos. Eis alguns importantes índices:

Custo de Capital de Terceiros (Ki)

A análise de balanço também apresenta o indicador de Custo de Capital


de Terceiros (Ki). Este representa a remuneração que a entidade paga
para as instituições financeiras nos empréstimos e financiamentos
que obtém. Capitais de terceiros não onerosos (salários e
fornecedores, por exemplo) não compõem o cálculo para definição
do indicador, que se atém aos empréstimos e financiamentos, de
curto e de longo prazos. Quando esse indicador revela valor elevado,
isso normalmente significa que o risco da empresa é igualmente
elevado. Sua fórmula é:

Ki = Despesas financeiras / Passivo Oneroso

Custo do Capital Próprio (Ke)

A definição do Custo de Capital Próprio guarda relação com a expectativa


que o sócio tem de remuneração sobre o capital que investiu na
empresa. Como a remuneração dos sócios invariavelmente depende
de resultados futuros, o cálculo do Ke envolve elevado grau de
subjetividade, sendo talvez o índice mais difícil de se calcular.
Pode-se levar em consideração referências de empresas de um
mesmo segmento ou até cálculos complexos, como o Modelo de Gordon.

Custo Médio Ponderado do Capital (WACC)

A taxa WACC (do inglês Weighted Average Capital Cost), ou Custo Médio Ponderado do
Capital, representa a média ponderada entre o custo dos capitais
próprios e os de terceiros. Para se chegar ao valor do WACC não existe
um modelo único. Veja a seguinte equação:
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WACC = D / (D+K) X Ki x (1-T) + K / (D+K) x Ke

Onde:
Ke: Custo de capital próprio
Ki: Custo de capital de terceiros
K: Patrimônio Líquido
D: Empréstimos
T: IR (34%)

Os Indicadores de Valorização da Empresa

Alguns indicadores são muito importantes para o exercício do business


valuation (avaliação de empresa). Um deles é o EBITDA, também chamado de
LAJIDA (Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização), que evidencia o
quanto uma empresa gera de recursos por meio de suas atividades
operacionais, expurgando-se o efeito de impostos e outros efeitos
financeiros. Outro é o Valor Econômico Agregado (EVA), que representa o
lucro oriundo dos ativos da empresa subtraídos do custo de
oportunidade do capital empregado, que revela se a empresa está ou
não agregando valor. Vejamos ambos.

ebitida

A sigla EBITDA representa a expressão inglesa Earning Before Interests,


Taxes, Depreciation and Amortization, o que quer significar Lucro Antes dos Juros,
Impostos, Depreciação e Amortização (LAJIDA). Tem a utilidade de demonstrar a
geração operacional de caixa da empresa no período analisado, ou
seja, o quanto ela consegue gerar de recursos lançando mão apenas
de suas atividades operacionais, sem considerar os efeitos
financeiros, os impostos, a amortização de direitos e a depreciação
de ativos.
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Valor Econômico Agregado (EVA)

O EVA (Economic Value Added), ou Valor Econômico Agregado, serve de


instrumento para se ter uma visão sobre a real rentabilidade
oferecida pela empresa sobre o capital nela empregado. Seu
propósito é o de mensurar a verdadeira criação de riqueza das
empresas, ou seja, o quanto de valor é criado por ela. MARTINI (2013)
propõe a seguinte fórmula:
EVA = (ROE – Ke) x Patrimônio Líquido

Liquidez Geral

Para Marion (2010), o índice de liquidez geral mostra a capacidade de


pagamento da entidade a longo prazo, ao considerar tudo o que ela
converterá em dinheiro com tudo o que foi assumido como dívida.

ativo circulante + realizável a longo prazo


passivo circulante + exigível a longo prazo

Bruni (2014) considera que em uma análise de evolução temporal da


empresa, a redução do índice indicará maior preocupação com as
dívidas e as perspectivas de solvência do empreendimento. Mais
uma vez ao interpretar os índices de liquidez, é importante
considerar a limitação associada à análise de contas com graus de
risco e realização diferenciados. Ainda nesse índice avaliado, o
problema se agrava devido ao maior horizonte de análise.

Saiba mais acessando o link abaixo:

https://youtu.be/RmJM4U3p0iQ
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ÍNDICES DE RENTABILIDADE

Fonte: Freepik

Segundo Silva (2016), o lucro é o principal objetivo do empreendedor e


uma forma de avaliar um empreendimento. A avaliação do retorno
financeiro da empresa objetiva evidenciar a rentabilidade sobre o
capital investido e verificar se a empresa está obtendo sucesso
econômico.

Retorno sobre Investimento (ROI)

Do inglês Return on investment, também conhecido como taxa de


retorno, indica o lucro que a empresa propicia em relação aos
investimentos. Ou seja, é a relação entre a quantidade de dinheiro
investido em uma empresa e a quantidade de dinheiro ganho. O ROI
determina o retorno lucrativo (ou não) que uma determinada
empresa pode gerar.
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ROI = LL / (AC + ANC)

ROI = Retorno sobre Investimento


LL = Lucro Líquido
AC = Ativo Circulante
ANC = Ativo Não Circulante

Retorno sobre o Patrimônio (ROE)

Do inglês Return On Equity, o ROE é um índice que mede quanto de lucro


uma empresa gera em relação aos investimentos dos acionistas ou
proprietários da empresa. O ROE mede a capacidade de rentabilidade
de uma empresa. O lucro é o objetivo do investidor pelo risco do
negócio. Assim, quanto maior o retorno, melhor.

ROE = LL / PL

ROE = Retorno sobre o Patrimônio Líquido


LL = Lucro Líquido
PL = Patrimônio Líquido

gLOSSáRio
ÍNDICES DE LIQUIDEZ

Esses índices evidenciam a situação financeira da empresa, ou seja,


a capacidade de a empresa pagar suas dívidas.
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Liquidez Corrente (LC)

Indica quanto a empresa possui em dinheiro e bens disponíveis, para


pagar suas dívidas no curto prazo (próximo exercício). Basicamente,
a interpretação desse índice é “quanto maior, melhor”. Porém, se
analisarmos esse índice isoladamente, não poderemos afirmar se a
liquidez corrente é boa ou ruim, já que tudo depende dos processos da
empresa e do tipo de atividade exercida por ela.

LC = AC / PC

LC = Liquidez Corrente
AC = Ativo Circulante
PC = Passivo Circulante

Liquidez Seca (LS)

Indica quanto a empresa consegue pagar das suas dívidas


desconsiderando os seus estoques, que podem ser obsoletos, não
condizentes com a realidade dos saldos apresentados no balanço.
Nesse caso, retira-se do ativo circulante a conta estoque. A
interpretação do índice de liquidez seca é: “quanto maior, melhor”.

LS = (AC - Est) / PC

LS = Liquidez Seca
AC = Ativo Circulante
Est = Estoques
PC = Passivo Circulante

Liquidez Imediata (LI)

Este índice indica, em determinado momento, a capacidade de


pagamento das dívidas da empresa de forma imediata. Quanto a
empresa consegue pagar das suas dívidas, com o que possui em
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disponibilidades (caixa, banco e aplicações financeiras de liquidez
imediata).

LI = Disponibilidades / PC

LI = Liquidez Imediata
PC = Passivo Circulante

Liquidez Geral (LG)

Indica quanto a empresa possui em dinheiro, bens e direitos


realizáveis a curto e longo prazos, para pagar todas as suas dívidas
(passivo exigível), caso a empresa fosse parar suas atividades
naquele momento. A interpretação desse índice é no sentido de
“quanto maior, melhor”, mantidos constantes os demais fatores.

LG= (AC + ANC) / (PC + PNC)

LG = Liquidez Geral
AC = Ativo Circulante
ANC = Ativo Não Circulante
PC = Passivo Circulante
PNC = Passivo Não Circulante
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EQUAÇÕES PATRIMONIAIS

Fonte: Freepik

Índices de Estrutura de Capital

Os índices mostram a situação financeira da entidade, isto é,


procuram apontar os grandes caminhos das decisões financeiras
em termos de obtenção e aplicação de recursos e também como se
encontra o nível de endividamento.

Importante é destacar que:

O sucesso de muitas empresas depende do sucesso de sua


administração financeira, especialmente de um bom
gerenciamento, a fim de obter um equilíbrio, na estrutura de
capitais: comparar recursos de terceiros com recursos próprios.
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Muitos autores afirmam que os índices revelam percentuais ou
quociente que devem ser avaliados
gLOSSáRiosegundo a ótica: “quanto maior
melhor” e vice-versa.

Tal frase necessita ser vista com cautela, conforme MARION (2010):

“Não há dúvida de que, principalmente em época


inflacionária, é apetitoso trabalhar mais com Capital
de Terceiros que com Capital Próprio. Essa tendência
é acentuada quando a maior parte do Capital de
Terceiros é composta de ‘exigíveis não onerosos’, isto
é, exigíveis que não geram encargos financeiros
explicitamente para a empresa (não há juros nem
correção monetária: fornecedores, impostos,
encargos sociais a pagar etc.). ”

Marion (2010) acrescenta ainda que:

“Por outro lado, uma participação de Capital de


Terceiros exagerada em relação ao Capital Próprio
torna a empresa vulnerável a qualquer intempérie.
Normalmente, as instituições financeiras não estarão
dispostas a conceder financiamentos para as
empresas que apresentarem esta situação
desfavorável. Em média, as empresas que vão à
falência apresentam endividamento elevado em
relação ao patrimônio Líquido.”.

No momento de se analisar tais indicadores, devemos qualificá-los


ou caracterizá-los: uma dívida para complementar capitais próprios,
com finalidade de ampliação, modernização ou expansão do ativo,
pode ser um endividamento sadio, ainda que elevado.

Capital Próprio torna a empresa vulnerável a qualquer intempérie.


Normalmente, as instituições financeiras não estarão dispostas a
conceder financiamentos para as empresas que apresentarem esta
23
situação desfavorável. Em média, as empresas que vão à falência
apresentam endividamento elevado em relação ao Patrimônio
Líquido (MARION, 2010).

Tais aplicações produtivas irão gerar recursos para saldar os


compromissos. Já as dívidas contraídas para pagar outras dívidas
que estão vencendo não geram recursos para os pagamentos, assim
que a empresa tende a entrar num círculo vicioso de empréstimos
sucessivos.

É necessária a discussão a respeito de cada índice. Eis alguns


comentários:

Participação de Capital de Terceiros: fórmula “Capital de Terceiros


x 100 / Patrimônio Líquido”

É uma fração ou quociente que expressa a relação entre os dois


grandes blocos componentes das fontes de recursos que a empresa
possui: Capital de Terceiros e Capital Próprio.

Analisando esse índice, pode-se deduzir o quanto a empresa tomou


de capitais de terceiros para cada R$ 100,00 de capital próprio
investido.

Olhando a empresa pelo prisma financeiro, pode-se afirmar que,


quanto menor este índice, melhor.

Tal assertiva é também vista assim: quanto maior ele for, maior será
a dependência da empresa junto a terceiros.

Logo, menor será a sua liberdade de realizar decisões financeiras.


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GRAU DE ENDIVIDAMENTO

Fonte: Freepik

Maneira de se analisar a área financeira da empresa, com foco na


possibilidade de obter lucro.

Segundo MATARAZZO (1995, p.160) ”... pode ser vantajoso para a empresa
trabalhar com capitais de terceiros, se a remuneração paga a esses
capitais de terceiros for menor que o lucro conseguido com a sua
aplicação nos negócios”.

Há também o cuidado em analisar o índice de participação de capital


de terceiros, pois deve ser interpretado sob o ponto de vista
financeiro para se detectar o risco de insolvência, e não em relação
ao lucro.
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Para calcular a composição do endividamento é preciso dividir a soma dos
passivos de curto prazo pelo total do passivo exigível da empresa
(curto e longo prazo). Ao final, multiplica-se o resultado por 100 para
encontrar o valor percentual da CE Reis (2019).

Sendo assim, a fórmula da CE é a seguinte:

CE = (Passivo Circulante / Passivo Exigível Total) x 100

Esses índices apresentam as fontes de capitação de fundos, revela o


grau de endividamento da empresa e procura retratar a posição do
capital próprio, o PL. O endividamento está relacionado as decisões
estratégicas da empresa, envolvido nas decisões financeiras de
investimentos, financiamento e distribuição de dividendos.

Participação de Capitais de Terceiros (PCT)

Este índice indica o percentual de capital de terceiros em relação ao


patrimônio líquido, retratando a dependência da empresa em relação
aos recursos externos. A interpretação isolada desse índice, cujo
objetivo é avaliar o risco da empresa, é no sentido de que “quanto
maior, pior”. Entretanto, para a empresa, pode ocorrer que o
endividamento lhe permita meios de alcançar a competitividade no
setor em que atua, obtendo melhores ganhos.

PCT= PL / (PC + PNC)

PCT = Participação de Capitais de Terceiros


PC = Passivo Circulante
PNC = Passivo Não Circulante
PL = Patrimônio Líquido

Composição do Endividamento (CE) – conforme afirma José Pereira da Silva em seu


livro Análise financeira das empresas 10 ed. (2010, p. 267), a CE Indica
quanto da dívida total da empresa deverá ser pago a Curto Prazo, isto
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é, as Obrigações a Curto Prazo comparadas com as obrigações totais.
Podemos interpretar isoladamente esse índice como “quanto maior,
pior”. Ou seja, se a dívida é muito elevada, e se está concentrada no
curto prazo, a situação é extrema, pois percebemos uma pressão
pela liquidação dos débitos.

CE= PC / (PC + PNC)

CE = Composição do Endividamento
PC = Passivo Circulante
PNC = Passivo Não Circulante

Imobilização do Patrimônio Líquido (IPL)

Esse índice indica quanto do patrimônio líquido da empresa está


aplicado no ativo permanente, ou seja, o quanto do ativo permanente da
empresa é financiado pelo seu patrimônio líquido, evidenciando, dessa
forma, a maior ou menor dependência de recursos de terceiros para
manutenção dos negócios.
IPL = AP / PL

AP = Ativo Permanente
PL = Patrimônio Líquido

ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

O Pronunciamento Conceitual Básico – Estrutura Conceitual para Elaboração e


Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro emitido pelo Comitê de Pronunciamentos
Contábeis estabelece as características qualitativas da informação
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contábil-financeira. A divisão das características qualitativas da
informação contábil-financeira é a seguinte:

a) características qualitativas fundamentais (relevância e representação


fidedigna), as mais críticas; e

b) características qualitativas de melhoria (comparabilidade, verificabilidade,


tempestividade e compreensibilidade), menos críticas, mas ainda
assim altamente desejáveis.

As características qualitativas das demonstrações financeiras


identificam os tipos de informação que muito provavelmente são
reputadas como as mais úteis para os investidores, credores por
empréstimos e outros credores, existentes e em potencial, para
tomada de decisões acerca da entidade que reporta.

As características qualitativas fundamentais das demonstrações


financeiras

Se a informação contábil-financeira é para ser útil, ela precisa ser


relevante e representar com fidedignidade o que se propõe a
representar. Portanto, são duas as características qualitativas
fundamentais.

A RELEVÂNCIA da informação contábil-financeira diz respeito à sua


capacidade de influenciar a tomada de decisões pelos usuários. As
informações são relevantes quando podem influenciar as decisões
econômicas dos usuários, ajudando-os a avaliar o impacto de
eventos passados, presentes ou futuros, confirmando ou corrigindo
as suas avaliações anteriores. A Relevância depende da materialidade
(tamanho) do item em discussão.

Os relatórios contábil-financeiros consignam informações e


fenômenos econômicos em palavras e números. Para serem úteis,
os relatórios contábil-financeiros não têm somente que representar
28
um fenômeno relevante, mas têm também que REPRESENTAR FIDEDIGNIDADE
ao fenômeno a que se propõem representar. Para uma
representação fidedigna, a realidade retratada precisa ter três
atributos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro. A
divulgação de um evento econômico deve incluir toda a informação
necessária para que o usuário compreenda o fenômeno retratado,
incluindo todas as descrições e explicações necessárias.

As características qualitativas de melhoria das demonstrações financeiras

Comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e


compreensibilidade são características qualitativas que melhoram a
utilidade da informação que é relevante e que é representada com
fidedignidade. As características qualitativas de melhoria podem
também auxiliar a determinar qual de duas alternativas que sejam
consideradas equivalentes em termos de relevância e fidedignidade
de representação deve ser usada para retratar um fenômeno (MARTINI,
2013). Portanto, são quatro as características qualitativas de
melhoria.

COMPARABILIDADE - é a característica qualitativa que permite que os


usuários identifiquem e compreendam similaridades dos itens e
diferenças entre eles. Diferentemente de outras características
qualitativas, a comparabilidade não está relacionada a um único
item.

A comparação requer no mínimo dois itens. Comparabilidade não


significa uniformidade. Para que a informação seja comparável,
coisas iguais precisam parecer iguais e coisas diferentes precisam
parecer diferentes.

VERIFICABILIDADE - ajuda a assegurar aos usuários que a informação


representa fidedignamente ao fenômeno econômico a que se
propõe representar. A verificabilidade significa que diferentes
observadores podem chegar a um consenso quanto ao retrato de
29
uma realidade econômica de um elemento contábil-financeiro.

TEMPESTIVIDADE - significa ter informação disponível para tomadores de


decisão a tempo de poder influenciá-los em suas decisões. Em geral,
uma informação disponibilizada com atraso, deixa de ser útil.

COMPREENSIBILIDADE - é classificar, caracterizar e apresentar a informação


com clareza e concisão torna-a compreensível. Entretanto, embora
certos fenômenos sejam inerentemente complexos e não podem ser
facilmente compreendidos, não podem deixar de serem divulgados.

Restrição de custo na elaboração e divulgação de relatório


contábil-financeiro

O custo de gerar a informação é uma restrição sempre presente na


entidade no processo de elaboração e divulgação de relatório
contábil-financeiro. O processo de elaboração e divulgação de
relatório contábil-financeiro impõe custos. A administração também
deve verificar o equilíbrio entre o custo e o benefício de uma
informação. Os benefícios decorrentes da informação devem
exceder ao custo de produzi-la.

Aspectos legais

Acerca de normativos que regulamentam as Demonstrações


financeiras, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) divulgou o
Pronunciamento Conceitual Básico – Estrutura Conceitual e o CPC 26 –
Apresentação das Demonstrações financeiras, cujos principais aspectos
foram aqui apresentados no início deste capítulo. Além dos
normativos citados no parágrafo anterior, vale destacar os artigos da
Lei nº 6.404/76 que tratam de aspectos relacionados ao exercício social
e às Demonstrações Financeiras.
30

ESTOQUES

Fonte: Freepik

Martini (2013) diz que os estoques são bens tangíveis ou intangíveis


adquiridos ou fabricados pelas empresas com o objetivo de venda
ou de consumo no curso de suas atividades. O Pronunciamento CPC nº
16 define que os estoques são ativos:

(a) mantidos para venda no curso normal dos negócios;


(b) em processo de produção para essa venda; ou
(c) na forma de materiais ou suprimentos, a serem consumidos ou
transformados no processo de produção ou na prestação de
serviços.

O momento de registro da compra de itens do estoque, regra geral, é


quando ocorre a transmissão de propriedade do bem para a
empresa compradora, enquanto que o momento do registro da saída
do bem do estoque, por venda, é quando há a transmissão de
31
propriedade do ativo para o cliente. São contas contábeis integrantes
do grupo estoque, para MARTINI (2013):

• Estoque de matéria-prima ou de insumos;


• Estoque de produtos em elaboração (ou em fabricação);
• Estoque de produtos acabados;
• Estoque de mercadorias;
• Estoque de almoxarifado;
• Estoque de mercadorias entregues em consignação.

Critério de avaliação de estoques

A Lei nº 6.404/76 estabelece que os estoques devem ser assim avaliados:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo


os seguintes critérios:

II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do


comércio da companhia, assim como matérias-primas, produtos
em fabricação e bens em almoxarifado, pelo custo de aquisição ou
produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de
mercado, quando este for inferior;

Portanto, os itens dos estoques devem ser avaliados pelo custo de


aquisição ou de produção, ou pelo valor realizável líquido (valor de
mercado, valor líquido de venda), dos dois o menor.

Caso o custo de aquisição ou de produção de um item do estoque


seja superior ao seu valor de realização, deve-se registrar uma conta
retificadora no ativo no valor da perda estimada quando de sua
venda, de forma a ajustar o valor do estoque ao valor realizável
líquido estimado. A contabilização da perda estimada é realizada da
seguinte forma:

D – Despesa com perda estimada para redução ao valor realizável


32
líquido
C – Perda estimada para redução ao valor realizável líquido
(redutora do ativo)
(-A -PL/ Fato modificativo diminutivo)

Custo de aquisição dos estoques

O valor pelo qual um item é registrado no estoque, ou seja, o custo


de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os
impostos de importação e outros tributos não recuperáveis pagos
pela empresa compradora, bem como os custos de transporte,
seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de
produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais,
devoluções de compras e abatimentos obtidos são deduzidos na
determinação do custo de aquisição.

Notas fiscais

A nota fiscal está presente em toda circulação de mercadoria.


Conforme Marion (2010), nota fiscal é um documento fiscal emitido
quando ocorre uma transação d e transferência de propriedade de
uma mercadoria, entre pessoas físicas e ou jurídicas, seja por uma
operação de venda, seja por transferência entre filiais ou por
devolução.

As notas fiscais consignam importantes informações relativas à


transmissão de propriedade, tais como nome do remetente, do
recebedor, valor da mercadoria, data da transação, descrição da
mercadoria, valor dos impostos incidentes na transação etc.
Também, as empresas prestadoras de serviços emitem notas fiscais
para os serviços prestados.

Contabilização

Neste item, a contabilização de compra e venda de mercadorias


33
(desconsiderando os tributos incidentes).

Dados das operações de compra e venda de mercadorias:

I. Valor das mercadorias compradas, a prazo: R$100.000;

II. Valor da venda, a prazo, das mercadorias pela empresa


revendedora: R$200.000;

(a) No momento da compra


D – Estoque R$100.000
C – Fornecedores ou Duplicatas a pagar R$100.000

(b) No momento da venda Registro da baixa do estoque


D – CMV R$100.000
C – Estoque R$100.000

Registro da receita de venda

D – Clientes ou Duplicatas a receber R$200.000


C – Receita bruta de vendas R$200.000

Para saber mais acesse o link abaixo:

https://bityli.com/JoLlwF
34

GLOSSÁRIO

C
CPC - O Comitê de Pronunciamentos Contábeis foi criado pela
Resolução CFC nº 1.055/05, o CPC tem como objetivo o estudo, o
preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre
procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações
dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade
reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do
seu processo de produção, levando sempre em conta a
convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões
internacionais.

S
Solvência - é o estado do devedor que possui seu ativo maior do que o
passivo, ou a sua capacidade de cumprir os compromissos com os
recursos que constituem seu patrimônio ou seu ativo.
35
REFERÊNCIAS

BOZZA, Stéfano. Análise Horizontal e Vertical: como avaliar o crescimento de


empresas pelo balanço patrimonial. 2019. Disponível em:
https://maisretorno.com/blog/analise-horizontal-e-vertical-como-a
valiar-o-crescimento-de-empresas-pelo-balanco-patrimonial.
Acesso em: 11 set. 2020.

CONTABIL, Blog Guia. Análise de Balanço: Seus Índices e Indicadores. 2018.


Disponível em:
http://realsistema.com.br/site/analise-de-balanco-seus-indices-e-i
ndicadores/. Acesso em: 1 nov. 2020.

DIREITOS e obrigações. Virtuous Tecnologia da Informação, 2007-2020.


Disponível em
https://www.socontabilidade.com.br/conteudo/patrimoni.p.Acesso
em 20 set 2020.

FREITAS, 2018. Análise de Balanço: Seus Índices e Indicadores. Disponível em:


https://www.contabeis.com.br/noticias/37562/analise-de-balanco-
seus-indices-e-indicadores/. Acesso em: 23 set 2020.

FREEPIK.COM. IMAGENS. 2020. Disponível em:


https://br.freepik.com/home. Acesso em: 30 set. 2020.

MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade


empresarial. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2010. 289 p.

MARTINI, Luigi. CONTABILIDADE GERAL. 2013. Disponível em:


https://educacaocoletiva.com.br/assets/system_files/material/php
CggYZ11779.pdf. Acesso em: 11 nov. 2020.

MATARAZZO, Dante C. Análise financeira do balanço: abordagem básica e


gerencial. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2002.
36
REIS, Tiago. Composição do Endividamento: como interpretar esse indicador? 2019.
Disponível em:
https://www.sunoresearch.com.br/artigos/composicao-do-endivid
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SILVA, Rondivangues Ferreira da. Os Principais Indicadores de Investimento da


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:https://segatocontabilidade.com.br/tipos-de-tributacao/.Acesso
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